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Do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) - TST

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Poder Judiciário<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

DO <strong>CNT</strong> AO <strong>TST</strong><br />

<strong>TST</strong><br />

1975


<strong>Do</strong> C.N.T ao T.S.T.<br />

Ontem


Esta publicação reúne atos que se referem à<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> desde seu nasce<strong>do</strong>uro, o C.N.T.<br />

É um repositório que decerto valerá como útil<br />

subsídio para os pesquisa<strong>do</strong>res e estudiosos <strong>do</strong> assunto.<br />

Elementos reuni<strong>do</strong>s pela primeira vez em vo-<br />

lume especial, traduzem a abnegação <strong>do</strong>s que o tornaram<br />

possível e é ofereci<strong>do</strong> como marco <strong>do</strong> primeiro ano de minha<br />

administração.<br />

Dezembro de 1975<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH


TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO<br />

DIRETOR GERAL: DALTON LUIZ PEREIRA<br />

Compilação:<br />

Américo J.P. Mesquita<br />

Datilografia:<br />

Sônia Oliveira Amorim<br />

Impressão:<br />

Gráfica <strong>do</strong> <strong>TST</strong><br />

2


DO C.N.T.<br />

AO T.S.T.<br />

3


" O <strong>Conselho</strong> será pois, um terre-<br />

no neutro e imparcial para a mais fácil<br />

aproximação e melhor inteligência entre pa-<br />

trões e operários ".<br />

Viveiros de Castro<br />

4


CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO<br />

Como órgão consultivo <strong>do</strong>s poderes públicos em<br />

assuntos de organização <strong>do</strong> trabalho e previdência social,<br />

foi cria<strong>do</strong> pelo Decreto no. 16.027, de 30 de abril de 1923;<br />

então o número de seus membros se fixou em 12, ten<strong>do</strong><br />

para fins administrativos, uma Secretaria Geral. Com o De-<br />

creto no. 18.074, de 19 de janeiro de 1928, passou por<br />

algumas modificações, principalmente a sua Secretaria, que<br />

se dividiu em duas seções.<br />

Trazen<strong>do</strong>-lhe novas alterações, o Decreto no.<br />

20.886, de 30 de dezembro de 1931 atribuiu à sua Procu-<br />

ra<strong>do</strong>ria a competência de opinar ísitj matéria contenciosa e<br />

consultiva, organizan<strong>do</strong>-lhe ainda o novo quadro <strong>do</strong> pes-<br />

soal técnico e administrativo da Secretaria, trocan<strong>do</strong>, por<br />

fim, o nome de Fiscais para Inspetores das Caixas de Apo-<br />

senta<strong>do</strong>ria e Pensões.<br />

O regulamento aprova<strong>do</strong> pelo Decreto no.<br />

24.784, de 14 de julho de 1934, deu-lhe, precisamente,<br />

como organização técnica, consultiva e julga<strong>do</strong>ra a incum-<br />

bência de conhecer das questões que interessassem à eco-<br />

nomia, ao trabalho e à previdência social. A sua composi-<br />

ção passou a ser <strong>do</strong>s 18 membros seguintes, escolhi<strong>do</strong>s<br />

livremente pelo Presidente da República: a) quatro repre-<br />

sentantes de emprega<strong>do</strong>s; b) quatro representantes de em-<br />

prega<strong>do</strong>res; c) quatro representantes dó Ministério <strong>do</strong> Tra-<br />

balho; d) seis representantes técnicos em matéria de seguro<br />

social.<br />

5


Havia três Câmaras quan<strong>do</strong> se destinava a exer-<br />

cer as funções de órgão julga<strong>do</strong>r ou deliberativo, com a<br />

presença necessária mínima de cinco membros; tornava-se<br />

Pleno quan<strong>do</strong> órgão consultivo ou exercia atos administra-<br />

tivos como tribunal de embargos, com a presença necessá-<br />

ria mínima de oito membros.<br />

Com a sanção <strong>do</strong> Decreto-Lei no. 1.237, de 2 de<br />

maio de 1939, instituin<strong>do</strong> a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, foi eleva-<br />

<strong>do</strong> ao alto posto de última instância da organização judiciá-<br />

ria trabalhista, com jurisdição em to<strong>do</strong> o território nacio-<br />

nal. O artigo 17 <strong>do</strong> decreto-lei menciona<strong>do</strong> determinava<br />

que as suas atribuições decretadas seriam objeto de lei es-<br />

pecial.<br />

Com efeito, reorganizan<strong>do</strong>-o para o adaptar à<br />

sua nova fase funcional, o Governo assinou o Decreto-Lei<br />

no. 1.346, de 15 de junho de 1939.<br />

A sua composição passou a ser de 19 membros,<br />

comissiona<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, com mandato<br />

bienal, com recondução, <strong>do</strong>s quais membros eram designa-<br />

<strong>do</strong>s o presidente e <strong>do</strong>is vice-presidentes. A distribuição<br />

obedecia ao seguinte critério: a) quatro representantes de<br />

emprega<strong>do</strong>s; b) quatro de emprega<strong>do</strong>res; c) quatro dentre<br />

os funcionários <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e das Institui-<br />

ções de seguro social; d) sete dentre as pessoas de reconhe-<br />

ci<strong>do</strong> saber, das quais quatro bacharéis em direito.<br />

Houve duas Câmaras, a de Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e<br />

a Previdência Social, com a composição cada uma de nove<br />

membros, presidida a <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> pelo primeiro vice-presi-<br />

6


dente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> e a da Previdência pelo segun<strong>do</strong><br />

vice-presidente, sen<strong>do</strong>, entretanto, preciso observar a com-<br />

posição paritária. O <strong>Conselho</strong> Pleno, para deliberar, carecia<br />

a presença mínima de dez membros e as Câmaras a de<br />

cinco, além <strong>do</strong>s presidentes.<br />

Junto ao <strong>Conselho</strong> havia a Procura<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> Tra-<br />

balho e a Procura<strong>do</strong>ria da Previdência Social, sen<strong>do</strong> que a<br />

primeira se des<strong>do</strong>brava em Procura<strong>do</strong>ria Geral e Procura<strong>do</strong>-<br />

rias Regionais, estas funcionan<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>Conselho</strong>s<br />

Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; a segunda compunha-se de um pro-<br />

cura<strong>do</strong>r, um sub-procura<strong>do</strong>r e adjuntos.<br />

Além desses órgãos propriamente jurídicos, o<br />

<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, para a execução <strong>do</strong>s seus<br />

múltiplos serviços tinha: a) Departamento da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>; b) Departamento de Previdência Social; c) o De-<br />

partamento de Serviços Gerais; d) a Inspetoria.<br />

A estruturação dada pelo Decreto-lei no. 1.346,<br />

de 15 de junho de 1939, modificada pelo Decreto-Lei no.<br />

2.852, de 10 de dezembro de 1940, entrou em vigor a<br />

partir de 01 de maio de 1941, nos termos da regulamenta-<br />

ção dada pelo Decreto no. 6.591, de 13 de dezembro de<br />

1940.<br />

Contu<strong>do</strong> é com o advento <strong>do</strong> Decreto-Lei no.<br />

9.797, de 9 de setembro de 1946 que a Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />

lho integra-se, em definitivo, na órbita <strong>do</strong> Poder Judiciário,<br />

divorcian<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> Executivo.<br />

O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> transforma-se em Tribunal<br />

Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, os <strong>Conselho</strong>s Regionais em Tribu-<br />

7


nais Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, como remanescentes permane-<br />

cem as Juntas de Conciliação e Julgamento e Juizes de<br />

Direito, como órgãos de primeira instância.<br />

A composição <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

ficou limitada a sete juizes alheios aos interesses profissio-<br />

nais (toga<strong>do</strong>s) e quatro representantes classístas, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s<br />

emprega<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res, com mandato de 3<br />

anos. O Presidente e o Vice-Presidente eram nomea<strong>do</strong>s pe<br />

lo Presidente da República.<br />

Finalmente, a, ampliação <strong>do</strong> número de juizes<br />

para 11 toga<strong>do</strong>s, alheios aos interesses profissionais e 6<br />

classístas em representação paritária, ocorreu com a Lei no.<br />

2.244, de 23 de junho de 1954, passan<strong>do</strong>, então, o Presi-<br />

dente, o Vice-Presidente e o Correge<strong>do</strong>r a serem eleitos<br />

pelos membros <strong>do</strong> próprio Tribunal., facultada sua divisão<br />

em turmas.<br />

8


Aos vinte *2 de preparar a orsnnisr.^So efficients <strong>do</strong> trabalho naeior.al.<br />

(9


OB compromisso© assumi<strong>do</strong>s, em virtude de trata<strong>do</strong>s Internaoionaes<br />

impunham ao Governo a creaçãò de uai instituto, ao qual caberia a<br />

missão de examinar a opportunidade da applicaçâo entre n6s <strong>do</strong>e<br />

projectos de Convenção e Recommendaç3ee a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>® nas successi-<br />

•ae Conferencia? Internacionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que se vêm reali-<br />

• an<strong>do</strong> em virtude <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Versalhes, Embora reconheça que<br />

a questão socisl, entre n6s, nêo se manifesta com a mesma acui-<br />

dade com que se apresenta noe paises propriamente industriaes, .<br />

n&o se poderia negar a conveniência de, mediante inquéritos cons-<br />

cienciosos, estudar as oondiçTSes e os aspectos peouliares ao nos-<br />

so meio, afim de elaborar sa soluç&es apropriadas psra os eo.sple-<br />

xos problemas que dizem respeito á existência i k orosperid"-de<br />

das classes trabalha<strong>do</strong>ras. Urge, pois, encarar resolutamente es-<br />

ses problemas, de maneira a resolvei-os no interesse mesmo da<br />

produoçSo nacional, que só teré a lucrar de uma bôa intellisencia<br />

entre o Capital e o <strong>Trabalho</strong>« A questão social eeté intimamente<br />

ligada & vida economica, pois, de uma conveniente systematisaçSc<br />

<strong>do</strong> trabalho, resulta infallivelmente maior rendimento agricols e<br />

industrial, e, a seu turno, quanto .sais produzir o psis, melhores<br />

se tornarão aa condições de existencia da. eoilec siviasde. lermink,<br />

affirman<strong>do</strong> depositar a rueior confiança ns *cção construo tora <strong>do</strong><br />

<strong>Conselho</strong>, devi<strong>do</strong> á alta competência de se^s membros. Faaen<strong>do</strong> vo-<br />

tos para-a efficiencie <strong>do</strong> novo Instituto, que coute ao actual Go-<br />

verno a honra de crear, íeclsrs os Conselheiros presentes empossa-<br />

<strong>do</strong>s em seus respectivos eargos. Toman<strong>do</strong> a pelavra, em nom« *ie<br />

seus collegas, o Sr. Viveiros de Castro, agradece ao Sr. ünistro,<br />

o honroso convite que lhes fora feito em nome <strong>do</strong> Srt Presidente da<br />

Republica, para exercer as funcçBes se membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Kacional<br />

<strong>do</strong> Trai e lho, orgam orea<strong>do</strong> per 3 o ol laborar com o 0 ovem o no estu<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s problemas soci?.es, com o fim de ori?anis t% r o trabalho nacional.<br />

Beconhéce a magnitude da tarefa que resulta de tão nobre inveatid-i<br />

ra, porque não s6 pela complexidade <strong>do</strong>s problemas que o <strong>Conselho</strong><br />

10


ser4 oh»j.u-Jo u resolver, —ne tn-;be,.; parque 1180 possuímos esifctis-<br />

tica social oi'b"anÍ38da, de. maneira h habilitar- nos a fazer uui<br />

juizo seguro sobre as quest3es <strong>do</strong> trabalho no Brasil. Encarece<br />

a missSo concilia<strong>do</strong>ra dó <strong>Conselho</strong> que deverá, pela -jb soluta iar<br />

paroialid'-:de de suas attitudes, impor-se CO.LO or£a;n supre.r.o de<br />

concordio nonial. Cita u::.a phrgse <strong>do</strong> Sylvio Pellico, de suss<br />

"^en^ri-s" escripte3 no i sol - .•-n to t) o ceroere, e;a diz que a<br />

desirctolligenaio <strong>do</strong>s hoi-i^ns resulta da fslt* de t>onh?ci.c?n to re-<br />

ciproco. Per.ss. ooiao Paul Eechanel e ?.a.thenat* que convém sopro-<br />

r.i;ic?r is ho.-sena p^ra rus; r-jc inhecon<strong>do</strong>- oe :;.elhor, nossas ohej-ir a<br />

um .ú-rVr.ür enten J .i.f.ento, C <strong>Conselho</strong> serfc r.ois, ai, terreno r;ôi*.ro<br />

s ijri.o-rciíJ d'-.v"1 9 mais f«>cil apnroxi:«pçS.o e .nelV or ii) tcll iberj-<br />

cia entre oatr3e3 e operTios, A :LÍsá3o reserva-la a este Insti-<br />

tuto k de t£o ivltü relevanci-* so.-iil jue por si só thòtará para<br />

dé.uotwtr-Jv >•» vasta via\o r-oliiica is .v.w«.! joverno tSo<br />

te.', ssci<strong>do</strong> cojitprehen iar os ir», mie o p:'o'ol .a n-sci inces. O Sr,<br />

ministro ds AAVic Jl tura dcslarn officiai:/ients instaUí-<strong>do</strong> o Con-<br />

selj.-j Toei01«'•.l 'io <strong>Trabalho</strong> e convida o Si*. Osorio de Alr-Uda 3.<br />

0'jB.i:.'.ir c> présidencia, retiran<strong>do</strong>-se, em e^uida, <strong>do</strong> recinto sob<br />

de oal.u«?.s» A k suspensa. 3 por ser veriide,<br />

eu íiV.-^j asÍ£n«.<strong>do</strong> Secretario Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, para constar<br />

ir.vrôi a presente ao ta que vae por to<strong>do</strong>s assiánada. Rio de «Tu-<br />

neiro, vinte e três de Agasto de


2 a SESSÃO<br />

Ao* Tinte e tree de Agosto de mil noVeoentoe e vinte e<br />

tres as quatro e ateia hora da tarde, no Gabinete <strong>do</strong> Sr* Uinistro<br />

da Agrioultura, reuniu-se o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> trabalho, pre^<br />

sentes os Srs. kinistro Augusto O* Viveiros de Castro, Deputa<strong>do</strong>s<br />

Carlos de Campos, Antonio Vicente Andrade ieaeiih, Lifcuel Osorio<br />

de Almeida, Afrânio Peixoto, Raymun<strong>do</strong> de Araújo Castro, Carlos<br />

Gòmes de Almeida, Libanio da Rocha Vas, Gustavo Francisco Leite<br />

e Affonso Tole<strong>do</strong> Bandeira de liello. O Sr. Osorio de Almeida as-<br />

sumin<strong>do</strong> a presidência, declarou ousar fazei-o unlosmente em vir*<br />

tude de um dispositivo legal, mas que se sentia feliz em preva-<br />

lecer-se ds opporturidade para indicar para fazer psrte da mesa,<br />

os nomes <strong>do</strong>e Srs. Viveiros de Castro e Andrade Eezerrs,'.'.&s ímic-<br />

ções de Presidente e Vice Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Tra-<br />

balho, certo de que essa recommendsçSo seria recebida com agra<strong>do</strong><br />

por to<strong>do</strong>s os presentes* Os Srs, Viveiros de Castroe Andrade Be-<br />

zerra foram acclema<strong>do</strong>s respectivamente Presidente e Vice-Presi-<br />

dente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>* £m seguida o Sr* Osorio de Almeida pede ao<br />

Becretario Geral para convidar o Sr. Viveiros de-Castro que se<br />

acha momentaneamente fora <strong>do</strong> recinto a vir assumir a presidência.<br />

O Sr* Osorio de Almeida pesea & presidencia ao Sr. Viveiros de<br />

Castro que começa por sgradeoer a alta prova de confiança com<br />

que os seus collegas o honram escolhen<strong>do</strong>-o para dirigir os<br />

12


trabalhos <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>. Affiroa,- porém,.acceitar t§.o honrosa'in-<br />

vestidura, louvsü<strong>do</strong>- se na competência de seus oollegas, cujce-co-<br />

nheoiaentos de assumptos sociaes sSo a melhor garantia a aoçSo<br />

eonstructora e paolfica<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> novel» instituto. O <strong>Conselho</strong> terá<br />

que se imp&r pela imparcialidade de suas-decisBes, dietas pelo<br />

sentimento de justiça de seus membros que nas questões que 6e?ao<br />

chsmacios a se pronunciarem saberão se collocar selas das paixBes.<br />

2o seguida o dr».',Secretario Geral enaaje a bttençâo <strong>do</strong>s presentes<br />

para uma questBo que pela sua urgência, carece ser immediatemente<br />

levada ao conhecimento <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, visto tratar-se da i/wninenci*<br />

de um sério conflicto entre o pessoal e a Directoria da Leopoldi-<br />

na, devi<strong>do</strong> a Jisj:eirfc porque vem sen<strong>do</strong> feita a convooaçSo & assem-<br />

blêa gersl cos emprega<strong>do</strong>s ds asprezs para a eleiçSo <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> de<br />

Adminiatrsçfio tia. Caixa de Aposenta<strong>do</strong>ria e PensCes <strong>do</strong>s ierreviarios,<br />

freada em virtude <strong>do</strong> Deoreto n® quatro mil seiscentos e oitenta e<br />

àois de vinte e quatro de Janeiro ultimo, Em seguida o Secretario,<br />

Geral leu diversos protestos e reclemaçBea <strong>do</strong>s ferroviários solioi»<br />

tan<strong>do</strong> e. intervenção <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>* 0 Sr. Osorio de Almeida propâz<br />

que o <strong>Conselho</strong> delegasse podereo ao Secretario Cerai peia procurar<br />

ua entendimento com e Directoria da Leopoldina Railway, no senti<strong>do</strong><br />

de adiar as eleições até que-o <strong>Conselho</strong> possa se inteirar sobre a<br />

questSo* Bssa propouta é epoida. pelos Srs. Viveiros de Castro,<br />

Afrânio Peixoto, Carlos de Campos e Francisco Leite, O Sr. AndraUf;<br />

Bezerra, pede a palavra para, embora. secundan<strong>do</strong> o alvitre <strong>do</strong> Sr,<br />

Osorio de Al.Aeiçla, propôr que o Secretario Geral envie um tele&rew<br />

,aa a todas as flsprezas ferroviários para syndicar de que maneirt<br />

foi constituí<strong>do</strong> o <strong>Conselho</strong> de Administração ds Caixa de Aposentn<strong>do</strong>ris<br />

e Pensíes, devan<strong>do</strong> aquelles qué ainda n5o o tiverem feito aguardar<br />

promptas instrucçtJea <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>. 0 Sr. Csrlcs »le Cíu-pos pensa que<br />

a proposta <strong>do</strong> Sr. Bezerr* ler!» a forçs. de uu inqueritt? sobro a ma-<br />

neir* porque ve.a «ei.<strong>do</strong> organismo o <strong>Conselho</strong> Caixas. O Secreta-


io Geral lembra que a lei que creou ss Caixas sind«?. «5o foi<br />

regulamentada. O Sr. Araujo Castro affirma ter o <strong>Conselho</strong> tera-<br />

fe em func;- r : ... - _ , i p.-t . e - 5íCretc.ric- •' '.Vil<br />

F.io ae Janeiro, veinte o treo de Ar.ucio i? dil e novpc;j.:tos ^<br />

vinte três.<br />

14<br />

i >or to-.?-.*« •.


1a. COMPOSIÇÃO DO C.N.T.<br />

AUGUSTO VIVEIROS DE CASTRO<br />

CARLOS DE CAMPOS<br />

ANTONIO ANDRADE BEZERRA<br />

MIGUEL OSORIO DE ALMEIDA<br />

AFRANIO PEIXOTO<br />

RAYMUNDO DE ARAUJO CASTRO<br />

CARLOS GOMES DE ALMEIDA<br />

LIBANIO DA ROCHA VAZ<br />

GUSTAVO FRANCISCO LEITE<br />

AFFONSO TOLEDO BANDEIRA DE MELLO<br />

AFRANIO DE MELLO FRANCO<br />

DULPHE PINHEIRO MACHADO<br />

COMISSÕES MISTAS DE CONCILIAÇÃO<br />

Foram instituídas pelo Decreto no. 21.396, de<br />

12 de maio de 1923, destinan<strong>do</strong>-se a dirimir os conflitos<br />

coletivos entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res; organizam-se<br />

nas localidades ou municípios onde existam sindicatos de<br />

classe, conquanto possam ser criadas em lugares onde nâo<br />

existam sindicatos de classe, a juizo <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Traba-<br />

lho. Sob o princípio paritário, a sua composição varia de<br />

<strong>do</strong>is, quatro e seis vogais.<br />

15


-íf>'í.;l*r.íAÍ'^S y'--^-<br />

A U & ^ w ^ t « ^ ^ ^ / ^<br />

SUS&S:<br />

^íiV; t £ jü£x.<br />

17<br />

AíSrf yíí-ííí.SAíje<br />

«•.«^•tó. ^••-SJ&S


& M L<br />

0 / A * ' - t u . í^iía^at-fV» M-Vt-<br />

A ^ JL A»**<br />

/US& .4: Jb-GtíJl^j /a.<br />

^ ^ cr«íC ^<br />

^ h&JJL • s \


at^te.«.<br />

t^ips^í-k-còc..<br />

fiéç. sí^erf-e^-t^&j jj. -é si^Zd^. /Çte]<br />

JB_ era its-o^vex&i íáLfc-^aí^áSÍ^<br />

.Ki'- At. .í> rO yu^L^^&c^^-^tc'<br />

' t*- Í^U-fcô^W -Ai"- i^-íë.-<br />

f M<br />

i&X e A-<br />

19<br />

y


^U^^e^K^o , píz^^ r*- r-f^<br />

AJletÊüt £> 'Áatíi^/tt**. fí-x, ZZ^ÍíÊè-<br />

. fUxF s/a-? , .. CZp-Lt^-ist-f-eÇ ^íe^t, ctf<br />

tcx- .iC&e&ScMSz^ .<br />

j^U^tíWÈCj


JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO<br />

Instituiu-as o Decreto no. 22.132, de 25 de no-<br />

vembro de 1932, para dirimirem questões de trabalho en-<br />

tre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res que não afetem a coletivi-<br />

dade a que pertencem, isto é, conflitos individuais. Podiam<br />

ser criadas a requerimento de qualquer sindicato por muni-<br />

cípios nos Esta<strong>do</strong>s o freguesias no Distrito Federal, compo-<br />

sição igualmente paritária, isto é, <strong>do</strong>is vogais.<br />

O número de Juntas variava a critério <strong>do</strong> Gover-<br />

no, eram criadas pelo Presidente da República, de preferên-<br />

cia, nos municípios das capitais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s; na ausência<br />

de Juntas caberá aos Juizes de Direito o conhecimento das<br />

questões trabalhistas.<br />

JUSTIÇA DO TRABALHO<br />

Organteou-s o Decreto-Lei no. 1.237, de 2 de<br />

maio de 1939, cumprin<strong>do</strong> o artigo 13® da Casta Política de<br />

IO de novembro de 1937, para dirimir os conflitos oriun-<br />

<strong>do</strong>s entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res regula<strong>do</strong>s na legisla-<br />

ção social.<br />

Sua administração estava a cargo <strong>do</strong>s seguintes<br />

órgãos e tribunais: a) Juntas de Conciliação ® Julgamento e<br />

os Juizes de Direito; b) <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;<br />

c) <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ( Câmara de Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> ).<br />

21


ATà KxT^XHÁ 3iSS3Ã0 ?L£NA ORDINÁRIA DO<br />

COHSàLHO KACIOMftL DJ ^wi&vIHO<br />

Aos <strong>do</strong>is alas <strong>do</strong> mes <strong>do</strong> maio de mil novecentos e quarenta<br />

e um, r.a sala de sessões <strong>do</strong> Cons-elho Nacisnal <strong>do</strong> trabalho, as ouator»<br />

se horas e trinta minutos, sob a presidSncia âo senhor ioutor ri&r.cls<br />

•o 3arbcsa de Rezende, Presidente i;. í.ôsaio Zcnselho, e com a presen-<br />

ça <strong>do</strong>s senhores conselheiros Raio.unio de Araujo Castro, Luiz -'»er.-os<br />

aibeiro Gonçalves, nbelardd Uarluho, Antonio Sarcla de Mranáa Neto,<br />

Cupertino de ausxão, 3eralJo Augusto de Faria 5atista, JüSv >iur*.e<br />

?ilho, João Villasboas, Oalus kotta, áebastia? :..oreira de A2evfeà5,«.l-<br />

jerto Surek, Fernan<strong>do</strong> ae Andrs.<strong>do</strong> Samos, Luiz Agusti ua jrfcnça, ..tr-<br />

oca Carneiro íe Len<strong>do</strong>n.a, Nelson Pròcopio ãe oovsa i âaluatiaao ife Ls<br />

nos Lessa, <strong>do</strong>s Procurãácros Gerais, <strong>do</strong>utores Joaquin. Lto.';el de Ãezer.-<br />

áe Alvim, da Previdência Social, e De.dato da Silva vala Pilho, da<br />

Justiço <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e <strong>do</strong> secretário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, Ubyratan Luis de<br />

Valriont, realizou-se a primeira sessão plena ordinária <strong>do</strong> Concelho :ia<br />

cional <strong>do</strong> Crabalho e sua nova fase. Haven<strong>do</strong> núnero legal, o senhor<br />

Presidente declarou abertos os trabalhos, ^ue foram públicos e assis-<br />

ti<strong>do</strong>s per diversos convida<strong>do</strong>s, representantes de associações sindical^<br />

patronais e trabalhistas, represejnates da indústria e ao ojmércio, e<br />

peiso&s gradas, ten<strong>do</strong> proferi<strong>do</strong> seguinte discurso, d... -iue salientou<br />

o valor histórico da Justiça io <strong>Trabalho</strong>, cujo tribunal finstala-<br />

<strong>do</strong>, r.a véspera, dia primeiro de :naio, pelo senhor Presidente da repú-<br />

blica, em to<strong>do</strong> o pais, oongratulan<strong>do</strong>-se oom o Soverno pela realizarãtf<br />

de uma das .-lais legítimas aspirações das classes trabalhistas e pro-<br />

dutoras <strong>do</strong> paiz, coa os membros da Comissão Especial da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, pelo bom temi no <strong>do</strong>a trabalhos *ue lhes fora.-n cometi<strong>do</strong>s, e<br />

agradecen<strong>do</strong> a colaborarão eficiente <strong>do</strong>s funcionários iue auxiliara:c<br />

os árduos trabalhos da mesma Comissão:"Haven<strong>do</strong> nú-.-.tro legal de conse-<br />

lheiros, vou abrir a sessão <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ::*rsi inl<br />

ciar us respectivos trabalhos, e.r, virtude da resolução io senhor ère-<br />

siior.te da r.eoúolica ueclaran<strong>do</strong> -?:jtem instalada e:. to<strong>do</strong> olfir^siíi $s<br />

22<br />

f r t i M '


Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, i'o<strong>do</strong>s vós assististes a extraordinária manif9s<br />

tação }ue lhe fizoram por es$a ocasião os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil,<br />

entusiasma<strong>do</strong>s com esse ato áe canta importância para eles, com que<br />

Sua Excelência resolveu comemorar o dia festivo <strong>do</strong> trabalho. Havia<br />

muito vinha Sua Excelência cogitan<strong>do</strong> dessa irunde obra que VÁ de


Oo.Tieçou pdiuono, aa Prava -a .-.epúslica, r.ur. edifí oscila, jhadc » tfto-<br />

^esto, vas Cimeçou oonatítui<strong>do</strong> usi verdadeira* nç^ácilidades, de r.t>-<br />

•.iens <strong>do</strong> .:.úlor saoer Integridade, sacer Jurídico e t&cnico, "aia co-<br />

-\o: flvslv:z úe Castro, >>6 to<strong>do</strong>s vós cohhec-:Í3, ministro <strong>do</strong> Supre .to<br />

Tribunal ye-úeral, Ministro <strong>do</strong> Tribunal de Coutas, ProfeJáor de Direi<br />

to e autor de livros preolosíosl:aáaj Ataulphc úe Paiva, aajistrsiio<br />

.2 carreira, depois ministro d.- Supremo Triour.al lederal, administra<br />

ijr emérito,ar. <strong>do</strong>s imortais da nossa ilustre Acade-.nia de Letras ;...arij<br />

3.9 Ar.drade He.ir.os, nflolal ie .r.arinha, engenheiro <strong>do</strong>s y.stLs AQâiküoz,pro<br />

fo.çsor, industrial, financista, .uirr.ir.istriior ie lar iesocfrtlr.io;<br />

lavares bastos, c.ntinua<strong>do</strong>r ia norr.e sloriosoj l^eoiato .».aia, estu-<br />

dioso das questões sociais, av.t;">r de obra? sobre ostas, *.e r.arcads.<br />

valia, legisla<strong>do</strong>r e atualmenta i-rocura<strong>do</strong>r Seral <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, i-stts.<br />

fora.» os seus ilussres presidentes, tiS.* eraa; n.enos ilustres a<br />

membros *ue o coropuíJian., bastan<strong>do</strong> para mostra-lo 1 entrar os notada i'-<br />

*ndraie Bezerra, ^;ello Franco, Curlcs de Campos, Viilaboitn, AOSÍ-H<br />

jzorio ue Almeida, «franio Peixoto, Desembarga<strong>do</strong>r forais jar.i.cnto,<br />

,;onl evade, ciranda Valverde, ?rad> Lopes, aomes .e .*.lr.eiia, Ludtlf,<br />

Carlos se Figueire<strong>do</strong>, Sçrvueira Lima e Oliveira bastos. 'Jetti te^ue-<br />

r.a or-anizaçao, assi.n jonstituida, não podia deixar surgir,<br />

.RUIS 'IÍIO OU .-.ais tarda, -.VRI uutra NO . ÍUS .-»oldes -IUE A OOIR.pl*TAA--*<br />

•o tomasse definitiva, surgiu oom a sreâ.^ão dt, <strong>do</strong> _rs.ba<br />

lho, jU? acqoa de 4ev ir.ausurada. Hoje, nix.-.a s-pooa o .-.o a ;ue eaia-<br />

nos atravessan<strong>do</strong>, cujas desgraças não 4Uero rememorar ... •r.i.e usria<br />

desagradável e impróprio, vewos entretanto os trabalha<strong>do</strong>res -o bra-<br />

sil, ca pi ena 11'irtj'dade, ho.-nen.H^ear o Jxcelentíihirio .-snhor /rcai&z.<br />

5e ò.» hepuWlcft, ei regozijo /elw festtf. du <strong>Trabalho</strong>, co.s» ta-<br />

;.Õ4-s ;:*.3dpcionalíaslotas, f.raaurin<strong>do</strong> a sua i.-ren^a felicidade r-cr st<br />

ac:'.wre;. protegi-uos :or JJÍ legisla<strong>do</strong> .«ue lhes outorga ^rwides uer.b-<br />

fíoios, a^wdgui^&oa aodiante Justiça rápida e sircplès : a .r.aior ti * segurada :ue to<strong>do</strong>s os o Jm?or.»nte$ \less« Jus ti yt>, -js<br />

; s «vriiioriâ procura<strong>do</strong>res, -z i-y<br />

. VJ^.IE .i^s Je J.-i.^iliníão $ w.-.o,<br />

24


seus dsveres, saberão corresponder a confiança que lhes dispensou<br />

o eminente senhor Presidente da Repúalioa, com a sua nomeação, sabe-<br />

rão honrar oompromicso assumi<strong>do</strong>, pon<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o seu esforço, toda a<br />

sua oapacidade, toda a sua dedicação no desempenho ias suas funções,<br />

p6.ru que ela corresponda aos seus fins, tão ,.erfsi tamsnte, que se<br />

torne -jtm verdadeiro paradigma, um Justo motivo de orgulho nacional,<br />

um atesta<strong>do</strong> brilhantíssimo de sabe<strong>do</strong>ria o ca^aci^ade <strong>do</strong> Qoveruo alta<br />

