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O Semanário - Semanário de Jacareí

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2<br />

Famílias e pessoas<br />

(Subsídios genealógicos)<br />

BENTO LÚCIO MACHA-<br />

DO - 1º BARÃO DE JACA-<br />

REÍ<br />

Em 22 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1843,<br />

Bento Lúcio Machado doou<br />

4 escravos para sua sobrinha<br />

Eduvirgem Carolina do Amor<br />

Divino, mulher <strong>de</strong> José Francisco<br />

Malta.<br />

Em 26 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1843,<br />

empresta mediante hipoteca,<br />

3.450$000 mais 500$000 para<br />

José Francisco Malta pagar<br />

dívidas com Antonio <strong>de</strong> Paiva<br />

Azevedo e Irmão e Bento Joaquim<br />

da Costa, e recebe como<br />

garantia uma chácara, casas e<br />

sorte <strong>de</strong> terras em São José e<br />

Santa Branca.<br />

Em 6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1849<br />

recebeu o título <strong>de</strong> Barão e com<br />

On<strong>de</strong> se guarda o coração<br />

Tal como esta manhã, eu<br />

amanheço também nublada e<br />

me sento aqui, quieta e ouvindo<br />

Han<strong>de</strong>l e sua O<strong>de</strong> ao dia<br />

<strong>de</strong> Santa Cecília, imaginando<br />

o que a vida me tem dado em<br />

oportunida<strong>de</strong>s magníficas,<br />

mais me <strong>de</strong>u do que tirou. As<br />

vozes do coro e a voz da soprano<br />

se fun<strong>de</strong>m, paro <strong>de</strong> escrever<br />

e fecho os olhos pensando<br />

numa gran<strong>de</strong> árvore<br />

que pu<strong>de</strong> ver num dia e num<br />

beija-flor estabanado que entrou<br />

no restaurante enquanto<br />

almoçávamos e, por não encontrar<br />

saída, quase morreu<br />

<strong>de</strong> exaustão. Mas achou as<br />

janelas, ainda bem.<br />

Amanheço nublada, sem<br />

sol, mas não triste. Amanheço<br />

como esta manhã que se<br />

transforma <strong>de</strong> repente, que <strong>de</strong><br />

repente abrigará o inesperado<br />

sol.<br />

Árvores e pássaros moram<br />

no meu peito e fazem um estardalhaço<br />

<strong>de</strong> lembranças...<br />

Desperdício <strong>de</strong> água no<br />

programa Minha Casa Minha<br />

Vida<br />

Um dos objetivos do programa<br />

Minha Casa Minha<br />

Vida foi combater o déficit<br />

habitacional relativo à população<br />

<strong>de</strong> baixa renda, que<br />

abrange a faixa <strong>de</strong> remuneração<br />

mensal familiar <strong>de</strong> zero a<br />

três salários mínimos.<br />

A iniciativa privada apresenta<br />

os projetos <strong>de</strong> construção<br />

<strong>de</strong> condomínios, que<br />

são aprovados e financiados<br />

aos consumidores pela Caixa<br />

Econômica Fe<strong>de</strong>ral (CEF).<br />

Os órgãos públicos municipais<br />

cadastram as famílias e<br />

também analisam o projeto<br />

da obra.<br />

No que pertine a aspectos<br />

técnicos da construção, o i<strong>de</strong>al<br />

é que cada unida<strong>de</strong> habitacional<br />

(casa ou apartamento)<br />

tenha seu próprio medidor<br />

<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> água tratada.<br />

Assim, cada morador é responsável<br />

pelo que consome e<br />

planeja seu gasto.<br />

Entretanto, quando o condo-<br />

Gran<strong>de</strong>za a 2 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1852.<br />

