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Portfolio completo - maria imaginário quintino

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PORTFÓLIO CURRICULAR<br />

2002-2009<br />

MARIA IMAGINÁRIO QUINTINO<br />

ARQUITECTA PAISAGISTA


PORTFÓLIO CURRICULAR<br />

2002-2009<br />

Concurso Público Internacional Parque Valdebebas,<br />

Madrid, Espanha<br />

Concurso Público Museu Machado Castro<br />

Ponta Delgada, Açores<br />

Concurso Público Jardim Sá da Bandeira<br />

Santarém<br />

Concurso Internacional de Ideias<br />

Intervenções na Cidade<br />

Consulta Prévia<br />

Plano da Praia da Légua<br />

Consulta Prévia<br />

Plano de Praia da Consolação<br />

Concelho de Peniche<br />

Consulta Prévia<br />

Plano da Praia do Medão / Super Tubos<br />

Concelho de Peniche<br />

Concurso Internacional de ideias<br />

Ortus Artis 2006<br />

Concurso Internacional de ideias<br />

Reabilitação da zona portuária de Helsinkia<br />

Projecto de Ordenamento e Requalificação<br />

Paisagística e Ambiental da orla fluvial de<br />

Gondomar<br />

Concursos


CONCURSO PÚBLICO<br />

INTERNACIONAL<br />

PARQUE VALDEBEBAS<br />

MADRID, ESPANHA<br />

2009<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

Catarina Filhó, Daniel Silva, Maria Quintino,<br />

Paulo Palma.


CONCURSO PÚBLICO<br />

MUSEU MACHADO CASTRO<br />

PONTA DELGADA, AÇORES<br />

2008<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

Catarina Filhó, Maria João Próspero,<br />

Maria Quintino, Paulo Palma.<br />

Arquitectura<br />

Paulo David


JARDIM SÁ DA BANDEIRA<br />

Santarém<br />

Concurso público<br />

concepção/construção<br />

2007<br />

Autoria<br />

Arqª Teresa Alfaiate<br />

Arquitectura<br />

Arqº João Mendes Ribeiro<br />

Colaboradores<br />

Paulo Palma, Mª Quintino, Mª João<br />

Próspero, Catarinha Filhó, Eduardo<br />

Pinto, Cáudia Coelho, David Sampaio.<br />

A B C<br />

Taludes revestidos com prado Relvado Borracha sintética Brita Grossa “Azul Valverde” Brita Grossa em fundo de<br />

Saibro estabilizado Lage de pedra calcária clara Lage de pedra calcária “Azul Valverde” Betuminoso colorido em pista ciclável Calçada calcária clara de várias<br />

<br />

<br />

<br />

ESC 1:1000<br />

Taludes revestidos com prado Relvado Borracha sintética<br />

Peça de Água<br />

Brita Grossa “Azul Valverde” Brita Grossa em fundo de<br />

Saibro estabilizado<br />

dimensões 7x7, 11x11, 20x20<br />

Lage de pedra calcária clara<br />

CAMPO SÁ DA BANDEIRA - PLANO GERAL<br />

Lage de pedra calcária “Azul Valverde” Betuminoso colorido em pista ciclável Calçada calcária clara de várias<br />

DISTRIBUIÇÃO DO ESPAÇO: A - ZONA CONTEMPLATIVA B- ÁREA EQUIPADA (INFANTIL/JUVENIL) C- PEÇA DE ÁGUA D- EDIFÍCIO E- ZONA DE IDOSOS F - PLATAFORMA DO MERCADO Peça de Água<br />

PROJECTO: TERESA ALFAIATE dimensões 7x7, 11x11, 20x20 DEZ. 07<br />

COLABORAÇÃO: C.FILHÓ; E. PINTO; PAULO PALMA; M. QUINTINO; Mª.J.PRÓSPERO; C.COELHO; D.SAMPAIO 03<br />

DISTRIBUIÇÃO DO ESPAÇO: A - ZONA CONTEMPLATIVA B- ÁREA EQUIPADA (INFANTIL/JUVENIL) C- PEÇA DE ÁGUA D- EDIFÍCIO E- ZONA DE IDOSOS F - PLATAFORMA DO MERCADO<br />

