Empate Carolina - Bass Brothers Team

ACHIGÃ
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O empate
Carolina
Quando o achigã se esconde em zonas rochosas ou arenosas profundas
e permanece num estado semi-activo, o empate carolina é a técnica ideal
para o localizar e convencer a atacar. É sobre esta técnica que hoje
Jaime Sacadura nos irá falar, explicando como fazer a montagem,
os diferentes materiais, animações e outras dicas de grande utilidade.
TexTo: : Jaime Sacadura • FoTos: João Sacadura
(Website: WWW.bass-brothers-team.com)
Existem dois momentos
ideais para a utilização
deste empate, o início
da Primavera em que
os achigãs ainda se
encontram profundo e semi-activos
e estão a iniciar o movimento
no sentido de águas menos
profundas e o início do Verão em
que se encontram de regresso a
águas profundas, após a desova.
A dispersão dos achigãs nestes
dois momentos dificulta a sua
localização e a capacidade do
empate carolina para cobrir
grandes áreas, principalmente
em barragens com poucas
estruturas submersas pode fazer
toda a diferença. Este empate
pode ainda ser utilizado durante
praticamente todo o ano, em
situações de fundos cobertos de
vegetação ligeira quando queremos
que a amostra se desloque
suavemente acima dela.
MOntageM
Para montar um empate carolina
devemos começar por seleccionar
uma linha adequada para
realizar o estralho. Pode ser
utilizado um bom nylon ou em
alternativa, um fluorocarbono
desde que a resistência seja
inferior ao da linha principal.
Deste modo, fica facilitada a
recuperação da maior parte da
montagem em caso de prisão.
O comprimento do estralho é variável
consoante as circunstâncias
de pesca, mas, regra geral,
pode ir de 50-60 cm a mais de
um metro. O método mais simples
de realizar esta montagem
utiliza o empate palomar para
todas as uniões, mas isso implica
começar e acabar por uma
ordem determinada. Primeiro
deve-se empatar o anzol na
linha que servirá de estralho e
em seguida o destorcedor. Antes
de realizar a união à linha principal,
coloca-se nesta um peso de
tamanho e formato adequado
seguido de uma missanga em
plástico ou vidro e terminando
com um disco metálico. Só
depois se deve unir a linha mãe
ao destorcedor passando todo o
estralho pelo laço deste último
nó palomar.
O disco metálico e a missanga p
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funcionam como factores atractivos
visuais e sonoros. Quando
a montagem é animada, o peso
bate na missanga e esta no
disco metálico. O ruído produzido
atrai a atenção do achigã.
A missanga é essencial e pode
utilizar-se mais que uma. Além
de ter um efeito de atracção
visual devido à cor e às suas
propriedades de reflexão da luz,
produz um som muito atractivo
em conjunto com o peso. O
disco metálico tem a missão de
proteger o nó das pancadas do
peso, mas pode ser omitido ou
utilizar-se uma segunda missanga
em alternativa.
Materiais diferentes
para varias
utiLizações
Para pescar em profundidade
são utilizados pesos significativos
(geralmente entre a ½ onça
e a onça de peso – 14 a 28
gramas de peso) que permitem
lançar a amostra a grande
distância e levam a montagem
rapidamente para o fundo
mantendo-a aí, mesmo com
condições atmosféricas desfavoráveis.
Os materiais disponíveis
são o chumbo (cada vez menos
utilizado, por questões ambien-
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tais) e principalmente o latão
que tem a vantagem de produzir
um som muito atractivo em
conjunto com uma missanga de
vidro. Este material apresenta
a desvantagem do seu maior
custo e menor densidade que o
chumbo, o que obriga a utilizar
pesos de maiores dimensões.
