Visualizar - Comitê Paralímpico Brasileiro
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númEro<br />
36<br />
Brasil<br />
Entrevista:<br />
Gerson Bordignon<br />
Reatech<br />
CPB marca<br />
presença<br />
PARAOLÍMPICO<br />
rEvista do COMItê PARAOLÍMPICO bRAsILeIRO // junho/julho 2011 // www.CPb.ORg.bR<br />
mundial da iBsa<br />
Judô se destaca e começa a garantir vagas em Londres-2012
AndRew PARsOns<br />
PrEsidEntE do <strong>Comitê</strong><br />
ParaolímPiCo BrasilEiro<br />
Editorial<br />
Caro leitor,<br />
Os últimos meses foram marcantes para<br />
o Esporte Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong>, com o<br />
Mundial da IBSA, a estreia do CPB na Reatech,<br />
o início do Circuito Loterias CAI-<br />
XA Brasil de Atletismo, Natação e Halterofilismo<br />
e tantas outras conquistas.<br />
Não foi fácil escolher a capa desta edição<br />
da Brasil Paraolímpico. Mais uma<br />
vez, um Campeonato Mundial é o destaque.<br />
Os atletas do Brasil fizeram bonito<br />
no Mundial da IBSA, em abril, na<br />
Turquia. Você poderá acompanhar a trajetória<br />
dos medalhistas brasileiros na<br />
competição: Daniele Bernardes, Lúcia<br />
Teixeira e Antônio Tenório. Subindo ao<br />
pódio, eles ficaram mais perto da vaga<br />
para as Paraolimpíadas de Londres 2012.<br />
Também em abril, o CPB fez sua estreia<br />
na Reatech, a maior feira voltada para<br />
pessoas com deficiência das Américas.<br />
No nosso estande, o público pôde conhecer<br />
mais sobre o Esporte Paraolímpico<br />
e esteve em contato com algumas<br />
das nossas maiores estrelas. Um verdadeiro<br />
sucesso.<br />
Esta edição ainda está recheada de boas<br />
histórias: na seção Grandes Nomes<br />
do Esporte, você poderá lembrar os feitos<br />
de Anaelise Hermany, primeira mulher<br />
deficiente visual a representar o<br />
País em Paraolimpíadas; em Promessa<br />
2016, o destaque é Bruna Alexandre, que<br />
aos 15 anos de idade é considerada a re-<br />
Um grande abraço,<br />
Andrew Parsons<br />
velação do tênis de mesa brasileiro, tanto<br />
no paraolímpico quanto no olímpico.<br />
Não perca ainda a reportagem especial<br />
sobre as duas modalidades incluídas<br />
no Programa das Paraolimpíadas do<br />
Rio 2016: a canoagem e o triatlo. Contamos<br />
como funciona cada uma e revelamos<br />
quem são os atletas do Brasil que já<br />
se destacam mundo afora – e prometem<br />
fazer bonito na estreia, em casa.<br />
Outro destaque é a entrevista com<br />
Gerson Bordignon, Gerente Nacional<br />
Promoção, Cultura e Esportes da CAI-<br />
XA Econômica Federal. Ele conta um<br />
pouco sobre a parceria com o CPB, que<br />
já dura mais de seis anos e foi estendida<br />
até o fim de 2012, além de mostra<br />
porque o Esporte Paraolímpico é um<br />
bom negócio.<br />
Você ainda encontrará em nossas páginas<br />
muitas notícias do Esporte Paraolímpico<br />
pelo Brasil e pelo mundo e a<br />
participação especial do repórter da TV<br />
Record, Fernando Nardini, contando<br />
sobre sua experiência no paradesporto<br />
e revelando como Terezinha Guilhermina<br />
o inspirou a enfrentar um desafio<br />
nas alturas da Nova Zelândia.<br />
Esperamos que você se divirta folheando<br />
esta edição.<br />
Boa leitura!
4 rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
suMáRIO Edição<br />
11<br />
CoLunista Convidado<br />
Fernando nardini<br />
22<br />
entRevista<br />
Gerson Bordignon<br />
11<br />
6 18 24<br />
novos esportes:<br />
Paracanoagem e paratriatlo são<br />
as novidades nos jogos de 2016<br />
ganham apoio do CPB e apostam<br />
no crescimento das modalidades<br />
até as Paraolímpiadas<br />
Reatech<br />
ações do <strong>Comitê</strong> Paraolímpico<br />
<strong>Brasileiro</strong> ganham destaque<br />
na maior feira para pessoas<br />
com deficiência das américas,<br />
realizada em são Paulo<br />
mundial da iBsa<br />
medalhas de daniele Barnardes, lúcia<br />
teixeira e antônio tenório abrem<br />
caminho para vagas no judô em<br />
londres-2012. Goalball vai lutar para ir<br />
aos jogos no Parapan de Guadalajara<br />
27<br />
pRomessa 2016<br />
Bruna Costa<br />
36 // jun/jul 2011 // www.CPb.ORg.bR<br />
Circuito Caixa<br />
Etapas de Fortaleza e Curitiba<br />
mostram a evolução do<br />
paradesporto nacional, com<br />
recordes dentro e foras das<br />
pistas e piscinas<br />
29<br />
notíCias<br />
CPB no Flickr<br />
e Faceb ook
mais de duas décadas<br />
no topo<br />
Primeira deficiente visual a ganhar medalhas em<br />
Paraolimpíadas, anelise hermany conquistou três<br />
pratas e dois bronzes em 84 e 88. seu recorde no<br />
salto em distância só foi batido 26 anos depois<br />
Nascida em Ijuí/RS no ano de 1966, Anelise<br />
Hermany mudou-se para Porto Alegre<br />
com três anos, para poder estudar. Na<br />
capital entrou para o Instituto Santa Luzia,<br />
a escola para cegos da cidade.<br />
Seu primeiro contato com o paradesporto<br />
aconteceu justamente por causa da escola.<br />
Em 1979, com 13 anos, ela viajou com<br />
o colégio para disputar uma série de provas<br />
contra outras escolas, no Estádio do<br />
Pacaembu, em São Paulo.<br />
“Era como se fosse uma Paraolimpíada<br />
Escolar, só que com bem menos organização.<br />
Me lembro que competi em várias<br />
modalidades e ganhei cinco ouros”, conta<br />
a ex-atleta.<br />
Quatro anos mais tarde, com a competição<br />
um pouco mais organizada, Anelise<br />
voltou a se destacar. Desta vez, competindo<br />
apenas no atletismo, levou mais<br />
cinco ouros: nos saltos em altura e em<br />
distância, nos 100m, nos 200m e nos<br />
400m. Foi o passo mais importante rumo<br />
à Paraolimpíada de Nova York 1984.<br />
“Fui muito bem naquela edição que aconteceu<br />
no Rio e o pessoal da ABDC (Associação<br />
Brasileira de Desportos para Cegos)<br />
estava de olho. Fui convocada, então,<br />
e comecei a me preparar para a Paraolimpíada”,<br />
lembra Anelise.<br />
Quando o sonho Quase acabou<br />
“Era outra época. Já estava no aeroporto<br />
quando descobri que não tinha passagem<br />
para mim. A ABDC estava levando<br />
cinco atletas, mas só tinha quatro passagens.<br />
Os quatro homens embarcaram<br />
e eu fiquei. Foi uma confusão para conseguir<br />
patrocínio de última hora, mas no<br />
fim deu tudo certo. Cheguei lá com alguns<br />
dias de atraso apenas.”<br />
O resultado impressionou até os mais otimistas:<br />
as duas medalhas de prata, o bronze<br />
e o recorde no salto em distância F12,<br />
com a marca de 4,49m, transformavam<br />
Anelise na primeira medalhista paraolímpica<br />
brasileira entre os deficientes visuais.<br />
“A sensação foi maravilhosa. Não tem explicação”,<br />
conta.<br />
grandes nomes do esporte<br />
anaelise hermany<br />
5<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Era outra época e na hora de embarcar descobri que<br />
não tinha passagem. Foi uma confusão, mas no final<br />
deu tudo certo e fui aos jogos Paraolímpicos de nY<br />
Em 1988, nos Jogos de Seul, ela ainda<br />
ganharia mais duas medalhas, uma de<br />
prata, nos 800m, e uma de bronze, nos<br />
400m. Mais uma vez, porém, sua convocação<br />
não foi das mais calmas.<br />
“Eu vinha de uma lesão no ombro e a minha<br />
convocação foi muito contestada.<br />
Ainda bem que consegui alcançar um<br />
bom resultado”, lembra.<br />
Anelise encerrou sua carreira em 1992,<br />
mas seu recorde brasileiro no salto em<br />
distância, estabelecido em Nova York, foi<br />
mantido por 26 anos, até Ivani Aparecida<br />
o superou, na etapa nacional de Porto<br />
Alegre do Circuito Loterias CAIXA 2010.<br />
E mesmo assim, por muito pouco. A atual<br />
marca é de 4,51m, apenas dois centímetros<br />
acima da de Anelise.