..or.ce patriótico que dirige o- Paiz,propulsor da sua grandeza e pros-<br />

peridade .Como brasileiro e presidente da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> prometo<br />

e afirmo "jus tu<strong>do</strong> farei coo: c. asjiimo das minhas forças e -ia minha.de<br />

dicação ..ürs que ela aeja tão perfeita quar.to I possível a perfeijão<br />

das oousas humanas>?ai'a que corresponda as esperanças das várias cia<br />

cea trabalhistas a que va- servir,para :.ue se imponha no seu respei-<br />

to e admiração.Poderá hav*r erros na sua execu;Io, apesar da olarese.<br />

<strong>do</strong>s regularei:cos <strong>do</strong>s deeretos-lei que a oriara;T., fpezár das iustru-<br />

yõe8 e formulários rropara<strong>do</strong>s por una Comlssã? especial de tecr.icíc<br />

z.-s úi&ls perfeitos, mas os recursos previstos r-sstafcelecerão a ver-<br />

iáde, 3 direito por ventura viola<strong>do</strong>. Justiça se fará. '£, se fará em<br />

r:c o brasil, .^nda, de acor<strong>do</strong> oom í pen3aT.çr»zo e & sábia orientajso<br />

nosso grande Presidente - i senhor <strong>do</strong>utor aetulis Vargas, já co-<br />

meçou a funcionar, cos; toda a solenidade, In ena o júbilo e entusias-<br />

mo. Oonsld^ro pois, - ôenhor^s - v. parsbens o San se lho M&oi srval <strong>do</strong><br />

"'rs::lho,porque vai desetnpttüi&r a sua rrtissão, eu:-i.,rir o .íeu cevar,ser<br />

vir as classes trabalhistas i-) Irasil, ss v-ais saberão reconhecer<br />

apluüir i sue. dedicação, cc-.to ata a^ui tenho obssrvu-<strong>do</strong>. ilas süc<br />

principal *ld-.ae:ito is. nosia wrandeza e prosnerids^e, w elas -"uito<br />

ieve:..os * ^or elas tu<strong>do</strong> devenos faaer, faz i sevihor rreai<strong>do</strong>nto<br />

da .-.epuolica, *ue lhes tom outorga<strong>do</strong> . s .*jai?res benefícios e as tor-<br />

na<strong>do</strong> felizes, st òua íSxcelência,to<strong>do</strong> apoio,toda aedica?ão»3i'.ia<strong>do</strong>s,<br />

3 3r.h3ros,;ela sua sabe<strong>do</strong>ria., feita <strong>do</strong> acura<strong>do</strong> es tu«o * experls.icia e<br />

.ali sua lúcitla inteligência, jiavômos ne cfcejar ac apo._.e>u, i.aveuos<br />

ia roa tornar grandes e fortes, pois dv, dia para dia .»%!r çvisce fe<br />

.rs autcrlâade sstõdista <strong>do</strong>s mais notáveis .-ent^e os Piores da<br />

èuaj Lccelanoia, todas as hoitienajens.^;rgaiio-jiDe,pois, e<br />

25


saudemos ooti uma grande salva de palmas e um expressivo"viva", em ho<br />

menagem às suas virtudes e aos Imensos serviços presta<strong>do</strong>s ao Brasil.<br />

Viva o senhor Presidente da Republicai (Palmas). Sm seguida conoeieu<br />

a palavra ao conselheiro, representante <strong>do</strong>s 6.r.prega<strong>do</strong>s, aeflíior Ouper<br />

tino de Ousmão 4ue pediu fosse consigna<strong>do</strong> em ata to<strong>do</strong> o regosijo <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res brasileiros pela instituição, ao Brasil, da Justiça im<br />

par, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, oongratulaa<strong>do</strong>-se ©om o senhor Presiden-<br />

te e demala conselheiros pelo papel de deataque e -e relevo que vai<br />

ter na política social e nacional o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> cc<br />

mo cúpula suprema da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e PrevldSaoia Social no Sra<br />

ali, pronuncian<strong>do</strong> o seguinte disourso: "Peço a palavra. Senhor Pre-<br />

sidente, senhores conselheiros, como representfflte <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s nes<br />

te <strong>Conselho</strong>, em meu nooje e no de meus oolegas, desejo que seja con-<br />

signa<strong>do</strong> na ata de nossos trabalhos de hoje, to<strong>do</strong> o regosijo <strong>do</strong>s tra-<br />

balha<strong>do</strong>res braailelroa por este ato profundamente »ooial, que 3...<br />

Sxoia. o senhor Presidente da Rapúbllca acaba de praticar lnstiuln-<br />

<strong>do</strong> no Brasil Justiça ímpar, a justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Sste ato <strong>do</strong> se -<br />

nhor Presidente da Repúbliea, senhor Presidente, vem enriquecer, ain<br />

da mais, a lista de medidas de proteção ao trabalha<strong>do</strong>r, política que<br />

tão oea caracteriza a trajetória governamental de S.Exoiar AO mesmo<br />

tempo, quero oongrafcular-me oom V. Sxoia» e com os iluatreo oolegts,<br />

pelo papel da destaque e de relevo que Tal ter na política soolal na<br />

ctonal o <strong>Conselho</strong> Naoional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, como oúpula da Justiça <strong>do</strong> T2t<br />

balho 9 Previdência no 3rasil. Senhor Presidente, essas breves pala-<br />

vras que profiro neste momento em meu nome e no de meus colegas,ter-<br />

mino fazen<strong>do</strong> votos e esperan<strong>do</strong> mesmo que o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Tra-<br />

balho, na sua ardua e.eleyada missão d« pratioar e'administrar a Jus<br />

tiça trabalhista e de prevldenola no Brasil, tenha sempre a orientá-<br />

lo o espírito de Justiça a humanidade que deve presidir os atos <strong>do</strong>s<br />

homens publloos." (Palmas), Com a palavra o senhor conselheiro João<br />

VillasbSas, coi.gr a tuia-se também, com o senhor Presidente da Repúbli<br />

ca s com o povo brasileiro, pelo ato da instalação da Justiça <strong>do</strong> Tra<br />

balho, que veiu concretizar em realidade a aspiração nacional e o so<br />

nho <strong>do</strong>s constituintes de trinta e luatro, iue estivaram aJjOarta de<br />

26


ieeesseis ie Julho. Ressalta ainda que a confirmação <strong>do</strong> senh>r Pre-<br />

sidente :Ts»noiseo Barbosa .1* Aesenie r.a presidência <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> de-<br />

monstra ti i nflr.r.a a opinião * o critério o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> s toda Mação formam sobre os .=ete anos de sua - estão, pois<br />

ve;v cnduzin<strong>do</strong> cor. saber, -iedicação, int«li_ência e patriotismo oa<br />

trabalhos -esta Casa, fazen<strong>do</strong> de aada conselhôiro naia que um compa-<br />

nheiro, um a-nijo. For ar. as seguintes, as palavras <strong>do</strong> conselheiro Vil<br />

lasboasj "Senhor Presidente, aenhorvs conselheiros. *uero enviar da-<br />

qui, necte momento, ao povo brasiloiro as »tinhas congratulações e a<br />

S, «ixcia., o senhor presidente da República, os meus respeitosos o\a<br />

?ri:\cntos ;ela instalação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no Brasil* S.Sxoia,,<br />

o senhor presidente da República, com esse ato, acaba de concretizar<br />

em realidade, uma das maiores aspirações nacionais, um sonho <strong>do</strong>s<br />

constituintes de mil novecentos e trinta e quatro, -iue o escreveram<br />

na Sarta de dez.b^eis de Julho} e o fez, senhor Presiàente, de for-<br />

.r.a a servir aos interesses <strong>do</strong> Brasil, tornan<strong>do</strong> essa Justiça um ór-<br />

gão de equilíbrio er.ue.. e.-r.c rega<strong>do</strong> e o emprega<strong>do</strong>r, fazen<strong>do</strong> & inter-<br />

venção <strong>do</strong> poccr público para òirinir a5 contendas que stírjam entre<br />

patrão e smpre.-a<strong>do</strong> - contendas que, no passa<strong>do</strong>, se traduziam r.as gre<br />

ves, v>e ião penosamente repercutiam na economia nacional e r.a econo<br />

-ia privada. Organizada essa Justiça *.al como está, formada de ele-<br />

mentos -:u6 vêm de todas as classes trabalha<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> Brasil, <strong>do</strong> capi-<br />

talismo e <strong>do</strong> operaria<strong>do</strong>, representantes de emprega<strong>do</strong>s e de omprega-<br />

iorôs, representantes -io. poder público e representantes 5a intelec-<br />

tualidade brasileira, ela procurará fa:er o equilíbrio peTfeito e<br />

'.ir.ocro er.tre os interessea duas elasses que concorrem para a<br />

f^rr/açã") da riqueza r.sci:nol. £le se afasta, senhor Presidente, 4e,a<br />

.:c:cr,£a ia Justice cor-um; ela ccníiitue r.*? Justiça de excep;So,<br />

..-.is .i-.ia Justiça a parte, cuja certesí. e convicção <strong>do</strong>s v3re: : i?tu.-is<br />

r.Z: s.-e apoia, nas _ arar. t; as que nascei oa Cor «t.itui-çãe ou das. leis ,<br />

sr.j.s {T^rsoitias da formação nora! de cada vk <strong>do</strong>s Juizes<br />

.ue aqui se assuntar-, rentre grandes serviços <strong>do</strong> senhor ?resi.c:.*í<br />

te Sotullo Varria, sv tene^^io nacional, $5'cã, pois,**.<br />

2> .r ! .r»eiro l'.;*í»r, « or-fô " isste ;>od-r. i., não yicio, r.enh -ir<br />

27


Präsident©, concatenar qualificativos para tecer panegíçicos à ação<br />

governamental <strong>do</strong> senhor Getúlio Vargas, porque ccais alto que to<strong>do</strong>s<br />

os adjetivos, falam o entusiasmo <strong>do</strong> povo pela obra de 3. Exoia., e a<br />

gratidão nacional. Aproveito, senhor Presidente, a oportunidade de «<br />

tar com a palavra, para tanfcem congratular-me com este <strong>Conselho</strong> & t-<br />

presentar os meus cumprimentos a V.Sxcia., pela confirmação de V....<br />

2xoia. na presidência desta Casa*. Esse ato <strong>do</strong> senhor Presidente ca<br />

República demonstra e confirma a opinião e o critério que<br />

o Coruelho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e toda a Kação que acompanha a ação<br />

de V. j&cia», lhe reconhecem, pois, que durante estes anbs V. £xcia,<br />

vem conduzin<strong>do</strong> com saber, dedicação, inteligência e patriotismo os<br />

serviços desta Casa. V. Escia., fez de cada um <strong>do</strong>s conselheiros,mais<br />

que um companheiro, fez um amigo; e estou certo de que -.odes se sen-<br />

tem sacisfeitos de oontinuar seus trabalhos sob a presidência de V.<br />

anciã. 11 (Palmas). Com a palavra o senhor conselheiro Ribeiro Gonçal-<br />

ves, em longo disourso, disse que, com a Jusclça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, criou-<br />

ce o indispensável órgão de equilíbrio entre .s emprega<strong>do</strong>s e empre-<br />

ga<strong>do</strong>res, assim se manifestan<strong>do</strong>»"àenhor Presidente, Encre ÉS festas<br />

oomemoratlvas <strong>do</strong> dia de ontem, dsstaca-se, com acentua<strong>do</strong> orilho e slg<br />

niflca-ivo relevo, a concentração operária no Estádio <strong>do</strong> Vasco da 3a<br />

ma, onde 3* Hxcia., o senhor Presidente da República declarou insta-<br />

lada a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. A Instituição desde multo reelaaada por<br />

patrões e emprega<strong>do</strong>s, aparece no momento oportuno, não oomo una con-<br />

cepção teórica a ser experimentada, mas como deoorrencia de elabora-<br />

ção cmoiente e realística, ao curso da qual se procurou sentir e a-<br />

preander o fenômeno social brasileiro, nos seus múltiplos e varia<strong>do</strong>s<br />

aspectos. Resulta de apreciação prolongada e cuida<strong>do</strong>sa das condições<br />

em que a tividada das classes se exercita, refletin<strong>do</strong> a própria viaa<br />

naolonal. órgão de equilíbrio, er> que se articulam, em estruturação<br />

bem definida, elementos de ação corretora pronta e eficaz, a Justiça<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, tal oomo está concebida, nao representa uma solução ie<br />

empréstimo, simples imitação di que alhures se há feito. Surg« c^nc<br />

consequênoia e não oomo antecipação preoipltada, á em verdade, a ccr_3<br />

amento logloo da legislação social brasileira, oonstrução notável<br />

oongraçamento, valorização e previdência, inspirais» nk>$ fsi& altos<br />

D<br />

28


sentimentos de solidariedade. Com efeito, enquanto, noutros paizes,<br />

as reinvidicaçÕes proletárias nã^* se fazem se» lutas porfiadas e,<br />

não raro, cruentas, o governo <strong>do</strong> eminente senhor Getúlio Vargas, ocn<br />

cilian<strong>do</strong> interesses em aparência oontraditórios, vencen<strong>do</strong>, sem cho-<br />

ques, os obstacplos ír.&iüres e harmonizan<strong>do</strong> antagonismos, oonseguiu<br />

transformar, de parte a parte a desconfiança em compreensão, e, oom<br />

fundamento nos altos princípios de çquanliüiaãs, pode <strong>do</strong>tar o paiz das<br />

instituições e das normaa destinadas á regulamentação <strong>do</strong> trabalho e<br />

i proteção e assistência <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r» %uero,por isso, senhor Pr^*<br />

sidente, no júbilo desta hora, juntar minhas palavras ás de meus 00«<br />

legas nas oongratulaçÕoa a V.Sxoia., e nos aplausos e louvores ao a-<br />

to <strong>do</strong> Exm* Sr. Presidenta da República e à personalidade ilustre <strong>do</strong><br />

senhor Waldemar Falcão, principal oolabora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Governo, nesta obra<br />

profundamente humana, oheia de sadia brasilidade, que o Ministério<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> vem realizan<strong>do</strong>"• Bm seguida falou o senhor Conselheiro<br />

Ozéas Motta, representante <strong>do</strong>b emprega<strong>do</strong>res, que se congratulou com<br />

o senhor Presidente da Republioa e com o senhor Ministre <strong>do</strong> Irabalhc*<br />

Indústria e Comércio, pela instalação deste Con.elho, que vem de ser<br />

constituí<strong>do</strong> em cúpula da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, fazen<strong>do</strong> a conciliação<br />

entre o oapltal e o trabalho, com as seguintes palavras: "A pedi<strong>do</strong><br />

de oolegas das instituições emprega<strong>do</strong>ras para dizer algumas palavras<br />

sobre a instalação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, ex. sua nova fase, que lhe<br />

dá o caráter de supremo tribunal'trabalhista, os emprega<strong>do</strong>res aqui<br />

representa<strong>do</strong>s pela minha humilde palavra, congratulam-se com o sentar<br />

Presidente da Kepúblioa e o senhor Ministro d^ <strong>Trabalho</strong> pela instala<br />

çao deste <strong>Conselho</strong> que vem de ser a cúpula da Justiça <strong>do</strong> Irabalho,<br />

í&sQn<strong>do</strong> a conciliação entre o capital e o trabalho. É de salientar,<br />

neste momento,senhor Presidente, como aliás já tem siao feito pelas<br />

maiores autoridades <strong>do</strong> paiz, noutras ocasiões, a atitude <strong>do</strong>s empre-<br />

ga<strong>do</strong>res na elaboração da legislação social brasileira, üles têm da-<br />

<strong>do</strong>, to<strong>do</strong> o seu apoio; nenhum embaraço tem oposto a esta raillzação<br />

humanitária. E essa cooperação conooj-rera para que se checasse sor.<br />

\ ,<br />

esoolhos, sem- impecilhos, egi boa paz a situada? de h.ije, a esta realidade<br />

;:iial^J[Aaa\que é a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, c.ir. es - '- irio«nal - o<br />

29


<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - que é a sua cúpula. Os emprega<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> Brasil, senhor Presidente, .deram .una demonstração ao mun<strong>do</strong> de que<br />

não quere,r. explorar o trabalhoao contrário, uesejaia antes a coope-<br />

.ração, porque, corao bem disse, ontem, o senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

o capital deve concorrer eia paralelo coe o trabalho, o esforço úe ca<br />

da cidadão» Os emprega<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil tem aceita<strong>do</strong> todas as leis tra<br />

balfaiatas, cora a melhor boa vontade e nstor cooperação, concorren<strong>do</strong><br />

mesmo para a sua elaooraç&o, como representstes seus nas comissões<br />

que se tem organiza<strong>do</strong> para esse fim. Penhor Presidente., todas estas<br />

palavras de reconhecimento <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res e de regosijo pela ins-<br />

talação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> r.a sua última fase, eu desej; dizer<br />

que os emprega<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil continuam a confiar na Justiça d: Tra-<br />

balho, -anuo o direito a queai tem, afim de que não haja o desiquilf-<br />

brlo econômico e haja o apoio aqueles que necessitam para viver. As-<br />

sim, senhor Presidente, ou me oongratulo oom o senhor Presiden.= ia<br />

Repúolica, com o senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, com V. &xoia., e coit<br />

os trabalha<strong>do</strong>res que são os grandes obreiros ^a economia nacional,<br />

pela instalação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> de que sou uma pequena partef.<br />

(Palmas^* Com a ;.alavra o senhor ooneelheiro Miranda Keto, e.:. no,-r.e<br />

<strong>do</strong>s senhores representantes <strong>do</strong> ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, neste Conse-<br />

lho, manifestou desejo de -jue fosse consigna<strong>do</strong> em ata a satisfação<br />

de to<strong>do</strong>s os c.nsclhelros, ..ela estruturação definitiva da Justiça<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> que vem, r.So preencher uma lacuna, porque já existiu es<br />

sa Justiça, ^.as organizar 0 dirigir melhor esse instru^vnto de paz<br />

social e progresso <strong>do</strong> Brasil, pedin<strong>do</strong>, ainda, fosse consigna<strong>do</strong> em<br />

ata a gratidão ao senhor Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Kacional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

àoutor Francisco Barbosa de nezen<strong>do</strong>, pela maneira aJWrw«£ cor. ^e tem<br />

condt-zi<strong>do</strong> >s craii-ilViOâ nc3ts tribunal e o preito de hoir.ena^ôa aos<br />

senhor-js presid-ínta. áa Hepública e i>;inistrp <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a ^ueic tan<br />

to devem os w*balhaiores d;< Brasil,. . que vale diger, o proprio<br />

Brasil, oonfox':ne as ;ulã.vr»s ceguem :"ür. nome <strong>do</strong>s representantes<br />

<strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> deste Oonsslho, também desejo que fique<br />

consignada e,u ata, a nos^a alegria Leia estrutur tiva ia<br />

30


Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> qua ver. não preencher uma lacuna, porque nos já<br />

tínhamos tal Justiça, mas organizar e dirigir melhor esse instrumen-<br />

to de paz social e progresso <strong>do</strong> Brasil, 0 problema das relações en-<br />

tre capital e trabalho é velhíssimo problema e o Presidente da Repú*<br />

blica soube aproveitar a força imensa que existia em <strong>do</strong>ta setores,<br />

dirigi<strong>do</strong>s um contra o outro, fazen<strong>do</strong>-os apenas mudar de direção ide<br />

abtagõnicaa, torr.aram-se paralelas, dirigidas para o alto essas for-<br />

ças extraordinárias <strong>do</strong> capital e trabalho reuni<strong>do</strong>s, levantan<strong>do</strong> o n o-<br />

me <strong>do</strong> Brasil e o próprio Brasil para futuro molhor. 0 problema soci-<br />

al, senhor Presidente, um <strong>do</strong>s graves problemas que assoberbam o mun-<br />

<strong>do</strong>, e no fund:, culpa<strong>do</strong> de quasi tolas as evoluções e involuções da<br />

Eist-'ria, vs tá sen<strong>do</strong> resolvi<strong>do</strong> entre nós de mo<strong>do</strong> admirável; procurèu<br />

o lente ia Kepúolica Sxr.i* senhor GetulJo Vargas, manter a tra-<br />

dição braeileira, aproveitar os tesouros <strong>do</strong> oondade e dedicação q^e<br />

há no eoração ae to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil, fazan<strong>do</strong>-Jhes com-<br />

preender -que não pode haver lutas de olasaes em um paiz como ; noss«q<br />

na fase ascendente de sua trajetória. Deu-lhes, o &cm fl senhor Presi-<br />

dente da República o que am outros lugares só se obtam com sangren-<br />

tas revoluções. Tiveram a sua previdência organizada, esta ma^nífioa<br />

previdência social, seu regime de trabalho .-e^ulawents<strong>do</strong>, suas condi-<br />

ções de higiene estabelecidas, sua Justiça de <strong>Trabalho</strong> Iniciada. E,<br />

ontem, neste dia primeiro de maio, que ae oonvenclonou em to<strong>do</strong> o mun-<br />

<strong>do</strong> aer o dia <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, deu-lhe a o Ebcm* senhor 3e túlio Vargas,<br />

finalmente, esta organização pollforme e múltipla, que abrange to<strong>do</strong><br />

o território nacional e condua todas as questões soclaia que afetem<br />

o trabalha<strong>do</strong>r brasileiro para a solução Justa e sobretu<strong>do</strong> lógica,den-<br />

tro de uma técnica perfeita, -iuero, pois, senhor Presidente, que em<br />

nome <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> fiquem consignadas<br />

em ata não aó a nossa alegria pela instalação desta nova fase <strong>do</strong> Con-<br />

selho, nas a noasa gratidão a V* Excia«, pela janeira admirável com<br />

que tem conduzi<strong>do</strong> os trabalhos'neste tribunal, principalmente, o nos-<br />

so preito de homenagem awa üxmoa. Senhores Presidente ia Republica e<br />

Ministro A-> <strong>Trabalho</strong>, a que-', tanto devem to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

Brasil, erapueçacftja d emprega<strong>do</strong>rea, o que vale dizer o próprio Brasil?


(Palmas). O senhor conselheiro Abelar<strong>do</strong> Perinho, então diz jue cons-<br />

ta <strong>do</strong>a anais da Constituinte, de trinta e três e trinta e q»u.tro,urna<br />

deolaraçao graciosa, que não pod* deixar de ser lembrada no momento<br />

em que o órgão supremo da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, no Brasil, inicia suas<br />

relevantes atividades, centro da ordem eatabeleoida pelo Ooverno;é<br />

\un <strong>do</strong>cumento que como reputa<strong>do</strong>, fez inserir nos anais <strong>do</strong> Congresso<br />

brasileiro e contem o rol das reivindicações <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, não<br />

reivindicações políticas o <strong>do</strong> classe, uits reivindicações *<br />

uma nova ordem ecj;;-:.r.icu a social, e.\ .j ^í-o.l-iina du trabalho ocu-<br />

pava a parte principal. Diz, ainda, que, graças ao esforço, vontade<br />

e perseverança <strong>do</strong> senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, 4ue e o flhefe <strong>do</strong> esta-<br />

<strong>do</strong> maior <strong>do</strong> setor trabalhista, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> tomou o *eu ver-<br />

dadeiro rumo o sua verdadeira forma. Por esse motivo pede a^s seus<br />

colegas conselheiros uma manifestação especial ao i-.iiii«iv<br />

lhopque à aceita .ei; «si?hor - Presidente, » »-.loa -iamais cor.ielhol-<br />

rod. 83tas as palavras <strong>do</strong> conselheiro Abelard;» j.arinhot n i«a ho-<br />

ra em que o órgão supremo da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> inicia atividades<br />

tão relevantes quanto auspiciosas, vem-me á lembrança notável <strong>do</strong>cu-<br />

mento que, quan<strong>do</strong> deputa<strong>do</strong> das profissões liberais, fiz inserir nos<br />

anais da Constituinte de mil novecentos e trinta e quatro. Trata-se<br />

•ae uma comunicação que, nos ultimo» dias de datembro ie mil novecen-<br />

tos e trinta, o então capitão Chrlstiano Buys, em nome <strong>do</strong>s revolucio-<br />

nários das jornadas cívicas de -mil novecentos e vinte e <strong>do</strong>is a mil r.o<br />

vecentos e vinte e seis, entregou ao chefe da revolução que viria a<br />

explodir alguna dias mais' tarde, a três de outubro, seguinte. 0 valo-<br />

roso e brilhante oficial <strong>do</strong> nosso Exéroito passou às mãos <strong>do</strong> serúior<br />

Jstulio Vargas, presidente ao Rio Orande <strong>do</strong> Sul, arrola<strong>do</strong>s como numa<br />

resenha susointa, as reivindicações los seus ir.nãos de ideal 5 lutas.<br />

Mes vésperas <strong>do</strong> movime.ito, um "leaisr" djs antigos revolucionários,<br />

devidamente autoriza<strong>do</strong>, confiava a quem de dever, o maior credenci-<br />

al <strong>do</strong> idealismo e da sinceridade <strong>do</strong>s seus -tenazes oonpanheiros: um<br />

programa de reivindicações, i de notar que entre tais reivirdi^Õoa,<br />

divulgadas .,«la imprensa lc«o a;.óa o movimento, jHrelevar, as<br />

'o caráter econômico e joci»2, ..urtre ;<br />

32


•lha<strong>do</strong>r conetituem a maior parte. Prezo-me dc direito que tenho de ser<br />

oonti\<strong>do</strong> entre os aludi<strong>do</strong>s revolucionários, outrora chma<strong>do</strong>s "revolu-<br />

cionários de julho*. Deles sou desde a primeira hora, e ainda conser<br />

vc comigo > calor e a pureza <strong>do</strong> ideal patrlotloo e humano que os ocn<br />

duziu à vitória. Integra<strong>do</strong> nesaa corrente, sempre me foi possível<br />

traduzir, com fidelidade, o espírito revolucionário, tão injustamen-<br />

te malsina<strong>do</strong> em certa época, mas cuja sincera veneração pela pátria<br />

e pela Republica se vem demonstran<strong>do</strong> n% magnífica colheita <strong>do</strong>s fru-<br />

tos que semeiou. Como interprete <strong>do</strong> penssnento <strong>do</strong>s pioneiros <strong>do</strong> Bra-<br />

sil novo, tive a honra de levar ao seio da Constituinte muitas pro-<br />

posições es?, que se concretizavam aspirações legítimas revolucionárias.<br />

Dentre essas, a emenda relativa á Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que apres&n-<br />

tel IOJÍC no primeiro turno <strong>do</strong> projeto da Constituição. ?oi a única<br />

Mue apareceu nessa primeira discussão, Honraram-me com o apoio de<br />

suas assinaturas, trinta e seis deputa<strong>do</strong>s, na maioria egressos <strong>do</strong><br />

Clube três le outubro. Alegra-me referir os nomes <strong>do</strong> nosso oolega ^<br />

berto Surek, <strong>do</strong> nosso ex-colçga Deodato Kala, eminente Procura<strong>do</strong>r<br />

deste <strong>Conselho</strong>, que nos distingue oorc a sua presença, Quanto nos é<br />

grata, senhor Presidente, esta evocação: vermos realiza<strong>do</strong> aquilo qpe<br />

idealizámos, que muita gente ohamou de utopia e mesmo teatralidacel.<br />

-Vermos realiza<strong>do</strong> OORI aplausos gerais, oom louvores ate <strong>do</strong>s que nos<br />

combateram e contra nós votaraml Vermos realiza<strong>do</strong> e nos acharmos in-<br />

tegra<strong>do</strong>s na corporificação desse iaeal, oomo fatores da sua fisiolo-<br />

gial Mas, si grande ó a alegria que sentimos por isso, nós, revolu-<br />

cionários e ex-deput^<strong>do</strong>s subscritores da proposição tqui presentes,<br />

maia intensa ainda se torna o júbilo que nas invade a alma, quan<strong>do</strong><br />

vemos que, a outro sir.natárlc ia e-rr-nda, reservou a Providencia pa<br />

po*. iecisívo r.a trar.sforT.a^ac ú: be3c sonho e:r. formosa realidade.<br />

A Justiça ;<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. :*raçaa<br />

aos í'Zj& esforços, a «w* :•>. "vvji u, a f:n feçlo auave •; iíoreta,<br />

foi pcsi-ívcl i vi X •• b-s];.*., o..ij^.r»tx»ar s • i verdad« Ir - - :*u.:.o,


sua fjrma maia oonveídente. Os dirigentes respondem pelo trabalho co<br />

letivo *ue oriencam. 0 malogro como o êxito, aao leva<strong>do</strong>s à conta <strong>do</strong>s<br />

chefes. A Justiça áj <strong>Trabalho</strong> representa uma vitória <strong>do</strong>s revolucio-<br />

nários e, ao senhor Getúlio Vargas, na qualidade de nosso chefe su-<br />

procio, cabem os maiores louvores, os louros mais robustos. AJ ͻU<br />

grande Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, os aplausos comovi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus antigos<br />

companheiros, <strong>do</strong>s seus atuais colabora<strong>do</strong>res e das forças econômicas<br />

ào paiz. Graças a Deus, porém, não me é ingrata a memória, ^ue seria<br />

eu se esquecesse, ao trazer subsídios para a história da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, outros amigos que não mediram saorifícios pelo ideal de<br />

uma pátria melhor? Desses, não poucos ocupam postos ie responsabili-<br />

dade na administração <strong>do</strong> paiz e com dedicação servem a causa publi-<br />

ca. Outros, a .raio* parte, não


da ordem pública e no fortalecimento da Umidade nacional. Destes, as<br />

sim, -um admirável exeaplc de patriotismo e mostruates que oó o labor<br />

continua<strong>do</strong> e a união roalir.am aspirações coletivas* Essa verdade tão<br />

simples <strong>do</strong>mina hoje o 3rasV.1 e guia-lhe a mocidade, podeis ufanar-<br />

vos de ter concorrida para tfo esplendi<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> evidente naá ce-<br />

rimonias de dezanove d* abril - Dia da Juventude - quasiio, por toda<br />

a vastidão <strong>do</strong> nosso território, os espíritos r-ioços se congregaram<br />

ra rsr.ovar a au-* confiança nos destinos da Patria o afiraer a ar-der>-<br />

te e inquebrantável vontade de protege-la e engrandecê-la. A homena-<br />

gem ao chefe <strong>do</strong> Qoveruo tj.ua a escolha de tal data en-yrrn, comoveu-<br />

me profundsuaenho» Por certo Iropriairia r.iaior rolevo a festividade<br />

<strong>do</strong> ter alt-t significarão a.-íaooia-la ss comemoraç^* 5 ^e Tiradentss,<br />

o herói sacrifica<strong>do</strong> ar i?.«;al. acredito, onzp&cswfco, que o<br />

propósito não í £lo:'iftcc.r homens, ít.âs itjT.ona tn\r a adesão das ge<br />

rações novas £ts princípios sadios e oleroa -ue orientou o Brasil<br />

desde .nil novecentos e trlr.ta e d o terminar cr.. instauração <strong>do</strong> tísta-<br />

á .. .-racional» V.^Vr.sr.-}.^ por elo?/ M qu? o o CC-J-KVUÍU reformar-<br />

ia estrutura socíál <strong>do</strong> z pro-.ao venço a soli.lar iccU .'o das classes<br />

pela oolaboração (;eral r:.\s tarefaa <strong>do</strong> be.r. oo.aum, sbo-l<strong>do</strong>s .-s privi-<br />

légios <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, dignificadas todas as ?alegorias de tr-hta?'r.o e<br />

esfor-;- honsst-c pura viver e ;rodp'-rnr. Dessa r»«:.eira evi-<br />

f£T:0.: 7,alvo que arruír.i-.a civilizaçõ*«: e Jristi r-uiçoa a verdadeira de<br />