Por outro lado, em fundos arenosos,
um peso maior produz
maior volume de sedimentos e
pode despertar mais facilmente
o interesse do achigã. Mais
recentemente, o tungsténio tem
sido cada vez mais utilizado. A
sua elevada densidade permite
reduzir o volume em mais de
60% quando comparado com
o latão para pesos equivalentes
e com este tipo de material a
sensibilidade aumenta, sendo
possível distinguir mais facilmente
os diferentes tipos de
fundos por onde a montagem
se desloca, além de ser mais
fácil a passagem pela vegetação
e pelos obstáculos do fundo
devido ao seu menor perfil.
equipaMentO
adequadO e aniMaçãO
da aMOstra
O empate carolina apresenta
algumas dificuldades na sua uti-
lização, dado o comprimento do
estralho e o peso da montagem
e requer, por isso, equipamento
adequado. Um bom conjunto de
casting é o mais indicado, com
uma cana longa e resistente
(com pelo menos 2,10 m – 7
pés e de acção média pesada), a
ser indispensável para conseguir
projectar a montagem a grande
distância num lançamento a
duas mãos e também para asse-
gurar uma ferragem eficaz. Para
evitar adquirir um novo conjunto,
a maioria dos pescadores
opta por utilizar uma cana longa
adequada para a pesca com o
empate texas ou em alternativa,
uma cana de flipping, que
possui o tamanho e a robustez
necessária para este tipo de
utilização, embora no mercado
existam canas comercializadas
especialmente para este tipo de
técnica.
A animação da amostra faz-se
essencialmente com a cana em
vez do carreto. Após o lançamento,
deixa-se afundar a montagem
e elevando lentamente
a cana, arrasta-se o chumbo
pelo fundo. Recolhe-se a linha
em excesso baixando simultaneamente
a cana e repete-se
a operação. A não utilização
do carreto na animação não
implica que o mesmo possa ser
Blalblal Blalblal Blalblal Blalb
lal Blalblal Blalblal Blalblal Blalblal Blalblal
Blalblal Blalblal Blalblal Blalblal
Blalblal Blalblal Blalblal Blalblal Blalblal
Blalblal Blalblal Blalblal
menosprezado. É necessário um
carreto de recuperação rápida
para conseguir acompanhar e
manter a pressão num peixe
que pode ser ferrado a uma distância
significativa do pescador.
O peso regista todas as irregularidades
do fundo e permite
ao pescador experimentado a
criação de uma imagem mental
do mesmo. Um empate carolina
funciona, assim, como uma
sonda à distância e permite, p
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de forma rápida, identificar
estruturas afundadas perto das
quais se podem esconder os
achigãs.
Assim que detectamos uma
destas zonas e partindo do princípio
que se podem encontrar
perto dela achigãs semi-activos,
podemos iniciar uma animação
mais deliberada. Para isso,
devemos forçar o chumbo a ultrapassar
a estrutura, colocando
a amostra mais perto do local
desejado (este passo é mais
importante com estralhos de
maior dimensão). Em seguida
procedemos à animação da
amostra com pequenas oscilações
do pulso com a ponteira da
cana alta, de forma a produzirmos
uma vibração na linha que
produz ruído na montagem e
anima a amostra, mantendo-a
praticamente na mesma posição.
Se conseguirmos convencer
o achigã a atacar, sentiremos
o ataque, uma sensação de
peso ou veremos a linha
a deslocar-se. Bastará
então recolher a linha
em excesso e efectuar
uma ferragem com
convicção. A distância
à amostra pode ser
muito significativa e
daí a necessidade de uma cana
longa, robusta e sensível para
esta técnica e da vantagem
em utilizar linhas com menor
elasticidade no carreto, factores
que facilitam a detecção do
toque e a ferragem a longa
distância.
Se o anzol se prender num
obstáculo do fundo, a linha
mais fina do estralho cederá
primeiro e permitirá
recuperar o chumbo, a
missanga e o destorcedor.
Além disso, uma linha mais
fina para o estralho permite
reduzir a visibilidade da mesma
e aumentar as possibilidades
de um ataque de peixes mais
inactivos.