6 rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Matéria<br />
Fulano de tal<br />
a paracanoagem e o<br />
paratriatlo estarão em<br />
uma Paraolimpíada pela<br />
primeira vez na rio 2016,<br />
mas os brasileiros já se<br />
destacam mundo afora<br />
o Brasil se prepara para estrear com<br />
foRça totaL<br />
Em dezembro de 2010, o <strong>Comitê</strong> Paraolímpico<br />
Internacional (IPC) anunciou<br />
o Programa das Paraolimpíadas da Rio<br />
2016 com duas novidades: a paracanoagem<br />
e o paratriatlo. As modalidades que<br />
estrearão aqui, no entanto, já são praticadas<br />
no Brasil há algum tempo, e com destaque<br />
internacional.<br />
Fernando Fernandes, Marta Ferreira, André<br />
Szücs, Carlos Roberto, Rivaldo Martins.<br />
Aos poucos, esses nomes começam<br />
a se tornar conhecidos do grande público<br />
brasileiro. Por estes motivos, a Revista<br />
Brasil Paraolímpico traz um pouco da história<br />
desses atletas, das modalidades e o<br />
que a torcida brasileira pode esperar para<br />
2016, quando teremos a chance de ver de<br />
perto a competição.<br />
a escolha<br />
Sete modalidades disputavam o direito de<br />
fazer parte do Programa Paraolímpico do<br />
Rio 2016: badminton, canoagem, golf, futebol<br />
em cadeira de roda elétrica, taekwondo,<br />
triatlo e basquete para pessoas com deficiência<br />
intelectual. Apenas a paracanoagem e<br />
o paratriatlo foram aceitos pelo <strong>Comitê</strong> Executivo<br />
do IPC para integrarem o Programa.<br />
“O <strong>Comitê</strong> Executivo do IPC escolheu modalidades<br />
que têm grande apelo entre os<br />
jovens e que estão crescendo no mundo<br />
todo. Foi uma decisão acertada e, sem dúvida<br />
nenhuma, o Rio de Janeiro oferecerá<br />
um cenário espetacular para ambas as<br />
competições em 2016”, destaca o presidente<br />
do CPB e membro do <strong>Comitê</strong> Executivo<br />
do IPC, Andrew Parsons.
na estreia da<br />
paracanoagem nas<br />
Paraolimpíadas, na Rio<br />
2016, o brasil promete<br />
fazer bonito. E não<br />
aposta apenas nos dois<br />
campeões mundiais.<br />
Baiana arretada<br />
O ouro e a prata, no Mundial fazem da baiana<br />
Marta Ferreira uma das esperanças de<br />
medalhas para o Brasil nos Jogos Paraolímpicos<br />
do Rio.. Natural de Ipiaú, na Bahia,<br />
Marta vive há dez anos em Itacaré. Foi lá<br />
que começou na canoagem, em 2005, consequência<br />
da paixão por remar e surfar. Com<br />
quatro meses de treinos, a atleta, que teve<br />
poliomielite com um ano e meio de idade, foi<br />
campeã brasileira. Desde 2006, nunca mais<br />
perdeu o título nacional. O ano de 2010 foi<br />
especial. No primeiro semestre, Marta conquistou<br />
o título de campeã sul-americana<br />
de paracanoagem, na Argentina.<br />
paracanoagem<br />
A paracanoagem possui três classes funcionais,<br />
são elas: LTA, quando o atleta utiliza<br />
braços, tronco e pernas para auxiliar<br />
na remada; TA, na qual o atleta utiliza<br />
o tronco e os braços para o desenvolvimento<br />
da remada; e A, quando o atleta só<br />
consegue utilizar o movimento do braço<br />
para a locomoção da embarcação.<br />
As provas da paracanoagem acontecem,<br />
em geral, junto com as de canoagem de<br />
velocidade. Os paratletas competem os<br />
200m com as classes V1 e K1.<br />
a Paracanoagem no brasil<br />
A paracanoagem começou a ser desenvolvida<br />
no Brasil em 1999. Só dez anos depois<br />
o país começou a participar de Mundiais,<br />
já marcando presença. Em 2010, a seleção<br />
voltou pra casa com dois ouros (Fernando<br />
Fernandes e Marta Ferreira) e uma prata<br />
(Marta Ferreira) na mala.<br />
“O Brasil hoje tem grandes representantes<br />
e resultados na paracanoagem. No Mundial<br />
de 2010, na Polônia, o Brasil ficou atrás<br />
somente do Canadá, é um país avançado<br />
“Foi a minha estreia competindo com mulheres.<br />
Aqui no Brasil sempre caio n’água<br />
com homens. Eu ainda não tinha testado<br />
meu potencial. Quando abri 100m de distância<br />
das concorrentes na prova de 200m,<br />
me surpreendi”, conta Marta.<br />
Em agosto Marta se sagrou campeã mundial<br />
na sua classe – e foi prata na classe LPA,<br />
para atletas que usam as pernas.<br />
“Foi incrível. Percebi que realmente sou<br />
boa’”, diz Marta, que em abril de 2011 conquistou<br />
o bicampeonato sul-americano.<br />
novos esportes<br />
Paracanoagem e Paratriatlo<br />
7<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
na modalidade”, destaca o diretor de paracanoagem<br />
da Confederação Brasileira de<br />
Canoagem (CBCa), Leonardo Maiola.<br />
Na estreia nas Paraolimpíadas, o Brasil<br />
promete fazer bonito. E não aposta apenas<br />
nos dois campeões mundiais.<br />
“Ainda temos como destaques para 2016 os<br />
campeões sul-americanos: Bianca Silva de<br />
Lima, de 14 anos, Patrick Ronald, de 20 anos,<br />
e Arildo da Conceição, de 18 anos”, destaca<br />
o diretor de paracanoagem da CBCa.<br />
Além desses jovens, a Confederação busca<br />
novos adeptos. Para isso, começa a investir<br />
em divulgação da paracanoagem em clubes,<br />
hospitais de reabilitação e associações<br />
para deficientes. A CBCa também planeja<br />
organizar eventos de capacitação profissional,<br />
para formar classificadores funcionais,<br />
técnicos e árbitros. O Campeonato <strong>Brasileiro</strong><br />
também deve crescer, segundo a diretoria<br />
técnica da CBCa. A a meta é, a partir do<br />
ano que vem, realizar regionais de paracanoagem<br />
e, em 2013, fazer regionais classificatórios<br />
para o brasileiro do mesmo ano.<br />
A decisão do IPC de incluir a modalidade<br />
nas Paraolimpíadas do Rio 2016 é apontada<br />
pela atleta como a terceira grande<br />
conquista do ano..<br />
“Agora o CPB poderá nos dar um maior<br />
suporte, como no Sul-Americano e no<br />
Mundial. Poderemos competir muito<br />
mais, ter mais divulgação e, estou torcendo,<br />
para que que apareçam mais mulheres<br />
interessadas na modalidade”.
8<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
novos esportes<br />
Paracanoagem e Paratriatlo<br />
Fernando Fenômeno<br />
O principal nome da paracanoagem brasileira<br />
tem menos de dois anos na modalidade:<br />
Fernando Fernandes. O modelo<br />
e ex-BBB sofreu um acidente de carro<br />
em 2009 e ficou paraplégico. Com poucos<br />
meses na paracanoagem, já conseguiu<br />
os melhores resultados do Brasil na história<br />
da modalidade.<br />
“Durante a minha recuperação tive a<br />
oportunidade de conhecer outras modalidades.<br />
Corri a São Silvestre, tentei o remo,<br />
mas foi na canoagem que me encontrei.<br />
A modalidade me proporciona<br />
uma sensação maravilhosa. Quando en-<br />
trei pela primeira vez num caiaque e me<br />
vi cercado pela natureza e com condições<br />
iguais em relação a qualquer pessoa percebi<br />
que havia encontrado meu esporte”,<br />
explica Fernando.<br />
Com apenas nove meses de lesão, ele foi<br />
campeão sul-americano, em La Plata, na<br />
Argentina. Em agosto de 2010, conquistou o<br />
ouro no Campeonato Mundial de Paracanoagem,<br />
título inédito para o país. No mesmo<br />
ano foi eleito pela Confederação Panamericana<br />
de Canoagem (COPAC) o canoísta<br />
destaque de todo o continente americano,<br />
recebendo o Troféu Charles Yatman 2010.<br />
paratriatlo<br />
No Paratriatlo, os atletas competem em distâncias<br />
menores que as olímpicas: 750m de natação,<br />
20 km de bicicleta e 5 km de corrida. São<br />
seis classificações funcionais: de TRI 1 a TRI 6.<br />
A TR1 é para atletas que utilizam a handcycle. A<br />
TR2 é para atletas com comprometimento severo<br />
daspernas, que utilizam próteses para correr<br />
e pedalar. Na classe TRI 3 competem atletas<br />
com esclerose múltiplas, distrofia muscular, paralisia<br />
cerebral, biamputados de pernas ou paralisados<br />
de mais de um membro.<br />
A TRI 4 é voltada para atletas com comprometimento<br />
dos braços, que utilizam próteses na<br />
bicicleta ou na corrida. Já na TRI 5, atletas com<br />
comprometimento moderado da perna pedalam<br />
e correm com próteses. Por fim, a classe<br />
TRI 6 é voltada para atletas cegos ou de baixa<br />
visão, que contam com atleta guia<br />
Paratriatlo no brasil<br />
O paratriatlo começou no Brasil em 2000, mas<br />
ainda de forma muito incipiente.<br />
“Desde 2000 temos paratriatletas no Brasil,<br />
porém não tínhamos recursos para apoiá-los.<br />
Com a inclusão da modalidade nos Jogos Paraolímpicos<br />
2016, a procura pela modalidade vem<br />
“Desde que iniciei na modalidade tive um<br />
grande prazer e uma sensação de capacidade<br />
muito grande. Tinha uma certeza<br />
enorme dentro de mim de que ela se tornaria<br />
grandiosa. Vim me preparando pensando<br />
no próximo campeonato e, claro,<br />
visualizando o momento maior que será<br />
2016. Agora teremos mais visibilidade e<br />
organização. Terei a oportunidade de realizar<br />
um grande sonho, que é participar<br />
dos Jogos Paraolímpicos.”<br />
crescendo. Iniciamos a busca de novos atletas”,<br />
explica o presidente da Confederação Brasileira<br />
de Triatlo (CBTri), Carlos Fróes.<br />
A CBTri começou, este ano, a mapear junto às<br />
federações os praticantes de paratriatlo espalhados<br />
pelo Brasil, para que eles possam ser<br />
classificados funcionalmente e compitam em<br />
sua categoria.<br />
Uma das principais novidades é a inclusão do paratriatlo<br />
no Campeonato <strong>Brasileiro</strong>, a partir deste<br />
ano: em junho, a competição será em Ilhéus<br />
(BA) e, em novembro, em Vila Velha (ES).<br />
“Um peculiaridade do triatlo é que seus campeonatos<br />
continentais e mundiais são grandes<br />
festivais, congregando atletas de todas as categorias<br />
na competição. Nesse contexto está<br />
inserida também a competição de paratriatlo,<br />
que ganha cada vez mais destaque em todo o<br />
mundo”, destaca o superintendente da CBTri,<br />
Roberto Menescal.<br />
A equipe para o Mundial do ITU, em setembro,<br />
em Pequim, deve ser maior que o normal: o Brasil<br />
deverá ter cinco atletas, entre eles uma mulher,<br />
que seria inédito.
