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Alternativas para a caprinovinocultura na agricultura familiar

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Governo do Estado<br />

do Rio Grande do Norte<br />

ALTERNATIVAS PARA A<br />

CAPRINOVINOCULTURA NA<br />

AGRICULTURA FAMILIAR<br />

04<br />

ISSN 1983-280 X<br />

Ano 2009<br />

MARCIANE DA SILVA MAIA<br />

MARGARETH MARIA TELES REGO<br />

JORGE FERREIRA TORRES<br />

JOSÉ GERALDO MEDEIROS DA SILVA<br />

ALEXANDRE CONFESSOR JÚNIOR<br />

CLÁUDIO ADRIANO CORREIA LIMA


GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE<br />

WILMA MARIA DE FARIA<br />

SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA<br />

FRANCISCO DAS CHAGAS AZEVEDO<br />

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO RIO GRANDE NORTE<br />

DIRETORIA EXECUTIVA DA EMPARN<br />

DIRETOR PRESIDENTE<br />

HENRIQUE EUFRÁSIO DE SANTANA JUNIOR<br />

DIRETOR DE PESQUISA & DESENVOLVIMENTO<br />

MARCONE CÉSAR MENDONÇA DAS CHAGAS<br />

DIRETOR DE OPERAÇÕES ADM. E FINANCEIRAS<br />

AMADEU VENÂNCIO DANTAS FILHO<br />

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO RN<br />

DIRETORIA EXECUTIVA DA EMATER-RN<br />

DIRETOR GERAL<br />

LUIZ CLÁUDIO SOUZA MACEDO<br />

DIRETOR TÉCNICO<br />

MÁRIO VARELA AMORIM<br />

DIRETOR DE ADM. RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS<br />

CÍCERO ALVES FERNANDES NETO


ALTERNATIVAS PARA A<br />

CAPRINOVINOCULTURA NA<br />

AGRICULTURA FAMILIAR<br />

Natal, RN<br />

2009<br />

1 Pesquisador da Embrapa / EMPARN, D.Sc. - marcianemaia@yahoo.com.br<br />

2 Bolsista FAPERN / CNPq / EMPARN. D.Sc. - margarethmariateles@yahoo.com.br<br />

3 Pesquisador EMPARN, M.Sc. - jorge-emparn@rn.gov.br<br />

4 Pesquisador EMPARN D. Sc. - josegeraldomdsilva@ig.com.br<br />

5 Extensionista EMATER RN, B.Sc. - aconfessor@tn.gov.br<br />

6 Pesquisador EMPARN M. Sc. - clazootecnista@yahoo.com.br<br />

ISSN 1983-280 X<br />

Ano 2009<br />

Marciane da Silva Maia 1<br />

Margareth Maria Teles Rego 2<br />

Jorge Ferreira Torres 3<br />

José Geraldo Medeiros da Silva 4<br />

Antônio Alexandre Confessor Júnior 5<br />

Cláudio Adriano Correia Lima 6


ALTERNATIVAS PARA A CAPRINOVINOCULTURA NA AGRICULTURA FAMILIAR<br />

EXEMPLARES DESTA PUBLICAÇÃO PODEM SER ADQUIRIDOS<br />

EMPARN - Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN<br />

UNIDADE DE DISPONIBILIZAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE TECNOLOGIAS<br />

AV. JAGUARARI, 2192 - LAGOA NOVA - CAIXA POSTAL: 188<br />

59062-500 - NATAL-RN<br />

Fone: (84) 3232-5858 - Fax: (84) 3232-5868<br />

www.emparn.rn.gov.br - E-mail: emparn@rn.gov.br<br />

COMITÊ EDITORIAL<br />

Presidente: Maria de Fátima Pinto Barreto<br />

Secretária-Executiva: Vitória Régia Moreira Lopes<br />

Membros<br />

Aldo Ar<strong>na</strong>ldo de Medeiros<br />

Amilton Gurgel Guerra<br />

Leandson Roberto Fer<strong>na</strong>ndes de Luce<strong>na</strong><br />

Marciane da Silva Maia<br />

Marcone César Mendonça das Chagas<br />

Terezinha Lúcia dos Santos Fer<strong>na</strong>ndes<br />

Revisor de texto: Maria de Fátima Pinto Barreto<br />

Normalização bibliográfi ca: Biblioteca Central Zila Mamede – UFRN<br />

Editoração eletrônica: Giovanni Cavalcanti Barros (www.giovannibarros.eti.br)<br />

1ª Edição<br />

1ª impressão (2009): tiragem - 2.500<br />

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS<br />

A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui<br />

violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).<br />

Ficha catalográfi ca elaborada por Claudia Simone Felipe CRB-15/ 281<br />

M28<br />

Maia, Marciane da Silva.<br />

<strong>Alter<strong>na</strong>tivas</strong> <strong>para</strong> a Caprinovinocultura <strong>na</strong> Agricultura Familiar/ Marciane da<br />

Silva Maia et AL; Revisado por Maria de Fátima Pinto Barreto. Natal: EMPARN,<br />

2009.<br />

36p.; i.l. (Circuito de tecnologias adaptadas <strong>para</strong> a <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong>; 4)<br />

1. Caprinovinocultura. 2. Leite de cabras produção higiênica. 3. Manejo<br />

alimentar – caprinos e ovinos. 4. Ordenha passos. 5. Cabra seca cuidados.<br />

6. Forragens produção e conservação. 7. Produção planejamento e gerenciamento.<br />

8. Meio ambiente -problemas e soluções.<br />

I. Autor. II. Título.<br />

RN/ EMATER/ BIBLIOTECA CDU 636.32’39


SUMÁRIO<br />

1 - ALIMENTOS ALTERNATIVOS .......................................................... 10<br />

1.1 - Palma forrageira ..................................................................... 10<br />

1.2 - Cactos <strong>na</strong>tivos – mandacaru e xiquexique .......................... 11<br />

1.3 - Fenos de forrageiras <strong>na</strong>tivas ................................................. 13<br />

1.2.1. Flor-de-seda ...................................................................... 13<br />

1.4 – Subprodutos da fruticultura ................................................. 14<br />

1.4.1. o Caju ................................................................................ 15<br />

1.4.1.1. Utilização de resíduo de caju <strong>na</strong> ração ................... 15<br />

1.4.1.2. Inclusão de pedúnculo de caju <strong>na</strong> ensilagem ....... 16<br />

1.4.2. Melão ............................................................................... 17<br />

1.4.3. Ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ............................................................................. 18<br />

1.5 – Resíduo do Sisal ................................................................... 19<br />

2- MEDIDAS PARA REDUZIR A MORTALIDADE ................................. 20<br />

2.1 – Higiene das Instalações ...................................................... 20<br />

2.2 - Controle de verminose ......................................................... 21<br />

