Do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) - TST
Do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) - TST
Do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) - TST
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Poder Judiciário<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
DO <strong>CNT</strong> AO <strong>TST</strong><br />
<strong>TST</strong><br />
1975
<strong>Do</strong> C.N.T ao T.S.T.<br />
Ontem
Esta publicação reúne atos que se referem à<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> desde seu nasce<strong>do</strong>uro, o C.N.T.<br />
É um repositório que decerto valerá como útil<br />
subsídio para os pesquisa<strong>do</strong>res e estudiosos <strong>do</strong> assunto.<br />
Elementos reuni<strong>do</strong>s pela primeira vez em vo-<br />
lume especial, traduzem a abnegação <strong>do</strong>s que o tornaram<br />
possível e é ofereci<strong>do</strong> como marco <strong>do</strong> primeiro ano de minha<br />
administração.<br />
Dezembro de 1975<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO<br />
DIRETOR GERAL: DALTON LUIZ PEREIRA<br />
Compilação:<br />
Américo J.P. Mesquita<br />
Datilografia:<br />
Sônia Oliveira Amorim<br />
Impressão:<br />
Gráfica <strong>do</strong> <strong>TST</strong><br />
2
DO C.N.T.<br />
AO T.S.T.<br />
3
" O <strong>Conselho</strong> será pois, um terre-<br />
no neutro e imparcial para a mais fácil<br />
aproximação e melhor inteligência entre pa-<br />
trões e operários ".<br />
Viveiros de Castro<br />
4
CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO<br />
Como órgão consultivo <strong>do</strong>s poderes públicos em<br />
assuntos de organização <strong>do</strong> trabalho e previdência social,<br />
foi cria<strong>do</strong> pelo Decreto no. 16.027, de 30 de abril de 1923;<br />
então o número de seus membros se fixou em 12, ten<strong>do</strong><br />
para fins administrativos, uma Secretaria Geral. Com o De-<br />
creto no. 18.074, de 19 de janeiro de 1928, passou por<br />
algumas modificações, principalmente a sua Secretaria, que<br />
se dividiu em duas seções.<br />
Trazen<strong>do</strong>-lhe novas alterações, o Decreto no.<br />
20.886, de 30 de dezembro de 1931 atribuiu à sua Procu-<br />
ra<strong>do</strong>ria a competência de opinar ísitj matéria contenciosa e<br />
consultiva, organizan<strong>do</strong>-lhe ainda o novo quadro <strong>do</strong> pes-<br />
soal técnico e administrativo da Secretaria, trocan<strong>do</strong>, por<br />
fim, o nome de Fiscais para Inspetores das Caixas de Apo-<br />
senta<strong>do</strong>ria e Pensões.<br />
O regulamento aprova<strong>do</strong> pelo Decreto no.<br />
24.784, de 14 de julho de 1934, deu-lhe, precisamente,<br />
como organização técnica, consultiva e julga<strong>do</strong>ra a incum-<br />
bência de conhecer das questões que interessassem à eco-<br />
nomia, ao trabalho e à previdência social. A sua composi-<br />
ção passou a ser <strong>do</strong>s 18 membros seguintes, escolhi<strong>do</strong>s<br />
livremente pelo Presidente da República: a) quatro repre-<br />
sentantes de emprega<strong>do</strong>s; b) quatro representantes de em-<br />
prega<strong>do</strong>res; c) quatro representantes dó Ministério <strong>do</strong> Tra-<br />
balho; d) seis representantes técnicos em matéria de seguro<br />
social.<br />
5
Havia três Câmaras quan<strong>do</strong> se destinava a exer-<br />
cer as funções de órgão julga<strong>do</strong>r ou deliberativo, com a<br />
presença necessária mínima de cinco membros; tornava-se<br />
Pleno quan<strong>do</strong> órgão consultivo ou exercia atos administra-<br />
tivos como tribunal de embargos, com a presença necessá-<br />
ria mínima de oito membros.<br />
Com a sanção <strong>do</strong> Decreto-Lei no. 1.237, de 2 de<br />
maio de 1939, instituin<strong>do</strong> a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, foi eleva-<br />
<strong>do</strong> ao alto posto de última instância da organização judiciá-<br />
ria trabalhista, com jurisdição em to<strong>do</strong> o território nacio-<br />
nal. O artigo 17 <strong>do</strong> decreto-lei menciona<strong>do</strong> determinava<br />
que as suas atribuições decretadas seriam objeto de lei es-<br />
pecial.<br />
Com efeito, reorganizan<strong>do</strong>-o para o adaptar à<br />
sua nova fase funcional, o Governo assinou o Decreto-Lei<br />
no. 1.346, de 15 de junho de 1939.<br />
A sua composição passou a ser de 19 membros,<br />
comissiona<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, com mandato<br />
bienal, com recondução, <strong>do</strong>s quais membros eram designa-<br />
<strong>do</strong>s o presidente e <strong>do</strong>is vice-presidentes. A distribuição<br />
obedecia ao seguinte critério: a) quatro representantes de<br />
emprega<strong>do</strong>s; b) quatro de emprega<strong>do</strong>res; c) quatro dentre<br />
os funcionários <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e das Institui-<br />
ções de seguro social; d) sete dentre as pessoas de reconhe-<br />
ci<strong>do</strong> saber, das quais quatro bacharéis em direito.<br />
Houve duas Câmaras, a de Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e<br />
a Previdência Social, com a composição cada uma de nove<br />
membros, presidida a <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> pelo primeiro vice-presi-<br />
6
dente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> e a da Previdência pelo segun<strong>do</strong><br />
vice-presidente, sen<strong>do</strong>, entretanto, preciso observar a com-<br />
posição paritária. O <strong>Conselho</strong> Pleno, para deliberar, carecia<br />
a presença mínima de dez membros e as Câmaras a de<br />
cinco, além <strong>do</strong>s presidentes.<br />
Junto ao <strong>Conselho</strong> havia a Procura<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> Tra-<br />
balho e a Procura<strong>do</strong>ria da Previdência Social, sen<strong>do</strong> que a<br />
primeira se des<strong>do</strong>brava em Procura<strong>do</strong>ria Geral e Procura<strong>do</strong>-<br />
rias Regionais, estas funcionan<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>Conselho</strong>s<br />
Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; a segunda compunha-se de um pro-<br />
cura<strong>do</strong>r, um sub-procura<strong>do</strong>r e adjuntos.<br />
Além desses órgãos propriamente jurídicos, o<br />
<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, para a execução <strong>do</strong>s seus<br />
múltiplos serviços tinha: a) Departamento da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>; b) Departamento de Previdência Social; c) o De-<br />
partamento de Serviços Gerais; d) a Inspetoria.<br />
A estruturação dada pelo Decreto-lei no. 1.346,<br />
de 15 de junho de 1939, modificada pelo Decreto-Lei no.<br />
2.852, de 10 de dezembro de 1940, entrou em vigor a<br />
partir de 01 de maio de 1941, nos termos da regulamenta-<br />
ção dada pelo Decreto no. 6.591, de 13 de dezembro de<br />
1940.<br />
Contu<strong>do</strong> é com o advento <strong>do</strong> Decreto-Lei no.<br />
9.797, de 9 de setembro de 1946 que a Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />
lho integra-se, em definitivo, na órbita <strong>do</strong> Poder Judiciário,<br />
divorcian<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> Executivo.<br />
O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> transforma-se em Tribunal<br />
Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, os <strong>Conselho</strong>s Regionais em Tribu-<br />
7
nais Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, como remanescentes permane-<br />
cem as Juntas de Conciliação e Julgamento e Juizes de<br />
Direito, como órgãos de primeira instância.<br />
A composição <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
ficou limitada a sete juizes alheios aos interesses profissio-<br />
nais (toga<strong>do</strong>s) e quatro representantes classístas, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s<br />
emprega<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res, com mandato de 3<br />
anos. O Presidente e o Vice-Presidente eram nomea<strong>do</strong>s pe<br />
lo Presidente da República.<br />
Finalmente, a, ampliação <strong>do</strong> número de juizes<br />
para 11 toga<strong>do</strong>s, alheios aos interesses profissionais e 6<br />
classístas em representação paritária, ocorreu com a Lei no.<br />
2.244, de 23 de junho de 1954, passan<strong>do</strong>, então, o Presi-<br />
dente, o Vice-Presidente e o Correge<strong>do</strong>r a serem eleitos<br />
pelos membros <strong>do</strong> próprio Tribunal., facultada sua divisão<br />
em turmas.<br />
8
Aos vinte *2 de preparar a orsnnisr.^So efficients <strong>do</strong> trabalho naeior.al.<br />
(9
OB compromisso© assumi<strong>do</strong>s, em virtude de trata<strong>do</strong>s Internaoionaes<br />
impunham ao Governo a creaçãò de uai instituto, ao qual caberia a<br />
missão de examinar a opportunidade da applicaçâo entre n6s <strong>do</strong>e<br />
projectos de Convenção e Recommendaç3ee a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>® nas successi-<br />
•ae Conferencia? Internacionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que se vêm reali-<br />
• an<strong>do</strong> em virtude <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Versalhes, Embora reconheça que<br />
a questão socisl, entre n6s, nêo se manifesta com a mesma acui-<br />
dade com que se apresenta noe paises propriamente industriaes, .<br />
n&o se poderia negar a conveniência de, mediante inquéritos cons-<br />
cienciosos, estudar as oondiçTSes e os aspectos peouliares ao nos-<br />
so meio, afim de elaborar sa soluç&es apropriadas psra os eo.sple-<br />
xos problemas que dizem respeito á existência i k orosperid"-de<br />
das classes trabalha<strong>do</strong>ras. Urge, pois, encarar resolutamente es-<br />
ses problemas, de maneira a resolvei-os no interesse mesmo da<br />
produoçSo nacional, que só teré a lucrar de uma bôa intellisencia<br />
entre o Capital e o <strong>Trabalho</strong>« A questão social eeté intimamente<br />
ligada & vida economica, pois, de uma conveniente systematisaçSc<br />
<strong>do</strong> trabalho, resulta infallivelmente maior rendimento agricols e<br />
industrial, e, a seu turno, quanto .sais produzir o psis, melhores<br />
se tornarão aa condições de existencia da. eoilec siviasde. lermink,<br />
affirman<strong>do</strong> depositar a rueior confiança ns *cção construo tora <strong>do</strong><br />
<strong>Conselho</strong>, devi<strong>do</strong> á alta competência de se^s membros. Faaen<strong>do</strong> vo-<br />
tos para-a efficiencie <strong>do</strong> novo Instituto, que coute ao actual Go-<br />
verno a honra de crear, íeclsrs os Conselheiros presentes empossa-<br />
<strong>do</strong>s em seus respectivos eargos. Toman<strong>do</strong> a pelavra, em nom« *ie<br />
seus collegas, o Sr. Viveiros de Castro, agradece ao Sr. ünistro,<br />
o honroso convite que lhes fora feito em nome <strong>do</strong> Srt Presidente da<br />
Republica, para exercer as funcçBes se membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Kacional<br />
<strong>do</strong> Trai e lho, orgam orea<strong>do</strong> per 3 o ol laborar com o 0 ovem o no estu<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>s problemas soci?.es, com o fim de ori?anis t% r o trabalho nacional.<br />
Beconhéce a magnitude da tarefa que resulta de tão nobre inveatid-i<br />
ra, porque não s6 pela complexidade <strong>do</strong>s problemas que o <strong>Conselho</strong><br />
10
ser4 oh»j.u-Jo u resolver, —ne tn-;be,.; parque 1180 possuímos esifctis-<br />
tica social oi'b"anÍ38da, de. maneira h habilitar- nos a fazer uui<br />
juizo seguro sobre as quest3es <strong>do</strong> trabalho no Brasil. Encarece<br />
a missSo concilia<strong>do</strong>ra dó <strong>Conselho</strong> que deverá, pela -jb soluta iar<br />
paroialid'-:de de suas attitudes, impor-se CO.LO or£a;n supre.r.o de<br />
concordio nonial. Cita u::.a phrgse <strong>do</strong> Sylvio Pellico, de suss<br />
"^en^ri-s" escripte3 no i sol - .•-n to t) o ceroere, e;a diz que a<br />
desirctolligenaio <strong>do</strong>s hoi-i^ns resulta da fslt* de t>onh?ci.c?n to re-<br />
ciproco. Per.ss. ooiao Paul Eechanel e ?.a.thenat* que convém sopro-<br />
r.i;ic?r is ho.-sena p^ra rus; r-jc inhecon<strong>do</strong>- oe :;.elhor, nossas ohej-ir a<br />
um .ú-rVr.ür enten J .i.f.ento, C <strong>Conselho</strong> serfc r.ois, ai, terreno r;ôi*.ro<br />
s ijri.o-rciíJ d'-.v"1 9 mais f«>cil apnroxi:«pçS.o e .nelV or ii) tcll iberj-<br />
cia entre oatr3e3 e operTios, A :LÍsá3o reserva-la a este Insti-<br />
tuto k de t£o ivltü relevanci-* so.-iil jue por si só thòtará para<br />
dé.uotwtr-Jv >•» vasta via\o r-oliiica is .v.w«.! joverno tSo<br />
te.', ssci<strong>do</strong> cojitprehen iar os ir», mie o p:'o'ol .a n-sci inces. O Sr,<br />
ministro ds AAVic Jl tura dcslarn officiai:/ients instaUí-<strong>do</strong> o Con-<br />
selj.-j Toei01«'•.l 'io <strong>Trabalho</strong> e convida o Si*. Osorio de Alr-Uda 3.<br />
0'jB.i:.'.ir c> présidencia, retiran<strong>do</strong>-se, em e^uida, <strong>do</strong> recinto sob<br />
de oal.u«?.s» A k suspensa. 3 por ser veriide,<br />
eu íiV.-^j asÍ£n«.<strong>do</strong> Secretario Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, para constar<br />
ir.vrôi a presente ao ta que vae por to<strong>do</strong>s assiánada. Rio de «Tu-<br />
neiro, vinte e três de Agasto de
2 a SESSÃO<br />
Ao* Tinte e tree de Agosto de mil noVeoentoe e vinte e<br />
tres as quatro e ateia hora da tarde, no Gabinete <strong>do</strong> Sr* Uinistro<br />
da Agrioultura, reuniu-se o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> trabalho, pre^<br />
sentes os Srs. kinistro Augusto O* Viveiros de Castro, Deputa<strong>do</strong>s<br />
Carlos de Campos, Antonio Vicente Andrade ieaeiih, Lifcuel Osorio<br />
de Almeida, Afrânio Peixoto, Raymun<strong>do</strong> de Araújo Castro, Carlos<br />
Gòmes de Almeida, Libanio da Rocha Vas, Gustavo Francisco Leite<br />
e Affonso Tole<strong>do</strong> Bandeira de liello. O Sr. Osorio de Almeida as-<br />
sumin<strong>do</strong> a presidência, declarou ousar fazei-o unlosmente em vir*<br />
tude de um dispositivo legal, mas que se sentia feliz em preva-<br />
lecer-se ds opporturidade para indicar para fazer psrte da mesa,<br />
os nomes <strong>do</strong>e Srs. Viveiros de Castro e Andrade Eezerrs,'.'.&s ímic-<br />
ções de Presidente e Vice Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Tra-<br />
balho, certo de que essa recommendsçSo seria recebida com agra<strong>do</strong><br />
por to<strong>do</strong>s os presentes* Os Srs, Viveiros de Castroe Andrade Be-<br />
zerra foram acclema<strong>do</strong>s respectivamente Presidente e Vice-Presi-<br />
dente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>* £m seguida o Sr* Osorio de Almeida pede ao<br />
Becretario Geral para convidar o Sr. Viveiros de-Castro que se<br />
acha momentaneamente fora <strong>do</strong> recinto a vir assumir a presidência.<br />
O Sr* Osorio de Almeida pesea & presidencia ao Sr. Viveiros de<br />
Castro que começa por sgradeoer a alta prova de confiança com<br />
que os seus collegas o honram escolhen<strong>do</strong>-o para dirigir os<br />
12
trabalhos <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>. Affiroa,- porém,.acceitar t§.o honrosa'in-<br />
vestidura, louvsü<strong>do</strong>- se na competência de seus oollegas, cujce-co-<br />
nheoiaentos de assumptos sociaes sSo a melhor garantia a aoçSo<br />
eonstructora e paolfica<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> novel» instituto. O <strong>Conselho</strong> terá<br />
que se imp&r pela imparcialidade de suas-decisBes, dietas pelo<br />
sentimento de justiça de seus membros que nas questões que 6e?ao<br />
chsmacios a se pronunciarem saberão se collocar selas das paixBes.<br />
2o seguida o dr».',Secretario Geral enaaje a bttençâo <strong>do</strong>s presentes<br />
para uma questBo que pela sua urgência, carece ser immediatemente<br />
levada ao conhecimento <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, visto tratar-se da i/wninenci*<br />
de um sério conflicto entre o pessoal e a Directoria da Leopoldi-<br />
na, devi<strong>do</strong> a Jisj:eirfc porque vem sen<strong>do</strong> feita a convooaçSo & assem-<br />
blêa gersl cos emprega<strong>do</strong>s ds asprezs para a eleiçSo <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> de<br />
Adminiatrsçfio tia. Caixa de Aposenta<strong>do</strong>ria e PensCes <strong>do</strong>s ierreviarios,<br />
freada em virtude <strong>do</strong> Deoreto n® quatro mil seiscentos e oitenta e<br />
àois de vinte e quatro de Janeiro ultimo, Em seguida o Secretario,<br />
Geral leu diversos protestos e reclemaçBea <strong>do</strong>s ferroviários solioi»<br />
tan<strong>do</strong> e. intervenção <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>* 0 Sr. Osorio de Almeida propâz<br />
que o <strong>Conselho</strong> delegasse podereo ao Secretario Cerai peia procurar<br />
ua entendimento com e Directoria da Leopoldina Railway, no senti<strong>do</strong><br />
de adiar as eleições até que-o <strong>Conselho</strong> possa se inteirar sobre a<br />
questSo* Bssa propouta é epoida. pelos Srs. Viveiros de Castro,<br />
Afrânio Peixoto, Carlos de Campos e Francisco Leite, O Sr. AndraUf;<br />
Bezerra, pede a palavra para, embora. secundan<strong>do</strong> o alvitre <strong>do</strong> Sr,<br />
Osorio de Al.Aeiçla, propôr que o Secretario Geral envie um tele&rew<br />
,aa a todas as flsprezas ferroviários para syndicar de que maneirt<br />
foi constituí<strong>do</strong> o <strong>Conselho</strong> de Administração ds Caixa de Aposentn<strong>do</strong>ris<br />
e Pensíes, devan<strong>do</strong> aquelles qué ainda n5o o tiverem feito aguardar<br />
promptas instrucçtJea <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>. 0 Sr. Csrlcs »le Cíu-pos pensa que<br />
a proposta <strong>do</strong> Sr. Bezerr* ler!» a forçs. de uu inqueritt? sobro a ma-<br />
neir* porque ve.a «ei.<strong>do</strong> organismo o <strong>Conselho</strong> Caixas. O Secreta-
io Geral lembra que a lei que creou ss Caixas sind«?. «5o foi<br />
regulamentada. O Sr. Araujo Castro affirma ter o <strong>Conselho</strong> tera-<br />
fe em func;- r : ... - _ , i p.-t . e - 5íCretc.ric- •' '.Vil<br />
F.io ae Janeiro, veinte o treo de Ar.ucio i? dil e novpc;j.:tos ^<br />
vinte três.<br />
14<br />
i >or to-.?-.*« •.
1a. COMPOSIÇÃO DO C.N.T.<br />
AUGUSTO VIVEIROS DE CASTRO<br />
CARLOS DE CAMPOS<br />
ANTONIO ANDRADE BEZERRA<br />
MIGUEL OSORIO DE ALMEIDA<br />
AFRANIO PEIXOTO<br />
RAYMUNDO DE ARAUJO CASTRO<br />
CARLOS GOMES DE ALMEIDA<br />
LIBANIO DA ROCHA VAZ<br />
GUSTAVO FRANCISCO LEITE<br />
AFFONSO TOLEDO BANDEIRA DE MELLO<br />
AFRANIO DE MELLO FRANCO<br />
DULPHE PINHEIRO MACHADO<br />
COMISSÕES MISTAS DE CONCILIAÇÃO<br />
Foram instituídas pelo Decreto no. 21.396, de<br />
12 de maio de 1923, destinan<strong>do</strong>-se a dirimir os conflitos<br />
coletivos entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res; organizam-se<br />
nas localidades ou municípios onde existam sindicatos de<br />
classe, conquanto possam ser criadas em lugares onde nâo<br />
existam sindicatos de classe, a juizo <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Traba-<br />
lho. Sob o princípio paritário, a sua composição varia de<br />
<strong>do</strong>is, quatro e seis vogais.<br />
15
-íf>'í.;l*r.íAÍ'^S y'--^-<br />
A U & ^ w ^ t « ^ ^ ^ / ^<br />
SUS&S:<br />
^íiV; t £ jü£x.<br />
17<br />
AíSrf yíí-ííí.SAíje<br />
«•.«^•tó. ^••-SJ&S
& M L<br />
0 / A * ' - t u . í^iía^at-fV» M-Vt-<br />
A ^ JL A»**<br />
/US& .4: Jb-GtíJl^j /a.<br />
^ ^ cr«íC ^<br />
^ h&JJL • s \
at^te.«.<br />
t^ips^í-k-còc..<br />
fiéç. sí^erf-e^-t^&j jj. -é si^Zd^. /Çte]<br />
JB_ era its-o^vex&i íáLfc-^aí^áSÍ^<br />
.Ki'- At. .í> rO yu^L^^&c^^-^tc'<br />
' t*- Í^U-fcô^W -Ai"- i^-íë.-<br />
f M<br />
i&X e A-<br />
19<br />
y
^U^^e^K^o , píz^^ r*- r-f^<br />
AJletÊüt £> 'Áatíi^/tt**. fí-x, ZZ^ÍíÊè-<br />
. fUxF s/a-? , .. CZp-Lt^-ist-f-eÇ ^íe^t, ctf<br />
tcx- .iC&e&ScMSz^ .<br />
j^U^tíWÈCj
JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO<br />
Instituiu-as o Decreto no. 22.132, de 25 de no-<br />
vembro de 1932, para dirimirem questões de trabalho en-<br />
tre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res que não afetem a coletivi-<br />
dade a que pertencem, isto é, conflitos individuais. Podiam<br />
ser criadas a requerimento de qualquer sindicato por muni-<br />
cípios nos Esta<strong>do</strong>s o freguesias no Distrito Federal, compo-<br />
sição igualmente paritária, isto é, <strong>do</strong>is vogais.<br />
O número de Juntas variava a critério <strong>do</strong> Gover-<br />
no, eram criadas pelo Presidente da República, de preferên-<br />
cia, nos municípios das capitais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s; na ausência<br />
de Juntas caberá aos Juizes de Direito o conhecimento das<br />
questões trabalhistas.<br />
JUSTIÇA DO TRABALHO<br />
Organteou-s o Decreto-Lei no. 1.237, de 2 de<br />
maio de 1939, cumprin<strong>do</strong> o artigo 13® da Casta Política de<br />
IO de novembro de 1937, para dirimir os conflitos oriun-<br />
<strong>do</strong>s entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res regula<strong>do</strong>s na legisla-<br />
ção social.<br />
Sua administração estava a cargo <strong>do</strong>s seguintes<br />
órgãos e tribunais: a) Juntas de Conciliação ® Julgamento e<br />
os Juizes de Direito; b) <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;<br />
c) <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ( Câmara de Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> ).<br />
21
ATà KxT^XHÁ 3iSS3Ã0 ?L£NA ORDINÁRIA DO<br />
COHSàLHO KACIOMftL DJ ^wi&vIHO<br />
Aos <strong>do</strong>is alas <strong>do</strong> mes <strong>do</strong> maio de mil novecentos e quarenta<br />
e um, r.a sala de sessões <strong>do</strong> Cons-elho Nacisnal <strong>do</strong> trabalho, as ouator»<br />
se horas e trinta minutos, sob a presidSncia âo senhor ioutor ri&r.cls<br />
•o 3arbcsa de Rezende, Presidente i;. í.ôsaio Zcnselho, e com a presen-<br />
ça <strong>do</strong>s senhores conselheiros Raio.unio de Araujo Castro, Luiz -'»er.-os<br />
aibeiro Gonçalves, nbelardd Uarluho, Antonio Sarcla de Mranáa Neto,<br />
Cupertino de ausxão, 3eralJo Augusto de Faria 5atista, JüSv >iur*.e<br />
?ilho, João Villasboas, Oalus kotta, áebastia? :..oreira de A2evfeà5,«.l-<br />
jerto Surek, Fernan<strong>do</strong> ae Andrs.<strong>do</strong> Samos, Luiz Agusti ua jrfcnça, ..tr-<br />
oca Carneiro íe Len<strong>do</strong>n.a, Nelson Pròcopio ãe oovsa i âaluatiaao ife Ls<br />
nos Lessa, <strong>do</strong>s Procurãácros Gerais, <strong>do</strong>utores Joaquin. Lto.';el de Ãezer.-<br />
áe Alvim, da Previdência Social, e De.dato da Silva vala Pilho, da<br />
Justiço <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e <strong>do</strong> secretário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, Ubyratan Luis de<br />
Valriont, realizou-se a primeira sessão plena ordinária <strong>do</strong> Concelho :ia<br />
cional <strong>do</strong> Crabalho e sua nova fase. Haven<strong>do</strong> núnero legal, o senhor<br />
Presidente declarou abertos os trabalhos, ^ue foram públicos e assis-<br />
ti<strong>do</strong>s per diversos convida<strong>do</strong>s, representantes de associações sindical^<br />
patronais e trabalhistas, represejnates da indústria e ao ojmércio, e<br />
peiso&s gradas, ten<strong>do</strong> proferi<strong>do</strong> seguinte discurso, d... -iue salientou<br />
o valor histórico da Justiça io <strong>Trabalho</strong>, cujo tribunal finstala-<br />
<strong>do</strong>, r.a véspera, dia primeiro de :naio, pelo senhor Presidente da repú-<br />
blica, em to<strong>do</strong> o pais, oongratulan<strong>do</strong>-se oom o Soverno pela realizarãtf<br />
de uma das .-lais legítimas aspirações das classes trabalhistas e pro-<br />
dutoras <strong>do</strong> paiz, coa os membros da Comissão Especial da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, pelo bom temi no <strong>do</strong>a trabalhos *ue lhes fora.-n cometi<strong>do</strong>s, e<br />
agradecen<strong>do</strong> a colaborarão eficiente <strong>do</strong>s funcionários iue auxiliara:c<br />
os árduos trabalhos da mesma Comissão:"Haven<strong>do</strong> nú-.-.tro legal de conse-<br />
lheiros, vou abrir a sessão <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ::*rsi inl<br />
ciar us respectivos trabalhos, e.r, virtude da resolução io senhor ère-<br />
siior.te da r.eoúolica ueclaran<strong>do</strong> -?:jtem instalada e:. to<strong>do</strong> olfir^siíi $s<br />
22<br />
f r t i M '
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, i'o<strong>do</strong>s vós assististes a extraordinária manif9s<br />