exPeriência e título<br />
Rivaldo Martins foi um dos pioneiros da modalidade<br />
no país. Com quatro títulos mundiais<br />
e três do Iron Man, ele é o paratriatleta<br />
mais vitorioso do Brasil. Aos 50 anos de idade,<br />
Rivaldo se aposentou em 2010, quando<br />
a modalidade foi anunciada como parte do<br />
Programa dos Jogos do Rio 2016. E garante<br />
que não pensou em voltar à pista:<br />
“Quero voltar, mas como coordenador ou<br />
técnico. Já estarei com uma idade muito<br />
avançada lá e só entro numa prova se tiver<br />
condições de ganhar”, explica Rivaldo,<br />
que já defendeu o Brasil em três Paraolimpíadas,<br />
no ciclismo.<br />
Experiência não falta ao ex-atleta, que se<br />
vangloria de ser o recordista mundial de todas<br />
as distâncias em sua classe (TR2). Foram<br />
mais de 20 anos dedicas ao paratriatlo.<br />
“Posso dar muito mais como técnico ou<br />
coordenador do que como atleta. Tem<br />
muita gente que deve estar praticando o<br />
triatlo pelo país e que temos que começar<br />
a descobrir. O Brasil tem grandes chances<br />
de conquistar não só uma, mas várias<br />
medalhas na estreia, só com os atletas<br />
que já temos.”<br />
da água Para o triatlo<br />
André Szücs é apontado hoje como um<br />
dos principais nomes do Brasil no paratriatlo<br />
e uma das principais esperanças<br />
de medalha para o país nos Jogos do Rio<br />
2016. O catarinense de 31 anos já competiu<br />
na paranatação durante cinco anos,<br />
antes de ir para o paratriatlo.<br />
“Fui sempre muito ativo, pratiquei natação<br />
por muito tempo. Antes, eu gostava<br />
muito do mountainbike. Em 2001, assis-<br />
novos esportes<br />
Paracanoagem e Paratriatlo<br />
9<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
no momento em que eu vi o rivaldo correndo a prova...<br />
pronto, veio na minha cabeça: ‘só falta aprender a<br />
correr’. Foi uma conclusão muito óbvia para mim<br />
André Szücs<br />
ti um prova do Iron Man, em Florianópolis<br />
(minha cidade natal). No momento<br />
em que eu vi o Rivaldo correndo a prova...<br />
pronto, veio na minha cabeça: ‘só falta<br />
aprender a correr’. Foi uma conclusão<br />
muito óbvia para mim”, conta André, que<br />
atualmente vive em San Diego, nos Estados<br />
Unidos, berço do triatlo.<br />
Em 2009, ele disputou seu primeiro Mundial:<br />
ficou em sexto. Ano passado, subiu<br />
para quinta colocação A expectativa para<br />
o Mundial de Pequim, este ano, é subir<br />
ao pódio. A inclusão do paratriatlo no<br />
Programa Paraolímpico deu mais gás para<br />
os treinos.<br />
“A Olimpíada é o evento máximo para<br />
muitos esportes (salvo o futebol no<br />
Brasil). Na hierarquia, de maneira geral,<br />
vem em segundo lugar o Mundial,<br />
o Panamericano e assim segue. No caso<br />
do paratriatlo, tínhamos o Mundial<br />
como evento máximo, por 15 anos, mas<br />
isso nunca foi o suficiente para proporcionar<br />
à modalidade o respeito e profissionalismo<br />
que sempre mereceu”, explica<br />
André.<br />
“O cenário após a inclusão da modalidade<br />
nas Paraolimpíadas muda completamente,<br />
pois o CPB agora passa a representa-lá<br />
e a destinar recursos próprios, já disponíveis<br />
em 2011. Desta forma, desencadeia<br />
o “efeito progresso”, que se traduz, por<br />
exemplo, com a despertar de outros novos<br />
para-atletas para a prática da modalidade.<br />
Gera competitividade, seleção dos<br />
melhores e, por fim, qualidade. Até 2016,<br />
muita coisa deve muda, novas “figuras”<br />
com certeza surgirão para animar a festa<br />
do Paratriatlo brasileiro (risos).”<br />
motivação extra<br />
O mineiro Roberto Carlos Silva perdeu o<br />
braço direito aos quatro anos de idade, num<br />
motor de moer cana, na fazenda onde vivia.<br />
Começou no esporte aos 29 anos – optou<br />
pelo triatlo mesmo sem saber nadar. Nesses<br />
15 anos de carreira, já conquistou três vice-campeonatos<br />
mundiais. Agora, está de<br />
olho nas Paraolimpíadas do Rio 2016.<br />
“É uma motivação a mais. Este ano já vou<br />
participar do Campeonato Europeu, para<br />
me fortalecer”, explica o paratriatleta.
10<br />
Judô para cegos. Um esporte<br />
que, antes de a luta começar,<br />
já tem dois vencedores.<br />
anúncio infraero<br />
Através do judô, decientes visuais provam<br />
que o esporte tem poder de superação e que<br />
impossível é uma palavra que não deveria existir.<br />
Infraero. Patrocinadora ocial do<br />
Judô para Cegos <strong>Brasileiro</strong>.
da turquia<br />
para londres<br />
Mundial da IbsA<br />
judô e Goalball<br />
Berço da civilização e marcada bela<br />
beleza de suas mesquitas, a Turquia<br />
recebeu, em abril, o quarto Campeonato<br />
Mundial da Ibsa, na cidade de Antalya,<br />
também chamada de rivera turca. De<br />
olho em Londres-2012, O Brasil levou<br />
as Seleções de Judô e Goalball. O judô<br />
voltou com ouro, prata, bronze, três<br />
vagas praticamente garantidas e duas<br />
bem próximas. Já o goalball vai decidir<br />
seu futuro no Parapan de Guadalajara.<br />
Com uma medalha de cada metal, o<br />
Brasil terminou em quarto lugar nas<br />
categorias paraolímpicas do judô. No<br />
goalball o masculino ficou em décimo<br />
e o feminino, em décimo-primeiro.<br />
11<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
©diogo mourão
12<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Mundial da IbsA<br />
judô e Goalball<br />
Judô<br />
2012 mais perto<br />
Os judocas brasileiros voltaram a Antalya cerca<br />
de um ano depois de terem disputado o Mundial<br />
da modalidade. E repetiram o bom desempenho,<br />
mostrando que o para-judô brasileiro segue entre<br />
os mais fortes do mundo. Bronze em 2010, Daniele<br />
Bernardes Milan conquistou o ouro na categoria<br />
até 63kg Lúcia Teixeira repetiu a prata entre as<br />
atletas até 57kg e António Tenório da Silva voltou<br />
ao pódio para judocas até 100kg.<br />
Numa competição marcada pelo equilíbrio, apenas<br />
o Azerbaijão conquistou duas medalhas de ouro.<br />
Além das três vagas nas categorias de Daniele, Lúcia<br />
e Tenório numa das mãos, o judô também ficou<br />
mais perto da classificação em outras categorias,<br />
com os bons resultados de Michele Ferreira e Karla<br />
Cardoso. Três competições serão levadas em conta<br />
para o ranking final, que classificará dez países no<br />
masculino e sete no feminino para Londres-2012.<br />
Além do Mundial da modalidade e do Campeonato<br />
Mundial da Ibsa que já foram disputados, os Jogos<br />
ParaPan-Americanos-2011, em Guadalajara,<br />
em novembro.<br />
“Acho que ficamos dentro de nossa expectativa e<br />
o desempenho dos atletas aponta para um futuro<br />
bem promissor. Tivemos o mesmo número de<br />
medalhas do que no Mundial da modalidade, ano<br />
passado, mas desta vez conquistamos um ouro e<br />
o masculino subiu ao pódio, o que não tinha acontecido.<br />
Podemos ver uma renovação muito grande<br />
em todas as equipes e no Mundial da IBSA os países<br />
podem inscrever mais de um atleta por categoria,<br />
tornando a competição ainda mais forte”, disse<br />
Jaime Bragança, coordenador de judô do <strong>Comitê</strong><br />
Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong>.
