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Traqueostomia / Traqueotomia - XV CLE 2

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Instituto Politécnico de Beja<br />

Escola Superior de Saúde de Beja<br />

Curso de Licenciatura em Enfermagem<br />

2º Ano / 2º Semestre<br />

U.C. Enfermagem Cirúrgica<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA / TRAQUEOTOMIA<br />

Professora: Cidália Nobre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA / TRAQUEOTOMIA<br />

NEOPLASIA<br />

DA LARINGE<br />

FACTORES DE RISCO: Acentuados hábitos<br />

tabágicos e alcoólicos, laringite crónica, mau<br />

uso das cordas vocais<br />

SINTOMATOLOGIA: Rouquidão persistente,<br />

associada à otalgia e disfagia<br />

TRATAMENTO: Intervenção Cirúrgica e Radioterapia<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA / TRAQUEOTOMIA<br />

NEOPLASIA<br />

DA LARINGE<br />

(Cont.)<br />

TIPOS DE INTERVENÇÕES CIRURGICAS<br />

● Laringectomia Parcial vertical (Hemilaringectomia):<br />

É removida metade da laringe, ficando com voz rouca.<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA / TRAQUEOTOMIA<br />

NEOPLASIA<br />

DA LARINGE<br />

(Cont.)<br />

TIPOS DE INTERVENÇÕES CIRURGICAS (Cont.)<br />

● Laringectomia Subtotal: É removida mais do que<br />

metade da laringe, ficando com voz rouca.<br />

● Laringectomia Parcial Horizontal (Supraglótica): É<br />

removida a epiglote e tecido lesado, as cordas vocais<br />

ficam intactas, ficando com voz normal.<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA / TRAQUEOTOMIA<br />

NEOPLASIA<br />

DA LARINGE<br />

(Cont.)<br />

● Laringectomia Total: É removida a<br />

epiglote, a laringe e 3 ou 4 anéis<br />

traqueais. A passagem da faringe<br />

para a traqueia é encerrada, a<br />

restante traqueia é repuxada e<br />

suturada à pele para constituir uma<br />

traqueostomia definitiva, através da<br />

qual o doente respira. Não existe<br />

comunicação entre a traqueia e o<br />

esófago, o doente fica sem voz.<br />

TIPOS DE INTERVENÇÕES CIRURGICAS (Cont.)<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOTOMIA<br />

TRAQUEOTOMIA<br />

Consiste na criação de uma abertura<br />

artificial, na face anterior da traqueia, na<br />

qual um tubo é inserido para permitir a<br />

entrada de ar para os brônquios e pulmões.<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOTOMIA<br />

CAUSAS DA TRAQUEOTOMIA<br />

- Obstrução da via aérea superior<br />

- Prolongada ventilação mecânica<br />

- Disfunção dos músculos respiratórios<br />

- Queimaduras graves (cáusticos)<br />

- Impossibilidade de entubação endotraqueal<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOTOMIA<br />

A realização de uma<br />

traqueotomia / traqueostomia,<br />

obriga sempre à utilização de<br />

uma cânula, para manter a<br />

permeabilidade da abertura.<br />

Na traqueostomia definitiva, a<br />

cânula deixa de ser necessária<br />

após correcta cicatrização da<br />

traqueostomia.<br />

A cânula pode ser feita de silicone,<br />

plástico flexível ou metal. Pode ter<br />

apenas um só lúmen ou podem ter<br />

dois, uma cânula interna e outra<br />

externa.<br />

A cânula externa é substituída só<br />

pelo médico. A cânula interna é<br />

substituída regularmente, para<br />

limpeza pela enfermeira<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOTOMIA<br />

A cânula tem um “Cuff”, que é insuflado com ar para ocupar o<br />

espaço entre a parte externa do tubo e a traqueia, para:<br />

Manter uma via aérea adequada, no<br />

pós-operatório, quando se prevê edema<br />

devido à cirurgia ou à radioterapia<br />

Evitar que o sangue do local da cirurgia<br />

e as secreções faríngeas e gástricas<br />

entrem na árvore traqueobrônquica<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOTOMIA<br />