tação }ue lhe fizoram por es$a ocasião os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil,<br />
entusiasma<strong>do</strong>s com esse ato áe canta importância para eles, com que<br />
Sua Excelência resolveu comemorar o dia festivo <strong>do</strong> trabalho. Havia<br />
muito vinha Sua Excelência cogitan<strong>do</strong> dessa irunde obra que VÁ de
Oo.Tieçou pdiuono, aa Prava -a .-.epúslica, r.ur. edifí oscila, jhadc » tfto-<br />
^esto, vas Cimeçou oonatítui<strong>do</strong> usi verdadeira* nç^ácilidades, de r.t>-<br />
•.iens <strong>do</strong> .:.úlor saoer Integridade, sacer Jurídico e t&cnico, "aia co-<br />
-\o: flvslv:z úe Castro, >>6 to<strong>do</strong>s vós cohhec-:Í3, ministro <strong>do</strong> Supre .to<br />
Tribunal ye-úeral, Ministro <strong>do</strong> Tribunal de Coutas, ProfeJáor de Direi<br />
to e autor de livros preolosíosl:aáaj Ataulphc úe Paiva, aajistrsiio<br />
.2 carreira, depois ministro d.- Supremo Triour.al lederal, administra<br />
ijr emérito,ar. <strong>do</strong>s imortais da nossa ilustre Acade-.nia de Letras ;...arij<br />
3.9 Ar.drade He.ir.os, nflolal ie .r.arinha, engenheiro <strong>do</strong>s y.stLs AQâiküoz,pro<br />
fo.çsor, industrial, financista, .uirr.ir.istriior ie lar iesocfrtlr.io;<br />
lavares bastos, c.ntinua<strong>do</strong>r ia norr.e sloriosoj l^eoiato .».aia, estu-<br />
dioso das questões sociais, av.t;">r de obra? sobre ostas, *.e r.arcads.<br />
valia, legisla<strong>do</strong>r e atualmenta i-rocura<strong>do</strong>r Seral <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, i-stts.<br />
fora.» os seus ilussres presidentes, tiS.* eraa; n.enos ilustres a<br />
membros *ue o coropuíJian., bastan<strong>do</strong> para mostra-lo 1 entrar os notada i'-<br />
*ndraie Bezerra, ^;ello Franco, Curlcs de Campos, Viilaboitn, AOSÍ-H<br />
jzorio ue Almeida, «franio Peixoto, Desembarga<strong>do</strong>r forais jar.i.cnto,<br />
,;onl evade, ciranda Valverde, ?rad> Lopes, aomes .e .*.lr.eiia, Ludtlf,<br />
Carlos se Figueire<strong>do</strong>, Sçrvueira Lima e Oliveira bastos. 'Jetti te^ue-<br />
r.a or-anizaçao, assi.n jonstituida, não podia deixar surgir,<br />
.RUIS 'IÍIO OU .-.ais tarda, -.VRI uutra NO . ÍUS .-»oldes -IUE A OOIR.pl*TAA--*<br />
•o tomasse definitiva, surgiu oom a sreâ.^ão dt, <strong>do</strong> _rs.ba<br />
lho, jU? acqoa de 4ev ir.ausurada. Hoje, nix.-.a s-pooa o .-.o a ;ue eaia-<br />
nos atravessan<strong>do</strong>, cujas desgraças não 4Uero rememorar ... •r.i.e usria<br />
desagradável e impróprio, vewos entretanto os trabalha<strong>do</strong>res -o bra-<br />
sil, ca pi ena 11'irtj'dade, ho.-nen.H^ear o Jxcelentíihirio .-snhor /rcai&z.<br />
5e ò.» hepuWlcft, ei regozijo /elw festtf. du <strong>Trabalho</strong>, co.s» ta-<br />
;.Õ4-s ;:*.3dpcionalíaslotas, f.raaurin<strong>do</strong> a sua i.-ren^a felicidade r-cr st<br />
ac:'.wre;. protegi-uos :or JJÍ legisla<strong>do</strong> .«ue lhes outorga ^rwides uer.b-<br />
fíoios, a^wdgui^&oa aodiante Justiça rápida e sircplès : a .r.aior ti * segurada :ue to<strong>do</strong>s os o Jm?or.»nte$ \less« Jus ti yt>, -js<br />
; s «vriiioriâ procura<strong>do</strong>res, -z i-y<br />
. VJ^.IE .i^s Je J.-i.^iliníão $ w.-.o,<br />
24
seus dsveres, saberão corresponder a confiança que lhes dispensou<br />
o eminente senhor Presidente da Repúalioa, com a sua nomeação, sabe-<br />
rão honrar oompromicso assumi<strong>do</strong>, pon<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o seu esforço, toda a<br />
sua oapacidade, toda a sua dedicação no desempenho ias suas funções,<br />
p6.ru que ela corresponda aos seus fins, tão ,.erfsi tamsnte, que se<br />
torne -jtm verdadeiro paradigma, um Justo motivo de orgulho nacional,<br />
um atesta<strong>do</strong> brilhantíssimo de sabe<strong>do</strong>ria o ca^aci^ade <strong>do</strong> Qoveruo alta<br />
..or.ce patriótico que dirige o- Paiz,propulsor da sua grandeza e pros-<br />
peridade .Como brasileiro e presidente da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> prometo<br />
e afirmo "jus tu<strong>do</strong> farei coo: c. asjiimo das minhas forças e -ia minha.de<br />
dicação ..ürs que ela aeja tão perfeita quar.to I possível a perfeijão<br />
das oousas humanas>?ai'a que corresponda as esperanças das várias cia<br />
cea trabalhistas a que va- servir,para :.ue se imponha no seu respei-<br />
to e admiração.Poderá hav*r erros na sua execu;Io, apesar da olarese.<br />
<strong>do</strong>s regularei:cos <strong>do</strong>s deeretos-lei que a oriara;T., fpezár das iustru-<br />
yõe8 e formulários rropara<strong>do</strong>s por una Comlssã? especial de tecr.icíc<br />
z.-s úi&ls perfeitos, mas os recursos previstos r-sstafcelecerão a ver-<br />
iáde, 3 direito por ventura viola<strong>do</strong>. Justiça se fará. '£, se fará em<br />
r:c o brasil, .^nda, de acor<strong>do</strong> oom í pen3aT.çr»zo e & sábia orientajso<br />
nosso grande Presidente - i senhor <strong>do</strong>utor aetulis Vargas, já co-<br />
meçou a funcionar, cos; toda a solenidade, In ena o júbilo e entusias-<br />
mo. Oonsld^ro pois, - ôenhor^s - v. parsbens o San se lho M&oi srval <strong>do</strong><br />
"'rs::lho,porque vai desetnpttüi&r a sua rrtissão, eu:-i.,rir o .íeu cevar,ser<br />
vir as classes trabalhistas i-) Irasil, ss v-ais saberão reconhecer<br />
apluüir i sue. dedicação, cc-.to ata a^ui tenho obssrvu-<strong>do</strong>. ilas süc<br />
principal *ld-.ae:ito is. nosia wrandeza e prosnerids^e, w elas -"uito<br />
ieve:..os * ^or elas tu<strong>do</strong> devenos faaer, faz i sevihor rreai<strong>do</strong>nto<br />
da .-.epuolica, *ue lhes tom outorga<strong>do</strong> . s .*jai?res benefícios e as tor-<br />
na<strong>do</strong> felizes, st òua íSxcelência,to<strong>do</strong> apoio,toda aedica?ão»3i'.ia<strong>do</strong>s,<br />
3 3r.h3ros,;ela sua sabe<strong>do</strong>ria., feita <strong>do</strong> acura<strong>do</strong> es tu«o * experls.icia e<br />
.ali sua lúcitla inteligência, jiavômos ne cfcejar ac apo._.e>u, i.aveuos<br />
ia roa tornar grandes e fortes, pois dv, dia para dia .»%!r çvisce fe<br />
.rs autcrlâade sstõdista <strong>do</strong>s mais notáveis .-ent^e os Piores da<br />
èuaj Lccelanoia, todas as hoitienajens.^;rgaiio-jiDe,pois, e<br />
25
saudemos ooti uma grande salva de palmas e um expressivo"viva", em ho<br />
menagem às suas virtudes e aos Imensos serviços presta<strong>do</strong>s ao Brasil.<br />
Viva o senhor Presidente da Republicai (Palmas). Sm seguida conoeieu<br />
a palavra ao conselheiro, representante <strong>do</strong>s 6.r.prega<strong>do</strong>s, aeflíior Ouper<br />
tino de Ousmão 4ue pediu fosse consigna<strong>do</strong> em ata to<strong>do</strong> o regosijo <strong>do</strong>s<br />
trabalha<strong>do</strong>res brasileiros pela instituição, ao Brasil, da Justiça im<br />
par, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, oongratulaa<strong>do</strong>-se ©om o senhor Presiden-<br />
te e demala conselheiros pelo papel de deataque e -e relevo que vai<br />
ter na política social e nacional o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> cc<br />
mo cúpula suprema da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e PrevldSaoia Social no Sra<br />
ali, pronuncian<strong>do</strong> o seguinte disourso: "Peço a palavra. Senhor Pre-<br />
sidente, senhores conselheiros, como representfflte <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s nes<br />
te <strong>Conselho</strong>, em meu nooje e no de meus oolegas, desejo que seja con-<br />
signa<strong>do</strong> na ata de nossos trabalhos de hoje, to<strong>do</strong> o regosijo <strong>do</strong>s tra-<br />
balha<strong>do</strong>res braailelroa por este ato profundamente »ooial, que 3...<br />
Sxoia. o senhor Presidente da Rapúbllca acaba de praticar lnstiuln-<br />
<strong>do</strong> no Brasil Justiça ímpar, a justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Sste ato <strong>do</strong> se -<br />
nhor Presidente da Repúbliea, senhor Presidente, vem enriquecer, ain<br />
da mais, a lista de medidas de proteção ao trabalha<strong>do</strong>r, política que<br />
tão oea caracteriza a trajetória governamental de S.Exoiar AO mesmo<br />
tempo, quero oongrafcular-me oom V. Sxoia» e com os iluatreo oolegts,<br />
pelo papel da destaque e de relevo que Tal ter na política soolal na<br />
ctonal o <strong>Conselho</strong> Naoional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, como oúpula da Justiça <strong>do</strong> T2t<br />
balho 9 Previdência no 3rasil. Senhor Presidente, essas breves pala-<br />
vras que profiro neste momento em meu nome e no de meus colegas,ter-<br />
mino fazen<strong>do</strong> votos e esperan<strong>do</strong> mesmo que o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Tra-<br />
balho, na sua ardua e.eleyada missão d« pratioar e'administrar a Jus<br />
tiça trabalhista e de prevldenola no Brasil, tenha sempre a orientá-<br />
lo o espírito de Justiça a humanidade que deve presidir os atos <strong>do</strong>s<br />
homens publloos." (Palmas), Com a palavra o senhor conselheiro João<br />
VillasbSas, coi.gr a tuia-se também, com o senhor Presidente da Repúbli<br />
ca s com o povo brasileiro, pelo ato da instalação da Justiça <strong>do</strong> Tra<br />
balho, que veiu concretizar em realidade a aspiração nacional e o so<br />
nho <strong>do</strong>s constituintes de trinta e luatro, iue estivaram aJjOarta de<br />
26
ieeesseis ie Julho. Ressalta ainda que a confirmação <strong>do</strong> senh>r Pre-<br />
sidente :Ts»noiseo Barbosa .1* Aesenie r.a presidência <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> de-<br />
monstra ti i nflr.r.a a opinião * o critério o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> s toda Mação formam sobre os .=ete anos de sua - estão, pois<br />
ve;v cnduzin<strong>do</strong> cor. saber, -iedicação, int«li_ência e patriotismo oa<br />
trabalhos -esta Casa, fazen<strong>do</strong> de aada conselhôiro naia que um compa-<br />
nheiro, um a-nijo. For ar. as seguintes, as palavras <strong>do</strong> conselheiro Vil<br />
lasboasj "Senhor Presidente, aenhorvs conselheiros. *uero enviar da-<br />
qui, necte momento, ao povo brasiloiro as »tinhas congratulações e a<br />
S, «ixcia., o senhor presidente da República, os meus respeitosos o\a<br />
?ri:\cntos ;ela instalação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no Brasil* S.Sxoia,,<br />
o senhor presidente da República, com esse ato, acaba de concretizar<br />
em realidade, uma das maiores aspirações nacionais, um sonho <strong>do</strong>s<br />
constituintes de mil novecentos e trinta e quatro, -iue o escreveram<br />
na Sarta de dez.b^eis de Julho} e o fez, senhor Presiàente, de for-<br />
.r.a a servir aos interesses <strong>do</strong> Brasil, tornan<strong>do</strong> essa Justiça um ór-<br />
gão de equilíbrio er.ue.. e.-r.c rega<strong>do</strong> e o emprega<strong>do</strong>r, fazen<strong>do</strong> & inter-<br />
venção <strong>do</strong> poccr público para òirinir a5 contendas que stírjam entre<br />
patrão e smpre.-a<strong>do</strong> - contendas que, no passa<strong>do</strong>, se traduziam r.as gre<br />
ves, v>e ião penosamente repercutiam na economia nacional e r.a econo<br />
-ia privada. Organizada essa Justiça *.al como está, formada de ele-<br />
mentos -:u6 vêm de todas as classes trabalha<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> Brasil, <strong>do</strong> capi-<br />
talismo e <strong>do</strong> operaria<strong>do</strong>, representantes de emprega<strong>do</strong>s e de omprega-<br />
iorôs, representantes -io. poder público e representantes 5a intelec-<br />
tualidade brasileira, ela procurará fa:er o equilíbrio peTfeito e<br />
'.ir.ocro er.tre os interessea duas elasses que concorrem para a<br />
f^rr/açã") da riqueza r.sci:nol. £le se afasta, senhor Presidente, 4e,a<br />
.:c:cr,£a ia Justice cor-um; ela ccníiitue r.*? Justiça de excep;So,<br />
..-.is .i-.ia Justiça a parte, cuja certesí. e convicção <strong>do</strong>s v3re: : i?tu.-is<br />
r.Z: s.-e apoia, nas _ arar. t; as que nascei oa Cor «t.itui-çãe ou das. leis ,<br />
sr.j.s {T^rsoitias da formação nora! de cada vk <strong>do</strong>s Juizes<br />
.ue aqui se assuntar-, rentre grandes serviços <strong>do</strong> senhor ?resi.c:.*í<br />
te Sotullo Varria, sv tene^^io nacional, $5'cã, pois,**.<br />
2> .r ! .r»eiro l'.;*í»r, « or-fô " isste ;>od-r. i., não yicio, r.enh -ir<br />
27
Präsident©, concatenar qualificativos para tecer panegíçicos à ação<br />
governamental <strong>do</strong> senhor Getúlio Vargas, porque ccais alto que to<strong>do</strong>s<br />
os adjetivos, falam o entusiasmo <strong>do</strong> povo pela obra de 3. Exoia., e a<br />
gratidão nacional. Aproveito, senhor Presidente, a oportunidade de «<br />
tar com a palavra, para tanfcem congratular-me com este <strong>Conselho</strong> & t-<br />
presentar os meus cumprimentos a V.Sxcia., pela confirmação de V....<br />
2xoia. na presidência desta Casa*. Esse ato <strong>do</strong> senhor Presidente ca<br />
República demonstra e confirma a opinião e o critério que<br />
o Coruelho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e toda a Kação que acompanha a ação<br />
de V. j&cia», lhe reconhecem, pois, que durante estes anbs V. £xcia,<br />
vem conduzin<strong>do</strong> com saber, dedicação, inteligência e patriotismo os<br />
serviços desta Casa. V. Escia., fez de cada um <strong>do</strong>s conselheiros,mais<br />
que um companheiro, fez um amigo; e estou certo de que -.odes se sen-<br />
tem sacisfeitos de oontinuar seus trabalhos sob a presidência de V.<br />
anciã. 11 (Palmas). Com a palavra o senhor conselheiro Ribeiro Gonçal-<br />
ves, em longo disourso, disse que, com a Jusclça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, criou-<br />
ce o indispensável órgão de equilíbrio entre .s emprega<strong>do</strong>s e empre-<br />
ga<strong>do</strong>res, assim se manifestan<strong>do</strong>»"àenhor Presidente, Encre ÉS festas<br />
oomemoratlvas <strong>do</strong> dia de ontem, dsstaca-se, com acentua<strong>do</strong> orilho e slg<br />
niflca-ivo relevo, a concentração operária no Estádio <strong>do</strong> Vasco da 3a<br />
ma, onde 3* Hxcia., o senhor Presidente da República declarou insta-<br />
lada a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. A Instituição desde multo reelaaada por<br />
patrões e emprega<strong>do</strong>s, aparece no momento oportuno, não oomo una con-<br />
cepção teórica a ser experimentada, mas como deoorrencia de elabora-<br />
ção cmoiente e realística, ao curso da qual se procurou sentir e a-<br />
preander o fenômeno social brasileiro, nos seus múltiplos e varia<strong>do</strong>s<br />
aspectos. Resulta de apreciação prolongada e cuida<strong>do</strong>sa das condições<br />
em que a tividada das classes se exercita, refletin<strong>do</strong> a própria viaa<br />
naolonal. órgão de equilíbrio, er> que se articulam, em estruturação<br />
bem definida, elementos de ação corretora pronta e eficaz, a Justiça<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, tal oomo está concebida, nao representa uma solução ie<br />
empréstimo, simples imitação di que alhures se há feito. Surg« c^nc<br />
consequênoia e não oomo antecipação preoipltada, á em verdade, a ccr_3<br />
amento logloo da legislação social brasileira, oonstrução notável<br />
oongraçamento, valorização e previdência, inspirais» nk>$ fsi& altos<br />
D<br />
28
sentimentos de solidariedade. Com efeito, enquanto, noutros paizes,<br />
as reinvidicaçÕes proletárias nã^* se fazem se» lutas porfiadas e,<br />
não raro, cruentas, o governo <strong>do</strong> eminente senhor Getúlio Vargas, ocn<br />
cilian<strong>do</strong> interesses em aparência oontraditórios, vencen<strong>do</strong>, sem cho-<br />
ques, os obstacplos ír.&iüres e harmonizan<strong>do</strong> antagonismos, oonseguiu<br />
transformar, de parte a parte a desconfiança em compreensão, e, oom<br />
fundamento nos altos princípios de çquanliüiaãs, pode <strong>do</strong>tar o paiz das<br />
instituições e das normaa destinadas á regulamentação <strong>do</strong> trabalho e<br />
i proteção e assistência <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r» %uero,por isso, senhor Pr^*<br />
sidente, no júbilo desta hora, juntar minhas palavras ás de meus 00«<br />
legas nas oongratulaçÕoa a V.Sxoia., e nos aplausos e louvores ao a-<br />
to <strong>do</strong> Exm* Sr. Presidenta da República e à personalidade ilustre <strong>do</strong><br />
senhor Waldemar Falcão, principal oolabora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Governo, nesta obra<br />
profundamente humana, oheia de sadia brasilidade, que o Ministério<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> vem realizan<strong>do</strong>"• Bm seguida falou o senhor Conselheiro<br />
Ozéas Motta, representante <strong>do</strong>b emprega<strong>do</strong>res, que se congratulou com<br />
o senhor Presidente da Republioa e com o senhor Ministre <strong>do</strong> Irabalhc*<br />
Indústria e Comércio, pela instalação deste Con.elho, que vem de ser<br />
constituí<strong>do</strong> em cúpula da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, fazen<strong>do</strong> a conciliação<br />
entre o oapltal e o trabalho, com as seguintes palavras: "A pedi<strong>do</strong><br />
de oolegas das instituições emprega<strong>do</strong>ras para dizer algumas palavras<br />
sobre a instalação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, ex. sua nova fase, que lhe<br />
dá o caráter de supremo tribunal'trabalhista, os emprega<strong>do</strong>res aqui<br />
representa<strong>do</strong>s pela minha humilde palavra, congratulam-se com o sentar<br />
Presidente da Kepúblioa e o senhor Ministro d^ <strong>Trabalho</strong> pela instala<br />
çao deste <strong>Conselho</strong> que vem de ser a cúpula da Justiça <strong>do</strong> Irabalho,<br />
í&sQn<strong>do</strong> a conciliação entre o capital e o trabalho. É de salientar,<br />
neste momento,senhor Presidente, como aliás já tem siao feito pelas<br />
maiores autoridades <strong>do</strong> paiz, noutras ocasiões, a atitude <strong>do</strong>s empre-<br />
ga<strong>do</strong>res na elaboração da legislação social brasileira, üles têm da-<br />
<strong>do</strong>, to<strong>do</strong> o seu apoio; nenhum embaraço tem oposto a esta raillzação<br />
humanitária. E essa cooperação conooj-rera para que se checasse sor.<br />
\ ,<br />
esoolhos, sem- impecilhos, egi boa paz a situada? de h.ije, a esta realidade<br />
;:iial^J[Aaa\que é a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, c.ir. es - '- irio«nal - o<br />
29
<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - que é a sua cúpula. Os emprega<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> Brasil, senhor Presidente, .deram .una demonstração ao mun<strong>do</strong> de que<br />
não quere,r. explorar o trabalhoao contrário, uesejaia antes a coope-<br />
.ração, porque, corao bem disse, ontem, o senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
o capital deve concorrer eia paralelo coe o trabalho, o esforço úe ca<br />
da cidadão» Os emprega<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil tem aceita<strong>do</strong> todas as leis tra<br />
balfaiatas, cora a melhor boa vontade e nstor cooperação, concorren<strong>do</strong><br />
mesmo para a sua elaooraç&o, como representstes seus nas comissões<br />
que se tem organiza<strong>do</strong> para esse fim. Penhor Presidente., todas estas<br />
palavras de reconhecimento <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res e de regosijo pela ins-<br />
talação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> r.a sua última fase, eu desej; dizer<br />
que os emprega<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil continuam a confiar na Justiça d: Tra-<br />
balho, -anuo o direito a queai tem, afim de que não haja o desiquilf-<br />
brlo econômico e haja o apoio aqueles que necessitam para viver. As-<br />
sim, senhor Presidente, ou me oongratulo oom o senhor Presiden.= ia<br />
Repúolica, com o senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, com V. &xoia., e coit<br />
os trabalha<strong>do</strong>res que são os grandes obreiros ^a economia nacional,<br />
pela instalação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> de que sou uma pequena partef.<br />
(Palmas^* Com a ;.alavra o senhor ooneelheiro Miranda Keto, e.:. no,-r.e<br />
<strong>do</strong>s senhores representantes <strong>do</strong> ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, neste Conse-<br />
lho, manifestou desejo de -jue fosse consigna<strong>do</strong> em ata a satisfação<br />
de to<strong>do</strong>s os c.nsclhelros, ..ela estruturação definitiva da Justiça<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> que vem, r.So preencher uma lacuna, porque já existiu es<br />
sa Justiça, ^.as organizar 0 dirigir melhor esse instru^vnto de paz<br />
social e progresso <strong>do</strong> Brasil, pedin<strong>do</strong>, ainda, fosse consigna<strong>do</strong> em<br />
ata a gratidão ao senhor Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Kacional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
àoutor Francisco Barbosa de nezen<strong>do</strong>, pela maneira aJWrw«£ cor. ^e tem<br />
condt-zi<strong>do</strong> >s craii-ilViOâ nc3ts tribunal e o preito de hoir.ena^ôa aos<br />
senhor-js presid-ínta. áa Hepública e i>;inistrp <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a ^ueic tan<br />
to devem os w*balhaiores d;< Brasil,. . que vale diger, o proprio<br />
Brasil, oonfox':ne as ;ulã.vr»s ceguem :"ür. nome <strong>do</strong>s representantes<br />
<strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> deste Oonsslho, também desejo que fique<br />
consignada e,u ata, a nos^a alegria Leia estrutur tiva ia<br />
30
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> qua ver. não preencher uma lacuna, porque nos já<br />
tínhamos tal Justiça, mas organizar e dirigir melhor esse instrumen-<br />
to de paz social e progresso <strong>do</strong> Brasil, 0 problema das relações en-<br />
tre capital e trabalho é velhíssimo problema e o Presidente da Repú*<br />
blica soube aproveitar a força imensa que existia em <strong>do</strong>ta setores,<br />
dirigi<strong>do</strong>s um contra o outro, fazen<strong>do</strong>-os apenas mudar de direção ide<br />
abtagõnicaa, torr.aram-se paralelas, dirigidas para o alto essas for-<br />
ças extraordinárias <strong>do</strong> capital e trabalho reuni<strong>do</strong>s, levantan<strong>do</strong> o n o-<br />
me <strong>do</strong> Brasil e o próprio Brasil para futuro molhor. 0 problema soci-<br />
al, senhor Presidente, um <strong>do</strong>s graves problemas que assoberbam o mun-<br />
<strong>do</strong>, e no fund:, culpa<strong>do</strong> de quasi tolas as evoluções e involuções da<br />
Eist-'ria, vs tá sen<strong>do</strong> resolvi<strong>do</strong> entre nós de mo<strong>do</strong> admirável; procurèu<br />
o lente ia Kepúolica Sxr.i* senhor GetulJo Vargas, manter a tra-<br />
dição braeileira, aproveitar os tesouros <strong>do</strong> oondade e dedicação q^e<br />
há no eoração ae to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Brasil, fazan<strong>do</strong>-Jhes com-<br />
preender -que não pode haver lutas de olasaes em um paiz como ; noss«q<br />
na fase ascendente de sua trajetória. Deu-lhes, o &cm fl senhor Presi-<br />
dente da República o que am outros lugares só se obtam com sangren-<br />
tas revoluções. Tiveram a sua previdência organizada, esta ma^nífioa<br />
previdência social, seu regime de trabalho .-e^ulawents<strong>do</strong>, suas condi-<br />
ções de higiene estabelecidas, sua Justiça de <strong>Trabalho</strong> Iniciada. E,<br />
ontem, neste dia primeiro de maio, que ae oonvenclonou em to<strong>do</strong> o mun-<br />
<strong>do</strong> aer o dia <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, deu-lhe a o Ebcm* senhor 3e túlio Vargas,<br />
finalmente, esta organização pollforme e múltipla, que abrange to<strong>do</strong><br />
o território nacional e condua todas as questões soclaia que afetem<br />
o trabalha<strong>do</strong>r brasileiro para a solução Justa e sobretu<strong>do</strong> lógica,den-<br />
tro de uma técnica perfeita, -iuero, pois, senhor Presidente, que em<br />
nome <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> fiquem consignadas<br />
em ata não aó a nossa alegria pela instalação desta nova fase <strong>do</strong> Con-<br />
selho, nas a noasa gratidão a V* Excia«, pela janeira admirável com<br />
que tem conduzi<strong>do</strong> os trabalhos'neste tribunal, principalmente, o nos-<br />
so preito de homenagem awa üxmoa. Senhores Presidente ia Republica e<br />
Ministro A-> <strong>Trabalho</strong>, a que-', tanto devem to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
Brasil, erapueçacftja d emprega<strong>do</strong>rea, o que vale dizer o próprio Brasil?