D<br />

E<br />

A B C<br />

F<br />

D<br />

E<br />

<br />

<br />

F<br />

<br />

<br />

CAMPO SÁ DA BANDEIRA - PLANO GERAL<br />

PROJECTO: TERESA ALFAIATE<br />

COLABORAÇÃO: C.FILHÓ; E. PINTO; PAULO PALMA; M. QUINTINO; Mª.J.PRÓSPERO; C.COELHO; D.SAMPAIO<br />

ESC 1:1000<br />

DEZ. 07<br />

03


CONCURSO INTERNACIONAL DE<br />

IDEIAS<br />

INTERVENÇÕES NA CIDADE<br />

T.A.L. e O.A.P.<br />

2007<br />

Autoria<br />

Maria João Fonseca e Maria Quintino,<br />

Colaboradores<br />

Daniel Martins da Silva, Gonçalo Branco, Paulo<br />

Palma, Tomé Brito.<br />

Fotografias<br />

António Bettencourt, Márcio Vilela<br />

APREENSÃO DO LOCAL<br />

DECISÃO DO PLANO DE ACÇÃO<br />

PEDIDO DE LICENÇA NA CÂMARA<br />

ESCOLHA EM VIVEIRO<br />

PLANTAÇÃO DAS ÁRVORES<br />

ACÇÃO EXECUTADA - VAZIO PREENCHIDO<br />

MANIFESTO<br />

A acção do cidadão enquanto interveniente activo na construção<br />

de vivências e espaços é urgente e cada vez mais<br />

necessária.<br />

A incapacidade do poder local em manter toda a cidade operacional<br />

e funcional é diminuta, estando o desenvolvimento<br />

em meio urbano<br />

cada vez mais nas mãos de investidores privados e de iniciativas<br />

individuais.<br />

Cada cidadão tem o direito de intervir na construção dos espaços<br />

da sua cidade, porque a cidade é de todos e é para<br />

todos.<br />

1 - Perante as potencialidades e oportunidades que os espaços<br />

vazios oferecem, estes têm de ser analisados e pensados<br />

no âmbito da contribuição para o contínuo do espaço<br />

público na cidade.<br />

2 - A existência de espaços públicos confere um contexto<br />

simbólico e um significado à cidade por providenciar pontos<br />

de encontro/convívio,<br />

caminhos, transições entre domínio público e privado e espaços<br />

de discurso e interacção.<br />

3 - A identidade do lugar induz à apropriação e fixação do<br />

espaço - as características essenciais são a “imagibilidade”<br />

ambiental e a “imagibilidade” social<br />

4 - A acção do cidadão enquanto interveniente activo na construção<br />

de vivências e espaços é urgente e cada vez mais<br />

necessária. Espaço Público é o espaço comum, pertença ou<br />

relativo a todo o cidadão e aberto e acessível a todos. Só<br />

faz sentido existir espaço público se ele for apropriado pela<br />

população.<br />

5 - Através da acção directa ou da identificação com a estrutura<br />

e elementos do local, o cidadão integra o espaço no<br />

seu eu.<br />

6 - A mudança física é de mais rápida e fácil exequibilidade<br />

que a mudança social. Esta requer uma rede de relações de<br />

suporte social característico e identificável capaz de conferir<br />

uma identidade comum.<br />

7 - Operando convincentemente em pontos dispersos da<br />

malha urbana, num formato padronizado e regular de acção,<br />

mais facilmente se estabelecerá uma Identidade Social perante<br />

o espaço vazio e a sua apropriação pessoal.<br />

O vazio, um ponto de partida para a interactividade e para a<br />

experimentação da acção e dos processos narrativos.<br />

a CIDADE como teatro de espectáculos<br />

Uma cidade que se lança para o<br />

exterior, procura nos espaços intersticiais<br />

as vistas das janelas, as<br />

plataformas para o movimento que<br />

acompanham a mudança constante,<br />

sistema em reorganização e readaptação<br />

permanente.<br />

o VAZIO como palco de operações<br />

Hiatos do tecido edificado que<br />

contribuem para a narrativa urbana<br />

enquanto espaços deixados à apropriação<br />

espontânea, informal e<br />

criativa; a uma experiência singular<br />

e alternativa da cidade, muitas vezes<br />

de impossível realização noutros<br />

locais públicos.<br />

Resíduos do crescimento urbano<br />

às vezes inacessíveis, às vezes pertencentes<br />

ao passado comum das<br />

pessoas, detentores de memórias<br />

ambientais e sociais, muitas vezes<br />

esquecidas, revestem-se de um<br />

carácter híbrido que exigem novas<br />

leituras individualizadas dos seus<br />

códigos, na busca da sua identidade.<br />

Espaços democráticos reservados<br />

à reinvenção, num circuito<br />

operativo integrado e associativo.<br />

O vazio na cidade é um espaço laboratorial<br />

na sintaxe global da paisagem<br />

urbana onde códigos actuantes<br />

deixados e as suas metamorfoses<br />

temporais vão explorando o passado,<br />

presente e futuro da cidade.<br />

São lugares que, na cidade contemporânea,<br />

são redescobertos como<br />

novas frentes para a consolidação<br />

urbana.


CONSULTA PRÉVIA<br />

PLANO DE PRAIA DA LÉGUA<br />

2007<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, M. Quintino, Mª João Próspero, Catarina<br />

Filhó<br />

Cliente<br />

CCDRLVT<br />

ZONA COM ALGUMA CONSOLIDAÇÃO<br />

Densificação com Tamarix africana<br />

DUNA PRIMÁRIA<br />

ENCOSTA DECLIVOSA A JUZANTE DO<br />

PERCURSO DE ACESSO<br />

1ª Fase<br />

Após remoção de infestantes (Phragmites Alinhamento de Lavandula stoechas<br />

Balizamento perimetral com paliçada e planta- communis), densificação com Pistacia Lentisção<br />

de Ammophila arenaria<br />

cus, Lavandulas Stoechas e Cerastium tomentosum<br />

2ª Fase<br />

Face Posterior da Duna Primária - Cakile<br />

maritima, Cerastium tomentosum, Corema<br />

album, Otanthus maritimus<br />

Face Anterior da Duna Primária - Anagalis<br />

monelli, Eryngium maritimum, Calystegia<br />

soldanela, Otanthus maritimus<br />

ZONA DE PLATAFORMAS E ENCOSTAS<br />

EROSIONADAS<br />

ZONA INTERDUNAR ESPAÇOS CONSTRUÍDOS<br />

ELEMENTOS CONSTRUÍDOS<br />

Densificação das encostas declivosas e reves- 1ª Fase<br />

Acesso Viário Regularizado em grevilha estabi- Pavimento em madeira Restaurante e apoio de praia <strong>completo</strong><br />

timento das plataformas com Tamarix africana, Consolidação da duna - após remoção de lizada (Tipo terraway ou sistema PPA)<br />

Myoporum acuminatum e Corema album infestantes (Carpobrotus edulis), estabilização<br />

com Salix repens arenaria<br />

2ª Fase<br />

Densificação arbustiva - após estabilização da<br />

zona interdunar, plantação com Lavandula<br />

stoechas<br />

ZONA COM ALGUMA CONSOLIDAÇÃO<br />

Densificação com Tamarix africana<br />

ESPAÇOS CONSTRUÍDOS<br />

Acesso Viário Regularizado em grevilha estabilizada<br />

(Tipo terraway ou sistema PPA)<br />

DUNA PRIMÁRIA<br />

1ª Fase<br />

Balizamento perimetral com paliçada e plantação de Ammophila<br />

arenaria<br />

2ª Fase<br />

Face Posterior da Duna Primária - Cakile maritima, Cerastium tomentosum,<br />

Corema album, Otanthus maritimus<br />

Face Anterior da Duna Primária - Anagalis monelli, Eryngium maritimum,<br />

Calystegia soldanela, Otanthus maritimus<br />

ELEMENTOS CONSTRUÍDOS<br />

Acesso Pedonal Condicionado em estrutura ligeira<br />

(Estrado de madeira sobre-elevado quando necessário)<br />

ENCOSTA DECLIVOSA A JUZANTE DO PERCURSO DE ACESSO<br />

Após remoção de infestantes (Phragmites communis), densificação<br />

com Pistacia Lentiscus, Lavandulas Stoechas e Cerastium tomentosum<br />

Alinhamento de Lavandula stoechas<br />

Lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade<br />

condicionada, serviços públicos e de fiscalização e para<br />

ambulância e serviços de emergência<br />

Restaurante e apoio de praia <strong>completo</strong> Guarda de protecção<br />

ZONA DE PLATAFORMAS E ENCOSTAS EROSIONADAS<br />

ZONA INTERDUNAR<br />

Densificação das encostas declivosas e revestimento das plataformas 1ª Fase<br />

com Tamarix africana, Myoporum acuminatum e Corema album Consolidação da duna - após remoção de infestantes (Carpobrotus<br />

edulis), estabilização com Salix repens arenaria<br />

Postes para colocação<br />

de Bandeira<br />

Cadeira de<br />

Nadador-Salvador<br />

2ª Fase<br />

Densificação arbustiva - após estabilização da zona interdunar, plantação<br />

com Lavandula stoechas<br />

Plataforma de madeira<br />

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DA LÉGUA - CONCELHO DE ALCOBAÇA PLANO GERAL - FASE DE ESTUDO PRÉVIO<br />

03


se Fisiográfica<br />

00 1000 2000m<br />

CONSULTA PRÉVIA<br />

PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO-<br />

CONCELHO DE PENICHE<br />

2007<br />

ma de Ocupação da Paisagem<br />

00 1000 2000m<br />

em forma de digito interpenetrando compartimentação das parcelas agrícolas e principais eixos dos aglomerados<br />

tura da Paisagem<br />

00 1000 2000m<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, M. Quintino, Mª João Próspero, Catarina<br />

Filhó<br />

Cliente<br />

CCDRLVT<br />

PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO E CONSOLAÇÂO NORTE<br />

OBJECTIVOS CONCEPTUAIS<br />

O Projecto de Arquitectura Paisagista das Praias da Consolação e Consolação Norte é antes demais um Projecto de<br />

Paisagem. Paisagem de características bem marcadas e com uma singularidade e valor único.<br />

A proposta de intervenção no espaço baseia-se numa leitura interpretativa da paisagem existente ,pela sua<br />

representatividade e beleza própria. Assume-se a revelação deste espaço pela sua estrutura clara e enquanto<br />

conjunto cénico e paisagístico, valores que a identificam à priori.<br />

Por outro lado , a Ribeira de S. Domingos marca o vale e toda a ocupação humana do espaço e determina fortemente<br />

a sua compartimentação que influencia, inclusivamente, o desenho dos aglomerados urbanos. É curioso verificar a<br />

total interpenetração entre esta compartimentação agrícola e os eixos principais dos aglomerados urbanos ( Peniche e<br />

Atougia da Baleia ) e, como de uma forma explícita, conseguimos ler uma Paisagem, única, global. Interpretamos a<br />

Paisagem total, lugar dinâmico, fruto das intervenções sucessivas do homem, espaço simbólico, criação metafórica de<br />

uma cultura e dum tempo - paisagem construída , independentemente da matéria , viva ou inerte.<br />