üiooricia - <strong>do</strong> povo e > povo- - :.c ;vj.v?.o a fcrmulfi clí?•-ica c per<br />

f'>its. Desde o dia distante d a cri&çco <strong>do</strong> vosso kinic t«:'ic -.er/oa,<br />

ser.t repouso, procurs.<strong>do</strong> anparar c cb:eiro nacirw.l, çKr^.Mr-lhe os<br />

direitos s estipular-lhes os deveres. A lei <strong>do</strong>a <strong>do</strong>is lei-*os, na rea<br />

liuade da nacionalização <strong>do</strong> trabfclho - & sinòicaHzaçã"- unitária,o<br />

seguro social, o horário nas .indústria«, a regulanientaçso dc dala-<br />

ri^to de •.sulhor«'e 'nonores, ferias re^WiC rocias, os «.• Idaat:* de<br />

assistência .indica, os rectaur*nlea populares o o salário r\ínii..r..<br />

são outrf*» tanias ©Capas vencidas <strong>do</strong> j.rogrswa trabalhista* Tal i«:-<br />

giiilftção, vasta s c.o>?q?Ie*a, que j;ò?.í.,o em paizea Ou estrutura eoono-<br />

consolipleíifci ^••A^ecirt aspiração a tópica, realizou-a o yrasil e,


oontrarisn<strong>do</strong> a opinião <strong>do</strong>s oefcioos e timoratos,, yse ce stpürKí,<br />

co criar barreiras entre olassis e aseaaei 1 oposições, np.cxir.ou e<br />

uniu emprega<strong>do</strong>s c o^rs^a<strong>do</strong>ros. u programa resultante e de coacoriis,<br />

au-e::tes a desconfiança e a hostilidade, capacita<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s de «iue<br />

são uecessájios uns aos outros. A prova mais elo-iuonte ias*a col&i.c-<br />

ração tivemo-la no grande baa-iuete trabalhista <strong>do</strong> aniversário <strong>do</strong> Es-<br />

ta<strong>do</strong> Sovo, no qual os operárioa e- patrões confraternizaram, compre«r.<br />

den<strong>do</strong> lua o trabalho tambeui e capital © >s bens ulula<strong>do</strong>s r^uço va-<br />

lem ai os seus benefícios não sv estenderem a coletividade. Tu<strong>do</strong> in-<br />

dica, portanto, ser propício o momento para ultimar a ,_rar.áe obra,<br />

mante-la e preservá-la em toda a sua pureza intransigentemente pro-<br />

tegida <strong>do</strong> descaso e das interpretações apressadas. A Justiça <strong>do</strong> Tra-<br />

balho, que declaro instalada neste hitórico primeiro de kaio, -;em<br />

essa missão. Cumpre-lhe defender de to<strong>do</strong>s os ^erigos a nossa modeltr<br />

legislação social-trabalhista, aprimorá-la pela Jurisprudência coe-<br />

rente e pela retidão e firmeza das sentenças. Da nova magistratura<br />

outra cousa não esperam O Governo, emprega<strong>do</strong>s 6 emprega<strong>do</strong>res e a es-<br />

clarecida opinião nacional, lias não terminou a nossa tarefa. Temos<br />

a enfrentar corajosamente sérios problemas de melhoria das nossas<br />

populações, para que o conforto, a educação s a higiene não sejam<br />

privilégios de regiões ou zonas. Os benefícios que conqaistastss -t-<br />

vem ser amplia<strong>do</strong>s aos operários rurais, aos que, insulscos nos<br />

toas, viveji distantes ias vants-^ens da civilização, t.osmo por jue,si<br />

o não fizermos, correremos o risco de àísistir ao êxo<strong>do</strong> <strong>do</strong>s ca.-i.pos<br />

a ao superpovoamento d&s cidades, desequilíbrio cie consequências 1 im-<br />

previsíveis, capaz de enfraquecer ou anular os efeitos da camparas,<br />

de valoralzação integral <strong>do</strong> homem brasileiro para <strong>do</strong>tá-lo d& vi^or<br />

econStr.ioo, saúde física e snertria produtiva, Kão é passível manter-<br />

mos anomalia tão perigosa cotao a de existirem camponezcs sem ^leba<br />

própria num paiz onde vales férteis, como a Amazônia, peruaneoea in-<br />

cultos, e despovoa<strong>do</strong>s de rebanhos pastagens soberbas como as de Goi-<br />

az e Mato Grosso, â necessário à riqueza pública jue o nívei de pi*<br />

per idade, da população rural aumente oara ai; sorvar a cies * ente aro-<br />

WUo<br />

36


•luyío Industrial; é Inipvo-oínv.ível eievar .a càpõcidôds aquisitiva de<br />

to<strong>do</strong>s oa br&oileiros, •- ^uc 36 poda r-r-r feit« avaic-ntan<strong>do</strong>-se o rondi-<br />

i'.ontu òo trabalho agrícola. Com esse Intuito o que í*-r. a-^eriha o Go-<br />

verno ,\*açi;nal em fixar no ss-spo os bv-\ si."., cairos eidrosoa, rcu.iin<strong>do</strong>-<br />

••3 eu; núc2 de colonização ^ 'ipar^n<strong>do</strong>-oc conveniente- ente, çem<br />

r.aüA li:03 ;:»idir alssn ds diso.pi ir.a a* van traoalfc«,» e perfis<br />

tente. 0 ~U>' de t>.iv: x já ikvrir.o, u ct-^s r..oradut da fs-.jílift, an<br />

: c-'.'itós, I:,'Ta;í. ! .t58 .ví-^ios, èsoc-Kia prcí ií sloijaia e ^sistenvia<br />

. j-v-.:...,' -.áriii -s.-.: pc:> -.33 £ auu ;-.!?.; .si','ú'o gra bui ta.aente, e so-<br />

• v w í ">;f.o li zeo t.iT.i/ili: 1 Mr-: .>i. u a p*?r.ará, aboli<strong>do</strong>s r. ?o s t e s,<br />

la» a •. toa até que c. • ^oIÖ'JUO, florir, tentes pró.ras 30<br />

en-.«'^ 1.proteçPr- '.•rv&i , na,v:ntul. Ao Ea Hove., cabe som dúvi-<br />

da, a mlssãc resgat-.^: u dívida de qua troce.': U o anos a •-í.ío aludia o<br />

escritor in t ?-s cu almu .-"v: > cartes.«, cor. trai ca pelos ho-<br />

í.;ã,-:v du litoral c:m o v .a vi vantes <strong>do</strong>s tsrrAo altas, desesnientes es<br />

0 J<strong>do</strong>s d&abr?.Ví.dcpaô 0 pioneiros qu.-- d.i. Is tKrsju :?.6rí:Uano3 e<br />

rar. hori?.o:»tfe: ! pátries, K s^sim : c-sr-tanôJo, confiante no<br />

' 1 .to, •• ooiuo c Árvors çu»; mex^i-l^a raivas. v, terra /"ártii e da<br />

ilvos-i. A -fti-.çíw a:;*, sei-toes e a revaiorisaçÃo di. jvre.


quaisquer sacrifícios pelo Brasil.Si o seguinte o discurso JO aenrcr<br />

iiinistro <strong>do</strong> trabalho, Indústria e Comercio. "Senhor Fr^sic.en:e Getú-<br />

lio Vargas: A solenidade que ora se realiza, © 4 ue tem a honrá-la a<br />

presidência <strong>do</strong> chefe da Nação, mor-**, rem dúvida o estágio â&cisivo<br />

de uma evolução progressiva, iluminada pelos clarões de um descorti-<br />

no político-social que é, A a'«, favor, U.T.& das mais fortes caracterís-<br />

ticas de papal histórico de V. cxcia,, ssnhír 5res>i-ar» te Getúlio Var<br />

gas, â fr-jr.te <strong>do</strong>s destinos <strong>do</strong> jrasil, Por isao cnesxo, já/..ais & pre-<br />

sidência de lona solenidade- teve maior lógica e ur.a s<strong>do</strong>quação ciais r.í<br />

tida qae essa em que ora se investe o chefe <strong>do</strong> Qoverno <strong>Nacional</strong>,ori-<br />

enta<strong>do</strong>r máximo de to<strong>do</strong> esse movi.-sonto evolutivo, i'or.te ir.spir*<strong>do</strong>r&,<br />

na serona concepção :te suas soluções clarividentes, de toso ssve a-<br />

parelh&meuto de legislação social cuja cúpula Judiciaria ho4» ae in-<br />

tegra e consolida, 0 instante i-.c citb.iros vivt»::ao e, ua «-!::.> o<br />

auspicioso e.r. q..e se conssjra uma as4-.lindida vitória, snalnèocnco<br />

os feitos <strong>do</strong>s que p;-r ela pelejaram e venceram. S Vossa Sxcelência<br />

2t!\hzr Presidente da Ãepuollca, foi bom o generalíssimo Inconfundí-<br />

vel dessas Incruentas pugnas, cujo labaro xais belo era o ideal ia<br />

Justiça Social que resume e exalça to<strong>do</strong> o programa governamental de<br />

Vossa Sxclencla. Instalan<strong>do</strong> nesta hora a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e;a to-<br />

as território nacional, Vi-isa Sxcelenoia co:ao que atinge o c!c.o de<br />

a-. antiplano, de onde pode descortinar, beijada pelo sol das reali-<br />

dades conforta<strong>do</strong>ras, toda a gigantesoa massa <strong>do</strong>s que se irão abrigar<br />

à sombra <strong>do</strong>s institutos Jurídicos dessa mesma Justiça e que são to-<br />

<strong>do</strong>s quantos - emprega<strong>do</strong>s ou emprega<strong>do</strong>res - uni<strong>do</strong>s sob o mesmo signo<br />

de seu devotamente pelo Brasil, esforçam-se por engrandeoe-lo econo-<br />

micamente, crian<strong>do</strong>-lhe a riqueza, fazen<strong>do</strong>-a desenvolver e circular,<br />

tornan<strong>do</strong> a nação próspera, e feliz, pelo esforço diuturno te to...os<br />

os elementos <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e da Produção, conjuga<strong>do</strong>s nessa ordem har-<br />

mônica que V* Sxoia. tão bem soube implantara em nossa Patria. :>'a<br />

labuta diária de suas tarefas, desde as mais modestas ás mais altas<br />

categorias profissionais, vários milhões de buasilelroa hoje se de-<br />

têio e meditam, a contemplar o téruiino triunfal dessa Jornada, que<br />

foi bem uma ascenção, porque ais vou e engrLndec^i a/fcaiã;A integran<br />

38


-.tíiro Impsrlo, vinha ligar~J3 «os lordes oa d's t.I.üià , a..' noa. o ve<br />

lho passa<strong>do</strong>, de oujas lições tirava Vossa íixoel^encta um priucípio<br />

haveria de ser uzna das maroaa primordiais <strong>do</strong> seu governo; a concilia-<br />

ção e a harmonia entre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s» Esse desígnio lo-<br />

graria Vossa Excelência completá-la através da Carta Constitucional<br />

de <strong>do</strong>s de novembro de mil novecentos e trinta e sete, dan<strong>do</strong> á Justi-<br />

ça <strong>do</strong> Vrabalho umâ competência privativa e exclusiva para todas as<br />

qv.çstoea de Çrabalho, o que implicou na «ye-ssidade de dar a essa Jus<br />

tiça uam organização definida.e autônoma, sei cenhuma dependencia da<br />

Justija comum e <strong>do</strong>s Tribunais superiores, exceto no tocante á maté-<br />

ria propriamente de constitucionalidade. Aquilo que fora, após lon-<br />

gos debate«, consubstancia<strong>do</strong> numa fórmula algo hesitante, no texto<br />

<strong>do</strong> artigo - tfenfco e vinte à <strong>do</strong>is da Constituição de útil novecentos &<br />

trinta e quatro, passou a ser configura<strong>do</strong> ?*jr forma c.ais perfeita e<br />

concreta na redação <strong>do</strong> artigo cento e trinta e nove ia Carta políti-<br />

ca de dez de novembro de mil novecentos e trinta e sete. á que a con<br />

cepção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> liberal já não influirá na organização constitucio-<br />

nal de mil novecentos 9 trinta 9 sete, ao contrário <strong>do</strong> que acontece-<br />

ra em mil novecentos' e trinta e quatro, quan<strong>do</strong>, mau gra<strong>do</strong> o esforço<br />

de não poucos batalha<strong>do</strong>res, medrou e venceu por fira, em matérias de<br />

toais alto alcance como eata, o preconceito individualista, &11 r.il<br />

vecsntos e trinta e sete, a visão profunda de Vossa íixoel&ncia, se-<br />

nhor Presidente, traçou ao Brasil a moldura <strong>do</strong> seu destino, institu-<br />

in<strong>do</strong> o oorporativisrao <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, atribuin<strong>do</strong> as corporações eoonomi-<br />

cas o exeroício de funções delegadas <strong>do</strong> podar público, disciplinan-<br />

<strong>do</strong> a ordem 3cor.3i.iica dentro <strong>do</strong>s sa,;rwd«-;3 limites <strong>do</strong> interesse da pá-<br />

tria, e consideran<strong>do</strong> 2 greve e o "lod:-out", como "recursos ar.ti-so-<br />

ciais nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis coir. os<br />

riores interesses da produção nacional"* Kiui ambiente constit.jiois&l<br />

assim caracteriza<strong>do</strong>, era natural que pudèsse se desenvolver e flores<br />

cer, até atingir o grau da fecunda que hoje aa-sinala, a<br />

arvore qu* Vossa üLxcelêi.cia tão acertadamente plantara oom as cri.x-<br />

-çõos legislativas de mil novecentos e trinta âidcds.tA<br />

Wi competQi.cia<br />

40


genérica para dirimir to<strong>do</strong>a os conflitos <strong>do</strong> trabalho poude assim ser<br />

exercitada pela Justiça especializada, que a organização oonstitu -<br />

oional de mil novecentos e trinta e sete estatuiu e solidificou, á<br />

o que se consagra através <strong>do</strong>s órgãos de Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> que hoje<br />

se instalam defini tivame:;te e:ti to<strong>do</strong> o paiz, cora (-.v.u modalids, :'i3 de a-<br />

ção curaotí-rística o original sob vá'.-io3 aspectos, calcada qno fo>l<br />

sol»r& Á 9xp9rit:;cia de quasi um decênio. As normas pvoceccuais que<br />

lhe são atinentes exprimem fórmulas prátioas e oorajosaa, capazes de<br />

lhes assegurar o ritmo de celeridade e o surto de efioiêncla qv.e o<br />

novo aparelhamento Judiciário não pode deixar de objetivar: A sua fi<br />

aionomi & jurídica, o i^aç? marcante dt- seu papel social, reportam<br />

•>• ^j-: ; óat?.cos 1 : uro,*. ru..*.*-' ao c.-'-.tc cie se - ; f ••*.;. iior. amen-<br />

to. :j7 ..r.oi^nal, .. imprir. íu ao 3rj.sH, sob a -i-jÃn firme<br />

de 7c Sã a áxcelSnciaj o ru-co certo ie uma -.archa asoencl^nril,<br />

de um futuro auspicioso e felÍ3,' esse mesmo Oovarno qns cr'! i^-lu da<br />

vez as querelas pcrtidárias e que cerruiu, a oei da uni**.:•. »a la Pa^rí^<br />

as ridíc.ilas barreiras ioc v^glorfell sinos T.alsãos; 1.« ; i-<br />

a -c-rdu.. " c-.Ot. .!*jç£; ;» . .. ^ •<br />

ac cl o tí '.••.walh&iyr-í. e ;jo !._.•}••. i e -<br />

x . ». vura a ooto;.;ão de r.csi,a emancipação eo; v $or;iea, un-rcê<br />

CÃ ; ondação da grande siderurgia nacional - esse -3ov*rno pode confi-<br />

ar tranquilamente em a nova organização Judiciaria que, pura garan-<br />

tia da nossa legislação social, passa a integrar-se definitivamente<br />

-em nosso aparelhamento leral» o? -htcsi»dentes históricas ± ela<br />

se. prer.ie, &s c •: AC.er-sU íss ci-i--.c-ir-.-iis a? fuujic-r.^. í.r.to e os<br />

•r.:lces Juví-iicos v.. . -i pia.' f ÍA, i-í.pr.iíenta.v a -cV*:^ ser-,--/<br />

ça <strong>do</strong> flerto oav.priment.. de s%\a missão sócio-pclítica. «r pelavras<br />

que Vossa jLxcelenoift vai proferir, senhor presidente ietr.li^ '^rgas,<br />

instalan<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o Brasil, nesta hera histórica <strong>do</strong> uunio, a Justi-<br />

ça <strong>do</strong> Trsbalho na plenitude dns or^aos que a compõem, - vale-, o orno a<br />

s.FÍRR.ação ds que -A Vossa JUXCELERC.'a r\o ?tCT,orLza.cj.r. eis as sofi-<br />

',;iai profecias dja vislumbraram, calco atormenta: a ia ci<br />

-.: ' -"i. ' . • , an.iusticso das 'v.taa <strong>do</strong> clan.-vs,al L.n-'r\tè.-<br />

da3 pelo ©àio «íVaCfrA • - ,'u j. ... 4velc &spiri to <strong>do</strong> dtsfrv.: -.1 a juo<br />

41


nos fala Sombarfc, filho dí» revolta <strong>do</strong>a fatos economias contra os st.<br />

jtilos códigos legislativos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, e qu


i-lc.í cr.-:*.an<strong>do</strong> & rríe;ãc da J d- ••=)••&;} ho, cc um* nuanoc di-<br />

feronce, .t®S asajre oorr. a mosna âievx.çÁío, Cuvi-^a ..-.•.livras naío<br />

eloquentes: todas elas louvan<strong>do</strong> 2 conduzirão ü conaluvi'; de . jasíveL.<br />

caroço oi sc-rvi^os <strong>do</strong> s- -«hc;- sini: -:v . -i - ..hs,.'.-.,. , ü ;. v*uto cia<br />

v s a Jus t v <strong>Trabalho</strong>, por \v> são ; du.tn': o cr? c ! • lo &. Si .a<br />

->lón:U -í iv. dc-cí.ca<strong>do</strong> no -'£•»•. Mni.*»' } , ^uuci -ío ha. ..-i-<br />

i--sia u.-; üto zenefle.laív.c s j. a p:-.v,' ' i ou o tr-.Wlho. Ti\ «r.os a-<br />

inc'.a as p•. 3 avrue elo


de Previdência, os seguinte» oonaelheiros * Presidente, Luiz à.endee Fd<br />

beiro Gonçalves, segun<strong>do</strong> Vlce-Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Naoional <strong>do</strong> Tra<br />

balho; membros: Abelar<strong>do</strong> Marinho, Antonio Garcia de Kirar.da Netto ,<br />

Fernan<strong>do</strong> de Andrade Ramos, Luiz Augusto da França, barcos Carr.eiro<br />

de Men<strong>do</strong>nça* .Nelson Procópio de Souza e Salustlano de Lemos Lessa.Pe<br />

las demais portarias, foram designa<strong>do</strong>», o Oficial Administrativo<br />

bacharel Francisco Rineli de Almeida, para exercer as funções de se<br />

cretário <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Naoicnal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; o Oficial<br />

Administrativo M J", Ubyratan-Luis de Velmont, para exercer as funções<br />

de Secretário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Pleno, <strong>do</strong> Comelho . x 'sclyr:al <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;o<br />

Oficial Administrativo "H", Agnelo Eergamini de Abreu, para exercer<br />

as funções de iecretário da Camar* da Justiça <strong>do</strong> Tribalho <strong>do</strong> Conse-<br />

lho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; e o Oficial Administrativo "H", Slisa Lis?<br />

pector, para exercer as funções de Secretário da Camara de Previdên-<br />

cia Social <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Kaoional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Nada mais haven<strong>do</strong> a tra<br />

tar, o senhor Presidente agradece a presença <strong>do</strong>s senhores conselhei-<br />

ros, <strong>do</strong>m convida<strong>do</strong>s e assistentes, convidan<strong>do</strong> ^s senhoras conselhei-<br />

ros para, incorpora<strong>do</strong>s, ae dirigirem ao Oabiretc- 3o senhor ministro<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, em visita de congratulações e ouiv.pr isentos, s faa dis-<br />

tribuir ántr© os oonaelheiros exemplares <strong>do</strong> ante-projeto <strong>do</strong> Reglmon-<br />

to <strong>do</strong> Con&elho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, elabora<strong>do</strong> pela Comissão Especi-<br />

al da Jua.tiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, para estu<strong>do</strong> e discussão na próxima reuni-<br />

ão, dan<strong>do</strong> yor encerra<strong>do</strong>s os trabalhos desta sessão <strong>do</strong> que, para cons<br />

tar, eu, Ubjratan-Luis de Valmor.t, secretário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Pleno, la-<br />

vrei a pre-iente ata que vai por mim assinada e subscrita pelo senhor<br />

Presidente. Kio de Janeiro, aos oito dias <strong>do</strong> mes de maio <strong>do</strong> ano mil<br />

novecentos e quarenta e um.<br />

44<br />

Pr ano is co Barbosa ae Hezaide


EXCERTOS DA EXPOSIÇÃO<br />

Ao Exmo. Sr. Dr. Alexandre Marcondes Filho<br />

MD. Ministro de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria<br />

e Comércio.<br />

Excelentíssimo Senhor Ministro<br />

Ten<strong>do</strong> a Comissão Especial, encarregada da regu-<br />

lamentação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, é, bem assim, da sua<br />

instalação em to<strong>do</strong> o Brasil, termina<strong>do</strong> os respectivos tra-<br />

balhos, venho <strong>do</strong>s mesmos, na qualidade de seu presidente,<br />

apresentar a V.Exa. minucioso e circunstancia<strong>do</strong> relatório,<br />

<strong>do</strong> qual verá V.Exa. o zelo, a dedicação, o entusiasmo e o<br />

patriotismo com que ela sempre agiu no desempenho de<br />

tão nobre e honrosa incumbência, quanto espinhosa e difí-<br />

cil, a partir da sua composição em 17 de junho de 1939.<br />

CRIAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO<br />

Com o desenvolvimento sempre crescente da le-<br />

gislação social trabalhista, base da sábia política iniciada<br />

pelo Eminente Ghefe da Nação logo após a vitória da revo-<br />

lução de outubro de 1930, imperiosa a necessidade da cria-<br />

ção e organização de uma justiça especializada para dirimir<br />

os conflitos entre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s e assegurar<br />

45


os seus direitos, decorrentes de leis que pela unidade e<br />

harmonia <strong>do</strong>s princípios <strong>do</strong>utrinários de que se revestiam<br />

já se apresentavam como expressão de um direito novo, o<br />

Direito Social.<br />

À Constituição Federal de 1934, essa necessida-<br />

de não passou desapercebida, como se vê <strong>do</strong> seu art. 122,<br />

assim dispon<strong>do</strong>:<br />

"Para dirimir questões entre emprega<strong>do</strong>res e emprega-<br />

<strong>do</strong>s, regidas pela legislação social, fica instituída a Jus-<br />

tiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, à qual não se aplica o disposto no<br />

Capítulo IV, de Título I".<br />

Parágrafo único. "A constituição<strong>do</strong>s Tribunais e das Co-<br />

missões de Conciliação obedecerá sempre ao princípio<br />

da eleição de seus membros, metade pelas associações<br />

representativas <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s e pela metade <strong>do</strong>s em-<br />

prega<strong>do</strong>res, sen<strong>do</strong> o presidente de livre nomeação <strong>do</strong><br />

Governo, escolhi<strong>do</strong> dentre pessoas de experiência e<br />

notória capacidade moral e intelectual".<br />

Esse preceito constitucional, porém, não chegou<br />

a ter execução, fican<strong>do</strong> o projeto de lei para esse fim pre-<br />

para<strong>do</strong>, em torno <strong>do</strong> qual se travaram memoráveis debates,<br />

paraiiza<strong>do</strong> na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Foi ele, no entanto, renova<strong>do</strong> na Constituição de<br />

10 de novembro de 1937, mais ou menos nos mesmos<br />

termos, conforme o seu art. 139, assim redigi<strong>do</strong>:<br />

46


"Para dirimir os conflitos oriun<strong>do</strong>s das relações entre<br />

emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res reguladas na legislação<br />

social, é instituída a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que será<br />

regulada em lei e à qual não se aplicam as disposições<br />

desta Constituição relativas à competência, ao recru-<br />

tamento e às prerrogativas da Justiça comum".<br />

Daí, a criação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pela con-<br />

versão em lei, <strong>do</strong> projeto elabora<strong>do</strong> por uma comissão para<br />

esse fim especialmente nomeada, com as modificações de-<br />

terminadas pelo Exmo. Sr. Presidente da República, a fim<br />

de melhor adaptar-se à estrutura administrativa e aos recur-<br />

sos financeiros <strong>do</strong> país.<br />

Criada a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> pelos Decretos-leis<br />

no. 1.237, de 2 de maio, e no. 1.346, de 15 de junho de<br />

1939, ten<strong>do</strong> como órgãos e tribunais as Juntas de Concilia-<br />

ção e Julgamento, os Juizes de Direito, os <strong>Conselho</strong>s Re-<br />

gionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

transforma<strong>do</strong> em Tribunal Superior da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

e de Previdência Social, o então Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> In-<br />

dústria e Comércio tratou logo de compor a comissão a<br />

que se refere o art. 108, <strong>do</strong> supra cita<strong>do</strong> decreto-lei no.<br />

1.237, de 2 de maio de 1939, definin<strong>do</strong>-lhe os encargos e<br />

atribuições e regulan<strong>do</strong> a execução de seus serviços, admis-<br />

são <strong>do</strong> pessoal auxiliar e pagamento das respectivas despe-<br />

sas.<br />

47


CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL DA JUSTI-<br />

ÇA DO TRABALHO E SUA ORGANIZAÇÃO, INCLUSI-<br />

VE DA SECRETARIA<br />

A Comissão Especial da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> foi<br />

inicialmente constituída pela portaria ministerial no.<br />

SCm89, de 17 de junho de 1939, publicada no Diário Ofi-<br />

cial de 20 de junho de 1939, com o encargo de elaborar os<br />

regulamentos <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s decreto-leis no. 1.237 e no.<br />

1.346, bem como de promover a instalação da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, toman<strong>do</strong>, para esse fim, todas as providências, e<br />

expedin<strong>do</strong>, com os modelos de que houvesse mister, as<br />

instruções necessárias inclusive as que relacionassem com a<br />

reorganização <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> (anexo<br />

no. 1).<br />

Compunham-na, além <strong>do</strong> presidente, designa<strong>do</strong><br />

por lei, o qual era assisti<strong>do</strong> pelo então Consultor Jurídico<br />

<strong>do</strong> Ministério, Dr. Francisco José de Oliveira Viana, e pelo<br />

Diretor da Divisão de Organização <strong>do</strong> Departamento Admi-<br />

nistrativo <strong>do</strong> Serviço Público, <strong>Do</strong>utor Moacyr Ribeiro<br />

Briggs, os seguintes membros e técnicos auxiliares: Dr. Joa-<br />

quim Leonel de Rezende Alvim, Procura<strong>do</strong>r Geral <strong>do</strong> Con-<br />

selho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e o Dr. Geral<strong>do</strong> Augusto de<br />

Faria Batista, então Adjunto <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r Geral <strong>do</strong> mes-<br />

mo <strong>Conselho</strong>, como membros; Dr. José Augusto Seabra e<br />

Cesar Orosco, conta<strong>do</strong>res, Dr. Jarbas Peixoto, presidente<br />

da antiga 3a. Junta de Conciliação e Julgamento <strong>do</strong> Distri-<br />

to Federal, Dr. Wal<strong>do</strong> Carneiro Leão de Vasconcelos, Ad-<br />

48


junto de Procura<strong>do</strong>r, interino, <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>/e Dr. Moacyr Veloso Car<strong>do</strong>so de Oliveira, Procu-<br />

ra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Instituto de Aposenta<strong>do</strong>ria e Pensões <strong>do</strong>s Indus-<br />

triários, to<strong>do</strong>s como técnicos auxiliares.<br />

Foram posteriormente designa<strong>do</strong>s, para integra-<br />

rem a Comissão, conforme portaria de 5 de julho de 1939,<br />

o Dr. Raimun<strong>do</strong> de Araujo Castro, membro funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e atual Presidente da Câ-<br />

mara de Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e o engenheiro Gastão Quar-<br />

tim Pinto de Moura, atuário <strong>do</strong> Ministério, então exercen-<br />

<strong>do</strong>, como substituto, a função de presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong><br />

Atuarial, este na qualidade de assistente e aquele como<br />

membro da aludida Comissão, à qual foi mais tarde, por<br />

ato de 29 de março de 1940, incorpora<strong>do</strong> o Bel. Francisco<br />

Rinelli de Almeida, Oficial Administrativo <strong>do</strong> quadro úni-<br />

co <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e atual Secretário <strong>do</strong> Presi-<br />

dente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

REGULAMENTAÇÃO<br />

Dentre os encargos atribuí<strong>do</strong>s à Comissão Espe-<br />

cial da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> não se pode deixar de destacar<br />

os de elaborar os regulamentos <strong>do</strong>s decretos-leis no. 1.237<br />

e no. 1.346, assim como as instruções e modelos que se<br />

faziam mister, para sua perfeita execução.<br />

Desde a sua instalação, verificada a primeiro de<br />

julho de 1939, tratou ela dessa sua principal tarefa, distri-<br />

buin<strong>do</strong>-a, sem perda de tempo, entre os membros compo-<br />

nentes das secções de Regulamentação e Organização de<br />

49


Serviços.<br />

Desenvolveram-se os trabalhos com toda regula-<br />

ridade, ten<strong>do</strong> as duas Secções realiza<strong>do</strong> inúmeras reuniões<br />

para discutir os anteprojetos elabora<strong>do</strong>s pelos seus vários<br />

membros, principalmente a partir de dezembro de 1939.<br />

Foi, porém, nos meses de fevereiro, março e abril de 1940,<br />

que mais intensa se tornou a sua atividade a respeito che-<br />

gan<strong>do</strong> mesmo, nessa época, a realizar sucessivas reuniões<br />

diárias, inclusive à noite.<br />

Poude assim a Comissão, depois de acura<strong>do</strong>s es-<br />

tu<strong>do</strong>s, não poupan<strong>do</strong> sacrifícios nem esforços, despendi<strong>do</strong>s<br />

aliás sem prejuízo das funções normais de seus membros,<br />

neste Ministério ou fora dele, concluir a primeira parte de<br />

seus trabalhos, com o inestimável concurso que lhe prestou<br />

o Departamento Administrativo <strong>do</strong> Serviço Público, quer<br />

diretamente, através da assistência <strong>do</strong> ilustre Diretor da<br />

Divisão de Organização e Coordenação, Dr. Moacyr Briggs,<br />

quer indiretamente, nos sucessivos contactos havi<strong>do</strong>s com<br />

outros diretores <strong>do</strong> mesmo Departamento, para elaboração<br />

<strong>do</strong> projeto de decreto-lei sobre a previsão <strong>do</strong> pessoal e das<br />

despesas exigidas pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Antes no entanto, de aprovar a redação final <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is projetos de regulamentos <strong>do</strong>s decretos-leis no. 1.237 e<br />

no. 1.346, julgou a Comissão necessário propor modifica-<br />

ção em alguns <strong>do</strong>s seus dispositivos, o que motivou a elabo-<br />

ração de <strong>do</strong>is projetos de decretos-leis, consignan<strong>do</strong> altera-<br />

ções nos arts. 7o., 10, 14, 19, 21, 50 a 55, 79, 89, 97, 98 e<br />

106, <strong>do</strong> decreto-lei no. 1.237, e nos arts. 1o., 6o., 11,15,<br />