(Palmas). O senhor conselheiro Abelar<strong>do</strong> Perinho, então diz jue cons-<br />
ta <strong>do</strong>a anais da Constituinte, de trinta e três e trinta e q»u.tro,urna<br />
deolaraçao graciosa, que não pod* deixar de ser lembrada no momento<br />
em que o órgão supremo da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, no Brasil, inicia suas<br />
relevantes atividades, centro da ordem eatabeleoida pelo Ooverno;é<br />
\un <strong>do</strong>cumento que como reputa<strong>do</strong>, fez inserir nos anais <strong>do</strong> Congresso<br />
brasileiro e contem o rol das reivindicações <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, não<br />
reivindicações políticas o <strong>do</strong> classe, uits reivindicações *<br />
uma nova ordem ecj;;-:.r.icu a social, e.\ .j ^í-o.l-iina du trabalho ocu-<br />
pava a parte principal. Diz, ainda, que, graças ao esforço, vontade<br />
e perseverança <strong>do</strong> senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, 4ue e o flhefe <strong>do</strong> esta-<br />
<strong>do</strong> maior <strong>do</strong> setor trabalhista, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> tomou o *eu ver-<br />
dadeiro rumo o sua verdadeira forma. Por esse motivo pede a^s seus<br />
colegas conselheiros uma manifestação especial ao i-.iiii«iv<br />
lhopque à aceita .ei; «si?hor - Presidente, » »-.loa -iamais cor.ielhol-<br />
rod. 83tas as palavras <strong>do</strong> conselheiro Abelard;» j.arinhot n i«a ho-<br />
ra em que o órgão supremo da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> inicia atividades<br />
tão relevantes quanto auspiciosas, vem-me á lembrança notável <strong>do</strong>cu-<br />
mento que, quan<strong>do</strong> deputa<strong>do</strong> das profissões liberais, fiz inserir nos<br />
anais da Constituinte de mil novecentos e trinta e quatro. Trata-se<br />
•ae uma comunicação que, nos ultimo» dias de datembro ie mil novecen-<br />
tos e trinta, o então capitão Chrlstiano Buys, em nome <strong>do</strong>s revolucio-<br />
nários das jornadas cívicas de -mil novecentos e vinte e <strong>do</strong>is a mil r.o<br />
vecentos e vinte e seis, entregou ao chefe da revolução que viria a<br />
explodir alguna dias mais' tarde, a três de outubro, seguinte. 0 valo-<br />
roso e brilhante oficial <strong>do</strong> nosso Exéroito passou às mãos <strong>do</strong> serúior<br />
Jstulio Vargas, presidente ao Rio Orande <strong>do</strong> Sul, arrola<strong>do</strong>s como numa<br />
resenha susointa, as reivindicações los seus ir.nãos de ideal 5 lutas.<br />
Mes vésperas <strong>do</strong> movime.ito, um "leaisr" djs antigos revolucionários,<br />
devidamente autoriza<strong>do</strong>, confiava a quem de dever, o maior credenci-<br />
al <strong>do</strong> idealismo e da sinceridade <strong>do</strong>s seus -tenazes oonpanheiros: um<br />
programa de reivindicações, i de notar que entre tais reivirdi^Õoa,<br />
divulgadas .,«la imprensa lc«o a;.óa o movimento, jHrelevar, as<br />
'o caráter econômico e joci»2, ..urtre ;<br />
32
•lha<strong>do</strong>r conetituem a maior parte. Prezo-me dc direito que tenho de ser<br />
oonti\<strong>do</strong> entre os aludi<strong>do</strong>s revolucionários, outrora chma<strong>do</strong>s "revolu-<br />
cionários de julho*. Deles sou desde a primeira hora, e ainda conser<br />
vc comigo > calor e a pureza <strong>do</strong> ideal patrlotloo e humano que os ocn<br />
duziu à vitória. Integra<strong>do</strong> nesaa corrente, sempre me foi possível<br />
traduzir, com fidelidade, o espírito revolucionário, tão injustamen-<br />
te malsina<strong>do</strong> em certa época, mas cuja sincera veneração pela pátria<br />
e pela Republica se vem demonstran<strong>do</strong> n% magnífica colheita <strong>do</strong>s fru-<br />
tos que semeiou. Como interprete <strong>do</strong> penssnento <strong>do</strong>s pioneiros <strong>do</strong> Bra-<br />
sil novo, tive a honra de levar ao seio da Constituinte muitas pro-<br />
posições es?, que se concretizavam aspirações legítimas revolucionárias.<br />
Dentre essas, a emenda relativa á Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que apres&n-<br />
tel IOJÍC no primeiro turno <strong>do</strong> projeto da Constituição. ?oi a única<br />
Mue apareceu nessa primeira discussão, Honraram-me com o apoio de<br />
suas assinaturas, trinta e seis deputa<strong>do</strong>s, na maioria egressos <strong>do</strong><br />
Clube três le outubro. Alegra-me referir os nomes <strong>do</strong> nosso oolega ^<br />
berto Surek, <strong>do</strong> nosso ex-colçga Deodato Kala, eminente Procura<strong>do</strong>r<br />
deste <strong>Conselho</strong>, que nos distingue oorc a sua presença, Quanto nos é<br />
grata, senhor Presidente, esta evocação: vermos realiza<strong>do</strong> aquilo qpe<br />
idealizámos, que muita gente ohamou de utopia e mesmo teatralidacel.<br />
-Vermos realiza<strong>do</strong> OORI aplausos gerais, oom louvores ate <strong>do</strong>s que nos<br />
combateram e contra nós votaraml Vermos realiza<strong>do</strong> e nos acharmos in-<br />
tegra<strong>do</strong>s na corporificação desse iaeal, oomo fatores da sua fisiolo-<br />
gial Mas, si grande ó a alegria que sentimos por isso, nós, revolu-<br />
cionários e ex-deput^<strong>do</strong>s subscritores da proposição tqui presentes,<br />
maia intensa ainda se torna o júbilo que nas invade a alma, quan<strong>do</strong><br />
vemos que, a outro sir.natárlc ia e-rr-nda, reservou a Providencia pa<br />
po*. iecisívo r.a trar.sforT.a^ac ú: be3c sonho e:r. formosa realidade.<br />
A Justiça ;<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. :*raçaa<br />
aos í'Zj& esforços, a «w* :•>. "vvji u, a f:n feçlo auave •; iíoreta,<br />
foi pcsi-ívcl i vi X •• b-s];.*., o..ij^.r»tx»ar s • i verdad« Ir - - :*u.:.o,
sua fjrma maia oonveídente. Os dirigentes respondem pelo trabalho co<br />
letivo *ue oriencam. 0 malogro como o êxito, aao leva<strong>do</strong>s à conta <strong>do</strong>s<br />
chefes. A Justiça áj <strong>Trabalho</strong> representa uma vitória <strong>do</strong>s revolucio-<br />
nários e, ao senhor Getúlio Vargas, na qualidade de nosso chefe su-<br />
procio, cabem os maiores louvores, os louros mais robustos. AJ ͻU<br />
grande Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, os aplausos comovi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus antigos<br />
companheiros, <strong>do</strong>s seus atuais colabora<strong>do</strong>res e das forças econômicas<br />
ào paiz. Graças a Deus, porém, não me é ingrata a memória, ^ue seria<br />
eu se esquecesse, ao trazer subsídios para a história da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, outros amigos que não mediram saorifícios pelo ideal de<br />
uma pátria melhor? Desses, não poucos ocupam postos ie responsabili-<br />
dade na administração <strong>do</strong> paiz e com dedicação servem a causa publi-<br />
ca. Outros, a .raio* parte, não
da ordem pública e no fortalecimento da Umidade nacional. Destes, as<br />
sim, -um admirável exeaplc de patriotismo e mostruates que oó o labor<br />
continua<strong>do</strong> e a união roalir.am aspirações coletivas* Essa verdade tão<br />
simples <strong>do</strong>mina hoje o 3rasV.1 e guia-lhe a mocidade, podeis ufanar-<br />
vos de ter concorrida para tfo esplendi<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> evidente naá ce-<br />
rimonias de dezanove d* abril - Dia da Juventude - quasiio, por toda<br />
a vastidão <strong>do</strong> nosso território, os espíritos r-ioços se congregaram<br />
ra rsr.ovar a au-* confiança nos destinos da Patria o afiraer a ar-der>-<br />
te e inquebrantável vontade de protege-la e engrandecê-la. A homena-<br />
gem ao chefe <strong>do</strong> Qoveruo tj.ua a escolha de tal data en-yrrn, comoveu-<br />
me profundsuaenho» Por certo Iropriairia r.iaior rolevo a festividade<br />
<strong>do</strong> ter alt-t significarão a.-íaooia-la ss comemoraç^* 5 ^e Tiradentss,<br />
o herói sacrifica<strong>do</strong> ar i?.«;al. acredito, onzp&cswfco, que o<br />
propósito não í £lo:'iftcc.r homens, ít.âs itjT.ona tn\r a adesão das ge<br />
rações novas £ts princípios sadios e oleroa -ue orientou o Brasil<br />
desde .nil novecentos e trlr.ta e d o terminar cr.. instauração <strong>do</strong> tísta-<br />
á .. .-racional» V.^Vr.sr.-}.^ por elo?/ M qu? o o CC-J-KVUÍU reformar-<br />
ia estrutura socíál <strong>do</strong> z pro-.ao venço a soli.lar iccU .'o das classes<br />
pela oolaboração (;eral r:.\s tarefaa <strong>do</strong> be.r. oo.aum, sbo-l<strong>do</strong>s .-s privi-<br />
légios <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, dignificadas todas as ?alegorias de tr-hta?'r.o e<br />
esfor-;- honsst-c pura viver e ;rodp'-rnr. Dessa r»«:.eira evi-<br />
f£T:0.: 7,alvo que arruír.i-.a civilizaçõ*«: e Jristi r-uiçoa a verdadeira de<br />
üiooricia - <strong>do</strong> povo e > povo- - :.c ;vj.v?.o a fcrmulfi clí?•-ica c per<br />
f'>its. Desde o dia distante d a cri&çco <strong>do</strong> vosso kinic t«:'ic -.er/oa,<br />
ser.t repouso, procurs.<strong>do</strong> anparar c cb:eiro nacirw.l, çKr^.Mr-lhe os<br />
direitos s estipular-lhes os deveres. A lei <strong>do</strong>a <strong>do</strong>is lei-*os, na rea<br />
liuade da nacionalização <strong>do</strong> trabfclho - & sinòicaHzaçã"- unitária,o<br />
seguro social, o horário nas .indústria«, a regulanientaçso dc dala-<br />
ri^to de •.sulhor«'e 'nonores, ferias re^WiC rocias, os «.• Idaat:* de<br />
assistência .indica, os rectaur*nlea populares o o salário r\ínii..r..<br />
são outrf*» tanias ©Capas vencidas <strong>do</strong> j.rogrswa trabalhista* Tal i«:-<br />
giiilftção, vasta s c.o>?q?Ie*a, que j;ò?.í.,o em paizea Ou estrutura eoono-<br />
consolipleíifci ^••A^ecirt aspiração a tópica, realizou-a o yrasil e,
oontrarisn<strong>do</strong> a opinião <strong>do</strong>s oefcioos e timoratos,, yse ce stpürKí,<br />
co criar barreiras entre olassis e aseaaei 1 oposições, np.cxir.ou e<br />
uniu emprega<strong>do</strong>s c o^rs^a<strong>do</strong>ros. u programa resultante e de coacoriis,<br />
au-e::tes a desconfiança e a hostilidade, capacita<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s de «iue<br />
são uecessájios uns aos outros. A prova mais elo-iuonte ias*a col&i.c-<br />
ração tivemo-la no grande baa-iuete trabalhista <strong>do</strong> aniversário <strong>do</strong> Es-<br />
ta<strong>do</strong> Sovo, no qual os operárioa e- patrões confraternizaram, compre«r.<br />
den<strong>do</strong> lua o trabalho tambeui e capital © >s bens ulula<strong>do</strong>s r^uço va-<br />
lem ai os seus benefícios não sv estenderem a coletividade. Tu<strong>do</strong> in-<br />
dica, portanto, ser propício o momento para ultimar a ,_rar.áe obra,<br />
mante-la e preservá-la em toda a sua pureza intransigentemente pro-<br />
tegida <strong>do</strong> descaso e das interpretações apressadas. A Justiça <strong>do</strong> Tra-<br />
balho, que declaro instalada neste hitórico primeiro de kaio, -;em<br />
essa missão. Cumpre-lhe defender de to<strong>do</strong>s os ^erigos a nossa modeltr<br />
legislação social-trabalhista, aprimorá-la pela Jurisprudência coe-<br />
rente e pela retidão e firmeza das sentenças. Da nova magistratura<br />
outra cousa não esperam O Governo, emprega<strong>do</strong>s 6 emprega<strong>do</strong>res e a es-<br />
clarecida opinião nacional, lias não terminou a nossa tarefa. Temos<br />
a enfrentar corajosamente sérios problemas de melhoria das nossas<br />
populações, para que o conforto, a educação s a higiene não sejam<br />
privilégios de regiões ou zonas. Os benefícios que conqaistastss -t-<br />
vem ser amplia<strong>do</strong>s aos operários rurais, aos que, insulscos nos<br />
toas, viveji distantes ias vants-^ens da civilização, t.osmo por jue,si<br />
o não fizermos, correremos o risco de àísistir ao êxo<strong>do</strong> <strong>do</strong>s ca.-i.pos<br />
a ao superpovoamento d&s cidades, desequilíbrio cie consequências 1 im-<br />
previsíveis, capaz de enfraquecer ou anular os efeitos da camparas,<br />
de valoralzação integral <strong>do</strong> homem brasileiro para <strong>do</strong>tá-lo d& vi^or<br />
econStr.ioo, saúde física e snertria produtiva, Kão é passível manter-<br />
mos anomalia tão perigosa cotao a de existirem camponezcs sem ^leba<br />
própria num paiz onde vales férteis, como a Amazônia, peruaneoea in-<br />
cultos, e despovoa<strong>do</strong>s de rebanhos pastagens soberbas como as de Goi-<br />
az e Mato Grosso, â necessário à riqueza pública jue o nívei de pi*<br />
per idade, da população rural aumente oara ai; sorvar a cies * ente aro-<br />
WUo<br />
36
•luyío Industrial; é Inipvo-oínv.ível eievar .a càpõcidôds aquisitiva de<br />
to<strong>do</strong>s oa br&oileiros, •- ^uc 36 poda r-r-r feit« avaic-ntan<strong>do</strong>-se o rondi-<br />
i'.ontu òo trabalho agrícola. Com esse Intuito o que í*-r. a-^eriha o Go-<br />
verno ,\*açi;nal em fixar no ss-spo os bv-\ si."., cairos eidrosoa, rcu.iin<strong>do</strong>-<br />
••3 eu; núc2 de colonização ^ 'ipar^n<strong>do</strong>-oc conveniente- ente, çem<br />
r.aüA li:03 ;:»idir alssn ds diso.pi ir.a a* van traoalfc«,» e perfis<br />
tente. 0 ~U>' de t>.iv: x já ikvrir.o, u ct-^s r..oradut da fs-.jílift, an<br />
: c-'.'itós, I:,'Ta;í. ! .t58 .ví-^ios, èsoc-Kia prcí ií sloijaia e ^sistenvia<br />
. j-v-.:...,' -.áriii -s.-.: pc:> -.33 £ auu ;-.!?.; .si','ú'o gra bui ta.aente, e so-<br />
• v w í ">;f.o li zeo t.iT.i/ili: 1 Mr-: .>i. u a p*?r.ará, aboli<strong>do</strong>s r. ?o s t e s,<br />
la» a •. toa até que c. • ^oIÖ'JUO, florir, tentes pró.ras 30<br />
en-.«'^ 1.proteçPr- '.•rv&i , na,v:ntul. Ao Ea Hove., cabe som dúvi-<br />
da, a mlssãc resgat-.^: u dívida de qua troce.': U o anos a •-í.ío aludia o<br />
escritor in t ?-s cu almu .-"v: > cartes.«, cor. trai ca pelos ho-<br />
í.;ã,-:v du litoral c:m o v .a vi vantes <strong>do</strong>s tsrrAo altas, desesnientes es<br />
0 J<strong>do</strong>s d&abr?.Ví.dcpaô 0 pioneiros qu.-- d.i. Is tKrsju :?.6rí:Uano3 e<br />
rar. hori?.o:»tfe: ! pátries, K s^sim : c-sr-tanôJo, confiante no<br />
' 1 .to, •• ooiuo c Árvors çu»; mex^i-l^a raivas. v, terra /"ártii e da<br />
ilvos-i. A -fti-.çíw a:;*, sei-toes e a revaiorisaçÃo di. jvre.
quaisquer sacrifícios pelo Brasil.Si o seguinte o discurso JO aenrcr<br />
iiinistro <strong>do</strong> trabalho, Indústria e Comercio. "Senhor Fr^sic.en:e Getú-<br />
lio Vargas: A solenidade que ora se realiza, © 4 ue tem a honrá-la a<br />
presidência <strong>do</strong> chefe da Nação, mor-**, rem dúvida o estágio â&cisivo<br />
de uma evolução progressiva, iluminada pelos clarões de um descorti-<br />
no político-social que é, A a'«, favor, U.T.& das mais fortes caracterís-<br />
ticas de papal histórico de V. cxcia,, ssnhír 5res>i-ar» te Getúlio Var<br />
gas, â fr-jr.te <strong>do</strong>s destinos <strong>do</strong> jrasil, Por isao cnesxo, já/..ais & pre-<br />
sidência de lona solenidade- teve maior lógica e ur.a s<strong>do</strong>quação ciais r.í<br />
tida qae essa em que ora se investe o chefe <strong>do</strong> Qoverno <strong>Nacional</strong>,ori-<br />
enta<strong>do</strong>r máximo de to<strong>do</strong> esse movi.-sonto evolutivo, i'or.te ir.spir*<strong>do</strong>r&,<br />
na serona concepção :te suas soluções clarividentes, de toso ssve a-<br />
parelh&meuto de legislação social cuja cúpula Judiciaria ho4» ae in-<br />
tegra e consolida, 0 instante i-.c citb.iros vivt»::ao e, ua «-!::.> o<br />
auspicioso e.r. q..e se conssjra uma as4-.lindida vitória, snalnèocnco<br />
os feitos <strong>do</strong>s que p;-r ela pelejaram e venceram. S Vossa Sxcelência<br />
2t!\hzr Presidente da Ãepuollca, foi bom o generalíssimo Inconfundí-<br />
vel dessas Incruentas pugnas, cujo labaro xais belo era o ideal ia<br />
Justiça Social que resume e exalça to<strong>do</strong> o programa governamental de<br />
Vossa Sxclencla. Instalan<strong>do</strong> nesta hora a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e;a to-<br />
as território nacional, Vi-isa Sxcelenoia co:ao que atinge o c!c.o de<br />
a-. antiplano, de onde pode descortinar, beijada pelo sol das reali-<br />
dades conforta<strong>do</strong>ras, toda a gigantesoa massa <strong>do</strong>s que se irão abrigar<br />
à sombra <strong>do</strong>s institutos Jurídicos dessa mesma Justiça e que são to-<br />
<strong>do</strong>s quantos - emprega<strong>do</strong>s ou emprega<strong>do</strong>res - uni<strong>do</strong>s sob o mesmo signo<br />
de seu devotamente pelo Brasil, esforçam-se por engrandeoe-lo econo-<br />
micamente, crian<strong>do</strong>-lhe a riqueza, fazen<strong>do</strong>-a desenvolver e circular,<br />
tornan<strong>do</strong> a nação próspera, e feliz, pelo esforço diuturno te to...os<br />
os elementos <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e da Produção, conjuga<strong>do</strong>s nessa ordem har-<br />
mônica que V* Sxoia. tão bem soube implantara em nossa Patria. :>'a<br />
labuta diária de suas tarefas, desde as mais modestas ás mais altas<br />
categorias profissionais, vários milhões de buasilelroa hoje se de-<br />
têio e meditam, a contemplar o téruiino triunfal dessa Jornada, que<br />
foi bem uma ascenção, porque ais vou e engrLndec^i a/fcaiã;A integran<br />
38
-.tíiro Impsrlo, vinha ligar~J3 «os lordes oa d's t.I.üià , a..' noa. o ve<br />
lho passa<strong>do</strong>, de oujas lições tirava Vossa íixoel^encta um priucípio<br />
haveria de ser uzna das maroaa primordiais <strong>do</strong> seu governo; a concilia-<br />
ção e a harmonia entre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s» Esse desígnio lo-<br />
graria Vossa Excelência completá-la através da Carta Constitucional<br />
de <strong>do</strong>s de novembro de mil novecentos e trinta e sete, dan<strong>do</strong> á Justi-<br />
ça <strong>do</strong> Vrabalho umâ competência privativa e exclusiva para todas as<br />
qv.çstoea de Çrabalho, o que implicou na «ye-ssidade de dar a essa Jus<br />
tiça uam organização definida.e autônoma, sei cenhuma dependencia da<br />
Justija comum e <strong>do</strong>s Tribunais superiores, exceto no tocante á maté-<br />
ria propriamente de constitucionalidade. Aquilo que fora, após lon-<br />
gos debate«, consubstancia<strong>do</strong> numa fórmula algo hesitante, no texto<br />
<strong>do</strong> artigo - tfenfco e vinte à <strong>do</strong>is da Constituição de útil novecentos &<br />
trinta e quatro, passou a ser configura<strong>do</strong> ?*jr forma c.ais perfeita e<br />
concreta na redação <strong>do</strong> artigo cento e trinta e nove ia Carta políti-<br />
ca de dez de novembro de mil novecentos e trinta e sete. á que a con<br />
cepção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> liberal já não influirá na organização constitucio-<br />
nal de mil novecentos 9 trinta 9 sete, ao contrário <strong>do</strong> que acontece-<br />
ra em mil novecentos' e trinta e quatro, quan<strong>do</strong>, mau gra<strong>do</strong> o esforço<br />
de não poucos batalha<strong>do</strong>res, medrou e venceu por fira, em matérias de<br />
toais alto alcance como eata, o preconceito individualista, &11 r.il<br />
vecsntos e trinta e sete, a visão profunda de Vossa íixoel&ncia, se-<br />
nhor Presidente, traçou ao Brasil a moldura <strong>do</strong> seu destino, institu-<br />
in<strong>do</strong> o oorporativisrao <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, atribuin<strong>do</strong> as corporações eoonomi-<br />
cas o exeroício de funções delegadas <strong>do</strong> podar público, disciplinan-<br />
<strong>do</strong> a ordem 3cor.3i.iica dentro <strong>do</strong>s sa,;rwd«-;3 limites <strong>do</strong> interesse da pá-<br />
tria, e consideran<strong>do</strong> 2 greve e o "lod:-out", como "recursos ar.ti-so-<br />
ciais nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis coir. os<br />
riores interesses da produção nacional"* Kiui ambiente constit.jiois&l<br />
assim caracteriza<strong>do</strong>, era natural que pudèsse se desenvolver e flores<br />
cer, até atingir o grau da fecunda que hoje aa-sinala, a<br />
arvore qu* Vossa üLxcelêi.cia tão acertadamente plantara oom as cri.x-<br />
-çõos legislativas de mil novecentos e trinta âidcds.tA<br />
Wi competQi.cia<br />
40
genérica para dirimir to<strong>do</strong>a os conflitos <strong>do</strong> trabalho poude assim ser<br />
exercitada pela Justiça especializada, que a organização oonstitu -<br />
oional de mil novecentos e trinta e sete estatuiu e solidificou, á<br />
o que se consagra através <strong>do</strong>s órgãos de Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> que hoje<br />
se instalam defini tivame:;te e:ti to<strong>do</strong> o paiz, cora (-.v.u modalids, :'i3 de a-<br />
ção curaotí-rística o original sob vá'.-io3 aspectos, calcada qno fo>l<br />
sol»r& Á 9xp9rit:;cia de quasi um decênio. As normas pvoceccuais que<br />
lhe são atinentes exprimem fórmulas prátioas e oorajosaa, capazes de<br />
lhes assegurar o ritmo de celeridade e o surto de efioiêncla qv.e o<br />
novo aparelhamento Judiciário não pode deixar de objetivar: A sua fi<br />
aionomi & jurídica, o i^aç? marcante dt- seu papel social, reportam<br />
•>• ^j-: ; óat?.cos 1 : uro,*. ru..*.*-' ao c.-'-.tc cie se - ; f ••*.;. iior. amen-<br />
to. :j7 ..r.oi^nal, .. imprir. íu ao 3rj.sH, sob a -i-jÃn firme<br />
de 7c Sã a áxcelSnciaj o ru-co certo ie uma -.archa asoencl^nril,<br />
de um futuro auspicioso e felÍ3,' esse mesmo Oovarno qns cr'! i^-lu da<br />
vez as querelas pcrtidárias e que cerruiu, a oei da uni**.:•. »a la Pa^rí^<br />
as ridíc.ilas barreiras ioc v^glorfell sinos T.alsãos; 1.« ; i-<br />
a -c-rdu.. " c-.Ot. .!*jç£; ;» . .. ^ •<br />
ac cl o tí '.••.walh&iyr-í. e ;jo !._.•}••. i e -<br />
x . ». vura a ooto;.;ão de r.csi,a emancipação eo; v $or;iea, un-rcê<br />
CÃ ; ondação da grande siderurgia nacional - esse -3ov*rno pode confi-<br />
ar tranquilamente em a nova organização Judiciaria que, pura garan-<br />
tia da nossa legislação social, passa a integrar-se definitivamente<br />
-em nosso aparelhamento leral» o? -htcsi»dentes históricas ± ela<br />
se. prer.ie, &s c •: AC.er-sU íss ci-i--.c-ir-.-iis a? fuujic-r.^. í.r.to e os<br />
•r.:lces Juví-iicos v.. . -i pia.' f ÍA, i-í.pr.iíenta.v a -cV*:^ ser-,--/<br />
ça <strong>do</strong> flerto oav.priment.. de s%\a missão sócio-pclítica. «r pelavras<br />
que Vossa jLxcelenoift vai proferir, senhor presidente ietr.li^ '^rgas,<br />
instalan<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o Brasil, nesta hera histórica <strong>do</strong> uunio, a Justi-<br />
ça <strong>do</strong> Trsbalho na plenitude dns or^aos que a compõem, - vale-, o orno a<br />
s.FÍRR.ação ds que -A Vossa JUXCELERC.'a r\o ?tCT,orLza.cj.r. eis as sofi-<br />
',;iai profecias dja vislumbraram, calco atormenta: a ia ci<br />
-.: ' -"i. ' . • , an.iusticso das 'v.taa <strong>do</strong> clan.-vs,al L.n-'r\tè.-<br />
da3 pelo ©àio «íVaCfrA • - ,'u j. ... 4velc &spiri to <strong>do</strong> dtsfrv.: -.1 a juo<br />
41
nos fala Sombarfc, filho dí» revolta <strong>do</strong>a fatos economias contra os st.<br />
jtilos códigos legislativos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, e qu
i-lc.í cr.-:*.an<strong>do</strong> & rríe;ãc da J d- ••=)••&;} ho, cc um* nuanoc di-<br />
feronce, .t®S asajre oorr. a mosna âievx.çÁío, Cuvi-^a ..-.•.livras naío<br />
eloquentes: todas elas louvan<strong>do</strong> 2 conduzirão ü conaluvi'; de . jasíveL.<br />
caroço oi sc-rvi^os <strong>do</strong> s- -«hc;- sini: -:v . -i - ..hs,.'.-.,. , ü ;. v*uto cia<br />
v s a Jus t v <strong>Trabalho</strong>, por \v> são ; du.tn': o cr? c ! • lo &. Si .a<br />
->lón:U -í iv. dc-cí.ca<strong>do</strong> no -'£•»•. Mni.*»' } , ^uuci -ío ha. ..-i-<br />
i--sia u.-; üto zenefle.laív.c s j. a p:-.v,' ' i ou o tr-.Wlho. Ti\ «r.os a-<br />
inc'.a as p•. 3 avrue elo
de Previdência, os seguinte» oonaelheiros * Presidente, Luiz à.endee Fd<br />
beiro Gonçalves, segun<strong>do</strong> Vlce-Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Naoional <strong>do</strong> Tra<br />
balho; membros: Abelar<strong>do</strong> Marinho, Antonio Garcia de Kirar.da Netto ,<br />
Fernan<strong>do</strong> de Andrade Ramos, Luiz Augusto da França, barcos Carr.eiro<br />
de Men<strong>do</strong>nça* .Nelson Procópio de Souza e Salustlano de Lemos Lessa.Pe<br />
las demais portarias, foram designa<strong>do</strong>», o Oficial Administrativo<br />
bacharel Francisco Rineli de Almeida, para exercer as funções de se<br />
cretário <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Naoicnal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; o Oficial<br />
Administrativo M J", Ubyratan-Luis de Velmont, para exercer as funções<br />
de Secretário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Pleno, <strong>do</strong> Comelho . x 'sclyr:al <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;o<br />
Oficial Administrativo "H", Agnelo Eergamini de Abreu, para exercer<br />
as funções de iecretário da Camar* da Justiça <strong>do</strong> Tribalho <strong>do</strong> Conse-<br />
lho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; e o Oficial Administrativo "H", Slisa Lis?<br />
pector, para exercer as funções de Secretário da Camara de Previdên-<br />
cia Social <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Kaoional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Nada mais haven<strong>do</strong> a tra<br />
tar, o senhor Presidente agradece a presença <strong>do</strong>s senhores conselhei-<br />
ros, <strong>do</strong>m convida<strong>do</strong>s e assistentes, convidan<strong>do</strong> ^s senhoras conselhei-<br />
ros para, incorpora<strong>do</strong>s, ae dirigirem ao Oabiretc- 3o senhor ministro<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, em visita de congratulações e ouiv.pr isentos, s faa dis-<br />
tribuir ántr© os oonaelheiros exemplares <strong>do</strong> ante-projeto <strong>do</strong> Reglmon-<br />
to <strong>do</strong> Con&elho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, elabora<strong>do</strong> pela Comissão Especi-<br />
al da Jua.tiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, para estu<strong>do</strong> e discussão na próxima reuni-<br />
ão, dan<strong>do</strong> yor encerra<strong>do</strong>s os trabalhos desta sessão <strong>do</strong> que, para cons<br />
tar, eu, Ubjratan-Luis de Valmor.t, secretário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Pleno, la-<br />
vrei a pre-iente ata que vai por mim assinada e subscrita pelo senhor<br />
Presidente. Kio de Janeiro, aos oito dias <strong>do</strong> mes de maio <strong>do</strong> ano mil<br />
novecentos e quarenta e um.<br />
44<br />
Pr ano is co Barbosa ae Hezaide
EXCERTOS DA EXPOSIÇÃO<br />
Ao Exmo. Sr. Dr. Alexandre Marcondes Filho<br />
MD. Ministro de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria<br />
e Comércio.<br />
Excelentíssimo Senhor Ministro<br />
Ten<strong>do</strong> a Comissão Especial, encarregada da regu-<br />
lamentação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, é, bem assim, da sua<br />
instalação em to<strong>do</strong> o Brasil, termina<strong>do</strong> os respectivos tra-<br />
balhos, venho <strong>do</strong>s mesmos, na qualidade de seu presidente,<br />
apresentar a V.Exa. minucioso e circunstancia<strong>do</strong> relatório,<br />
<strong>do</strong> qual verá V.Exa. o zelo, a dedicação, o entusiasmo e o<br />
patriotismo com que ela sempre agiu no desempenho de<br />
tão nobre e honrosa incumbência, quanto espinhosa e difí-<br />
cil, a partir da sua composição em 17 de junho de 1939.<br />
CRIAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO<br />
Com o desenvolvimento sempre crescente da le-<br />
gislação social trabalhista, base da sábia política iniciada<br />
pelo Eminente Ghefe da Nação logo após a vitória da revo-<br />
lução de outubro de 1930, imperiosa a necessidade da cria-<br />