Paisagem, enquanto memória, um sedimento de gerações, composto por unidades cuja existência e coerência se<br />

compreende em referencia a um contexto, porquanto se determinam mutuamente. Um cenário vivo, espaço que se<br />

define no tempo que decorre, sucessivamente, da forma como o interpretamos, permitindo por indícios vários entender<br />

cada momento como sequência de um passado e uma previsibilidade do futuro.<br />

O cordão dunar não é parte menos eloquente nesta paisagem porque expressa grande dinâmica e movimento,<br />

apresentando igualmente variações que interessa tornar legíveis, paralelamente à estratégia de estabilização e<br />

consolidação dunar.<br />

Este trecho de Paisagem constitui uma unidade que tem também um valor intrínseco, é um património que se insinua<br />

como um todo e que é indissociável do contexto em que se implanta e enquanto espaço de charneira entre o mar e os<br />

campos agricultados.<br />

Concluindo, esta intervenção pressupõe o respeito pela sua riqueza e autenticidade, a sua reinterpretação a partir de<br />

uma espacialidade única, e a força de uma energia contemporânea ( expressa a vários níveis, nomeadamente os<br />

“novos” usos a que o espaço está sujeito ) capaz de lhe salvaguardar a dignidade e o recrear culturalmente.<br />

Assim sendo cada uma destas partes, nos seus diferentes níveis de resolução, tem um papel fundamental<br />

respondendo a questões mais concretas, eventualmente determinadas por uma adaptação aos constrangimentos /<br />

potencialidades dos usos contemporâneos e, paralelamente, respondendo a um conceito abrangente de paisagem<br />

com uma conformação e imagem individuais e também esta património vivo com significado reinterpretado.<br />

Esta atitude não minimiza a resposta a relações/questões mais “imediatas” nomeadamente a um conjunto de<br />

condições da utilização da praia .Pelo contrário , os novos usos do espaço podem complementar no momento<br />

contemporâneo a especificidade que esta encerra.<br />

A estrutura da paisagem existente é desta forma o principal elemento que serviu de suporte ao conceito de intervenção,<br />

surgindo reforçada pela continuidade de linhas perpendiculares ao mar, que constituem articulações fortes entre o<br />

interior (zonas agricultadas e aglomerados urbanos ) e o cordão dunar, até chegar à praia propriamente dita. Este<br />

sistema de linhas perpendiculares escolhe preferencialmente os pontos de cotas mais baixas deixando ilesas as partes<br />

da duna de perfil mais acentuado<br />

PROPOSTA<br />

De acordo com o programa a intervenção no espaço deve restringir-se à praia de da Consolação e Consolação Norte<br />

no entanto, e como já explicado, uma leitura interpretativa. mais abrangente permitiu-nos não só encontrar orientação<br />

para o desenho de detalhe bem como antecipar algumas ideias , enquanto hipóteses possíveis de ocupação do<br />

espaço. Assim parece-nos importante regrar e definir claramente algumas ligações entre o aglomerado urbano e a<br />

praia, por estas assegurarem uma reforço da métrica e ritmo da estrutura do espaço mas, sobretudo, para conter e<br />

evitar a dispersão de percursos por todo o espaço interdunar e duna secundária. Esta dispersão e multiplicidade de<br />

trilhos abertos nas dunas é bem visível na fotografia aérea recente. Nalguns casos a suposta preservação total destes<br />

espaços tem tido consequências paralelamente bastante nefastas, pela inexistência de uma regra legível que<br />

direccione e assegure as principais ligações, podendo igualmente ser minimizados os seus impactes negativos. Nesta<br />

perspectiva propõe-se ainda o reforço de vegetação arbóreo arbustiva na área correspondente à duna secundária que<br />

poderia servir de tampão à ocupação urbana bem como a densificação do estrato arbustivo e herbáceo na zona<br />

interdunar.<br />

À escala da praia parece-nos ainda importante apreende-la de uma forma mais abrangente sobretudo toda a área que<br />

fica compreendida entre a praia de Consolação e e o Aglomerado Urbana Consolação, por se entender que se devem<br />

reforçar as relações, entre estes nomeadamente pela demarcação com plantação e área de estacionamento ao longo<br />

do Eixo principal de Acesso ao aglomerado .<br />

Pretende-se criar um ritmo através da marcação de percursos de acesso à praia, a construir em estrutura leve<br />

sobrelevada ( quando necessário com número de apoios ao solo reduzido, percurso este que será reforçado pela<br />

criação de uma sebe de Mioporum ao longo de todo o seu desenvolvimento. Estes percursos são reunidos num outro,<br />

que se desenvolverá paralelamente à costa e será construído igualmente em estrutura de madeira. Em todo o sem<br />

desenvolvimento estes percursos terão declive muito suave pelo que será possível o acesso á praia por utentes de<br />

mobilidade condicionada.<br />

Associados a estes percursos surgem os apoios de praia , torres de vigilância e suportes para bandeiras ,<br />

pretendendo-se uma aglomeração destes equipamentos que vem reforçar a estrutura de acessos e optimizar o<br />

funcionamento e gestão destes serviços. Propõe-seApoios de Praia <strong>completo</strong>s na Consolação, e um apoiode praia<br />

simples localizado dentro da área de intervenção prevista ). Este ultimo está ainda articulado com Área destinada a<br />

Informação<br />

Junto ao apoio de Praia <strong>completo</strong>, próximo da maior área de Estacionamento proposta deverão localizar-se os lugares<br />

reservados a Ambulâncias e Serviços de emergência, 1 lugar destinado aos serviços de fiscalização e 1 lugar destinado<br />

a utilizadores de mobilidade condicionada).<br />

Do lado Consolação onde se faz um confronto directo com a área urbana. Propõe-se a construção de uma área de<br />

estacionamento pavimentado com Calçada à Portuguesa prevendo-se sistema de drenagem pluvial o qual poderá<br />

escoar águas para zona da linha de água existe onde se prevê criar sistema de Fitodepuração.<br />

Aqui considera-se a necessidade de remodelar a duna reduzindo na sua largura área de aterro e contendo o<br />

estacionamento numa área paralela á frente edificada. Esta área de estacionamento deverá ser balizada com guarda<br />

de forma a dissuadir o atravessamento disperso da duna que se pretende consolidar e canalizar o acesso á praia pelos<br />

percursos propostos.<br />

Do lado do Forte considera-se adequado a remoção do acesso à praia existente, no entanto e após melhor avaliação<br />

das condições geotécnicas do local coloca-se a possibilidade de criar um acesso sobrelevado em material leve (<br />

madeira ) com pontos de apoio sobre a encosta limitados já que do ponto de vista de articulação urbana este parece<br />

ter sentido . No entanto esta proposta fica em aberto até obtenção de dados mais rigorosos do ponto vista geotécnico.<br />

0 100 500 1000m<br />

0 100 500 1000m<br />

0 100 500 1000m<br />

1. Vegetação Dispersa/Compartimentada<br />

2. Estrutura da Paisagem /<br />

Multiplicação e Dispersão de Percursos<br />

3. Proposta / Hipótese de Ocupação do Espaço<br />

PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO - CONCELHO DE PENICHE INTERPRETAÇÃO DA PAISAGEM / HIPÓTESE DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO<br />