21, 23, 25, 26, 27, alínea a), 28, alínea a), 29, 30, 31 e 33,<br />

50


<strong>do</strong> decreto-lei no. 1.346.<br />

Concluí<strong>do</strong>s e aprova<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s esses projetos, a<br />

Comissão os submeteu à elevada consideração <strong>do</strong> Exmo.<br />

Sr. Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> Indústria e Comércio, nos dias 25<br />

e 26 de abril de 1940, com os ofícios ns. CE137 e CE140,<br />

respectivamente.<br />

Após o exame a que foram submeti<strong>do</strong>s, por de-<br />

terminação <strong>do</strong> titular da pasta, e com ligeiras emendas de<br />

redação, viu, afinal, a Comissão aprova<strong>do</strong>s pelo Governo<br />

conforme os decretos ns. 6.596 e 6.597, de 12 e 13 de<br />

dezembro de 1940, os seus projetos de regulamentos. As<br />

modificações <strong>do</strong>s decretos-leis ns. 1.237 e 1.346, sugeridas<br />

pela Comissão, foram aprovadas pelos decretos-leis núme-<br />

ros 2.851 e 2.852, ambos de 10 de dezembro de 1940.<br />

Pelo decreto-lei n. 2.874, de 16 de dezembro de<br />

1940, cujo projeto foi organiza<strong>do</strong> pelo Departamento Ad-<br />

ministrativo <strong>do</strong> Serviço Público, foram cria<strong>do</strong>s os cargos<br />

necessários para atender aos serviços da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />

lho, no quadro único <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> indústria e<br />

Comércio, conforme o disposto no art. 106 <strong>do</strong> decreto-iei<br />

n. 1.237, de 2 de maio de 1939. Além <strong>do</strong>s regulamentos<br />

em apreço e <strong>do</strong>s projetos de decretos-leis modificativos de<br />

algumas disposições, <strong>do</strong>s de ns. 1.237 e 1.346, a Comissão<br />

elaborou e expediu os modelos e instruções que se faziam<br />

mister, de acor<strong>do</strong> com o disposto no art. 236, alínea b <strong>do</strong><br />

Regulamento aprova<strong>do</strong> pelo decreto n. 6.596, de 12 de<br />

dezembro de 1940, para aplicação nas Juntas de Concilia-<br />

ção e Julgamento, nos distribui<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />

51


lho e, no que coubesse, nos <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> Traba-<br />

lho.<br />

Os modelos e instruções aprova<strong>do</strong>s pela Comis-<br />

são foram baixa<strong>do</strong>s pela portaria n. CE56 de 26 de abril de<br />

1941, compreenden<strong>do</strong> o seguinte:<br />

INSTRUÇÕES GERAIS:<br />

- Das atribuições especiais <strong>do</strong>s distribui<strong>do</strong>res - <strong>Do</strong> anda-<br />

mento inicial da reclamação na Secretaria das Juntas de<br />

Conciliação e Julgamento; - <strong>Do</strong> julgamento <strong>do</strong>s embargos e<br />

<strong>do</strong>s agravos, pelas Juntas de Conciliação e Julgamento; -<br />

<strong>Do</strong>s oficiais de diligências; - <strong>Do</strong>s avalia<strong>do</strong>res.<br />

INSTRUÇÕES PARA USO DOS MODELOS:<br />

- Modelo n. 1 - Livro de Registro das Reclamações distri-<br />

buídas; - Modelo n. 1-A e 1.B - Termos de abertura e de<br />

encerramento <strong>do</strong> Livro de Registro de Reclamações distri-<br />

buídas; - Modelo n. 2 - Recibo-Ficha para a Distribuição;-<br />

Modelo n. 3 - Comunicação de existência de outra Recla-<br />

mação <strong>do</strong> mesmo reclamante já arquivada anteriormente; -<br />

Modelo n. 4 - Cartão de Protocolo das Secretarias das Jun-<br />

tas; - Modelo n. 5 - Ficha de Protocolo da Secretaria das<br />

Juntas; - Modelos ns. 6 e 6-A - Notificação Inicial ao Recla-<br />

ma<strong>do</strong> e ao Reclamante; - Modelo n. 7 - Edital de notifica-<br />

52


ção ao reclama<strong>do</strong> para ciência da reclamação; - Modelos ns.<br />

8 e 8-A - Livro para Registro das Audiências da Junta; -<br />

Modelo n. 9 - Termo de Reclamação; - Modelo n. 10 -<br />

Comunicação ao distribui<strong>do</strong>r de aplicação ao reclamante<br />

da pena <strong>do</strong> art. 219 <strong>do</strong> Regulamento; • Modelo n. 11 -<br />

Termo de Conciliação; - Modelo n. 12 - Ata de Julgamento<br />

de Reclamação; - Modelo n. 12-A - Ata de instrução de<br />

inquérito administrativo; - Modelos ns. 12-B e 12-C - Ata<br />

de julgamento de embargos e agravo; - Modelo n. 13 -<br />

Termo de adiantamento de audiência; - Modelo n. 14 -<br />

Termo de arquivamento de reclamação; - Modelo n. 15 -<br />

Comunicação ao Distribui<strong>do</strong>r de arquivamento de reclama-<br />

ção; - Modelo n. 16 - Comunicação ao Distribui<strong>do</strong>r de<br />

aplicação de pena <strong>do</strong> art. 220c/c ao art. 219 <strong>do</strong> Regula-<br />

mento; - Modelo n. 17 - Notificação ao reclama<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong><br />

revel, para ciência da decisão; - Modelo n. 18 - Edital de<br />

notificação <strong>do</strong> reclama<strong>do</strong> para ciência da decisão, quan<strong>do</strong><br />

revel; - Modelo n. 19 - Termo de pagamento e quitação; -<br />

Modelo n. 20 - Guia para o depósito em caso de recurso; -<br />

Modelo n. 21 - Notificação ao recorri<strong>do</strong> para : v : nutar o<br />

recurso; - Modelo n. 22 - Notificação em caso de 3o cum-<br />

primento de acor<strong>do</strong> em inquérito administrativo, - Modelo<br />

n. 23 - Comunicação ao distribui<strong>do</strong>r sobre a baixa em dis-<br />

tribuição; - Modelo n. 24 - Termo de verificação de infra-<br />

ção; - Modelo n. 25 - Ofício de remessa <strong>do</strong> termo de verifi-<br />

cação de infração; - Modelos ns. 26-A e 26-1 - Certidões<br />

diversas; - Modelos ns. 27 a 36 - Atos da execução; - Mode-<br />

lo n. 37 - Portaria de designação de oficial de diligências.<br />

53


RECOMPOSIÇÃO DA COMISSÃO<br />

Publica<strong>do</strong>s no Diário Oficial de 11 de dezembro<br />

de 1940, os decretos-leis ns. 2.851 e 2.852, de 10 <strong>do</strong> mes-<br />

mo mês e ano, que modificaram disposições <strong>do</strong> decreto-lei<br />

n. 1.237 de 2 de maio de 1939, e <strong>do</strong> decreto-lei n. 1.346,<br />

de 15 de junho de 1939, e, no Diário Oficial de 18 de<br />

dezembro de 1940, os decretos ns. 6.596 e 6.597, de 12 e<br />

13 <strong>do</strong> mesmo mês e ano, respectivamente, os quais aprova-<br />

ram os regulamentos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e finalmente no Diário Oficial de 21<br />

de dezembro de 1940, o decreto-lei n. 2.874, de 16 <strong>do</strong><br />

mesmo mês e ano, que criou os cargos novos destina<strong>do</strong>s a<br />

atender os serviços da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a presidência da<br />

Comissão sentiu a necessidade de rever a sua organização e<br />

atribuições, afim de adaptá-las às incumbências previstas<br />

no art. 236 <strong>do</strong> regulamento aprova<strong>do</strong> pelo decreto n.<br />

6.596, obedecen<strong>do</strong> ao mesmo tempo às recomendações <strong>do</strong><br />

Departamento Administrativo <strong>do</strong> Serviço Público, no senti-<br />

<strong>do</strong> de reduzir o número de seus componentes.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, teve o Presidente da Comissão en-<br />

sejo de oficiar ao Exmo. Sr. Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> em 27<br />

de dezembro de 1940, sugerin<strong>do</strong> a constituição de uma<br />

pequena comissão, dividida em duas secções perfeitamente<br />

diferenciadas, uma compreenden<strong>do</strong> as atribuições consig-<br />

nadas nas alíneas b) e c) <strong>do</strong> artigo 236 <strong>do</strong> cita<strong>do</strong> regula-<br />

mento, e a outra as das alíneas a) e d), fican<strong>do</strong>, ainda, a<br />

cargo da primeira secção, a incumbência de elaborar os<br />

54


ante-projetos de regimento interno <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, à vista da exiguidade <strong>do</strong> prazo estabeleci<strong>do</strong><br />

para tal fim no art. 75 <strong>do</strong> regulamento aprova<strong>do</strong> pelo de-<br />

creto n. 6.597, de 13 de dezembro de 1940.<br />

Pela portaria n. SCm-579, de 7 de janeiro de<br />

1941, (anexo n. 3), houve por bem o Exmo. Sr. Ministro<br />

dar nova organização à Comissão Especial da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> recompon<strong>do</strong>-a, sob a presidência <strong>do</strong> presidente<br />

<strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, com os seguintes mem-<br />

bros: Drs. Geral<strong>do</strong> Augusto de Faria Batista, Moacyr Velo-<br />

so Car<strong>do</strong>so de Oliveira, Flávio de Carvalho Lengruber, Jai-<br />

me Brasílio de Araujo, José Augusto Seabra e Raimun<strong>do</strong><br />

de Araujo Castro, funcionan<strong>do</strong> como assistentes os Senho-<br />

res Drs.: Oscar Saraiva, José Candi<strong>do</strong> de Lima Ferreira e<br />

Rafael Xavier, respectivamente, Consultor Jurídico <strong>do</strong> Mi-<br />

nistério, Diretor <strong>do</strong> Departamento Administrativo e Dire-<br />

tor da Divisão <strong>do</strong> Material <strong>do</strong> Departamento Administrati-<br />

vo <strong>do</strong> Serviço Público. Além desses membros e assistentes<br />

foi incluí<strong>do</strong> na Comissão o Dr. Edgard Ribeiro Sanches,<br />

Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Regional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> da 1a. Re-<br />

gião.<br />

Assim recomposta, a Comissão, coube ihe desen-<br />

volver a máxima atividade para ultimar todas as medidas<br />

que se faziam mister para a instalação da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />

lho no dia 1o. de maio de 1941, o que lhe foi dispensa<strong>do</strong><br />

pelo então titular da pasta.<br />

55


TRABALHOS DE INSTALAÇÃO<br />

Os trabalhos de instalação, como era natural,<br />

exigiram estu<strong>do</strong>s preliminares destina<strong>do</strong>s a fornecer à Co-<br />

missão os elementos de que necessitava para promover a<br />

implantação <strong>do</strong>s vários órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> em<br />

to<strong>do</strong> o território nacional.<br />

Esses estu<strong>do</strong>s, assim como determinadas provi-<br />

dências de caráter preparatório, foram inicia<strong>do</strong>s em fins de<br />

1939, paralelamente aos trabalhos de elaboração <strong>do</strong>s ante-<br />

projetos de regulamentos de acor<strong>do</strong> com a orientação tra-<br />

çada pelo presidente da Comissão, à vista <strong>do</strong> plano de ativi-<br />

dades aprova<strong>do</strong> em sua primeira sessão.<br />

Uma das primeira medidas, tomadas pela Comis-<br />

são, foi solicitar aos Inspetores Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, nos<br />

Esta<strong>do</strong>s, informações sobre o movimento das Juntas de<br />

Conciliação e Julgamento de cada uma delas e sua compo-<br />

sição.<br />

Realizou-se, desse mo<strong>do</strong>, um vasto e completo<br />

inquérito, cujos resulta<strong>do</strong>s muito esclareceram a Comissão<br />

no desenvolvimento de seus trabalhos ulteriores.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, além da elaboração de plantas<br />

para as obras de adaptação das dependências <strong>do</strong> edifício <strong>do</strong><br />

Ministério em que deveriam funcionar os novos órgãos <strong>do</strong><br />

<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, tratou a Comissão de estu-<br />

dar a locação <strong>do</strong> prédio destina<strong>do</strong> ao <strong>Conselho</strong> Regional <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> e às Juntas de Conciliação e Julgamento com<br />

sede no Distrito Federal, uma vez que não era possível<br />

56


instalar esses órgãos no edifício <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

dada a falta de salas disponíveis. Foram visitadas, de de-<br />

zembro de 1939 a outubro de 1940 cerca de vinte edifícios<br />

localiza<strong>do</strong>s na Esplanada <strong>do</strong> Castelo, mas ao fim dessas<br />

visitas, e de acor<strong>do</strong> com a recomendação <strong>do</strong> Exmo. Sr.<br />

Ministro, escolheu-se para sede <strong>do</strong>s órgãos da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> nesta Capital o edifício <strong>do</strong> Instituto de Aposenta-<br />

<strong>do</strong>ria e Pensões <strong>do</strong>s Bancários, no qual foram locadas as<br />

dependências necessárias a instalação <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Regio-<br />

nal e de seis Juntas de Conciliação e Julgamento, com as<br />

respectivas Secretarias, além <strong>do</strong> distribui<strong>do</strong>r e da Procura-<br />

<strong>do</strong>ria Regional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista o critério de máxima economia<br />

possível, a Comissão julgou aconselhável fosse solicitada<br />

aos Interventores Federais a cessão de edifícios públicos,<br />

para neles serem instala<strong>do</strong>s os órgãos locais da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, especialmente nos Esta<strong>do</strong>s em que tivessem sede<br />

os <strong>Conselho</strong>s Regionais, isto é, nos Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pará, Ceará,<br />

Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande<br />

<strong>do</strong> Sul. Em tal senti<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> oficia<strong>do</strong> ao então titular<br />

da pasta Ministro Waldemar Falcão. S.Exa. houve por bem<br />

expedir aviso aos Exmos. Srs. Interventores Federais na-<br />

queles Esta<strong>do</strong>s, solicitan<strong>do</strong> os bons ofícios de to<strong>do</strong>s para<br />

que pudesse ser obtida a cessão de edifícios públicos nas<br />

respectivas capitais, na forma sugerida.<br />

Apesar da boa vontade manifestada por essas al-<br />

tas autoridades estaduais, não foi possível conseguir o que<br />

se pretendia, salvo em relação a Pernambuco, onde se obte-<br />

57


ve a cessão de algumas dependências disponíveis no<br />

"Fórum" de Recife, por nímia gentileza <strong>do</strong> Exmo. Sr. Dr.<br />

Agamemnon Magalhaes ex-titular da pasta <strong>do</strong> trabalho e<br />

atual Interventor Federal no aludi<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Assim, pois, viu-se a Comissão obrigada a promo-<br />

ver a escolha e locação de prédios nos Esta<strong>do</strong>s, onde insta-<br />

lasse os órgãos locais da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, de acor<strong>do</strong><br />

com os recursos financeiros existentes. Por determinação<br />

ministerial foram incumbi<strong>do</strong>s dessa missão os Delega<strong>do</strong>s<br />

Regionais <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> os quais, articula<strong>do</strong>s<br />

com a Comissão, cuidaram de todas as providências que se<br />

faziam necessárias para a locação das sedes <strong>do</strong>s <strong>Conselho</strong>s<br />

Regionais e Juntas de Conciliação e Julgamento nos Esta-<br />

<strong>do</strong>s.<br />

Quer no Distrito Federal, quer nos Esta<strong>do</strong>s, em<br />

sua quase totalidade, foi necessário realizar obras de adap-<br />

tação nos edifícios e dependências loca<strong>do</strong>s, conforme as<br />

conveniências <strong>do</strong>s serviços a serem instala<strong>do</strong>s.<br />

Tais obras de adaptação, assim como as despesas<br />

de aluguéis, constam discriminadamente <strong>do</strong>s anexos ns. 17<br />

e 18, caben<strong>do</strong> salientar que os maiores gastos foram efetua-<br />

<strong>do</strong>s no edifício <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, onde se acham<br />

instala<strong>do</strong>s os vários órgãos <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Traba-<br />

lho.<br />

Providencian<strong>do</strong> desse mo<strong>do</strong> a instalação de to-<br />

<strong>do</strong>s os órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> vinha a Comissão<br />

concomitantemente trabalhan<strong>do</strong> na realização das concor-<br />

rências administrativas para a aquisição <strong>do</strong> material perma-<br />

58


nente e de consumo destina<strong>do</strong> aos aludi<strong>do</strong>s órgãos e, bem<br />

assim, para as obras de adaptação a realizar, conforme tu<strong>do</strong><br />

consta <strong>do</strong> capítulo VIII, sob o título "Concorrência".<br />

Quanto à distribuição <strong>do</strong> material permanente e<br />

de consumo pelos vários órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, em<br />

to<strong>do</strong> o território nacional, constitue trata<strong>do</strong> em detalhe no<br />

capítulo IX deste relatório.<br />

Os trabalhos de instalação exigiram da Comissão<br />

os maiores esforços, aplica<strong>do</strong>s indistintamente por to<strong>do</strong>s os<br />

seus membros na execução <strong>do</strong> plano por ela aprova<strong>do</strong>. E,<br />

mesmo depois de instalada a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a 1o. de<br />

maio de 1941, continuou a Comissão desenvolven<strong>do</strong> uma<br />

grande atividade, quer no recebimento e distribuição <strong>do</strong><br />

material adquiri<strong>do</strong>, quer no processamento de contas e,<br />

finalmente, no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s processos relaciona<strong>do</strong>s com os<br />

trabalhos de instalação propriamente ditos, inclusive o ex-<br />

pediente, a cargo da Secretaria.<br />

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro <strong>do</strong> 1942 (a)<br />

FRANCISCO BARBOSA DE RESENDE, presidente.<br />

59


A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO<br />

Trechos da Exposição de motivos <strong>do</strong> Exmo. Sr.<br />

Ministro da Justiça dirigida ao Excelentíssimo Senhor Pre-<br />

sidente da República no encaminhamento <strong>do</strong> ante-projeto<br />

da C.L.T.:<br />

"Sr. Presidente da República<br />

Tenho a grande honra de apresentar a Vossa Exce-<br />

lência o projeto definitivo de Consolidação das Leis<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, relevante cometimento jurídico e so-<br />

cial, cuja redação última foi procedida, haven<strong>do</strong><br />

si<strong>do</strong> escrupulosamente apreciadas as sugestões e<br />

emendas propostas ao ante-projeto, após uma ver-<br />

dadeira auto-crítica que a própria comissão efe-<br />

tuou, <strong>do</strong> texto original divulga<strong>do</strong> pelo Diário Ofi-<br />

cial de 5 de janeiro <strong>do</strong> corrente ano.<br />

2. A Comissão cotejou e julgou cerca de <strong>do</strong>is mil<br />

reparos, observações ou comentários feitos à Con-<br />

solidação.<br />

10. Projetada a ação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em várias direções,<br />

para atender ao tratamento de situações, para aten-<br />

der ao tratamento de situações especiais e constan-<br />

tes em uma mesma órbita jurídica, impõe-se, desde<br />

o instante em que se surpreende a unidade interna<br />

60


desses problemas, prescrutar a sua inteligência or-<br />

dena<strong>do</strong>ra, que será então a "ratio legis" <strong>do</strong> sistema<br />

normativo necessário.<br />

11. Esse o significa<strong>do</strong> da Consolidação que não é<br />

uma coleção de leis, mas a sua coordenação siste-<br />

matizada.<br />

Não é apenas um engenho de arquitetura legislati-<br />

va, mas uma recapitulação <strong>do</strong>s valores coerentes,<br />

que resultaram de uma grande expansão legislativa<br />

anterior, em um da<strong>do</strong> ramo <strong>do</strong> direito.<br />

81. Finalmente, quanto à Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, deli-<br />

berou-se a exclusão de toda a parte consistente em<br />

regimento de órgãos e serviços, bem como <strong>do</strong>s as-<br />

suntos referentes à administração <strong>do</strong>s seguros so-<br />

ciais.<br />

82. O julgamento <strong>do</strong>s agravos foi eleva<strong>do</strong> ao seu<br />

verdadeiro nfvel, que é o da instância superior, ne-<br />

cessário à adequada conceituação desses recursos e<br />

à jurídica apreciação da respectiva substância. Apu-<br />

rou-se, outrossim, a definição, estabelecen<strong>do</strong>-se a<br />

forma <strong>do</strong> seu processamento e os efeitos que gera.<br />

83. Tais, em rápida resenha, as principais modifica-<br />

ções operadas no ante-projeto publica<strong>do</strong>. De todas<br />

61


essas alterações deflui um único pensamento - o de<br />

ajustar, mais e mais, a obra constituída às diretrizes<br />

da Política Social <strong>do</strong> Governo, fixadas de maneira<br />

tão ampla e coerente no magnífico quadro das dis-<br />

posições legais que acabam de ser recapituladas.<br />

84. Ao pedir a atenção de Vossa Excelência para<br />

essa notável obra de construção jurídica, afirmo,<br />

com profunda convicção e de um mo<strong>do</strong> geral, que,<br />

nesta hora dramática que o mun<strong>do</strong> sofre, a Consoli-<br />

dação constitui um marco venerável na história de<br />

nossa Civilização, demonstra a vocação brasileira<br />

pelo direito e, na escureza que envolve a humanida-<br />

de, representa a expressão de uma luz que não se<br />

apagou.<br />

Apresento a Vossa Excelência os protestos <strong>do</strong> meu<br />

mais profun<strong>do</strong> respeito.<br />

Rio de Janeiro, 19 de abril de 1943.<br />

a) Alexandre Marcondes Filho<br />

Como muito bem frisou o Sr. Ministro Marcon-<br />

des Filho, a "Consolidação não é uma simples coleção de<br />

leis, mas a sua coordenação sistematizada", essa grandiosa<br />

obra de codificação introduziu profundas marcas entre as<br />

relações individuais e coletivas de trabalho, entran<strong>do</strong> em<br />

vigor em 10 de novembro de 1943.<br />

62


PRESIDENTES<br />

DO<br />

CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO<br />

Miguel Calmon du Pin e Almeida, na qualidade<br />

de Ministro da Agricultura, Indústria e Comércio assume a<br />

presidência para a instalação em 23.8.23.<br />

Instala<strong>do</strong> o <strong>Conselho</strong>, assume a presidência o Sr.<br />

Miguel Osório de Almeida e o <strong>Conselho</strong>, por aclamação<br />

indica o 1o. Presidente.<br />

1o. AUGUSTO VIVEIROS DE CASTRO<br />

de agosto de 1923 a feve-<br />

reiro de 1925<br />

2o. ATAULPHO NÁPOLES DE PAIVA<br />

3o. MÁRIO DE ANDRADE RAMOS<br />

de fevereiro de 1925 a no-<br />

vembro de 193Q<br />

de janeiro de 1931 a janeiro<br />

de 1933<br />

4o. CASSIANO TAVARES BASTOS<br />

de Janeiro de 1933 s janeiro<br />

de 1935<br />

5o. FRANCISCO BARBOSA REZENDE<br />

de janeiro de 1936 a março<br />

de 1942<br />

8o. SILVESTRE PÉRICLES DE GOIS MONTEIRO<br />

63<br />

de março de 1942 a julho<br />

de 1943


7o. FILINTO MULLER<br />

de julho de 1943 a novem-<br />

bro de 1945<br />

8o. GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES<br />

de fevereiro de 1946 a se-<br />

tembro de 1946<br />

data da transformação <strong>do</strong> C.N.T. em T.S.T.<br />

MEMBROS DO CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO<br />

ALBERTO SUREK 1941<br />

ABELARDO MARINHO DE A. ANDRADE 1939<br />

ALFREDO BALTAZAR DA SILVEIRA 1934<br />

ALBERTO VIEIRA PEREIRA DA CUNHA . 1934/35/36<br />

ALFREDO CONRADO NIEMEYR 1933<br />

AUGUSTO O. VIVEIROS DE CASTRO 1923/25<br />

A. VICENTE DE ANDRADE BEZERRA 1923/24<br />

AFRANIO PEIXOTO 1923/26<br />

ATAULPHO NÁPOLES DE PAIVA 1924/30<br />

ANTONIO PRADO LOPES PEREIRA 1926/29<br />

AMÉRICO LUDOLF 1929/39<br />

ANTONIO MOITINHO DORIA 1931/32<br />

AUGUSTO PARANHOS FONTENELLE 1935/39<br />

ARTHUR HORTENCIO BASTOS 1935/39<br />

ALBERTO CUNHA 1936<br />

64


ANTONIO RIBEIRO FRANÇA FILHO 1939<br />

ALFEU GUEDES NOGUEIRA 1944<br />

ANTONIO GARCIA DE MIRANDA NETO 1941/45<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL 1945/46<br />

AFFONSO TOLEDO BANDEIRA DE MELLO . 1931/35<br />

TEN.CEL. AYRTON BITENCOURT LOBO ... 1943/45<br />

ÁLVARO CORRÊA DA SILVA 1934/39<br />

ANTONIO FERRAZ 1939<br />

CARLOS DE CAMPOS 1923/24<br />

CARLOS GOMES DE ALMEIDA 1923/30<br />

CASSIANO MACHADO TAVARES BASTOS 1930<br />

CARLOS PEREIRA DA ROCHA 1931<br />

CARLOS DE FIGUEIREDO 1931<br />

CARLOS TELES DA ROCHA FARIA 1923/33<br />

CUPERTINO DE GUSMÃO 1939<br />

DEODATO DA SILVA MAI A JÚNIOR 1932/33/39<br />

DULPHE PINHEIRO MACHADO 1923/30<br />

ERNESTO PEREIRA CARNEIRO 1927/31<br />

EDUARDO VASCONCELOS PEDERNEIRAS . 1935/39<br />

EDUARDO MONIZ 1946<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA 1S34/39<br />

EDGARD DE CASTRO RABELLO 1934/36<br />

F. PAES LEME DE MONLEVADE 1925<br />

FRANCISCO ANTONIO COELHO 1926/31<br />

FRANCISCO DE OLIVEIRA PASSOS 1931/33<br />

FRANCISCO BARBOSA DE REZENDE .... 1931/34/39<br />

FERNANDO MARIO BORGES DE A. RAMOS ... 1946<br />

GERALDO AUGUSTO DE FARIA BATISTA 1940<br />

65


GABRIEL OSÓRIO DE ALMEIDA 1923/26<br />

GUSTAVO FRANCISCO LEITE 1923/34<br />

GERALDO ROCHA 1926/31<br />

GABRIEL LOUREIRO DA SILVA BERNARDES 1933/34<br />

GUÁLTER JOSÉ FERREIRA 1934/38<br />

HUMBERTO SMITH DE VASCONCELLOS . . . 1936/39<br />

ILDEFONSO DE ABREU ALBANO 1934<br />

IVENS DE ARAUJO 1943<br />

IRINEU MALAGUETA 1934/39<br />

JOÃO VILLAS BOAS 1939<br />

JOAQUIM MARIANO DE AZEVEDO CASTRO . . . 1933<br />

JULIO DE ALBUQUERQUE PRESTES 1926/27<br />

JOSÉ DE MIRANDA VALVERDE 1929/30<br />

JOSÉ DE SÃ BEZERRA CAVALCANTI 1939/45<br />

JELMIREZ BELO DA CONCEIÇÃO 1943<br />

JOÃO CARLOS DUARTE FILHO 1941/45<br />

JOSÉ COSSEMELLI 1945<br />

JULIO FINTON 1945<br />

JOÃO ANTERO DE CARVALHO 1945<br />

JOSÉ CÍCERO DO NASCIMENTO 1945<br />

JES ELIAS CARVALHO DE PAIVA 1946<br />

JOÃO DE LOURENÇO 1933/34<br />

JORGE LUIZ GUSTAVO STREET 1933/34<br />

JOSÉ L. SALGADO SEABRA 1934/39<br />

JOSÉ MENDES CAVALHEIRO 1934/38<br />

JOSÉ CÂNDIDO DE LIMA FERREIRA 1938<br />

JOSÉ MATHIAS COSTA BAPTISTA 1939<br />

LIBANIO DA ROCHA VAZ 1923/32<br />

66


LUIZ GUEDES DE MORAES SARMENTO 1929/30<br />

LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA 1939<br />

LUIZ MENDES RIBEIRO GONÇALVES 1939<br />

LUIZ AUGUSTO DE REGO MONTEIRO 1934<br />

LUIZ DE PAULA LOPES 1934/39<br />

MARIO DE ANDRADE RAMOS 1923/33<br />

MANOEL PEDRO VILLABOIM 1926<br />

MARCIAL DIAS PEQUENO 1940/45<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO 1943/45<br />

MANOEL TIBURCIO DA SILVA 1934/38<br />

MILTON SOARES DE SANTiANNA 1938<br />

MARCOS CARNEIRO DE MENDONÇA 1939<br />

NELSON PROCOPIO DE SOUZA 1941<br />

OSWALDO GOMES DA COSTA MIRANDA 1938<br />

OZEAS MOTA 1939/45<br />

OSCAR SARAIVA 1934/39<br />

PEDRO BENJAMIM CERQUEIRA LIMA . .. 1931/34/39<br />

PERCIVAL GODOY ILHA 1945<br />

PAULO LEOPOLDO PEREI RA DA CÂMARA .... 1946<br />

RAYMUNDO DE ARAUJO CASTRO 1923/26/39<br />

ROMULO GOMES CARDIM 1943<br />

SEBASTIÃO MOREIRA DE AZEVEDO 1937/39<br />

SALUSTIANO ROBERTO DE LEMOS LESSA . 1941/45<br />

VLADISLAU HERCULANO DE FREITAS 1924/26<br />

VICENTE DE PAULA GALLIEZ 1933/35<br />

VALDEMAR FERREIRA MARQUES 1945<br />

WALDEMAR CROMWELL DO REGO FALCÃO 1932/33<br />

67


ATA DA SESSÃO SOLENE PB INSTALAÇÃO DO<br />

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO<br />

Aos vinte e três dias <strong>do</strong> mês de setem<br />

bro de mil novecentos e quarenta e seis, na sala de sessões <strong>do</strong><br />