ção e organização de uma justiça especializada para dirimir<br />
os conflitos entre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s e assegurar<br />
45
os seus direitos, decorrentes de leis que pela unidade e<br />
harmonia <strong>do</strong>s princípios <strong>do</strong>utrinários de que se revestiam<br />
já se apresentavam como expressão de um direito novo, o<br />
Direito Social.<br />
À Constituição Federal de 1934, essa necessida-<br />
de não passou desapercebida, como se vê <strong>do</strong> seu art. 122,<br />
assim dispon<strong>do</strong>:<br />
"Para dirimir questões entre emprega<strong>do</strong>res e emprega-<br />
<strong>do</strong>s, regidas pela legislação social, fica instituída a Jus-<br />
tiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, à qual não se aplica o disposto no<br />
Capítulo IV, de Título I".<br />
Parágrafo único. "A constituição<strong>do</strong>s Tribunais e das Co-<br />
missões de Conciliação obedecerá sempre ao princípio<br />
da eleição de seus membros, metade pelas associações<br />
representativas <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s e pela metade <strong>do</strong>s em-<br />
prega<strong>do</strong>res, sen<strong>do</strong> o presidente de livre nomeação <strong>do</strong><br />
Governo, escolhi<strong>do</strong> dentre pessoas de experiência e<br />
notória capacidade moral e intelectual".<br />
Esse preceito constitucional, porém, não chegou<br />
a ter execução, fican<strong>do</strong> o projeto de lei para esse fim pre-<br />
para<strong>do</strong>, em torno <strong>do</strong> qual se travaram memoráveis debates,<br />
paraiiza<strong>do</strong> na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.<br />
Foi ele, no entanto, renova<strong>do</strong> na Constituição de<br />
10 de novembro de 1937, mais ou menos nos mesmos<br />
termos, conforme o seu art. 139, assim redigi<strong>do</strong>:<br />
46
"Para dirimir os conflitos oriun<strong>do</strong>s das relações entre<br />
emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res reguladas na legislação<br />
social, é instituída a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, que será<br />
regulada em lei e à qual não se aplicam as disposições<br />
desta Constituição relativas à competência, ao recru-<br />
tamento e às prerrogativas da Justiça comum".<br />
Daí, a criação da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pela con-<br />
versão em lei, <strong>do</strong> projeto elabora<strong>do</strong> por uma comissão para<br />
esse fim especialmente nomeada, com as modificações de-<br />
terminadas pelo Exmo. Sr. Presidente da República, a fim<br />
de melhor adaptar-se à estrutura administrativa e aos recur-<br />
sos financeiros <strong>do</strong> país.<br />
Criada a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> pelos Decretos-leis<br />
no. 1.237, de 2 de maio, e no. 1.346, de 15 de junho de<br />
1939, ten<strong>do</strong> como órgãos e tribunais as Juntas de Concilia-<br />
ção e Julgamento, os Juizes de Direito, os <strong>Conselho</strong>s Re-<br />
gionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
transforma<strong>do</strong> em Tribunal Superior da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
e de Previdência Social, o então Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> In-<br />
dústria e Comércio tratou logo de compor a comissão a<br />
que se refere o art. 108, <strong>do</strong> supra cita<strong>do</strong> decreto-lei no.<br />
1.237, de 2 de maio de 1939, definin<strong>do</strong>-lhe os encargos e<br />
atribuições e regulan<strong>do</strong> a execução de seus serviços, admis-<br />
são <strong>do</strong> pessoal auxiliar e pagamento das respectivas despe-<br />
sas.<br />
47
CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO ESPECIAL DA JUSTI-<br />
ÇA DO TRABALHO E SUA ORGANIZAÇÃO, INCLUSI-<br />
VE DA SECRETARIA<br />
A Comissão Especial da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> foi<br />
inicialmente constituída pela portaria ministerial no.<br />
SCm89, de 17 de junho de 1939, publicada no Diário Ofi-<br />
cial de 20 de junho de 1939, com o encargo de elaborar os<br />
regulamentos <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s decreto-leis no. 1.237 e no.<br />
1.346, bem como de promover a instalação da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, toman<strong>do</strong>, para esse fim, todas as providências, e<br />
expedin<strong>do</strong>, com os modelos de que houvesse mister, as<br />
instruções necessárias inclusive as que relacionassem com a<br />
reorganização <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> (anexo<br />
no. 1).<br />
Compunham-na, além <strong>do</strong> presidente, designa<strong>do</strong><br />
por lei, o qual era assisti<strong>do</strong> pelo então Consultor Jurídico<br />
<strong>do</strong> Ministério, Dr. Francisco José de Oliveira Viana, e pelo<br />
Diretor da Divisão de Organização <strong>do</strong> Departamento Admi-<br />
nistrativo <strong>do</strong> Serviço Público, <strong>Do</strong>utor Moacyr Ribeiro<br />
Briggs, os seguintes membros e técnicos auxiliares: Dr. Joa-<br />
quim Leonel de Rezende Alvim, Procura<strong>do</strong>r Geral <strong>do</strong> Con-<br />
selho <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e o Dr. Geral<strong>do</strong> Augusto de<br />
Faria Batista, então Adjunto <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r Geral <strong>do</strong> mes-<br />
mo <strong>Conselho</strong>, como membros; Dr. José Augusto Seabra e<br />
Cesar Orosco, conta<strong>do</strong>res, Dr. Jarbas Peixoto, presidente<br />
da antiga 3a. Junta de Conciliação e Julgamento <strong>do</strong> Distri-<br />
to Federal, Dr. Wal<strong>do</strong> Carneiro Leão de Vasconcelos, Ad-<br />
48
junto de Procura<strong>do</strong>r, interino, <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>/e Dr. Moacyr Veloso Car<strong>do</strong>so de Oliveira, Procu-<br />
ra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Instituto de Aposenta<strong>do</strong>ria e Pensões <strong>do</strong>s Indus-<br />
triários, to<strong>do</strong>s como técnicos auxiliares.<br />
Foram posteriormente designa<strong>do</strong>s, para integra-<br />
rem a Comissão, conforme portaria de 5 de julho de 1939,<br />
o Dr. Raimun<strong>do</strong> de Araujo Castro, membro funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e atual Presidente da Câ-<br />
mara de Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e o engenheiro Gastão Quar-<br />
tim Pinto de Moura, atuário <strong>do</strong> Ministério, então exercen-<br />
<strong>do</strong>, como substituto, a função de presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong><br />
Atuarial, este na qualidade de assistente e aquele como<br />
membro da aludida Comissão, à qual foi mais tarde, por<br />
ato de 29 de março de 1940, incorpora<strong>do</strong> o Bel. Francisco<br />
Rinelli de Almeida, Oficial Administrativo <strong>do</strong> quadro úni-<br />
co <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e atual Secretário <strong>do</strong> Presi-<br />
dente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
REGULAMENTAÇÃO<br />
Dentre os encargos atribuí<strong>do</strong>s à Comissão Espe-<br />
cial da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> não se pode deixar de destacar<br />
os de elaborar os regulamentos <strong>do</strong>s decretos-leis no. 1.237<br />
e no. 1.346, assim como as instruções e modelos que se<br />
faziam mister, para sua perfeita execução.<br />
Desde a sua instalação, verificada a primeiro de<br />
julho de 1939, tratou ela dessa sua principal tarefa, distri-<br />
buin<strong>do</strong>-a, sem perda de tempo, entre os membros compo-<br />
nentes das secções de Regulamentação e Organização de<br />
49
Serviços.<br />
Desenvolveram-se os trabalhos com toda regula-<br />
ridade, ten<strong>do</strong> as duas Secções realiza<strong>do</strong> inúmeras reuniões<br />
para discutir os anteprojetos elabora<strong>do</strong>s pelos seus vários<br />
membros, principalmente a partir de dezembro de 1939.<br />
Foi, porém, nos meses de fevereiro, março e abril de 1940,<br />
que mais intensa se tornou a sua atividade a respeito che-<br />
gan<strong>do</strong> mesmo, nessa época, a realizar sucessivas reuniões<br />
diárias, inclusive à noite.<br />
Poude assim a Comissão, depois de acura<strong>do</strong>s es-<br />
tu<strong>do</strong>s, não poupan<strong>do</strong> sacrifícios nem esforços, despendi<strong>do</strong>s<br />
aliás sem prejuízo das funções normais de seus membros,<br />
neste Ministério ou fora dele, concluir a primeira parte de<br />
seus trabalhos, com o inestimável concurso que lhe prestou<br />
o Departamento Administrativo <strong>do</strong> Serviço Público, quer<br />
diretamente, através da assistência <strong>do</strong> ilustre Diretor da<br />
Divisão de Organização e Coordenação, Dr. Moacyr Briggs,<br />
quer indiretamente, nos sucessivos contactos havi<strong>do</strong>s com<br />
outros diretores <strong>do</strong> mesmo Departamento, para elaboração<br />
<strong>do</strong> projeto de decreto-lei sobre a previsão <strong>do</strong> pessoal e das<br />
despesas exigidas pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
Antes no entanto, de aprovar a redação final <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>is projetos de regulamentos <strong>do</strong>s decretos-leis no. 1.237 e<br />
no. 1.346, julgou a Comissão necessário propor modifica-<br />
ção em alguns <strong>do</strong>s seus dispositivos, o que motivou a elabo-<br />
ração de <strong>do</strong>is projetos de decretos-leis, consignan<strong>do</strong> altera-<br />
ções nos arts. 7o., 10, 14, 19, 21, 50 a 55, 79, 89, 97, 98 e<br />
106, <strong>do</strong> decreto-lei no. 1.237, e nos arts. 1o., 6o., 11,15,<br />
21, 23, 25, 26, 27, alínea a), 28, alínea a), 29, 30, 31 e 33,<br />
50
<strong>do</strong> decreto-lei no. 1.346.<br />
Concluí<strong>do</strong>s e aprova<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s esses projetos, a<br />
Comissão os submeteu à elevada consideração <strong>do</strong> Exmo.<br />
Sr. Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> Indústria e Comércio, nos dias 25<br />
e 26 de abril de 1940, com os ofícios ns. CE137 e CE140,<br />
respectivamente.<br />
Após o exame a que foram submeti<strong>do</strong>s, por de-<br />
terminação <strong>do</strong> titular da pasta, e com ligeiras emendas de<br />
redação, viu, afinal, a Comissão aprova<strong>do</strong>s pelo Governo<br />
conforme os decretos ns. 6.596 e 6.597, de 12 e 13 de<br />
dezembro de 1940, os seus projetos de regulamentos. As<br />
modificações <strong>do</strong>s decretos-leis ns. 1.237 e 1.346, sugeridas<br />
pela Comissão, foram aprovadas pelos decretos-leis núme-<br />
ros 2.851 e 2.852, ambos de 10 de dezembro de 1940.<br />
Pelo decreto-lei n. 2.874, de 16 de dezembro de<br />
1940, cujo projeto foi organiza<strong>do</strong> pelo Departamento Ad-<br />
ministrativo <strong>do</strong> Serviço Público, foram cria<strong>do</strong>s os cargos<br />
necessários para atender aos serviços da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />
lho, no quadro único <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> indústria e<br />
Comércio, conforme o disposto no art. 106 <strong>do</strong> decreto-iei<br />
n. 1.237, de 2 de maio de 1939. Além <strong>do</strong>s regulamentos<br />
em apreço e <strong>do</strong>s projetos de decretos-leis modificativos de<br />
algumas disposições, <strong>do</strong>s de ns. 1.237 e 1.346, a Comissão<br />
elaborou e expediu os modelos e instruções que se faziam<br />
mister, de acor<strong>do</strong> com o disposto no art. 236, alínea b <strong>do</strong><br />
Regulamento aprova<strong>do</strong> pelo decreto n. 6.596, de 12 de<br />
dezembro de 1940, para aplicação nas Juntas de Concilia-<br />
ção e Julgamento, nos distribui<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />
51
lho e, no que coubesse, nos <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> Traba-<br />
lho.<br />
Os modelos e instruções aprova<strong>do</strong>s pela Comis-<br />
são foram baixa<strong>do</strong>s pela portaria n. CE56 de 26 de abril de<br />
1941, compreenden<strong>do</strong> o seguinte:<br />
INSTRUÇÕES GERAIS:<br />
- Das atribuições especiais <strong>do</strong>s distribui<strong>do</strong>res - <strong>Do</strong> anda-<br />
mento inicial da reclamação na Secretaria das Juntas de<br />
Conciliação e Julgamento; - <strong>Do</strong> julgamento <strong>do</strong>s embargos e<br />
<strong>do</strong>s agravos, pelas Juntas de Conciliação e Julgamento; -<br />
<strong>Do</strong>s oficiais de diligências; - <strong>Do</strong>s avalia<strong>do</strong>res.<br />
INSTRUÇÕES PARA USO DOS MODELOS:<br />
- Modelo n. 1 - Livro de Registro das Reclamações distri-<br />
buídas; - Modelo n. 1-A e 1.B - Termos de abertura e de<br />
encerramento <strong>do</strong> Livro de Registro de Reclamações distri-<br />
buídas; - Modelo n. 2 - Recibo-Ficha para a Distribuição;-<br />
Modelo n. 3 - Comunicação de existência de outra Recla-<br />
mação <strong>do</strong> mesmo reclamante já arquivada anteriormente; -<br />
Modelo n. 4 - Cartão de Protocolo das Secretarias das Jun-<br />
tas; - Modelo n. 5 - Ficha de Protocolo da Secretaria das<br />
Juntas; - Modelos ns. 6 e 6-A - Notificação Inicial ao Recla-<br />
ma<strong>do</strong> e ao Reclamante; - Modelo n. 7 - Edital de notifica-<br />
52
ção ao reclama<strong>do</strong> para ciência da reclamação; - Modelos ns.<br />
8 e 8-A - Livro para Registro das Audiências da Junta; -<br />
Modelo n. 9 - Termo de Reclamação; - Modelo n. 10 -<br />
Comunicação ao distribui<strong>do</strong>r de aplicação ao reclamante<br />
da pena <strong>do</strong> art. 219 <strong>do</strong> Regulamento; • Modelo n. 11 -<br />
Termo de Conciliação; - Modelo n. 12 - Ata de Julgamento<br />
de Reclamação; - Modelo n. 12-A - Ata de instrução de<br />
inquérito administrativo; - Modelos ns. 12-B e 12-C - Ata<br />
de julgamento de embargos e agravo; - Modelo n. 13 -<br />
Termo de adiantamento de audiência; - Modelo n. 14 -<br />
Termo de arquivamento de reclamação; - Modelo n. 15 -<br />
Comunicação ao Distribui<strong>do</strong>r de arquivamento de reclama-<br />
ção; - Modelo n. 16 - Comunicação ao Distribui<strong>do</strong>r de<br />
aplicação de pena <strong>do</strong> art. 220c/c ao art. 219 <strong>do</strong> Regula-<br />
mento; - Modelo n. 17 - Notificação ao reclama<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong><br />
revel, para ciência da decisão; - Modelo n. 18 - Edital de<br />
notificação <strong>do</strong> reclama<strong>do</strong> para ciência da decisão, quan<strong>do</strong><br />
revel; - Modelo n. 19 - Termo de pagamento e quitação; -<br />
Modelo n. 20 - Guia para o depósito em caso de recurso; -<br />
Modelo n. 21 - Notificação ao recorri<strong>do</strong> para : v : nutar o<br />
recurso; - Modelo n. 22 - Notificação em caso de 3o cum-<br />
primento de acor<strong>do</strong> em inquérito administrativo, - Modelo<br />
n. 23 - Comunicação ao distribui<strong>do</strong>r sobre a baixa em dis-<br />
tribuição; - Modelo n. 24 - Termo de verificação de infra-<br />
ção; - Modelo n. 25 - Ofício de remessa <strong>do</strong> termo de verifi-<br />
cação de infração; - Modelos ns. 26-A e 26-1 - Certidões<br />
diversas; - Modelos ns. 27 a 36 - Atos da execução; - Mode-<br />
lo n. 37 - Portaria de designação de oficial de diligências.<br />
53
RECOMPOSIÇÃO DA COMISSÃO<br />
Publica<strong>do</strong>s no Diário Oficial de 11 de dezembro<br />
de 1940, os decretos-leis ns. 2.851 e 2.852, de 10 <strong>do</strong> mes-<br />
mo mês e ano, que modificaram disposições <strong>do</strong> decreto-lei<br />
n. 1.237 de 2 de maio de 1939, e <strong>do</strong> decreto-lei n. 1.346,<br />
de 15 de junho de 1939, e, no Diário Oficial de 18 de<br />
dezembro de 1940, os decretos ns. 6.596 e 6.597, de 12 e<br />
13 <strong>do</strong> mesmo mês e ano, respectivamente, os quais aprova-<br />
ram os regulamentos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong><br />
<strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e finalmente no Diário Oficial de 21<br />
de dezembro de 1940, o decreto-lei n. 2.874, de 16 <strong>do</strong><br />
mesmo mês e ano, que criou os cargos novos destina<strong>do</strong>s a<br />
atender os serviços da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a presidência da<br />
Comissão sentiu a necessidade de rever a sua organização e<br />
atribuições, afim de adaptá-las às incumbências previstas<br />
no art. 236 <strong>do</strong> regulamento aprova<strong>do</strong> pelo decreto n.<br />
6.596, obedecen<strong>do</strong> ao mesmo tempo às recomendações <strong>do</strong><br />
Departamento Administrativo <strong>do</strong> Serviço Público, no senti-<br />
<strong>do</strong> de reduzir o número de seus componentes.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, teve o Presidente da Comissão en-<br />
sejo de oficiar ao Exmo. Sr. Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> em 27<br />
de dezembro de 1940, sugerin<strong>do</strong> a constituição de uma<br />
pequena comissão, dividida em duas secções perfeitamente<br />
diferenciadas, uma compreenden<strong>do</strong> as atribuições consig-<br />
nadas nas alíneas b) e c) <strong>do</strong> artigo 236 <strong>do</strong> cita<strong>do</strong> regula-<br />
mento, e a outra as das alíneas a) e d), fican<strong>do</strong>, ainda, a<br />
cargo da primeira secção, a incumbência de elaborar os<br />
54
ante-projetos de regimento interno <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, à vista da exiguidade <strong>do</strong> prazo estabeleci<strong>do</strong><br />
para tal fim no art. 75 <strong>do</strong> regulamento aprova<strong>do</strong> pelo de-<br />
creto n. 6.597, de 13 de dezembro de 1940.<br />
Pela portaria n. SCm-579, de 7 de janeiro de<br />
1941, (anexo n. 3), houve por bem o Exmo. Sr. Ministro<br />
dar nova organização à Comissão Especial da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> recompon<strong>do</strong>-a, sob a presidência <strong>do</strong> presidente<br />
<strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, com os seguintes mem-<br />
bros: Drs. Geral<strong>do</strong> Augusto de Faria Batista, Moacyr Velo-<br />
so Car<strong>do</strong>so de Oliveira, Flávio de Carvalho Lengruber, Jai-<br />
me Brasílio de Araujo, José Augusto Seabra e Raimun<strong>do</strong><br />
de Araujo Castro, funcionan<strong>do</strong> como assistentes os Senho-<br />
res Drs.: Oscar Saraiva, José Candi<strong>do</strong> de Lima Ferreira e<br />
Rafael Xavier, respectivamente, Consultor Jurídico <strong>do</strong> Mi-<br />
nistério, Diretor <strong>do</strong> Departamento Administrativo e Dire-<br />
tor da Divisão <strong>do</strong> Material <strong>do</strong> Departamento Administrati-<br />
vo <strong>do</strong> Serviço Público. Além desses membros e assistentes<br />
foi incluí<strong>do</strong> na Comissão o Dr. Edgard Ribeiro Sanches,<br />
Presidente <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Regional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> da 1a. Re-<br />
gião.<br />
Assim recomposta, a Comissão, coube ihe desen-<br />
volver a máxima atividade para ultimar todas as medidas<br />
que se faziam mister para a instalação da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />
lho no dia 1o. de maio de 1941, o que lhe foi dispensa<strong>do</strong><br />
pelo então titular da pasta.<br />
55
TRABALHOS DE INSTALAÇÃO<br />
Os trabalhos de instalação, como era natural,<br />
exigiram estu<strong>do</strong>s preliminares destina<strong>do</strong>s a fornecer à Co-<br />
missão os elementos de que necessitava para promover a<br />
implantação <strong>do</strong>s vários órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> em<br />
to<strong>do</strong> o território nacional.<br />
Esses estu<strong>do</strong>s, assim como determinadas provi-<br />
dências de caráter preparatório, foram inicia<strong>do</strong>s em fins de<br />
1939, paralelamente aos trabalhos de elaboração <strong>do</strong>s ante-<br />
projetos de regulamentos de acor<strong>do</strong> com a orientação tra-<br />
çada pelo presidente da Comissão, à vista <strong>do</strong> plano de ativi-<br />
dades aprova<strong>do</strong> em sua primeira sessão.<br />
Uma das primeira medidas, tomadas pela Comis-<br />
são, foi solicitar aos Inspetores Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, nos<br />
Esta<strong>do</strong>s, informações sobre o movimento das Juntas de<br />
Conciliação e Julgamento de cada uma delas e sua compo-<br />
sição.<br />
Realizou-se, desse mo<strong>do</strong>, um vasto e completo<br />
inquérito, cujos resulta<strong>do</strong>s muito esclareceram a Comissão<br />
no desenvolvimento de seus trabalhos ulteriores.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, além da elaboração de plantas<br />
para as obras de adaptação das dependências <strong>do</strong> edifício <strong>do</strong><br />
Ministério em que deveriam funcionar os novos órgãos <strong>do</strong><br />
<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, tratou a Comissão de estu-<br />
dar a locação <strong>do</strong> prédio destina<strong>do</strong> ao <strong>Conselho</strong> Regional <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> e às Juntas de Conciliação e Julgamento com<br />
sede no Distrito Federal, uma vez que não era possível<br />
56
instalar esses órgãos no edifício <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
dada a falta de salas disponíveis. Foram visitadas, de de-<br />
zembro de 1939 a outubro de 1940 cerca de vinte edifícios<br />
localiza<strong>do</strong>s na Esplanada <strong>do</strong> Castelo, mas ao fim dessas<br />
visitas, e de acor<strong>do</strong> com a recomendação <strong>do</strong> Exmo. Sr.<br />
Ministro, escolheu-se para sede <strong>do</strong>s órgãos da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> nesta Capital o edifício <strong>do</strong> Instituto de Aposenta-<br />
<strong>do</strong>ria e Pensões <strong>do</strong>s Bancários, no qual foram locadas as<br />
dependências necessárias a instalação <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Regio-<br />
nal e de seis Juntas de Conciliação e Julgamento, com as<br />
respectivas Secretarias, além <strong>do</strong> distribui<strong>do</strong>r e da Procura-<br />
<strong>do</strong>ria Regional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
Ten<strong>do</strong> em vista o critério de máxima economia<br />
possível, a Comissão julgou aconselhável fosse solicitada<br />
aos Interventores Federais a cessão de edifícios públicos,<br />
para neles serem instala<strong>do</strong>s os órgãos locais da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, especialmente nos Esta<strong>do</strong>s em que tivessem sede<br />
os <strong>Conselho</strong>s Regionais, isto é, nos Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pará, Ceará,<br />
Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande<br />
<strong>do</strong> Sul. Em tal senti<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> oficia<strong>do</strong> ao então titular<br />
da pasta Ministro Waldemar Falcão. S.Exa. houve por bem<br />
expedir aviso aos Exmos. Srs. Interventores Federais na-<br />
queles Esta<strong>do</strong>s, solicitan<strong>do</strong> os bons ofícios de to<strong>do</strong>s para<br />
que pudesse ser obtida a cessão de edifícios públicos nas<br />
respectivas capitais, na forma sugerida.<br />
Apesar da boa vontade manifestada por essas al-<br />
tas autoridades estaduais, não foi possível conseguir o que<br />
se pretendia, salvo em relação a Pernambuco, onde se obte-<br />
57
ve a cessão de algumas dependências disponíveis no<br />
"Fórum" de Recife, por nímia gentileza <strong>do</strong> Exmo. Sr. Dr.<br />
Agamemnon Magalhaes ex-titular da pasta <strong>do</strong> trabalho e<br />
atual Interventor Federal no aludi<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />
Assim, pois, viu-se a Comissão obrigada a promo-<br />
ver a escolha e locação de prédios nos Esta<strong>do</strong>s, onde insta-<br />
lasse os órgãos locais da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, de acor<strong>do</strong><br />
com os recursos financeiros existentes. Por determinação<br />
ministerial foram incumbi<strong>do</strong>s dessa missão os Delega<strong>do</strong>s<br />
Regionais <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> os quais, articula<strong>do</strong>s<br />
com a Comissão, cuidaram de todas as providências que se<br />
faziam necessárias para a locação das sedes <strong>do</strong>s <strong>Conselho</strong>s<br />
Regionais e Juntas de Conciliação e Julgamento nos Esta-<br />
<strong>do</strong>s.<br />
Quer no Distrito Federal, quer nos Esta<strong>do</strong>s, em<br />
sua quase totalidade, foi necessário realizar obras de adap-<br />
tação nos edifícios e dependências loca<strong>do</strong>s, conforme as<br />
conveniências <strong>do</strong>s serviços a serem instala<strong>do</strong>s.<br />
Tais obras de adaptação, assim como as despesas<br />
de aluguéis, constam discriminadamente <strong>do</strong>s anexos ns. 17<br />
e 18, caben<strong>do</strong> salientar que os maiores gastos foram efetua-<br />
<strong>do</strong>s no edifício <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, onde se acham<br />
instala<strong>do</strong>s os vários órgãos <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Traba-<br />
lho.<br />
Providencian<strong>do</strong> desse mo<strong>do</strong> a instalação de to-<br />
<strong>do</strong>s os órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> vinha a Comissão<br />
concomitantemente trabalhan<strong>do</strong> na realização das concor-<br />
rências administrativas para a aquisição <strong>do</strong> material perma-<br />
58
nente e de consumo destina<strong>do</strong> aos aludi<strong>do</strong>s órgãos e, bem<br />
assim, para as obras de adaptação a realizar, conforme tu<strong>do</strong><br />
consta <strong>do</strong> capítulo VIII, sob o título "Concorrência".<br />
Quanto à distribuição <strong>do</strong> material permanente e<br />
de consumo pelos vários órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, em<br />
to<strong>do</strong> o território nacional, constitue trata<strong>do</strong> em detalhe no<br />
capítulo IX deste relatório.<br />
Os trabalhos de instalação exigiram da Comissão<br />
os maiores esforços, aplica<strong>do</strong>s indistintamente por to<strong>do</strong>s os<br />
seus membros na execução <strong>do</strong> plano por ela aprova<strong>do</strong>. E,<br />
mesmo depois de instalada a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a 1o. de<br />
maio de 1941, continuou a Comissão desenvolven<strong>do</strong> uma<br />
grande atividade, quer no recebimento e distribuição <strong>do</strong><br />
material adquiri<strong>do</strong>, quer no processamento de contas e,<br />
finalmente, no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s processos relaciona<strong>do</strong>s com os<br />
trabalhos de instalação propriamente ditos, inclusive o ex-<br />
pediente, a cargo da Secretaria.<br />
Rio de Janeiro, 28 de fevereiro <strong>do</strong> 1942 (a)<br />
FRANCISCO BARBOSA DE RESENDE, presidente.<br />
59
A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO<br />
Trechos da Exposição de motivos <strong>do</strong> Exmo. Sr.<br />
Ministro da Justiça dirigida ao Excelentíssimo Senhor Pre-<br />
sidente da República no encaminhamento <strong>do</strong> ante-projeto<br />
da C.L.T.:<br />
"Sr. Presidente da República<br />
Tenho a grande honra de apresentar a Vossa Exce-<br />