2.2.1. O que fazer <strong>para</strong> controlar ou evitar a doença ............ 21<br />

2.3 – Controle e prevenção de Eimeriose .................................. 22<br />

2.3.1. Como evitar a doença .................................................... 22<br />

2.3.2. Como tratar os animais doentes ................................... 23<br />

2.4. Prevenção das clostridioses .................................................. 23<br />

2.4.1. Como evitar a doença .................................................... 23<br />

2.5. Controle da Linfadenite Caseosa ou mal do caroço .......... 23<br />

2.5.1. Como evitar a doença .................................................... 23<br />

2.5.2. Como tratar os animais com caroço ............................. 24<br />

3 - USOS DA HOMEOPATIA NA PREVENÇÃO E CURA ..................... 24<br />

DAS DOENÇAS ............................................................................ 24<br />

3.1. MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS PARA CAPRINOS<br />

E OVINOS ................................................................................. 25<br />

3.2. Outros medicamentos <strong>na</strong>turais ............................................ 27<br />

4 - INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS RÚSTICOS .............................. 28<br />

4.1 Chiqueiros e apriscos ............................................................. 28<br />

4.2 Fenis ou manjedouras ........................................................... 29<br />

4.3 Cochos .................................................................................... 30<br />

4.4 Plataforma de ordenha ......................................................... 31<br />

4.5 Bebedouros ............................................................................ 32<br />

4.6 Saleiros .................................................................................... 33<br />

4.7 – Brete ..................................................................................... 33<br />

4.8 Outros Equipamentos ............................................................ 34<br />

5 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ..................................................... 35


APRESENTAÇÃO<br />

A água é um bem <strong>na</strong>tural essencial a sobrevivência dos seres<br />

vivos. Trata-se de um recurso renovável em seu ciclo <strong>na</strong>tural, mas<br />

um bem fi nito, pois suas reservas são limitadas. O uso irracio<strong>na</strong>l<br />

e irresponsável da água pode comprometer a vida no planeta.<br />

Por isso, é imprescindível a conscientização da população sobre<br />

a importância do seu uso sustentável.<br />

A <strong>agricultura</strong> é o setor que mais consome água entre todas as<br />

atividades huma<strong>na</strong>s e é imperativo sensibilizar produtores rurais,<br />

técnicos, multiplicadores, estudantes, extensionistas e pesquisadores<br />

em relação ao respeito à utilização correta das reservas de<br />

água. Isso se faz, entre outras ações, levando conhecimento e<br />

educação <strong>para</strong> a população rural, <strong>para</strong> que desenvolvam uma<br />

nova consciência não só da importância da quantidade de água<br />

disponível, mas também da sua qualidade. São gestos simples<br />

que precisam se transformar em práticas usuais, como evitar o<br />

desperdício, não usar venenos <strong>na</strong>s plantações, armaze<strong>na</strong>r água da<br />

chuva corretamente e proteger as <strong>na</strong>scentes e as matas ciliares.<br />

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte através da<br />

Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN – EMPARN e do<br />

Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN –<br />

EMATER, afi liadas da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da<br />

Pesca – SAPE, contando com o apoio de parceiros estratégicos<br />

como o Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, Ministério<br />

da Ciência e Tecnologia - MCT / SECIS, Bancos do Nordeste e do<br />

Brasil, Embrapa, Sebrae e Idema, promovem em 2009 o VI Circuito<br />

de Tecnologias Adaptadas <strong>para</strong> a Agricultura Familiar.<br />

O tema desse ano é: Conservar os Recursos Naturais do


ALTERNATIVAS . . . . PARA . . . A . CAPRINOVINOCULTURA . . . . . . . . . . NA . . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . . . . . . . . . . .<br />

Semiárido Gerando Renda e Mais Alimentos. Este Circuito se<br />

propõe, além de ações diretamente relacio<strong>na</strong>das com a conservação<br />

da água, disponibilizar tecnologias de práticas de manejo<br />

racio<strong>na</strong>l <strong>para</strong> os diversos sistemas de produção agropecuários<br />

utilizados no semiárido com ênfase <strong>na</strong> preservação do meio<br />

ambiente.<br />

Esse tema foi desenvolvido baseado <strong>na</strong> Declaração Universal<br />

dos Direitos da Água, documento de 1992 da ONU, que<br />

preconiza: “A água não deve ser desperdiçada, nem poluída,<br />

nem envene<strong>na</strong>da. De maneira geral, sua utilidade deve ser feita<br />

com consciência e discernimento <strong>para</strong> que não se chegue a uma<br />

situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das<br />

reservas atualmente disponíveis”.<br />

Henrique Eufrásio de Santa<strong>na</strong> Júnior<br />

Diretor Presidente da EMPARN<br />

Luiz Cláudio de Souza Macedo<br />

Diretor Geral da EMATER<br />

7


. . . . . . . . VI . CIRCUITO . . . . . DE . TECNOLOGIAS . . . . . . . ADAPTADAS . . . . . PARA . . . A . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR<br />

. . . .<br />

8


ALTERNATIVAS . . . . PARA . . . A . CAPRINOVINOCULTURA . . . . . . . . . . NA . . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . . . . . . . . . . .<br />

INTRODUÇÃO<br />

A <strong>caprinovinocultura</strong> está presente <strong>na</strong> maioria dos<br />

estabelecimentos agropecuários do Rio Grande do Norte. A maioria<br />

das explorações é de pequeno e médio porte, sendo comum a<br />

criação desses animais em propriedades peque<strong>na</strong>s, com áreas<br />

inferiores a 100 ha. Nas peque<strong>na</strong>s criações a mão de obra <strong>familiar</strong><br />

é utilizada <strong>na</strong> execução das atividades e o custo com infraestrutura<br />

é baixo, por ser de pequeno porte. Por essa razão, a atividade tem<br />

uma grande identifi cação com a <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong>.<br />

No entanto, <strong>para</strong> ser economicamente viável, a<br />

<strong>caprinovinocultura</strong> deve ser praticada em larga escala. Na<br />

<strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong>, a atividade é vista mais como uma atividade de<br />

complementação de renda, poupança ou fonte de alimento do que<br />

como a principal fonte de renda <strong>para</strong> a manutenção da família.<br />

A inserção da caprinocultura leiteira nos sistemas de<br />

produção do agricultor <strong>familiar</strong> possibilita às famílias um fl uxo<br />

de recursos mais regular do que só com caprinos e/ou ovinos de<br />

corte, uma vez que tem garantia da compra da produção pelo<br />

Programa do Leite.<br />

Para viabilizar a <strong>caprinovinocultura</strong> <strong>na</strong> <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong><br />