<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, realizou-se a sessão solene de<br />

instalação <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, organiza<strong>do</strong> em vir<br />

tude da reforma introduzida na estrutura da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

pelo Decreto-Lel n9 9 797, de 9 de setembro corrente, às cator-<br />

ze horas, com a presença <strong>do</strong> Excelentíssimo Senhor Otacílio Ne-<br />

grão de Lima, digníssimo Ministro <strong>do</strong> Irabalho, altas autoridades<br />

representantes de organiza±ot-r, sindicais e pessoas convidadas,<br />

o Sr, Presidente declarou aberta a sessão, dan<strong>do</strong> inicio à sole-<br />

nidade, pronuncian<strong>do</strong> a segainie "Er.tre os viandes acon-<br />

tecimentos; da nossa vida Juríciü., »ociai e eco^omica, nao pode<br />

deixar de ser fixada, pela sua extensão o profundida:le, a rcfor<br />

ma introduzida r.a estrutura ia Ousti;a <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pelo Decre-<br />

to-Lei a? 9 797, de 9 deste çes, Essa reforma é ao mesmo tempo,<br />

uma síntese das aspirações mais legítimas das classes produto -<br />

ras e corolário de muitos anoa de sacrifícios, de experiências<br />

e de estu<strong>do</strong>s. As modificações suosianciais, que tanto vem bene-<br />

ficiar os órgãos constitutivos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, nao re -<br />

presentam simples desejo de aconpanhar a marcha <strong>do</strong> tempo ou sin<br />

guiar temor de anacronismo. Antes, refletem um esta<strong>do</strong> de neces-<br />

sidade, resultam das próprias condições sociais e econômicas <strong>do</strong><br />

país. Hoje podemos afirmar que o Brasil possui - como, aliás, o<br />

exigiam a sua cultura social e a sua consciência Jurídica - au-<br />

tentica magistratura <strong>do</strong> trabalho. Na realidade, a lei fundamen-<br />

tal, há dias promulgada, incluin<strong>do</strong> a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no ca-<br />

pítulo referente ao Poder Judiciário, manten<strong>do</strong>-lhe o feitio pa-<br />

ritário, dan<strong>do</strong> aos seua tribunais denominações diversas das an-<br />

tigas, lmprimin<strong>do</strong>-lhe novas diretrizes condizentes com a peculia<br />

ridade <strong>do</strong>s seus fins, reclamava essa solução. Impunha a formaç©<br />

de novo clima para o debate e julgamento <strong>do</strong>s feitos trabalhistas<br />

onde os interesses individuais e os interesses coletivos pudes-<br />

68


sem ser aprecia<strong>do</strong>s no mesmo plano em que agem e se desenvolve*,<br />

os demais ramos <strong>do</strong> Poder Judiciário, Entre as medidas impostas<br />

pela recente reforma, que devem ser focalizadas como expressões<br />

de equilíbrio, de estímulo e de independência, cumpre-nos ressaltar<br />

as condiçoes de provimento e acesso <strong>do</strong>s cargos conetantes<strong>do</strong><br />

seu quadro, condições para as quais foram fixadas normas<br />

altamente moraliza<strong>do</strong>res e inspiradas nos padrões da Justiça Co<br />

mum. O ilustre Ministro Negrão de Lima, a cuja inteligencia,ab<br />

negação e decidi<strong>do</strong> patriotismo, tanto e tanto se deve o êxito<br />

da reorganizarão <strong>do</strong> sistema judiciário trabalhista, afirmou,na<br />

exposição de motivos, encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Pre<br />

sidente da República, e é certo, que o regimen em que se encon<br />

trava a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> constituía verdadeira anomalia<br />

"qual seja a de serem os tribunais de instância superior constituí<strong>do</strong>s<br />

inteiramente de Juizes ocasionais, sem garantias, impossibilita<strong>do</strong>s,<br />

por isso mesmo, de se dedicarem exclusivamente<br />

ao árduo mister de julgar, ao passo que os únicos juizes pro -<br />

fâsionais - os presidentes de Junta - sao Juizes, apenas, de<br />

primeira instância, e ocupam cargos Isola<strong>do</strong>s, sem carreira e<br />

sem acesso àqueles tribunais." Tais entraves e dificuldades fo<br />

ram agora neutraliza<strong>do</strong>s pelo Decreto-Lei 9 7 9?, que inaugura,<br />

na Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, uma fa6e de estímulos e de garantias sa<br />

lutares, bem de acôfr<strong>do</strong> com a li;ão e advertência de Nabuco de<br />

Araujo -:"Não há administração da Justiça sem magistra<strong>do</strong>s índe<br />

pendentes, Não podemos ter esses magistra<strong>do</strong>s, se a magistratura<br />

não for uma profissão, <strong>do</strong>tada de estabilidade e de futuro,<br />

cercada de vantagens e de esperanças, " Criada para lirimir os<br />

conflitos oriun<strong>do</strong>s das relações entre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s,<br />

reguladas na legislação social, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pela com<br />

petêncla, critério, devotamento e civismo <strong>do</strong>s seus componentes,<br />

heroieneutas da paz social, tem procura<strong>do</strong> dar forma viva aos seus<br />

compromissos e postula<strong>do</strong>s, que podem ser resumi<strong>do</strong>s na fórmula<br />

definitiva: equilíbrio entre o capital e o trabalho. Assim, es<br />

ta instituição vem concorren<strong>do</strong> para a formação da nova consciên<br />

cia social brasileira, Quem medita na extensão territorial <strong>do</strong><br />

país, e, conseqüentemente, nas dificuldades inúmeras a vencer;<br />

quem conhece os nossos hábitos, os nossos preconceitos, as nossas<br />

superstições e oa nossos erros; quem examina, enfim os nossos<br />

meios econômicos e sociais, está em condições de avaliar os<br />

resulta<strong>do</strong>s até agora obti<strong>do</strong>s pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Sem dúvida,<br />

ela concorre poderosamente para a dignificação <strong>do</strong> trabalho<br />

69


humano. Mas, na execução <strong>do</strong>s seus objetivos jurídicos e sociaes,<br />

na defesa <strong>do</strong> direito de to<strong>do</strong>s, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> nao age,nem<br />

poderia agir de mo<strong>do</strong> eficaz, sem atender às condições paicológi<br />

cas e sociais da gente brasileira e particularmente das nossas<br />

massas trabalha<strong>do</strong>ras. Suas normas e diretrizes repelem, bendito<br />

Deus, os mais longínquos sinais de violência ou de coação. Ao<br />

assumir a gestão administrativa e técnica desta pasta, que tem<br />

honra<strong>do</strong>, o Ministro Negrão de Lima focalizou esses importantes<br />

fatores, observan<strong>do</strong>:"As nossas questões apresentam peculiaridades<br />

ligadas ao nosso ambiente, à nossa ín<strong>do</strong>le, à nossa formação<br />

moral e espiritual, não comportan<strong>do</strong> medidas extremas, violentas<br />

e subversivas. Os conserva<strong>do</strong>res estão antedata<strong>do</strong>s em relaçao a<br />

esta época. Não podemos nos guiar por eles, Maa, devemos,também<br />

nos acautelar contra os perigos, as seduções e os avanços <strong>do</strong>s<br />

que se colocam no extremo oposto, pleitean<strong>do</strong> soluções de caráta:<br />

simplista ou remédios drásticos, para as desigualdades sociais.<br />

As medidas e soluções importantes podem e devem ser encontradas<br />

em processo firme de readaptação e de reforma, frete aos postula<br />

<strong>do</strong>s da política social cristã e as inquietações e angústias em<br />

que vivem milhares de brasileiros. "Essa fórmula de equilíbrio,<br />

essa lição de bom senão, esse exemplo de serenidade administrativa,<br />

que o atual governo vem revelan<strong>do</strong>, na defesa <strong>do</strong>s interesses<br />

coletivos, constitui também o clima em que se desenvolve a<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, To<strong>do</strong>s estamos empenha<strong>do</strong>s era colaborar, e é<br />

urgente que o Brasil em peso colabore, na execução <strong>do</strong> vasto e<br />

patriótico programa de política social <strong>do</strong> Presidente Eurico Dutra,<br />

Autonoma, <strong>do</strong>tada de fisionomia própria, Jurisdicional, nem<br />

por isso deve a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> Mostrar-se indiferente ou<br />

desinteressada das múltiplas atividades desta Secretaria de Esta<strong>do</strong>,<br />

que também se destina, pelos deus diferentes órgãos, a<br />

promover a harmonia das nossas classes, numa palavra, a paz<br />

social. Assinalamos, com orgulho, o esforço, a perseverança, a<br />

bravura intelectual com que se conduziram os membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong><br />

<strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, estruturan<strong>do</strong> o direito trabalhista brasileiro,<br />

desfazen<strong>do</strong> equívocos, infundin<strong>do</strong> confiança através de<br />

suas decisões, eliminan<strong>do</strong> obstáculos de toda ordem. Foi um la -<br />

bor contínuo, múltiplo, seguro, em que as idéias e opiniões se<br />

70


agitaram num esplêndi<strong>do</strong> ambiente de cultura, de elevação moral<br />

e patriotismo lnexcedível. Por prova ou exemplo, aí estão, nas<br />

publicações oficiais ou nos livros e revistas téonlcas, os aeórdãos<br />

a votos proferi<strong>do</strong>s aqui estão mapas e relatórios. Verl<br />

fica-se, através destes, que, em 1 945, o antigo <strong>Conselho</strong> Na -<br />

clonal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> Julgou 1 137 processos, <strong>do</strong>s quais 10 de<br />

dissídios coletivos. Em U6, mercê <strong>do</strong> esforço exaustivo e fecun<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>s,seus membros, preocupa<strong>do</strong>s, como se mostraram, em colocar<br />

rigorosamente em dia os serviços dêata Tribunal, foram aprecia<br />

<strong>do</strong>s 1 376 processos, e destes importa distinguir 1)6 concernentes<br />

a demandas coletivas. Tais demandas constituem matéria de<br />

magna relevância, de extrema complexidade pela soma de lnterês<br />

ses que envolvem, Apesar de tu<strong>do</strong>, pode-se afirmar, em tese,que<br />

os pronunciamentos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> nestes litígios vêm<br />

satisfazen<strong>do</strong> as aspirações gerais. Inúmeras reclamações inicia<br />

das há menos de cinco meses na primeira Instância e que transi<br />

taram pelos <strong>Conselho</strong>s Regionais, Já foram, em grau de recurso<br />

extraordinário, julgadas por esta Superior instância, Eis aí.<br />

De to<strong>do</strong>s os setores da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - aqui, nos extintos<br />

<strong>Conselho</strong>s Regionais, nas Juntas de Conciliação e Julgamen<br />

to, nos serviços administrativos, numa Burpreendente homoge -<br />

neldade de esforços - há compreensão e entusiasmo pela realização<br />

dessa grande obra de tranquilidade e segurança soalaiB,<br />

bestacamos, ainda, num preito de Juatlça, a cooperação preciosa<br />

<strong>do</strong> Ministério Público Trabalhista, Vacilante, na sua fase<br />

inlaial. Já agora a Justiça trabalhista nós oferece uma coleção<br />

de Julga<strong>do</strong>s, um repositório de decisões, uma riqueza de<br />

Jurisprudência que fixaram bem a Bua admirável posição na vida<br />

Jurídica nacional. Justiça eficiente e rápida, Êsae, o pensamento<br />

<strong>do</strong>minante no espírito de quantoB se dedicam a essas atividades,<br />

tão nobres e generosas; de quantos sentem que ap suas<br />

peças hão de movimentar-se Já agora com mais agilidade; de<br />

quantos sentem que, da eficiência deBta Justiça, depende a<br />

própria segurança <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, cujos problemas econômicos se encontram<br />

intimamente vincula<strong>do</strong>s às forças representativas ao ca<br />

pitai e <strong>do</strong> trabalho. É êate Tribunal, sem contestação, uma das<br />

mais delicadas instituições humanas, pela aua estrutura e pelos<br />

aeua objetivos. Aparelhá-lo de acor<strong>do</strong> com o seu desenvolvimento,<br />

aprimorar a instalação <strong>do</strong>s aeus órgãos, <strong>do</strong>tá-lo <strong>do</strong>s elemen<br />

71


tos indispensáveis ao perfeito desempenho de sua miseSo,prover<br />

coo cuida<strong>do</strong> os seus postos,, selecionar juizes que venha» muni<strong>do</strong>s,<br />

"nSo apenas d* saber jurídico ou de conhecimentos técnicos,<br />

mas da espírito de sacrifício e de apostola<strong>do</strong>" sSo proble<br />

sas que vêm sen<strong>do</strong> solucionadas sen pausa, desde os seus primír<br />

dioa, Tenos observa<strong>do</strong>, respeitáveis ouvintes, e constitui o f&<br />

to sinal esplêndi<strong>do</strong> de vitalidade dêote Tribunal, .que, aléa <strong>do</strong><br />

respeito aos textos legais, sempre existiu aqui, em alto grau,<br />

o senti<strong>do</strong> da cousa pública, a compreensão, o reconhecimento da<br />

liberdade coao condição fundamental da existência humana e,fl<br />

fulnent«, o espirito moderno, isto i, a inteligência <strong>do</strong>s problemas,<br />

<strong>do</strong>s debates, das reses sociais <strong>do</strong> século em que vivesos,<br />

A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, para atingir a fase que hoje se<br />

Inaugura de reestrutura<strong>do</strong> definitiva <strong>do</strong>s seus quadros, ooa<br />

o fim de facilitar a cristalização das idéias básicas de rapl<br />

deze eficiência, passou, enrre nrfa, por <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s: primei<br />

ro, o da sua formação, através <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s técnicos e <strong>do</strong>s Juristas,<br />

além da atuação decisiva, qus nés testemunhamos, da<br />

quantos integraram os seus primeiros órgãos, numa quadra de ge<br />

ral Incompreensão; segun<strong>do</strong>, o da consolidação <strong>do</strong>s seus preceitos,<br />

tarefa de que participaram, com brilho, os seus honra<strong>do</strong>s<br />

naglstra<strong>do</strong>s, Anima-os o pensamento da unidade espiritual das<br />

classes nucleares <strong>do</strong> Brasil, anima-os a certeza de que estio<br />

deante de um Direito Movo, forma<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com as nossas asplr&çSee,<br />

necessidades e realidades, direito que hé de concorrer<br />

para o nOsso maior prestígio moral, econômico e social, na<br />

ansiedade e no sofrimento da civilização contemporânea. Senhores<br />

Juizes <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: parece-nos desnecessário<br />

frisar a satisfação com que recebemos o ato governa -<br />

mental, que vos investiu de tão altas e nobres funçSes públl -<br />

cas. Temos fé na vossa reconhecida i<strong>do</strong>neidade moral, na vossa<br />

opulenta cultura, nos vossos conhecimentos de direito social,<br />

Estamos seguros, sem nenhuma dúvida, da elevação e brilho com<br />

que vos condulireis no desenfpenho <strong>do</strong> vosso mandato. Emprega<strong>do</strong>s<br />

e emprega<strong>do</strong>ras, força a dizê-lo, muito se hão de beneficiar da<br />

Sabe<strong>do</strong>ria <strong>do</strong>s vossos arestos e Independência <strong>do</strong>s,vossos atos.<br />

Desejamos, finalmente, expressar o nosso louvor àqueles que<br />

deixaram de participar diste Tribunal, louvor a que têm Júa<br />

72


pelos exemplos dignificantes de operosidade e civismo que soube<br />

ram transmitir, contribuin<strong>do</strong>, destarte, para o maior prestígio<br />

da Justiça <strong>do</strong> trabalho. O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, consti<br />

tui<strong>do</strong> pelo esforço, pelo esfôrço, pela compreensão, pela clarividência<br />

<strong>do</strong> atual Governo, continuará a manter este ambiente de<br />

harmonia era benefício da ordem social, colocan<strong>do</strong> acima de quais<br />

quer outros fatores, o pensamento vivo <strong>do</strong>s supremos interêsses<br />

nacionais". A seguir, em nome <strong>do</strong> Ministério Público Trabalhista<br />

falou o Sr, Procura<strong>do</strong>r Geral Amerino Ferreira Lopes, para trazer<br />

a sua saudarão ao novo Tribunal, Disse S.Exa,-: "como parte inte<br />

grante da organização Judiciária trabalhista, a Procura<strong>do</strong>ria Gei<br />

rai da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> está presente a esta solenidade e<br />

vem trazer aos Egrégios Juizes as congratulações pelo reinício<br />

de suas atividades judicantes, sob a égide de'nova lei que<br />

lhes atribui composição nova, som quebra da finalidade substan<br />

ciai de oonoiliar e julgar o« dissídios individuais e coleti -<br />

vos entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res e as demais controvérsia«<br />

oriundas de relações <strong>do</strong> trabalho regidas por legislação social.<br />

Foi assim a 19 de maio de 1 9'll e assim continua a ser o objeti<br />

vo idêntico, dentro da órbita <strong>do</strong> poder Judiciário nacional,sob<br />

o amparo <strong>do</strong> preceito escrito no número V <strong>do</strong> artigo 9'l da Consti^<br />

tuiçao promulgada a 18 <strong>do</strong> corrente mês. No transcurso desses -<br />

cinco anos padeceu a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> de males impostos pela<br />

teimosia impertinente que a queria meramente declaratória e até<br />

mesmo pela irreverência a provocar abalos na confiança <strong>do</strong>s Julga<strong>do</strong>s<br />

trabalhistas. Nao valeram para a cessação da grila as. decisões<br />

<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong> Tribunal <strong>do</strong> País, nem a sensata opinião<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>utos nas letras Jurídicas, Já agora, porém, o dispositivo<br />

constitucional proscreveu a obstinação pretenciosa e nno admite<br />

a pertJnacia <strong>do</strong>s desacatos. Reafirma-se nonovo Estatuto 1'OlJttico<br />

a parcela de poder que cabe à justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, na esfera<br />

de suas atribuições, no resguar<strong>do</strong> <strong>do</strong> principio fundamental <strong>do</strong><br />

poder judiciário consistente na soberania <strong>do</strong> direito como condi<br />

çao suprema da paz política e da ordem Jurídica e social.Também<br />

está no reverso a condenação da prepotência pela vedação a cada<br />

qual de fazer justiça por suas próprias mãos e ainda noswe la<strong>do</strong><br />

se firma que a impunidade em nada aproveita aos viola<strong>do</strong>ren das<br />

instituições sociais protegidas pelas sanções das leis. A proou<br />

ra<strong>do</strong>rla da Justiça efitará, como sempre esteve, na vigilância da<br />

73


oa execução das disciplinas que <strong>do</strong>minam toda a trajetória <strong>do</strong><br />

direito trabalhista e a respectiva incidência sãbre as classes<br />

trabalha<strong>do</strong>ras. Nunca deixou, nem dpixará, dentro ou fóra <strong>do</strong> âmbito<br />

em que exercita suas nobilitantes funções, de bemdlzer a<br />

sabe<strong>do</strong>ria e a Integridade como forma<strong>do</strong>ras da sublimidade de pro<br />

ceder e de agir por parte <strong>do</strong>s Juizes <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, impávi<strong>do</strong>s e<br />

serenos ante os ponteagu<strong>do</strong>s espinhos, por mais acèrbos que sejam<br />

E vale,registrar, com o prazer com que ora faço, a atuação deci<br />

siva de um Procura<strong>do</strong>r ilustre e parlamentar brilhante, que é<br />

o Sena<strong>do</strong>r Attillo Vlvacqua, na Sub-Coolssão Parlamentar a que<br />

esteve afeto o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Poder Judiciário, objetivan<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ção<br />

<strong>do</strong> preceito constitucional que se consagrou para elevar ainda<br />

mais a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Resta-nos d'oravante prosseguir na<br />

nossa faina jurídica e com a mira certa no reconhecimento <strong>do</strong> dl<br />

relto a quem legitimamente o tiver. Ê to<strong>do</strong> êle de simplicidade<br />

o aparelho de que nos servimos para a aplicação da justiça e su*<br />

base se encontra no próprio desejo das partes, esclareci<strong>do</strong> pela<br />

autoridade judiciária através <strong>do</strong>s elementos persuasivos, conducentes<br />

& educação da vontade <strong>do</strong>s dissidentes para a concórdia e<br />

capazes de levá-las ii certeza de que mais lucrativo é o acor<strong>do</strong><br />

amigável <strong>do</strong> que o recurso às dsmandas. Teuho seoç>re me manifesta<strong>do</strong><br />

no senti<strong>do</strong> de que as leis trabalhistas são fórmulas protetoras<br />

da nacionalidade, confiadas à guarda e ao patriotismo das<br />

classes à que mais diretamente se referem ou, então, normas edu<br />

cativas que se praticam mais pelos movimentos da bôa razão <strong>do</strong><br />

que pelo espantalho das punições. Já apontei como uma das manei<br />

ras dessa educação as decisões <strong>do</strong>s Juizes e Tribunais, proferidas<br />

com elevação moral, a fim de que constituam o ensino certo<br />

da lei em suas justas determinações, despertem os sentimentos<br />

de civismo e mereçam o acatamento devi<strong>do</strong> h autoridade educatlvA,<br />

Tem o Poder Judiciário <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a sua ordem Jurídica, a sua<br />

sistemática de coordenação e cooperação e, alinhan<strong>do</strong> os meios<br />

de que dlBpõe, fácil se torna o ajuntamento <strong>do</strong>s elementos educa<br />

tlvos e Instrutivos para melhor compreensão de deveres das cla£<br />

ses trabalha<strong>do</strong>ras, permitin<strong>do</strong> que se lhes reBguardem direitos e<br />

garantias em termos convenientes de bôa ordem, construída sob a<br />

influência de fraterna solidariedade e reforçada por laços de<br />

74


liberdade e de justiça. Integral será, ao vosso la<strong>do</strong>. Egrégios<br />

Juízes, toda a nossa dedicação a irrestrito o nosso ap&io à<br />

verdadeira prática da Justiça e diversa não é a orientação diá<br />

ria que nos vem <strong>do</strong> digno e ilustre Ministro Otacílio Negrão de<br />

Lima, Temos ti<strong>do</strong> até o presente o auxílio poderoso <strong>do</strong> saber <strong>do</strong>s<br />

advoga<strong>do</strong>s que militam no foro trabalhista e tão nobre é a causa<br />

que a to<strong>do</strong>s nós cabe defender que estou certo de que o favor <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>utos formará conosco na santidade desa defesa. Também o con -<br />

trôle da opinião pública sobre os atos <strong>do</strong>s julga<strong>do</strong>res nunca dei/<br />

xou de ser garantia para o aperfeiçoamento da justiça e da sua<br />

exata distribuição. Ditas estas palavras de saudação a toda a<br />

magistratura trabalhista, estamos seguros de que cada vez mais<br />

se firmará o alicerce em que se baseia o trono de realeza da<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, símbolo da magestosa soberania <strong>do</strong> Direito','<br />

Logo após, em nome <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s que militam na Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

fez-se ouvir o advoga<strong>do</strong> Nélio Reis, congratulan<strong>do</strong>-se com<br />

a Justiça:"excelentíssimo senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Exmí.Sr,<br />

Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Exmoa. Sr3. Representantes<br />

das Autoridades, Srs, Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal -<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, minhas senhoras, meus senhores: Fui designa<strong>do</strong> por<br />

meus colegas para, em nome <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s, testemunhar as nossas<br />

congratulações por esta festa que representa mais uma dignifica<br />

ção para a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Quem, como nós, vive volta<strong>do</strong> -<br />

com os olhos vigilantes e de ternura para o progresso <strong>do</strong> Direito<br />

Social entre nós, esta festa tem um significa<strong>do</strong> to<strong>do</strong> especial<br />

ela representa mais um marco da ascensão realizada pelo Tribunal<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> como um complemento da caminhada de fecundação <strong>do</strong> IL<br />

reito Social, 0 que faz, ou melhor, um <strong>do</strong>s sintomas <strong>do</strong> envelhe<br />

cimento precoce das leis é o seu feitio polemista, T3da lei reflete,<br />

em regra, a prevalência dç uma teoria <strong>do</strong>utrinária, de<br />

uma corrente espiritual a que se filia ou o legisla<strong>do</strong>r coletivo<br />

ou o legisla<strong>do</strong>r individual. Por isto se assinala, com procedência,<br />

que a bõa lei é aquela que faz a fusão das correntes <strong>do</strong>utri^<br />

nárias, que realiza o amálgama legislativo, Poderemos dizer que<br />

é esta a hipótese que acaba de ocorrer com a Justiça <strong>do</strong> Traba -<br />

lho, Duas festas magníficas, <strong>do</strong>is instantes de emoção para o co<br />

ração de quantos vivera em constante zelo pelo Direito Social e<br />

pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; a primeira delas é a <strong>do</strong> enquadramento<br />

75


da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no âmbito <strong>do</strong> Poder Judiciário e, logo a<br />

seguir, a transformaçSo da estrutura judiciária desta Justiça,<br />

que possibilitou a magnifica festa a que estamos assistin<strong>do</strong> e<br />

que de to<strong>do</strong> o coração estamos participan<strong>do</strong>. Determinan<strong>do</strong> a nomeação<br />

de sete memhroo por dcüj£imção <strong>do</strong> Sr. Presidente da República,<br />

a lei foi ssáhia concilian<strong>do</strong> as duas correntes e pcrmi<br />

tin<strong>do</strong> que nelas se inoiuisoe <strong>do</strong>is elementos nao toga<strong>do</strong>s. Abriu,<br />

assim, as suas portas para os economistas, para os sociólogos,<br />

para os estudiosos de to<strong>do</strong> venero e forma de cultura, de sorte<br />

que eles possam contribuir, que venham completar a formuçao<br />

<strong>do</strong>gmática <strong>do</strong> próprio Tribunal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. S.Exa., o Sr, Preal<br />

dente, no seu magnifico discurso, pos em desfaque, na ordem <strong>do</strong>s<br />

Julgamentos pelo Tribunal Trabalhista, o volume, o número <strong>do</strong>s<br />

dissídios coletivos aqui resolvi<strong>do</strong>s, S, fixa, mencionou, se nao<br />

me falha a lembrança, o número '16 de processos coletivos aqui<br />

resolvi<strong>do</strong>s, Estas sentenças, to<strong>do</strong>s nós sabemos, as sentenças<br />

coletivas, normativas, tem força de lei e é um grande espírito,<br />

Alfre<strong>do</strong> Palácio, que nos diz que ela tem um senti<strong>do</strong> social e<br />

econômico; Gastão Gbze fala no senti<strong>do</strong> biológico das leis e na<br />

da mais natural que para orientá-las sejam chama<strong>do</strong>s estes elementos<br />

de cultura, que são os alicerces de um pronunciamento<br />

definitivo da própria legislação, Ê por Isto, Senhores, que nós<br />

vemos, pela voz <strong>do</strong>s tratadistas, pela voz autorizada <strong>do</strong>s júris<br />

tas, a dignificação da elaboração legislativa pelo concurso das<br />

diversas formas da cultura humana, Podemos dizer que esta Jus ti<br />

ça realizou, sob este aspecto, a caminhada definitiva, conci -<br />

lian<strong>do</strong> as duas correntes, aquelas correntes que entende que devia<br />

este Tribunal aer um Tribunal toga<strong>do</strong>, como conciliou também<br />

a corrente que entende que a contribuição classista ó um elemen<br />

to preponderante e definitivo de uma boa realização social, Sra,<br />

esta festa, de que estamos participan<strong>do</strong> de to<strong>do</strong> coração, sinceramente<br />

comovi<strong>do</strong>s, não é apenas uma festa de alegria, Ela é,<br />

também, um ato de compromisso, um compromisso de que a Justiça<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> há de saber compreender e dignificar esta magnitude<br />

que lhe foi reservada, sucessivamente, pela mão <strong>do</strong> Sr, Presiden<br />

te da República e pelo voto <strong>do</strong>s Representantes de nosso Povo,"<br />

Por fim, proferiu o Exm\ Sr, Otacilio Negrão de Uma, Ministro<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, indústria e Comércio o seguinte discursos "A inst.n-<br />

76


lação dêate Tribunal Superior marca uo ponto alto no movimento<br />

da revisão • d* estuda das questões trabalhistas apreendidas<br />

pelo Oovârno <strong>do</strong> Senhor Presidente da República Eurico Dutra,per<br />

mlto-me, ei relação a 3ste Egrégio Tribunal 9 & organização da<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>s, nos Esta<strong>do</strong>s, destacar os constantes e inteligentes<br />

esforços <strong>do</strong> vosso Presidente, Ministro Qeral<strong>do</strong> Monte<br />

d3nlo Bezerra de Menezes, N«a termos da reforma recentemente ei»<br />

tabelocida, em perfeita consonância com &B disposições da Constituirão,<br />

a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> acaba de integrar-se ao Poder<br />

Judiciário e passa a revestir-se das condições, direitos e ga -<br />

rantlas que cercam de majestade a função <strong>do</strong> Juiz, A melhoria da<br />

sorte <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res depende, como é claro, dòs seus própries<br />

esforços, da sua inteligência, <strong>do</strong> seu lnterêsse proflssional,<strong>do</strong>.<br />

seu senso Bindlcal, <strong>do</strong> seu espirito de compreensão, de sobrledj.<br />

da e de família, í natural que o Esta<strong>do</strong> defenda estas virtudes,<br />

amparan<strong>do</strong>-aa com medidas tendentes ao levantamento <strong>do</strong> seu nível<br />

da existência, de e<strong>do</strong>cação e de cultura. A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

nio foi instituída em favor de uns ou de outros, porque, então,<br />

não seria Justiça. S sim, previdente instrumento <strong>do</strong> progresso<br />

social, cria<strong>do</strong> pelo próprio Esta<strong>do</strong> em face da aguda e grave repercussão<br />

que costumam alcançar os litígios entre capltale trabalho.<br />

As controvérsias e dissídios entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<br />

<strong>do</strong>res são problemas que alcançam os fundamentos da vida social,<br />

constituem algo de vivo e profun<strong>do</strong> neBte aflito universo em que<br />

nos encontramos, e nio podem ser mais resolvi<strong>do</strong>s à luz <strong>do</strong>s critérios<br />

e valores <strong>do</strong> superfície. Assim, a missão confiada a este<br />

Tribunal Superior assume enorme importância. E a solenidade de<br />

sua Instalação, a que me honro de assistir, significa o auspicioso<br />

começo de outros tempos. A esta alta magistratura, que ho<br />

Je se Inaugura sob o olhar vigilante <strong>do</strong> Brasil trabalhista, caberá<br />

tarefa mais significante <strong>do</strong> que a da simples aplicação das<br />

leis, Toca-lhe o dever de contribuir para que se crie o ambiente<br />

de confiança, mostran<strong>do</strong> às massas Inquietas ou insatisfeitas,<br />

por melo de declBões rápidas, eficientes e sábias, que é no regime<br />

da livre dlecuasão e não nos sistemas políticos de controle<br />

rígi<strong>do</strong> e despótico empunha<strong>do</strong> pelo Beta<strong>do</strong>, que elas encontrarão<br />

solução para os seus interesses a esperanças. & no vasto mar<br />

da democracia que deverão resolver-se as tormentas sociais. Haõ<br />

sei de missão mais alta <strong>do</strong> que a de Juiz. Não conheço função<br />

77


mais nobre. 0 juiz deve ser equânime, firme, justo e sábio, para<br />

mim, é a mais complexa a função <strong>do</strong> Juiz <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - o juiz<br />

moderno por excelência, e que, ao proferir o seu voto, não o fa<br />

rá com êxito, se nao tiver a acústica necessária para captar as<br />

poderosas vozes desse mun<strong>do</strong> novo - com os seus terríveis males,<br />

os seus profun<strong>do</strong>s desajustamentos e enormes dificuldades, Feliz<br />

mente, os cidadãos que compõem este Colen<strong>do</strong> Tribunal respondem<br />

por sua ilustração e patriotismo. A antiga filosofia grega -<br />

desprezan<strong>do</strong> o trabalho - considerava o artista indigno de ser<br />

cidadão. No-século XVIII, o trabalho emergiu <strong>do</strong> acinte, para toi<br />

nar-se nobre e digniflca<strong>do</strong>r, Hoje, o trabalho erigiu-se em Justiça,<br />

que é a primeira das virtudes, o justo meio entre <strong>do</strong>is ex<br />

tremos. Outros atributos essenciais ao seu exercício encontramse<br />

neste Superior Tribunal, nas pessoas de seus dignos Juizes:<br />

coragem, prudência, temperança e sabe<strong>do</strong>ria, Ê, pois, cheio de<br />

confiança que eu vos saú<strong>do</strong>, certo <strong>do</strong> brilhante desempenho que<br />

ides dar a vossos difíceis encargos enriquecen<strong>do</strong> assim a vossa<br />

folha de serviços à nossa querida Pátria, Encerran<strong>do</strong> a solenida<br />

de, o Sr. Presidente agradeceu o comparecimento <strong>do</strong> representante<br />

<strong>do</strong> Sr. Ministro, demais autoridades e de to<strong>do</strong>s quantos honra<br />

ram com a sua presença à solenidade, E, para constar, eu, Secre<br />

tárlo <strong>do</strong> Tribunal, lavrei a presente ata que vai assinada pelo<br />

Sr, Presidente e por mim subscrita. Rio de Janeiro, aos vinte e<br />

três dias <strong>do</strong> mês de setembro de mil novecentos e quarenta e seis<br />

78<br />

Secretário


COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL<br />

1946<br />

Presidente:<br />

GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Vice-Presidente:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

