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Contabilidade de Custos Incrementais no ... - Tesouro Nacional

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Tema III<br />

Orçamentos e Sistemas <strong>de</strong> Informação sobre<br />

a Administração Financeira Pública


Orçamentos e Sistemas <strong>de</strong> Informação sobre a Administração Financeira Pública – Menção Honrosa<br />

Moacir Giansante*<br />

<strong>Contabilida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Custos</strong> <strong>Incrementais</strong> <strong>no</strong><br />

Financiamento da Universalização dos<br />

Serviços <strong>de</strong> Telecomunicações<br />

*Mestre em Engenharia Elétrica pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas (Unicamp). Engenheiro Sênior da<br />

Fundação Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).


Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

Aos meus orientadores, professor Raul Vinhas Ribeiro e doutora Maria Silvina Medra<strong>no</strong>,<br />

sou grato pelo apoio concedido.<br />

Aos conselheiros da Anatel, engenheiro Pedro Jaime Ziller <strong>de</strong> Araújo e engenheiro<br />

Plínio <strong>de</strong> Aguiar Junior, e ao eco<strong>no</strong>mista sênior da FCC, William W. Sharkey, pelas<br />

discussões sobre regulação por custos.<br />

A todos os colegas da Gerência <strong>de</strong> Planejamento <strong>de</strong> Serviços, pelo espírito <strong>de</strong> equipe.<br />

Por fim, aos meus pais, pela instrução recebida, à Sílvia, companheira e amiga, pelo<br />

autoconhecimento conquistado, e aos meus filhos, pela emoção <strong>de</strong>spertada.


Resumo<br />

Este estudo apresenta uma metodologia para calcular os custos <strong>de</strong>correntes dos<br />

projetos <strong>de</strong> universalização <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> telecomunicações, conforme estabelece a<br />

legislação brasileira, <strong>de</strong><strong>no</strong>minados como custos líquidos em outras legislações.<br />

Tal conceito é baseado na obtenção dos custos evitáveis e para seu cálculo, os<br />

custos atribuídos ao cumprimento das obrigações <strong>de</strong>vem ser alocados <strong>de</strong> forma a<br />

guardar relação com as ativida<strong>de</strong>s que os geraram, bem como com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serviços/produtos produzidos.<br />

A metodologia também <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> capturar eco<strong>no</strong>mias <strong>de</strong> escala e <strong>de</strong><br />

escopo <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> compartilhamento <strong>de</strong> recursos e <strong>de</strong> otimização das capacida<strong>de</strong>s<br />

instaladas. Por isso, propõe-se um mo<strong>de</strong>lo que combine os conceitos <strong>de</strong> custos<br />

incrementais e <strong>de</strong> custos prospectivos <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong> forma flexível, e que permita<br />

a análise <strong>de</strong> diferentes projetos <strong>de</strong> universalização.<br />

Com este trabalho <strong>de</strong>monstra-se a aplicação <strong>de</strong> uma ferramenta computacional<br />

<strong>de</strong> domínio público, na mo<strong>de</strong>lagem da estrutura eficiente <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> telecomunicações para o mercado brasileiro.<br />

A mo<strong>de</strong>lagem obtida se <strong>de</strong>stina ao cálculo da parcela <strong>de</strong> custos não recuperável,<br />

<strong>de</strong>corrente do cumprimento <strong>de</strong> obrigações <strong>de</strong> universalização do Serviço<br />

Telefônico Fixo Comutado (STFC), e aten<strong>de</strong> aos requisitos da regulamentação do<br />

Fundo <strong>de</strong> Universalização dos Serviços <strong>de</strong> Telecomunicações (Fust) – voltados para<br />

a i<strong>de</strong>ntificação dos subsídios mínimos necessários – <strong>no</strong> que diz respeito à <strong>de</strong>monstração<br />

do nível <strong>de</strong> eficiência na exploração do serviço, do uso otimizado das re<strong>de</strong>s e,<br />

principalmente, dos ganhos <strong>de</strong> escala e <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> associados.<br />

O estudo mostra ainda que a análise <strong>de</strong> custos, por meio <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo contábil tradicional,<br />

po<strong>de</strong> subestimar alguns custos ou ig<strong>no</strong>rar eco<strong>no</strong>mias <strong>de</strong> escopo e escala significativas.<br />

Tal limitação do mo<strong>de</strong>lo contábil se <strong>de</strong>ve à forma como os valores são contabilizados,<br />

impedindo a atribuição específica dos investimentos realizados aos diferentes<br />

segmentos <strong>de</strong> re<strong>de</strong> da empresa.<br />

Ao contrário da análise contábil, a metodologia <strong>de</strong>scrita volta-se para a apuração<br />

