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Revista DeMolayRJ_004

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principal o reino de Jerusalém,<br />

conquistado em 1099. Para concorrer<br />

à defesa da Palestina , e à<br />

semelhança do que sucedia entre<br />

os árabes, criaram-se entre a Cristandade,<br />

duas ordens monástico-<br />

-militar, verdadeiras milícias de<br />

Cristo. Uma, a Ordem do Hospital,<br />

a outra, a Ordem do Templo, cujo<br />

nome oficial era “Milícia de Jesus<br />

Cristo”, ou “Irmãos Soldados, Pobres<br />

de Jesus Cristo”.A Terra Santa,<br />

simbolizava o local da Sabedoria<br />

e da Espiritualidade, logo, quem<br />

guardasse esse local guardaria<br />

também esses valores.Certa vez,<br />

em resposta aos judeus, Cristo afirmou:<br />

- “Desfazei este Templo, e eu<br />

em três dias o farei ressurgir”.Os judeus<br />

replicaram:- “Este templo foi<br />

construído em quarenta e seis anos<br />

e Tu em três dias o hás de fazer ressurgir?”<br />

Cristo se referia ao Templo<br />

do seu Corpo (São João, 2:21). Essa<br />

afirmação mostra claramente que<br />

seu Corpo é o Templo, e n’Ele habita<br />

a plenitude da Divindade.<br />

Há que se pensar que os<br />

Templários eram os guardiões do<br />

Templo, ou seja, eles guardavam a<br />

doutrina divina.<br />

ASCENSÃO<br />

A Ordem do Templo foi fundada<br />

na Terra Santa em 1128 por<br />

Hugo de Payens (Payns, Pains ou<br />

Paganis - essa última a forma latinizada)<br />

e Godofredo de Santo<br />

Omer, fidalgos franceses, a quem<br />

em breve se juntaram outros sete<br />

cavaleiros, dentre eles, Arnaldo da<br />

Rocha, que se presume tenha sido<br />

português. Dispunham de poucos<br />

recursos - apenas um corcel para<br />

dois cavaleiros, diz a história, se<br />

bem que a interpretação simbólica<br />

seja mais profunda: o cavaleiro<br />

que dirigia o animal, representaria<br />

a parte espiritual; o que vinha<br />

atrás, a parte material. A junção<br />

dessas duas partes simbolizava a<br />

Unidade.O Rei de Jerusalém, Balduíno<br />

II, consciente dos serviços<br />

que lhe seriam prestados, alojou-<br />

-os nas ruínas do antigo Templo de<br />

Salomão, daí o seu nome - Ordem<br />

do Templo. Diz-se que, ao percorrerem<br />

os labirintos do Templo, encontraram<br />

o que durante milênios<br />

constituíra o segredo dos levitas - a<br />

<strong>Revista</strong> DeMolay RJ 32<br />

verdade divina e as revelações teosóficas<br />

da Kabbalah, que era a história<br />

da criação com suas fórmulas<br />

herméticas - conseguindo interpretar<br />

os símbolos que adornavam<br />

as paredes do Templo, utilizando<br />

alguns deles como referências<br />

para sua saga.A pedido do Rei de<br />

Jerusalém, São Bernardo colige as<br />

regras da Ordem, baseadas nas de<br />

Santo Agostinho, e torna-se o inspirador<br />

espiritual e intelectual dos<br />

Templários.No Concílio de Troyes,<br />

em 1128, na presença de seu Grão-<br />

-mestre (figura mais elevada)<br />

Hugo de Payens, a pedido do Papa<br />

Horácio II e do Patriarca de Jerusalém<br />

Guasimondo, os Templários<br />

ganharam o hábito branco. Cerca<br />

de 1150, o Papa Eugênio II determinou<br />

que sobre o hábito usassem<br />

a cruz vermelha, simbolicamente<br />

formada por duas achas de armas<br />

cruzadas. Sua bandeira com a “balsa”<br />

repartida de negro - terror e<br />

morte do inimigos - e branco - fé<br />

e caridade para os cristãos, trazia<br />

a cruz vermelha, circundada pelo<br />

salmo de David. “não a nós Senhor,<br />

não a nós, mas para glória do Teu<br />

nome”, padrão de modéstia e adoração<br />

a Deus.<br />

Desinteressados dos valores

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