01<br />

7.5<br />

2.5<br />

10<br />

15<br />

15<br />

15<br />

15<br />

5 5<br />

12.5<br />

Área de Vegetação com elevada rarefacção e<br />

homogénea / elevado pisoteio direccional<br />

15<br />

7.5<br />

10<br />

2.5<br />

15<br />

15<br />

15<br />

17.5<br />

12.5<br />

10<br />

15<br />

17.5<br />

15<br />

15<br />

15<br />

17.5<br />

10<br />

Zona muito degrada Zona mediamente degrada Zona pouco degrada<br />

15<br />

12.5<br />

7.5<br />

5<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

2.5<br />

Área de Vegetação com alguma rarefacção /<br />

pisoteio adirecional<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

15<br />

10<br />

10<br />

12.5<br />

10<br />

7.5<br />

5<br />

12.5<br />

2.5<br />

10<br />

12.5<br />

10<br />

10<br />

10<br />

2.5<br />

7.5<br />

5<br />

Área de Vegetação com alguma consolidação /<br />

Vegetação mais desenvolvida<br />

10<br />

10<br />

10<br />

15<br />

7.5<br />

7.5<br />

12.5<br />

10<br />

7.5<br />

7.5<br />

5<br />

15<br />

2.5<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

7.5<br />

7.5<br />

17.5<br />

7.5<br />

Área de vegetação autóctone de interesse<br />

(Tamarix africana)<br />

10<br />

15<br />

12.5<br />

10<br />

10<br />

5<br />

10<br />

2.5<br />

Zona sem consolidação Zona de muito baixa consolidação Zona com alguma consolidação Zona de Interesse<br />

Zona de Linha de Água Zona Aterrada (estacionamento) Zona junto edificação<br />

Zona de Instabilidade Geológica<br />

10<br />

7.5<br />

10<br />

12.5<br />

10<br />

5<br />

Área com vegetação infestantes (caniços)<br />

2.5<br />

7.5<br />

10<br />

7.5<br />

5<br />

2.5<br />

10<br />

12.5<br />

Existente<br />

12.5<br />

12.5<br />

7.5<br />

10<br />

15 15<br />

12.5<br />

5<br />

2.5<br />

15<br />

Proposto no POOC<br />

15<br />

12.5<br />

MERCADO SEMANAL<br />

10<br />

12.5<br />

7.5<br />

10<br />

5<br />

15<br />

2.5<br />

17.5<br />

7.5<br />

5 5<br />

2.5<br />

10<br />

15<br />

15<br />

15<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

7.5<br />

10<br />

2.5<br />

15<br />

15<br />

15<br />

17.5<br />

12.5<br />

10<br />

15<br />

17.5<br />

15<br />

15<br />

15<br />

17.5<br />

10<br />

Zona muito degrada Zona mediamente degrada Zona pouco degrada<br />

15<br />

12.5<br />

7.5<br />

5<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

2.5<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

15<br />

10<br />

10<br />

12.5<br />

10<br />

7.5<br />

5<br />

12.5<br />

2.5<br />

10<br />

12.5<br />

10<br />

10<br />

10<br />

5<br />

2.5<br />

7.5<br />

Zona sem consolidação Zona de muito baixa consolidação Zona com alguma consolidação Zona de Interesse<br />

Zona de Linha de Água Zona Aterrada (estacionamento) Zona junto edificação<br />

Zona de Instabilidade Geológica<br />

Balizamento perimetral com paliçada, com duas fases de consolidação e com distinção entre a parte Densificação da vegetação com vantagens para o Área de vegetação autóctone de interesse Combate às infestantes / Estabelecimento de<br />

anterior e posterior das dunas<br />

processo de consolidação<br />

(Tamarix africana) - a prolongar / Sistema de processo de fitodepuração com vegetação<br />

planatação a estabelecer ao longo dos percursos<br />

sobrelevados<br />

apropriada<br />

10<br />

10<br />

10<br />

15<br />

7.5<br />

7.5<br />

12.5<br />

0 25 50 100m 0 25 50 100m<br />

Área com vegetação invasora (chorão das praias) Encosta muito erudida / área com vegetação<br />

invasora (chorão das praias)<br />

10<br />

7.5<br />

7.5<br />

5<br />

15<br />

2.5<br />

15<br />

12.5<br />

15<br />

7.5<br />

7.5<br />

17.5<br />

7.5<br />

10<br />

15<br />

12.5<br />

10<br />

10<br />

5<br />

10<br />

2.5<br />

10<br />

7.5<br />

10<br />

12.5<br />

10<br />

5<br />

2.5<br />

7.5<br />

10<br />

7.5<br />

5<br />

2.5<br />

10<br />

12.5<br />

12.5<br />

12.5<br />

Recuo do aterro / Remodelação das<br />

dunas<br />

7.5<br />

10<br />

15 15<br />

12.5<br />

5<br />

2.5<br />

15<br />

15<br />

12.5<br />

MERCADO SEMANAL<br />

10<br />

12.5<br />

7.5<br />

10<br />

5<br />

15<br />

2.5<br />

Combate às infestantes / Plantação de espécies<br />

apropriadas<br />

17.5<br />

Estabilização da encosta do ponto de vista<br />

geológico / Combate às invasoras<br />

Linha de Água/<br />

Redução da área de aterro<br />

Duna Primária Fitodepuração<br />

com remodelação da duna<br />

Duna Secundária<br />

PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO - CONCELHO DE PENICHE PLANO DE CONDICIONANTES / PROGRAMA DE INTERVENÇÃO<br />

02<br />

0 25 50 100m<br />

ZONA DA DUNA PRIMÁRIA<br />

1ª Fase<br />

Balizamento perimetral com paliçada e plantação de Ammophila arenaria<br />

2ª Fase<br />

Face Posterior da Duna Primária - Cakle maritima, Cerastium tomentosum, Corema album, Otanthus maritimus<br />

Fance Anterior da Duna Primária - Anagalis monelli, Eryngium maritimum, Calystegla soldanela, Otanthus maritimus<br />

ESPAÇOS CONSTRUÍDOS<br />

Área de estacionamento, espaço de<br />

circulação pedonal, com revestimento<br />

em calçada, com o respectivo<br />

balizamento<br />

Lugares de estacionamento para<br />

pessoas com mobilidade condicionada,<br />

serviços públicos e de fiscalixação e para<br />

ambulância e serviços de emergência<br />

ZONA INTERDUNAR E DUNA<br />

SECUNDÁRIA<br />

1ª Fase<br />

Balizamento perimetral com paliçada e plantação de Ammophila<br />

arenaria<br />

2ª Fase<br />

Face Posterior da Duna Primária - Cakle maritima, Cerastium<br />

tomentosum, Corema album, Otanthus maritimus<br />

Zonas mais consolidadas Densificação com Tamarix africana e<br />

Myoporum acuminatum<br />

Acesso pedonal à praia condicionado<br />

em estrutura ligeira<br />

ZONA DE DECLIVE JUNTO ÀS HABITA-<br />

ÇÕES<br />

Após remoção de infestantes (carpobrotus edulis), densificação com<br />

Pistacia Lentiscus, Lavandulas Stoechas, Cerastium tomentosum<br />

Área de estacionamento,<br />

com revestimento com<br />

calçada miúda<br />

ENCOSTA DECLIVOSA A NORTE<br />

DO FORTE<br />

Após remoção e combate às infestantes (carpobrotus edulis),<br />

densificação das encostas e revestimento das plataformas com<br />

Anagalis monelli, Eryngium maritimum, Calystegla soldanela,<br />

Otanthus maritimus<br />

Posto de Informação<br />

ELEMENTOS CONSTRUÍDOS<br />

Apoio de praia<br />

LINHA DE ÁGUA<br />

Controlo das infestantes / Estabelecimento de um plano<br />

plantação apropriado ao sistema de Fitodepuração<br />

Guarda de balizamento<br />

ZONA DE TAMARIX<br />

Prolonhamento da zona ocupada com Tamarix africana<br />

Torre de vigilância e suporte<br />

para colocação de bandeiras<br />

PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO - CONCELHO DE PENICHE PLANO GERAL / ESTUDO PRÉVIO<br />