o ouro de daniele<br />
Na primeira rodada, Daniele ficou de bye,<br />
esperando a adversária. Quando entrou<br />
no tatame, Dani colecionou ippons até o<br />
ouro. A brasileira passou pela turca Nazan<br />
Akin no primeiro combate e pela forte venezuelana<br />
Naomi Soaza, campeã paraolímpica<br />
até 57 quilos e vice-campeã mundial<br />
na atual categoria, em sua segunda<br />
luta, já pela semifinal. Na final, uma vitória<br />
com sabor de revanche para Dani, sobre<br />
a espanhola Marta Arce, que derrotara a<br />
brasileira em sua primeira luta nas paraolimpíadas<br />
de 2004.<br />
o bronze de tenório<br />
Tenório venceu o mongol Myagmar Achirkhuyag<br />
por um yuko na estreia. Nas duas<br />
lutas seguintes, contra o japonês Yoshikazu<br />
Matsumoto e o inglês Joseph Ingram, que o<br />
havia derrotado no Mundial do ano passado,<br />
Tenório aplicou dois ippons espetaculares<br />
para garantir a vaga na semifinal. O adversário<br />
foi o iraniano Hamid Alizade, que nunca<br />
vencera o brasileiro na carreira, mas surpreendeu<br />
e ganhou por um wazari e um yuko.<br />
A disputa pelo bronze foi amarrada, sem<br />
abertura de contagem para nenhum atleta.<br />
No golden score também não foi dife-<br />
Depois de dois bronzes paraolímpicos e<br />
a mesma cor de medalha no Mundial da<br />
Modalidade, ano passado, finalmente Dani<br />
subiu ao lugar mais alto do pódio.<br />
“Tava na hora, né? Fiquei tão feliz que<br />
até chorei. Acho que esta medalha premia<br />
todo um trabalho bem feito. É uma<br />
recompensa não apenas para mim, mas<br />
também para todos que trabalharam<br />
comigo e me ajudaram esse tempo todo”,<br />
disse Daniele, que ao se casar tirou<br />
Silva do nome e passou a assinar Daniele<br />
Bernardes Milan<br />
a prata de lúcia<br />
rente, apesar de Tenório ter tido mais iniciativa<br />
e ter ficado mais perto de encaixar<br />
um golpe. Depois de mais três minutos, a<br />
primeira e única luta na competição decidida<br />
pelos juízes, que deram a vitória de<br />
forma unânime para o brasileiro.<br />
“Subir no pódio foi muito bom, principalmente<br />
visando à vaga nas paraolimpíadas.<br />
Estou muito satisfeito com o resultado e só<br />
consegui esta preparação adequada graças<br />
ao patrocínio das Loterias Caixa e ao apoio<br />
que tenho do Projeto Ouro, do <strong>Comitê</strong> Paraolímpico<br />
<strong>Brasileiro</strong>”, disse Tenório<br />
Mundial da IbsA<br />
judô e Goalball<br />
tava na hora de sair do bronze, né? Fiquei tão feliz com o ouro que até chorei<br />
Assim como Daniele, Lúcia Teixeira ficou de<br />
bye na primeira rodada. Na sua primeira luta,<br />
Lúcia venceu a turca Caglar Yalcin e depois<br />
passou pela russa Alexandra Vlaslova,<br />
sempre com vitórias rápidas, com ippons<br />
tranquilos. Na final, teve pela frente Afag<br />
Sultonova, do Azerbaijão, que a derrotara na<br />
final do Mundial de Judô, ano passado. E novamente<br />
a adversária levou vantagem, ven-<br />
13<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
cendo por ippon ao imobilizar a brasileira.<br />
“Fico triste porque queria muito o ouro,<br />
mas na minha categoria qualquer detalhe<br />
pode determinar uma vitória ou<br />
derrota. E infelizmente vacilei por um<br />
segundo. Agora édar o sangue nos treinamentos<br />
para chegar em Londres ainda<br />
melhor e poder vencer”, disse a medalha<br />
de prata.
14 Mundial da IbsA<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
judô e Goalball<br />
Obrigado, muito obrigado.<br />
agora vou treinar mais<br />
ainda”, disse Giovana,<br />
abraçada a jaime Bragança.<br />
Acredito que levaremos<br />
nove judocas a Londres.<br />
no goalball, aprendemos o<br />
caminho das pedras.<br />
novata surpreende<br />
Novata da equipe brasileira, Giovana Pilla pratica judô desde pequena, mas<br />
apenas ano passado começou a participar de competições. Além da deficiência<br />
visual, Giovana tem muitas dificuldades de escutar. Sem poder se comunicar<br />
perfeitamente com os colegas, Giovana conquistou a todos com o sorriso e<br />
retribuiu com o bronze na categoria até 78kg, que não conta pontos para o<br />
ranking olímpico.<br />
Com cinco atletas inscritas, a disputa foi no sistema de todas contra todas. Na<br />
primeira fase, Giovana venceu três lutas (dois ippons), derrotando inclusive a<br />
vice-campeã mundial Zoubida Boazoug (+70), da Argélia, além da americana<br />
Katie Davies e da turca Methap Yilmaz (WO). A única derrota foi para a<br />
também argelina Hafida Ghenen, que perdera para sua compatriota. Os<br />
resultados forçaram a volta das três para o desempate. Desta vez, as argelinas<br />
foram melhores e Giovana ficou mesmo com o bronze, perdendo para Ghenen e<br />
Boazoug, por ippon e wazari, respectivamente.<br />
no caminho certo<br />
Mizael Conrado , vice-presidente do <strong>Comitê</strong> Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong>,<br />
acompanhou pessoalmente o desempenho nacional no Campeonato<br />
Mundial da IBSA. Para o bicampeão paraolímpico de futebol de 5 para<br />
cegos, o Brasil cumpriu bem seu papel, principalmente no judô:<br />
““O Brasil teve uma boa participação. Conquistamos três medalhas e a<br />
Daniele conseguiu o ouro, que já estava batendo na trave. A Lúcia mostrou<br />
que tem grande potencial com mais uma prata. Tenório poderia ter ido mais<br />
além, mas praticamente garantiu a categoria em Londres, onde eu acredito<br />
que levaremos nove atletas do judô, dentro do planejamento do CPB”, disse.<br />
MIzael, que teve a companhia de Sandro Laina, ex-capitão da Seleção<br />
Brasileira de Futebol de 5 para cegos e hoje presidente da Confederação<br />
Brasileira de Desporto para Deficientes Visuais (CBDV), também analisou<br />
a participação do goalball:<br />
“Percebemos equipes novas, que evoluíram muito rapidamente. Obtivemos<br />
grandes ensinamentos que servirão para continuarmos na linha de<br />
desenvolvimento do esporte no Brasil. É uma modalidade que precisamos<br />
trabalhar muito para atingir a excelência apresentada por outros países<br />
e uma coisa ficou clara: sabemos o caminho das pedras e temos grandes<br />
profissionais. A grande receita é o trabalho”, finalizou Mizael Conrado.
gOALbALL<br />
Mundial da IbsA<br />
judô e Goalballl<br />
Escala em Guadalajara<br />
O Brasil chegou a Antalya com esperanças<br />
de atingir as semifinais nas competições de<br />
goalball do Campeonato Mundial da IBSA<br />
e conquistar uma vaga nas Paraolimpíadas<br />
de Londres. A realidade, porém, foi dura para<br />
as seleções masculina e feminina. Novas<br />
forças surgiram no cenário internacional e o<br />
Brasil terminou em décimo entre os homens<br />
e décimo-primeiro entre as mulheres. Agora,<br />
as chances de garantir uma vaga em Londres<br />
2012 ficou para o Parapan de Guadalajara,<br />
em novembro. Para sorte do Brasil, o<br />
Canadá, um dos mais fortes das Américas,<br />
garantiu a classificação ao vencer no feminino<br />
e terminar em terceiro no masculino, que<br />
teve a Finlândia como campeã, abrindo mais<br />
uma vaga para o continente.<br />
Logo no primeiro dia de disputa, percebeuse<br />
que a vida dos brasileiros não seria fácil<br />
em Antalya. As meninas perderam na estreia<br />
para a Ucrânia por 7 a 4 e, no segundo<br />
jogo, à tarde, um empate doloroso em 5<br />
a 5 com a Dinamarca, que empatou nos segundos<br />
finais. O masculino começou com<br />
uma vitória sobre o Japão, por 4 a 3. No dia<br />
seguinte, porém, os rapazes perderam para<br />
os Estados Unidos por 6 a 2 para os Estados<br />
Unidos e por 5 a 3 para a Argélia. No<br />
feminino, derrota para a Finlândia por 5 a 2.<br />
as seleções brasileiras<br />
O terceiro dia encheu os brasileiros de<br />
esperanças, com a tranquila vitória por<br />
11 a 1 sobre a Grécia no feminino e por<br />
4 a 1 sobre Bélgica no masculino. O dia<br />
seguinte, porém, foi uma ducha de água<br />
fria, com as meninas perdendo por 4<br />
a 1 para a Rússia e os rapazes sofrendo<br />
uma goleada por 13 a 3. Para continuar<br />
sonhando com a classificação para<br />
Londres 2012 em Antalya, tanto os homens<br />
quanto as mulheres precisariam<br />
vencer de goleada seus adversários no<br />
15<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
último dia de competições e ainda torcer<br />
por combinações de resultados. Não<br />
deu. O Brasil empatou em 6 a 6 com a<br />
Hungria no masculino e perdeu por 5 a<br />
3 da Turquia.<br />
No masculino, os quatro primeiros garantiram<br />
vaga em Londres-2012, enquanto o<br />
feminino classificou os três melhores em<br />
Antalya. Entre os homens, pela ordem,<br />
Finlândia, Turquia, Canadá e Bélgica. No<br />
feminino, Canadá, Finlândia e Turquia.<br />
goalball<br />
goalball masculino Alexsander Almeida Celente; Filippe Santos Silvestre; Luis Pereira Da Silva Filho; Romário Diego Marques; Thiago Henrique<br />
Firmino Da Costa; Leandro Moreno Da Silva goalball feminino Ana Carolina Ruas Custodio; Adriana Bonifácio Lino; Evelyne Ribeiro Cantanhede;<br />
Neuzimar Clemente dos Santos; Denise Daniele Batista de Souza; Marcia Bonfim Vieira comissão Técnica Artur José Squarise de<br />
Carvalho – coordenador; Paulo Sérgio de Miranda – Técnico feminino; Alessandro Tosim - Técnico equipe masculina; Diego Gonçalves Colettes –<br />
Preparador físico; Luiz Carlos dos Santos – fisioterapeuta; Marília Passos Magno e Silva – fisioterapeuta; Giovanna Ignácio Subirá Medina – médica<br />
Judô<br />
Antonio Tenório da Silva; Daniele Bernardes da Silva; Eduardo Paes Barreto Amaral; Harlley Damião Pereira de Arruda; Wilians Silva de Araújo Marron;<br />
Karla Ferreira Cardoso; Lúcia da Silva Teixeira; Roberto Julian Santos da Silva; Roberto Nunes da Paixão; Halyson Oliveira Botô; Michele Aparecida<br />
Ferreira; Giovana Pilla; Victória Santos de Almeida E Silva comissão Técnica Jaime Roberto Bragança – Técnico; Alexandre de Almeida Garcia<br />
– Técnico; Luiz Edmundo Costa – fisioterapeuta; Giovanna Ignácio Subirá Medina – médica.
caixa.gov.br<br />
SAC CAIXA: 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios)<br />
Para pessoas com de ciência auditiva ou de fala: 0800 726 2492 Ouvidoria: 0800 725 7474<br />
16<br />
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Alan Fonteles<br />
Atleta patrocinado pelas Loterias CAIXA
anúncio Caixa<br />
Quase metade do que é arrecadado pelas Loterias CAIXA é destinado a áreas sociais do<br />
nosso país, como o esporte. Em 2010, só o <strong>Comitê</strong> Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong> recebeu mais de<br />
R$ 25 milhões. Para as Loterias CAIXA, apostar no nosso esporte é ver o Brasil inteiro tirar a sorte.