DELFIM MOREIRA JÜNIOR<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

JÜLIO DE CARVALHO BARATA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

OZÉAS MOTA<br />

Representação Classista:<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

79


1947<br />

Presidente:<br />

GERALDO MONTEDÕNfO BEZERRA DE MENEZES<br />

Vice-Presidente:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

DELFIM MOREIRA JÜNIOR<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

OZÉAS MOTA,<br />

até abril<br />

Representação Classista:<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

80


1948 • 1949 - 1950<br />

Presidente:<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Vice-Presidente:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

81


1951 - 1952 - 1953<br />

Presidente:<br />

GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES,<br />

até 2 de maio<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO,<br />

a partir de 2 de maio<br />

Vice-Presidente:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO,<br />

até 2 de maio<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR,<br />

a partir de 2 de maio<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

82


1954<br />

Presidente:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

Vice-Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRAS DE MENEZES<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

ALDI LIO TOSTES MALTA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

OSCAR SARAIVA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

WALDEMAR PEDROSA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JONAS MELLO CARVALHO<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />

83


1955<br />

Presidente:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO, até 1o, de maio<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR, a partir de 1o. de maio<br />

Vice-Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR, até 1o. de maio<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES, a partir de 1o. de maio<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

OSCAR SARAIVA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

WALDEMAR PEDROSA, até novembro<br />

JOAQUIM MÁXIMO DE CARVALHO JÚNIOR,<br />

a partir de dezembro<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JONAS MELLO CARVALHO<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />

84


1956<br />

Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

Vice-Presidente:<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

ALDI LIO TOSTES MALTA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

JOAQUIM MÁXIMO DE CARVALHO JÚNIOR,<br />

até 5 de dezembro<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA,<br />

a partir de 5 de dezembro<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

OSCAR SARAIVA<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JONAS MELLO CARVALHO<br />

WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />

85


1957<br />

Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

Vice-Presidente:<br />

EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

OSCAR SARAIVA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

WALDEMAR FERREI RA MARQUES,<br />

depois<br />

JESSE PINTO FREIRE<br />

JONAS MELLO CARVALHO<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />

86


1958<br />

Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÜNIOR<br />

Vice-Preisente:<br />

EDGARD RIBEI RO SANCHES, até 4 de julho<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HEBRIQUE SERRA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

GERALDO STARLING SOARES, a partir de 27 de agosto<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

OSCAR SARAIVA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JONAS MELLO CARVALHO<br />

JESSE PINTO FREIRE, até 24 de maio, depois<br />

MAURICIO LANGE<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

PERCIVAL GODOI ILHA<br />

LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA<br />

MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA,<br />

a partir de 26 de novembro, na vaga<br />

decorrente <strong>do</strong> falecimento, de Percival<br />

Go<strong>do</strong>i Ilha.<br />

87


1959<br />

Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

Vice-Presidente:<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

OSCAR SARAIVA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

MANOEL ALVES CALDEI RA NETO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JONAS MELLO CARVALHO<br />

MAURICIO LANGE<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />

LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA<br />

MARIO LOPES DE OLIVEIRA<br />

88


1960<br />

Presidente:<br />

DELFIM MOREIRA JÜNIOR, até 2 de janeiro<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA, a partir de 4 de jane<br />

Vice-Presidente:<br />

OSCAR SARAIVA, de 3 de janeiro a março<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, a partir de 4 de junho<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES,<br />

até 2 de janeiro<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO,<br />

a partir de 4 de janeiro<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

EDGARD DE OLIVEIRA LIMA, até 15 de outubrc<br />

ALLYRIO SALLES COELHO,<br />

a partir de 25 de outubro a 7 de novembro<br />

FERNANDO CARNEI RO DA CUNHA NÓBREGA,<br />

a partir de 7 de junho<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JONAS MELLO CARVALHO, depois<br />

JOSÉ DE AQUINO PORTO<br />

MAURÍCIO LANGE<br />

b • emprega<strong>do</strong>s<br />

ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL, depois<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA<br />

LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA<br />

MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA


1961<br />

Presidente:<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

Vice-Presidente:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

DOMINGOS NETTO DE VELASCO,<br />

a partir de 8 de fevereiro<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

JOSÉ DE AQUINO PORTO<br />

MAURÍCIO LANGE,<br />

depois<br />

Representação Classista:<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA<br />

LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA,<br />

depois<br />

AFFONSO TEIXEIRA FILHO<br />

MÃRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />

90


1962<br />

Presidente:<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

Vice-Presidente.<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

DOMINGOS NETTO DE VELASCO<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

JOSÉ DE AQUINO PORTO<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA<br />

AFFONSO TEIXEIRA FILHO<br />

LUIZ MENOSSI<br />

91


1963<br />

Presidente:<br />

JÜLIO DE CARVALHO BARATA<br />

Vice-Presidente:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />

DOMINGOS NETTO DE VELASCO, até 22 de março<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA, a partir de 27 de março<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

GERALDO MONTEDÓNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

Representação Classista:<br />

JOSÉ DE AQUINO PORTO, depois<br />

CHARLES EDGAD MORITZ<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA<br />

LUIZ MENOSSI<br />

AFFONSO TEIXEIRA FILHO<br />

92


1964<br />

Presidente:<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA, até 2 de janeiro<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, a partir de 2 de janeirc<br />

Vice-Presidente:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 2 de janeiro<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA,a partir de 2 de janeiro<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

MANOEL ALVES CALDEI RA NETO, até 2 de janeiro<br />

DELFIM MOREIRA JÚNIOR,<br />

de 2 de janeiro a 20 de outubro de 1964<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA,<br />

a partir de 4 de novembro<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

CHARLES EDGARD MORITZ<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA<br />

LUIZ MENOSSI<br />

AFFONSO TEIXEIRA FILHO, depois<br />

OLYMPIO FERNANDES MELLO, depois<br />

JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE CARVALHO JÚNIOR<br />

93


1965<br />

Presidente:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

Vice-Presidente:<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND,<br />

a partir de 3 de dezembro<br />

GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

CHARLES EDGARD MORITZ<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA<br />

LUIZ MENOSSI<br />

JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE CARVALHO JÚNIOR<br />

94


1966<br />

Presidente:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 14 de dezembro<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA, a partir de 14 de dezembro<br />

Vice-Presidente:<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA, até 14 de dezembro<br />

THELIO DA COSTA MONTEI RO, a partir de 14 de dezembro<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA, até 14 de dezembro<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, a partir de 14 de dezembro<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />

GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES,<br />

até 12 de maio<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA, a partir de 12 de outubro<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

CHARLES EDGARD MORITZ<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

LUIZ MENOSSI<br />

MINERVINO FIÚZA LIMA, depois<br />

ARY CAMPISTA<br />

JOSÉ JOAQUIM PEREI RA DE CARVALHO JÚNIOR<br />

95


HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

1967<br />

cPresidente:<br />

Vice-Presidente:<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

JÜLIO DE CARVALHO BARATA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

CHARLES EDGARD MORITZ<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

LUIZ MENOSSI<br />

ARY CAMPISTA<br />

JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE CARVALHO JÚNIOR,<br />

depois<br />

ANTONIO ALVES DE ALMEIDA<br />

96


1968<br />

Presidente:<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA, até 21 de agosto<br />

THÉLIO DA COSTA MONTEIRO, a partir de 21 de agosto<br />

Vice-Presidente:<br />

THÉLIO DA COSTA MONTEIRO, até 21 de agosto<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND, a partir de 21 de agosto<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 21 de agosto<br />

FERNANDO C. DA CUNHA NÓBREGA, desde 21 de agosto<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

a • emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

CHARLES EDGARD MORITZ<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

RÓMULO GOMES CARDIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ARY CAMPISTA<br />

ANTONIO ALVES DE ALMEIDA<br />

LUIZ MENOSSI<br />

97


1969<br />

Presidente:<br />

THÉLIO DA COSTA MONTEIRO<br />

Vice-Presidente:<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 2 de maio de 1969<br />

MOZART V. RUSSOMANO, a partir de 25 de junho<br />

GERALDO S. SOARES<br />

JOÃO DE L. TEIXEIRA<br />

JÚLIO DE C. BARATA, até 2 de maio de 1969<br />

RENATO GOMES MACHADO, a partir de 11 de junho<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

CHARLES EDGARD MORITZ<br />

ELIAS BUFÃIÇAL<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

RÓMULO GOMES CARDIM, depois<br />

ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ARY CAMPISTA, depois<br />

JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />

ANTONIO ALVES DE ALMEIDA<br />

LUIZ MENOSSI , até 9.10<br />

98


1970<br />

Presidente:<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

Vice-Presidente:<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

RENATO GOMES MACHADO<br />

MANOEL ALVES CALDEIRA METO, até 2 de março<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH,<br />

a partir de 6 de maio de 1970<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

ELIAS BUFÃIÇAL<br />

Representação Classista:<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />

ANTONIO ALVES DE ALMEIDA, depois<br />

MIGUEL MENDONÇA<br />

PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT, a partir de 30.9.70<br />

99


1971<br />

Presidente<br />

THÉLIO DA COSTA MONTEIRO, até 16 de dezembro<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA, a partir de 17 de dezembro<br />

Vice-Presidente:<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND, até 7 de setembro<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA, a partir de 8 de dezembro,<br />

até 16 de dezembro<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO, a partir de 17 de dezembro<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREQA, até 18 de novembro<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA, de 19 de novembro a 16 de dezembro<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA, a partir de 17 de dezembro<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ALDÍLIO TOSTES MALTA<br />

ARNALDO LOPES SUSSEKIND, até 27 de agosto<br />

RENATO GOMES MACHADO<br />

CARLOS ALBERTO BARATA SILVA, a partir de 17 de novembro<br />

FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA, até 18 de novembro<br />

CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA, a partir de 1o./12<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH<br />

Representação Classista:<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

ELIAS BUFÂIÇAL<br />

FORTUNATO PERES JÜNIOR<br />

ANTÔNIO RODRIGUES DE AMORIM<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />

ANTONIO ALVES DE ALMEIDA, depois<br />

MIGUEL MENDONÇA<br />

PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />

100


1972<br />

Presidente:<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA, até 18.12<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO, a partir de 19 de dezembro<br />

Vice-Presidente:<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO, até 18 de dezembro<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH,<br />

a partir de 18 de dezembro<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA, até 18.12<br />

Hl LDEBRANDO BISAGLIA, a partir de 19 de dezembro<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />

CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

RENATO GOMES MACHADO<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />

ELIAS BUFÃIÇAL<br />

FORTUNATO PERES JÜNIOR<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />

PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />

RUDOR BLUMM<br />

101


1973<br />

Presidente:<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO<br />

Vice-Presidente:<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />

CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

RENATO GOMES MACHADO<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />

ELIAS BUFÃIÇAL<br />

FORTUNATO PERES JÜNIOR<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ORLANDO COUTINHO<br />

PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />

RUDOR BLUMM<br />

102


1974<br />

Presidente:<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO, até 17 de dezembro<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH, a partir de 18.12<br />

Vice-Presidente:<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH, até 17 de dezembro<br />

GERALDO STARLING SOARES, a partir de 18 de dezembro<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA, até 17 de dezembro<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO,<br />

a partir de 18 de dezembro<br />

ALDI LIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />

CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

RENATO GOMES MACHADO<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a • emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />

ELIAS BUFÃIÇAL<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ORLANDO COUTINHO<br />

PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />

RUDRO BLUMM<br />

103


1975<br />

Presidente:<br />

LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH<br />

Vice-Presidente:<br />

GERALDO STARLING SOARES<br />

Correge<strong>do</strong>r:<br />

MOZART VICTOR RUSSOMANO<br />

ALDILIO TOSTES MALTA<br />

Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />

CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />

CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />

HILDEBRANDO BISAGLIA<br />

JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />

RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />

RENATO GOMES MACHADO<br />

THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />

a - emprega<strong>do</strong>res<br />

Representação Classista:<br />

ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM,<br />

até 9 de agosto<br />

ELIAS BUFAIÇAL<br />

FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />

b - emprega<strong>do</strong>s<br />

ORLANDO COUTINHO<br />

PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />

ARY CAMPISTA<br />

104


Decreto no. 16.027, de 30 de abril de 1923.<br />

Crêa o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

O Presidente da República <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> Brasil, usan<strong>do</strong> da autorização constante <strong>do</strong> art. 86 da<br />

Lei número 4.632, de 6 de janeiro de 1923, que revigorou<br />

o artigo 28, III, da lei no. 3.991, de 5 de janeiro de 1920,<br />

decreta:<br />

Art. 1o. - Fica crea<strong>do</strong> o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, que será o órgão consultivo <strong>do</strong>s poderes públicos<br />

em assumptos referentes à organização <strong>do</strong> trabalho e da<br />

previdência social.<br />

Art. 2o. - Além <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> de outros assumptos<br />

que possam interessar à organização <strong>do</strong> trabalho e da previ-<br />

dência social, o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ocupar-se-<br />

ha <strong>do</strong> seguinte: dia normal <strong>do</strong> trabalho nas principais in-<br />

dustriais, systemas de remuneração <strong>do</strong> trabalho, contrac-<br />

tos collectivos <strong>do</strong> trabalho, systemas de conciliação e arbi-<br />

tragem, especialmente para prevenir ou resolver as paredes,<br />

trabalho de menores, trabalho de mulheres, aprendizagem<br />

e ensino téchnico,accidentes <strong>do</strong> trabalho, seguros sociaes;<br />

caixas de aposenta<strong>do</strong>rias e pensões de ferro-viários, institui-<br />

ções de credito popular e caixas de credito agricola.<br />

Art. 3o. - 0 <strong>Conselho</strong> compor-se-ha de 12 mem-<br />

bros escolhi<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>us<br />

105


entre os operários, <strong>do</strong>us entre os patrões, <strong>do</strong>us entre altos<br />

funcionários <strong>do</strong> Ministério da Agricultura, Industria e<br />

Commercio e seis entre pessoas de reconhecida competên-<br />

cia nos assuntos de que trata o artigo anterior.<br />

§ 1o. - Haverá um Secretário Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>,<br />

o qual participará das sessões e superintenderá to<strong>do</strong> o servi-<br />

ço de expediente.<br />

§ 2o. - Os membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, com excepção<br />

<strong>do</strong> Secretario Geral, servirão gratuitamente.<br />

Art. 4o. - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> reu-<br />

nir-se-ha normalmente, duas vezes por mez, poden<strong>do</strong> ser<br />

convoca<strong>do</strong> extraordinariamente pelo presidente, "ex-of-<br />

ficio" ou a requerimento, pelo menos, de <strong>do</strong>us membros.<br />

Art. 5o. - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> só<br />

poderá deliberar quan<strong>do</strong> se acharem presentes, pelo menos,<br />

quatro membros.<br />

§ 1o. - As resoluções <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> serão tomadas<br />

por maioria de votos, sen<strong>do</strong> lícito inserir na acta declara-<br />

ção de voto <strong>do</strong> membro que o requerer.<br />

§ 2o. - As actas serão lavradas pelo Secretário<br />

Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> ou por quem o substituir e publicadas<br />

na revista a que se refere o art. 14.<br />

Art. 6o. - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ele-<br />

106


gerá anualmente um presidente e um vice-presidente.<br />

§ 1o. - Na falta ou impedimento <strong>do</strong> presidente e<br />

<strong>do</strong> Vice-Presidente, ao mais velho <strong>do</strong>s membros presentes<br />

caberá presidir a sessão.<br />

§ 2o. - O ministro da Agricultura, Industria e<br />

Commercio será o presidente honorário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, ca-<br />

ben<strong>do</strong>-lhe a presidencia effectiva sempre que se achar pre-<br />

sente ès suas reuniões.<br />

Art. 7o. A Secretaria <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, que funcionará sob a direção <strong>do</strong> Secretario Ge-<br />

ral, terá além deste o seguinte pessoal: um perito (nos as-<br />

sumptos enumera<strong>do</strong>s no art. 2o.), um escripturario, um<br />

steno-dactylographo, um dactylographo e um continuo.<br />

§ 1o. - Para o preenchimento de taes cargos se-<br />

rão aproveita<strong>do</strong>s, em comissão, funccionarios addi<strong>do</strong>s, e,<br />

na falta destes, emprega<strong>do</strong>s de outras repartições, desde<br />

que não resulte dahi prejuízo para o serviço publico.<br />

§ 2o. - Para auxiliarem os trabalhos <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> necessário, poderá ainda o ministro da Agricultura<br />

designar nas mesmas condições <strong>do</strong> paragrapho anterior, ou-<br />

tros funcionários effectivos ou addi<strong>do</strong>s, os quaes percebe-<br />

rão unicamente os vencimentos <strong>do</strong>s respectivos cargos.<br />

Art. 8o. - Compete á Secretaria <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Na-<br />

107


cional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>:<br />

a) colligir e systematizar a <strong>do</strong>cumentação sobre<br />

os diversos problemas de nossa economia social;<br />

b) realizar inquéritos sociaes, ouvin<strong>do</strong> os profis-<br />

sionaes e interessa<strong>do</strong>s;<br />

c) promover a observancia <strong>do</strong> disposto nas leis<br />

números 1 150, de 5 de janeiro de 1904 e 1907, de 29 de<br />

dezembro de 1906;<br />

d) propagar e fiscalizar a applicação das leis ns.<br />

976, de 6 de janeiro de 1903 e 1 637, de 5 de janeiro de<br />

1907;<br />

e) superintender a fiscalização das caixas de pen-<br />

sões e aposenta<strong>do</strong>rias de ferroviários;<br />

f) superintender a fiscalização de seguros contra<br />

accidentes <strong>do</strong> trabalho e quaesquer outros seguros operá-<br />

rios;<br />

g) executar quaesquer outros trabalhos referen-<br />

tes á organização <strong>do</strong> trabalho e da previdencia social.<br />

§ 1o. - Annexos á Secretaria <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, serão<br />

organiza<strong>do</strong>s e manti<strong>do</strong>s um museu social e uma bibliotheca<br />

108


especializada em questões de economia social.<br />

§ 2o. - Serão classificadas em fichas as informa-<br />

ções e da<strong>do</strong>s colhi<strong>do</strong>s, quer em suas investigações directas,<br />

quer em estu<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s em revista e obras recentes.<br />

Art. 9o. - Todas as attribuições de que trata o<br />

artigo anterior serão exercidas de accôr<strong>do</strong> com a orienta-<br />

ção <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, que traçará o programa <strong>do</strong>s trabalhos<br />

para cada anno.<br />

Art. 10 - O Secretário Geral providenciará de<br />

mo<strong>do</strong> que sejam sempre attendidas, com a maxima brevi-<br />

dade, as requisições que lhe forem feitas pelos membros <strong>do</strong><br />

<strong>Conselho</strong> sobre informações, da<strong>do</strong>s estatísticos e quaes-<br />

quer outros elementos de que necessitem para o esru<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

assuntos a seu cargo.<br />

Paragrapho único - Para o fim de que trata este<br />

artigo, o Secretario Geral dirigir-se-ha diretamente ás repar-<br />

tições publicas federaes, estaduaes e municipaes, bem co-<br />

mo ás associações ou corporações particulares.<br />

Art. 11-0 <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> orga-<br />

nizará o seu regimento interno, no qual serão estabelecidas<br />

medidas para regular funcionamento <strong>do</strong>s trabalhos da Se-<br />

cretaria e perfeita organização <strong>do</strong> museu e da bibliotheca,<br />

aos quaes se refere o § 1o. <strong>do</strong> artigo 8o.<br />

109


Art. 12 - Fica dissolvida a Commissão Consultiva<br />

de seguros contra accidentes <strong>do</strong> trabalho de que trata o<br />

decreto numero 14 786, de 28 de abril de 1921, passan<strong>do</strong><br />

as suas attribuições a serem exercidas pelo <strong>Conselho</strong> Nacio-<br />

nal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Art. 13 - Até 20 de fevereiro de cada anno, o<br />

Secretario Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> apresentará ao Presidente um<br />

relatório <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> anno anterior.<br />

Ar. 14 - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> publi-<br />

cará uma revista, na qual serão insertos não só as actas <strong>do</strong><br />

<strong>Conselho</strong> e pareceres <strong>do</strong>s seus membros, como também<br />

quaesquer outros trabalhos de pessoas competentes nos as-<br />

sumptos enumera<strong>do</strong>s no art. 2o.<br />

trário.<br />

Art. 15 - Ficam revogadas as disposições em con-<br />

Rio de Janeiro, 30 de abril de 1923, centésimo<br />

segun<strong>do</strong> da Independência e trigésimo quinto da Repúbli-<br />

ca.<br />

Arthur Bernardes<br />

Miguel Calmon du Pin e Almeida<br />

110


Decreto-lei no. 1 237, de 2 de maio de 1939.<br />

Art. 1o. - Os conflitos oriun<strong>do</strong>s das relações en-<br />

tre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s, reguladas na legislação so-<br />

cial, serão dirimi<strong>do</strong>s pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Art. 2o. - A Administração da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />

lho será exercida pelos seguintes órgãos e tribunais:<br />

Juizes de Direito;<br />

a) as Juntas de Conciliação e -Julgamento e os<br />

b) os <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;<br />

c) o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, na plenitu-<br />

de de sua composição, por intermédio de sua Câmara de<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Art. 3o. - O Serviço da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> é<br />

relevante e obrigatório.<br />

Art. 17-0 <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, com<br />

sede na capital da República e jurisdição em to<strong>do</strong> o territó-<br />

rio nacional, é o tribunal superior da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

Parágrafo único - A nova organização e as<br />

atribuições <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> serão objeto<br />

de lei especial, de que farão parte integrante os preceitos<br />

deste Decreto-lei, naquilo que lhe não contravierem.<br />

D.O. de 6 de maio de 1939<br />

111


Getúlio Vargas<br />

Waldemar Falcão<br />

Francisco Campos<br />

Eurico G. Dutra<br />

Henrique A. Guilhem<br />

Napoleão A. Guimarães<br />

Oswal<strong>do</strong> Aranha<br />

Fernan<strong>do</strong> Costa<br />

Gustavo Capanema<br />

Decreto no. 6 596, de 12 de dezembro ds 1940<br />

Art. 1o. - Os dissídios oriun<strong>do</strong>s das relações en-<br />

tre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s reguladas na legislação so-<br />

cial serão dirimi<strong>do</strong>s pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, na forma <strong>do</strong><br />

presente regulamento.<br />

Parágrafo único - As questões referentes a aci-<br />

dentes <strong>do</strong> trabalho continuam sujeitas à justiça ordinária,<br />

na forma <strong>do</strong> decreto no. 24 637, de 10 de iulho de 1934 e<br />

legislação subseqüente.<br />

seguintes órgãos:<br />

Art. 2o. - A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> compõe-se <strong>do</strong>s<br />

a) Juntas de Conciliação e Julgamento ou Juizes<br />

de Direito;<br />

b) <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;<br />

c) <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />

112


Art. 3o. - O serviço da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> é<br />

relevante e obrigatório, ninguém dele poden<strong>do</strong> eximir-se,<br />

salvo motivo justifica<strong>do</strong>.<br />

Decreto no. 21 396, de 12 de maio de 1932.<br />

Institue Comissões Mixtas de Conciliação e dá outras provi-<br />

dências.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Govêrno Provisório da República<br />

<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil resolve:<br />

Art. Io. - Nos municípios ou localidades onde<br />

existirem syndicatos ou associações profissionaes de em-<br />

prega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s, organiza<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com a<br />

legislação vigente, e Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria e<br />

Comércio instituirá Comissões Mixtas de Conciliação, ás<br />

quais incumbirá dirimir os dissídios entre emprega<strong>do</strong>res e<br />

emprega<strong>do</strong>s.<br />

Parágrafo único - Para os municípios ou localida-<br />

des pode não existirem associações profissionaes de empre-<br />

ga<strong>do</strong>res ou emprega<strong>do</strong>s, organizadas de acor<strong>do</strong> com a legis-<br />

lação vigente, poderá o ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria e<br />

Commércio, ou a autoridade que o represente, organizar<br />

também Comissões Mixtas de Conciliação, observan<strong>do</strong>-se o<br />

critério e formalidades previstos nos arts. 2o. e 3o.<br />

113


Art. 2o. - Â Comissão Mixta de Conciliação terá<br />

o mandato de um ano e será constituída por <strong>do</strong>is, quatro<br />

ou seis vogais, com igual número de suplentes, <strong>do</strong>s quais a<br />

metade representará os emprega<strong>do</strong>res e a outra metade os<br />

emprega<strong>do</strong>s,<br />

Art. 6o. • Não serão remuneradas as funções de<br />

membro das Comissões Mixtas de Conciliação.<br />

Art. 23 - Êste decreto entrará em yigor na data<br />

de sua publicação, regulan<strong>do</strong> os dissídios, porventura, ain-<br />

da não resolvi<strong>do</strong>s até á referida data.<br />

Art. 24 - Revogar-se as disposições em contrário.<br />

Decreto-iei no. 9 797, de 9 de setembro de 1946<br />

Altera disposições da Consolidação das Leis <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> referente à Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e dá outras pro-<br />

vidências.<br />

O Presidente da República, usan<strong>do</strong> da atribuição<br />

que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:<br />

Art. 1o. - Os arts. 644, 647, 654, 670, 872, 681,<br />

693 e 699, da Consolidação das Leis <strong>do</strong> Trabaiho, passam a<br />

vigorar com a redação seguinte:<br />

114


Juizes de Direito.<br />

"Art. 644 - São órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

a) o Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

b) os Tribunais Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os<br />

Art. 693 - O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

compõe-se de onze juizes, sen<strong>do</strong>:<br />

a) sete alheios aos interêsses profissionais nomea-<br />

<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, dentre brasileiros natos,<br />

de reputação ilibada e notável saber jurídico, especialmen-<br />

te em Direito Social, <strong>do</strong>s quais cinco pelo menos bacharéis<br />

em direito;<br />

b) quatro, representantes classistas, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s em-<br />

prega<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s, nomea<strong>do</strong>s pelo Presi-<br />

dente da República, por um perío<strong>do</strong> de 3 anos, poden<strong>do</strong><br />

ser reconduzi<strong>do</strong>s.<br />

§ 1o. - Dentre os juizes <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, alheios aos interêsses profissionais, serão, pelo<br />

Presidente da República, nomea<strong>do</strong>s o presidente e vice-pre-<br />

sidente <strong>do</strong> Tribunal.<br />

§ 2o. - Para a designação <strong>do</strong>s juizes, representan-<br />

tes classistas, o <strong>Conselho</strong> de Representantes de cada asso-<br />

ciação sindical de grau superior organizará, por maioria de<br />

votos, uma lista de três nomes, remeten<strong>do</strong>-a ao Ministro <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, Indústria e Comércio, na época em que êste de-<br />

terminar.<br />

§ 3o. - Na lista de que trata o parágrafo anterior<br />

115


figurarão somente brasileiros natos, reconhecida i<strong>do</strong>neida-<br />

de, maiores de 25 anos, quites com o serviço militar, que<br />

estejam no gôzo de seus direitos civis e políticos e contém<br />

mais de <strong>do</strong>is anos de efetivo exercício da profissão ou se<br />

encontrem no desempenho de representação profissional<br />

prevista em lei.<br />

Art. 696 - Para que possa deliberar, deverá o<br />

Tribunal Superior, na plenitude de sua composição, reunir,<br />

no mínimo, seis de seus juizes, além <strong>do</strong> presidente.<br />

em Turmas.<br />

Parágrafo único - O Tribunal poderá constituir-se<br />

Art. 2o. - Onde se lê, na Consolidação das Leis<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, "<strong>Conselho</strong> Regional" e "<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong>",<br />

leia-se "Tribunal Regional" e "Tribunal Superior".<br />

Art. 3o. - Onde se lê, na mesma Consolidação,<br />

"vogais <strong>do</strong>s <strong>Conselho</strong>s Regionais", leia-se "juizes represen-<br />

tantes classistas <strong>do</strong> Tribunais Regionais".<br />

Art. 4o. - Ficam cria<strong>do</strong>s sete cargos isola<strong>do</strong>s de<br />

provimento efetivo de juiz <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> Traba-<br />

lho, com vencimentos iguais aos <strong>do</strong>s ministros toga<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Supremo Tribunal Militar, padrão R, <strong>do</strong> Quadro Permanen-<br />

te <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria e Comércio.<br />

Parágrafo único - O Presidente e o Vice-Presiden-<br />

te <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> terão direito a uma<br />

116


gratificação de representação, a ser fixada em lei.<br />

Art. 10 - Por sessão a que comparecerem, até o<br />

máximo de 15 (quinze) por mês, perceberão os juizes re-<br />

presentantes classistas <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a<br />

gratificação de representação de Cr$ 300,00 (trezentos<br />

cruzeiros).<br />

Art. 15 - Os atuais membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Nacio-<br />

nal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> representantes de emprega<strong>do</strong>res e empre-<br />

ga<strong>do</strong>s, serão conserva<strong>do</strong>s até que sejam procedidas novas<br />

nomeações, nos termos <strong>do</strong> presente Decreto-Lei.<br />

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 1946,125o. da<br />

Independência e 58o. da República.<br />

Eurico G. Dutra<br />

Octacílio Negrão de Lima<br />

Lei no. 2 244, de 23 de junho de 1954<br />

"Art. 690 - O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

com sede na Capital da República e jurisdição em to<strong>do</strong><br />

território nacional é a instância suprema da Justiça <strong>do</strong> Tra-<br />

balho.<br />

Parágrafo único - O Tribunal funciona na pleni-<br />

tude de sua composição ou dividi<strong>do</strong> em Turmas, com ob-<br />

servância da paridade de representação de emprega<strong>do</strong>s ou<br />

emprega<strong>do</strong>res.<br />

117


Art. 693 - O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

compõe-se de 17 juizes, sen<strong>do</strong>:<br />

a) onze toga<strong>do</strong>s, alheios aos interesses profissio-<br />

nais, nomea<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, dentre brasi-<br />

leiros natos, de reputação ilibada e notável saber jurídico,<br />

especialmente em direito social, <strong>do</strong>s quais nove, pelo me-<br />

nos, bacharéis em direito.<br />

b) seis representantes classistas, três <strong>do</strong>s empre-<br />

ga<strong>do</strong>s e três <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res, nomea<strong>do</strong>s pelo Presidente<br />

da República, por um perío<strong>do</strong> de 3 anos.<br />

§ 1o. - Dentre os juizes toga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Tribunal Su-<br />

perior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, alheios aos interesses profissionais se-<br />

rão eleitos o presidente, o vice-presidente e o correge<strong>do</strong>r,<br />

além <strong>do</strong>s presidentes das turmas na forma estabelecida em<br />

seu regimento interno.<br />

§ 2o. - Para nomeação trienal <strong>do</strong>s juizes classis-<br />

tas, o Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> publi-<br />

cará edital, com antecedência mínima de 15 dias, convo-<br />

can<strong>do</strong> as associações sindicais de grau superior, para que<br />

cada uma, mediante maioria de votos <strong>do</strong> respectivo Conse-<br />

lho de Representantes, organize uma lista de trds nomes,<br />

que será encaminhada, por intermédio daquele Tribunal,<br />

ao Ministro da Justiça dentro <strong>do</strong> prazo que fôr fixa<strong>do</strong> no<br />

edital.<br />

118


ATA DA SESSÃO PB INSTALAÇÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO NA<br />

CAPITAL. FEDERAL<br />

Ao primeiro dia <strong>do</strong> mês de maio <strong>do</strong> ano de<br />

mil novecentos e ae tenta e hum, às quinze horas, tiveram início<br />

as solenidades de instalação <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

na Capital da República, presentes oe Excelentíssimos Senhores<br />

Ministros THELI O DA COSTA MONTEIRO, Presidente, ARNALDO LOPES<br />

SUSSEKIND, Vice-Presidente, FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA,<br />