é necessário a adoção de medidas <strong>para</strong> redução dos custos<br />

de implantação e manutenção do rebanho e aumento da<br />

produtividade. Entre essas medidas destacam-se a redução do<br />

custo com instalações e alimentação e a adoção de medidas<br />

sanitárias que visem à redução da mortalidade e melhorem o<br />

desempenho dos animais.<br />

9


. . . . . . . . VI . CIRCUITO . . . . . DE . TECNOLOGIAS . . . . . . . ADAPTADAS . . . . . PARA . . . A . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . .<br />

Nesta publicação, serão apresentadas algumas orientações<br />

sobre alimentação, redução da mortalidade e instalações de<br />

baixo custo <strong>para</strong> caprinos e ovinos.<br />

1 - ALIMENTOS ALTERNATIVOS<br />

A alimentação é um dos principais componentes do custo de<br />

produção. Para reduzir os custos com a aquisição de alimentos,<br />

o criador deve produzir de forma econômica a maior parte do<br />

volumoso e do concentrado utilizados, levando em conta as<br />

forragens <strong>na</strong>tivas disponíveis <strong>na</strong> propriedade e os subprodutos<br />

da <strong>agricultura</strong> ou fruticultura disponíveis <strong>na</strong> região. Nas<br />

regiões produtoras de leite do RN, a despesa com alimentação<br />

corresponde ao item de maior valor do custo operacio<strong>na</strong>l total,<br />

uma vez que a suplementação com concentrado é a principal<br />

fonte de alimentação, principalmente <strong>na</strong> época seca. Por essa<br />

razão, é necessário conhecerem-se as alter<strong>na</strong>tivas alimentares<br />

que podem ser utilizadas <strong>para</strong> caprinos e ovinos.<br />

1.1 - Palma forrageira<br />

A palma forrageira pode ser fornecida aos animais fresca e<br />

picada ou <strong>na</strong> forma de farelo incluído <strong>na</strong> composição da ração. No<br />

caso de fornecer fresca deve-se associar a materiais como feno,<br />

silagem, restos de culturas, etc <strong>para</strong> evitar diarreia aos animais.<br />

Campo de produção de palma<br />

10


ALTERNATIVAS . . . . PARA . . . A . CAPRINOVINOCULTURA . . . . . . . . . . NA . . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . . . . . . . . . . .<br />

1.2 - Cactos <strong>na</strong>tivos – mandacaru e xiquexique<br />

O xiquexique e mandacaru são utilizados tradicio<strong>na</strong>lmente,<br />

como volumosos <strong>para</strong> alimentação animal durante os períodos<br />

de seca. Esses cactos devem ser fornecidos aos animais picados<br />

ou triturados em máqui<strong>na</strong> forrageira, após a queima dos<br />

espinhos e como contêm muita água, devem ser fornecidos<br />

junto com outros alimentos ricos em fi bra e proteí<strong>na</strong> como<br />

feno, silagem e concentrados.<br />

A associação de xiquexique ou mandacaru com feno de<br />

fl or-de-seda ou de sabiá <strong>na</strong> ração de cordeiros Morada Nova<br />

proporcionou um ganho de peso médio variando de 84 a 95 g/<br />

dia. A utilização desses mesmos cactos e fenos associados a 23,0%<br />

de vagem de algaroba, 15,0% de farelo de soja e 2,0% de mistura<br />

mineral, <strong>na</strong> ração de cabras leiteiras, proporcionou uma produção<br />

média de leite de 1,7 kg /dia.<br />

Usando essas forragens, o produtor pode alimentar seus<br />

ovinos com uma ração composta exclusivamente por espécies<br />

forrageiras da caatinga, tolerantes à seca e disponíveis <strong>na</strong> maioria<br />

das propriedades. No caso dos caprinos leiteiros, essas espécies<br />

podem participar em 83% da dieta de cabras, contribuindo <strong>para</strong><br />

uma redução do custo de produção.<br />

11


. . . . . . . . VI . CIRCUITO . . . . . DE . TECNOLOGIAS . . . . . . . ADAPTADAS . . . . . PARA . . . A . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . .<br />

Para fazer 100 kg dessas misturas com o cacto colhido <strong>na</strong><br />

época seca, o criador deve usar as quantidades indicadas <strong>na</strong>s<br />

Tabelas 1 e 2. A ração deve ser fornecida aos animais à vontade,<br />

garantindo que fi que sempre uma sobra no cocho.<br />

Tabela 1 - Composição da ração à base de xiquexique, mandacaru, fenos de<br />

fl or-de-seda e sabiá, <strong>para</strong> ovinos, com base <strong>na</strong> matéria <strong>na</strong>tural.<br />

INGREDIENTES QUANTIDADE (Kg)<br />

Xiquexique picado<br />

Feno de sabiá ou fl or-de-seda<br />

Vagem de algaroba triturada<br />

Mistura mineral à parte<br />

Mandacaru picado<br />

Feno de sabiá ou fl or-de-seda<br />

Vagem de algaroba triturada<br />

Mistura mineral à parte<br />

12<br />

71<br />

12<br />

17<br />

À vontade.<br />

65<br />

15<br />

20<br />

À vontade<br />

Tabela 2 - Composição da ração à base de xiquexique, mandacaru, fenos de<br />

fl or-de-seda e sabiá, <strong>para</strong> cabras leiteiras.<br />

INGREDIENTES QUANTIDADE (Kg)<br />

Xiquexique picado<br />

Feno de sabiá ou fl or-de-seda<br />

Vagem de algaroba triturada<br />

Farelo de soja<br />

Mistura mineral<br />

Mandacaru picado<br />

Feno de sabiá ou fl or-de-seda<br />

Vagem de algaroba triturada<br />

Farelo de soja<br />

Mistura mineral<br />

80<br />

8<br />

6<br />

5,5<br />

0,5<br />

72<br />

12,5<br />

7<br />

8<br />

0,5


ALTERNATIVAS . . . . PARA . . . A . CAPRINOVINOCULTURA . . . . . . . . . . NA . . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . . . . . . . . . . .<br />

1.3 - Fenos de forrageiras <strong>na</strong>tivas<br />

Várias espécies de forrageiras <strong>na</strong>tivas da caatinga ou<br />

<strong>na</strong>turalizadas podem ser utilizadas <strong>para</strong> a produção de feno. Entre<br />

elas, fl or-de-seda, mata pasto, sabiá, mororó, jureminha, feijão<br />

bravo e leuce<strong>na</strong>.<br />

A época ideal <strong>para</strong> a realização da fe<strong>na</strong>ção é durante o<br />

período chuvoso. É nessa época que as forrageiras são abundantes,<br />

têm alta qualidade e após o corte ainda é possível uma rebrota<br />

vigorosa. O produtor deve aproveitar os dias de sol que ocorrem<br />

nesse período, porque <strong>para</strong> produzir um feno de boa qualidade é<br />

preciso realizar a secagem das plantas em dias ensolarados.<br />

1.2.1. Flor-de-seda<br />

A fl or-de-seda, também conhecida como: algodão-de-seda,<br />

ciúme, ciumenta ou fl or-de-cera, encontra-se dissemi<strong>na</strong>da em<br />