18<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Reatech<br />
CPB marca presença<br />
Embaixada do<br />
espoRte<br />
paRaoLímpiCo<br />
CPB participa da maior feira voltada para pessoas com deficiência<br />
pela primeira vez. Público encontra campeões e assite à apresentações<br />
de algumas modalidades no Centro de Exposições, em são Paulo
Na teoria, seria apenas um estande, mas o<br />
papel desempenhado pelo espaço do <strong>Comitê</strong><br />
Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong> na 10ª edição<br />
da Reatech foi o de embaixada dos esportes<br />
paraolímpicos. Maior feira voltada para pessoas<br />
com deficiência nas Américas, o evento foi realizado<br />
em São Paulo, no Centro de Exposições Imigrantes,<br />
entre os dias 14 e 17 de abril.<br />
Foi a primeira vez que o <strong>Comitê</strong> Paraolímpico<br />
<strong>Brasileiro</strong> participou da Reatech. O público que<br />
passou pelo estande nos quatro dias do evento<br />
teve contato com grandes nomes do Esporte<br />
Paraolímpico, como Ádria Santos, Clodoaldo Silva,<br />
Terezinha Guilhermina, Andre Brasil, Antônio<br />
Tenório e Fernando Fernandes. Os campeões paraolímpicos<br />
e mundiais de atletismo, natação e<br />
judô participaram de tardes de autógrafos.<br />
A estreia do CPB na Reatech também foi marcada<br />
pela inédita visita de Fernando Fernandes à<br />
feira. Campeão mundial da para-canoagem e bicampeão<br />
sul-americano, Fernando visitou o estande<br />
do CPB e aglomerou fãs ao seu redor, que<br />
pediram ao ídolo muitas<br />
fotos e autógrafos.<br />
O estande do CPb foi “Vim conhecer um pouco<br />
mais a produção nacional<br />
meu cantinho especial. de tecnologia relacionada<br />
gostei de conhecer as à acessibilidade, além de<br />
divulgar a para-canoagem,<br />
modalidades,<br />
que entrou para os Jo-<br />
Henrique Barella, 14 anos<br />
gos Rio 2016. A experiência<br />
está sendo ótima, pois<br />
percebi que o Brasil está<br />
produzindo inovação tecnológica<br />
para o esporte adaptado e senti o público<br />
muito receptivo com a para-canoagem”, disse Fernando,<br />
que também tem como objetivo ser porta<br />
bandeira do esporte. “Espero representar as pessoas<br />
que têm algum tipo de deficiência e incentivá-las<br />
a não terem medo nem vergonha, saírem de<br />
casa e praticar algum esporte”, completou.<br />
aPresentação das modalidades<br />
Além da participação dos campeões, também houve<br />
demonstração e experimentação de judô para<br />
cegos e futebol de 5 para cegos. Assim, o público<br />
pôde conferir o trabalho do <strong>Comitê</strong> e conhecer<br />
de perto ídolos, levando para casa squeezes e uma<br />
lembrança especial: uma foto no pódio, com meda-<br />
Reatech<br />
CPB marca presença<br />
19<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Clodoaldo Silva recebe o carinho dos fãs em tarde de autógrafo<br />
(no alto) e exibição de Volei sentado durante a Reatech<br />
lhas. Henrique Barella, de 14 anos, visitou pela primeira<br />
vez a Reteach e disse que o estande do CPB<br />
foi seu “cantinho especial” na feira. “Achei maravilhoso<br />
o estande do CPB. Gostei da área do cinema,<br />
dos brindes, mas principalmente da exibição de modalidades.<br />
Achei interessante o judô, fut 5 e em especial<br />
o basquete em cadeira de rodas.”<br />
Presente durante a feira e palestrante no último<br />
dia, o presidente do CPB, Andrew Parsons, falou<br />
sobre a importância social do <strong>Comitê</strong> na causa da<br />
pessoa com deficiência: “o CPB tem se preocupado<br />
em participar de forma ativa não apenas do<br />
Esporte Paraolímpico, mas das questões das pessoas<br />
com alguma deficiência, debatendo e se colocando<br />
à disposição delas. A Reatech é a maior<br />
feira voltada para as pessoas com deficiência em<br />
nosso país. Dessa forma, nada mais natural que<br />
a nossa participação neste evento, para dialogar<br />
com os diversos segmentos da sociedade que<br />
têm a pessoa com deficiência como seu foco”, explicou<br />
Parsons.
20<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Reatech<br />
CPB marca presença<br />
Realizações e desafios<br />
Um dos momentos mais esperados da programação<br />
da Reatech foi a palestra do presidente Andrew<br />
Parsons sobre Esporte Paraolímpico e as<br />
perspectivas para as Paraolimpíadas Rio 2016.<br />
Em mais de uma hora de conversa com a plateia,<br />
Parsons explicou detalhes específicos sobre<br />
o Esporte Paraolímpico no Brasil, abordando<br />
atualidades e perspectivas.<br />
O presidente do CPB falou sobre o panorama histórico<br />
do Movimento Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong>, o surgimento<br />
dos Jogos, o crescimento do Esporte Paraolímpico,<br />
e o aumento na audiência da última<br />
O CPb está aqui para<br />
dialogar com todos<br />
os segmentos ligados às<br />
pessoas com deficiência<br />
Andrew Parsons<br />
Paraolimpíada, que foi vista por mais de 3,84 bilhões<br />
de pessoas em todo o mundo.<br />
Andrew também enumerou alguns dos desafios futuros<br />
do CPB, como as mudanças na estrutura voluntária<br />
para profissional para enfrentar nova era e<br />
no modelo por área de deficiência, alterando-o para<br />
o modelo por modalidades. O Presidente do CPB<br />
encerrou a palestra destacando alguns dos objetivos<br />
para os próximos anos, norteados pelo “Processo de<br />
Planejamento Estratégico”, formulado ano passado,<br />
que engloba toda a estratégia do CPB até a realização<br />
dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.<br />
mais uma joia de sérgio e mike<br />
Outro momento marcante da Reatech foi o lançamento do “CPB Postal”. O livro foi fruto do trabalho<br />
realizado a quatro mãos pelo fotógrafo Mike Ronchi e pelo jornalista Sérgio Siqueira. Coletânea de textos<br />
e belas imagens sobre as modalidades paraolímpicas, a obra conta com uma exclusividade. Cada página<br />
do livro é dobrada, permitindo que uma das fotos seja destacada e enviada como cartão postal, sem<br />
prejuízo do conjunto da publicação.<br />
Os autores Sérgio e Mike têm parceria de longa data e juntos já lançaram quatro livros. O primeiro foi “Paraolímpicos, os Deuses de Atenas” -<br />
sobre a participação do Brasil nos Jogos de 2004, na Grécia; depois o, “Dinastia Paraolímpica - Pequim 2008”, sobre a Paraolimpíada da China;<br />
e o terceira foi “Brasíl Postal - Vi Vendo Brasília com Bons Olhos” - projeto da Editora Senac-DF em homenagem aos 50 anos de Brasília.