Bento Lúcio Machado é<br />

consi<strong>de</strong>rado benfeitor da Santa<br />

Casa <strong>de</strong> Misericórdia e um dos<br />

seus fundadores, em 1850. Em<br />

23 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1850 foi escolhido<br />

“Irmão Definidor”. Em<br />

3 <strong>de</strong> março do mesmo ano em<br />

reunião da Irmanda<strong>de</strong>, o Barão<br />

ofereceu-se para dar à Santa<br />

Casa, juntamente com o Alferes<br />

João da Costa Gomes Leitão, a<br />

importância necessária para a<br />

compra do terreno para a construção<br />

do hospital; o que se <strong>de</strong>u<br />

no dia 5 <strong>de</strong> março lavrando-se<br />

a escritura. Em 1853 foi Provedor.<br />

Em reunião da irmanda<strong>de</strong><br />

da Santa Casa, realizada em<br />

1/10/1854, <strong>de</strong>liberou-se oficiar<br />

ao Barão, na condição <strong>de</strong> Irmão<br />

ex-provedor, “agra<strong>de</strong>cendo o<br />

serviço que fez à Irmanda<strong>de</strong><br />

mandando a sua custa socar as<br />

Lembranças são como pássaros<br />

numa manhã <strong>de</strong> primavera.<br />

Penso em beirais, palavra<br />

esta tão antiga quanto meu<br />

português avô materno, penso<br />

em sibipirunas com suas flores<br />

miúdas e amarelas, penso<br />

num tempo que não existe,<br />

mas está aqui guardado, <strong>de</strong>ste<br />

meu esquerdo lado.<br />

Penso em Santo Agostinho:<br />

“Graças te dou , meu Deus,<br />

por ter podido ter cada um<br />

dos livros que me caíram às<br />

mãos e por ter compreendido<br />

<strong>de</strong>les ,uma a uma, todas<br />

as palavras.” Meus olhos ficam<br />

nublados das palavras <strong>de</strong><br />

Santo Agostinho, meus olhos<br />

brasileiros leem as palavras<br />

<strong>de</strong> Santo Agostinho nesta manhã<br />

<strong>de</strong> junho.<br />

Percebo que tenho tantas<br />

lembranças... sei que vivi<br />

muitas histórias, ainda bem!<br />

E embalada por Han<strong>de</strong>l e sua<br />

o<strong>de</strong>, espero o inverno acolhedor,<br />

transformador e que nos<br />

mínio é construído sem esmero,<br />

há apenas um hidrômetro<br />

para o prédio todo. Com isso,<br />

os consumidores que agem<br />

<strong>de</strong> modo responsável acabam<br />

por pagar a conta dos que são<br />

inadimplentes.<br />

Além disso, fica impossível<br />

saber o quanto cada um consumiu<br />

ao certo e o rateio da<br />

conta <strong>de</strong> água é igual para todos<br />

os moradores adimplentes.<br />

Ou seja, pagam o mesmo<br />

valor quem consome pouco e<br />

quem usa muita água. É evi<strong>de</strong>nte<br />

que tal postura estimula<br />

o <strong>de</strong>sperdício.<br />

O custo para se instalar aparelhos<br />

individuais após o prédio<br />

estar pronto é muito alto e<br />

acarreta elevação consi<strong>de</strong>rável<br />

da taxa condominial, o que é<br />

lastimável para uma faixa <strong>de</strong><br />

consumidores com orçamento<br />

mensal já diminuto.<br />

Esse erro foi cometido pela<br />

CDHU, <strong>de</strong>z anos atrás, e corrigido<br />

pela atuação eficaz do Ministério<br />

Público por todo o Estado,<br />

mas, infelizmente, voltou<br />

a ocorrer nos novos empreendimentos<br />

financiados pela CEF<br />

taipas que estavam por levantar<br />

na obra do Hospital”.<br />

Em 22 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1855<br />

“<strong>de</strong>clarou o sr. Barão que não<br />

fazia a obra na enfermaria<br />

gran<strong>de</strong>, mas dava à Irmanda<strong>de</strong><br />

a quantia <strong>de</strong> 1.000$000 se ela<br />

conseguisse voltar o Rio Paraíba<br />

ao seu antigo leito”.<br />

Em 7 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1855<br />

o Barão <strong>de</strong> <strong>Jacareí</strong> e sua esposa,<br />

pediram <strong>de</strong>missão da<br />

Irmanda<strong>de</strong>. Mesmo com sua<br />

influência, não conseguiu o<br />

Barão o seu intento, e o Rio<br />

continuou, para sempre, em<br />

seu novo e <strong>de</strong>finitivo leito.<br />

Para a reforma da Igreja<br />

Matriz, o Barão, pouco antes<br />

<strong>de</strong> falecer, doou a importância<br />

<strong>de</strong> Rs. 6.000$000, um<br />

valioso donativo na época. O<br />

Barão era homem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

fortuna e fez muitas obras <strong>de</strong><br />

benemerência.<br />

faz pensar. Faço planos para<br />

o inverno.<br />

Por enquanto, só tenho <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> mim o estardalhaço das<br />