lência o projeto definitivo de Consolidação das Leis<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, relevante cometimento jurídico e so-<br />
cial, cuja redação última foi procedida, haven<strong>do</strong><br />
si<strong>do</strong> escrupulosamente apreciadas as sugestões e<br />
emendas propostas ao ante-projeto, após uma ver-<br />
dadeira auto-crítica que a própria comissão efe-<br />
tuou, <strong>do</strong> texto original divulga<strong>do</strong> pelo Diário Ofi-<br />
cial de 5 de janeiro <strong>do</strong> corrente ano.<br />
2. A Comissão cotejou e julgou cerca de <strong>do</strong>is mil<br />
reparos, observações ou comentários feitos à Con-<br />
solidação.<br />
10. Projetada a ação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em várias direções,<br />
para atender ao tratamento de situações, para aten-<br />
der ao tratamento de situações especiais e constan-<br />
tes em uma mesma órbita jurídica, impõe-se, desde<br />
o instante em que se surpreende a unidade interna<br />
60
desses problemas, prescrutar a sua inteligência or-<br />
dena<strong>do</strong>ra, que será então a "ratio legis" <strong>do</strong> sistema<br />
normativo necessário.<br />
11. Esse o significa<strong>do</strong> da Consolidação que não é<br />
uma coleção de leis, mas a sua coordenação siste-<br />
matizada.<br />
Não é apenas um engenho de arquitetura legislati-<br />
va, mas uma recapitulação <strong>do</strong>s valores coerentes,<br />
que resultaram de uma grande expansão legislativa<br />
anterior, em um da<strong>do</strong> ramo <strong>do</strong> direito.<br />
81. Finalmente, quanto à Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, deli-<br />
berou-se a exclusão de toda a parte consistente em<br />
regimento de órgãos e serviços, bem como <strong>do</strong>s as-<br />
suntos referentes à administração <strong>do</strong>s seguros so-<br />
ciais.<br />
82. O julgamento <strong>do</strong>s agravos foi eleva<strong>do</strong> ao seu<br />
verdadeiro nfvel, que é o da instância superior, ne-<br />
cessário à adequada conceituação desses recursos e<br />
à jurídica apreciação da respectiva substância. Apu-<br />
rou-se, outrossim, a definição, estabelecen<strong>do</strong>-se a<br />
forma <strong>do</strong> seu processamento e os efeitos que gera.<br />
83. Tais, em rápida resenha, as principais modifica-<br />
ções operadas no ante-projeto publica<strong>do</strong>. De todas<br />
61
essas alterações deflui um único pensamento - o de<br />
ajustar, mais e mais, a obra constituída às diretrizes<br />
da Política Social <strong>do</strong> Governo, fixadas de maneira<br />
tão ampla e coerente no magnífico quadro das dis-<br />
posições legais que acabam de ser recapituladas.<br />
84. Ao pedir a atenção de Vossa Excelência para<br />
essa notável obra de construção jurídica, afirmo,<br />
com profunda convicção e de um mo<strong>do</strong> geral, que,<br />
nesta hora dramática que o mun<strong>do</strong> sofre, a Consoli-<br />
dação constitui um marco venerável na história de<br />
nossa Civilização, demonstra a vocação brasileira<br />
pelo direito e, na escureza que envolve a humanida-<br />
de, representa a expressão de uma luz que não se<br />
apagou.<br />
Apresento a Vossa Excelência os protestos <strong>do</strong> meu<br />
mais profun<strong>do</strong> respeito.<br />
Rio de Janeiro, 19 de abril de 1943.<br />
a) Alexandre Marcondes Filho<br />
Como muito bem frisou o Sr. Ministro Marcon-<br />
des Filho, a "Consolidação não é uma simples coleção de<br />
leis, mas a sua coordenação sistematizada", essa grandiosa<br />
obra de codificação introduziu profundas marcas entre as<br />
relações individuais e coletivas de trabalho, entran<strong>do</strong> em<br />
vigor em 10 de novembro de 1943.<br />
62
PRESIDENTES<br />
DO<br />
CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO<br />
Miguel Calmon du Pin e Almeida, na qualidade<br />
de Ministro da Agricultura, Indústria e Comércio assume a<br />
presidência para a instalação em 23.8.23.<br />
Instala<strong>do</strong> o <strong>Conselho</strong>, assume a presidência o Sr.<br />
Miguel Osório de Almeida e o <strong>Conselho</strong>, por aclamação<br />
indica o 1o. Presidente.<br />
1o. AUGUSTO VIVEIROS DE CASTRO<br />
de agosto de 1923 a feve-<br />
reiro de 1925<br />
2o. ATAULPHO NÁPOLES DE PAIVA<br />
3o. MÁRIO DE ANDRADE RAMOS<br />
de fevereiro de 1925 a no-<br />
vembro de 193Q<br />
de janeiro de 1931 a janeiro<br />
de 1933<br />
4o. CASSIANO TAVARES BASTOS<br />
de Janeiro de 1933 s janeiro<br />
de 1935<br />
5o. FRANCISCO BARBOSA REZENDE<br />
de janeiro de 1936 a março<br />
de 1942<br />
8o. SILVESTRE PÉRICLES DE GOIS MONTEIRO<br />
63<br />
de março de 1942 a julho<br />
de 1943
7o. FILINTO MULLER<br />
de julho de 1943 a novem-<br />
bro de 1945<br />
8o. GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES<br />
de fevereiro de 1946 a se-<br />
tembro de 1946<br />
data da transformação <strong>do</strong> C.N.T. em T.S.T.<br />
MEMBROS DO CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO<br />
ALBERTO SUREK 1941<br />
ABELARDO MARINHO DE A. ANDRADE 1939<br />
ALFREDO BALTAZAR DA SILVEIRA 1934<br />
ALBERTO VIEIRA PEREIRA DA CUNHA . 1934/35/36<br />
ALFREDO CONRADO NIEMEYR 1933<br />
AUGUSTO O. VIVEIROS DE CASTRO 1923/25<br />
A. VICENTE DE ANDRADE BEZERRA 1923/24<br />
AFRANIO PEIXOTO 1923/26<br />
ATAULPHO NÁPOLES DE PAIVA 1924/30<br />
ANTONIO PRADO LOPES PEREIRA 1926/29<br />
AMÉRICO LUDOLF 1929/39<br />
ANTONIO MOITINHO DORIA 1931/32<br />
AUGUSTO PARANHOS FONTENELLE 1935/39<br />
ARTHUR HORTENCIO BASTOS 1935/39<br />
ALBERTO CUNHA 1936<br />
64
ANTONIO RIBEIRO FRANÇA FILHO 1939<br />
ALFEU GUEDES NOGUEIRA 1944<br />
ANTONIO GARCIA DE MIRANDA NETO 1941/45<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL 1945/46<br />
AFFONSO TOLEDO BANDEIRA DE MELLO . 1931/35<br />
TEN.CEL. AYRTON BITENCOURT LOBO ... 1943/45<br />
ÁLVARO CORRÊA DA SILVA 1934/39<br />
ANTONIO FERRAZ 1939<br />
CARLOS DE CAMPOS 1923/24<br />
CARLOS GOMES DE ALMEIDA 1923/30<br />
CASSIANO MACHADO TAVARES BASTOS 1930<br />
CARLOS PEREIRA DA ROCHA 1931<br />
CARLOS DE FIGUEIREDO 1931<br />
CARLOS TELES DA ROCHA FARIA 1923/33<br />
CUPERTINO DE GUSMÃO 1939<br />
DEODATO DA SILVA MAI A JÚNIOR 1932/33/39<br />
DULPHE PINHEIRO MACHADO 1923/30<br />
ERNESTO PEREIRA CARNEIRO 1927/31<br />
EDUARDO VASCONCELOS PEDERNEIRAS . 1935/39<br />
EDUARDO MONIZ 1946<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA 1S34/39<br />
EDGARD DE CASTRO RABELLO 1934/36<br />
F. PAES LEME DE MONLEVADE 1925<br />
FRANCISCO ANTONIO COELHO 1926/31<br />
FRANCISCO DE OLIVEIRA PASSOS 1931/33<br />
FRANCISCO BARBOSA DE REZENDE .... 1931/34/39<br />
FERNANDO MARIO BORGES DE A. RAMOS ... 1946<br />
GERALDO AUGUSTO DE FARIA BATISTA 1940<br />
65
GABRIEL OSÓRIO DE ALMEIDA 1923/26<br />
GUSTAVO FRANCISCO LEITE 1923/34<br />
GERALDO ROCHA 1926/31<br />
GABRIEL LOUREIRO DA SILVA BERNARDES 1933/34<br />
GUÁLTER JOSÉ FERREIRA 1934/38<br />
HUMBERTO SMITH DE VASCONCELLOS . . . 1936/39<br />
ILDEFONSO DE ABREU ALBANO 1934<br />
IVENS DE ARAUJO 1943<br />
IRINEU MALAGUETA 1934/39<br />
JOÃO VILLAS BOAS 1939<br />
JOAQUIM MARIANO DE AZEVEDO CASTRO . . . 1933<br />
JULIO DE ALBUQUERQUE PRESTES 1926/27<br />
JOSÉ DE MIRANDA VALVERDE 1929/30<br />
JOSÉ DE SÃ BEZERRA CAVALCANTI 1939/45<br />
JELMIREZ BELO DA CONCEIÇÃO 1943<br />
JOÃO CARLOS DUARTE FILHO 1941/45<br />
JOSÉ COSSEMELLI 1945<br />
JULIO FINTON 1945<br />
JOÃO ANTERO DE CARVALHO 1945<br />
JOSÉ CÍCERO DO NASCIMENTO 1945<br />
JES ELIAS CARVALHO DE PAIVA 1946<br />
JOÃO DE LOURENÇO 1933/34<br />
JORGE LUIZ GUSTAVO STREET 1933/34<br />
JOSÉ L. SALGADO SEABRA 1934/39<br />
JOSÉ MENDES CAVALHEIRO 1934/38<br />
JOSÉ CÂNDIDO DE LIMA FERREIRA 1938<br />
JOSÉ MATHIAS COSTA BAPTISTA 1939<br />
LIBANIO DA ROCHA VAZ 1923/32<br />
66
LUIZ GUEDES DE MORAES SARMENTO 1929/30<br />
LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA 1939<br />
LUIZ MENDES RIBEIRO GONÇALVES 1939<br />
LUIZ AUGUSTO DE REGO MONTEIRO 1934<br />
LUIZ DE PAULA LOPES 1934/39<br />
MARIO DE ANDRADE RAMOS 1923/33<br />
MANOEL PEDRO VILLABOIM 1926<br />
MARCIAL DIAS PEQUENO 1940/45<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO 1943/45<br />
MANOEL TIBURCIO DA SILVA 1934/38<br />
MILTON SOARES DE SANTiANNA 1938<br />
MARCOS CARNEIRO DE MENDONÇA 1939<br />
NELSON PROCOPIO DE SOUZA 1941<br />
OSWALDO GOMES DA COSTA MIRANDA 1938<br />
OZEAS MOTA 1939/45<br />
OSCAR SARAIVA 1934/39<br />
PEDRO BENJAMIM CERQUEIRA LIMA . .. 1931/34/39<br />
PERCIVAL GODOY ILHA 1945<br />
PAULO LEOPOLDO PEREI RA DA CÂMARA .... 1946<br />
RAYMUNDO DE ARAUJO CASTRO 1923/26/39<br />
ROMULO GOMES CARDIM 1943<br />
SEBASTIÃO MOREIRA DE AZEVEDO 1937/39<br />
SALUSTIANO ROBERTO DE LEMOS LESSA . 1941/45<br />
VLADISLAU HERCULANO DE FREITAS 1924/26<br />
VICENTE DE PAULA GALLIEZ 1933/35<br />
VALDEMAR FERREIRA MARQUES 1945<br />
WALDEMAR CROMWELL DO REGO FALCÃO 1932/33<br />
67
ATA DA SESSÃO SOLENE PB INSTALAÇÃO DO<br />
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO<br />
Aos vinte e três dias <strong>do</strong> mês de setem<br />
bro de mil novecentos e quarenta e seis, na sala de sessões <strong>do</strong><br />
<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, realizou-se a sessão solene de<br />
instalação <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, organiza<strong>do</strong> em vir<br />
tude da reforma introduzida na estrutura da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
pelo Decreto-Lel n9 9 797, de 9 de setembro corrente, às cator-<br />
ze horas, com a presença <strong>do</strong> Excelentíssimo Senhor Otacílio Ne-<br />
grão de Lima, digníssimo Ministro <strong>do</strong> Irabalho, altas autoridades<br />
representantes de organiza±ot-r, sindicais e pessoas convidadas,<br />
o Sr, Presidente declarou aberta a sessão, dan<strong>do</strong> inicio à sole-<br />
nidade, pronuncian<strong>do</strong> a segainie "Er.tre os viandes acon-<br />
tecimentos; da nossa vida Juríciü., »ociai e eco^omica, nao pode<br />
deixar de ser fixada, pela sua extensão o profundida:le, a rcfor<br />
ma introduzida r.a estrutura ia Ousti;a <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pelo Decre-<br />
to-Lei a? 9 797, de 9 deste çes, Essa reforma é ao mesmo tempo,<br />
uma síntese das aspirações mais legítimas das classes produto -<br />
ras e corolário de muitos anoa de sacrifícios, de experiências<br />
e de estu<strong>do</strong>s. As modificações suosianciais, que tanto vem bene-<br />
ficiar os órgãos constitutivos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, nao re -<br />
presentam simples desejo de aconpanhar a marcha <strong>do</strong> tempo ou sin<br />
guiar temor de anacronismo. Antes, refletem um esta<strong>do</strong> de neces-<br />
sidade, resultam das próprias condições sociais e econômicas <strong>do</strong><br />
país. Hoje podemos afirmar que o Brasil possui - como, aliás, o<br />
exigiam a sua cultura social e a sua consciência Jurídica - au-<br />
tentica magistratura <strong>do</strong> trabalho. Na realidade, a lei fundamen-<br />
tal, há dias promulgada, incluin<strong>do</strong> a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no ca-<br />
pítulo referente ao Poder Judiciário, manten<strong>do</strong>-lhe o feitio pa-<br />
ritário, dan<strong>do</strong> aos seua tribunais denominações diversas das an-<br />
tigas, lmprimin<strong>do</strong>-lhe novas diretrizes condizentes com a peculia<br />
ridade <strong>do</strong>s seus fins, reclamava essa solução. Impunha a formaç©<br />
de novo clima para o debate e julgamento <strong>do</strong>s feitos trabalhistas<br />
onde os interesses individuais e os interesses coletivos pudes-<br />
68
sem ser aprecia<strong>do</strong>s no mesmo plano em que agem e se desenvolve*,<br />
os demais ramos <strong>do</strong> Poder Judiciário, Entre as medidas impostas<br />
pela recente reforma, que devem ser focalizadas como expressões<br />
de equilíbrio, de estímulo e de independência, cumpre-nos ressaltar<br />
as condiçoes de provimento e acesso <strong>do</strong>s cargos conetantes<strong>do</strong><br />
seu quadro, condições para as quais foram fixadas normas<br />
altamente moraliza<strong>do</strong>res e inspiradas nos padrões da Justiça Co<br />
mum. O ilustre Ministro Negrão de Lima, a cuja inteligencia,ab<br />
negação e decidi<strong>do</strong> patriotismo, tanto e tanto se deve o êxito<br />
da reorganizarão <strong>do</strong> sistema judiciário trabalhista, afirmou,na<br />
exposição de motivos, encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Pre<br />
sidente da República, e é certo, que o regimen em que se encon<br />
trava a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> constituía verdadeira anomalia<br />
"qual seja a de serem os tribunais de instância superior constituí<strong>do</strong>s<br />
inteiramente de Juizes ocasionais, sem garantias, impossibilita<strong>do</strong>s,<br />
por isso mesmo, de se dedicarem exclusivamente<br />
ao árduo mister de julgar, ao passo que os únicos juizes pro -<br />
fâsionais - os presidentes de Junta - sao Juizes, apenas, de<br />
primeira instância, e ocupam cargos Isola<strong>do</strong>s, sem carreira e<br />
sem acesso àqueles tribunais." Tais entraves e dificuldades fo<br />
ram agora neutraliza<strong>do</strong>s pelo Decreto-Lei 9 7 9?, que inaugura,<br />
na Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, uma fa6e de estímulos e de garantias sa<br />
lutares, bem de acôfr<strong>do</strong> com a li;ão e advertência de Nabuco de<br />
Araujo -:"Não há administração da Justiça sem magistra<strong>do</strong>s índe<br />
pendentes, Não podemos ter esses magistra<strong>do</strong>s, se a magistratura<br />
não for uma profissão, <strong>do</strong>tada de estabilidade e de futuro,<br />
cercada de vantagens e de esperanças, " Criada para lirimir os<br />
conflitos oriun<strong>do</strong>s das relações entre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s,<br />
reguladas na legislação social, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pela com<br />
petêncla, critério, devotamento e civismo <strong>do</strong>s seus componentes,<br />
heroieneutas da paz social, tem procura<strong>do</strong> dar forma viva aos seus<br />
compromissos e postula<strong>do</strong>s, que podem ser resumi<strong>do</strong>s na fórmula<br />
definitiva: equilíbrio entre o capital e o trabalho. Assim, es<br />
ta instituição vem concorren<strong>do</strong> para a formação da nova consciên<br />
cia social brasileira, Quem medita na extensão territorial <strong>do</strong><br />
país, e, conseqüentemente, nas dificuldades inúmeras a vencer;<br />
quem conhece os nossos hábitos, os nossos preconceitos, as nossas<br />
superstições e oa nossos erros; quem examina, enfim os nossos<br />
meios econômicos e sociais, está em condições de avaliar os<br />
resulta<strong>do</strong>s até agora obti<strong>do</strong>s pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Sem dúvida,<br />
ela concorre poderosamente para a dignificação <strong>do</strong> trabalho<br />
69
humano. Mas, na execução <strong>do</strong>s seus objetivos jurídicos e sociaes,<br />
na defesa <strong>do</strong> direito de to<strong>do</strong>s, a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> nao age,nem<br />
poderia agir de mo<strong>do</strong> eficaz, sem atender às condições paicológi<br />
cas e sociais da gente brasileira e particularmente das nossas<br />
massas trabalha<strong>do</strong>ras. Suas normas e diretrizes repelem, bendito<br />
Deus, os mais longínquos sinais de violência ou de coação. Ao<br />
assumir a gestão administrativa e técnica desta pasta, que tem<br />
honra<strong>do</strong>, o Ministro Negrão de Lima focalizou esses importantes<br />
fatores, observan<strong>do</strong>:"As nossas questões apresentam peculiaridades<br />
ligadas ao nosso ambiente, à nossa ín<strong>do</strong>le, à nossa formação<br />
moral e espiritual, não comportan<strong>do</strong> medidas extremas, violentas<br />
e subversivas. Os conserva<strong>do</strong>res estão antedata<strong>do</strong>s em relaçao a<br />
esta época. Não podemos nos guiar por eles, Maa, devemos,também<br />
nos acautelar contra os perigos, as seduções e os avanços <strong>do</strong>s<br />
que se colocam no extremo oposto, pleitean<strong>do</strong> soluções de caráta:<br />
simplista ou remédios drásticos, para as desigualdades sociais.<br />
As medidas e soluções importantes podem e devem ser encontradas<br />
em processo firme de readaptação e de reforma, frete aos postula<br />
<strong>do</strong>s da política social cristã e as inquietações e angústias em<br />
que vivem milhares de brasileiros. "Essa fórmula de equilíbrio,<br />
essa lição de bom senão, esse exemplo de serenidade administrativa,<br />
que o atual governo vem revelan<strong>do</strong>, na defesa <strong>do</strong>s interesses<br />
coletivos, constitui também o clima em que se desenvolve a<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, To<strong>do</strong>s estamos empenha<strong>do</strong>s era colaborar, e é<br />
urgente que o Brasil em peso colabore, na execução <strong>do</strong> vasto e<br />
patriótico programa de política social <strong>do</strong> Presidente Eurico Dutra,<br />
Autonoma, <strong>do</strong>tada de fisionomia própria, Jurisdicional, nem<br />
por isso deve a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> Mostrar-se indiferente ou<br />
desinteressada das múltiplas atividades desta Secretaria de Esta<strong>do</strong>,<br />
que também se destina, pelos deus diferentes órgãos, a<br />
promover a harmonia das nossas classes, numa palavra, a paz<br />
social. Assinalamos, com orgulho, o esforço, a perseverança, a<br />
bravura intelectual com que se conduziram os membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong><br />
<strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, estruturan<strong>do</strong> o direito trabalhista brasileiro,<br />
desfazen<strong>do</strong> equívocos, infundin<strong>do</strong> confiança através de<br />
suas decisões, eliminan<strong>do</strong> obstáculos de toda ordem. Foi um la -<br />
bor contínuo, múltiplo, seguro, em que as idéias e opiniões se<br />
70
agitaram num esplêndi<strong>do</strong> ambiente de cultura, de elevação moral<br />
e patriotismo lnexcedível. Por prova ou exemplo, aí estão, nas<br />
publicações oficiais ou nos livros e revistas téonlcas, os aeórdãos<br />
a votos proferi<strong>do</strong>s aqui estão mapas e relatórios. Verl<br />
fica-se, através destes, que, em 1 945, o antigo <strong>Conselho</strong> Na -<br />
clonal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> Julgou 1 137 processos, <strong>do</strong>s quais 10 de<br />
dissídios coletivos. Em U6, mercê <strong>do</strong> esforço exaustivo e fecun<br />
<strong>do</strong> <strong>do</strong>s,seus membros, preocupa<strong>do</strong>s, como se mostraram, em colocar<br />
rigorosamente em dia os serviços dêata Tribunal, foram aprecia<br />
<strong>do</strong>s 1 376 processos, e destes importa distinguir 1)6 concernentes<br />
a demandas coletivas. Tais demandas constituem matéria de<br />
magna relevância, de extrema complexidade pela soma de lnterês<br />
ses que envolvem, Apesar de tu<strong>do</strong>, pode-se afirmar, em tese,que<br />
os pronunciamentos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> nestes litígios vêm<br />
satisfazen<strong>do</strong> as aspirações gerais. Inúmeras reclamações inicia<br />
das há menos de cinco meses na primeira Instância e que transi<br />
taram pelos <strong>Conselho</strong>s Regionais, Já foram, em grau de recurso<br />
extraordinário, julgadas por esta Superior instância, Eis aí.<br />
De to<strong>do</strong>s os setores da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - aqui, nos extintos<br />
<strong>Conselho</strong>s Regionais, nas Juntas de Conciliação e Julgamen<br />
to, nos serviços administrativos, numa Burpreendente homoge -<br />
neldade de esforços - há compreensão e entusiasmo pela realização<br />
dessa grande obra de tranquilidade e segurança soalaiB,<br />
bestacamos, ainda, num preito de Juatlça, a cooperação preciosa<br />
<strong>do</strong> Ministério Público Trabalhista, Vacilante, na sua fase<br />
inlaial. Já agora a Justiça trabalhista nós oferece uma coleção<br />
de Julga<strong>do</strong>s, um repositório de decisões, uma riqueza de<br />
Jurisprudência que fixaram bem a Bua admirável posição na vida<br />
Jurídica nacional. Justiça eficiente e rápida, Êsae, o pensamento<br />
<strong>do</strong>minante no espírito de quantoB se dedicam a essas atividades,<br />
tão nobres e generosas; de quantos sentem que ap suas<br />
peças hão de movimentar-se Já agora com mais agilidade; de<br />
quantos sentem que, da eficiência deBta Justiça, depende a<br />
própria segurança <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, cujos problemas econômicos se encontram<br />
intimamente vincula<strong>do</strong>s às forças representativas ao ca<br />
pitai e <strong>do</strong> trabalho. É êate Tribunal, sem contestação, uma das<br />
mais delicadas instituições humanas, pela aua estrutura e pelos<br />
aeua objetivos. Aparelhá-lo de acor<strong>do</strong> com o seu desenvolvimento,<br />
aprimorar a instalação <strong>do</strong>s aeus órgãos, <strong>do</strong>tá-lo <strong>do</strong>s elemen<br />
71
tos indispensáveis ao perfeito desempenho de sua miseSo,prover<br />
coo cuida<strong>do</strong> os seus postos,, selecionar juizes que venha» muni<strong>do</strong>s,<br />
"nSo apenas d* saber jurídico ou de conhecimentos técnicos,<br />
mas da espírito de sacrifício e de apostola<strong>do</strong>" sSo proble<br />
sas que vêm sen<strong>do</strong> solucionadas sen pausa, desde os seus primír<br />
dioa, Tenos observa<strong>do</strong>, respeitáveis ouvintes, e constitui o f&<br />
to sinal esplêndi<strong>do</strong> de vitalidade dêote Tribunal, .que, aléa <strong>do</strong><br />
respeito aos textos legais, sempre existiu aqui, em alto grau,<br />
o senti<strong>do</strong> da cousa pública, a compreensão, o reconhecimento da<br />
liberdade coao condição fundamental da existência humana e,fl<br />
fulnent«, o espirito moderno, isto i, a inteligência <strong>do</strong>s problemas,<br />
<strong>do</strong>s debates, das reses sociais <strong>do</strong> século em que vivesos,<br />
A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, para atingir a fase que hoje se<br />
Inaugura de reestrutura<strong>do</strong> definitiva <strong>do</strong>s seus quadros, ooa<br />
o fim de facilitar a cristalização das idéias básicas de rapl<br />
deze eficiência, passou, enrre nrfa, por <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s: primei<br />
ro, o da sua formação, através <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s técnicos e <strong>do</strong>s Juristas,<br />
além da atuação decisiva, qus nés testemunhamos, da<br />
quantos integraram os seus primeiros órgãos, numa quadra de ge<br />
ral Incompreensão; segun<strong>do</strong>, o da consolidação <strong>do</strong>s seus preceitos,<br />
tarefa de que participaram, com brilho, os seus honra<strong>do</strong>s<br />
naglstra<strong>do</strong>s, Anima-os o pensamento da unidade espiritual das<br />
classes nucleares <strong>do</strong> Brasil, anima-os a certeza de que estio<br />
deante de um Direito Movo, forma<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com as nossas asplr&çSee,<br />
necessidades e realidades, direito que hé de concorrer<br />
para o nOsso maior prestígio moral, econômico e social, na<br />
ansiedade e no sofrimento da civilização contemporânea. Senhores<br />
Juizes <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: parece-nos desnecessário<br />
frisar a satisfação com que recebemos o ato governa -<br />
mental, que vos investiu de tão altas e nobres funçSes públl -<br />
cas. Temos fé na vossa reconhecida i<strong>do</strong>neidade moral, na vossa<br />
opulenta cultura, nos vossos conhecimentos de direito social,<br />
Estamos seguros, sem nenhuma dúvida, da elevação e brilho com<br />
que vos condulireis no desenfpenho <strong>do</strong> vosso mandato. Emprega<strong>do</strong>s<br />
e emprega<strong>do</strong>ras, força a dizê-lo, muito se hão de beneficiar da<br />
Sabe<strong>do</strong>ria <strong>do</strong>s vossos arestos e Independência <strong>do</strong>s,vossos atos.<br />
Desejamos, finalmente, expressar o nosso louvor àqueles que<br />
deixaram de participar diste Tribunal, louvor a que têm Júa<br />
72
pelos exemplos dignificantes de operosidade e civismo que soube<br />
ram transmitir, contribuin<strong>do</strong>, destarte, para o maior prestígio<br />
da Justiça <strong>do</strong> trabalho. O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, consti<br />
tui<strong>do</strong> pelo esforço, pelo esfôrço, pela compreensão, pela clarividência<br />
<strong>do</strong> atual Governo, continuará a manter este ambiente de<br />
harmonia era benefício da ordem social, colocan<strong>do</strong> acima de quais<br />
quer outros fatores, o pensamento vivo <strong>do</strong>s supremos interêsses<br />
nacionais". A seguir, em nome <strong>do</strong> Ministério Público Trabalhista<br />
falou o Sr, Procura<strong>do</strong>r Geral Amerino Ferreira Lopes, para trazer<br />
a sua saudarão ao novo Tribunal, Disse S.Exa,-: "como parte inte<br />
grante da organização Judiciária trabalhista, a Procura<strong>do</strong>ria Gei<br />
rai da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> está presente a esta solenidade e<br />
vem trazer aos Egrégios Juizes as congratulações pelo reinício<br />
de suas atividades judicantes, sob a égide de'nova lei que<br />
lhes atribui composição nova, som quebra da finalidade substan<br />
ciai de oonoiliar e julgar o« dissídios individuais e coleti -<br />
vos entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res e as demais controvérsia«<br />
oriundas de relações <strong>do</strong> trabalho regidas por legislação social.<br />
Foi assim a 19 de maio de 1 9'll e assim continua a ser o objeti<br />
vo idêntico, dentro da órbita <strong>do</strong> poder Judiciário nacional,sob<br />
o amparo <strong>do</strong> preceito escrito no número V <strong>do</strong> artigo 9'l da Consti^<br />
tuiçao promulgada a 18 <strong>do</strong> corrente mês. No transcurso desses -<br />
cinco anos padeceu a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> de males impostos pela<br />
teimosia impertinente que a queria meramente declaratória e até<br />
mesmo pela irreverência a provocar abalos na confiança <strong>do</strong>s Julga<strong>do</strong>s<br />
trabalhistas. Nao valeram para a cessação da grila as. decisões<br />
<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong> Tribunal <strong>do</strong> País, nem a sensata opinião<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>utos nas letras Jurídicas, Já agora, porém, o dispositivo<br />
constitucional proscreveu a obstinação pretenciosa e nno admite<br />
a pertJnacia <strong>do</strong>s desacatos. Reafirma-se nonovo Estatuto 1'OlJttico<br />
a parcela de poder que cabe à justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, na esfera<br />
de suas atribuições, no resguar<strong>do</strong> <strong>do</strong> principio fundamental <strong>do</strong><br />
poder judiciário consistente na soberania <strong>do</strong> direito como condi<br />
çao suprema da paz política e da ordem Jurídica e social.Também<br />
está no reverso a condenação da prepotência pela vedação a cada<br />
qual de fazer justiça por suas próprias mãos e ainda noswe la<strong>do</strong><br />
se firma que a impunidade em nada aproveita aos viola<strong>do</strong>ren das<br />
instituições sociais protegidas pelas sanções das leis. A proou<br />
ra<strong>do</strong>rla da Justiça efitará, como sempre esteve, na vigilância da<br />
73
oa execução das disciplinas que <strong>do</strong>minam toda a trajetória <strong>do</strong><br />