03


CONSULTA PRÉVIA<br />

PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA MEDÃO / SUPERTUBOS - CONCELHO DE PENICHE INTERPRETAÇÃO DA PAISAGEM / HIPÓTESE DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO<br />

PLANO DE PRAIA DE MEDÃO /<br />

SUPERTUBOS<br />

CONCELHO DE PENICHE<br />

2006<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, M. Quintino, Ana Espadanal<br />

Cliente<br />

CCDRLVT<br />

01b<br />

PLANO DE PRAIA DE MEDÃO /SUPERTUBOS – CONCELHO DE PENICHE<br />

OBJECTIVOS CONCEPTUAIS<br />

O Projecto de Arquitectura Paisagista da Praia de Medão Supertubos é antes demais um Projecto de Paisagem.<br />

Paisagem de características bem marcadas e com uma singularidade e valor único.<br />

A proposta de intervenção no espaço baseia-se numa leitura interpretativa da paisagem existente ,pela sua<br />

representatividade e beleza própria. Assume-se a revelação deste espaço pela sua estrutura clara e enquanto<br />

conjunto cénico e paisagístico, valores que a identificam à priori.<br />

Por outro lado , a Ribeira de S. Domingos marca o vale e toda a ocupação humana do espaço e determina fortemente<br />

a sua compartimentação que influencia, inclusivamente, o desenho dos aglomerados urbanos. É curioso verificar a<br />

total interpenetração entre esta compartimentação agrícola e os eixos principais dos aglomerados urbanos ( Peniche<br />

e Atougia da Baleia ) e, como de uma forma explícita, conseguimos ler uma Paisagem, única, global. Interpretamos a<br />

Paisagem total, lugar dinâmico, fruto das intervenções sucessivas do homem, espaço simbólico, criação metafórica<br />

de uma cultura e dum tempo - paisagem construída , independentemente da matéria , viva ou inerte.<br />

Paisagem, enquanto memória, um sedimento de gerações, composto por unidades cuja existência e coerência se<br />

compreende em referencia a um contexto, porquanto se determinam mutuamente. Um cenário vivo, espaço que se<br />

define no tempo que decorre, sucessivamente, da forma como o interpretamos, permitindo por indícios vários<br />

entender cada momento como sequência de um passado e uma previsibilidade do futuro.<br />

O cordão dunar não é parte menos eloquente nesta paisagem porque expressa grande dinâmica e movimento,<br />

apresentando igualmente variações que interessa tornar legíveis, paralelamente à estratégia de estabilização e<br />

consolidação dunar.<br />

Este trecho de Paisagem constitui uma unidade que tem também um valor intrínseco, é um património que se<br />

insinua como um todo e que é indissociável do contexto em que se implanta e enquanto espaço de charneira entre<br />

o mar e os campos agricultados.<br />

Concluindo, esta intervenção 1. Síntese pressupõe Fisiográfica o respeito pela sua riqueza e autenticidade, a sua reinterpretação a partir de<br />

uma espacialidade única, e a força de uma energia contemporânea ( expressa a vários níveis, nomeadamente os<br />

0 500 1000 2000m<br />

“novos” usos a que o espaço está sujeito ) capaz de lhe salvaguardar a dignidade e o recrear culturalmente.<br />

Assim sendo cada uma destas partes, nos seus diferentes níveis de resolução, tem um papel fundamental<br />

respondendo a questões mais concretas, eventualmente determinadas por uma adaptação aos constrangimentos<br />

/ potencialidades dos usos contemporâneos e, paralelamente, respondendo a um conceito abrangente de<br />

paisagem com uma conformação e imagem individuais e também esta património vivo com significado<br />

reinterpretado.<br />

Esta atitude não minimiza a resposta a relações/questões mais “imediatas” nomeadamente a um conjunto de<br />

condições da utilização da praia e a sua já revelada vocação para a pratica do surf. Pelo contrário , os novos usos<br />

do espaço podem complementar no momento contemporâneo a especificidade que esta encerra.<br />

A estrutura da paisagem existente é desta forma o principal elemento que serviu de suporte ao conceito de<br />

intervenção, surgindo reforçada pela continuidade de linhas perpendiculares ao mar, que constituem articulações<br />

fortes entre o interior e o cordão dunar, até chegar à praia propriamente dita. A vegetação plantada em sebe vem<br />

reforçar este sistema de linhas perpendiculares assinalando igualmente o movimento das dunas e escolhendo<br />

preferencialmente os pontos de cotas mais baixas.<br />

PROPOSTA<br />

De acordo com o programa a intervenção no espaço deve restringir-se à praia de Medão Super tubos, no entanto, e<br />

como já explicado, uma leitura interpretativa. mais abrangente permitiu-nos não só encontrar orientação para o<br />

desenho de detalhe bem como antecipar algumas ideias , enquanto hipóteses possíveis de ocupação do espaço.<br />

Assim parece-nos importante regrar e definir claramente algumas ligações entre o aglomerado urbano e a praia, por<br />

estas assegurarem uma reforço da métrica e ritmo da estrutura do espaço mas, sobretudo, para conter e evitar a<br />

dispersão de percursos por todo o espaço interdunar e duna secundária. Esta dispersão e multiplicidade de trilhos<br />

abertos nas dunas é bem visível na fotografia aérea recente. Nalguns casos a suposta preservação total destes<br />

espaços tem tido consequências paralelamente bastante nefastas, pela inexistência de uma regra legível que<br />

direccione e assegure as principais ligações, podendo igualmente ser minimizados os seus impactes negativos.<br />

Nesta perspectiva propõe-se ainda o reforço de vegetação arbóreo arbustiva na área correspondente à duna<br />

secundária que poderia servir de tampão à ocupação urbana bem como a densificação do estrato arbustivo e<br />

herbáceo na zona interdunar.<br />

À escala da praia parece-nos ainda importante aprende-la de uma forma mais abrangente sobretudo toda a área que<br />

fica compreendida entre a praia de Medão e o Molhe Leste , por se entender que este troço está como esta<br />

directamente articulado, e ainda por a estrutura do espaço já revelar grande analogia e continuidade.<br />

Pretende-se criar um ritmo através da marcação de percursos de acesso à praia, a construir em estrutura leve<br />

sobrelevada com número de apoios ao solo reduzido, percurso este que será reforçado pela criação de uma sebe de<br />

Mioporum ao longo de todo o seu desenvolvimento. Estes percursos são reunidos num outro, que se desenvolverá<br />

paralelamente ao percurso principal de acesso viário, e será construído igualmente em estrutura sobrelevada. Em<br />

todo o sem desenvolvimento 2. Sistema estes de percursos Ocupação da terão Paisagem declive muito suave pelo que será possível o acesso á praia por<br />

utentes de mobilidade condicionada.<br />

0 500 1000 2000m<br />

Associados a estes percursos surgem os apoios de praia , torres de vigilância e suportes para bandeiras ,<br />

pretendendo-se uma aglomeração destes equipamentos que vem reforçar a estrutura de acessos e optimizar o<br />

funcionamento e gestão destes serviços. Propõe-se um Apoio de Praia <strong>completo</strong> , e dois apoios de praia simples ( a<br />

localizar dentro da área de intervenção prevista ) e um terceiro localizado na Praia do molhe Leste<br />

Junto ao apoio de Praia Estrutura <strong>completo</strong>, em forma a localizar de digito a interpenetrando Sul ( final do compartimentação acesso principal das parcelas viário) deverão agrícolas localizar-se e principais os eixos lugares dos aglomerados<br />

reservados a Ambulâncias e Serviços de emergência, 1 lugar destinado aos serviços de fiscalização e 1 lugar<br />

destinado a utilizadores de mobilidade condicionada). Do lado do estacionamento da Praia do Molhe Leste prevê-se<br />

que estes estacionamentos vão ocupar o espaço mais próximo do acesso pedonal sobrelevado ( ver planta)<br />