Quando a cânula de traqueostomia com “Cuff” já não é<br />

necessária (não antes de 3 dias após a cirurgia), insere-se uma<br />

cânula sem “Cuff”, sendo esta:<br />

Menos agressiva para a traqueia<br />

Interfere menos com a deglutição<br />

Minimiza a aspiração, pois as<br />

secreções já não se acumulam acima<br />

do “Cuff”<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOTOMIA<br />

PROCESSO DE ENCERRAMENTO DA TRAQUEOTOMIA<br />

Quando a traqueotomia é uma medida temporária para<br />

melhorar a ventilação, procura-se que o doente volte<br />

gradualmente a respirar pelas vias aéreas superiores<br />

Inicia-se a diminuição gradual do calibre da cânula<br />

permitindo um encerramento progressivo do orifício e uma<br />

adaptação da pessoa à função respiratória normal<br />

Quando o doente já respira adequadamente pela via normal,<br />

realiza-se penso compressivo seco, até o orifício encerrar<br />

completamente<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA<br />

LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PRÉ-OPRERATÓRIO<br />

● Apoiar o doente / família durante a informação do cirurgião sobre<br />

o tipo de cirurgia a realizar e a alteração da voz ou perda da mesma<br />

● Facilitar a visita do terapeuta da fala, para dar a conhecer ao<br />

doente / família as opções da reabilitação da fala no pós-operatório<br />

● Facilitar a visita de uma pessoa com laringectomia total e que<br />

tenha recuperado com sucesso<br />

● Avaliar se esta visita deverá ser feita no pré-operatório, no pósoperatório<br />

ou mais tarde, no período de recuperação (5 a 7 dias após<br />

a cirurgia)<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Presença de secreções e tosse ineficaz<br />

Posicionar o doente em semi-fowler<br />

e explicar-lhe o que se vai fazer<br />

Humidificar e aquecer o ar<br />

inspirado através de atmosfera<br />

húmida, pois são as vias aéreas<br />

superiores que normalmente o<br />

fazem<br />

Aspirar secreções pela cânula, em<br />

SOS, (após a realização da<br />

traqueostomia as secreções são<br />

abundantes e sanguinolentas, esta<br />

coloração diminui e desaparece nas<br />

primeiras 6 a 8 H)<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA – LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Presença de secreções e tosse ineficaz (Cont.)<br />

Aspirar frequentemente a orofaringe, sobretudo se o “cuff” da cânula está<br />

insuflado, o que permite acumulação de secreções acima do mesmo<br />

Limpar a cavidade<br />

oral com uma<br />

espátula embebida<br />

em soro fisiológico<br />

Limpar a cânula<br />

interna em cada<br />

turno e em SOS<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Presença de secreções e tosse ineficaz (Cont.)<br />

Vigiar ruídos respiratórios, coloração da pele e mucosas<br />

Dispor de um dilatador traqueal ou uma pinça hemostática e uma<br />

segunda cânula esterilizada, para manter a traqueotomia permeável<br />

caso a cânula externa saia ou se desloque e o doente apresente sinais<br />

de asfixia.<br />

Examinar regularmente os lábios, língua e cavidade oral / Aplicar<br />

lubrificante nos lábios<br />

Ensinar ao doente como tossir: inclinando o tronco para a frente<br />

(favorece a saída das secreções) e colocar um lenço à frente da<br />

cânula<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Presença de secreções e tosse ineficaz (Cont.)<br />

Manter a cânula no local com a ajuda de fita de nastro à volta do pescoço<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Risco de infecção<br />

Lavar as mãos antes de aspirar o doente<br />

Vigiar as características das secreções traqueobrônquicas<br />

Utilizar técnica asséptica<br />

Realizar penso com técnica asséptica diário<br />

e em SOS: limpeza da pele ao redor do<br />

estoma, placa da cânula de traqueostomia,<br />

com soro fisiológico / Observar o estoma<br />

Manter a ferida limpa e seca porque a<br />

humidade predispõe à infecção e macera a<br />

pele circundante<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Risco de infecção (Cont.)<br />

Limpar o tubo de dupla cânula,<br />

retirando a cânula interna e<br />

colocando-a numa cuvete esterilizada<br />

com soro fisiológico<br />

Lavar a cânula com um pequeno<br />

escovilhão e secar com compressa<br />

esterilizada<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Risco de infecção (Cont.)<br />

Aplicar suavemente a cânula interna no tubo de<br />

traqueostomia, fixá-la e certificar-se que está<br />

correctamente posicionada<br />

Aplicar uma compressa seca<br />

debaixo e ao redor do tubo de<br />

traqueostomia<br />

Substituir as fitas de nastro de<br />

fixação do tubo<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Incapacidade de se alimentar<br />

Utilizar sonda naso-gástrica para alimentação entérica, para minimizar a<br />

contaminação das incisões faríngeas e esofágicas e evitar que os líquidos se<br />

infiltrem através da ferida para a traqueia, antes que ocorra a cicatrização<br />

Preferir a alimentação entérica à parentérica, porque mantém a função<br />

gastrointestinal<br />

Desentubar, assim que o doente possa deglutir de forma segura, nesta fase<br />

(na traqueostomia definitiva) é impossível ocorrer aspiração porque a<br />

traqueia já não comunica com o esófago<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Perda de mecanismos vocais<br />

Informar sobre os métodos que facilitam a comunicação: comunicação<br />

não verbal, estabelecer códigos de comunicação<br />

Fornecer lápis e papel<br />

Colocar a campainha junto do doente<br />

Estar perto do doente, compreendendo as suas dificuldades<br />

Disponibilidade para o doente / família, esclarecendo as suas dúvidas<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Perda de mecanismos vocais (Cont.)<br />