<strong>de</strong> custos evitáveis, cuja ocorrência seja exclusivamente <strong>de</strong>vida à execução das<br />

obrigações sob análise, a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> engenharia que reproduzem a estrutura<br />

<strong>de</strong> custos <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> telefônica.<br />

A utilização do mo<strong>de</strong>lo proposto, <strong>no</strong> cálculo dos custos relacionados à infraestrutura<br />

<strong>de</strong> re<strong>de</strong>, mostra que sua estrutura <strong>de</strong> cálculo permite total controle sobre<br />

as diferentes fases <strong>de</strong> cálculo, e <strong>no</strong>s diferentes segmentos da re<strong>de</strong>, propiciando um<br />

profundo entendimento sobre a estrutura <strong>de</strong> custos analisada.


A sua aplicação ao ambiente brasileiro permite evi<strong>de</strong>nciar, por exemplo, diferença<br />

<strong>de</strong> custo entre a re<strong>de</strong> urbana e rural.<br />

Por outro lado, o mo<strong>de</strong>lo mostra-se limitado ao aplicar um único fator anual<br />

para representar <strong>de</strong>spesas anuais, tais como: custo <strong>de</strong> capital, custos operacionais,<br />

<strong>de</strong> manutenção e <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação, e fazê-lo <strong>de</strong> forma estática para todo o período <strong>de</strong><br />

estudo, o que conflita com a visão prospectiva do mo<strong>de</strong>lo.<br />

Entretanto, tais limitações po<strong>de</strong>m ser facilmente superadas com a exportação<br />

dos valores calculados e a aplicação <strong>de</strong> outros parâmetros econômico-financeiros.<br />

Palavras-chave: <strong>Custos</strong>. Mo<strong>de</strong>los. Universalização.


1 In t r o d u ç ã o, 8<br />

2 A m o d e l A g e m d e c u s t o s n A p r o d u ç ã o, 10<br />

2.1 A função produção e suas características, 10<br />

2.2 A análise <strong>de</strong> custos, 15<br />

2.2.1 Classificação dos custos, 16<br />

2.2.2 <strong>Custos</strong> contábeis e custos econômicos, 17<br />

Sumário<br />

2.2.3 A estrutura <strong>de</strong> custos e sua evolução <strong>no</strong> tempo, 19<br />

2.2.4 Eco<strong>no</strong>mias <strong>de</strong> escala e <strong>de</strong> escopo, 24<br />

2.3 As diferentes técnicas <strong>de</strong> análise, 27<br />

3 An á l I s e d e c u s t o s e m t e l e c o m u n I c A ç õ e s, 28<br />

3.1 Características das telecomunicações, 28<br />

3.1.1 Descrição da re<strong>de</strong>, 29<br />

3.1.2 Planejamento e dimensionamento da re<strong>de</strong>, 30<br />

3.2 A gestão estratégica <strong>de</strong> custos, 31<br />

3.2.1 A estrutura <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> uma empresa operadora, 32<br />

4 A A p l I c A ç ã o d e m o d e l o s d e c u s t o s e m r e g u l A ç ã o e c o n ô m I c A, 37<br />

4.1 A experiência internacional na regulação por custos, 37<br />

4.1.1 Estados Unidos, 37<br />

4.1.2 Rei<strong>no</strong> Unido, 38<br />

4.1.3 União Europeia, 39<br />

4.2 Comparação entre os métodos contábeis, eco<strong>no</strong>métricos e <strong>de</strong> engenharia, 40


5 o equIlíbrIo n o f I n A n c I A m e n t o d A u n I v e r s A l I z A ç ã o d e s e rv I ç o s p ú b l I c o s, 41<br />

5.1 As externalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, 41<br />

5.2 Os benefícios esperados, 43<br />

5.3 Os custos evitáveis, 44<br />

6 Hy b r i d Co s t Pr o x y Mo d e l: u m m o d e l o f l e x í v e l, 46<br />

6.1 Arquitetura <strong>de</strong> re<strong>de</strong> adotada, 47<br />

6.2 A estrutura do HCPM, 48<br />

7 cálculo d A pA r c e l A n ã o r e c u p e r á v e l pA r A o u s o d o fu s t, 50<br />

7.1 A legislação brasileira, 51<br />

7.2 A<strong>de</strong>quação do mo<strong>de</strong>lo HCPM, 52<br />

8 es t u d o d e cA s o, 53<br />

8.1 Empresa típica, 54<br />

8.2 Levantamento das informações, 54<br />

8.3 Cenários <strong>de</strong> universalização analisados, 57<br />

8.4 Resultados obtidos, 58<br />

8.5 Comparação com informações contábeis, 62<br />

9 co n s I d e r A ç õ e s fInAIs, 63<br />

re f e r ê n c I A s, 65

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