Do lado Norte e ao longo de todo o acesso viário principal ( pavimento permeável regularizado) prevê-se a<br />

construção de estacionamento.Cumprindo quase literalmente as solicitações do programa quanto à localização<br />

destes estacionamentos, verificam-se contudo dificuldades em cumprir totalmente o número de lugares previstos,<br />

dado que implicaria avançar por outras áreas mais sensíveis do cordão dunar completamente desadequadas para<br />

este tipo de utilização .<br />

O acesso à área de estacionamento deverá ser feito preferencialmente a Nordeste de modo a deixar mais liberto o<br />

acesso principal viário para escoamento / saída de transito automóvel .<br />

3. Estrutura da Paisagem<br />

0 500 1000 2000m<br />

0 100 500 1000m<br />

0 100 500 1000m<br />

0 100 500 1000m<br />

1. Vegetação Dispersa/Compartimentada<br />

2. Estrutura da Paisagem /<br />

Multiplicação e Dispersão de Percursos<br />

3. Proposta / Hipótese de Ocupação do Espaço<br />

Acesso Viário Regularizado<br />

Acesso Viário Regularizado em áreas de<br />

acesso ao estacionamento<br />

Apoios de Praia Paliçada em Madeira (Permeabilidade de 60%) para<br />

estabilização da Duna Primária a plantar com vegetação<br />

pioneira<br />

Percursos de Acesso Pedonal Misto<br />

(Acesso condicionado)<br />

Estacionamento<br />

0 50 100 200m<br />

Acesso Pedonal Condicionado em<br />

estrutura ligeira (Passadiço sobrelevado)<br />

Sebe Arbóreo-Arbustiva Maciço Arbóreo-Arbustivo<br />

Maciços Arbustivos de consolidação<br />

da Duna<br />

PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA MEDÃO / SUPERTUBOS - CONCELHO DE PENICHE PLANO GERAL - FASE DE ESTUDO PRÉVIO<br />

02<br />

Acesso Viário Regularizado<br />

Postes para colocação de Bandeira e<br />

Cadeira de Nadador-Salvador<br />

B<br />

Acesso Viário Regularizado em áreas de<br />

acesso ao estacionamento<br />

A<br />

Percursos de Acesso Pedonal Misto<br />

(Acesso condicionado)<br />

Acesso Pedonal Condicionado em estrutura ligeira<br />

(Passadiço sobrelevado)<br />

Apoio de Praia Completo Paliçada em Madeira (Permeabilidade de 60%)<br />

para estabilização da Duna Primária<br />

Estacionamento<br />

Apoio de Praia Simples Maciço Arbóreo-Arbustivo<br />

A<br />

A B<br />

Estacionamentos reservados<br />

Emergências, Fiscalização e Mobilidade Condicionada<br />

0 10 50 100m<br />

Estacionamentos reservados<br />

Motocliclos e Autocarros<br />

Sebe Arbóreo-Arbustiva Maciços Arbustivos de consolidação<br />

da Duna


CONCURSO INTERNACIONAL<br />

DE IDEIAS<br />

ORTUS ARTIS 2006<br />

Autoria<br />

Stratum, Laboratório de Paisagem<br />

IL GIARDINO RIFLESSO<br />

La cella é un luogo di clausura e meditazione, isolato dal mondo. É anche un orto, luogo di produzione. Oggi smette di essere spazio per la<br />

ricerca dell’isolamento continuando ad essere spazio isolato. L’isolamento del monaco corrispondeva alla sua ascensione spirituale; oggi<br />

l’isolamento si manifesta in forma antagonica. É un isolamento fisico e si attua con l’anonimato dell’elemento nella matrice (ogni individuo é<br />

appena uno in più nel mezzo di un tutto; é neutro). Confrontando il vuoto fisico del passato con il vuoto dell’ego di oggi pretendiamo che<br />

l’elemento visitante abbia la percezione di questi due stati e li senta. In passato l’isolamento fisico conduceva all’ambizione di un’ascensione<br />

spirituale, oggi conduce ad un’ascensione dell’apparenza, dell’immagine del fisico, della pelle, dell’esteriore. La proposta è una<br />

rappresentazione iconografica e produce un simbolo/icona, l’immagine riflessa persiste indipendentemente dall’elemento umano, si crea un<br />

pattern, stencil.<br />

IL GIARDINO RIFLESSO<br />

MATERIALI La superficie di greggio, nera ed omogenea, è una superficie che riflette le immagini come uno specchio, una inversione della<br />

realtà. Padula, i muri, le arcate e l’osservatore costituiscono uno spazio virtuale immateriale che si annulla attraverso semplici assenze di uno<br />

degli elementi. Già il cielo, che riflette direttamente, rappresenta la perfezione, somigliante all’obiettivo dell’ascensione spirituale. Il<br />

Partenocissus quinquefolia, rappresenta l’evoluzione dello spazio, in continuo cambiamento, introduce alla 4ª dimensione. Il metallo,<br />

contenitore della nostra rappresentazione, limita la superficie di greggio. La proiezione della città sulla superficie di greggio ci trasporta<br />

dall’interno inclausurato all’esterno. Attraverso l’illuminazione, dissimulata nel contenitore, sorge un nuovo ambiente: il negativo dell’immagine<br />

diurna che sorge dai vuoti esistenti nei materiali che costituiscono lo spazio.


CONCURSO INTERNACIONAL<br />

DE IDEIAS<br />

REABILITAÇÃO DA ZONA<br />

PORTUÁRIA DE HELSINKIA<br />

LÄNSISATAMANPUISTO<br />

2005<br />

Autoria<br />

Daniel Martins da Silva, Maria João Fonseca,<br />

Maria Quintino, Paulo Palma, Pedro Prazeres<br />

Colaboradores<br />

Filipa Branco; Rita Pacheco


PROJECTO DE ORDENAMENTO E<br />

REQUALIFICAÇÃO PAISAGÍSTICA E<br />

AMBIENTAL DA ORLA FLUVIAL DE<br />

GONDOMAR<br />

2003<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, MJ Berhan da Costa,<br />