Recuperações alternativas podem
também ser utilizadas com
sucesso, como longos movimentos
com a cana para levantar
e deslocar o conjunto vários
metros acima do fundo, dando
depois tempo à queda suave da
BlaBlaBlalblal Blalblal Blalblal Blalb
Blalablal Blalblal Blalblal Blalblal
BlaBlalblal Blalblal Blalblal Blalblal
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BlaBlaBlalblal Blalblal Blalblal Blalblal
amostra após o peso entrar em
contacto com o fundo.
aMOstras
Mais utiLizadas
Qualquer amostra de plástico
mole em cores naturais em
águas mais transparentes ou
cores mais vistosas, como o
chartreuse, em águas mais
esverdeadas ou tapadas, pode
ser utilizada no empate carolina
com bons resultados. Consoante
as circunstâncias e a época
do ano, podem-se preferir as
sempre produtivas imitações
de salamandras (muito eficazes
no período da Primavera), os
inevitáveis lagostins, as atractivas
minhocas ou grubs (com
as suas caudas oscilantes), os
centípedes ou outras amostras
simétricas, os tubos, as criaturas,
etc.
Com o decorrer do ano convém
aumentar o tamanho das
amostras utilizadas já que o
mesmo acontece com as presas
naturais. Não é invulgar a utilização
de grandes salamandras
de 8 polegadas ou minhocas de
10 polegadas (25 cm) no pico
do Verão para tentar seleccionar
os maiores exemplares. Em
zonas com vegetação submersa
é importante optar por plásticos
aLternativas aO eMpate tradiCiOnaL
Uma versão simplificada e mais leve do empate carolina, pode ser
usada em algumas situações para tentar seduzir achigãs menos activos
sem a necessidade de recorrer ao empate carolina tradicional. Com o
auxílio dos acessórios adequados, como um simples travão (stopper)
em silicone, um empate texas pode ser convertido rapidamente num
empate carolina simplificado, fixando o chumbo bala a alguma distância
da amostra. Desta forma, o chumbo pode arrastar pelo fundo enquanto
que uma amostra mole se desloca suavemente a uma certa distância
do mesmo. A principal desvantagem da utilização destes métodos
alternativos, consiste numa maior tendência para enrolar a linha, devido
à não utilização de destorcedor. Se utilizarmos uma missanga no empate
texas, o efeito atractivo sonoro pode ser mantido, pois o peso bate na
missanga quando é detido pelo travão. Outra desvantagem advém da
zona correspondente ao estralho fazer parte da linha principal, não tendo
por isso as vantagens já enunciadas dos estralhos independentes.
com teores baixos de sal para
não afundarem tão rapidamente
ou com formatos que favoreçam
o deslizar da amostra,
prolongando e suavizando a
queda, de modo a permitir aos
achigãs suspensos um tempo
mais alargado de reacção.
Para amostras mais volumosas
é recomendável um anzol
de perfil alargado (do tipo
wide-gape) enquanto que para
amostras mais esguias como as
minhocas se utilizam mais os
anzóis tradicionais de minhoca
(straight-shank).
COnCLusãO
Um dos nomes grandes entre
os pescadores profissionais
americanos, Stacey King que
esteve recentemente entre
nós, a pescar no Alqueva no
último Clássico Achigã, é um
reconhecido especialista e
entusiasta do empate Carolina.
Um empate para utilizar
principalmente na Primavera,
Verão ou Outono, sempre que
o achigã se encontra perto do
fundo em zonas desde os 2-3
aos 7-8 metros e que permite
explorar e interpretar rapidamente
grandes extensões.
A eficácia principal deste empate
reside na capacidade de
despertar o interesse do achigã,
pela suspensão e partículas
que o peso vai levantando ao
ser arrastado, simulando um
pequeno animal que se desloca
pelo fundo até que a atenção
do achigã se centre na amostra
que se desloca suavemente
alguns centímetros atrás.
Torna-se assim um empate a
privilegiar, principalmente em
zonas arenosas ou lamacentas
sem grandes estruturas no
fundo e que pode ser utilizado
com vantagem em relação a
outros empates como o texas
ou o drop-shot.
Não deixe de o experimentar
e pode surpreender-se com os
resultados.j
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