lembranças. Uma a uma guardadas,<br />

enroladas em papel <strong>de</strong><br />

seda, doces ou amargas, tristes<br />

ou alegres, lá estão minhas<br />

lembranças...<br />

Um pouco fantasias, um<br />

pouco histórias <strong>de</strong> livros ( Ah,<br />

Santo Agostinho!), um pouco<br />

realida<strong>de</strong>s fundas, cortes,<br />

cicatrizes e alegrias muitas,<br />

tantas. Conjugo tudo, comungo<br />

<strong>de</strong> todas as espécies <strong>de</strong><br />

lembranças.<br />

Algumas, sopro-as ao vento<br />

<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> m aio: lembranças<br />

apenas; outras, mantenho-as<br />

acesas lá no fundo <strong>de</strong> mim,<br />

on<strong>de</strong> se guarda o coração,<br />

on<strong>de</strong> os pássaros da memória<br />

vêm docemente beber.<br />

• Esther Rosado é professora<br />

<strong>de</strong> Literatura e Redação e autora<br />

<strong>de</strong> material didático para cursinho<br />

e Ensino Médio. E-mail: estherosado@uol.com.br<br />

e aprovados pelas Prefeituras.<br />

A água potável é uma fonte<br />

<strong>de</strong> recursos naturais <strong>de</strong> árdua<br />

renovação. O mundo sofre com<br />

a escassez e o Brasil começa a<br />

sentir os mesmos efeitos. Até<br />

em áreas chuvosas, a dimensão<br />

do lençol freático reduz-se<br />

drasticamente e preocupa os<br />

especialistas.<br />

As construções antigas sofrem<br />

com o rebaixamento do<br />

solo. São evi<strong>de</strong>ntes as rachaduras<br />

e recalques <strong>de</strong>correntes da<br />

diminuição do aquífero guarani.<br />

A socieda<strong>de</strong> preocupa-se:<br />

em breve, não haverá água para<br />

todos.<br />

O i<strong>de</strong>al seria que as autorida<strong>de</strong>s<br />

públicas nem sequer aprovassem<br />

loteamentos que se<br />

disfarçam sob a roupagem <strong>de</strong><br />

condomínios. Porém, se tivessem<br />

um mínimo <strong>de</strong> competência<br />

administrativa, pelo menos<br />

exigiriam que os projetos <strong>de</strong>stinados<br />

à baixa renda tivessem<br />

hidrômetros individualizados.<br />

• José Luiz Bednarski é Promotor<br />

<strong>de</strong> Justiça da Cidadania e<br />

Consumidor<br />

Lei do Acesso<br />

Está em vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a semana passada a Lei do<br />

Acesso, que garante a todo cidadão brasileiro o direito<br />

<strong>de</strong> obter informações referentes ao trabalho dos<br />

órgãos públicos, como gastos, cronogramas, enfim,<br />

fiscalizar a ação <strong>de</strong> seus funcionários.<br />

Durante a primeira semana <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> da Lei, ela<br />

já foi motivo <strong>de</strong> muita discussão e polêmica em diversos<br />

setores do Po<strong>de</strong>r Público, até que altos representantes<br />

dos Três Po<strong>de</strong>res já avisaram que estão do<br />

lado da Lei, e que até salário <strong>de</strong> servidor <strong>de</strong>ve, sim,<br />

ser tornado público.<br />

Liberda<strong>de</strong><br />

Na contramão do ímpeto <strong>de</strong>mocrático muito bem<br />

apresentado até agora pela Presi<strong>de</strong>nte Dilma Roussef,<br />

a Prefeitura <strong>de</strong> <strong>Jacareí</strong> há 2786 dias criou uma<br />

barreira <strong>de</strong> censura total a este <strong>Semanário</strong>, negando-se<br />

a dar qualquer informação, seja qual for, em<br />

resposta às constantes reclamações <strong>de</strong> jacareienses<br />

contra as ações da Administração petista que já dura<br />

quase 12 anos.<br />

Tiro no pé<br />

A sanção da Lei do Acesso por uma presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

perfil histórico para o partido da atual Prefeitura <strong>de</strong><br />

<strong>Jacareí</strong>, na carona do pontapé inicial da Comissão<br />

da Verda<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra que no tal “jeito petista <strong>de</strong><br />

governar” não se encaixa a censura. Neste sentido,<br />

a postura do PT <strong>de</strong> <strong>Jacareí</strong> <strong>de</strong> omitir informações a<br />

um veículo <strong>de</strong> imprensa sério e comprometido com<br />

<strong>Semanário</strong><br />

Ano 19 - Edição 981 - <strong>Jacareí</strong> (SP), 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2012 <strong>de</strong> <strong>Jacareí</strong> e Região<br />