MJ Fonseca, M. Quintino<br />

Coordenação do Plano Global de Interveção<br />

Teresa Alfaiate<br />

Arquitectura<br />

João Mendes Ribeiro<br />

Cliente<br />

Polis de Gondomar<br />

<br />

0 100


PORTFÓLIO CURRICULAR<br />

Propriedade Privada<br />

Montemor-o-Novo<br />

Loteamento Casais da Alagoa<br />

Santarém<br />

Minas de Argozelo<br />

Vimioso<br />

Propriedade Privada<br />

S. João do Estoril<br />

Mina de S. Domingos<br />

Central de Britagem da Moitinha<br />

Mina de D. Domingos<br />

Achada do Gamo<br />

Mosteiro da Batalha, Batalha 2007<br />

Propriedade Privada<br />

Chamusca da Beira<br />

Jardim da Corredoura<br />

Portalegre<br />

Vila da Flor-da-Rosa<br />

Flor-da-Rosa<br />

2002-2009<br />

Projectos


PROPRIEDADE PRIVADA<br />

MONTEMOR-O-NOVO<br />

2009<br />

Autoria<br />

Maria Quintino, Paulo Palma<br />

Arquitectura<br />

Filipa Respício<br />

Engenharia Electrotécnica<br />

Engº António Figueiredo<br />

Cliente<br />

Dr. João Azevedo<br />

Construtor<br />

Engº Mário Jorge<br />

Construtor Jardim<br />

Jardins Monte Real


LOTEAMENTO CASAIS DA ALAGOA<br />

Santarém<br />

Estudo Prévio e Projecto de Execução<br />

2008<br />

Autoria<br />

Maria Quintino, M João Fonseca e Paulo Palma<br />

Arquitectura<br />

Manuela Clara<br />

Colaboração<br />

Lara Nogueira<br />

O conceito da proposta partiu de uma análise do espaço de intervenção<br />

e sua envolvente e manifestou-se numa necessidade de unifi cação e<br />

inter-permeabilidade de todas as áreas do projecto mesmo que cada<br />

uma mantenha o seu carácter, perante a funcionalidade que lhe é<br />

inerente. Toda a composição procurou, assim, criar uma imagem de<br />

unidade no seu tratamento, com uma diversidade de situações que<br />

permitam uma forte valorização da imagem de conjunto entre espaço<br />

mineral de utilização intensa e espaço orgânico de enquadramento<br />

e/ou recreio. A diferenciação entre as zonas de circulação pedonal e<br />

as zonas de estadia e de enquadramento é feita pela diferenciação<br />

da textura do revestimento utilizado, que passa de inerte a orgânico.<br />

A inter-relação entre espaço aberto, espaço construído, luz, sombra,<br />

variedade de texturas e cores é determinante para o bom funcionamento<br />

do projecto.<br />

A área de intervenção pode ser dividida em três zonas, segundo a<br />

natureza do espaço e a intensidade de uso. A primeira zona é a área<br />

dos arruamentos; a segunda, os espaços verdes entre os prédios a Sul<br />

do loteamento e a terceira, a faixa ao longo da linha de água de prados<br />

extensivos e plantações arbóreas.<br />

Prevê-se portanto, um uso intenso mas regrado sendo que os<br />

arruamentos serão os de mais intensa utilização. Os espaços verdes<br />

entre os prédios a Sul terão uma utilização também intensa, pelo maior<br />

número de fogos por m 2 de área verde. Na faixa de protecção da linha<br />

de água prevê-se uma utilização de recreio e lazer, preconizandose<br />

uma intervenção de protecção do sistema natural e de sistemas<br />

permeáveis. Pretende-se criar um espaço que interligue os elementos<br />

estruturantes do loteamento e da envolvente, mas que, em simultâneo,<br />

se destaque, que seja ele próprio um elemento de identidade única.<br />

Um espaço enriquecedor da paisagem local em termos estéticos,<br />

ecológicos, visuais e de conforto bioclimático.<br />

Do ponto de vista da vegetação, preconiza-se uma intervenção<br />

paisagística com recurso à instalação de vegetação autóctone ou<br />

bem adaptada às condições locais e ao regime hídrico da região, que<br />

respeita a sensibilidade ecológica local em questão e com menores<br />

exigências de manutenção.<br />

Pretende-se ainda que o projecto apresente baixos custos de<br />

manutenção e que gere uma evolução ecologicamente<br />

sustentável ao longo do tempo.


MINAS DE ARGOZELO<br />

Vimioso<br />

Estudo Prévio e Projecto de Execução<br />

2008<br />

Autoria<br />

Maria Quintino<br />

Colaboração<br />

Maria João Fonseca, Paulo Palma<br />

Cliente<br />

Agripro e EDM<br />

Corte AA’<br />

Edifício existente<br />

Estruturas Industriais Pavimento existente Percurso proposto Acesso à cota superior Estrutura Arbórea existente Estrutura Arbórea Proposta Estrutura Arbustiva Proposta Prado de Sequeiro Proposto<br />

O estatuto de uso do espaço de intervenção é considerado o de<br />

espaço de uso público. Prevê-se portanto, um uso intenso mas<br />

regrado pelo seu carácter de espaço museológico, exigindo uma<br />

resistência a pisoteio das superfícies e ao desgaste de todos os<br />

materiais, sendo opção determinante o recurso a materiais mais<br />

rijos no exterior.<br />

Pretende-se assim criar um espaço que interligue os elementos<br />

estruturantes, remanescentes do período industrial mineiro, mas<br />

que, em simultâneo, se destaque, que seja ele próprio um elemento<br />

de identidade única. Um espaço visualmente enriquecedor da<br />

paisagem local, quer em termos estéticos, quer ecológicos.<br />

O conceito da proposta partiu de uma análise do espaço<br />

de intervenção e sua envolvente e manifestou-se numa<br />

necessidade de unificação e inter-permeabilidade do espaço.<br />

Toda a composição procurou, assim, criar uma imagem de<br />

unidade no seu tratamento, com uma diversidade de situações<br />

que permitam uma forte valorização da imagem de conjunto<br />

entre espaço mineral de utilização intensa e espaço orgânico de<br />

enquadramento. A diferenciação entre as zonas de circulação<br />

pedonal e as zonas de enquadramento é feita pela diferenciação<br />

da textura do revestimento utilizado, que passa de inerte a<br />

orgânico. A inter-relação entre espaço aberto, espaço construído,<br />

luz, sombra, variedade de texturas e cores é determinante para o<br />

bom funcionamento do projecto.<br />

Do ponto de vista da vegetação, preconiza-se uma intervenção<br />

paisagística com recurso à instalação de vegetação autóctone ou<br />

bem adaptada às condições locais, que respeita a sensibilidade<br />

ecológica local em questão e com menores exigências de<br />

manutenção, promovendo consequentemente a sustentabilidade<br />

económica do projecto. Esta opção justifica-se ainda pela<br />

acentuada seca que se faz sentir actualmente na região,<br />

parecendo importante o uso de vegetação adaptada ao regime<br />

hídrico.<br />

Pretende-se ainda que o projecto apresente baixos custos de<br />

manutenção e que gere uma evolução ecologicamente sustentável<br />

ao longo do tempo.


PROPRIEDADE PRIVADA<br />

S, João do Estoril<br />

ESTUDO PRÉVIO<br />

2008<br />

Projecto<br />

Maria Quintino<br />

Construção<br />

Mãe Natureza<br />

Cliente<br />

Drª Mª Aguiar<br />

Perspectiva da Peça de Água Esc. 1/100 Perspectiva da Peça de Água Esc. 1/100<br />

Alçado AA' - Corte transversal da Peça de Água Esc. 1/50 Corte BB' Esc. 1/50 Planta da Peça de Águal Esc. 1/50<br />

Perspectiva da Peça de Água Esc. 1/100 Perspectiva da Peça de Água<br />

Alçado AA' - Corte transversal da Peça de Água Esc. 1/50 Corte BB' Esc. 1/50 Planta da Peça de Águal Esc. 1/50<br />

Perspectiva da Peça de Água<br />

Alçado AA' - Corte transversal da Peça de Água Esc. 1/50 Corte BB' Esc. 1/50 Plan<br />

Visualizações da Peça de Água S/Esc S/Esc<br />

Visualizações da Peça de Água S/Esc<br />

Alçado AA' - Corte transversal da Peça de Água<br />

Visualizações da Peça de Água S/Esc


MINA DE S. DOMINGOS<br />

Central de Britagem da Moitinha<br />

Estudo Prévio e Projecto de Execução<br />

2007<br />

Autoria<br />

Maria Quintino e Mª João Fonseca<br />

Especialidades<br />

Lisconcebe<br />

Cliente<br />

EDM<br />

ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO E ARQUITECTÓNICO<br />

Encostada a uma escarpa com cerca de 14 metros de altura, a denominada “Central<br />

de Britagem da Moitinha”, constituída pelo edifício central, pela chaminé e por algumas<br />

ruínas de edifícios de apoio e placas de betão, representa um conjunto edificado que urge<br />

preservar, sob risco de se poder vir a perder irremediavelmente.<br />

A degradação a que tem sido sujeita ao longo dos anos, confere-lhe um aspecto de edifício<br />

em ruína, cujos tons monocromáticos que foi adquirindo a enquadram perfeitamente<br />

naquela rocha como se de uma escultura ali esculpida se tratasse.<br />

Este aspecto cenográfico do conjunto, enquadrado pelo monte onde existiu o Bairro<br />

