a busca da água no sertão a busca da água no sertão - IRPAA
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INTRODUÇÃO PARA A 1º EDIÇÃO<br />
Esta cartilha é resultado de convivência com a reali<strong>da</strong>de e o povo do Nordeste, de<br />
modo especial de “Encontros sobre a Busca <strong>da</strong> Água <strong>no</strong> Sertão” em vários lugares<br />
do <strong>sertão</strong> <strong>da</strong> Bahia (Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Cícero Dantas e Baixa<br />
Grande) durante o a<strong>no</strong> de 1991.<br />
Aí se mostrou necessário ter "Agentes <strong>da</strong> Água" nas comuni<strong>da</strong>des, para discutir a<br />
questão <strong>da</strong> <strong>água</strong>, do clima, <strong>da</strong> seca e descobrir, juntos com a comuni<strong>da</strong>de, maneiras<br />
próprias de resolver o problema <strong>da</strong> <strong>água</strong> <strong>no</strong> <strong>sertão</strong>.<br />
Esta cartilha deve ser uma ferramenta nas mãos de “agentes <strong>da</strong> <strong>água</strong>” que aju<strong>da</strong>m o<br />
povo na Busca <strong>da</strong> Água <strong>no</strong> Sertão.<br />
Ao mesmo tempo o povo toma consciência <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des do clima e <strong>da</strong>s condições<br />
do Nordeste para a criação de animais e para a lavoura do sequeiro.<br />
Assim, temos a esperança que o povo <strong>no</strong>rdesti<strong>no</strong>, um dia, possa defender uma política<br />
<strong>da</strong> <strong>água</strong> que leve à convivência com o clima e à superação <strong>da</strong> seca, substituindo assim<br />
uma politicagem <strong>da</strong> seca como está sendo feita até hoje.<br />
Juazeiro - BA, 24 de Janeiro de 1992<br />
INTRODUÇÃO PARA A 4º EDIÇÃO<br />
Passaram-se quase dez a<strong>no</strong>s desde a primeira edição <strong>da</strong> apostila “A Busca <strong>da</strong> Água<br />
<strong>no</strong> Sertão”. Mudou muita coisa <strong>no</strong> semi-árido deste tempo para cá, e mudou para<br />
a.<br />
melhor. Quando a gente falou na introdução para a 1 edição em convivência com o<br />
clima, isso era <strong>no</strong>vi<strong>da</strong>de, hoje com o slogan “Convivência com o Semi-Árido” resumese<br />
to<strong>da</strong> a visão e programa para o futuro sustentável desta região: ninguém mais fala<br />
em “combater a seca”, falamos em conviver com o <strong>no</strong>sso clima, como as plantas e<br />
animais na caatinga <strong>no</strong>s ensinam. Dez a<strong>no</strong>s atrás o STR de Campo Alegre de Lourdes<br />
começou a construir as primeiras cisternas, hoje são mais de 2500 neste município e<br />
existe todo um programa de construir um milhão de cisternas <strong>no</strong> semi-árido com<br />
dinheiro do gover<strong>no</strong> (que é do povo) para resolver o problema <strong>da</strong> <strong>água</strong> de beber. É o<br />
sinal de uma transformação mais profun<strong>da</strong> que está acontecendo. Para nós do <strong>IRPAA</strong>,<br />
é uma satisfação poder ter contribuído para esta visão e mu<strong>da</strong>nça positiva do Sertão.<br />
Hoje não são mais somente os (as) lavradores(as) que querem conhecer melhor o<br />
semi-árido, mas também professores(as), políticos(as), crianças e jovens, pessoas <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de.<br />
Nesta <strong>no</strong>va edição ficou o conteúdo básico. Introduzimos uma visão libertadora do<br />
gênero. Atualizamos em parte os desenhos e acrescentamos alguns temas <strong>no</strong>vos,<br />
mas não mu<strong>da</strong>mos a explicação simples e o método didático prático, visto que as<br />
pessoas que criam e plantam <strong>no</strong> Sertão continuam sendo as primeiras destinatárias.<br />
Juazeiro - BA, 04 de outubro de 2001<br />
500 a<strong>no</strong>s do “Descobrimento” do Rio São Francisco<br />
A eterni<strong>da</strong>de do Rio Opara<br />
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