O jornal mais lido da cida<strong>de</strong><br />

Empresa Jornalística <strong>Jacareí</strong> Noticias Ltda.<br />

CNPJ: 65.053.530/0001-43 | Impressão: Gráfica Taiga - SP.<br />

Diretora geral: Inez Valezi<br />

Jornalista: Tiago Valezi Veloso<br />

Rua Armando Salles <strong>de</strong> Oliveira, 39<br />

Jardim Leoní<strong>de</strong>a - <strong>Jacareí</strong> - SP CEP 12327-080<br />

www.semanario.com.br || contato@semanario.com.br<br />

FILIADO À<br />

• ABRARJ<br />

Edição 981 - <strong>Jacareí</strong> (SP), 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2012<br />

Opinião<br />

E S P A Ç O A B E R T O<br />

Crescer a qualquer custo é bom para o Brasil?<br />

Taxas <strong>de</strong> juros básica baixando, juros menores<br />

cobrados pelas instituições financeiras, diminuição<br />

dos impostos para a aquisição <strong>de</strong> carros novos beneficiando<br />

apenas um setor do mercado que é o automobilístico.<br />

Tudo isso seria fantástico se acompanhadas<br />

das <strong>de</strong>vidas reformas necessárias para o país<br />

continuar crescendo para evitar o chamado: “Voo da<br />

Galinha”.<br />

O que percebemos é que a nossa estratégia <strong>de</strong> crescimento<br />

é baseada simplesmente no incentivo ao aumento<br />

<strong>de</strong> consumo que é algo muito semelhante ao<br />

que se faz nos Estados Unidos on<strong>de</strong> a sua economia<br />

po<strong>de</strong> ser comparada a uma bicicleta que não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser pedalada pelas famílias que precisam<br />

continuar consumindo e consumindo para afastar o<br />

fantasma da recessão.<br />

Ao contrário daqui as reformas tanto no campo trabalhista<br />

e como nos investimentos em infraestrutura<br />

foram realizados para o que país continuasse crescendo,<br />

já por aqui,estamos com um déficit <strong>de</strong> estradas,<br />

hospitais, transporte público <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, escolas,<br />

aeroportos, portos, segurança pública, etc., etc.<br />

Enfim estamos com tudo para fazer e ainda temos<br />

que entregar uma Copa do Mundo e uma Olímpiada<br />

que serão nossos cartões postais para o mundo mostrando<br />

nossa competência em trabalhar mesmo com<br />

as adversida<strong>de</strong>s. Em minha opinião, acredito que nem<br />

todo o dinheiro do mundo será capaz <strong>de</strong> fazer o que<br />

é necessário para que eventos <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong> aconteçam<br />

com a <strong>de</strong>vida qualida<strong>de</strong>, pois,a questão física<br />

e cronológica mostra que não é possível ter um pedreiro,<br />

ou um mestre <strong>de</strong> obra experiente fazendo duas<br />

importantes obras ao mesmo tempo em tão pouco<br />

tempo. É difícil ficar com o olho no gato e o outro<br />

no peixe e o Brasil corre um sério risco <strong>de</strong> passar por<br />

mais esse <strong>de</strong>sconforto <strong>de</strong>snecessário já que as ações<br />

po<strong>de</strong>riam ter sido tomadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, mas só agora<br />

estamos dando os primeiros passos.<br />

Diante <strong>de</strong> tudo isso temos ainda famílias que estão<br />

extremamente endividadas e que têm mais <strong>de</strong> 42%<br />

<strong>de</strong> sua receita comprometida com dívidas sendo que<br />

o recomendado é <strong>de</strong> apenas 30%, 14,1% das famílias<br />

brasileiras se <strong>de</strong>claram muito endividados (fonte:<br />

CNC – Confe<strong>de</strong>ração Nacional do Comércio),<br />

além <strong>de</strong> carros que foram financiados em 60 meses<br />

e que estão sendo <strong>de</strong>volvidos com apenas um ano <strong>de</strong><br />