Ser jornalista esportivo no Brasil é saber que você vai trabalhar<br />
com futebol 95% do tempo, infelizmente. Sempre<br />
busquei fugir disso e de certa forma consegui. Os olímpicos<br />
sempre foram a minha preferência.<br />
Até 2008 eu tinha no currículo duas olimpíadas, Sydney e Atenas.<br />
A minha relação com os paraolímpicos era restrita a uma<br />
ou outra reportagem (me lembro de ter entrevistado a Fabiana<br />
Sugimori e o Clodoaldo Silva apenas) e nada mais. Em 2008<br />
já pela Record tive a chance de ir às Paraolimpíadas de Pequim.<br />
Expectativa enorme de uma viagem em que eu não sabia<br />
o que iria encontrar. Falo do país completamente diferente,<br />
dos esportes com a “ciência” das classificações funcionais<br />
e dos atletas até então desconhecidos para mim. Aos poucos,<br />
“pendurado” em comissões técnicas, assessores de imprensa e<br />
dirigentes fui descobrindo esse novo mundo. Logo de cara me<br />
espantei com o profissionalismo do negócio, com a seriedade<br />
Jornalista convidado<br />
Fernando nardini<br />
“de enCheR os olhos<br />
jornalista que descobriu o esporte paraolímpico em Pequim-2008, acompanha<br />
o sucesso da seleção Brasileira no mundial de atletismo, na nova Zelândia, e se<br />
inspira em terezinha Guilhermina para vencer o medo de pular de bungee jump<br />
21<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
que os chineses encararam a paraolimpíada e principalmente<br />
com a energia que o público nos ginásios e estádio quase sempre<br />
lotados transmitiam àqueles atletas.<br />
Aos poucos as coisas foram clareando, conviver com esses atletas,<br />
conhecer suas histórias de vida foi inesquecível. É uma garra,<br />
uma motivação, uma paixão pelo que fazem, coisa de encher os<br />
olhos. Tão bom quanto foi “descobrir” que o Brasil é uma potência<br />
paraolímpica, graças a gênios como Daniel Dias, André Brasil<br />
e Lucas Prado, só para citar alguns que colocaram o Brasil entre<br />
os 10 melhores do planeta.<br />
Desde então tudo o que diz respeito ao mundo paraolímpico<br />
é alvo da minha atenção. Este ano ganhei um presente; cobrir<br />
o campeonato mundial de atletismo paraolímpico em Christchurch<br />
na Nova Zelândia. Mais alguns dias de trabalho intenso<br />
e lições para a vida toda. É até difícil descrever o ambiente<br />
de competição, a alegria de viver de<br />
uma Terezinha Guilhermina, por exemplo.<br />
Que pessoa iluminada, determinada,<br />
cheia de vida e de coisas para ensinar.<br />
A “mãezona” da delegação foi a melhor<br />
atleta do mundial e, por causa dela, fiz<br />
algo que havia prometido a mim mesmo<br />
jamais fazer: pular de Bungee Jump. Não<br />
vou esquecer nunca mais as palavras dela<br />
me tirando um enorme sarro. Algo como:<br />
“está com medo? Faz como eu, não<br />
olha”.<br />
Para mim aquilo foi um ato de superação,<br />
mas é nada perto do que estas pessoas<br />
cheias de luz fizeram na vida e fazem todos<br />
os dias no exercício daquilo que mais<br />
amam, o esporte.<br />
*Fernando Nardini,<br />
jornalista da rede Record
22<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
“a CaiXa acredita no desenvolvimento do<br />
esporte paraolímpico”<br />
entrevista<br />
Gerson Bordignon<br />
o Projeto com o CPB<br />
resulta em excelente<br />
retorno de imagem<br />
para a CaiXa como<br />
empresa socialmente<br />
responsável<br />
geRsOn bORdIgnOn<br />
GErEntE naCional dE Promoção, Cultura<br />
E EsPortEs da CaiXa EConômiCa FEdEral<br />
rbP // a caiXa patrocina o esporte Paraolímpico<br />
brasileiro desde 2004. como<br />
surgiu o primeiro interesse da cai-<br />
Xa por esse segmento?<br />
gerson bordignon // O interesse surgiu, inicialmente,<br />
para viabilizar a participação da delegação<br />
paraolímpica brasileira nos Jogos Paraolímpicos<br />
2004, realizados em Atenas. Os<br />
resultados obtidos pela equipe do Brasil naqueles<br />
Jogos e a repercussão positiva do fato<br />
para a imagem das Loterias CAIXA, levaram à<br />
assinatura de um Protocolo de Intenções com<br />
o <strong>Comitê</strong> Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong> (CPB), que<br />
definia a negociação anual de contrapartidas<br />
e valores até 2010. A partir de 2011, a CAI-<br />
XA e o CPB assinaram um contrato de patrocínio<br />
que terá vigência até dezembro de 2012,<br />
quando se encerra o atual ciclo paraolímpico.<br />
rbP // como a caiXa avalia essa parceria?<br />
gerson bordignon // O Projeto com o CPB resulta<br />
em excelente retorno de imagem para a CAIXA<br />
como empresa socialmente responsável.<br />
Permite ainda fortalecer a imagem da<br />
CAIXA como executora de políticas públicas<br />
e das Loterias CAIXA como principais fontes<br />
na destinação de recursos para o desenvolvimento<br />
do esporte nacional, com vistas<br />
à fidelização e ampliação do público apostador<br />
e à conquista do público formador<br />
de opinião.<br />
rbP // a parceria caiXa – cPb já tem mais de<br />
seis anos. o que mudou de 2004 para cá?<br />
Os resultados obtidos nas últimas Paraolimpíadas<br />
(Atenas e Pequim) e consequentemente<br />
a maior visibilidade para a marca<br />
Loterias CAIXA, fez com que o interesse<br />
da empresa no paradesporto fosse cada vez<br />
maior, possibilitando a ampliação dos valores<br />
de patrocínios e criação de diversos programas<br />
que auxiliam no desenvolvimento<br />
da modalidade.<br />
Os resultados de todas essas oportunidades<br />
de preparação se mostraram em<br />
2010: no atletismo, o crescimento dos recordes<br />
mundiais alcançou 200%, enquanto na<br />
natação, os recordes brasileiros cresceram<br />
mais de 400% em relação a 2009. No halterofilismo,<br />
foi registrado aumento de 45%<br />
nos recordes brasileiros conquistados. O patrocínio<br />
das Loterias CAIXA abrange o pagamento<br />
de uma bolsa mensal a alguns dos<br />
principais atletas do paradesporto nacional.<br />
Todos os atletas patrocinados têm um<br />
score pessoal que justifica o incentivo. Para<br />
destacar apenas três, Lucas Prado é o velocista<br />
cego mais rápido do mundo nos<br />
100 e 400 metros; Antônio Tenório da Silva<br />
é o único judoca que tem quatro medalhas<br />
de ouro consecutivas nos jogos; e Shirlene<br />
Santos Coelho, primeira no ranking de<br />
arremesso de peso, disco e dardo, é recordista<br />
mundial no arremesso de dardo e de
tém a melhor marca de 2010. O desempenho<br />
dos velocistas tem evoluído graças ao pagamento<br />
de bolsas também aos atletas-guias, e<br />
vai atingindo o patamar de competitividade<br />
e excelência exigidas nas principais competi-<br />
ções internacionais.<br />
rbP // a caiXa investe também em outros<br />
segmentos esportivos, há alguma diferença<br />
em relação ao Paraolímpico?<br />
gerson bordignon // A CAIXA não faz distinção<br />
de apoio aos segmentos esportivos onde atua.<br />
Cabe ressaltar que a CAIXA investe no esporte<br />
brasileiro como um todo, realizando ações<br />
que têm o propósito de sedimentar a imagem<br />
da CAIXA como Patrocinadora Oficial do Atletismo,<br />
da Ginástica, das Lutas Associadas e do<br />
Paradesporto <strong>Brasileiro</strong>s e concretizar o compromisso<br />
da instituição com a implementação<br />
de políticas públicas de educação.<br />
A CAIXA vem investindo em Projetos<br />
Sociais que visam à promoção do esporte e,<br />
conseqüentemente, à inclusão social por intermédio<br />
da prática esportiva, possibilitando,<br />
ainda, a descoberta de novos talentos. Esses<br />
Projetos, em sua maioria, são desenvolvidos<br />
em comunidades carentes e possibilitam às<br />
crianças e jovens desses locais oportunidades<br />
de participação no mundo esportivo.<br />
rbP // Quais os planos da caiXa para o esporte<br />
Paraolímpico brasileiro, uma vez que<br />
receberemos os Jogos no Rio em 2016?<br />
gerson bordignon // A Copa do Mundo de 2014<br />
no Brasil e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos<br />
de 2016, no Rio, colocarão o Brasil no centro<br />
das atenções não apenas no mundo esportivo,<br />
mas também no incremento aos negócios.<br />
Seguramente, nos próximos anos, surgirão<br />
inúmeras oportunidades de trabalho proporcionadas<br />
pelos dois maiores eventos esportivos<br />
do planeta, e isso se estenderá aos<br />
negócios, beneficiando sobremaneira as instituições<br />
financeiras.<br />
Assim, a CAIXA pretende:<br />
- Manter o foco de atuação em esportes<br />
de rua que possibilitem o acesso gratuito de<br />
público ou que a participação como atleta não<br />
implique em altos investimentos;<br />
- Reforçar os Circuitos CAIXA de Corrida<br />
de Rua e de Maratoninhas com a ampliação<br />
do número de etapas e inclusão de atrações<br />
diferenciadas que proporcionem maior participação<br />
de atletas e que potencializem o retorno<br />
do investimento;<br />
- Patrocinar as principais provas de corrida<br />
de rua do País de modo a intensificar a exposição<br />
da CAIXA como a Patrocinadora Oficial<br />
do Atletismo <strong>Brasileiro</strong>;<br />
- Apoiar a preparação dos atletas das modalidades<br />
patrocinadas com vistas a uma melhor<br />
participação nos Jogos Pan-americanos<br />
e Para Pan de Guadalajara 2011 e nos Jogos<br />
Olímpicos e Paraolimpicos de Londres 2012;<br />
dando continuidade nos investimentos do atual<br />
ciclo olímpico, que teve início no último ano;<br />
- Intensificar as ações de ativações dos<br />
eventos patrocinados visando maior aproveitamento<br />
das oportunidades adquiridas<br />
com os patrocínios.<br />
rbP // em 2011, renovou seu compromisso<br />
aumentando para R$ 20 milhões, em dois<br />
anos. Pode-se dizer que o esporte Paraolímpico<br />
é um bom negócio?<br />
gerson bordignon // O valor de patrocínio é para<br />
o biênio 2011/2012 e deve-se ao fato da<br />
CAIXA acreditar na parceira construída ao<br />
longo dos anos.<br />
O contrato de longo termo estabelece uma<br />
melhor atmosfera para eventual necessidade de<br />
ampliação de contrapartida, além de apresentar<br />
a melhor condição de renegociação contratual.<br />
Permite ao patrocinado promover um cronograma<br />
de atividade mais consistente e definitivo,<br />
levando em consideração a certeza do<br />
aporte para a cobertura dos investimentos almejados<br />
com vistas a ampliação de atividades,<br />
gerando maior condição de participação em<br />
eventos de destaque da categoria, aperfeiçoamento<br />
do nível de competitividade de seus atletas,<br />
criando mais oportunidade de pódio.<br />
Sob o ponto de vista do patrocinador permite<br />
uma parceria mais estruturada, tendo em<br />
vista que o trabalho de ativação do patrocínio<br />
entrevista<br />
Gerson Bordignon<br />
23<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
torna-se muito mais eficaz e eficiente uma vez<br />
que se pode obter uma programação de ações<br />
previamente definidas durante o período do<br />
contrato. Essa condição permite maior economicidade<br />
cronograma orçamentário e maior<br />
aderência na identidade da marca em relação<br />
à modalidade esportiva, formando uma unidade<br />
de valores que promovem uma imagem<br />
institucional extremamente positiva.<br />
Com este investimento longínquo, a partir<br />
de determinado período, inicia-se o processo<br />
de criação de vínculos e associações por meio<br />
de valores, conceitos e atributos positivos entre<br />
a propriedade esportiva patrocinada e a<br />
empresa patrocinadora, o que é muito importante<br />
para os dois lados, que é a estabilidade<br />
do patrocínio, pois fornece credibilidade, reconhecimento,<br />
simpatia e confiança à empresa<br />
patrocinadora e amplo desenvolvimento à<br />
propriedade esportiva patrocinada.<br />
A CAIXA acredita no desenvolvimento<br />
do esporte paraolímpico, o patrocínio das<br />
Loterias CAIXA ao <strong>Comitê</strong> Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong><br />
tem um importante papel de inclusão<br />
social, uma vez que estimula o resgate da auto-estima<br />
e cidadania dos portadores de deficiência<br />
por meio da prática esportiva.<br />
Os atletas paraolímpicos<br />
deram uma clara e enorme<br />
demonstração de que<br />
o melhor do brasil é o<br />
brasileiro<br />
O patrocínio das loterias federais ao CPB<br />
ajudou na brilhante presença brasileira em<br />
todas as competições nacionais e internacionais.<br />
Não há exemplo mais efetivo e intenso<br />
de luta e superação para o nosso povo. Há<br />
uma campanha que diz que o melhor do Brasil<br />
é o brasileiro. Os atletas paraolímpicos deram<br />
uma clara e enorme demonstração disso.