todo o semiárido nordestino. É uma planta que pode ser usada<br />

como forrageira <strong>para</strong> a produção de feno. É tolerante à seca,<br />

permanecendo verde mesmo nos períodos mais críticos.<br />

A planta no seu estado verde não é consumida pelos<br />

rumi<strong>na</strong>ntes, no entanto, após a fe<strong>na</strong>ção é bem aceita pelos<br />

animais, particularmente, pelos caprinos e ovinos.<br />

O feno de fl or-de-seda pode ser usado <strong>na</strong> alimentação<br />

de caprinos, sem exceder 0,5 kg/dia ou misturadas a fenos de<br />

outras forrageiras.<br />

A inclusão de até 60% de feno de fl or-de-seda <strong>na</strong> dieta de<br />

caprinos não provocou problemas de toxidez e não interfere no<br />

desempenho do animal.<br />

13


. . . . . . . . VI . CIRCUITO . . . . . DE . TECNOLOGIAS . . . . . . . ADAPTADAS . . . . . PARA . . . A . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . .<br />

Em estudo realizado pelos pesquisadores da EMPARN, a<br />

inclusão do feno de fl or-de-seda <strong>na</strong> ração (Tabela 3) <strong>para</strong> engorda<br />

de cordeiros Morada Nova proporcionou um ganho de peso de<br />

120 g /dia.<br />

Flor de seda Feno de fl or de seda<br />

Tabela 3 - Composição da ração <strong>para</strong> engorda de cordeiros, contendo fl or-de-seda.<br />

INGREDIENTES QUANTIDADE (Kg)<br />

Feno de fl or-de-seda<br />

Feno de capim elefante<br />

Milho triturado<br />

Torta de algodão<br />

Farelo de soja<br />

Mistura mineral (à parte)<br />

1.4 – Subprodutos da fruticultura<br />

14<br />

18<br />

40<br />

21<br />

3<br />

18<br />

À vontade<br />

Com o crescimento da fruticultura irrigada no Nordeste<br />

brasileiro, houve um aumento também no número de indústrias<br />

de processamento de frutas e com isso, um aumento <strong>na</strong> produção<br />

de resíduos agroindustriais, que podem ser aproveitados <strong>na</strong><br />

alimentação animal. Vários produtos têm sido avaliados como<br />

alimentos alter<strong>na</strong>tivos <strong>na</strong> dieta de rumi<strong>na</strong>ntes, podendo reduzir<br />

custos <strong>na</strong> produção animal e viabilizar a pecuária da região.<br />

Esses produtos podem ser utilizados como aditivos de silagem,<br />

“in <strong>na</strong>tura” ou participando da formulação de rações.


ALTERNATIVAS . . . . PARA . . . A . CAPRINOVINOCULTURA . . . . . . . . . . NA . . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . . . . . . . . . . .<br />

1.4.1. O Caju<br />

O bagaço do caju, origi<strong>na</strong>do após a extração do suco, assim<br />

como o pseudofruto, podem ser utilizados <strong>na</strong> alimentação de<br />

caprinos e ovinos. O consumo pelos animais pode ser feito<br />

<strong>na</strong> forma “in <strong>na</strong>tura” ou após a secagem. Pode ser incluído <strong>na</strong><br />

formulação da ração ou <strong>na</strong> ensilagem. No entanto, o subproduto<br />

do caju não deve ser administrado puro, pois é defi ciente em<br />

cálcio, fósforo e cobre.<br />

1.4.1.1. Utilização de resíduo de caju <strong>na</strong> ração<br />

de caprinos e ovinos<br />

O resíduo de caju, obtido após a secagem e trituração<br />

do pseudofruto ou do bagaço após a extração do suco, pode<br />

ser utilizado como ingrediente da ração de caprinos e ovinos.<br />

Pesquisa realizada <strong>na</strong> EMPARN <strong>para</strong> avaliar uma ração à base<br />

de resíduo de caju como suplemento alimentar <strong>para</strong> cabritos<br />

e borregos, demonstrou que <strong>na</strong> época seca, os animais<br />

suplementados com essa ração tiveram um ganho de peso<br />

entre 100 e 160 g/dia. A formulação exclusiva <strong>para</strong> rumi<strong>na</strong>ntes<br />

é apresentada <strong>na</strong> Tabela 4.<br />

Tabela 4: Composição da ração à base de resíduo de caju.<br />

INGREDIENTES QUANTIDADE (Kg)<br />

Resíduo de caju<br />

50<br />

Torta de algodão<br />

15 a 20<br />

Torta de coco ou resíduo de castanha de caju 14 a19<br />

Milho ou sorgo<br />

10<br />

Farinha de osso calci<strong>na</strong>da<br />

3<br />

Ureia pecuária<br />

2<br />

Sal de cozinha<br />

1<br />

15


. . . . . . . . VI . CIRCUITO . . . . . DE . TECNOLOGIAS . . . . . . . ADAPTADAS . . . . . PARA . . . A . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . .<br />

A utilização do resíduo de caju <strong>na</strong> ração proporcio<strong>na</strong> uma<br />

redução no custo da alimentação e possibilita a venda de animais<br />

gordos em períodos secos, com escassez de oferta no mercado.<br />

Resíduo de caju<br />

1.4.1.2. Inclusão de pedúnculo de caju <strong>na</strong> ensilagem<br />

O caju desidratado pode ser adicio<strong>na</strong>do <strong>na</strong> ensilagem<br />

melhorando o padrão de fermentação e o seu valor nutritivo. As<br />

silagens com adição de pedúnculo de caju desidratado podem<br />

ser utilizadas como volumosos <strong>para</strong> rumi<strong>na</strong>ntes, proporcio<strong>na</strong>ndo<br />

uma melhoria no consumo e <strong>na</strong> digestibilidade dos nutrientes.<br />

Na ensilagem do capim-elefante recomenda-se a adição de<br />

até 16% de fruto de caju desidratado, <strong>na</strong> matéria <strong>na</strong>tural do capim.<br />

Preparo silagem com caju<br />

ensilagem em tambores<br />

16


ALTERNATIVAS . . . . PARA . . . A . CAPRINOVINOCULTURA . . . . . . . . . . NA . . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . . . . . . . . . . .<br />

1.4.2. Melão<br />

O fruto-refugo de cultivos de melão tem se apresentado como<br />

uma opção <strong>para</strong> a suplementação de rumi<strong>na</strong>ntes no período de<br />

escassez de alimentos no semiárido do Rio Grande do Norte,<br />

devido a sua grande disponibilidade <strong>na</strong> região e também por ser<br />

um alimento rico em carboidratos não fi brosos e água.<br />

O melão pode ser incluído <strong>na</strong> ração em substituição ao<br />

milho, contribuindo <strong>para</strong> o aumento da receita do produtor.<br />