Em vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 16 <strong>de</strong><br />

maio, a Lei <strong>de</strong> Acesso à Informação<br />

tem gerado discordâncias<br />

entre os diferentes po<strong>de</strong>res<br />

sujeitos à ela. O capítulo III do<br />

<strong>de</strong>creto <strong>de</strong> regulamentação assinado<br />

pela Presi<strong>de</strong>nte Dilma<br />

Rousseff <strong>de</strong>termina que é obrigatória<br />

a divulgação dos salários<br />

dos servidores públicos.<br />

Jorge Hage, ministro-chefe da<br />

Controladoria-Geral da União,<br />

apoia totalmente a divulgação<br />

afirmando que o valor da remuneração<br />

“não é informação<br />

da privacida<strong>de</strong> da pessoa, não é<br />

invasão da privacida<strong>de</strong>. É informação<br />

<strong>de</strong> interesse público, porque<br />

é pago com dinheiro público.<br />

Quem é que traz o dinheiro<br />

para os cofres públicos? Todos<br />

nós que pagamos impostos. Nós<br />

somos os seus patrões. Temos<br />

direito sim <strong>de</strong> saber quanto está<br />

sendo pago”.<br />

O <strong>de</strong>creto, assinado por Dilma<br />

no dia 16 <strong>de</strong> maio, abrange<br />

apenas as instituições do Po<strong>de</strong>r<br />

Executivo, dando ao Legislati-<br />

mensalida<strong>de</strong>s pagas. Tudo isso pela incapacida<strong>de</strong> das<br />

famílias continuarem honrando seus compromissos<br />

mas também <strong>de</strong> muitas que se empolgaram <strong>de</strong>mais<br />

com outras medidas tomadas no passado <strong>de</strong> estímulo<br />

ao consumo e não fizeram seu planejamento financeiro<br />

para tamanha responsabilida<strong>de</strong>.<br />

A pergunta que fica na cabeça <strong>de</strong> todos é: Vale a<br />

pena incentivar o consumo em <strong>de</strong>trimento do crescimento<br />

do país mesmo com o alto endividamento<br />

das famílias brasileiras ou será que esse seria o ultimo<br />

tiro <strong>de</strong> misericórdia para aqueles que estão com a<br />

corda no pescoço? Não seria mais importante fazer<br />

as <strong>de</strong>vidas reformas e cortes nos gastos públicos para<br />

que o país cresça <strong>de</strong> forma sustentável e responsável?<br />

Só para ter uma i<strong>de</strong>ia do tamanho do problema<br />

em palestra no Tribunal <strong>de</strong> Justiça <strong>de</strong> Pernambuco na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Recife percebe-se que somente há melhorias<br />

<strong>de</strong> infraestrutura na cida<strong>de</strong> em função da Copa e<br />

<strong>de</strong> indústrias que estão se instalando na região, mas<br />

fica difícil se montar uma empresa em qualquer lugar<br />

do mundo se não há uma infraestrutura básica para<br />

que essas possam se estabelecer, <strong>de</strong>senvolver e gerar<br />

mais empregos. Esse é um <strong>de</strong> muitos exemplos que<br />

mostram que TEMOS TUDO AINDA POR FAZER<br />

e não é pela falta <strong>de</strong> impostos arrecadados para que<br />

esses investimentos ocorram pelo país, mas pela má<br />

gestão <strong>de</strong>sses recursos financeiros públicos.<br />

Bem, meu caro leitor,temos uma janela <strong>de</strong>mográfica<br />

<strong>de</strong> apenas 20 anos que nada mais é um momento<br />

em que uma nação vive on<strong>de</strong> a população <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