24<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Circuito<br />
norte/nordeste<br />
A região norte/nordeste<br />
tem melhorado ano a ano.<br />
Em 2011 tivemos um maior<br />
número de participantes e<br />
mais recordes<br />
Edílson Rocha Tubiba,<br />
diretor técnico do CPB.<br />
Firme e foRte<br />
Etapa norte/nordeste do Circuito loterias<br />
Caixa comemora recorde de recordes e<br />
revelações em Fortaleza<br />
A<br />
Universidade de Fortaleza<br />
(Unifor) recebeu o Circuito Loterias<br />
CAIXA 2011. Em três<br />
dias de competições, o público<br />
assistiu a mais de 400 atletas de 12 estados<br />
em ação e presenciou 29 quebras de<br />
recordes brasileiros.<br />
“Fortaleza superou nossas expectativas. A<br />
região Norte/Nordeste tem melhorado ano<br />
a ano. Em 2011 tivemos mais participantes<br />
e mais recordes foram quebrados, o que significa<br />
que os clubes têm investido continuamente<br />
em novos atletas”, avaliou o diretor<br />
técnico do CPB, Edílson Rocha Tubiba.<br />
Marciana Teixeira, do atletismo, foi um dos<br />
destaques. A atleta de 26 anos bateu o recorde<br />
brasileiro nos 400m T54 e se surpreendeu<br />
com o resultado:<br />
“Eu não esperava. Vim focada para tentar<br />
o índice para as etapas nacionais. Acho<br />
que foi a vontade de conseguir a vaga que<br />
me impulsionou”, revelou a atleta, que<br />
ainda conquistou o bronze nos 100m e a<br />
prata nos 800m T54.<br />
Na natação, Luiz Antônio Corrêa foi quem<br />
chamou atenção. O atleta, que fez história<br />
ao trazer sete medalhas paraolímpicas para<br />
o país (três pratas e um bronze em Sydney,<br />
um ouro e uma prata em Atenas e uma prata<br />
em Pequim), ficou quase um ano sem competir<br />
por causa de uma lesão no ombro e voltou<br />
a nadar na etapa de Fortaleza.<br />
Aos 29 anos, o pernambucano conquistou o<br />
ouro nos 50m borboleta e a prata nos 50m<br />
livre, voltando em grande estilo.<br />
“Estou de olho no Parapan de Guadalajara,<br />
no fim do ano. Espero muito chegar ao<br />
México”, disse.<br />
No halterofilismo, a emoção ficou por conta<br />
de Josiano dos Santos. O potiguar bateu o<br />
recorde brasileiro para os atletas até 100kg<br />
quatro vezes seguidas, chegando a marca<br />
de 185kg.<br />
“Vim preparado para isso. Depois que bati<br />
o primeiro recorde, fiquei mais confiante<br />
e deu tudo certo”, afirmou.<br />
Para Tubiba, a evolução é nítida:<br />
“O nível de competição está bem alto: 29<br />
recordes brasileiros quebrados na primeira<br />
etapa regional, quando os atletas ainda<br />
estão começando a sua preparação, é um<br />
número muito bom”, finaliza.
jeito de<br />
naCionaL<br />
Etapa rio de janeiro/sul apresenta alto nível<br />
e jovens que já se destacam no país<br />
No mês de abril, foi a vez dos estados<br />
da Região Sul e do Rio de<br />
Janeiro participarem do Circuito<br />
Loterias CAIXA. De 15 e 17,<br />
mais de 500 atletas de atletismo, natação<br />
e halterofilismo encheram as instalações<br />
esportivas da Universidade Positivo para<br />
competir em mais de 400 provas.<br />
Dentro da piscina, o sobrenome de mais<br />
destaque tem pronúncia difícil: Schnarndorf.<br />
Filha de alemão, Susana praticou triatlo<br />
durante 16 anos antes de ser diagnosticada<br />
com Parkinson e ter que mudar de<br />
ramo. Na para-natação, o Circuito marcou<br />
sua estreia em grandes competições. E foi<br />
em alto estilo: quatro recordes brasileiros<br />
(50m, 100m e 400m livre e 100m costas)<br />
em cinco provas disputadas.<br />
“A para-natação mudou a minha história.<br />
Voltei a ter prazer de viver e estou muito<br />
feliz. Os resultados em Curitiba foram ótimos.<br />
Estou cada vez mais perto dos meus<br />
principais objetivos: medalhas no Parapan<br />
e na Paraolimpíada”, conta Susana.<br />
“Esperamos uma etapa nacional mais forte<br />
este ano, uma vez que atletas jovens, como<br />
Talisson Glock e Ana Paula Fernandes, que<br />
também bateram recordes, apareceram<br />
bem”, avalia Murilo Barreto, coordenador<br />
da modalidade.<br />
No atletismo, o público pôde ver o surgimento<br />
de novos atletas e 11 quebras de<br />
recordes brasileiros. Os maiores destaques<br />
foram Flávio Reitz, que derrubou duas<br />
marcas (salto em distância F42 e salto<br />
em altura F42), e o jovem Diogo Ualisson,<br />
dono de um recorde (salto em altura F12) e<br />
bons resultados.<br />
“Eu não imaginava quebrar um recorde<br />
brasileiro. Agora vou treinar em dobro<br />
para ir bem também nas etapas nacionais<br />
e conseguir manter o recorde”, confessa<br />
Ualisson.<br />
Uma prova de que um bom ritmo de treinamento<br />
ajuda está no halterofilismo. Em<br />
Curitiba, os três atletas que bateram recordes<br />
nacionais estavam com a seleção<br />
brasileira na semana de treinamento que<br />
ocorrera dias antes da competição.<br />
“A semana de treinamento fez toda a diferença.<br />
Descobrimos várias falhas em<br />
nossa técnica”, explica Edilândia Araújo,<br />
recordista entre as atletas com mais<br />
de 82,5kg.<br />
Na categoria até 52kg, Aílton Clemente melhorou<br />
o recorde brasileiro em 2kg, levantando<br />
115kg na primeira vez que competiu<br />
na classe.<br />
“Foi uma surpresa, eu vim para competir<br />
na categoria até 48 kg, como sempre, mas<br />
meu peso não deu”, explica Aílton. O outro<br />
recorde do halterofilismo foi de Terezinha<br />
Multado, na categoria até 61kg.<br />
Circuito<br />
rio de janeiro/sul<br />
“a natação<br />
paraolímpica mudou<br />
a minha história.<br />
Voltei a ter prazer<br />
de viver e estou<br />
muito feliz”<br />
Susana Schnarndorf<br />
25<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO
26<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Promessa 2016<br />
Bruna Costa<br />
Garota de<br />
ouro<br />
Com apenas 15 anos, Bruna<br />
Costa alexandre já se destaca em<br />
competições de adultos, mesmo entre<br />
atletas convencionais, e integra as<br />
seleções paraolímpica e olímpica<br />
Aos 15 anos, ela já ostenta um grande número de títulos<br />
no currículo e se firma cada vez mais como uma promessa<br />
de medalhas para o tênis de mesa paraolímpico<br />
do Brasil nos próximos Jogos Paraolímpicos. Bruna<br />
Costa Alexandre mostra que a dedicação e a força de vontade<br />
são capazes de tornar sonhos em realidade.<br />
Em 2010, Bruna chamou atenção ao chegar às quartas-de-final do<br />
Mundial de Tênis de Mesa Paraolímpico, com apenas 15 anos. Se os<br />
bons resultados são cada vez mais frequentes, uma das razões para<br />
isso é a dedicação de Bruna à rotina diária de treinamentos. “Pela<br />
manhã estudo até 11h40. À tarde meu treino começa 13h30 e vai<br />
até 17h30, de segunda a sexta. E segunda, terça e quinta também<br />
treino das 18h30 as 20h30”.<br />
O técnico Alexandre Medeiros Ghizi confia que o esforço de<br />
sua atleta será recompensado em breve: “ela treina muito, cerca<br />
de seis horas por dia, cinco vezes por semana, e vem evoluindo<br />
dentro e fora da mesa. Com o apoio da Fundação Municipal<br />
de Esportes de Criciúma, do CPB, do Ministério do<br />
Esporte e da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Bruna<br />
vem tendo chances de evoluir, viajar e se preparar para o futuro.<br />
Estamos contentes com sua evolução e esperamos que ela<br />
continue assim. Se der tudo certo, ela deve brigar por medalhas<br />
nas duas próximas paraolimpíadas”, disse o treinador.<br />
sem medo de desafios, Bruna Costa<br />
acumula mais de 50 títulos no tênis<br />
de mesa. Com rendimento excelente,<br />
bruninha supera atletas com ou sem<br />
deficiência mundo afora<br />
exemPlo veio de casa<br />
A mesatenista começou no tênis de mesa quando tinha 12 anos,<br />
influenciada pelo irmão, Bruno Costa Alexandre. “Ele jogava na<br />
Fundação Municipal de Esportes de Criciúma e o treinamento<br />
dele acontecia ao lado da nossa casa”, conta Bruna. Até 2009,<br />
ela competia estritamente em torneios entre pessoas sem deficiência,<br />
onde foi tetracampeã municipal.<br />
Para fortalecê-la, o técnico Alexandre Medeiros Ghizi a levou<br />
para disputar o Brazilian Open, onde conquistou uma prata e<br />
um bronze, competindo entre adultos. A partir daí a atleta foi<br />
convocada para seleção paraolímpica juvenil e para a seleção<br />
olímpica infantil.