A substituição do milho moído por diferentes proporções<br />

de melão <strong>na</strong> dieta de ovinos Morada Nova, em confi <strong>na</strong>mento,<br />

proporcionou um ganho de peso diário de 133 a 163 g/dia <strong>para</strong><br />

os machos e 73 a 115 g/dia <strong>para</strong> as fêmeas, dependendo do<br />

nível de substituição do milho. No entanto, <strong>na</strong> medida em que<br />

se aumenta o nível de melão <strong>na</strong> ração, ocorre também um<br />

aumento no número de dias do confi <strong>na</strong>mento, em função do<br />

menor ganho de peso diário, o que pode não ser vantajoso <strong>para</strong><br />

o criador. Sendo assim, <strong>para</strong> ter um nível satisfatório de consumo<br />

e ganho de peso pelos animais e ter viabilidade econômica,<br />

recomenda-se a substituição do milho entre 45 e 50%.<br />

A ração apresentada <strong>na</strong> Tabela 5 pode ser utilizada tanto<br />

<strong>para</strong> machos quanto <strong>para</strong> fêmeas.<br />

ração melão ração melão<br />

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1.4.3. Ba<strong>na</strong><strong>na</strong><br />

Tabela 5: Ração à base de fruto refugo de melão,<br />

<strong>para</strong> cordeiros em confi <strong>na</strong>mento.<br />

INGREDIENTES<br />

Fruto refugo de cultivos de<br />

melão<br />

QUANTI-<br />

DADE (Kg)<br />

100<br />

Milho moído 8<br />

Farelo de soja 14<br />

Torta de algodão 2,5<br />

Feno de capim elefante 22,5<br />

Mistura mineral 1,5<br />

Os subprodutos da agroindústria podem ser considerados<br />

principalmente como fonte de energia e/ou proteí<strong>na</strong>. Após<br />

o processamento da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, a produção de subproduto é de<br />

aproximadamente 40%, podendo ser utilizado como alimento<br />

alter<strong>na</strong>tivo <strong>para</strong> rumi<strong>na</strong>ntes. Esse material é composto por<br />

cascas e frutos-refugo. Quando da sua utilização deve ser seco<br />

ao sol e depois triturado <strong>para</strong> ser incluído <strong>na</strong> ração.<br />

Em dietas <strong>para</strong> ovinos em termi<strong>na</strong>ção e em confi <strong>na</strong>mento,<br />

a inclusão de até 20% de subproduto de ba<strong>na</strong><strong>na</strong> em substituição<br />

ao capim Tifton-85 resultou em bom desempenho animal,<br />

apresentando ganho de peso médio de 171 g/dia.<br />

Tabela 6: Ração à base de subproduto da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>,<br />

<strong>para</strong> cordeiros em confi <strong>na</strong>mento.<br />

INGREDIENTES QUANTIDADE (Kg)<br />

Subproduto da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> 22<br />

Milho 33<br />

Farelo de soja 13<br />

Feno de capim Tifton-85 42<br />

Ureia 1<br />

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1.5 – Resíduo do Sisal<br />

Os subprodutos origi<strong>na</strong>dos do processo do desfi bramento<br />

do sisal podem ser aproveitados <strong>na</strong> alimentação de rumi<strong>na</strong>ntes,<br />

como ingredientes de rações balanceadas ou sob a forma de<br />

ensilagem. A mucilagem de sisal não pode ser usada de forma<br />

exclusiva porque pode causar problemas nutricio<strong>na</strong>is aos animais<br />

e também não deve conter fi bras, pois estas não são digeridas e<br />

podem causar timpanismo nos animais.<br />

Pesquisa realizada <strong>na</strong> EMPARN avaliou o efeito da inclusão<br />

de mucilagem enriquecida <strong>na</strong> composição de uma ração<br />

balanceada <strong>para</strong> caprinos, sobre a produção de leite das cabras<br />

Sem Raça Defi nida (SRD) e sobre o ganho de peso dos cabritos.<br />

Mucilagem sisal cabritos consumindo<br />

ração de sisal<br />

Tabela 7: Composição de duas rações <strong>para</strong> caprinos à base de resíduo de sisal.<br />

INGREDIENTES QUANTIDADE (Kg)<br />

Mucilagem enriquecida<br />

Torta de algodão<br />

Farelo de soja<br />

Milho (grão)<br />

19<br />

Ração 1 Ração 2<br />

25<br />

50<br />

10<br />

15<br />

50<br />

25<br />

10<br />

15<br />

Adicio<strong>na</strong>l – sal:bifosfato 3 3<br />

Óleo de algodão 3 3


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As rações contendo 25 ou 50% de mucilagem de sisal<br />

enriquecida foram as que apresentaram os melhores resultados<br />

de consumo, produção de leite e ganho de peso dos cabritos.<br />

Durante 90 dias de experimento, as cabras em lactação ganharam<br />

2.750 g de peso vivo o que corresponde a um ganho diário de<br />

30,6g e tiveram uma produção de leite média de cerca de 600 g/<br />

dia. O ganho de peso dos cabritos consumindo as rações com<br />

25 ou 50% de mucilagem foi de cerca de 150 g/dia.<br />

2- MEDIDAS PARA REDUZIR A MORTALIDADE<br />

2.1 – Higiene das Instalações<br />

Manter o ambiente do criatório sempre limpo, sem sacos<br />

plásticos ou outras sujeiras.<br />

• Varrer os apriscos todos os dias e recolher o esterco;<br />

• Lavar os bebedouros todos os dias;<br />

• Limpar os cochos todos os dias;<br />

• Limpar os currais diariamente ou no mínimo uma vez por sema<strong>na</strong>;<br />

• Após a limpeza, passar vassoura de fogo ou jogar cal no chão;<br />

• Colocar o esterco em uma esterqueira ou em uma área<br />

isolada do acesso dos animais.<br />

Aprisco limpo Curral limpo<br />

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2.2 - Controle de verminose<br />

