e que o álcool nunca deixe de correr em nossas veias

ESPECIAL
Por Martiniano Bezerra
Caros leitores, de volta as páginas desse
simpático pasquim, agora para tecer um breve
comentário a cerca de um evento que muito me
emocionou.
Evento esse amplamente noticiado e valorizado
por esse jornalzinho durante o período de
programação até a sua realização, sempre com o
título Pescaria no Amazonas.
O que ninguém sabe, o que não foi anunciado é
o que aconteceu nos bastidores enquanto se
aguardava a data tão esperada.
Os mentores do evento, Dedé (Rocha), Juarez,
Atila e Roberto Vasconcelos, sugeriram uma
data para a realização do evento 29/09/11, nada
de especial não fosse a crescente desordem na
movimentação das subidas e decidas das águas
nos nossos rios da Amazônia, dificultando a
previsão de uma data mais propícia para a
realização de uma boa pescaria.
Aceitei a sugestão e comecei a programar a
pescaria de modo a torná-la o mais agradável
possível aos seus participantes, tendo em vista a
data fixada, sim fixada, porque todos
compraram passagens para estar aqui no dia 29
de setembro, comecei o planejamento, local
ideal, Rio Sucunduri, como já foi dito em farta
troca de e-mails entre os participantes, mas não
chegou as páginas do nosso PBV, o Rio
Sucunduri é um afluente do Rio Canumã, que
por sua vez é afluente do Rio Madeira, afluente
do Rio Amazonas.
Ocorre que como falei acima, o movimento
desordenado da cheia e seca de nossos rios
provocou uma reviravolta na nossa programação
inicial, à medida que acompanhávamos o
noticiário local que anunciava a seca do Rio
Madeira a ponto de tornar a sua navegação
perigosa, informações colhidas de moradores da
região nos davam conta que o acesso do
Madeira ao Canumã estava difícil e desse ao
Sucunduri , impraticável.
Reportei-me ao Dedé, expondo-lhe a situação,
claro que são vastos os espaços no Amazonas,
sempre haverá um lugarzinho para pescar e
sugeri que fossemos ao Rio Purús, rio bastante
piscoso, mas com uma característica pouco
valorizada pelos amantes da pesca esportiva
daqui da região, os peixes, melhor dizendo, os
tucunarés são pequenos, podendo optar também
pelo Rio Negro, esse um verdadeiro mar, com
seus afluentes e lagos verdadeira fonte de prazer
para nós pescadores, mas com uma limitação
pelo grande número de reservas ecológicas
criadas pelo IBAMA, a ponto de pouco se saber
os lugares onde esse esporte pode ser praticado.
Descartado o Purús, por informação de um
amigo com quem costumava pescar na região
aproveitando o feriado de 12 de outubro, vejam
bem, 12 de outubro, restou-nos o Rio Negro,
precisávamos ainda de um elemento conhecedor
da área, (muito extensa) foi quando surgiu o
Evilásio, velho conhecido que nos conduziu a
pescarias anteriores.
A partir daí tudo fluiu, recebemos a moçada,
almoçamos juntos numa churrascaria, nos
dividimos, para nos encontrarmos no final da
tarde já a bordo para a partida.
Maravilha, companhia excelente, um tanto
abstêmios me pareceu, mas a pescaria
transcorreu num clima de companheirismo e
cordialidade maravilhosa, fiquei feliz, inaugurei
o “Vida Dura” numa pescaria e o Ceará pescou
comigo, através de seus Guaranis, e Ubirajaras,
faltaram as Iracemas, personagens do velho e
bom José de Alencar, alias José Martiniano de
Alencar, feliz coincidência.
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