A vitória mais marcante na carreira aconteceu no French Open<br />
2010 da Classe 10, onde derrotou a segunda do ranking mundial<br />
na final, a francesa Audrey Le Morvan.<br />
sorriso no rosto e muitos sonhos<br />
“Meus sonhos são estar entre as três primeiras do ranking mundial<br />
e jogar as Paraolimpíadas de Londres em 2012,e do Rio de<br />
Janeiro, em 2016. Vou lutar para conquistar isso”, diz Bruna, que<br />
se inspira em um ícone do tênis de mesa paraolímpico, a polonesa<br />
Natalia Partyka. Atualmente em 60º lugar no ranking mundial<br />
olímpico adulto, Partyka nasceu sem a mão direita e entrou<br />
para a história do esporte como a mais jovem atleta a competir<br />
nas Paraolimpíadas, em Sydney 2000, quanto tinha apenas<br />
11 anos de idade.<br />
Fora da mesa e longe das raquetes, mas nunca por muito tempo,<br />
Bruna se arrisca em outras modalidades, como o skate e as trilhas<br />
de bicicleta. Como toda menina de 15 anos, adora passear<br />
no shopping e ir à academia. E de fastfood!<br />
Para o futuro, pretende aliar a paixão pelo esporte com os estudos<br />
e a carreira profissional: “espero fazer uma faculdade e, se Deus<br />
quiser, poder viver do esporte e do trabalho”, disse.<br />
A deficiência física apareceu aos seis meses de vida, quando<br />
Bruna teve que amputar o braço direito por conseqüência de<br />
uma trombose provocada por uma injeção mal aplicada.<br />
O contratempo não foi capaz de abalar a confiança e a felicidade<br />
de Bruna, que transforma a adversidade em força: “nunca desista,<br />
sempre esteja com a cabeça erguida e nunca deixe de sorrir<br />
por não ter um membro ou por estar em uma cadeira de rodas.<br />
©vAldeci cArvAlho FOTOCOM.NET<br />
©dANiel zAppe FOTOCOM.NET<br />
Promessa 2016<br />
Bruna Costa<br />
meu sonho é estar entre as três primeiras<br />
do ranking e jogar as paraolímpiadas de<br />
londres e do rio.<br />
melhores marcas (classe 10 individual)<br />
2010 campeã sul-americana (entre olímpicos)<br />
bronze sul-americano de duplas<br />
Três ouros no Parapan da modalidade<br />
campeã do aberto Paraolímpico de nantes, frança.<br />
Três medalhas de Prata – aberto Paraolímpico de Taipei, china<br />
2009 Três medalhas de ouro no Parapan Juvenil na colômbia<br />
campeã brasileira escolar Paraolímpica<br />
brazilian open – prata por equipes e bronze individual<br />
campeãoda copa brasil Paraolímpica<br />
campeã estadual Paraolímpica<br />
campeã da seletiva infantil olímpica<br />
27<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO
28<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Matéria<br />
Fulano de tal<br />
AnunCIO unIOdOntO
Curta o CPB no<br />
Facebook<br />
e Flickr<br />
Cada vez mais por dentro da<br />
Web 2.0, CPB está nas redes sociais<br />
O CPB já interage, compartilha e se aproxima<br />
do público há mais de seis meses<br />
através do Twitter (@cpboficial) e youtube.<br />
com/cpboficial. Com o sucesso no microblog<br />
e no maior canal de vídeos do mundo, o<br />
CPB decidiu criar uma página no Facebook.<br />
Feito histórico<br />
O gaúcho Jovane Silva Guissone entrou para<br />
a história do Esporte Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong><br />
ao conquistar a primeira medalha do Brasil<br />
em uma competição internacional de esgrima<br />
em cadeira de rodas. Jovane ficou em terceiro<br />
lugar na prova de Espada da categoria<br />
B na Copa do Mundo da IWAS (Federação<br />
Internacional de Esportes para Cadeirantes<br />
e Amputados), que aconteceu em Montreal,<br />
no Canadá, no último mês de maio.<br />
Ao acessar o canal você irá encontrar notícias<br />
relacionadas ao Esporte Paraolímpico<br />
<strong>Brasileiro</strong> e mundial além de fotos,<br />
vídeos e enquetes. Tudo para aproximar<br />
ainda mais o público do movimento paraolímpico.<br />
Para não Perder o costume<br />
O nadador Daniel Dias foi considerado o<br />
segundo melhor atleta do Open de Para-natação<br />
de Berlim, realizado de 28 de abril e 1º<br />
de maio. O brasileiro ficou atrás apenas do<br />
croata Mihovil Spanja dentre os mais de mil<br />
competidores, conquistando quatro medalhas<br />
de ouro e três novos recordes mundiais,<br />
nos nos 200m medley, nos 100m livre e nos<br />
100m costas. No total, a delegação brasileira<br />
trouxe 39 medalhas.<br />
brasil no ParaPan<br />
de guadalaJara<br />
Uma equipe do CPB, chefiada pelo presidente<br />
Andrew Parsons, esteve na cidade-<br />
-sede dos Jogos Parapanamericanos para<br />
visitas técnicas aos locais de competições<br />
e reuniões com o <strong>Comitê</strong> Organizador. O<br />
objetivo é assegurar a melhor estrutura aos<br />
atletas brasileiros no México.<br />
notícias<br />
novidade<br />
29<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
Você já pode curtir o CPB no endereço:<br />
www.facebook.com/comiteparaolimpico. E<br />
se quiser conferir fotos marcantes do Esporte<br />
Paraolímpico, não pode deixar de acessar<br />
nosso Flickr. Acesse www.flickr.com/cpboficial<br />
e navegue por várias imagens.r<br />
Feito histórico,<br />
Parte 2<br />
Na última edição da Copa do Mundo de Tiro<br />
Esportivo, que aconteceu em Alicante, na<br />
Espanha, o Brasil contou com a maior delegação<br />
de sua história na modalidade. Oito<br />
atletas representaram o país. Outra marca<br />
histórica foi a participação de mulheres na<br />
Copa. Essa foi a primeira vez que o país teve<br />
representantes femininas, com as paranaenses<br />
Beatriz da Cunha e Débora Campos.
30<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO<br />
turma da Mônica<br />
expediente<br />
presidente<br />
ANDREW PARSONS<br />
vice- presidente<br />
MIZAEL CONRADO<br />
Brasil Paraolímpico é uma publicação bimestral do<br />
<strong>Comitê</strong> Paraolímpico <strong>Brasileiro</strong> e esta edição teve 3.500<br />
exemplares impressos em junho de 2011.<br />
endereço Sede cpB<br />
SBN Qd- 2- Bl. F- Lt. 12<br />
Ed. Via Capital – 14º andar<br />
Brasília/DF – CEP: 70040-020<br />
Fone: 55 61 3031 3030<br />
Fax: 55 61 3031 3023<br />
www.cpb.org.br<br />
www.twitter.com/cpboficial<br />
www.youtube.com/cpboficial<br />
www.facebook.com/comiteparaolimpico<br />
vice-presidente Administrativo<br />
LUIZ CLAUDIO PEREIRA<br />
Superintendente Administrativo,<br />
Finanças , contabilidade e eventos<br />
CARLOS JOSÉ VIEIRA DE SOUZA<br />
diretoria Técnica<br />
EDILSON ALVES DA ROCHA<br />
gerência de marketing<br />
FREDERICO L. MOTTA<br />
conselho Fiscal<br />
JOSÉ AFONSO DA COSTA<br />
HÉLIO DOS SANTOS<br />
ROBERTO CARLOS EMILIO PICELLO<br />
coordenação<br />
MEDIA GUIDE COMUNICAçãO<br />
Jornalista responsável<br />
DIOGO MOURãO MTB 19142/RJ<br />
edição e Textos<br />
JANAíNA LAZZARETTI<br />
THALITA KALIX<br />
estagiário<br />
RODRIGO ANTONELLI<br />
imagens<br />
EXEMPLUS COMUNICAçãO<br />
projeto gráfico e diagramação<br />
INVENTUM DESIGN<br />
impressão<br />
GRÁFICA CLICHERIA CHROMOS<br />
Painel do Leitor<br />
Compartilhe com a equipe de imprensa do<br />
CPB dúvidas, sugestões ou críticas. Este espaço<br />
é reservado para você, leitor. Contate-nos<br />
através de cartas pelo endereço: SBN, Quadra<br />
02, Bloco F, ED. Via Capital, 14º andar. Brasília,<br />
DF, Brasil. Cep: 70.040-020.<br />
Se preferir, mande email: contato@cpb.org.br.
equipe CPb<br />
31<br />
rEvista<br />
bRAsIL PARAOLÍMPICO