A verminose é a principal causa de mortalidade de caprinos<br />

e ovinos. No entanto, existem formas de se evitar as perdas de<br />

animais por esse motivo.<br />

2.2.1. O que fazer <strong>para</strong> controlar ou evitar a doença<br />

• Evitar a superlotação das pastagens;<br />

• Fazer rodízio de cercados;<br />

• Fazer o exame de OPG (contagem de ovos de verme <strong>na</strong>s<br />

fezes) de todo o rebanho ou de uma amostragem, pelo<br />

menos duas vezes ao ano. A Secretaria de Agricultura<br />

oferece esse serviço gratuito;<br />

• Se<strong>para</strong>r os animais adultos dos jovens;<br />

• Trocar o vermífugo (principio ativo) a cada ano;<br />

• Vermifugar todo o rebanho quatro vezes ao ano,<br />

(esquema abaixo) usando a dosagem recomendada ou;<br />

• Vermifugar ape<strong>na</strong>s os animais que apresentem si<strong>na</strong>is clínicos<br />

da doença, de acordo com exame da mucosa do olho<br />

(método FAMACHA) realizado por um médico veterinário.<br />

• Após a vermifugação, deixar os animais presos no curral, por<br />

pelo menos 12 horas e limpar o curral e passar vassoura de<br />

fogo depois que soltar os animais;<br />

• Soltar o rebanho somente depois que o sol esquentar e o<br />

orvalho secar.<br />

• Outros momentos em que se recomenda a vermifugação são:<br />

- Cabras e ovelhas um mês antes do parto ou logo após<br />

a parição;<br />

- Cabritos e cordeiros após a apartação;<br />

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- Cabras e ovelhas, duas a três sema<strong>na</strong>s antes do início<br />

das coberturas e;<br />

- Vermifugar todo animal de compra antes de misturar<br />

com o seu rebanho.<br />

Esquema de vermifugação estratégica<br />

2.3 – Controle e prevenção de Eimeriose<br />

• A Eimeriose é comum em rebanhos que permanecem estabulados;<br />

• Ocorre tanto nos animais adultos como nos jovens, no entanto<br />

é mais comum nos animais jovens;<br />

• O animal doente apresenta diarreia fétida, falta de apetite e<br />

pode chegar à morte;<br />

• A incidência da doença está relacio<strong>na</strong>da à falta de higiene,<br />

contami<strong>na</strong>ção da água por fezes e concentração das crias em<br />

ambientes úmidos.<br />

2.3.1. Como evitar a doença<br />

• Mantendo as instalações limpas e livres de umidade;<br />

• Mantendo as crias se<strong>para</strong>das dos animais adultos;<br />

• Fornecendo aos cabritos e cordeiros, salinomici<strong>na</strong> (1 mg/kg)<br />

misturada ao leite ou à ração, dos 14 aos 210 dias de vida;<br />

• Fornecendo a todo o rebanho sal mineral contendo Monosi<strong>na</strong>.<br />

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2.3.2. Como tratar os animais doentes<br />

• O tratamento é feito com medicamentos a base de sulfa,<br />

administrado por via oral, durante dois a três dias.<br />

2.4. Prevenção das clostridioses<br />

As clostridioses são doenças causadas por qualquer bactéria<br />

do gênero Clostridium. Inclui doenças como: tétano, botulismo,<br />

carbúnculo, morte súbita e enterotexemia.<br />

2.4.1. Como evitar a doença<br />

• Vaci<strong>na</strong>ndo todo o rebanho de seis em seis meses, com a<br />

vaci<strong>na</strong> mista;<br />

• Vaci<strong>na</strong>ndo as cabras prenhes no terço fi <strong>na</strong>l da gestação e<br />

• Vaci<strong>na</strong>ndo os cabritos <strong>na</strong> 4ª e 8ª sema<strong>na</strong>s de vida;<br />

2.5. Controle da Linfadenite Caseosa ou mal do caroço<br />

É uma doença causada por uma bactéria que se instala nos<br />

linfonodos (gânglios) produzindo abscessos que são notados <strong>na</strong><br />

forma de caroços debaixo da pele.<br />

Esses caroços se localizam com maior frequência <strong>na</strong> região<br />

da pá, pé da orelha, queixo e no vazio do animal.<br />

2.5.1. Como evitar a doença<br />

• Não comprando animais com caroço;<br />

• Isolando e tratando os animais com caroço, não deixando que<br />

este estoure <strong>na</strong>turalmente espalhando o pus pelo chão;<br />

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• Vaci<strong>na</strong>ndo os animais jovens (até seis meses de idade) e que<br />

não tenham apresentado a doença. Dar o reforço da vaci<strong>na</strong> 30<br />

dias após a primeira aplicação e daí em diante vaci<strong>na</strong>r os animais<br />

uma vez por ano.<br />

2.5.2. Como tratar os animais com caroço<br />

• Abrir o abscesso quando estiver mole e com os pelos do local caindo;<br />

• Retirar todo o pus;<br />

• Limpar a cavidade do abscesso com gaze embebida em<br />

solução de iodo a 10% até remover todo o pus;<br />

• Queimar todo o conteúdo retirado do caroço juntamente com<br />

os materiais que tenham sido utilizados durante a operação;<br />

• Usar repelente <strong>para</strong> evitar bicheira, até a cicatrização da ferida;<br />

• Isolar os animais tratados até que a ferida esteja cicatrizada.<br />

3 - USOS DA HOMEOPATIA NA PREVENÇÃO E CURA<br />

DAS DOENÇAS<br />

A homeopatia é uma forma de medici<strong>na</strong> que trata as doenças<br />

com medicamentos pre<strong>para</strong>dos a partir de substâncias tiradas<br />

da <strong>na</strong>tureza, que ajudam as defesas <strong>na</strong>turais do organismo.<br />

O uso da homeopatia proporcio<strong>na</strong> o controle das doenças<br />

de maneira <strong>na</strong>tural, não existe risco de contami<strong>na</strong>ção da carne<br />

ou leite e não agride o meio ambiente, pois é um tratamento<br />

livre de resíduos químicos.<br />

A homeopatia é efi caz tanto no tratamento quanto <strong>na</strong><br />

prevenção das doenças;<br />

Possibilita a redução do custo de produção, pois os remédios<br />

são mais baratos;<br />

Possibilita melhor desempenho produtivo e reprodutivo dos animais;<br />

24


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É fácil de administrar, os produtos podem ser adicio<strong>na</strong>dos ao sal mineral;<br />

É efi caz <strong>na</strong> cura de diversas doenças entre elas, a diarreia do<br />

cabrito, berne, piolho, vermes e mamite.<br />

3.1. MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS PARA CAPRINOS E<br />

OVINOS<br />

A escolha dos medicamentos homeopáticos a serem<br />

utilizados deve ser feita de acordo com as doenças que ocorrem<br />

em cada propriedade.<br />

Os medicamentos homeopáticos devem ser adicio<strong>na</strong>dos ao<br />

sal mineral especifi co da espécie (caprino ou ovino), utilizando<br />

no máximo quatro produtos de uma só vez.<br />

O manejo homeopático deve ser contínuo, pois ao ser<br />

interrompido as doenças retor<strong>na</strong>m.<br />

• Fator verme<br />

- Controla e previne a verminose, eimeriose, fasciolose, bernes,<br />

piolhos e mosca doméstica;<br />

- O medicamento deve ser fornecido continuamente, porque<br />

a reinfestação continua. Porém, com o uso do medicamento, as<br />

infestações serão cada vez mais brandas.<br />

• Fator infecção<br />

- É indicado <strong>para</strong> diminuir a ocorrência de infecções intesti<strong>na</strong>is<br />