Mineiro da Moitinha, veio a ditar a metodologia e abordagem da intervenção proposta.<br />

Procurando manter essa imagem de um conjunto arruinado, mas cujas características<br />

nos parecem de inegável interesse histórico e cultural no vasto espólio de todo o conjunto<br />

edificado das Minas de São Domingos, o reconhecimento do território em análise, bem como<br />

as pesquisas bibliográficas e contactos existentes com ex-mineiros foram determinantes<br />

no decorrer deste estudo e na procura das várias soluções a levar a efeito.<br />

Ao carácter árduo e despojado que este tipo de edificação exigia, contrapõe-se agora<br />

uma intervenção que visa preservar os elementos existentes, ora contornando-os,<br />

ora tomando deles partido, aproveitando o que ainda resta das suas características<br />

estruturais e materiais. Trata-se de todo um conjunto de acessos e de percursos pedonais,<br />

da recuperação de estruturas existentes (edifícios, muros e taludes) e da desmatação e<br />

reflorestação da zona envolvente.<br />

DIQUE<br />

O Dique que aqui encontramos representa uma peça de singular beleza, pela sua robustez,<br />

quebrada pelas duas estreitas comportas e por um ou outro pormenor de desenho de<br />

cantarias.<br />

Dado o seu bom estado de conservação, propõe-se apenas a sua desmatação (incluindo<br />

o abate de um eucalipto que o perfurou) e restituição de zonas mais degradadas, podendo<br />

constituír por si só a “ponte” (já) natural no atravessamento pretendido de acesso à outra<br />

margem. Nas suas extremidades, encostado às margens, são criadas duas passagens<br />

elevadas em chapa de ferro de cor negra, pousadas apenas de modo a contrastar com o<br />

cromatismo acastanhado do dique, não o danificando ou alterando o seu aspecto inicial.<br />

PLANTAÇÃO E SEMENTEIRAS<br />

Ao nível da proposta de plantação e sementeiras, pretende-se reforçar alinhamento de<br />

Eucaliptos e propõem-se a estabilização dos taludes através de um coberto vegetal de<br />

baixas necessidades hídricas, que proteja da erosão hídrica, diminuindo o impacto das<br />

gotas de chuva com o solo. O coberto vegetal irá diminuir a velocidade de escorrência<br />

superficial, evitando a formação de sulcos e, conseqentemente, a desagregação do<br />

talude.


MINA DE S. DOMINGOS<br />

Achada do Gamo<br />

Estudo Prévio<br />

2007<br />

Autoria<br />

Maria Quintino e Mª João Fonseca<br />

Especialidades<br />

Lisconcebe<br />

Cliente<br />

EDM<br />

INTERVENÇÃO<br />

O estudo que se apresenta é essencialmente uma estratégia de organização<br />

espacial, que não passa pela transfiguração dos elementos ou imposição de novas<br />

“leituras” do espaço, mas que pretende aumentar a sua legibilidade e funcionalidade,<br />

criando novas oportunidades para a interacção das pessoas com o ambiente e uma<br />

arquitectura industrial tão específica. A intervenção perspectiva criar novos usos,<br />

dentro do contexto local, numa ligação entre o legado histórico, as necessidades<br />

específicas de recuperação e as potencialidades, ainda que limitadas, de novos<br />

usos que o local proporciona. A proposta consubstancia-se na integração de novos<br />

elementos – percursos, pavimentos e elementos arbóreos e arbustivos - que se<br />

integram no funcionamento da paisagem ancestral.<br />

Na maior área da intervenção é mantido o terreno natural, à cota original, e<br />

preservadas as micro-modelações existentes, os antigos carris, etc., onde ainda se<br />

podem encontrar vestígios dos materiais utilizados na sua construção. Apenas nas<br />

zonas onde se pretende aumentar a capacidade de carga da superfície, ou nos casos<br />

onde é imperativo manter um declive constante, são propostas soluções alternativas.<br />

Crê-se desta forma respeitar uma paisagem que em cerca de 40 anos de abandono<br />

apresenta, ainda assim, marcas muito próprias e cujo <strong>imaginário</strong> de quem as viveu<br />

seria praticamente impossível restituir.<br />

Por outro lado, tirando partido da paisagem e das inúmeras sensações que provoca,<br />

das formas únicas que alguns dos edifícios ainda sugerem (os levantamentos<br />

topográfico e fotográfico foram permitindo a reconstituição de algumas zonas deste<br />

enorme “puzzle”), foram naturalmente surgindo variadas opções para cada uma das<br />

zonas que nos propomos desenvolver.<br />

Desencadeando alternadamente percursos ou acontecimentos que giram em torno<br />

das fábricas (ou do que resta delas) – elementos principais de todo o conjunto, a<br />

par das duas chaminés ainda existentes – são assim criados focos de interesse que<br />

se interligam. Estes percursos surgem da percepção e sensibilidade no decorrer de<br />

variadas visitas ao local e procura de uma abordagem coerente e condizente com o<br />

propósito da intervenção: recuperar todo o espólio com uma finalidade turística, não<br />

esquecendo nunca a carga histórica e cultural inerente e que de alguma forma deva<br />

transparecer ou ser preservada para o futuro.


MOSTEIRO DA BATALHA<br />

BATALHA<br />

2007<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, MJ Berhan da Costa,<br />

M. Quintino, F. Lima, F. Branco<br />

Cliente<br />

IPPAR<br />

Coordenação do Plano Global de Interveção<br />

IPPAR<br />

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C<br />

B’<br />

A A’<br />

B<br />

C’<br />

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11<br />

22<br />

44 45<br />

46 47<br />

48<br />

46<br />

48<br />

33<br />

44<br />

55<br />

66<br />

77


PROPRIEDADE PRIVADA<br />

CHAMUSCA DA BEIRA<br />

2007<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, MJ Berhan da Costa,<br />

M. Quintino, F. Lima, Ana Espadanal<br />

Cliente<br />

Engº Luís Vaz Pais<br />

Construtor<br />

Engº Artur Francisco e Beirajardins, Lda


JARDIM DA CORREDOURA<br />

PORTALEGRE<br />

2004<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, I. Ferro, MJ Berhan da Costa,<br />

M. Quintino, Ana Manta<br />

Coordenação do Plano Global de Interveção<br />

Polis de Portalegre<br />

Estruturas<br />

Engº Fernando Rodrigues<br />

Infraestruturas<br />

Engº Ramos Motta<br />

Instalações Eléctricas<br />

Engº José Tomada<br />

Cliente<br />

Câmara Municipal de Portalegre<br />

Construtor<br />

António Saraiva & Filhos, Lda<br />

ESTRUTURA VERDE / ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOS ADJACENTES<br />

TECIDO URBANO vs MACIÇO DE VEGETAÇÃO<br />

DISPERSÃO / FRAGMENTAÇÃO ARTICULAÇÃO / UNIDADE<br />

POTENCIAÇÃO DO TERRENO PELO MACIÇO E PORTE DA VEGETAÇÃO


VILA DA FLOR-DA-ROSA<br />

FLOR-DA-ROSA<br />

2002<br />

Autoria<br />

Teresa Alfaiate<br />

Colaboradores<br />

P. Palma, MJ Berhan da Costa,<br />

M. Quintino, F. Branco<br />

Coordenação do Plano Global de Interveção<br />

Teresa Alfaiate

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