direito trabalhista e a respectiva incidência sãbre as classes<br />
trabalha<strong>do</strong>ras. Nunca deixou, nem dpixará, dentro ou fóra <strong>do</strong> âmbito<br />
em que exercita suas nobilitantes funções, de bemdlzer a<br />
sabe<strong>do</strong>ria e a Integridade como forma<strong>do</strong>ras da sublimidade de pro<br />
ceder e de agir por parte <strong>do</strong>s Juizes <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, impávi<strong>do</strong>s e<br />
serenos ante os ponteagu<strong>do</strong>s espinhos, por mais acèrbos que sejam<br />
E vale,registrar, com o prazer com que ora faço, a atuação deci<br />
siva de um Procura<strong>do</strong>r ilustre e parlamentar brilhante, que é<br />
o Sena<strong>do</strong>r Attillo Vlvacqua, na Sub-Coolssão Parlamentar a que<br />
esteve afeto o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Poder Judiciário, objetivan<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ção<br />
<strong>do</strong> preceito constitucional que se consagrou para elevar ainda<br />
mais a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Resta-nos d'oravante prosseguir na<br />
nossa faina jurídica e com a mira certa no reconhecimento <strong>do</strong> dl<br />
relto a quem legitimamente o tiver. Ê to<strong>do</strong> êle de simplicidade<br />
o aparelho de que nos servimos para a aplicação da justiça e su*<br />
base se encontra no próprio desejo das partes, esclareci<strong>do</strong> pela<br />
autoridade judiciária através <strong>do</strong>s elementos persuasivos, conducentes<br />
& educação da vontade <strong>do</strong>s dissidentes para a concórdia e<br />
capazes de levá-las ii certeza de que mais lucrativo é o acor<strong>do</strong><br />
amigável <strong>do</strong> que o recurso às dsmandas. Teuho seoç>re me manifesta<strong>do</strong><br />
no senti<strong>do</strong> de que as leis trabalhistas são fórmulas protetoras<br />
da nacionalidade, confiadas à guarda e ao patriotismo das<br />
classes à que mais diretamente se referem ou, então, normas edu<br />
cativas que se praticam mais pelos movimentos da bôa razão <strong>do</strong><br />
que pelo espantalho das punições. Já apontei como uma das manei<br />
ras dessa educação as decisões <strong>do</strong>s Juizes e Tribunais, proferidas<br />
com elevação moral, a fim de que constituam o ensino certo<br />
da lei em suas justas determinações, despertem os sentimentos<br />
de civismo e mereçam o acatamento devi<strong>do</strong> h autoridade educatlvA,<br />
Tem o Poder Judiciário <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a sua ordem Jurídica, a sua<br />
sistemática de coordenação e cooperação e, alinhan<strong>do</strong> os meios<br />
de que dlBpõe, fácil se torna o ajuntamento <strong>do</strong>s elementos educa<br />
tlvos e Instrutivos para melhor compreensão de deveres das cla£<br />
ses trabalha<strong>do</strong>ras, permitin<strong>do</strong> que se lhes reBguardem direitos e<br />
garantias em termos convenientes de bôa ordem, construída sob a<br />
influência de fraterna solidariedade e reforçada por laços de<br />
74
liberdade e de justiça. Integral será, ao vosso la<strong>do</strong>. Egrégios<br />
Juízes, toda a nossa dedicação a irrestrito o nosso ap&io à<br />
verdadeira prática da Justiça e diversa não é a orientação diá<br />
ria que nos vem <strong>do</strong> digno e ilustre Ministro Otacílio Negrão de<br />
Lima, Temos ti<strong>do</strong> até o presente o auxílio poderoso <strong>do</strong> saber <strong>do</strong>s<br />
advoga<strong>do</strong>s que militam no foro trabalhista e tão nobre é a causa<br />
que a to<strong>do</strong>s nós cabe defender que estou certo de que o favor <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>utos formará conosco na santidade desa defesa. Também o con -<br />
trôle da opinião pública sobre os atos <strong>do</strong>s julga<strong>do</strong>res nunca dei/<br />
xou de ser garantia para o aperfeiçoamento da justiça e da sua<br />
exata distribuição. Ditas estas palavras de saudação a toda a<br />
magistratura trabalhista, estamos seguros de que cada vez mais<br />
se firmará o alicerce em que se baseia o trono de realeza da<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, símbolo da magestosa soberania <strong>do</strong> Direito','<br />
Logo após, em nome <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s que militam na Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
fez-se ouvir o advoga<strong>do</strong> Nélio Reis, congratulan<strong>do</strong>-se com<br />
a Justiça:"excelentíssimo senhor Ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Exmí.Sr,<br />
Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Exmoa. Sr3. Representantes<br />
das Autoridades, Srs, Ministros <strong>do</strong> Supremo Tribunal -<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, minhas senhoras, meus senhores: Fui designa<strong>do</strong> por<br />
meus colegas para, em nome <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s, testemunhar as nossas<br />
congratulações por esta festa que representa mais uma dignifica<br />
ção para a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Quem, como nós, vive volta<strong>do</strong> -<br />
com os olhos vigilantes e de ternura para o progresso <strong>do</strong> Direito<br />
Social entre nós, esta festa tem um significa<strong>do</strong> to<strong>do</strong> especial<br />
ela representa mais um marco da ascensão realizada pelo Tribunal<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> como um complemento da caminhada de fecundação <strong>do</strong> IL<br />
reito Social, 0 que faz, ou melhor, um <strong>do</strong>s sintomas <strong>do</strong> envelhe<br />
cimento precoce das leis é o seu feitio polemista, T3da lei reflete,<br />
em regra, a prevalência dç uma teoria <strong>do</strong>utrinária, de<br />
uma corrente espiritual a que se filia ou o legisla<strong>do</strong>r coletivo<br />
ou o legisla<strong>do</strong>r individual. Por isto se assinala, com procedência,<br />
que a bõa lei é aquela que faz a fusão das correntes <strong>do</strong>utri^<br />
nárias, que realiza o amálgama legislativo, Poderemos dizer que<br />
é esta a hipótese que acaba de ocorrer com a Justiça <strong>do</strong> Traba -<br />
lho, Duas festas magníficas, <strong>do</strong>is instantes de emoção para o co<br />
ração de quantos vivera em constante zelo pelo Direito Social e<br />
pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; a primeira delas é a <strong>do</strong> enquadramento<br />
75
da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no âmbito <strong>do</strong> Poder Judiciário e, logo a<br />
seguir, a transformaçSo da estrutura judiciária desta Justiça,<br />
que possibilitou a magnifica festa a que estamos assistin<strong>do</strong> e<br />
que de to<strong>do</strong> o coração estamos participan<strong>do</strong>. Determinan<strong>do</strong> a nomeação<br />
de sete memhroo por dcüj£imção <strong>do</strong> Sr. Presidente da República,<br />
a lei foi ssáhia concilian<strong>do</strong> as duas correntes e pcrmi<br />
tin<strong>do</strong> que nelas se inoiuisoe <strong>do</strong>is elementos nao toga<strong>do</strong>s. Abriu,<br />
assim, as suas portas para os economistas, para os sociólogos,<br />
para os estudiosos de to<strong>do</strong> venero e forma de cultura, de sorte<br />
que eles possam contribuir, que venham completar a formuçao<br />
<strong>do</strong>gmática <strong>do</strong> próprio Tribunal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. S.Exa., o Sr, Preal<br />
dente, no seu magnifico discurso, pos em desfaque, na ordem <strong>do</strong>s<br />
Julgamentos pelo Tribunal Trabalhista, o volume, o número <strong>do</strong>s<br />
dissídios coletivos aqui resolvi<strong>do</strong>s, S, fixa, mencionou, se nao<br />
me falha a lembrança, o número '16 de processos coletivos aqui<br />
resolvi<strong>do</strong>s, Estas sentenças, to<strong>do</strong>s nós sabemos, as sentenças<br />
coletivas, normativas, tem força de lei e é um grande espírito,<br />
Alfre<strong>do</strong> Palácio, que nos diz que ela tem um senti<strong>do</strong> social e<br />
econômico; Gastão Gbze fala no senti<strong>do</strong> biológico das leis e na<br />
da mais natural que para orientá-las sejam chama<strong>do</strong>s estes elementos<br />
de cultura, que são os alicerces de um pronunciamento<br />
definitivo da própria legislação, Ê por Isto, Senhores, que nós<br />
vemos, pela voz <strong>do</strong>s tratadistas, pela voz autorizada <strong>do</strong>s júris<br />
tas, a dignificação da elaboração legislativa pelo concurso das<br />
diversas formas da cultura humana, Podemos dizer que esta Jus ti<br />
ça realizou, sob este aspecto, a caminhada definitiva, conci -<br />
lian<strong>do</strong> as duas correntes, aquelas correntes que entende que devia<br />
este Tribunal aer um Tribunal toga<strong>do</strong>, como conciliou também<br />
a corrente que entende que a contribuição classista ó um elemen<br />
to preponderante e definitivo de uma boa realização social, Sra,<br />
esta festa, de que estamos participan<strong>do</strong> de to<strong>do</strong> coração, sinceramente<br />
comovi<strong>do</strong>s, não é apenas uma festa de alegria, Ela é,<br />
também, um ato de compromisso, um compromisso de que a Justiça<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> há de saber compreender e dignificar esta magnitude<br />
que lhe foi reservada, sucessivamente, pela mão <strong>do</strong> Sr, Presiden<br />
te da República e pelo voto <strong>do</strong>s Representantes de nosso Povo,"<br />
Por fim, proferiu o Exm\ Sr, Otacilio Negrão de Uma, Ministro<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, indústria e Comércio o seguinte discursos "A inst.n-<br />
76
lação dêate Tribunal Superior marca uo ponto alto no movimento<br />
da revisão • d* estuda das questões trabalhistas apreendidas<br />
pelo Oovârno <strong>do</strong> Senhor Presidente da República Eurico Dutra,per<br />
mlto-me, ei relação a 3ste Egrégio Tribunal 9 & organização da<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>s, nos Esta<strong>do</strong>s, destacar os constantes e inteligentes<br />
esforços <strong>do</strong> vosso Presidente, Ministro Qeral<strong>do</strong> Monte<br />
d3nlo Bezerra de Menezes, N«a termos da reforma recentemente ei»<br />
tabelocida, em perfeita consonância com &B disposições da Constituirão,<br />
a Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> acaba de integrar-se ao Poder<br />
Judiciário e passa a revestir-se das condições, direitos e ga -<br />
rantlas que cercam de majestade a função <strong>do</strong> Juiz, A melhoria da<br />
sorte <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res depende, como é claro, dòs seus própries<br />
esforços, da sua inteligência, <strong>do</strong> seu lnterêsse proflssional,<strong>do</strong>.<br />
seu senso Bindlcal, <strong>do</strong> seu espirito de compreensão, de sobrledj.<br />
da e de família, í natural que o Esta<strong>do</strong> defenda estas virtudes,<br />
amparan<strong>do</strong>-aa com medidas tendentes ao levantamento <strong>do</strong> seu nível<br />
da existência, de e<strong>do</strong>cação e de cultura. A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
nio foi instituída em favor de uns ou de outros, porque, então,<br />
não seria Justiça. S sim, previdente instrumento <strong>do</strong> progresso<br />
social, cria<strong>do</strong> pelo próprio Esta<strong>do</strong> em face da aguda e grave repercussão<br />
que costumam alcançar os litígios entre capltale trabalho.<br />
As controvérsias e dissídios entre emprega<strong>do</strong>s e emprega<br />
<strong>do</strong>res são problemas que alcançam os fundamentos da vida social,<br />
constituem algo de vivo e profun<strong>do</strong> neBte aflito universo em que<br />
nos encontramos, e nio podem ser mais resolvi<strong>do</strong>s à luz <strong>do</strong>s critérios<br />
e valores <strong>do</strong> superfície. Assim, a missão confiada a este<br />
Tribunal Superior assume enorme importância. E a solenidade de<br />
sua Instalação, a que me honro de assistir, significa o auspicioso<br />
começo de outros tempos. A esta alta magistratura, que ho<br />
Je se Inaugura sob o olhar vigilante <strong>do</strong> Brasil trabalhista, caberá<br />
tarefa mais significante <strong>do</strong> que a da simples aplicação das<br />
leis, Toca-lhe o dever de contribuir para que se crie o ambiente<br />
de confiança, mostran<strong>do</strong> às massas Inquietas ou insatisfeitas,<br />
por melo de declBões rápidas, eficientes e sábias, que é no regime<br />
da livre dlecuasão e não nos sistemas políticos de controle<br />
rígi<strong>do</strong> e despótico empunha<strong>do</strong> pelo Beta<strong>do</strong>, que elas encontrarão<br />
solução para os seus interesses a esperanças. & no vasto mar<br />
da democracia que deverão resolver-se as tormentas sociais. Haõ<br />
sei de missão mais alta <strong>do</strong> que a de Juiz. Não conheço função<br />
77
mais nobre. 0 juiz deve ser equânime, firme, justo e sábio, para<br />
mim, é a mais complexa a função <strong>do</strong> Juiz <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - o juiz<br />
moderno por excelência, e que, ao proferir o seu voto, não o fa<br />
rá com êxito, se nao tiver a acústica necessária para captar as<br />
poderosas vozes desse mun<strong>do</strong> novo - com os seus terríveis males,<br />
os seus profun<strong>do</strong>s desajustamentos e enormes dificuldades, Feliz<br />
mente, os cidadãos que compõem este Colen<strong>do</strong> Tribunal respondem<br />
por sua ilustração e patriotismo. A antiga filosofia grega -<br />
desprezan<strong>do</strong> o trabalho - considerava o artista indigno de ser<br />
cidadão. No-século XVIII, o trabalho emergiu <strong>do</strong> acinte, para toi<br />
nar-se nobre e digniflca<strong>do</strong>r, Hoje, o trabalho erigiu-se em Justiça,<br />
que é a primeira das virtudes, o justo meio entre <strong>do</strong>is ex<br />
tremos. Outros atributos essenciais ao seu exercício encontramse<br />
neste Superior Tribunal, nas pessoas de seus dignos Juizes:<br />
coragem, prudência, temperança e sabe<strong>do</strong>ria, Ê, pois, cheio de<br />
confiança que eu vos saú<strong>do</strong>, certo <strong>do</strong> brilhante desempenho que<br />
ides dar a vossos difíceis encargos enriquecen<strong>do</strong> assim a vossa<br />
folha de serviços à nossa querida Pátria, Encerran<strong>do</strong> a solenida<br />
de, o Sr. Presidente agradeceu o comparecimento <strong>do</strong> representante<br />
<strong>do</strong> Sr. Ministro, demais autoridades e de to<strong>do</strong>s quantos honra<br />
ram com a sua presença à solenidade, E, para constar, eu, Secre<br />
tárlo <strong>do</strong> Tribunal, lavrei a presente ata que vai assinada pelo<br />
Sr, Presidente e por mim subscrita. Rio de Janeiro, aos vinte e<br />
três dias <strong>do</strong> mês de setembro de mil novecentos e quarenta e seis<br />
78<br />
Secretário
COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL<br />
1946<br />
Presidente:<br />
GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Vice-Presidente:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
DELFIM MOREIRA JÜNIOR<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
JÜLIO DE CARVALHO BARATA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
OZÉAS MOTA<br />
Representação Classista:<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
79
1947<br />
Presidente:<br />
GERALDO MONTEDÕNfO BEZERRA DE MENEZES<br />
Vice-Presidente:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
DELFIM MOREIRA JÜNIOR<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
OZÉAS MOTA,<br />
até abril<br />
Representação Classista:<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
80
1948 • 1949 - 1950<br />
Presidente:<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Vice-Presidente:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
81
1951 - 1952 - 1953<br />
Presidente:<br />
GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES,<br />
até 2 de maio<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO,<br />
a partir de 2 de maio<br />
Vice-Presidente:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO,<br />
até 2 de maio<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR,<br />
a partir de 2 de maio<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
82
1954<br />
Presidente:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
Vice-Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRAS DE MENEZES<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
ALDI LIO TOSTES MALTA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
OSCAR SARAIVA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
WALDEMAR PEDROSA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JONAS MELLO CARVALHO<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />
83
1955<br />
Presidente:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO, até 1o, de maio<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR, a partir de 1o. de maio<br />
Vice-Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR, até 1o. de maio<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES, a partir de 1o. de maio<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
OSCAR SARAIVA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
WALDEMAR PEDROSA, até novembro<br />
JOAQUIM MÁXIMO DE CARVALHO JÚNIOR,<br />
a partir de dezembro<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JONAS MELLO CARVALHO<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />
84
1956<br />
Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
Vice-Presidente:<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
ALDI LIO TOSTES MALTA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
JOAQUIM MÁXIMO DE CARVALHO JÚNIOR,<br />
até 5 de dezembro<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA,<br />
a partir de 5 de dezembro<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
OSCAR SARAIVA<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JONAS MELLO CARVALHO<br />
WALDEMAR FERREIRA MARQUES<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />
85
1957<br />
Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
Vice-Presidente:<br />
EDGARD RIBEIRO SANCHES<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
OSCAR SARAIVA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
WALDEMAR FERREI RA MARQUES,<br />
depois<br />
JESSE PINTO FREIRE<br />
JONAS MELLO CARVALHO<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />
86
1958<br />
Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÜNIOR<br />
Vice-Preisente:<br />
EDGARD RIBEI RO SANCHES, até 4 de julho<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HEBRIQUE SERRA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
GERALDO STARLING SOARES, a partir de 27 de agosto<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
OSCAR SARAIVA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JONAS MELLO CARVALHO<br />
JESSE PINTO FREIRE, até 24 de maio, depois<br />
MAURICIO LANGE<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
PERCIVAL GODOI ILHA<br />
LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA<br />
MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA,<br />
a partir de 26 de novembro, na vaga<br />
decorrente <strong>do</strong> falecimento, de Percival<br />
Go<strong>do</strong>i Ilha.<br />
87
1959<br />
Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
Vice-Presidente:<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
OSCAR SARAIVA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
MANOEL ALVES CALDEI RA NETO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JONAS MELLO CARVALHO<br />
MAURICIO LANGE<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL<br />
LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA<br />
MARIO LOPES DE OLIVEIRA<br />
88
1960<br />
Presidente:<br />
DELFIM MOREIRA JÜNIOR, até 2 de janeiro<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA, a partir de 4 de jane<br />
Vice-Presidente:<br />
OSCAR SARAIVA, de 3 de janeiro a março<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, a partir de 4 de junho<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES,<br />
até 2 de janeiro<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO,<br />
a partir de 4 de janeiro<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
EDGARD DE OLIVEIRA LIMA, até 15 de outubrc<br />
ALLYRIO SALLES COELHO,<br />
a partir de 25 de outubro a 7 de novembro<br />
FERNANDO CARNEI RO DA CUNHA NÓBREGA,<br />
a partir de 7 de junho<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JONAS MELLO CARVALHO, depois<br />
JOSÉ DE AQUINO PORTO<br />
MAURÍCIO LANGE<br />
b • emprega<strong>do</strong>s<br />
ANTONIO FRANCISCO CARVALHAL, depois<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA<br />
LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA<br />
MÁRIO LOPES DE OLIVEIRA
1961<br />
Presidente:<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
Vice-Presidente:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
DOMINGOS NETTO DE VELASCO,<br />
a partir de 8 de fevereiro<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
JOSÉ DE AQUINO PORTO<br />
MAURÍCIO LANGE,<br />
depois<br />
Representação Classista:<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA<br />
LUIZ AUGUSTO DA FRANÇA,<br />
depois<br />
AFFONSO TEIXEIRA FILHO<br />
MÃRIO LOPES DE OLIVEIRA<br />
90
1962<br />
Presidente:<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
Vice-Presidente.<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
DOMINGOS NETTO DE VELASCO<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
JOSÉ DE AQUINO PORTO<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA<br />
AFFONSO TEIXEIRA FILHO<br />
LUIZ MENOSSI<br />
91
1963<br />
Presidente:<br />
JÜLIO DE CARVALHO BARATA<br />
Vice-Presidente:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR<br />
DOMINGOS NETTO DE VELASCO, até 22 de março<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA, a partir de 27 de março<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
GERALDO MONTEDÓNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
Representação Classista:<br />
JOSÉ DE AQUINO PORTO, depois<br />
CHARLES EDGAD MORITZ<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA<br />
LUIZ MENOSSI<br />
AFFONSO TEIXEIRA FILHO<br />
92
1964<br />
Presidente:<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA, até 2 de janeiro<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, a partir de 2 de janeirc<br />
Vice-Presidente:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 2 de janeiro<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA,a partir de 2 de janeiro<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
MANOEL ALVES CALDEI RA NETO, até 2 de janeiro<br />
DELFIM MOREIRA JÚNIOR,<br />
de 2 de janeiro a 20 de outubro de 1964<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA,<br />
a partir de 4 de novembro<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
CHARLES EDGARD MORITZ<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA<br />
LUIZ MENOSSI<br />
AFFONSO TEIXEIRA FILHO, depois<br />
OLYMPIO FERNANDES MELLO, depois<br />
JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE CARVALHO JÚNIOR<br />
93
1965<br />
Presidente:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
Vice-Presidente:<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND,<br />
a partir de 3 de dezembro<br />
GERALDO MONTEDÕNIO BEZERRA DE MENEZES<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
CHARLES EDGARD MORITZ<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA<br />
LUIZ MENOSSI<br />
JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE CARVALHO JÚNIOR<br />
94
1966<br />
Presidente:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 14 de dezembro<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA, a partir de 14 de dezembro<br />
Vice-Presidente:<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA, até 14 de dezembro<br />
THELIO DA COSTA MONTEI RO, a partir de 14 de dezembro<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA, até 14 de dezembro<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, a partir de 14 de dezembro<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />
GERALDO MONTEDÔNIO BEZERRA DE MENEZES,<br />
até 12 de maio<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA, a partir de 12 de outubro<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
CHARLES EDGARD MORITZ<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
LUIZ MENOSSI<br />
MINERVINO FIÚZA LIMA, depois<br />
ARY CAMPISTA<br />
JOSÉ JOAQUIM PEREI RA DE CARVALHO JÚNIOR<br />
95
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
1967<br />
cPresidente:<br />
Vice-Presidente:<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
JÜLIO DE CARVALHO BARATA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
CHARLES EDGARD MORITZ<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
LUIZ MENOSSI<br />
ARY CAMPISTA<br />
JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE CARVALHO JÚNIOR,<br />
depois<br />
ANTONIO ALVES DE ALMEIDA<br />
96
1968<br />
Presidente:<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA, até 21 de agosto<br />
THÉLIO DA COSTA MONTEIRO, a partir de 21 de agosto<br />
Vice-Presidente:<br />
THÉLIO DA COSTA MONTEIRO, até 21 de agosto<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND, a partir de 21 de agosto<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 21 de agosto<br />
FERNANDO C. DA CUNHA NÓBREGA, desde 21 de agosto<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
JÚLIO DE CARVALHO BARATA<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
a • emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
CHARLES EDGARD MORITZ<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
RÓMULO GOMES CARDIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ARY CAMPISTA<br />
ANTONIO ALVES DE ALMEIDA<br />
LUIZ MENOSSI<br />
97
1969<br />
Presidente:<br />
THÉLIO DA COSTA MONTEIRO<br />
Vice-Presidente:<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ASTOLFO HENRIQUE SERRA, até 2 de maio de 1969<br />
MOZART V. RUSSOMANO, a partir de 25 de junho<br />
GERALDO S. SOARES<br />
JOÃO DE L. TEIXEIRA<br />
JÚLIO DE C. BARATA, até 2 de maio de 1969<br />
RENATO GOMES MACHADO, a partir de 11 de junho<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA NETO<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
CHARLES EDGARD MORITZ<br />
ELIAS BUFÃIÇAL<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
RÓMULO GOMES CARDIM, depois<br />
ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ARY CAMPISTA, depois<br />
JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />
ANTONIO ALVES DE ALMEIDA<br />
LUIZ MENOSSI , até 9.10<br />
98
1970<br />
Presidente:<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
Vice-Presidente:<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
RENATO GOMES MACHADO<br />
MANOEL ALVES CALDEIRA METO, até 2 de março<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH,<br />
a partir de 6 de maio de 1970<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
ELIAS BUFÃIÇAL<br />
Representação Classista:<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />
ANTONIO ALVES DE ALMEIDA, depois<br />
MIGUEL MENDONÇA<br />
PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT, a partir de 30.9.70<br />
99
1971<br />
Presidente<br />
THÉLIO DA COSTA MONTEIRO, até 16 de dezembro<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA, a partir de 17 de dezembro<br />
Vice-Presidente:<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND, até 7 de setembro<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA, a partir de 8 de dezembro,<br />