e pulmo<strong>na</strong>res, nos animais jovens (cabritos e borregos).<br />

• Fator estresse<br />

- Controla o estresse da desmama, estimulando o crescimento<br />

e fazendo com que o animal sinta menos a se<strong>para</strong>ção da mãe e<br />

se adapte ao rebanho.<br />

25


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• Fator cria<br />

- É indicado <strong>para</strong> aumentar o índice de prenhez;<br />

- Melhora a saúde dos órgãos sexuais, restaurando a<br />

fertilidade.<br />

• Fator parto<br />

- É indicado <strong>para</strong> facilitar o parto. Promove a ocorrência de<br />

parto fi siológico, mais rápido e com menor sofrimento <strong>para</strong> o<br />

feto e a mãe.<br />

• Fator pro<br />

- Previne doenças carenciais, estimula o crescimento e o<br />

ganho de peso;<br />

- Faz com que os elementos retirados das pastagens<br />

retornem ao solo por meio das fezes e uri<strong>na</strong>;<br />

- Previne enfermidade nos cascos.<br />

• Fator fértil<br />

- Aumenta a fertilidade, reduz o índice de aborto e aumenta<br />

a capacidade imunológica dos animais.<br />

• Fator M&P<br />

- Controla a mamite e<br />

os problemas de casco.<br />

Medicamentos homeopáticos<br />

26


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3.2. Outros medicamentos <strong>na</strong>turais<br />

• Óleo de Neen + Bioalho<br />

- É indicado no combate ao piolho, sar<strong>na</strong>, carrapato e mosca;<br />

- Pulverizar os animais com a mistura sempre que precisar;<br />

- Não tem contra indicação.<br />

- Preparo <strong>para</strong> um pulverizador costal:<br />

• 4,0 ml de óleo de Neem<br />

• 50 ml de Bioalho<br />

• Completar com água <strong>para</strong> 20 litros.<br />

27<br />

óleo neen+ bioalho<br />

• Limão com alho<br />

- É indicado no tratamento e prevenção do catarro da verminose;<br />

- Deve ser dado aos animais quatro vezes ao ano;<br />

- As dosagens recomendadas são<br />

• 20,0 ml <strong>para</strong> animais adultos<br />

• 10,0 ml <strong>para</strong> animais jovens<br />

• 5,0 ml <strong>para</strong> os cabritos e borregos<br />

- Preparo do medicamento<br />

• 12 limões partidos ao meio, com cascas e sementes;<br />

• 02 cabeças de alho, sem pele;<br />

• 02 colheres (sopa) rasas, de sal de cozinha;<br />

• 02 litros de água;<br />

- Bater bem todos os ingredientes no liquidifi cador, coar e dar<br />

aos animais imediatamente.


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limão+ alho<br />

4 - INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS RÚSTICOS<br />

Diante da importância da <strong>caprinovinocultura</strong> <strong>para</strong> os<br />

pequenos criadores, faz-se necessário a transferência de<br />

tecnologias práticas, de fácil utilização e de baixo custo.<br />

Instalações rústicas, tais como: apriscos, chiqueiros, currais,<br />

pedilúvios, bretes, esterqueiras, cochos, bebedouros, fenis,<br />

saleiros e plataformas de ordenha, podem ser confeccio<strong>na</strong>dos<br />

com os materiais produzidos ou disponíveis <strong>na</strong> fazenda, como:<br />

madeira, varas, palhas, pedras, tambor de óleo vazio, pneus<br />

descartados, etc. visando à redução dos custos.<br />

A construção das instalações com material da propriedade<br />

(varas, estacotes) é uma alter<strong>na</strong>tiva viável <strong>para</strong> o pequeno criador<br />

que não dispõe de recursos <strong>para</strong> construir essas instalações com<br />

madeira serrada.<br />

4.1 Chiqueiros e apriscos<br />

Os apriscos ou chiqueiros têm a função de abrigar os animais<br />

28


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e facilitar os trabalhos de manejo. Rústicas ou sofi sticadas, as<br />

instalações devem ser funcio<strong>na</strong>is <strong>para</strong> facilitar o manejo dos animais<br />

e ao mesmo tempo não afetar o comportamento dos mesmos<br />

comprometendo o desempenho produtivo e reprodutivo.<br />

Devem ser arejados, bem ilumi<strong>na</strong>dos e protegidos contra<br />

correntes de ar e umidade e se possível, localizados próximo da<br />

casa do criador ou tratador.<br />

Um chiqueiro de chão batido pode ser construído com<br />

baixo custo, utilizando o mínimo de material e funcio<strong>na</strong>r tão<br />

bem quanto um aprisco. Nesse tipo de instalação, o piso deve<br />

ser feito com material que permita boa compactação e infi ltração<br />

de líquido <strong>para</strong> evitar a umidade excessiva e facilitar a limpeza.<br />

29<br />

Vista geral das instalações rústicas<br />

A higiene é um aspecto de extrema importância <strong>na</strong> criação<br />

de caprinos e ovinos, especialmente quando se refere aos<br />

currais, apriscos e centros de manejo.<br />

4.2 Fenis ou manjedouras<br />

Os fenis ou manjedouras (fi xos ou suspensos) podem ser<br />

construídos com varas e são utilizados <strong>para</strong> fornecer capim<br />

fresco, feno, plantas de sorgo, milho, capim-elefante, leuce<strong>na</strong> e<br />

outras forragens aos animais.


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A utilização desses utensílios evita a contami<strong>na</strong>ção da<br />

forragem com fezes e uri<strong>na</strong> e também que os animais ingiram<br />

junto com o alimento os germes presentes no chão do chiqueiro.<br />

4.3 Cochos<br />

30<br />

ovelhas comendo em fenil<br />

de vara<br />

O cocho pode ser de formato triangular ou retangular e pode<br />

ser fi xo ou móvel. Pode ser construído com varas e estacotes<br />

amarrados com arame fi no, com pneu cortado ou inteiro, com<br />

tábuas ou com cimento.<br />

São utilizados <strong>para</strong> fornecer alimentos como silagens,<br />

plantas de milho, sorgo, capim-elefante e leuce<strong>na</strong> picados, feno<br />

triturado e concentrado. Os cochos de vara também poderão ser<br />

utilizados <strong>para</strong> o fornecimento de concentrados desde que se<br />

aplique uma camada de barro no fundo a fi m de vedar as frestas<br />

entre as varas (como em casa de taipa).<br />

cocho de taipa


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Os cochos suspensos e móveis têm a vantagem de evitar<br />

que os animais entrem, pisem, defequem ou urinem dentro do<br />

cocho, contami<strong>na</strong>ndo e desperdiçando o alimento.<br />

A construção de cochos móveis (em balanço) de madeira<br />

serrada (tábuas, barrotes) com formato triangular, trapezoidal<br />

ou retangular também se apresenta como alter<strong>na</strong>tiva viável <strong>para</strong><br />