Correge<strong>do</strong>r-Geral, ALDÍLIO TOSTES MALTA, HILDEBRANDO BISAGLIA ,<br />

GERALDO STARLING SOARES, FORTUNATO PERES JÚNIOR, JOÃO DE LIMA<br />

TEIXEIRA, RAIMUNDO DE SOUZA MOURA, RENATO GOMES MACHADO, MOZART<br />

VICTOR RUSSOMANO, ANTÔNIO RODRIGUES DE AMORIM, ELIAS BUFÂIÇAL ,<br />

JEREMIAS MARROCOS DE MORAES , LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECti, PE-<br />

DRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT e MIGUEL MENDONÇA, o Procura<strong>do</strong>r - Ge<br />

ral da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, <strong>Do</strong>utor MARCO AURÉLIO PRATES DE MACE-<br />

DO, e as seguintes autoridades; Excelentíssimo Senhor Professor<br />

Alfre<strong>do</strong> Buzaid, Digníssimo Ministro da Justiça, representante <strong>do</strong><br />

Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Excelentíssimo '<br />

Senhor Presidente <strong>do</strong> Egrégio Supremo Tribunal Federal, Ministro<br />

Aliomar Baleeiro, Excelentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong><br />

Federal, Sena<strong>do</strong>r Petronio Portellaj Excelentíssimo Senhor Djaci<br />

Falcão, Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior Eleitoral; Excelentíaei-<br />

mo Senhor Professor Francisco Manoel Xavier de Alcântara, Proau-<br />

ra<strong>do</strong>r Geral da Repúblicas Sua Excelência Reverendíssima D. José<br />

Newton, Arcebispo de Brasília Exaelentie&imo Senhor Coronel<br />

Hélio Prates de Silveira, Digníssimo Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Fe-<br />

derais Excelentíssimo Senhor Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Partia, Mi-<br />

nistro Ernane Sátiro; Excelentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Egrê -<br />

gio Tribunal Federal de Recursos, Ministro Amarílio Benjamitr.-,


Excelentíssimo Senhor'Representante <strong>do</strong> Egrégio Superior Tribu-<br />

nal Militar, Ministro Washington Vaz de Mello, que também com<br />

pqreosu na condição de Presidenta da Aesoaiação <strong>do</strong>e Maçistra -<br />

<strong>do</strong>s Brasileiros; Excelentíssimo Senhor Consultor Geral da Repú<br />

bliaa, <strong>Do</strong>utor Romeo de Almeida Ramos; Exoelentíssimos Senhores<br />

Ministros <strong>do</strong>s Tribunais Regionais; Exoelentíssimos Senhores Co<br />

mandantes Militares das Regiões; Excelentíssimo Senhor Pre-<br />

sidente <strong>do</strong> Tribunal de Justiça <strong>do</strong> Distrito Federal, Desembar<br />

ga<strong>do</strong>r José Colombo de Sousai Excelentíssimo Senhor Presiden-<br />

te <strong>do</strong> Tribunal de Contas da União, Ministro Abgar Renault; Ex<br />

celentissimo Senhor Comandante <strong>do</strong> Planalto, Decima Primeira<br />

gião Militar, Dióscoro Gonçalves Valei e outras autoridades e<br />

Representações diversas. Após a cerimônia de hasteamento das<br />

Bandeiras nacional, sob a exeoução <strong>do</strong> Hino <strong>Nacional</strong>, e <strong>do</strong> Dis^<br />

trito Federal, e o oorte da Fita Simbólica de inauguração <strong>do</strong> e-<br />

difício-sede <strong>do</strong> Tribunal, procedi<strong>do</strong> pelos Exoelentíssimos Senb<br />

res Ministro da Justiça, Professor Alfre<strong>do</strong> Busaid, representan<br />

<strong>do</strong> o Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúblioa, e Ministro<br />

Aliomar Baleeiro, Presidente <strong>do</strong> Egrégio Supremo Tribunal Fede-<br />

ral, teve lugar o descerramento da Placa Comemorativa, • pelas<br />

mesmas autoridades, segui<strong>do</strong> da Benção <strong>do</strong> Prédio, pelo Arcebis-<br />

po de Brasília, D, José Newton. Em seguida, na Sala das Ses -<br />

soes <strong>do</strong> Tribunal Pleno, sob a Presidência <strong>do</strong> Excelentíssimo Se_<br />

nhor Ministro THELIO DA COSTA MONTEIRO, teve inicio a Sessão '<br />

ds instalação âo Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> na Capital da<br />

Republica. Declaran<strong>do</strong>-a aberta, o Excelentíssimo Senhor Minis^<br />

tro Presidente proferiu a seguinte oração: "Reservou-me o des-<br />

tino, na qualidade de Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> Traba<br />

lho, a suprema honra de proceder a instalação desta Corte em<br />

Brasília, em dia universalmente consagra<strong>do</strong> ao trabalho, em que<br />

também se comemora o trigésimo aniversário da instituição da<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no País, verificada em primeiro de maio de<br />

mil novecentos e quarenta e hum, Acontecimentos inter-liga<strong>do</strong>s,


ecordam que as relações de trabalho, outrora sujeitas ao Zivr<<br />

arbítrio humano, careciam de normas de direito regula<strong>do</strong>ras sj<br />

r.tiià Humana das atividades sociais .Atingin<strong>do</strong> o maij ilto estágio<br />

jtí civilização e de cultura Jurídica, não seria possível relegar<br />

a um ptano secundário a necessidade de uma lejislação especifica<br />

disciplina<strong>do</strong>ra das relações entre JS forças AA produção- Capitai<br />

e <strong>Trabalho</strong>.O Esta<strong>do</strong> não poderia se olvidar da realidade social,<br />

equacionada com a denominada Revolução Industrial. /J legislação<br />

civil das nações européias, inspirada no Código de Napoleão, influ<br />

enaian<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> ocidental, não mais correspondia. :'azia~se mia<br />

ter sentir a presença <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> dan<strong>do</strong> garantia ao trabalho e<br />

melhores condições de vida ao trabalha<strong>do</strong>r, ten<strong>do</strong> em vista a sem-<br />

pre atual encíclica "Rerum Novarum", de Leão XIII, ensinan<strong>do</strong>: "O<br />

Esta<strong>do</strong> sem temer censuras de intervenção indébita, pode melhorar,,<br />

altamente, a classe operária". O Trata<strong>do</strong> de Versalhes, que pós<br />

termo a Primeira Guerra Mundial, <strong>do</strong> qual o Brasil foi um <strong>do</strong>s<br />

signatários, recomendava normas a serem observadas pelas partes<br />

contratantes naô suas respectivas legislações, no que diz respei<br />

to a proteção ao trabalho. Pela sua participação, se obrigou o<br />

Brasil a a<strong>do</strong>tar muitas das medidas votadas em as diversas Confe-<br />

rencias Internacionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a que tem compareci<strong>do</strong> e da<strong>do</strong><br />

o seu apoio. A consciência da dignidade social e <strong>do</strong>s direitos da<br />

pessoa humana impediam continuasse o trabalha<strong>do</strong>r a ser trata<strong>do</strong><br />

"aomo um menor", na feliz observação de Maritain. Assim aconte -<br />

ceu, com mais vigor, após o movimento revolucionário de mH nove<br />

centos e trinta, vida sen<strong>do</strong> dada a institutos de proteção Juríãi_<br />

ca, muitos <strong>do</strong>s quais objeto de cogitações de nossos legisla<strong>do</strong>res.<br />

Com mato seriedade o problema social trabalhista passou a ser en<br />

caraio, asseguran<strong>do</strong>-se aos trabalha<strong>do</strong>res direitos que até então<br />

não haviam si<strong>do</strong> outorga<strong>do</strong>s. Homem de visão, coube a Lin<strong>do</strong>lfo Col_<br />

lor, primeiro titular da Pasta <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, sugerir ao então Pre<br />

sidente medidas <strong>do</strong> mais profun<strong>do</strong> equilíbrio, leis fundamentais '<br />

de amparo ao trabalha<strong>do</strong>r. Daquele notável brasileiro jue '' vlas-<br />

mou a legislação trabalhista brasileira, colocan<strong>do</strong>-nvF hiatcrica<br />

121


historicamente em plano tão alto", vale reoordar a lição que es-<br />

creveuMesta hora de profundas transformações <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> eooial ,<br />

uma revolução que não forjasse e formulasse novas regras de Di-<br />

reito seria um movimento retrógra<strong>do</strong> e absur<strong>do</strong> em faoe da humani<br />

dade". Surgiu assim "um direito mais amplo,menos proprietarista"<br />

nas palavras <strong>do</strong> sau<strong>do</strong>so Ministro OSCAR SARAIVA, ganhan<strong>do</strong> corpo<br />

e alma no Brasil ate esta admirável ordenação jurídica que é a<br />

Consolidação das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a qual, como salienta<strong>do</strong> pela<br />

Comissão Elabora<strong>do</strong>ra de seu Anteprojeto, representa "a coordena-<br />

ção de altitude e asoenção para um mun<strong>do</strong> melhor em prosseguimen<br />

to da grande aspiração da alma humana em busca da Justiça e da<br />

Veradde". Como enfatisa<strong>do</strong> na Exposição de motivos que acompanha*<br />

o Projeto da Consolidação, ela representou "o diploma <strong>do</strong> Idealis^<br />

mo excepoional <strong>do</strong> Brasil, reajustan<strong>do</strong> o imenso e fundamental p»<br />

oesso de sua dinâmica econômica, nas suas relações com o traba-<br />

lho, aos padrões mais altos de dignidade e de humanidade da Jus^<br />

tiça social".O sindicalismo no 3rasil abrira as portas para a<br />

compreensão <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s,mais ainda para a daqueles a quem<br />

cumpria ceder,alicerçan<strong>do</strong> na valorização e dignificação humana<br />

<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r,em prol <strong>do</strong> bem- estar social.Daí o caminho perccv<br />

ri<strong>do</strong>, sem lutas de classe, para toda essa legislação social ,<br />

obra jurídica de alto senti<strong>do</strong> humano e cristão, honra e glória<br />

de um povo culto e civiliza<strong>do</strong>. Ecoam ainda, as palavras de<br />

Sua Santidade o Papa Paulo VI, em Genebra, perante a Assembléia<br />

da Organisação Internaoional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>}"Nunca mais o trabalho<br />

acima <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>nunoa mais o trabalho contra o trabalha<strong>do</strong>r,<br />

mas sempre o trabalho para o trabalha<strong>do</strong>r". Comungan<strong>do</strong> aom<br />

esse entendimento, autentico jurista forma<strong>do</strong> ao calor dessas<br />

idéias, com o firme propósito de dar ao trabalha<strong>do</strong>r a posição<br />

a que ele tem direito, evidente com o Plano de Integração So-<br />

cial" que deverá produzir efeitos positivos dentro de um prazo<br />

razoável e representa, desde já, a certeza de um amanhã melhor<br />

para cada família de operário", salientava o Presidente Mediei<br />

por ocasião da assinatura <strong>do</strong> Decreto que visa dar meios aos<br />

122


aos Sindicatos para o exeroíoio de uma completa aaei8tência ao-<br />

cial aos sindicaliza<strong>do</strong>s: "Lembre-ee o trabalha<strong>do</strong>r que o suor de<br />

sua fronte não é maia o sinal de, sua contribuição para o en-<br />

grandecimento da Pátria, Ê ainda o penhor de que ele ee enobre^<br />

ce a cada jornada de trabalho, como participante <strong>do</strong> produto na-<br />

cional". Em verdade, o Esta<strong>do</strong> e 09 homens da empresa tem o de<br />

ver de tornar o trabalha<strong>do</strong>r real na comunidade em que viva,<br />

A produção tem um ssnti<strong>do</strong> maior que o lucro e a acumulação de<br />

riquezas, Certo, "a produçãc não s o fim mas o meio ao alcan-<br />

ce da sociedade para tornar cada vez melhores as condições de<br />

vida da pessoa humana. O problema social não passa de um pro -<br />

blema de distribuição <strong>do</strong>s recursos proporciona<strong>do</strong>s pelas ativida<br />

de a econômicas de conformidade aom os princípios da moral"(JACÍ<br />

MONTENEGRO MAGALHÃES - "Esboço Sooial Econômico da Economia In-<br />

dustrial Brasileira" - Janeiro, 1 960), O dia que os homens se<br />

capacitarem que são membros de um corpo volta<strong>do</strong> para o bem co-<br />

mum, não haverá mais rasào para as desordena contemporâneas<br />

que afligem a humanidade. i'ma das causas dessas desordens resi-<br />

de no regime econômico vigente no mun<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> lamentá-<br />

veis deficiências , sobre tu<strong>do</strong> no setor da distribuição. Enquan-<br />

existente o individualismo egoísta, a falta de solidariedade<br />

cristã, a cupidez, 4 ganância, o apego às riquezas, remedio<br />

algum de consequências econômicas túrá resulta<strong>do</strong>. Ainda impede<br />

o advento da Justiça Social, nomo aponta<strong>do</strong> no ''Serviço Social",<br />

aob a então direção <strong>do</strong> Padre Sabóia. Há que ae objetivar, enfim,<br />

a a<strong>do</strong>ção "de uma politica de verdadeira justiça social, co-^le-<br />

tada por instituições de segurança soltai e de bem estar coleti^<br />

vo, atendi<strong>do</strong>s antes os pressupôs toa de aaude e de eduaação", se_<br />

gun<strong>do</strong> o magistério de OSCAR SARAIVA. Felizmente Já começam os '<br />

homens a se convencer da necessidade de umcí reforma na estrutu-<br />

ra da empreaa no senti<strong>do</strong> de sua deo tinação econômico-joeial. A<br />

empresa nao mais pode ser considerada como n0Mar


ao capital investi<strong>do</strong>» Capital e <strong>Trabalho</strong> devem visar a produção<br />

no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> bem- comum, ou seja, obtenção de meios destina<strong>do</strong>s<br />

a proporcionar melhores condições de vida ã pessoa humana, à sa<br />

tis/ação de seus básico» anseios. Compreensível, portanto, aue<br />

nos dias atuais se tenha evoluí<strong>do</strong> para a forma prática da subor<br />

dinação <strong>do</strong>e empreendimentos economicoe ao bem-setar social, mes.<br />

mo nas iniciativas privadas, na' qual a produção assume pre<strong>do</strong>mi-<br />

nante relevo. Em última análise, valoriza<strong>do</strong>, dignifica<strong>do</strong> na<br />

sua condição de pessoa humana, integra<strong>do</strong> na empresa e na comuni^<br />

dade nacional, eonatifcui o trabalha<strong>do</strong>r força-trabalho inteira -<br />

mente devotada _a produção.A legislação que o ampara e o prote-<br />

ge,bem observada, assegura o clima indispensável de confiança en_<br />

tre o Capital e o <strong>Trabalho</strong> no senti<strong>do</strong> de paz sócial,Pois bem,ne£<br />

se dia primeiro de maio de mil novecentos e quarenta e hum, da-<br />

ta sem dúvida histórica,o Presidente GETÚLIO VARGAS instalava a<br />

Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e sublinhava sua elevada miaeão:" Cumpre -<br />

lhe defender de to<strong>do</strong>s os perigos a nossa modelar legislação so-<br />

cial trabalhista, aprimorá-la pela Jurisprudência coerente, pe-<br />

la retidão e firmeza das sentenças, Da nova magistratura outra<br />

coisa não esperam o Governo, emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res e a es -<br />

clareaida opinião nacional"» Com o advento da Constituição de<br />

mil novecentos e quarenta e seis, graças, sobretu<strong>do</strong>, a atitude<br />

<strong>do</strong> ínclito Presidente EURICO GASPAR DUTRA, a Justiça ao Traba-<br />

lho iniciou nova fase, integran<strong>do</strong>-sé no Poder Judiciário. tiá<br />

trinta anos, em pleno funcionamento, está a Justiça <strong>do</strong> Trabalhe,<br />

como já se tem dito muitas vezes, "distribuin<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os<br />

quadrantes da Pátria benefícios inumeráveis à grande massa de<br />

obreiros de sua grandeza". Vem cumprin<strong>do</strong> a sua missão orienta -<br />

da no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> interesse público acima <strong>do</strong> interesse de clas-<br />

se ou particular. Face ás dissenções sociais, como instrumento<br />

de pacificação coletiva,enquadra o fato social na ordem jurídi-<br />

ca. <strong>Do</strong>tada <strong>do</strong> mais alto poder, qua e nenhum outro ôrgao <strong>do</strong> Poda?<br />

Judiciário e atraibuí<strong>do</strong>, qual seja, o de proferir decisões nor-<br />

124


mativas nos dissídios coletivos de natureza econômica, dispon<strong>do</strong><br />

sobre novas condições de trabalho, procura a formula mágica da<br />

fixação de justo salário e da justa retribuição as empresas in-<br />

tereaaadas. Hão nos caben<strong>do</strong> a nós juizes trabalhistas discutir<br />

o problema econômico da inflação, limita-se a reajustar o sala<br />

rio nominal face ao sistema legal vigente. Interferin<strong>do</strong>, de con<br />

seguinte, na« relações contratuais de trabalho, modifican<strong>do</strong>-as<br />

sempre que necessário: Assim, as justas reinvidicaçÕes, outro-<br />

ra oonsideradae "caso de polícia", encontram atendimento e<br />

pronta solução.• A harmonia entre o Capital e o <strong>Trabalho</strong> e asse-<br />

gurada, Condições de i/tda que resguardem a dignidade da pessoa<br />

humana <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, paz e segurança social são procuradas e<br />

estabelecidas. Graças Ò ação decisiva e rápida da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, as graves de caráter econômico, por vezes de origem<br />

suspeita, bem sempre claras ou legitimas, encontram termos pron<br />

tamente, quan<strong>do</strong> não evitadas. /I intervenção <strong>do</strong> Judiciário deve<br />

ser mesmo positiva, pois se o exercício <strong>do</strong> direito de greve se<br />

inscreve como postula<strong>do</strong> constitucional, o fato ê quf esse feno<br />

meno, ainda que consideraao natural nos pa'iseB democráticos ,<br />

transcende <strong>do</strong>s interesses das partes para afetar os da própria<br />

coletividade, por vezes comprometen<strong>do</strong> a tranquilidade pública ,<br />

capaz de perturbar a vida e o progresso da Nação pelos prejuv -<br />

zos trazi<strong>do</strong>s 5 sua economia, "crian<strong>do</strong> um esta<strong>do</strong> de espírito que<br />

impede a eficienaia da produtividade", como diz SEGADAS VIANA-<br />

(Instituições de Direito <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - oág. 419). Com seus al-<br />

tos desígnios estabelecen<strong>do</strong> normas justas de trabalho com per -<br />

feito entendimento e exata compreensão da macsa obreira e patro<br />

nal, para manter íntegras as relações entre ambas e o clima de<br />

confiança indispensáveis ao bem-estar da famtlia. Enfim, a ver-<br />

dadeira Justiça Social, concorren<strong>do</strong> para a formação moral de<br />

um povo psico-sooialment-e prepara<strong>do</strong> para enfrentir os antagonis^<br />

mos gera<strong>do</strong>s pela conjuntura sócio.econômica de um País na sua<br />

caminhada para o desenvolvimento. Prova dissp, da sua importân-<br />

cia, <strong>do</strong> que ela representa no cenário politico, econômico e so-<br />

125


social <strong>do</strong> Pais, constituin<strong>do</strong> uma das matas <strong>do</strong> atual Governo no<br />

senti<strong>do</strong> de sua dinamização, solicitan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong> um plano capa» de atender as reais neoessidddes de<br />

sua expansão. O sempre crescente número de realamações traba-<br />

lhistas, cujo volume acompanha o ritmo de expansão econômica<br />

das diferentes regiões <strong>do</strong> Pais, o surto industrial <strong>do</strong>s últimos<br />

anos através de incentivos de natureza varia, produzin<strong>do</strong> efei -<br />

que nos limites da ação <strong>do</strong> Judiciário Trabalhista se traduz<br />

pelo esgotamento da capacidade de julgar de muitos de seus<br />

órgãos, situa<strong>do</strong>s em regiões de acentua<strong>do</strong> desenvolvimento, exi-<br />

giam a criação de novas Juntas de Conciliação e Julgamento. A-<br />

presenta<strong>do</strong> ao Governo em tempo recorde, considera<strong>do</strong> de urgen -<br />

cia prioritária, submeti<strong>do</strong> ao Congresso <strong>Nacional</strong>, converteu -<br />

se em lei com a criação de uma só Vez, de 74 órgãos de primeira<br />

instancia nas oito regiões em que se subdivide a jurisdição tra<br />

balhista. Acontecimento extraordinário, saben<strong>do</strong>-se apenas exis-<br />

tentes 196 Juntas em to<strong>do</strong> o território <strong>Nacional</strong> em 30 anos de<br />

funoionamento da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Paralelamente a essa ini-<br />

ciativa, outra não menos importante, a que estabelece normas (<br />

para a criação de órgãos de primeira instância na Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, caben<strong>do</strong> ao Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> dizer de sua<br />

necessidade e conveniência, observa<strong>do</strong>s os critérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s na<br />

Lei que tomou o número S.63Õ de 2 de dezembro de 1970. No ter -<br />

reno das edificações e aquisição de imóveis, registramos com<br />

satisfação, já em edifícios próprios os Tribunais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />

das Segunda, Quarta e Oitava Regiões, a primeira e a última tam<br />

bém abrigan<strong>do</strong> as Juntas de Conciliação e Julgamento sedia -<br />

das nas capitais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s de São Paulo e Pará. Para as Jun<br />

tas de Fortaleza, adquiri<strong>do</strong> pelo Tribunal Regional da Sétima<br />

Região adequa<strong>do</strong> prédio, dispon<strong>do</strong> de verba para a compra de ou-<br />

tro onde se situar. Brevemente deverá ser inaugura<strong>do</strong> o edifi -<br />

cio próprio <strong>do</strong> Tribunal Regional da Terceira Região e Juntas<br />

de Belo Horizonte, com escritura já lavrada. Er- adiantada cons-<br />

trução, com inauguração prevista para julho, o edifício <strong>do</strong> ?ri-<br />

126


Tribunal Regional lo '<strong>Trabalho</strong> da Quinta Região «» ^«we de Sai-<br />

v-i<strong>do</strong>r. ?om construção já iniciada o edifício-ucde <strong>do</strong> Tribunal<br />

Regional <strong>do</strong> ' <strong>Trabalho</strong> da 'Jcxta Região e Juntas de Recife, além<br />

da de Manaus, no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas - Oietva Região.Culminan<strong>do</strong><br />

O magnífico adifício-sede deste Tribunal, em Sraaília, iue<br />

ora se inau.gura, corren<strong>do</strong> à conta de nossa administração mais<br />

de <strong>do</strong>si terços da obra. Construí<strong>do</strong> mediante convcncio com a<br />

tiOVACAP, está condignamente instala<strong>do</strong> com mobiliário adequa<strong>do</strong>,<br />

através de concorrência pública. Tu<strong>do</strong> isso fo*i possível graças<br />

ao apoio <strong>do</strong> i'xce lentíssimo Jenhor Presidente da República, a<br />

quem, nesoe instante, dirigimos o nosso agrada cimento. Xstã es-<br />

ta Justiça a necesai tar agora ao Código de hrocesso <strong>do</strong> Traba -.<br />

lho cujo projeto foi elabora<strong>do</strong> pelo Ministro Mczart Victor Rue<br />

somano, Já reviête pelo autor e <strong>do</strong>is outros eminentes mes-<br />

tres de Direito <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Ministros Arnal<strong>do</strong> Sussekind e Re-<br />

zende Puech. Ao recebe-lo e>- solenid~.de realizada no Minist : -<br />

rio da Justiça, pre.*sou Sua Excelência *enhor Ministro Al -<br />

fre<strong>do</strong> Buzaid: "C projeto <strong>do</strong> novo Código vert. atender antiga pre-<br />

ocupação <strong>do</strong> (rovêrno 10 3*nti<strong>do</strong> de ale inçar o. paz social e a<br />

prosperidade HUP .tonar*' ts-xda". Tão .'nkH- se : ornar<br />

uma realidade, :mmprv


neste inesquecível dia histórico de tÕo alta dignificação para<br />

o trabalha<strong>do</strong>r nacional, com quem noa congratulamoe pelo trans-<br />

curso de sua magna data, para o Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />

- órgão de cúpula <strong>do</strong> Poder Judiciário Trabalhiata - dá-nos for<br />

çaa re<strong>do</strong>bradas para prosseguirmos na obra a que nos propusemos<br />

realizar no senti<strong>do</strong> da afirmação cada vez maior da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>, atenta â sua elevada destinação constitucional.MeroS<br />

de Deus continuará asseguran<strong>do</strong> ao Brasil o clima de Paz c Bem<br />

Estar de que tanto aareae indispensável ao aeu progresso e a<br />

sua grandeza para a felicidade de seus filhos. Como Presidente<br />

desta Corte , tenho a honra de declarar instala<strong>do</strong> na Capital '<br />

Federal o TRIBUNAL SUPERIÒR DO TRABALHO." A seguir,o Exce-<br />

lentíssimo Senhor <strong>Do</strong>utor Procura<strong>do</strong>r Geral aaaim se manifestou:<br />

"Excelentíssimas autoridades já referidas pelo Senhor Ministro<br />

Presidente desta Corte.Senhores Ministrosfminhas Senhorao;Meus<br />

Senhores; Nos alvores de minha vida académica,li,certa feita ,<br />

da lavra <strong>do</strong> grande Pedro Lessa, que "em uma das páginas mais<br />

comoventes <strong>do</strong>s pensamentos, Marco Aurélio,a suprema eclosão <strong>do</strong><br />

estoicismo, agradece, profundamente reconheci<strong>do</strong>,ao seu precep-<br />

tor,Junio-RuBtico,os extremos cuida<strong>do</strong>s de que foi cerca<strong>do</strong> nos<br />

primeiros anos da mocidade para o fim de ae conservar • sempre<br />

estranho e completamente insensível às seduções <strong>do</strong> luxo e aos<br />

artifícios da retórica".Confesso-vos, após abeberar-me na fon-<br />

te <strong>do</strong> notável pensa<strong>do</strong>r romano, a sua mensagem me tocou profun-<br />

damente,de tal maneira,que,mercê de Deus,o8 enleios <strong>do</strong> fausto<br />

jamais conseguiram atrair-me,e aos ornamentos pomposos da fala,<br />

a minha própria formação moral impediu o recurso. Ho correr da<br />

toda a minha modesta vida pública,a palavra proferida,simples,<br />

correspondeu sempre ao ditame <strong>do</strong> sentimento.Por isto mesmo, a-<br />

gora,mais uma vez,na qualidade de Procura<strong>do</strong>r Geral da Justiça<br />

<strong>do</strong> Traba lho, neste cenário mgalana<strong>do</strong>,permiti, vos t ran emita<br />

tão só ao emoçocs que me vão na aZma.ffm meio á fasta <strong>do</strong> tra-<br />

balho,deste primeiro.de maio de mil novecentos e setenta e<br />

hum, vivemos o momento alegre e sublime <strong>do</strong> encontro de duas uer<br />

128


verdade o: BRASÍLIA, sob a administração honrada, inteligente e<br />

feounda <strong>do</strong> ilustre Governa<strong>do</strong>r Hélio Prates, BRASÍLIA,radiante e"<br />

hospitaleira,moça e já adulta,viven<strong>do</strong> o presente a sobraçar o<br />

'futuro, e a JUSTIÇA DO TRABALHO, oujos componentes, para gáudio<br />

@ orgulho de to<strong>do</strong>s nós, são tradicionalmente, Juízes que Têm a core<br />

ciência de não agirem em pura investigação e frio julgamento,mas<br />

na bela expressão de Teillar Chardin, como "obreiros da terra" ,<br />

solidários sempre com o destino <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r nacional. Oai a re_<br />

levãnoia deste Tribunal na ordem econômica e social brasileira ,<br />

ao aplicar os princípios da justiça social e ao estabelecer har-<br />

monia e solidariedade entre as categorias sociais de produção. C<br />

que se tem assisti<strong>do</strong> no curso da história <strong>do</strong> Tribunal Superior '<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ê a afirmação de preceitos que consubstanciam esta<br />

outra verdade incontestável:- "o que é preciso para estar presen<br />

to, é ser contemporâneo <strong>do</strong> futuro". Esta ê, aliás,uma das caraa te_<br />

risticas <strong>do</strong> Direito <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, cuja maior proximidade com a rç<br />

lidade, faz se constitua no Direito de uma civilização em mudan-<br />

ça, num processo de adaptação social da máxima de Caaordaire: -<br />

"Na luta <strong>do</strong> fraco contra o for te, a liberdade ê que escraviza, a<br />

lei protege". Viven<strong>do</strong> uma época de ruptura - o presente a desli^<br />

gar-60 <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, nossas soluções são sucessivas e proviso<br />

rias. O que nos é permanente é tão SÓ o esforço pa identificar,<br />

para encontrar simetriaações que atenuem as diversidades <strong>do</strong> po<br />

der econômico. Para bem compreendermos o significa<strong>do</strong> deste ins-<br />

tante, vivi<strong>do</strong> num Brasil em paz e trabalha<strong>do</strong>r, na cont-nuidade '<br />

oons trutiva da Revolução de trinta e hum de março de mil novecen<br />

tos e sessenta e quatro, basta que lancemos a inteligência em<br />

direção a um passa<strong>do</strong> bem próximo. Snq-anto, ha pouco, vivíamos<br />

dias de agitação, de turbulência, de quebra de todas as tradi-<br />

ções brasileiras, trabalhamos hoje, resolutamente esperançosos,<br />

rasgan<strong>do</strong> estradas e horizontes e obten<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s econômicos —<br />

financeiros que até os raie geniais futuróloçoe interrogam.Coi c<br />

garantia de nossas forças jrmadas, coesas e em esta<strong>do</strong> de Vioi -<br />

lia, com o aplauso <strong>do</strong> povo e sob a notável, esclarecida a feliz


feliz ação política e governamental <strong>do</strong> preclaro Presidente Emí_<br />

lie Garrastazu Medici% transquilos e cheios de fá, construímos<br />

um Brasil novo,gigante, desperto para esmagar oe inimigos da


que parecem bruxulear. Jerua nada responde a acusação áe crim-<br />

de blasfémia, cuja ; -ia, para o Deotoronc' :o e para o levítico,<br />

«"a a morte. Caifás aproxima-se, em face rents a de Jesusfe per<br />

'junta: - ês tu o Criszo, o filho de Deus? E Jes*.t$ resoluto: Se<br />

tu o dizes, eu 0 sou. tumulto, eegv.o-si? a j tin tença iníqua,<br />

que "estava escrita", COPIO ressalta SES/AR: te busc-xvam '<br />

pretextas ", '"Entranhou Juízes.' ' r - erproba EVAÍiSZTO DF CORAIS -<br />

"não ô J limitât?, a con.ienar por Ij'nxçno» v :••!;: •'/•! 'W rvc to io .7^<br />

zareno, ferem-no a pauladas e ivfatadas". Enquanto Je sua redimix<br />

se na confÍ3são pública <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, feita aotj bra<strong>do</strong>s amrü o ti-<br />

lintar da3 moedas que arroj.n>-i ao ol-.-io <strong>do</strong> Sanhédrin, v'indufiom '<br />

J


alpendre. Mae a multidão o quer na cruz. Entra Pilatos e tenta<br />

fazer Jesus falar. Só consegue, a muito custo, quan<strong>do</strong> invoca o<br />

