Invictus: uma lição de metodologia de intervenção na ... - psico-org
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Conta que <strong>na</strong> Ilha Robben, quando se sentia <strong>de</strong>primido, buscava a inspiração num<br />
poema vitoriano. Eram ape<strong>na</strong>s palavras mas o faziam levantar quando o que queria era<br />
ficar <strong>de</strong>itado.<br />
Para Pie<strong>na</strong>ar a inspiração vem <strong>de</strong> <strong>uma</strong> canção que o time cost<strong>uma</strong> cantar antes<br />
<strong>de</strong> entrar em jogo.<br />
Man<strong>de</strong>la conta que a canção que o inspirou <strong>na</strong> Copa do Mundo <strong>de</strong> 1992 em<br />
Barcelo<strong>na</strong> foi o novo hino da África do Sul Nkosi Sikelel iAfrika. Acredita que para<br />
construir <strong>uma</strong> <strong>na</strong>ção precisa inspiração para ir além das próprias expectativas. Pie<strong>na</strong>ar vai<br />
embora do encontro impressio<strong>na</strong>do com o Presi<strong>de</strong>nte.<br />
A filha <strong>de</strong> Man<strong>de</strong>la, Zindzi, não gosta <strong>de</strong> ver o pai com os brancos, apertando a<br />
mão <strong>de</strong>les. Diante disso, ele aponta o egoísmo <strong>de</strong>la ao ver somente seus próprios<br />
sentimentos, sem consi<strong>de</strong>rar a necessida<strong>de</strong> maior que é construir a <strong>na</strong>ção.<br />
Man<strong>de</strong>la pe<strong>de</strong> explicação ao presi<strong>de</strong>nte do CNS sobre como funcio<strong>na</strong> a Copa do<br />
Mundo <strong>de</strong> Rugby. Ele explica e diz que haverá um bilhão <strong>de</strong> pessoas assistindo os jogos.<br />
Para Man<strong>de</strong>la isto se revela como <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tor<strong>na</strong>r a África do Sul<br />
visível ao mundo.<br />
Man<strong>de</strong>la pe<strong>de</strong> para falar com o presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Rugby (Luyt). Como<br />
parte da divulgação da Copa do Mundo, pe<strong>de</strong> que os jogadores trabalhem em escolinhas<br />
<strong>na</strong>s favelas do país. Diante disso, os jogadores se revoltam, justificando que já têm muito<br />
trabalho pela frente. Pie<strong>na</strong>ar concorda com o pedido do presi<strong>de</strong>nte e argüido pelos<br />
colegas, admite que os tempos mudam e que temos que mudar também.<br />
Ao se dirigir para as favelas, os jogadores conhecem a realida<strong>de</strong> dos bairros<br />
pobres da cida<strong>de</strong>. Chegam às escolinhas carrancudos e visivelmente <strong>de</strong>scontentes. As<br />
crianças festejam ao reconhecer Chester, o único jogador negro do time.<br />
Jogam rugby com as crianças. Explicam as regras e pouco a pouco se envolvem.<br />
Man<strong>de</strong>la acompanha tudo pela TV. Comenta com assessores: “Esta imagem vale<br />
mais que mil discursos.” É o sucesso da campanha “Um time, um país”.<br />
Manda pintar a imagem <strong>de</strong> Chester no avião dos jogadores da África do Sul.<br />
Faltando <strong>uma</strong> sema<strong>na</strong> para a Copa do Mundo, Johan <strong>de</strong> Villiers (comentarista<br />
esportivo) faz comentários <strong>de</strong>preciativos acerca do time.<br />
Todos sabem que é muito importante que o time vença a primeira partida com a<br />
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