o fornecimento de alimentos, tanto <strong>para</strong> caprinos como <strong>para</strong><br />

ovinos. Os de formato triangular difi cultam ainda mais a entrada<br />

de animais, pelo fato de não possuírem uma base de apoio.<br />

O tamanho do cocho varia com o número de animais, no<br />

entanto, recomenda-se: 2,00 a 2,50 m de comprimento, 20 a 30<br />

cm de profundidade e 30 cm de largura.<br />

4.4 Plataforma de ordenha<br />

31<br />

Ovelhas comendo em cocho<br />

de madeira<br />

A plataforma de ordenha é uma instalação necessária <strong>na</strong>s<br />

criações de cabras leiteiras. O uso da plataforma além de facilitar<br />

a realização da ordenha contribui <strong>para</strong> melhorar a qualidade<br />

do leite, pois o mesmo fi ca menos sujeito a contami<strong>na</strong>ção pela<br />

poeira e esterco presentes no piso do chiqueiro.


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A plataforma de ordenha pode ser construída ape<strong>na</strong>s com<br />

materiais existentes <strong>na</strong> propriedade como varas e estacotes ou<br />

pode ser mista, utilizando-se também, caibros e ripas que não<br />

servem <strong>para</strong> outras instalações.<br />

4.5 Bebedouros<br />

32<br />

Plataforma de ordenha<br />

Os bebedouros devem ser feitos com materiais que facilitem<br />

a limpeza, pois se não forem limpos com frequência podem se<br />

tor<strong>na</strong>r a fontes de contami<strong>na</strong>ção e dispersão de verminoses.<br />

Nas propriedades que possuem reservatórios de água<br />

(caixa d’água) pode-se utilizar bebedouros feitos com depósitos<br />

de óleo lubrifi cante vazios ou de tubo de PVC de150 a 200 mm.<br />

Esses bebedouros devem ter bóia <strong>para</strong> manter o nível da água<br />

constante após o consumo.<br />

Bebedouros


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4.6 Saleiros<br />

Os saleiros podem ser confeccio<strong>na</strong>dos com vários tipos<br />

de materiais e formatos. Uma das formas mais baratas e<br />

ecologicamente correta de se confeccio<strong>na</strong>r um saleiro é utilizandose<br />

um pneu pendurado <strong>na</strong> posição vertical e colocando-se o sal<br />

<strong>na</strong> parte inter<strong>na</strong>. O saleiro deve ser colocado em local coberto<br />

<strong>para</strong> evitar o desperdício do sal devido ao acúmulo de água ou<br />

umidade durante o período de chuvas.<br />

4.7 – Brete<br />

33<br />

Saleiro de pneu<br />

O brete é uma instalação complementar, que facilita muito<br />

o trabalho de manejo dos animais no momento de realizar<br />

uma vaci<strong>na</strong>ção, vermifugação, pesagem, se<strong>para</strong>ção de lotes e<br />

outras práticas.<br />

Pode ser construído com madeira rústica e varas produzidas<br />

<strong>na</strong> própria fazenda;<br />

Sua localização dentro do curral deve permitir o fácil acesso<br />

dos animais.


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O tamanho varia de acordo<br />

com o número de animais<br />

do rebanho. O modelo mais<br />

divulgado é de oito metros (8,0<br />

m) de comprimento com uma<br />

largura de 0,25 m <strong>na</strong> base e 0,35<br />

m <strong>na</strong> parte superior e com uma<br />

altura de 0,85 m.<br />

4.8 Outros equipamentos<br />

Além das instalações e<br />

equipamentos desti<strong>na</strong>dos ao<br />

uso direto pelos animais, o<br />

criador também necessitará de<br />

equipamentos e instalações<br />

simples <strong>para</strong> a produção e<br />

armaze<strong>na</strong>mento das forragens,<br />

como silo, enfardadeira manual<br />

e secador solar.<br />

34


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5 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA<br />

ARENALES, M.C. Caprinocultura e Homeopatia. In: ENCONTRO<br />

DE CAPRINOCULTORES DO SUL DE MINAS E MÉDIA MOGIANA,<br />

8, 2005. Espírito Santo do Pinhal – SP: CPTCAPRI/CREUPI, 2005. 30<br />

p. Disponível em: www.capritec.com.br<br />

CLEMENTINO, R.H. Utilização de subprodutos agroindustriais<br />

em dietas de ovinos de corte: consumo, digestibilidade,<br />

desempenho e características de carcaça. Fortaleza:<br />

Universidade Federal do Ceará, 2008. 136p. Tese (Doutorado em<br />

Zootecnia) - Universidade Federal do Ceará, 2008.<br />

HOLANDA, J.S., TORRES, J.F., SANTOS, Z.L., LIMA, G.F.C., CARVALHO<br />

Filho, J.V. Processamento de resíduos do sisal e avaliação<br />

nutricio<strong>na</strong>l <strong>na</strong> alimentação de caprinos. Natal, RN: EMPARN,<br />

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HOLANDA, J.S., PAZ, F.C.A. Bagaço de caju enriquecido <strong>na</strong><br />

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Morada Nova. Areia – PB: UFPB/CCA, 2007. 93p. Dissertação<br />

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LIMA, G.F.C.; MACIEL, F.C.; GUEDES, F. X. et al. Armaze<strong>na</strong>mento<br />

de forragens <strong>para</strong> a <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong>. Natal, RN: EMPARN,<br />

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. . . . . . . . VI . CIRCUITO . . . . . DE . TECNOLOGIAS . . . . . . . ADAPTADAS . . . . . PARA . . . A . AGRICULTURA . . . . . . FAMILIAR . . . .<br />

MACIEL, F.C. Manejo sanitário de caprinos e ovinos. Natal,<br />

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<strong>para</strong> a <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong>, v. 3).<br />

SILVA, J.G.M., MACIEL, F.C., MELO, A.A.S.; et al. Xiquexique<br />

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3 p. CD ROM.<br />

SILVA, J.G.M., MACIEL, F.C., AGUIAR, E. M.; et al. Xiquexique<br />

e mandacaru associados a fenos de fl or-de-seda e sabiá <strong>na</strong><br />

alimentação de ovinos. In: CONGRESSO NORDESTINO DE<br />

PRODUÇÃO ANIMAL, 5. Aracaju : SNPA, 2008. 3 p. CD ROM.<br />

TELES, M.M. Características fermentativas e valor nutritivo<br />

de silagens de capim-elefante contendo subprodutos do<br />

urucum, caju e manga. Fortaleza: Universidade Federal do<br />

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procera Ait. R. Br) <strong>na</strong> alimentação de ovinos. Mossoró, RN:<br />

UFERSA, 2008. 47p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal)<br />

Universidade Federal Rural do Semi-árido - UFERSA, 2008.<br />

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