é inferior à economicamente ativa, com ida<strong>de</strong> entre<br />

16 e 59 anos. O que <strong>de</strong>vemos ficar atentos é que muitos<br />

países ficaram ricos para <strong>de</strong>pois envelhecerem e<br />

no Brasil corremos um sério risco <strong>de</strong> ficarmos velhos<br />

antes <strong>de</strong> mesmo <strong>de</strong> enriquecermos.<br />

Rogério Nakata é Planejador Financeiro<br />

Certificado pelo IBCPF<br />

– Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Certificação<br />

<strong>de</strong> Profissionais Financeiros,<br />

Embaixador CFP®, Agente Autônomo<br />

<strong>de</strong> Investimentos pela CVM (<br />

Comissão <strong>de</strong> Valores Mobiliários) e<br />

Palestrante sobre os temas Educação<br />

Financeira e Planejamento Financeiro<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> organizações<br />

em todo o Brasil.<br />

Divulgação <strong>de</strong> salários <strong>de</strong><br />

servidores gera polêmica<br />

vo e Judiciário o prazo <strong>de</strong> 60<br />

dias para criarem a sua regulamentação.<br />

Na quarta-feira, 23, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara, Marco Maia,<br />

anunciou que o Legislativo<br />

passará a divulgar o salário <strong>de</strong><br />

seus servidores. As informações,<br />

no entanto, só po<strong>de</strong>rão<br />

ser acessadas <strong>de</strong>pois da regulamentação<br />

do ato pelo Ministério<br />

do Planejamento. O Po<strong>de</strong>r<br />

Judiciário estava hesitante<br />

quanto à a<strong>de</strong>são à lei, mas houve<br />

entendimento com o presi<strong>de</strong>nte<br />

do Senado, José Sarney.<br />

“Os Po<strong>de</strong>res estão em sintonia<br />

com os anseios da socieda<strong>de</strong>”,<br />

afirmou Maia.<br />

Apesar do presi<strong>de</strong>nte do Supremo<br />

Tribunal <strong>de</strong> Justiça, Carlos<br />

Ayres Britto já ter se mostrado<br />

a favor da publicação dos<br />

salários, servidores do Po<strong>de</strong>r Judiciário<br />

têm se manifestado contra.<br />

O principal motivo alegado<br />

para a recusa é que a divulgação<br />

dos salários po<strong>de</strong> expor os<br />

servidores, quebrando o direito<br />

os interesses dos cidadãos é um tiro no pé do próprio<br />

partido.<br />

Aten<strong>de</strong> bem, serve mal<br />

Curioso é notar (e que sirva <strong>de</strong> referência) que na<br />

entrada da Praça <strong>de</strong> Atendimento, o Aten<strong>de</strong> Bem,<br />

está estampado um quadro da presi<strong>de</strong>nte Dilma. O<br />

posto é, conforme testemunha munícipe em matéria<br />

na página 3, um exemplo <strong>de</strong> atendimento, como este<br />

mesmo veículo pô<strong>de</strong> atestar. A reclamação constante,<br />

porém, na boca do cidadão é que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta etapa,<br />

é difícil obter solução para o problema.<br />

A quem possa interessar...<br />

A reflexão do editorial da semana passada (980) sobre<br />

as eleições <strong>de</strong>ste ano <strong>de</strong>u o que falar. Se alguém<br />

não enten<strong>de</strong>u a mensagem, vale traduzí-la: Se a relação<br />

<strong>de</strong> pré-candidatos se confirmar, o resultado da já<br />

está cantado: dinheiro gasto à toa e re(PT)ição.<br />

à intimida<strong>de</strong> e aumentando os<br />

riscos <strong>de</strong> assaltos e furtos.<br />

O artigo especifica com clareza<br />

o que <strong>de</strong>ve ser divulgado: “remuneração<br />

e subsídio recebidos<br />

por ocupante <strong>de</strong> cargo, posto,<br />

graduação, função e emprego<br />

público, incluindo auxílios, ajudas<br />

<strong>de</strong> custo, jetons e quaisquer<br />

outras vantagens pecuniárias”,<br />

mas a principal queixa dos servidores<br />

é a divulgação dos nomes,<br />

que acreditam ser perigosa<br />

e <strong>de</strong>snecessária.<br />

Balanço – O ministro-chefe<br />

da Controladoria-Geral da<br />

União, Jorge Hage, informou<br />

que, até as 18h do dia 17, cerca<br />

<strong>de</strong> 1,6 mil solicitações <strong>de</strong> informações<br />

haviam sido feitas nos<br />

órgãos fe<strong>de</strong>rais. E, já no segundo<br />

dia <strong>de</strong> vigor da Lei <strong>de</strong> Acesso<br />

à Informação, a CGU começou<br />

a encontrar os problemas na<br />

execução. “No início, esta lei,<br />

como qualquer outra, vai precisar<br />

da prática da sua aplicação.<br />

Nenhuma lei nasce pronta para<br />

ser aplicada”, afirmou Hage.<br />

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