até 16 de dezembro<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO, a partir de 17 de dezembro<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREQA, até 18 de novembro<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA, de 19 de novembro a 16 de dezembro<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA, a partir de 17 de dezembro<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ALDÍLIO TOSTES MALTA<br />
ARNALDO LOPES SUSSEKIND, até 27 de agosto<br />
RENATO GOMES MACHADO<br />
CARLOS ALBERTO BARATA SILVA, a partir de 17 de novembro<br />
FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA, até 18 de novembro<br />
CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA, a partir de 1o./12<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH<br />
Representação Classista:<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
ELIAS BUFÂIÇAL<br />
FORTUNATO PERES JÜNIOR<br />
ANTÔNIO RODRIGUES DE AMORIM<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />
ANTONIO ALVES DE ALMEIDA, depois<br />
MIGUEL MENDONÇA<br />
PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />
100
1972<br />
Presidente:<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA, até 18.12<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO, a partir de 19 de dezembro<br />
Vice-Presidente:<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO, até 18 de dezembro<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH,<br />
a partir de 18 de dezembro<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA, até 18.12<br />
Hl LDEBRANDO BISAGLIA, a partir de 19 de dezembro<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />
CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
RENATO GOMES MACHADO<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />
ELIAS BUFÃIÇAL<br />
FORTUNATO PERES JÜNIOR<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
JEREMIAS MARROCOS DE MORAES<br />
PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />
RUDOR BLUMM<br />
101
1973<br />
Presidente:<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO<br />
Vice-Presidente:<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />
CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
RENATO GOMES MACHADO<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />
ELIAS BUFÃIÇAL<br />
FORTUNATO PERES JÜNIOR<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ORLANDO COUTINHO<br />
PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />
RUDOR BLUMM<br />
102
1974<br />
Presidente:<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO, até 17 de dezembro<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH, a partir de 18.12<br />
Vice-Presidente:<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH, até 17 de dezembro<br />
GERALDO STARLING SOARES, a partir de 18 de dezembro<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA, até 17 de dezembro<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO,<br />
a partir de 18 de dezembro<br />
ALDI LIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />
CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
RENATO GOMES MACHADO<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a • emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM<br />
ELIAS BUFÃIÇAL<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ORLANDO COUTINHO<br />
PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />
RUDRO BLUMM<br />
103
1975<br />
Presidente:<br />
LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECH<br />
Vice-Presidente:<br />
GERALDO STARLING SOARES<br />
Correge<strong>do</strong>r:<br />
MOZART VICTOR RUSSOMANO<br />
ALDILIO TOSTES MALTA<br />
Membros Toga<strong>do</strong>s:<br />
CARLOS ALBERTO BARATA SILVA<br />
CARLOS COQUEIJO TORREÃO DA COSTA<br />
HILDEBRANDO BISAGLIA<br />
JOÃO DE LIMA TEIXEIRA<br />
RAYMUNDO DE SOUZA MOURA<br />
RENATO GOMES MACHADO<br />
THELIO DA COSTA MONTEIRO<br />
a - emprega<strong>do</strong>res<br />
Representação Classista:<br />
ANTONIO RODRIGUES DE AMORIM,<br />
até 9 de agosto<br />
ELIAS BUFAIÇAL<br />
FORTUNATO PERES JÚNIOR<br />
b - emprega<strong>do</strong>s<br />
ORLANDO COUTINHO<br />
PEDRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT<br />
ARY CAMPISTA<br />
104
Decreto no. 16.027, de 30 de abril de 1923.<br />
Crêa o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
O Presidente da República <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Brasil, usan<strong>do</strong> da autorização constante <strong>do</strong> art. 86 da<br />
Lei número 4.632, de 6 de janeiro de 1923, que revigorou<br />
o artigo 28, III, da lei no. 3.991, de 5 de janeiro de 1920,<br />
decreta:<br />
Art. 1o. - Fica crea<strong>do</strong> o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, que será o órgão consultivo <strong>do</strong>s poderes públicos<br />
em assumptos referentes à organização <strong>do</strong> trabalho e da<br />
previdência social.<br />
Art. 2o. - Além <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> de outros assumptos<br />
que possam interessar à organização <strong>do</strong> trabalho e da previ-<br />
dência social, o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ocupar-se-<br />
ha <strong>do</strong> seguinte: dia normal <strong>do</strong> trabalho nas principais in-<br />
dustriais, systemas de remuneração <strong>do</strong> trabalho, contrac-<br />
tos collectivos <strong>do</strong> trabalho, systemas de conciliação e arbi-<br />
tragem, especialmente para prevenir ou resolver as paredes,<br />
trabalho de menores, trabalho de mulheres, aprendizagem<br />
e ensino téchnico,accidentes <strong>do</strong> trabalho, seguros sociaes;<br />
caixas de aposenta<strong>do</strong>rias e pensões de ferro-viários, institui-<br />
ções de credito popular e caixas de credito agricola.<br />
Art. 3o. - 0 <strong>Conselho</strong> compor-se-ha de 12 mem-<br />
bros escolhi<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>us<br />
105
entre os operários, <strong>do</strong>us entre os patrões, <strong>do</strong>us entre altos<br />
funcionários <strong>do</strong> Ministério da Agricultura, Industria e<br />
Commercio e seis entre pessoas de reconhecida competên-<br />
cia nos assuntos de que trata o artigo anterior.<br />
§ 1o. - Haverá um Secretário Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>,<br />
o qual participará das sessões e superintenderá to<strong>do</strong> o servi-<br />
ço de expediente.<br />
§ 2o. - Os membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, com excepção<br />
<strong>do</strong> Secretario Geral, servirão gratuitamente.<br />
Art. 4o. - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> reu-<br />
nir-se-ha normalmente, duas vezes por mez, poden<strong>do</strong> ser<br />
convoca<strong>do</strong> extraordinariamente pelo presidente, "ex-of-<br />
ficio" ou a requerimento, pelo menos, de <strong>do</strong>us membros.<br />
Art. 5o. - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> só<br />
poderá deliberar quan<strong>do</strong> se acharem presentes, pelo menos,<br />
quatro membros.<br />
§ 1o. - As resoluções <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> serão tomadas<br />
por maioria de votos, sen<strong>do</strong> lícito inserir na acta declara-<br />
ção de voto <strong>do</strong> membro que o requerer.<br />
§ 2o. - As actas serão lavradas pelo Secretário<br />
Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> ou por quem o substituir e publicadas<br />
na revista a que se refere o art. 14.<br />
Art. 6o. - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ele-<br />
106
gerá anualmente um presidente e um vice-presidente.<br />
§ 1o. - Na falta ou impedimento <strong>do</strong> presidente e<br />
<strong>do</strong> Vice-Presidente, ao mais velho <strong>do</strong>s membros presentes<br />
caberá presidir a sessão.<br />
§ 2o. - O ministro da Agricultura, Industria e<br />
Commercio será o presidente honorário <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, ca-<br />
ben<strong>do</strong>-lhe a presidencia effectiva sempre que se achar pre-<br />
sente ès suas reuniões.<br />
Art. 7o. A Secretaria <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, que funcionará sob a direção <strong>do</strong> Secretario Ge-<br />
ral, terá além deste o seguinte pessoal: um perito (nos as-<br />
sumptos enumera<strong>do</strong>s no art. 2o.), um escripturario, um<br />
steno-dactylographo, um dactylographo e um continuo.<br />
§ 1o. - Para o preenchimento de taes cargos se-<br />
rão aproveita<strong>do</strong>s, em comissão, funccionarios addi<strong>do</strong>s, e,<br />
na falta destes, emprega<strong>do</strong>s de outras repartições, desde<br />
que não resulte dahi prejuízo para o serviço publico.<br />
§ 2o. - Para auxiliarem os trabalhos <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>,<br />
quan<strong>do</strong> necessário, poderá ainda o ministro da Agricultura<br />
designar nas mesmas condições <strong>do</strong> paragrapho anterior, ou-<br />
tros funcionários effectivos ou addi<strong>do</strong>s, os quaes percebe-<br />
rão unicamente os vencimentos <strong>do</strong>s respectivos cargos.<br />
Art. 8o. - Compete á Secretaria <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Na-<br />
107
cional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>:<br />
a) colligir e systematizar a <strong>do</strong>cumentação sobre<br />
os diversos problemas de nossa economia social;<br />
b) realizar inquéritos sociaes, ouvin<strong>do</strong> os profis-<br />
sionaes e interessa<strong>do</strong>s;<br />
c) promover a observancia <strong>do</strong> disposto nas leis<br />
números 1 150, de 5 de janeiro de 1904 e 1907, de 29 de<br />
dezembro de 1906;<br />
d) propagar e fiscalizar a applicação das leis ns.<br />
976, de 6 de janeiro de 1903 e 1 637, de 5 de janeiro de<br />
1907;<br />
e) superintender a fiscalização das caixas de pen-<br />
sões e aposenta<strong>do</strong>rias de ferroviários;<br />
f) superintender a fiscalização de seguros contra<br />
accidentes <strong>do</strong> trabalho e quaesquer outros seguros operá-<br />
rios;<br />
g) executar quaesquer outros trabalhos referen-<br />
tes á organização <strong>do</strong> trabalho e da previdencia social.<br />
§ 1o. - Annexos á Secretaria <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, serão<br />
organiza<strong>do</strong>s e manti<strong>do</strong>s um museu social e uma bibliotheca<br />
108
especializada em questões de economia social.<br />
§ 2o. - Serão classificadas em fichas as informa-<br />
ções e da<strong>do</strong>s colhi<strong>do</strong>s, quer em suas investigações directas,<br />
quer em estu<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s em revista e obras recentes.<br />
Art. 9o. - Todas as attribuições de que trata o<br />
artigo anterior serão exercidas de accôr<strong>do</strong> com a orienta-<br />
ção <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong>, que traçará o programa <strong>do</strong>s trabalhos<br />
para cada anno.<br />
Art. 10 - O Secretário Geral providenciará de<br />
mo<strong>do</strong> que sejam sempre attendidas, com a maxima brevi-<br />
dade, as requisições que lhe forem feitas pelos membros <strong>do</strong><br />
<strong>Conselho</strong> sobre informações, da<strong>do</strong>s estatísticos e quaes-<br />
quer outros elementos de que necessitem para o esru<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />
assuntos a seu cargo.<br />
Paragrapho único - Para o fim de que trata este<br />
artigo, o Secretario Geral dirigir-se-ha diretamente ás repar-<br />
tições publicas federaes, estaduaes e municipaes, bem co-<br />
mo ás associações ou corporações particulares.<br />
Art. 11-0 <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> orga-<br />
nizará o seu regimento interno, no qual serão estabelecidas<br />
medidas para regular funcionamento <strong>do</strong>s trabalhos da Se-<br />
cretaria e perfeita organização <strong>do</strong> museu e da bibliotheca,<br />
aos quaes se refere o § 1o. <strong>do</strong> artigo 8o.<br />
109
Art. 12 - Fica dissolvida a Commissão Consultiva<br />
de seguros contra accidentes <strong>do</strong> trabalho de que trata o<br />
decreto numero 14 786, de 28 de abril de 1921, passan<strong>do</strong><br />
as suas attribuições a serem exercidas pelo <strong>Conselho</strong> Nacio-<br />
nal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
Art. 13 - Até 20 de fevereiro de cada anno, o<br />
Secretario Geral <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> apresentará ao Presidente um<br />
relatório <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> anno anterior.<br />
Ar. 14 - O <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> publi-<br />
cará uma revista, na qual serão insertos não só as actas <strong>do</strong><br />
<strong>Conselho</strong> e pareceres <strong>do</strong>s seus membros, como também<br />
quaesquer outros trabalhos de pessoas competentes nos as-<br />
sumptos enumera<strong>do</strong>s no art. 2o.<br />
trário.<br />
Art. 15 - Ficam revogadas as disposições em con-<br />
Rio de Janeiro, 30 de abril de 1923, centésimo<br />
segun<strong>do</strong> da Independência e trigésimo quinto da Repúbli-<br />
ca.<br />
Arthur Bernardes<br />
Miguel Calmon du Pin e Almeida<br />
110
Decreto-lei no. 1 237, de 2 de maio de 1939.<br />
Art. 1o. - Os conflitos oriun<strong>do</strong>s das relações en-<br />
tre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s, reguladas na legislação so-<br />
cial, serão dirimi<strong>do</strong>s pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
Art. 2o. - A Administração da Justiça <strong>do</strong> Traba-<br />
lho será exercida pelos seguintes órgãos e tribunais:<br />
Juizes de Direito;<br />
a) as Juntas de Conciliação e -Julgamento e os<br />
b) os <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;<br />
c) o <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, na plenitu-<br />
de de sua composição, por intermédio de sua Câmara de<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
Art. 3o. - O Serviço da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> é<br />
relevante e obrigatório.<br />
Art. 17-0 <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, com<br />
sede na capital da República e jurisdição em to<strong>do</strong> o territó-<br />
rio nacional, é o tribunal superior da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
Parágrafo único - A nova organização e as<br />
atribuições <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> serão objeto<br />
de lei especial, de que farão parte integrante os preceitos<br />
deste Decreto-lei, naquilo que lhe não contravierem.<br />
D.O. de 6 de maio de 1939<br />
111
Getúlio Vargas<br />
Waldemar Falcão<br />
Francisco Campos<br />
Eurico G. Dutra<br />
Henrique A. Guilhem<br />
Napoleão A. Guimarães<br />
Oswal<strong>do</strong> Aranha<br />
Fernan<strong>do</strong> Costa<br />
Gustavo Capanema<br />
Decreto no. 6 596, de 12 de dezembro ds 1940<br />
Art. 1o. - Os dissídios oriun<strong>do</strong>s das relações en-<br />
tre emprega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s reguladas na legislação so-<br />
cial serão dirimi<strong>do</strong>s pela Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, na forma <strong>do</strong><br />
presente regulamento.<br />
Parágrafo único - As questões referentes a aci-<br />
dentes <strong>do</strong> trabalho continuam sujeitas à justiça ordinária,<br />
na forma <strong>do</strong> decreto no. 24 637, de 10 de iulho de 1934 e<br />
legislação subseqüente.<br />
seguintes órgãos:<br />
Art. 2o. - A Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> compõe-se <strong>do</strong>s<br />
a) Juntas de Conciliação e Julgamento ou Juizes<br />
de Direito;<br />
b) <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>;<br />
c) <strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>.<br />
112
Art. 3o. - O serviço da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> é<br />
relevante e obrigatório, ninguém dele poden<strong>do</strong> eximir-se,<br />
salvo motivo justifica<strong>do</strong>.<br />
Decreto no. 21 396, de 12 de maio de 1932.<br />
Institue Comissões Mixtas de Conciliação e dá outras provi-<br />
dências.<br />
O Chefe <strong>do</strong> Govêrno Provisório da República<br />
<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil resolve:<br />
Art. Io. - Nos municípios ou localidades onde<br />
existirem syndicatos ou associações profissionaes de em-<br />
prega<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>s, organiza<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com a<br />
legislação vigente, e Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria e<br />
Comércio instituirá Comissões Mixtas de Conciliação, ás<br />
quais incumbirá dirimir os dissídios entre emprega<strong>do</strong>res e<br />
emprega<strong>do</strong>s.<br />
Parágrafo único - Para os municípios ou localida-<br />
des pode não existirem associações profissionaes de empre-<br />
ga<strong>do</strong>res ou emprega<strong>do</strong>s, organizadas de acor<strong>do</strong> com a legis-<br />
lação vigente, poderá o ministro <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria e<br />
Commércio, ou a autoridade que o represente, organizar<br />
também Comissões Mixtas de Conciliação, observan<strong>do</strong>-se o<br />
critério e formalidades previstos nos arts. 2o. e 3o.<br />
113
Art. 2o. - Â Comissão Mixta de Conciliação terá<br />
o mandato de um ano e será constituída por <strong>do</strong>is, quatro<br />
ou seis vogais, com igual número de suplentes, <strong>do</strong>s quais a<br />
metade representará os emprega<strong>do</strong>res e a outra metade os<br />
emprega<strong>do</strong>s,<br />
Art. 6o. • Não serão remuneradas as funções de<br />
membro das Comissões Mixtas de Conciliação.<br />
Art. 23 - Êste decreto entrará em yigor na data<br />
de sua publicação, regulan<strong>do</strong> os dissídios, porventura, ain-<br />
da não resolvi<strong>do</strong>s até á referida data.<br />
Art. 24 - Revogar-se as disposições em contrário.<br />
Decreto-iei no. 9 797, de 9 de setembro de 1946<br />
Altera disposições da Consolidação das Leis <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> referente à Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e dá outras pro-<br />
vidências.<br />
O Presidente da República, usan<strong>do</strong> da atribuição<br />
que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:<br />
Art. 1o. - Os arts. 644, 647, 654, 670, 872, 681,<br />
693 e 699, da Consolidação das Leis <strong>do</strong> Trabaiho, passam a<br />
vigorar com a redação seguinte:<br />
114
Juizes de Direito.<br />
"Art. 644 - São órgãos da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
a) o Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
b) os Tribunais Regionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os<br />
Art. 693 - O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
compõe-se de onze juizes, sen<strong>do</strong>:<br />
a) sete alheios aos interêsses profissionais nomea-<br />
<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, dentre brasileiros natos,<br />
de reputação ilibada e notável saber jurídico, especialmen-<br />
te em Direito Social, <strong>do</strong>s quais cinco pelo menos bacharéis<br />
em direito;<br />
b) quatro, representantes classistas, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s em-<br />
prega<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s, nomea<strong>do</strong>s pelo Presi-<br />
dente da República, por um perío<strong>do</strong> de 3 anos, poden<strong>do</strong><br />
ser reconduzi<strong>do</strong>s.<br />
§ 1o. - Dentre os juizes <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, alheios aos interêsses profissionais, serão, pelo<br />
Presidente da República, nomea<strong>do</strong>s o presidente e vice-pre-<br />
sidente <strong>do</strong> Tribunal.<br />
§ 2o. - Para a designação <strong>do</strong>s juizes, representan-<br />
tes classistas, o <strong>Conselho</strong> de Representantes de cada asso-<br />
ciação sindical de grau superior organizará, por maioria de<br />
votos, uma lista de três nomes, remeten<strong>do</strong>-a ao Ministro <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, Indústria e Comércio, na época em que êste de-<br />
terminar.<br />
§ 3o. - Na lista de que trata o parágrafo anterior<br />
115
figurarão somente brasileiros natos, reconhecida i<strong>do</strong>neida-<br />
de, maiores de 25 anos, quites com o serviço militar, que<br />
estejam no gôzo de seus direitos civis e políticos e contém<br />
mais de <strong>do</strong>is anos de efetivo exercício da profissão ou se<br />
encontrem no desempenho de representação profissional<br />
prevista em lei.<br />
Art. 696 - Para que possa deliberar, deverá o<br />
Tribunal Superior, na plenitude de sua composição, reunir,<br />
no mínimo, seis de seus juizes, além <strong>do</strong> presidente.<br />
em Turmas.<br />
Parágrafo único - O Tribunal poderá constituir-se<br />
Art. 2o. - Onde se lê, na Consolidação das Leis<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, "<strong>Conselho</strong> Regional" e "<strong>Conselho</strong> <strong>Nacional</strong>",<br />
leia-se "Tribunal Regional" e "Tribunal Superior".<br />
Art. 3o. - Onde se lê, na mesma Consolidação,<br />
"vogais <strong>do</strong>s <strong>Conselho</strong>s Regionais", leia-se "juizes represen-<br />
tantes classistas <strong>do</strong> Tribunais Regionais".<br />
Art. 4o. - Ficam cria<strong>do</strong>s sete cargos isola<strong>do</strong>s de<br />
provimento efetivo de juiz <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> Traba-<br />
lho, com vencimentos iguais aos <strong>do</strong>s ministros toga<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
Supremo Tribunal Militar, padrão R, <strong>do</strong> Quadro Permanen-<br />
te <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Indústria e Comércio.<br />
Parágrafo único - O Presidente e o Vice-Presiden-<br />
te <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> terão direito a uma<br />
116
gratificação de representação, a ser fixada em lei.<br />
Art. 10 - Por sessão a que comparecerem, até o<br />
máximo de 15 (quinze) por mês, perceberão os juizes re-<br />
presentantes classistas <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a<br />
gratificação de representação de Cr$ 300,00 (trezentos<br />
cruzeiros).<br />
Art. 15 - Os atuais membros <strong>do</strong> <strong>Conselho</strong> Nacio-<br />
nal <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> representantes de emprega<strong>do</strong>res e empre-<br />
ga<strong>do</strong>s, serão conserva<strong>do</strong>s até que sejam procedidas novas<br />
nomeações, nos termos <strong>do</strong> presente Decreto-Lei.<br />
Rio de Janeiro, 9 de setembro de 1946,125o. da<br />
Independência e 58o. da República.<br />
Eurico G. Dutra<br />
Octacílio Negrão de Lima<br />
Lei no. 2 244, de 23 de junho de 1954<br />
"Art. 690 - O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
com sede na Capital da República e jurisdição em to<strong>do</strong><br />
território nacional é a instância suprema da Justiça <strong>do</strong> Tra-<br />
balho.<br />
Parágrafo único - O Tribunal funciona na pleni-<br />
tude de sua composição ou dividi<strong>do</strong> em Turmas, com ob-<br />
servância da paridade de representação de emprega<strong>do</strong>s ou<br />
emprega<strong>do</strong>res.<br />
117
Art. 693 - O Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
compõe-se de 17 juizes, sen<strong>do</strong>:<br />
a) onze toga<strong>do</strong>s, alheios aos interesses profissio-<br />
nais, nomea<strong>do</strong>s pelo Presidente da República, dentre brasi-<br />
leiros natos, de reputação ilibada e notável saber jurídico,<br />
especialmente em direito social, <strong>do</strong>s quais nove, pelo me-<br />
nos, bacharéis em direito.<br />
b) seis representantes classistas, três <strong>do</strong>s empre-<br />
ga<strong>do</strong>s e três <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res, nomea<strong>do</strong>s pelo Presidente<br />
da República, por um perío<strong>do</strong> de 3 anos.<br />
§ 1o. - Dentre os juizes toga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Tribunal Su-<br />
perior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, alheios aos interesses profissionais se-<br />
rão eleitos o presidente, o vice-presidente e o correge<strong>do</strong>r,<br />
além <strong>do</strong>s presidentes das turmas na forma estabelecida em<br />
seu regimento interno.<br />
§ 2o. - Para nomeação trienal <strong>do</strong>s juizes classis-<br />
tas, o Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> publi-<br />
cará edital, com antecedência mínima de 15 dias, convo-<br />
can<strong>do</strong> as associações sindicais de grau superior, para que<br />
cada uma, mediante maioria de votos <strong>do</strong> respectivo Conse-<br />
lho de Representantes, organize uma lista de trds nomes,<br />
que será encaminhada, por intermédio daquele Tribunal,<br />
ao Ministro da Justiça dentro <strong>do</strong> prazo que fôr fixa<strong>do</strong> no<br />
edital.<br />
118
ATA DA SESSÃO PB INSTALAÇÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO NA<br />
CAPITAL. FEDERAL<br />
Ao primeiro dia <strong>do</strong> mês de maio <strong>do</strong> ano de<br />
mil novecentos e ae tenta e hum, às quinze horas, tiveram início<br />
as solenidades de instalação <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
na Capital da República, presentes oe Excelentíssimos Senhores<br />
Ministros THELI O DA COSTA MONTEIRO, Presidente, ARNALDO LOPES<br />
SUSSEKIND, Vice-Presidente, FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA,<br />
Correge<strong>do</strong>r-Geral, ALDÍLIO TOSTES MALTA, HILDEBRANDO BISAGLIA ,<br />
GERALDO STARLING SOARES, FORTUNATO PERES JÚNIOR, JOÃO DE LIMA<br />
TEIXEIRA, RAIMUNDO DE SOUZA MOURA, RENATO GOMES MACHADO, MOZART<br />
VICTOR RUSSOMANO, ANTÔNIO RODRIGUES DE AMORIM, ELIAS BUFÂIÇAL ,<br />
JEREMIAS MARROCOS DE MORAES , LUIZ ROBERTO DE REZENDE PUECti, PE-<br />
DRO LUIZ LEÃO VELLOSO EBERT e MIGUEL MENDONÇA, o Procura<strong>do</strong>r - Ge<br />
ral da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, <strong>Do</strong>utor MARCO AURÉLIO PRATES DE MACE-<br />
DO, e as seguintes autoridades; Excelentíssimo Senhor Professor<br />
Alfre<strong>do</strong> Buzaid, Digníssimo Ministro da Justiça, representante <strong>do</strong><br />
Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Excelentíssimo '<br />
Senhor Presidente <strong>do</strong> Egrégio Supremo Tribunal Federal, Ministro<br />
Aliomar Baleeiro, Excelentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong><br />
Federal, Sena<strong>do</strong>r Petronio Portellaj Excelentíssimo Senhor Djaci<br />
Falcão, Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior Eleitoral; Excelentíaei-<br />
mo Senhor Professor Francisco Manoel Xavier de Alcântara, Proau-<br />
ra<strong>do</strong>r Geral da Repúblicas Sua Excelência Reverendíssima D. José<br />
Newton, Arcebispo de Brasília Exaelentie&imo Senhor Coronel<br />
Hélio Prates de Silveira, Digníssimo Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Fe-<br />
derais Excelentíssimo Senhor Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Partia, Mi-<br />
nistro Ernane Sátiro; Excelentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Egrê -<br />
gio Tribunal Federal de Recursos, Ministro Amarílio Benjamitr.-,
Excelentíssimo Senhor'Representante <strong>do</strong> Egrégio Superior Tribu-<br />
nal Militar, Ministro Washington Vaz de Mello, que também com<br />
pqreosu na condição de Presidenta da Aesoaiação <strong>do</strong>e Maçistra -<br />
<strong>do</strong>s Brasileiros; Excelentíssimo Senhor Consultor Geral da Repú<br />
bliaa, <strong>Do</strong>utor Romeo de Almeida Ramos; Exoelentíssimos Senhores<br />
Ministros <strong>do</strong>s Tribunais Regionais; Exoelentíssimos Senhores Co<br />
mandantes Militares das Regiões; Excelentíssimo Senhor Pre-<br />