Relembrar sobre os métodos de linguagem após a laringectomia total:<br />

Próteses traqueo-esofágicas:<br />

É realizada uma punção<br />

traqueoesofágica (PTE), para formar<br />

uma fístula traqueo-esofágica, com a<br />

introdução de uma prótese de silicone,<br />

(tubo oco de silicone) com uma válvula<br />

unidireccional aberta na extremidade<br />

traqueal e fechada na extremidade<br />

laringo-esofágica.<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Perda de mecanismos vocais (Cont.)<br />

Relembrar sobre os métodos de linguagem após a laringectomia total: (cont.)<br />

Próteses traqueo-esofágicas: (cont.)<br />

Quando o doente fala, a pressão do ar abre<br />

a extremidade fechada, permitindo a<br />

entrada de ar na extremidade laringoesofágica.<br />

Quando o doente pára de falar a<br />

extremidade laringo-esofágica encerra,<br />

evitando que a saliva drene para dentro da<br />

traqueia.<br />

O ar é assim desviado da traqueia para o<br />

esófago: voz traqueoesofágica<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Perda de mecanismos vocais (Cont.)<br />

Relembrar sobre os métodos de linguagem após a laringectomia total (Cont.)<br />

Linguagem esofágica: Linguagem produzida pela eliminação do ar<br />

deglutido (eructação). O doente tem de coordenar a articulação da<br />

vocalização esofágica com a aspiração do ar para o esófago<br />

Linguagem com ajuda externa<br />

/ Dispositivos mecânicos:<br />

Vibrador ou Laringe artificial<br />

electrónica, usados externamente,<br />

permitem um tipo de voz natural<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARINGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Défice de Conhecimentos sobre os cuidados a ter com a<br />

traqueostomia como preparação para a alta<br />

Ensinar o doente / família sobre:<br />

- Limpar o estoma usando um pano embebido em água quente<br />

- Aplicar vaselina ou óxido de zinco, à volta do estoma, se pele irritada<br />

- Humidificar e aquecer o ar inspirado, através de vapor de água quente<br />

- Ingerir 8 a 10 copos de líquidos por dia<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARIGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Deficit de Conhecimentos sobre os cuidados a ter com a<br />

traqueostomia como preparação para a alta (Cont.)<br />

Ensinar o doente / família sobre: (Cont.)<br />

- Pode tomar duche, ou banho de imersão, tendo o cuidado de evitar a<br />

entrada de sabão ou água para o estoma / Atenção à lavagem da cabeça<br />

- Pedir ajuda na lavagem da cabeça e especial cuidado na execução da<br />

barba: evitar que pêlos, espuma e as partículas de sabão não entrem no<br />

estoma<br />

- Não pode nadar, pois a água entraria para os pulmões<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA DEFINITIVA - LARIGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Deficit de Conhecimentos sobre os cuidados a ter com a<br />

traqueostomia como preparação para a alta (Cont.)<br />

Ensinar o doente / família sobre: (Cont.)<br />

- Evitar locais congestionados como fumo ou poeiras, que aumentam a<br />

dificuldade respiratória<br />

- Consultar o médico se constipado / Evitar estar com pessoas constipadas<br />

- Cobrir o estoma, com um lenço ou golas subidas, de tecido poroso<br />

(conseguindo dessa forma filtrar o ar inspirado, evitando ar frio, poeiras…)<br />

- Encaminhar para grupos de apoio a laringectomizados<br />

Cidália Nobre<br />

IPB / Escola Superior de Saúde de Beja / Curso de Licenciatura em Enfermagem / 2º Ano / 2º Semestre<br />

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA - LARIGECTOMIA TOTAL<br />

PERÍODO PÓS PÓS-OPERATÓRIO<br />

OPERATÓRIO<br />

Deficit de Conhecimentos sobre os cuidados a ter com a<br />

traqueostomia como preparação para a alta (Cont.)<br />

Ensinar o doente / família sobre: (Cont.)<br />

- Cuidar e mudar a cânula, em doentes<br />

com alta com a cânula colocada /<br />

sendo necessário um espelho e<br />

equipamento de aspiração<br />

- Fornecer instruções escritas ao<br />

doente / família e revê-las antes da alta<br />

- Permitir que o doente realize a<br />

aspiração da cânula antes da alta<br />

Cidália Nobre<br />

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA<br />

COM TRAQUEOSTOMIA / TRAQUEOTOMIA<br />

BIBLIOGRAFIA:<br />

Phhips, W.J., Sands, J.K. e Marek, J.F. Enfermagem Médico-Cirúrgica Conceitos e<br />

Prática Clínica, “Intervenções em pessoas com problemas das vias aéreas<br />

superiores”, capítulo 31, Vol. 3 6ªEd. Lusociência, 2003, pp. 985-1042<br />

Cidália Nobre<br />

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