"jus gladii", supremo poder de que se achava investi<strong>do</strong>, de<br />

o per<strong>do</strong>ar ou mandar crucificar, ao que Jesus retruca: - Nenhum<br />

poder terias contra mim, se de cima não te fosse da<strong>do</strong>. Pilatos<br />

recua. Senta<strong>do</strong> ã cadeira <strong>do</strong> litostropos, rodea<strong>do</strong> de tributos ,<br />

juizes e litores, santencia a absolvição. Nas quan<strong>do</strong> alguém gji_<br />

ta que aquele qua se dizia rei competia com Cesar e ,por César<br />

devia ser condena<strong>do</strong>, Pilatos sente a ameaça politica sobre a<br />

sua carreira de magistra<strong>do</strong>. Pode, então, um jarro e uma bacia.<br />

E, lavan<strong>do</strong> ao mãos diante daquela gente enfurecida, declara-se<br />

inocente <strong>do</strong> sangue <strong>do</strong> justo oferendan<strong>do</strong> o crime. B o entrega '<br />

miseravelmente aos que, pelos séculos afora,continuam cometen-<br />

<strong>do</strong> injustiças,porque não se faz justiça com as próprias mãos ,<br />

nem se deve ceder ao poviléu,quan<strong>do</strong> sua voz é o arbítrio e a<br />

prepotência, contra a verdade e a lei, Para executar o lincha-<br />

mento são destaca<strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s romanos.Ten tou-se, em vão, dar a<br />

aparência de legalidade ao ato ultrajante• E tu<strong>do</strong> se consumou,<br />

na hora nona, no silêncio enorme <strong>do</strong> caivório, Essa é a síntese<br />

<strong>do</strong> nosso resgate• Esse, o exemplo não imita<strong>do</strong>• Somos, hoje, juí_<br />

sãs redimi<strong>do</strong>s por Ele, mas oem direito ao perdão, porque deve-<br />

mos saber o que fazemos• Sua imagem naquela parede, repetin<strong>do</strong><br />

a .tragédia <strong>do</strong> julgamento sem justiça, é mais <strong>do</strong> que um alerta<br />

para aa consciências <strong>do</strong>s que devem sentenciar a luz <strong>do</strong>s depoi-<br />

mentos livres, das provas regulares, das alegações procedentes,<br />

da justiça distributiva, da equidade e <strong>do</strong> amor, £ um convite a<br />

humildade e fl isenção, no exercício dessa mesma consciência vol_<br />

tada para o supremo ofício de julgar, porque a imparcialidade<br />

não pode ser parcial, como a de Pilatos o foi• £ uma evocação<br />

da oruz, que carregamos pela redenção <strong>do</strong> homem,porque "ver uma<br />

cruz é ver um homem", "Neste Brasil cristão, de que a Bahia e


fíahía ê a maia velha e imaoulada imagem", como disse o Ministro<br />

Júlio Barata, Crieto não pode'faltar nos tribunais, E para Bra-<br />

sília Ble veio, trazi<strong>do</strong> da Cidade da Bahia pelas Oito Regiões '<br />

da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>t por inspiração desse admirável Presiden<br />

te que ê o Ministro Thélio Monteiro* Veio nas asas generosas<br />

e invictas da Força Aérea Brasileira, numa demonstração a céu<br />

aberto da união nacional entre lei e a espada, tanto mais signi_<br />

ficatiVa porque "homem da lei" se proolamou o eminente General<br />

Emilio Medici, ao receber a faixa presidencial• Aqui nao se con<br />

danará senão a Gestas,- nunca a Dimas, que se purificou na hora<br />

extrema. Aqui se fará Justiça com Deus• Aqui se continuará a<br />

cada um na razão <strong>do</strong> que vale", "pelo trabalho que se junta ã<br />

oraçãocomo disse Ruy aos moços da Faculdade De Direito de ' *<br />

São Paulo, Ainda com Julio Barata, quero terminar, nwma oblata<br />

de exaltação ao Juiz, que se fez justo pela aprovação de uma tn<br />

justiça, como tle o quis, para que judicassemos sempre ã sua<br />

sombrat "Nossas togas não serão tão curtas que não cheguem para<br />

esconder nossa fraqueza, nem tão compridas que se arrastem na<br />

poeira <strong>do</strong> chão, Elas devem ter a exata dimensão <strong>do</strong> homem, que<br />

para nõe é pessoa e não coisa, espirito incarna<strong>do</strong> e não matéria<br />

pura, misto de miséria e de grandeza, de lágrimas e de sonho"-<br />

—— Bm segtiida, em nome <strong>do</strong> Tribunal, proferiu o Excelentíssimo<br />

Senhor Ministro João de Lima Teixeira a seguinte oração de agra<br />

deoimento: "Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça, represen<br />

tante aqui <strong>do</strong> Exoelentissimo Senhor Presidente da República; Ex<br />

oelentiesimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Supremo Tribunal Federal} Ex<br />

oelentissimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Congresso Naoional{ Excelentío<br />

simo Senhor representante da igreja aqui presente, Arcebispo de<br />

Brasiliaj Presidentes <strong>do</strong>s Tribunais Superiores; Governa<strong>do</strong>r de<br />

Brasilia; Magistra<strong>do</strong>s, minhas senhopas a meus senhores. Inoum -<br />

biu-me Vossa Excelência, Senhor Presidente, .3a honrosa missão '<br />

de agradecer aos Presidentes <strong>do</strong>s Tribunais Regionais <strong>do</strong> Traba<br />

133


Trabalhe, o cf^r.icimcnto da intn<br />

»ín tua nossas «ntapassarioe A .irraifjadn «o zeio <strong>do</strong> j-o^r: "1,OUÍ•:••>»:«?:'o ;<br />

•os \vlhos «7sulejos, retratan<strong>do</strong> .1 >>id>


• 7 e í T Deue que orienta on nossos des tinos, £ não ser. rar.ãí-<br />

7na '-till- "'irb'-sa, en notáve' conferência realizai? na<br />

j»»v rt ünr.iriva dúvidas»* 10 comentar: "Vej* v v'in'*''': i7u?<br />

1 firma Deus; vejo a ciênc'a oue presci.íe Je íewr; Vf.;«-' t<br />

•»:•: cue prescreve a Oeunj e entr* 0 aspirt-tufl Zicnc, .* agnos:i-<br />

íir.rr.t j m-iterinlismo, muitas vezes se me levanta da razão es<br />

ia ver;: un ; '"n.'?' 3 »10 t-tt c ai* na ici ? /î m* s ia névoa oue a princi -<br />

"•'r íij ^.f^nflara sobre as inquietações <strong>do</strong> crente, acaba nor en<br />

volver o orgulho <strong>do</strong> sábio, A mesma dúvida que nos arrastara das<br />

: n i.bu'.açõer -ht fé no esclu.tivisno cientifico, pode reconduzir«•<br />

»j'.'j ic radicalismo cientifico à nlacidez da fé". F * assa fê,-<br />

n'.vres "agit tra<strong>do</strong>s, na superior inspiração, éque nos conduz<br />

.1 cada instante ao elo de lift ação com a Justiça, na aplicação '<br />

.ia Lei n a cons tan te preocupação de assegurar a paz social, '<br />

7:MP »! J.' iissiiios individuais cu coletivos e n.i equiparação, '<br />

-'igr c y. ;7 if cuipnndercção .\o* i n*.ere?ses en liverlêneiz. Justo<br />

* íeis, T.te -rcclane que ".-zssa J^rnidi 20 longo tempt, 2<br />

•'•isciç.c ?rakat' : ic- ~ue hoj* jonpleta, «ar* a " r i r e - cc mi:<br />

•«•: nriv:»«»^?? " rf-PKii •> : '.ur, ,*> tr J .?és\-.c qkí :\tr sírio ce '<br />

z :* :?ãc, f-' ; . wp liara J:«"**« .\'-n< : a iiper^<br />

'••)' .> : 7 : 'ifr * * *.7 j :'•>' \ 1 * 1rs ree \ar«03 ias asses obre*'ras, na<br />

procura .ia perfeii-c ionpreer.PÕo ito 1 « c Trai a'.hc, '<br />

lusaultandc cs aue tc-m se<strong>do</strong> da Justiça, so>*s nr- prejaçãc da<br />

Chrinto, «ac beme'ieniuranrias» Hão sei <strong>do</strong> que pessa .:izer r'e<br />

•nais subline pela comunicação <strong>do</strong> son,;'(nils', ô«t"c c iue legisla<br />

intrc * nue sulca e entre o que executa, harmcnCcos sim, inde-<br />

pendentes pel.is xtrikuifoc-e, 'nas. congrega<strong>do</strong>s no fini comum que<br />

é a net a Jos ieszinos -ia "ação, pois o Direito ê a principal '<br />

finalidade que a io<strong>do</strong>s une» Apradeço, em r.jne <strong>do</strong> Tribuna.' Jup^<br />

rior io <strong>Trabalho</strong>, ac3 eminentes Juizes .:*v Tribunuic ?e.jions''.s,<br />

esta vali o 6:7 iádivai valiosa pela peregrinação, vaiio.'ii r>eloo<br />

seus propósitos de fé; valiosa vela pregação 'ie Chris ff, valio^<br />

áj pela jonfiança em Deus, porque se harmoniza com os ar,3eics<br />

135


<strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s,' valiosa, porque e a Verdade • a Verdade $ a<br />

própria encarnação da Justiça—— seguida, teve lugar a<br />

cerimonia de entrega de Comenda a aos Senhores agracia<strong>do</strong>s, a sa<br />

ber: "Comenda da Ordem <strong>do</strong> Mérito Judiciário <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pela<br />

primeira vez instituída na historia da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a<br />

pó8 trinta anos de sua instalação no Pats, grau de grande ofi-<br />

cial: Excelentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Supremo Tribunal f£<br />

deral, Ministro Aliomar Andrade 3aleeiro} Excelentíssimo Senhor<br />

Minietro da Justiça, Professor Alfre<strong>do</strong> Buzaid, Excelentíssimo<br />

Senhor Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior Eleitoral, Ministro '<br />

Djaci Alves Falcão; Excelentíssimo Senhor Procura<strong>do</strong>r Geral da<br />

Republica, <strong>Do</strong>utor Francisco Manoel Xavier de Albuquerque; Exce^<br />

lentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Tribunal Federal de Recursos -<br />

Ministro Amarílio Harol<strong>do</strong> Benjamin} Excelentíssimo Senhor Pre-<br />

sidente <strong>do</strong> Supremo Tribunal Militar> Ministro Waldemar Figuei-<br />

re<strong>do</strong> Costa} Exolentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Con<br />

tas da União, Ministro Abgard Renault} F.xc lentíssimo Senhor Mi<br />

nistro Geral<strong>do</strong> Monte<strong>do</strong>nio Bezerra de Menenes, ex-Presidente <strong>do</strong><br />

Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>s Exolentíssimo Senhor Procura<strong>do</strong>r<br />

Geral da. Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>^ <strong>Do</strong>utor Marco Aurelio Prates de<br />

Mace<strong>do</strong>} Excelentíssimo Senhor Juiz Delio de Albuqerque Maranhão,<br />

ex-Presidente <strong>do</strong> Tribunal Regional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> da Primeira tf«<br />

giao• Em grau de Comenda<strong>do</strong>r: Juiz Herbert Magalhães Drumond,Pre<br />

eidente <strong>do</strong> Tribunal Regional da Terceira Região e um <strong>do</strong>s funda<br />

<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; Juiz Clóvis <strong>do</strong>s Santos Lima, Pre<br />

sidente <strong>do</strong> Tribunal Regional da Sexta Região e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>-<br />

res da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; Juiz Amaro Barreto, <strong>do</strong> Tribunal Re<br />

gional da Primeira Região e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> Tra<br />

balho; Juiz Jose Teixeira Pentea<strong>do</strong>, Vice-Presidente <strong>do</strong> Tribunal<br />

Regional da Segunda Região e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong><br />

<strong>Trabalho</strong>} Juiz Jorge Serreau <strong>do</strong> Tribunal Regional da Quarta Re<br />

gião e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça' <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>} Juiz Jose Dan<br />

tae <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>; Viee-Presidente <strong>do</strong> Tribunal Regional da Quinta Re<br />

gião e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; Ministro Was_<br />

136


Washington Vaz de Melo; Presidente da Ansociação^<strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s<br />

Brasileiros; <strong>Do</strong>utor Danilo Pio Borges da Costa, Procura<strong>do</strong>r dú'<br />

Primeira Categoria e o mais antigo da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>"<br />

A seguir, o Excelentíssimo•Cenhor Ministro Mozart Victor Russoma<br />

no, em nome ao Tribunal, proferiu a seguinte saudação aos agraci^<br />

a<strong>do</strong>s: "Excelentíssimo Senhor Professor Alfre<strong>do</strong> Buzaid, Digníssi-<br />

mo Ministro da Justiça e representante de Sua Excelência o Senhor<br />

Presidente da República; Exclentínsimo Senhor Ministro Aliomar '<br />

Baleeiro, Digníssimo Ministro Presidente <strong>do</strong> Colen<strong>do</strong> Supremo Tri-<br />

bunal Federa, demais Presidentes e integrantes <strong>do</strong>e Tribunais Su-<br />

periores <strong>do</strong> Pats; Exclentíssimo Senhor Representante <strong>do</strong> Poder Le<br />

aislatioo; Sua Exclênoia Reverendíssima D,Jose Newton, Arcebispo<br />

de Braeilia; Exclentíssimo Senhor Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Federal<br />

Excelentíssimo Senhor Procura<strong>do</strong>r Geral da República; Exclentíssi<br />

mo Senhor Procura<strong>do</strong>r Geral da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, demais inte -<br />

grantes <strong>do</strong> Ministério Público, Senhores Magistra<strong>do</strong>s e demais au<br />

toridades: Senhoras e Senhores; Exclentíssimo Senhor Ministro '<br />

Thélio da Costa Monteiro, Presidentet e demais Ministros deste '<br />

Tribunal• Esta ê a homenagem da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a Vossas Ex<br />

celências, Senhores Agrada<strong>do</strong>s, A imposição das primeiras aondeco_<br />

rações da Ordem <strong>do</strong> Mérito Judiciário <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, em nome <strong>do</strong> an<br />

tigo <strong>Conselho</strong> tenho a honra de falar neste momento, coincide com<br />

e3te primeiro de maio universal que, para nós, brasileiros, como<br />

foi sublinha<strong>do</strong> por quase to<strong>do</strong>s os ora<strong>do</strong>res que me antecederam, a<br />

copiam hoje duas efemerides; o trigésimo aniversario da instala-<br />

ção da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no Brasil e a definitiva traneferên -<br />

cia de seuTribunal de cúpula para a Capital da República• Tal '<br />

circunstância, somada a muitas outras, matiza esta solenidade de<br />

múltiplos aspectoB simbólicos» c!m primeiro lugar, quis a Justiça<br />

<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, ao homenagear Vossas Excelências, Senhores Agracia-<br />

<strong>do</strong>s, reverenciar desta maneira as ins tituições a aue Vossas Exce_<br />

lendas pertencem, ou que Vossas Rxolencias representam, emprestan<br />

<strong>do</strong> a esta homenagem uma profunda perspectiva, abrin<strong>do</strong>-lhes um<br />

137


longo c amp'^ horizonte como este que circunda a magnifica Bra-<br />

sília, porquanto, de certa forma, neste ato e desta maneira, a<br />

barcamos iodaa as instituições brasileiras que no sAor da Admi-<br />

nistração Publica, que no setor da Magistratura, que no setor<br />

<strong>do</strong> Minis tério Publico, qu* no setor <strong>do</strong> exnrcício profissional '<br />

a*i advocacia contribuem para o progresso da cultura jurídica na<br />

cional e dessa forma diretamente neião contribuin<strong>do</strong> para o desen<br />

•jolvimento global da pátria. brasileira, 'nsti zniçõeo ac.saú oue<br />

felizmente para nos brasileiros, de dais t* era:-cn vi<br />

oerr.os nu*a época em que, di-v


<strong>do</strong>a eleitos» Vossas Excelências agracia<strong>do</strong>s, òert seno fiseram<br />

3ucs ipçõzs em face exiazência et por isso, foram solicita<strong>do</strong>s<br />

há pouco, um a um, a 3e porem de pê, para receber sobre o peito<br />

ao incinnias de nossa gratidão, de nosso reconhecimento e ie<br />

nos ao apreço• Sase apreço, tr.se reconhecimento, assa admiração '<br />

são devi<strong>do</strong>s não apenas por aquilo que Vossas Exceleicias ate nc<br />

je realizaram em nossa Pátria; eles levam dentro de si uma expeça<br />

tativa, uma expectativa confiante, maio <strong>do</strong> que uma expectativa,'<br />

Senhores, levam dentro de oi um vaticinio, «m vaticínio 3eguro<br />

de que Vossas Excelências continuarão, de hoje para diante, como<br />

sempre, prestan<strong>do</strong> inestimavel colaboração para a crescente gran-<br />

deza de nossa Pátria« t/essa ordem de aonsideraçõee, e para con<br />

aluir, não nosso ma furtar a uma evocação de ordem pessoal, mes-<br />

mo corren<strong>do</strong> o risco de quabrar o caráter protocolar desta soleni<br />

dades muito ce<strong>do</strong> a vida me inpoa um fa<strong>do</strong> errante de ciganoi o<br />

destino modelou meu pobre espirito a imagem de u**-. pequeno cosmo-<br />

polita• Apesar diaso, tive tempo, felizmente, lS nas planioies '<br />

longínquas <strong>do</strong> meu Rio Grande, menino ainda, de várias vezes ss<br />

sistir ao espetáculo quotidiano das lentas sarretas puxadzc : '<br />

boi' e conduzidas pelo gaúcho através <strong>do</strong>s longos caminhos pampea-<br />

noSt .'/unca perguntei a mim mesmo, naquelas plagas azuis, de onde<br />

vinham e para onde iam* E o dramatico, o humanamente dramazico,I<br />

que possivelmente nem eles próprios perguntaram jamais a si mes-<br />

mos quais eram suas origenst quais seriam 3sus desiinoa, prosse-<br />

guin<strong>do</strong> sempre na obstinação cbsaesiiva de cumprir a nÍ3eão, ^<br />

prendi simbolicamente, naquelas evocas remotas, que ? assim que<br />

caminha a Historia» /t História caminha sobra as rodas dar velhas<br />

carretas brasileiras; não importa a chuva das invernias, não im-<br />

porta o sol de nossos veroee, não importa a lama ou a poeira <strong>do</strong>s<br />

caminhos, jla avança sempre, lentamente, lerda, carregada da so<br />

nhoa e de ilusões, .ie desespero e de desenganos, de lágrimas e<br />

de aorriaos. E, um certo dia, ela para no umbral d* nossas portas<br />

e despeja sobre ele a carga de céus séculos, e só nesse ".emento<br />

tereme<br />

139


tcpewod eorcpptfenat<strong>do</strong> -o Uôraadeiro 8»»»iittitJ de «essa y-ida, pcraue<br />

ao rintSo, estarJ sela<strong>do</strong> nosso destino» Por mais infenso que eu<br />

seja, e realmente me confesso sert as franea sonor-ie « faa^a-a '<br />

de um nacionalismo oao e improdutivc, cue cai-* velho? cc-i-<br />

cios eleitorais, por isso r.e.amo quero concluir, Ser.hcres agraci_<br />

a<strong>do</strong>s, jonp palavras se excrtação: a História está despe,'anir -7^<br />

i-re o umbral ia nacionalidade brasileira, neste '/lonentc, 7 me<br />

lhor carpa de suas espermças e de sua realidade,, T não<br />

pode viver apenas de seu passa<strong>do</strong>, 0 pretérito nacion-jl, crono'.?<br />

gicanente, 3 muito curto• J» Brasil não pode viver apenas oensan<br />

<strong>do</strong> no seu porvirt o futuro e incerto, ê distante, # fugidio» /<br />

Brasil precisa viver, e esta viven<strong>do</strong>, io presente e para o presen<br />

te, e o presente e obra coie*iva de to<strong>do</strong>s nós, e graças a essa'<br />

obra é que o Urasil, no?e caninha, vode, altivo, pisar sobre as<br />

suas realidades e caminhar para a freme de cabeça erguida, co<br />

roada daa luzes que os aeua aonftoe acenderam a beira ie nossa '<br />

estrada"»"— Em nome <strong>do</strong>s agracia<strong>do</strong>s, usou da palavra o Sxce!en<br />

ilaaimo Senhor Ministro Aliomar Baleeiro» DO» Presidente <strong>do</strong> £<br />

gregio Supremo Tribunal Federal, assim se manifestan<strong>do</strong>: " Senhor<br />

Presidente Thélio da Costa ttonteiroj Penhor Professor Alfredc '<br />

Buzaid, eminente Ministro da Justiça, e aqui representande o chj?<br />

fe da Haçaoi Senhor Governa<strong>do</strong>r; Reverendíssimo Senhor Arcebispo<br />

nobres representantes <strong>do</strong> Poder Legislativo de nosso País; Penhc^<br />

res Presidentes de Tribunaisj autoridades, colegas, Excelentis-<br />

sima8 Senhoras, meus concidadãos, Raramente um mandato S iãc '<br />

grato ao coração, tão fácil de cumprir quanto este, de agrade -<br />

cer pelos concidadãos que tiveram o privilegio áe receber essa<br />

alta distinção que lhea conferiu o Egreg-to Tribunal Superior de<br />

<strong>Trabalho</strong>, e em meu proprio nome, esaa felicidade. ? u«g felici-<br />

dade, Senhor Presidente, porque, como acentuou ainda ha pouco, '<br />

em seu formoso disowrso, o eminente Ministro Victor ?.ussom


t«) ? Justiça io <strong>Trabalho</strong>i Aos qua ja ectão de cabelos bran<br />

cos, GOMO eu, una cerimônia como est.s evoca a árdua tarefa <strong>do</strong>s<br />

pioneiros aue, nciite Brasil, a duras penas criaram uma legislação<br />

social, uma previdência social e w-i to<strong>do</strong>s os brasileiros ilus<br />

trett -me contribuíram pedra a pedra, palmo a palmo pare construir<br />

essa politica legislativa* «s suas raizes mais longiquao, confes-<br />

so que eu próprio não sei. Acredito nue, no tempo da Monarquia,vã<br />

rios estadiotna não foram inec>tsiveic ao problema <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r,'<br />

naquela epoex, este era un escravo, e a maneira de defender o<br />

trabalho er$ quebrar 03 grilhões <strong>do</strong> cativeiro« Essa obra de então<br />

povoa, hoje, as páginas, os alpnedres da história elementar <strong>do</strong><br />

Brasil* .Vrtj -rreie, aqueles aue viveram nas grandes cidades, onde<br />

já bruxuleava o lomarn <strong>do</strong> desenvolvimento econômico, sobretu<strong>do</strong> no<br />

Rio, não eram aegoa -io nue ac passava no mun<strong>do</strong>, O eminente Presi-<br />

dente Thelio da Costa Monteiro evocou, aqui, a cadeia de fatos e-<br />

conÔmicos que provocaram crimes entre o capital 0 o trabalho. Re-<br />

feriu-se a revolução industrialj por certo, alguns brasileiros,na<br />

primeira metade <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>, não ignoravam que a revolução<br />

francesa, prometen<strong>do</strong> liberdade, igualdade, fraternidade em rela -<br />

ção ao trabalha<strong>do</strong>r, antigo ar tesão, pregara-lhe um logro, a esse<br />

logro foi denuncia<strong>do</strong> de maneira incisiva com a voz partida de um<br />

púlpito, uma voz, talvez não compreendida no seu nempo, mas que<br />

hoje> a posteridade reverencia - ainda há vouco, o eminente Proc«<br />

ra<strong>do</strong>r Marco Aurelio Prates de Mace<strong>do</strong> lembrou - a <strong>do</strong> Sacer<strong>do</strong>te t>a-<br />

cordaire que, venci<strong>do</strong>, apontou que, <strong>do</strong> invés de libertar-se, o o-<br />

perãrio, perden<strong>do</strong> as garantias das' corporações de origem medieval<br />

nada recebia em troca, era aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>» Por certo, os homens <strong>do</strong><br />

Império não ignoravam isso. Mas, so depois da primeira etapa, a<br />

<strong>do</strong> abolicionismo, ê que se podia pensar no trabalha<strong>do</strong>r 7Ivrr, e<br />

essa obra acompanhou os políticos da Primeira República, a tão ca<br />

luniada República Velha, Ministros desta Corte, como o ilustra '<br />

Fernan<strong>do</strong> Nóbrega, meu colega na Constiuição-j digo Constituinte de<br />

141


de mil novecentos e quarenta e seis, ainda conheceu Graco Car<strong>do</strong>so<br />

Poi ele, oveio, o primeiro parlamentar brasileiro a submeter ao<br />

Congresso projeto de lei sobrea acidente de trabalho, mais tarde<br />

consgra<strong>do</strong> como projeto Bezerra de Andrade, Mas quanto aos outros,<br />

9m mil novecentos e vinte e quatro, quase cinco anos depois de<br />

imortal oon/erencta de Ruy, a resps^ito da questão social na Campa<br />

nha de mil novecentos e dezenove, os anais <strong>do</strong> Congresso Brasilei-<br />

ro i*o0i*tram admiraueis debates entre o baiano Afrânio Peixoto e<br />

o sergipano Carvalho Neto sobre o que deveria ser o CÓdigo <strong>do</strong> Tra<br />

balho <strong>do</strong> Brasil, código eote nunca promulga<strong>do</strong>, mas que tem sua '<br />

missão desempenhada pela nossa conhecidíssima CLT« Eu não poderia<br />

de memória, recordar to<strong>do</strong>s os brasileiros sobretu<strong>do</strong> os que passa-<br />

ram pele Congreêso e que oontribuiram para esta verdadeira revoÍM<br />

ção paoifiea, continua, ininterrupta e. fecunda« Mas, não se pode,<br />

num momento aomo este, deixar de lembrar e elogiar o autor da pr£<br />

meira lei de Providencia Social no Brasil e Henrique Üodsworth,OH<br />

tor da primeira lei de ferias, de mil novecentos e vinte e cinco<br />

ou mil novecentos e vinte e neis} e o Projeto cento e vinte e oi-<br />

to/A de Agamennon Magalhães e <strong>do</strong> baiano Pacheco de Oliveira« Mais<br />

tarde, Pacheco de Oliveira deveria ter ação precipua na criação '<br />

•<strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong>s Comeraiãrios , Finalmente, aomo passo decisivo '<br />

<strong>do</strong> Governo provisorio, resultantk da revolução de mil novecentos<br />

e trinta, a obra inesquecível <strong>do</strong> grande gaúcho Lin<strong>do</strong>lfo Color, a<br />

serie de projetos sanciona<strong>do</strong>s pelo Senhor Getúlio Vargas, raciona<br />

lização <strong>do</strong> trabalho e varias medidas outras no auge da terrível<br />

depreciação economica que vinha desde mil novecentos e trinta- 5£<br />

guiu-se a Constituição de mil noveoentoe e trinta e quatro, que<br />

eriow como regra suprema a ,Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>• .Vão pode ela ser<br />

realizada, transformada em fatos nos anos conturba<strong>do</strong>s que se se-<br />

guiram â Constituição de mil novecentos fi trinta e quatro, mas,na<br />

minha vida de politico estaduni, cssisti aos comioioO, aos prést£<br />

tos, âs marchas <strong>do</strong>s operários baianos pedin<strong>do</strong> a imediata Consti -<br />

tuição ia Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, aue veio, enfim, em mil novecentos<br />

e quarenta e hum, Toda essa legislação, pouco .1 pouco construída<br />

142


fragmentadamente arrumada, veio a ser consolidada na Consolidação<br />

das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e sobre ela se construiu a <strong>do</strong>utrina brasi -<br />

leira <strong>do</strong> Direito Social e, ao mesmo tempo, uma admirável -urisoru<br />

dência que preenche as lacunas da lei . Esta é a tarefa de Vossas<br />

Ezae lendas Juizes <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>• Receber essa condecoração represen<br />

ta paru coda un de nos uma vinculação, um compromisso, um senti-<br />

<strong>do</strong> Xe unidade com a obra òenemervta daqueles brasileiros pionei-<br />

ros, daquele.? legisla<strong>do</strong>res, daqueles homens de Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s gran-<br />

des Juises que, a luz da <strong>do</strong>u trina, realizaram este formidável cor<br />

po de direito que ê a legislação Brasileira <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, legisla-<br />

ção no senti<strong>do</strong> amplo» Hoje comemoramos o primeiro àe maio, numa '<br />

tarde bem iluminada sob o sol brasileiro, nesta cidade de esperan<br />

ça, e sabemos que, por to<strong>do</strong> este Brasil, a data está sen<strong>do</strong> comemc_<br />

rada e que as metra<strong>do</strong>ras não estão na rua para conter os operã<br />

rios, os beleguins da policia não estão vigian<strong>do</strong> os líâeree sindi<br />

cais; e mesmo nos anos anteriores esta data não foi marcada por<br />

sangue e luto como tem si<strong>do</strong> em muitos paises, inclusive, em certa<br />

época, e verdade que remota, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s» -Os nossos primei^<br />

ros de maio não tem sangue, não tem lágrimas» pevemos isso a e3sa<br />

oonstrução daqueles pioneiros, daqueles legisla<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s nobres<br />

Juizes desta Casa e de todas as Casas onde se ministra julgamentos<br />

para dissídios entre patrões e operários, Mas, por grande, por ma_<br />

jesiosa, por imensa que seja essa obra, da qual to<strong>do</strong> brasileiro<br />

consciente se orgulha e envaidece, não chegamos ã icso final• O<br />

futuro está ai a -ieoafiar-nos e a pedir novas ampliações» .Vem to-<br />

<strong>do</strong>s os noventa c írtftf milhões de brasileiros \istãc cobertoc pela<br />

proteção da lei <strong>do</strong> trabalho e por esta Justiça« /•'ara citar w ca-<br />

80- conheci<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s nqs e de cada senhora na seu lar - av.e-t'?-<br />

mos pelas empregadas <strong>do</strong>mesticas - * verdad» ?ua r. > neoqur.cive '<br />

Presidente Humberto Castelo Branco deu o vrimoiro passo, nux<br />

crato que ainda nem foi regulamenta<strong>do</strong>» Não entrou na consciência<br />

<strong>do</strong> cidadão brasileiro que a melhor base para cumprimento


execução de uma lei - parece-me-é a própria consciência de qu


-JS-<br />

enfrentem os nobres problemas da população brasileira• Ja esten-<br />

demos essa legislação até o trabalha<strong>do</strong>r rural, e quero lembrar,a<br />

qui, o nome de um adversário meu, Fernan<strong>do</strong> Ferrari, que ao'n r -rx -<br />

í>ut'u imensamente para assa lei, S preciso que prossigamês nas me<br />

tas, A gala de uma fez ta oomo a de ho,ie, nas justas alegrias de<br />

quantos labutam nesta Justiça, no contentamento oívico de to<strong>do</strong>s<br />

os concidadãos que aqui estão, firmemos um pacto: cada um de<br />

nos, no campo


deecerramento da Plaaa Comemorativa, pronuncian<strong>do</strong>-se, em r.oir.e <strong>do</strong><br />

Tribunal, o Exoelentissimo Senhor Ministro Geral<strong>do</strong> Starlinn Soa-<br />

res, ten<strong>do</strong> o Excelentissino Senhor Juiz Delio Albu.*ucrqut Mara r<br />

nhaQ agradeci<strong>do</strong> a homenagem• Por último, no Salão 'obre, verifi-<br />

cowse à recpçao aos oonvida<strong>do</strong>a, E, pars constar, eu, Secretario<br />

<strong>do</strong> Tribunal, lavrei a presente ata que vai assinada pelo Excelen<br />

tíssimo Senhor Ministro Presidente e por mim subscrita - Brasilia<br />

ao primeiro dia <strong>do</strong> mes de maio <strong>do</strong> ano de mil novcentoa e setenta<br />

e um.<br />

THÊLIO DA COSTA XÖKTEIBO<br />

President« <strong>do</strong> <strong>TST</strong>,<br />

/ /<br />

JOSB BARBOSA DB MELLO SANTOS<br />

Secretário <strong>do</strong> Tribunal<br />

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