sidente <strong>do</strong> Tribunal de Justiça <strong>do</strong> Distrito Federal, Desembar<br />
ga<strong>do</strong>r José Colombo de Sousai Excelentíssimo Senhor Presiden-<br />
te <strong>do</strong> Tribunal de Contas da União, Ministro Abgar Renault; Ex<br />
celentissimo Senhor Comandante <strong>do</strong> Planalto, Decima Primeira<br />
gião Militar, Dióscoro Gonçalves Valei e outras autoridades e<br />
Representações diversas. Após a cerimônia de hasteamento das<br />
Bandeiras nacional, sob a exeoução <strong>do</strong> Hino <strong>Nacional</strong>, e <strong>do</strong> Dis^<br />
trito Federal, e o oorte da Fita Simbólica de inauguração <strong>do</strong> e-<br />
difício-sede <strong>do</strong> Tribunal, procedi<strong>do</strong> pelos Exoelentíssimos Senb<br />
res Ministro da Justiça, Professor Alfre<strong>do</strong> Busaid, representan<br />
<strong>do</strong> o Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúblioa, e Ministro<br />
Aliomar Baleeiro, Presidente <strong>do</strong> Egrégio Supremo Tribunal Fede-<br />
ral, teve lugar o descerramento da Placa Comemorativa, • pelas<br />
mesmas autoridades, segui<strong>do</strong> da Benção <strong>do</strong> Prédio, pelo Arcebis-<br />
po de Brasília, D, José Newton. Em seguida, na Sala das Ses -<br />
soes <strong>do</strong> Tribunal Pleno, sob a Presidência <strong>do</strong> Excelentíssimo Se_<br />
nhor Ministro THELIO DA COSTA MONTEIRO, teve inicio a Sessão '<br />
ds instalação âo Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> na Capital da<br />
Republica. Declaran<strong>do</strong>-a aberta, o Excelentíssimo Senhor Minis^<br />
tro Presidente proferiu a seguinte oração: "Reservou-me o des-<br />
tino, na qualidade de Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong> Traba<br />
lho, a suprema honra de proceder a instalação desta Corte em<br />
Brasília, em dia universalmente consagra<strong>do</strong> ao trabalho, em que<br />
também se comemora o trigésimo aniversário da instituição da<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no País, verificada em primeiro de maio de<br />
mil novecentos e quarenta e hum, Acontecimentos inter-liga<strong>do</strong>s,
ecordam que as relações de trabalho, outrora sujeitas ao Zivr<<br />
arbítrio humano, careciam de normas de direito regula<strong>do</strong>ras sj<br />
r.tiià Humana das atividades sociais .Atingin<strong>do</strong> o maij ilto estágio<br />
jtí civilização e de cultura Jurídica, não seria possível relegar<br />
a um ptano secundário a necessidade de uma lejislação especifica<br />
disciplina<strong>do</strong>ra das relações entre JS forças AA produção- Capitai<br />
e <strong>Trabalho</strong>.O Esta<strong>do</strong> não poderia se olvidar da realidade social,<br />
equacionada com a denominada Revolução Industrial. /J legislação<br />
civil das nações européias, inspirada no Código de Napoleão, influ<br />
enaian<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> ocidental, não mais correspondia. :'azia~se mia<br />
ter sentir a presença <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> dan<strong>do</strong> garantia ao trabalho e<br />
melhores condições de vida ao trabalha<strong>do</strong>r, ten<strong>do</strong> em vista a sem-<br />
pre atual encíclica "Rerum Novarum", de Leão XIII, ensinan<strong>do</strong>: "O<br />
Esta<strong>do</strong> sem temer censuras de intervenção indébita, pode melhorar,,<br />
altamente, a classe operária". O Trata<strong>do</strong> de Versalhes, que pós<br />
termo a Primeira Guerra Mundial, <strong>do</strong> qual o Brasil foi um <strong>do</strong>s<br />
signatários, recomendava normas a serem observadas pelas partes<br />
contratantes naô suas respectivas legislações, no que diz respei<br />
to a proteção ao trabalho. Pela sua participação, se obrigou o<br />
Brasil a a<strong>do</strong>tar muitas das medidas votadas em as diversas Confe-<br />
rencias Internacionais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a que tem compareci<strong>do</strong> e da<strong>do</strong><br />
o seu apoio. A consciência da dignidade social e <strong>do</strong>s direitos da<br />
pessoa humana impediam continuasse o trabalha<strong>do</strong>r a ser trata<strong>do</strong><br />
"aomo um menor", na feliz observação de Maritain. Assim aconte -<br />
ceu, com mais vigor, após o movimento revolucionário de mH nove<br />
centos e trinta, vida sen<strong>do</strong> dada a institutos de proteção Juríãi_<br />
ca, muitos <strong>do</strong>s quais objeto de cogitações de nossos legisla<strong>do</strong>res.<br />
Com mato seriedade o problema social trabalhista passou a ser en<br />
caraio, asseguran<strong>do</strong>-se aos trabalha<strong>do</strong>res direitos que até então<br />
não haviam si<strong>do</strong> outorga<strong>do</strong>s. Homem de visão, coube a Lin<strong>do</strong>lfo Col_<br />
lor, primeiro titular da Pasta <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, sugerir ao então Pre<br />
sidente medidas <strong>do</strong> mais profun<strong>do</strong> equilíbrio, leis fundamentais '<br />
de amparo ao trabalha<strong>do</strong>r. Daquele notável brasileiro jue '' vlas-<br />
mou a legislação trabalhista brasileira, colocan<strong>do</strong>-nvF hiatcrica<br />
121
historicamente em plano tão alto", vale reoordar a lição que es-<br />
creveuMesta hora de profundas transformações <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> eooial ,<br />
uma revolução que não forjasse e formulasse novas regras de Di-<br />
reito seria um movimento retrógra<strong>do</strong> e absur<strong>do</strong> em faoe da humani<br />
dade". Surgiu assim "um direito mais amplo,menos proprietarista"<br />
nas palavras <strong>do</strong> sau<strong>do</strong>so Ministro OSCAR SARAIVA, ganhan<strong>do</strong> corpo<br />
e alma no Brasil ate esta admirável ordenação jurídica que é a<br />
Consolidação das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a qual, como salienta<strong>do</strong> pela<br />
Comissão Elabora<strong>do</strong>ra de seu Anteprojeto, representa "a coordena-<br />
ção de altitude e asoenção para um mun<strong>do</strong> melhor em prosseguimen<br />
to da grande aspiração da alma humana em busca da Justiça e da<br />
Veradde". Como enfatisa<strong>do</strong> na Exposição de motivos que acompanha*<br />
o Projeto da Consolidação, ela representou "o diploma <strong>do</strong> Idealis^<br />
mo excepoional <strong>do</strong> Brasil, reajustan<strong>do</strong> o imenso e fundamental p»<br />
oesso de sua dinâmica econômica, nas suas relações com o traba-<br />
lho, aos padrões mais altos de dignidade e de humanidade da Jus^<br />
tiça social".O sindicalismo no 3rasil abrira as portas para a<br />
compreensão <strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s,mais ainda para a daqueles a quem<br />
cumpria ceder,alicerçan<strong>do</strong> na valorização e dignificação humana<br />
<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r,em prol <strong>do</strong> bem- estar social.Daí o caminho perccv<br />
ri<strong>do</strong>, sem lutas de classe, para toda essa legislação social ,<br />
obra jurídica de alto senti<strong>do</strong> humano e cristão, honra e glória<br />
de um povo culto e civiliza<strong>do</strong>. Ecoam ainda, as palavras de<br />
Sua Santidade o Papa Paulo VI, em Genebra, perante a Assembléia<br />
da Organisação Internaoional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>}"Nunca mais o trabalho<br />
acima <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>nunoa mais o trabalho contra o trabalha<strong>do</strong>r,<br />
mas sempre o trabalho para o trabalha<strong>do</strong>r". Comungan<strong>do</strong> aom<br />
esse entendimento, autentico jurista forma<strong>do</strong> ao calor dessas<br />
idéias, com o firme propósito de dar ao trabalha<strong>do</strong>r a posição<br />
a que ele tem direito, evidente com o Plano de Integração So-<br />
cial" que deverá produzir efeitos positivos dentro de um prazo<br />
razoável e representa, desde já, a certeza de um amanhã melhor<br />
para cada família de operário", salientava o Presidente Mediei<br />
por ocasião da assinatura <strong>do</strong> Decreto que visa dar meios aos<br />
122
aos Sindicatos para o exeroíoio de uma completa aaei8tência ao-<br />
cial aos sindicaliza<strong>do</strong>s: "Lembre-ee o trabalha<strong>do</strong>r que o suor de<br />
sua fronte não é maia o sinal de, sua contribuição para o en-<br />
grandecimento da Pátria, Ê ainda o penhor de que ele ee enobre^<br />
ce a cada jornada de trabalho, como participante <strong>do</strong> produto na-<br />
cional". Em verdade, o Esta<strong>do</strong> e 09 homens da empresa tem o de<br />
ver de tornar o trabalha<strong>do</strong>r real na comunidade em que viva,<br />
A produção tem um ssnti<strong>do</strong> maior que o lucro e a acumulação de<br />
riquezas, Certo, "a produçãc não s o fim mas o meio ao alcan-<br />
ce da sociedade para tornar cada vez melhores as condições de<br />
vida da pessoa humana. O problema social não passa de um pro -<br />
blema de distribuição <strong>do</strong>s recursos proporciona<strong>do</strong>s pelas ativida<br />
de a econômicas de conformidade aom os princípios da moral"(JACÍ<br />
MONTENEGRO MAGALHÃES - "Esboço Sooial Econômico da Economia In-<br />
dustrial Brasileira" - Janeiro, 1 960), O dia que os homens se<br />
capacitarem que são membros de um corpo volta<strong>do</strong> para o bem co-<br />
mum, não haverá mais rasào para as desordena contemporâneas<br />
que afligem a humanidade. i'ma das causas dessas desordens resi-<br />
de no regime econômico vigente no mun<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> lamentá-<br />
veis deficiências , sobre tu<strong>do</strong> no setor da distribuição. Enquan-<br />
existente o individualismo egoísta, a falta de solidariedade<br />
cristã, a cupidez, 4 ganância, o apego às riquezas, remedio<br />
algum de consequências econômicas túrá resulta<strong>do</strong>. Ainda impede<br />
o advento da Justiça Social, nomo aponta<strong>do</strong> no ''Serviço Social",<br />
aob a então direção <strong>do</strong> Padre Sabóia. Há que ae objetivar, enfim,<br />
a a<strong>do</strong>ção "de uma politica de verdadeira justiça social, co-^le-<br />
tada por instituições de segurança soltai e de bem estar coleti^<br />
vo, atendi<strong>do</strong>s antes os pressupôs toa de aaude e de eduaação", se_<br />
gun<strong>do</strong> o magistério de OSCAR SARAIVA. Felizmente Já começam os '<br />
homens a se convencer da necessidade de umcí reforma na estrutu-<br />
ra da empreaa no senti<strong>do</strong> de sua deo tinação econômico-joeial. A<br />
empresa nao mais pode ser considerada como n0Mar
ao capital investi<strong>do</strong>» Capital e <strong>Trabalho</strong> devem visar a produção<br />
no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> bem- comum, ou seja, obtenção de meios destina<strong>do</strong>s<br />
a proporcionar melhores condições de vida ã pessoa humana, à sa<br />
tis/ação de seus básico» anseios. Compreensível, portanto, aue<br />
nos dias atuais se tenha evoluí<strong>do</strong> para a forma prática da subor<br />
dinação <strong>do</strong>e empreendimentos economicoe ao bem-setar social, mes.<br />
mo nas iniciativas privadas, na' qual a produção assume pre<strong>do</strong>mi-<br />
nante relevo. Em última análise, valoriza<strong>do</strong>, dignifica<strong>do</strong> na<br />
sua condição de pessoa humana, integra<strong>do</strong> na empresa e na comuni^<br />
dade nacional, eonatifcui o trabalha<strong>do</strong>r força-trabalho inteira -<br />
mente devotada _a produção.A legislação que o ampara e o prote-<br />
ge,bem observada, assegura o clima indispensável de confiança en_<br />
tre o Capital e o <strong>Trabalho</strong> no senti<strong>do</strong> de paz sócial,Pois bem,ne£<br />
se dia primeiro de maio de mil novecentos e quarenta e hum, da-<br />
ta sem dúvida histórica,o Presidente GETÚLIO VARGAS instalava a<br />
Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> e sublinhava sua elevada miaeão:" Cumpre -<br />
lhe defender de to<strong>do</strong>s os perigos a nossa modelar legislação so-<br />
cial trabalhista, aprimorá-la pela Jurisprudência coerente, pe-<br />
la retidão e firmeza das sentenças, Da nova magistratura outra<br />
coisa não esperam o Governo, emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res e a es -<br />
clareaida opinião nacional"» Com o advento da Constituição de<br />
mil novecentos e quarenta e seis, graças, sobretu<strong>do</strong>, a atitude<br />
<strong>do</strong> ínclito Presidente EURICO GASPAR DUTRA, a Justiça ao Traba-<br />
lho iniciou nova fase, integran<strong>do</strong>-sé no Poder Judiciário. tiá<br />
trinta anos, em pleno funcionamento, está a Justiça <strong>do</strong> Trabalhe,<br />
como já se tem dito muitas vezes, "distribuin<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os<br />
quadrantes da Pátria benefícios inumeráveis à grande massa de<br />
obreiros de sua grandeza". Vem cumprin<strong>do</strong> a sua missão orienta -<br />
da no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> interesse público acima <strong>do</strong> interesse de clas-<br />
se ou particular. Face ás dissenções sociais, como instrumento<br />
de pacificação coletiva,enquadra o fato social na ordem jurídi-<br />
ca. <strong>Do</strong>tada <strong>do</strong> mais alto poder, qua e nenhum outro ôrgao <strong>do</strong> Poda?<br />
Judiciário e atraibuí<strong>do</strong>, qual seja, o de proferir decisões nor-<br />
124
mativas nos dissídios coletivos de natureza econômica, dispon<strong>do</strong><br />
sobre novas condições de trabalho, procura a formula mágica da<br />
fixação de justo salário e da justa retribuição as empresas in-<br />
tereaaadas. Hão nos caben<strong>do</strong> a nós juizes trabalhistas discutir<br />
o problema econômico da inflação, limita-se a reajustar o sala<br />
rio nominal face ao sistema legal vigente. Interferin<strong>do</strong>, de con<br />
seguinte, na« relações contratuais de trabalho, modifican<strong>do</strong>-as<br />
sempre que necessário: Assim, as justas reinvidicaçÕes, outro-<br />
ra oonsideradae "caso de polícia", encontram atendimento e<br />
pronta solução.• A harmonia entre o Capital e o <strong>Trabalho</strong> e asse-<br />
gurada, Condições de i/tda que resguardem a dignidade da pessoa<br />
humana <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, paz e segurança social são procuradas e<br />
estabelecidas. Graças Ò ação decisiva e rápida da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, as graves de caráter econômico, por vezes de origem<br />
suspeita, bem sempre claras ou legitimas, encontram termos pron<br />
tamente, quan<strong>do</strong> não evitadas. /I intervenção <strong>do</strong> Judiciário deve<br />
ser mesmo positiva, pois se o exercício <strong>do</strong> direito de greve se<br />
inscreve como postula<strong>do</strong> constitucional, o fato ê quf esse feno<br />
meno, ainda que consideraao natural nos pa'iseB democráticos ,<br />
transcende <strong>do</strong>s interesses das partes para afetar os da própria<br />
coletividade, por vezes comprometen<strong>do</strong> a tranquilidade pública ,<br />
capaz de perturbar a vida e o progresso da Nação pelos prejuv -<br />
zos trazi<strong>do</strong>s 5 sua economia, "crian<strong>do</strong> um esta<strong>do</strong> de espírito que<br />
impede a eficienaia da produtividade", como diz SEGADAS VIANA-<br />
(Instituições de Direito <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> - oág. 419). Com seus al-<br />
tos desígnios estabelecen<strong>do</strong> normas justas de trabalho com per -<br />
feito entendimento e exata compreensão da macsa obreira e patro<br />
nal, para manter íntegras as relações entre ambas e o clima de<br />
confiança indispensáveis ao bem-estar da famtlia. Enfim, a ver-<br />
dadeira Justiça Social, concorren<strong>do</strong> para a formação moral de<br />
um povo psico-sooialment-e prepara<strong>do</strong> para enfrentir os antagonis^<br />
mos gera<strong>do</strong>s pela conjuntura sócio.econômica de um País na sua<br />
caminhada para o desenvolvimento. Prova dissp, da sua importân-<br />
cia, <strong>do</strong> que ela representa no cenário politico, econômico e so-<br />
125
social <strong>do</strong> Pais, constituin<strong>do</strong> uma das matas <strong>do</strong> atual Governo no<br />
senti<strong>do</strong> de sua dinamização, solicitan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tribunal Superior <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong> um plano capa» de atender as reais neoessidddes de<br />
sua expansão. O sempre crescente número de realamações traba-<br />
lhistas, cujo volume acompanha o ritmo de expansão econômica<br />
das diferentes regiões <strong>do</strong> Pais, o surto industrial <strong>do</strong>s últimos<br />
anos através de incentivos de natureza varia, produzin<strong>do</strong> efei -<br />
que nos limites da ação <strong>do</strong> Judiciário Trabalhista se traduz<br />
pelo esgotamento da capacidade de julgar de muitos de seus<br />
órgãos, situa<strong>do</strong>s em regiões de acentua<strong>do</strong> desenvolvimento, exi-<br />
giam a criação de novas Juntas de Conciliação e Julgamento. A-<br />
presenta<strong>do</strong> ao Governo em tempo recorde, considera<strong>do</strong> de urgen -<br />
cia prioritária, submeti<strong>do</strong> ao Congresso <strong>Nacional</strong>, converteu -<br />
se em lei com a criação de uma só Vez, de 74 órgãos de primeira<br />
instancia nas oito regiões em que se subdivide a jurisdição tra<br />
balhista. Acontecimento extraordinário, saben<strong>do</strong>-se apenas exis-<br />
tentes 196 Juntas em to<strong>do</strong> o território <strong>Nacional</strong> em 30 anos de<br />
funoionamento da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>. Paralelamente a essa ini-<br />
ciativa, outra não menos importante, a que estabelece normas (<br />
para a criação de órgãos de primeira instância na Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, caben<strong>do</strong> ao Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> dizer de sua<br />
necessidade e conveniência, observa<strong>do</strong>s os critérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s na<br />
Lei que tomou o número S.63Õ de 2 de dezembro de 1970. No ter -<br />
reno das edificações e aquisição de imóveis, registramos com<br />
satisfação, já em edifícios próprios os Tribunais <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong><br />
das Segunda, Quarta e Oitava Regiões, a primeira e a última tam<br />
bém abrigan<strong>do</strong> as Juntas de Conciliação e Julgamento sedia -<br />
das nas capitais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s de São Paulo e Pará. Para as Jun<br />
tas de Fortaleza, adquiri<strong>do</strong> pelo Tribunal Regional da Sétima<br />
Região adequa<strong>do</strong> prédio, dispon<strong>do</strong> de verba para a compra de ou-<br />
tro onde se situar. Brevemente deverá ser inaugura<strong>do</strong> o edifi -<br />
cio próprio <strong>do</strong> Tribunal Regional da Terceira Região e Juntas<br />
de Belo Horizonte, com escritura já lavrada. Er- adiantada cons-<br />
trução, com inauguração prevista para julho, o edifício <strong>do</strong> ?ri-<br />
126
Tribunal Regional lo '<strong>Trabalho</strong> da Quinta Região «» ^«we de Sai-<br />
v-i<strong>do</strong>r. ?om construção já iniciada o edifício-ucde <strong>do</strong> Tribunal<br />
Regional <strong>do</strong> ' <strong>Trabalho</strong> da 'Jcxta Região e Juntas de Recife, além<br />
da de Manaus, no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas - Oietva Região.Culminan<strong>do</strong><br />
O magnífico adifício-sede deste Tribunal, em Sraaília, iue<br />
ora se inau.gura, corren<strong>do</strong> à conta de nossa administração mais<br />
de <strong>do</strong>si terços da obra. Construí<strong>do</strong> mediante convcncio com a<br />
tiOVACAP, está condignamente instala<strong>do</strong> com mobiliário adequa<strong>do</strong>,<br />
através de concorrência pública. Tu<strong>do</strong> isso fo*i possível graças<br />
ao apoio <strong>do</strong> i'xce lentíssimo Jenhor Presidente da República, a<br />
quem, nesoe instante, dirigimos o nosso agrada cimento. Xstã es-<br />
ta Justiça a necesai tar agora ao Código de hrocesso <strong>do</strong> Traba -.<br />
lho cujo projeto foi elabora<strong>do</strong> pelo Ministro Mczart Victor Rue<br />
somano, Já reviête pelo autor e <strong>do</strong>is outros eminentes mes-<br />
tres de Direito <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, Ministros Arnal<strong>do</strong> Sussekind e Re-<br />
zende Puech. Ao recebe-lo e>- solenid~.de realizada no Minist : -<br />
rio da Justiça, pre.*sou Sua Excelência *enhor Ministro Al -<br />
fre<strong>do</strong> Buzaid: "C projeto <strong>do</strong> novo Código vert. atender antiga pre-<br />
ocupação <strong>do</strong> (rovêrno 10 3*nti<strong>do</strong> de ale inçar o. paz social e a<br />
prosperidade HUP .tonar*' ts-xda". Tão .'nkH- se : ornar<br />
uma realidade, :mmprv
neste inesquecível dia histórico de tÕo alta dignificação para<br />
o trabalha<strong>do</strong>r nacional, com quem noa congratulamoe pelo trans-<br />
curso de sua magna data, para o Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>,<br />
- órgão de cúpula <strong>do</strong> Poder Judiciário Trabalhiata - dá-nos for<br />
çaa re<strong>do</strong>bradas para prosseguirmos na obra a que nos propusemos<br />
realizar no senti<strong>do</strong> da afirmação cada vez maior da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>, atenta â sua elevada destinação constitucional.MeroS<br />
de Deus continuará asseguran<strong>do</strong> ao Brasil o clima de Paz c Bem<br />
Estar de que tanto aareae indispensável ao aeu progresso e a<br />
sua grandeza para a felicidade de seus filhos. Como Presidente<br />
desta Corte , tenho a honra de declarar instala<strong>do</strong> na Capital '<br />
Federal o TRIBUNAL SUPERIÒR DO TRABALHO." A seguir,o Exce-<br />
lentíssimo Senhor <strong>Do</strong>utor Procura<strong>do</strong>r Geral aaaim se manifestou:<br />
"Excelentíssimas autoridades já referidas pelo Senhor Ministro<br />
Presidente desta Corte.Senhores Ministrosfminhas Senhorao;Meus<br />
Senhores; Nos alvores de minha vida académica,li,certa feita ,<br />
da lavra <strong>do</strong> grande Pedro Lessa, que "em uma das páginas mais<br />
comoventes <strong>do</strong>s pensamentos, Marco Aurélio,a suprema eclosão <strong>do</strong><br />
estoicismo, agradece, profundamente reconheci<strong>do</strong>,ao seu precep-<br />
tor,Junio-RuBtico,os extremos cuida<strong>do</strong>s de que foi cerca<strong>do</strong> nos<br />
primeiros anos da mocidade para o fim de ae conservar • sempre<br />
estranho e completamente insensível às seduções <strong>do</strong> luxo e aos<br />
artifícios da retórica".Confesso-vos, após abeberar-me na fon-<br />
te <strong>do</strong> notável pensa<strong>do</strong>r romano, a sua mensagem me tocou profun-<br />
damente,de tal maneira,que,mercê de Deus,o8 enleios <strong>do</strong> fausto<br />
jamais conseguiram atrair-me,e aos ornamentos pomposos da fala,<br />
a minha própria formação moral impediu o recurso. Ho correr da<br />
toda a minha modesta vida pública,a palavra proferida,simples,<br />
correspondeu sempre ao ditame <strong>do</strong> sentimento.Por isto mesmo, a-<br />
gora,mais uma vez,na qualidade de Procura<strong>do</strong>r Geral da Justiça<br />
<strong>do</strong> Traba lho, neste cenário mgalana<strong>do</strong>,permiti, vos t ran emita<br />
tão só ao emoçocs que me vão na aZma.ffm meio á fasta <strong>do</strong> tra-<br />
balho,deste primeiro.de maio de mil novecentos e setenta e<br />
hum, vivemos o momento alegre e sublime <strong>do</strong> encontro de duas uer<br />
128
verdade o: BRASÍLIA, sob a administração honrada, inteligente e<br />
feounda <strong>do</strong> ilustre Governa<strong>do</strong>r Hélio Prates, BRASÍLIA,radiante e"<br />
hospitaleira,moça e já adulta,viven<strong>do</strong> o presente a sobraçar o<br />
'futuro, e a JUSTIÇA DO TRABALHO, oujos componentes, para gáudio<br />
@ orgulho de to<strong>do</strong>s nós, são tradicionalmente, Juízes que Têm a core<br />
ciência de não agirem em pura investigação e frio julgamento,mas<br />
na bela expressão de Teillar Chardin, como "obreiros da terra" ,<br />
solidários sempre com o destino <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r nacional. Oai a re_<br />
levãnoia deste Tribunal na ordem econômica e social brasileira ,<br />
ao aplicar os princípios da justiça social e ao estabelecer har-<br />
monia e solidariedade entre as categorias sociais de produção. C<br />
que se tem assisti<strong>do</strong> no curso da história <strong>do</strong> Tribunal Superior '<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> ê a afirmação de preceitos que consubstanciam esta<br />
outra verdade incontestável:- "o que é preciso para estar presen<br />
to, é ser contemporâneo <strong>do</strong> futuro". Esta ê, aliás,uma das caraa te_<br />
risticas <strong>do</strong> Direito <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, cuja maior proximidade com a rç<br />
lidade, faz se constitua no Direito de uma civilização em mudan-<br />
ça, num processo de adaptação social da máxima de Caaordaire: -<br />
"Na luta <strong>do</strong> fraco contra o for te, a liberdade ê que escraviza, a<br />
lei protege". Viven<strong>do</strong> uma época de ruptura - o presente a desli^<br />
gar-60 <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, nossas soluções são sucessivas e proviso<br />
rias. O que nos é permanente é tão SÓ o esforço pa identificar,<br />
para encontrar simetriaações que atenuem as diversidades <strong>do</strong> po<br />
der econômico. Para bem compreendermos o significa<strong>do</strong> deste ins-<br />
tante, vivi<strong>do</strong> num Brasil em paz e trabalha<strong>do</strong>r, na cont-nuidade '<br />
oons trutiva da Revolução de trinta e hum de março de mil novecen<br />
tos e sessenta e quatro, basta que lancemos a inteligência em<br />
direção a um passa<strong>do</strong> bem próximo. Snq-anto, ha pouco, vivíamos<br />
dias de agitação, de turbulência, de quebra de todas as tradi-<br />
ções brasileiras, trabalhamos hoje, resolutamente esperançosos,<br />
rasgan<strong>do</strong> estradas e horizontes e obten<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s econômicos —<br />
financeiros que até os raie geniais futuróloçoe interrogam.Coi c<br />
garantia de nossas forças jrmadas, coesas e em esta<strong>do</strong> de Vioi -<br />
lia, com o aplauso <strong>do</strong> povo e sob a notável, esclarecida a feliz
feliz ação política e governamental <strong>do</strong> preclaro Presidente Emí_<br />
lie Garrastazu Medici% transquilos e cheios de fá, construímos<br />
um Brasil novo,gigante, desperto para esmagar oe inimigos da
que parecem bruxulear. Jerua nada responde a acusação áe crim-<br />
de blasfémia, cuja ; -ia, para o Deotoronc' :o e para o levítico,<br />
«"a a morte. Caifás aproxima-se, em face rents a de Jesusfe per<br />
'junta: - ês tu o Criszo, o filho de Deus? E Jes*.t$ resoluto: Se<br />
tu o dizes, eu 0 sou. tumulto, eegv.o-si? a j tin tença iníqua,<br />
que "estava escrita", COPIO ressalta SES/AR: te busc-xvam '<br />
pretextas ", '"Entranhou Juízes.' ' r - erproba EVAÍiSZTO DF CORAIS -<br />
"não ô J limitât?, a con.ienar por Ij'nxçno» v :••!;: •'/•! 'W rvc to io .7^<br />
zareno, ferem-no a pauladas e ivfatadas". Enquanto Je sua redimix<br />
se na confÍ3são pública <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, feita aotj bra<strong>do</strong>s amrü o ti-<br />
lintar da3 moedas que arroj.n>-i ao ol-.-io <strong>do</strong> Sanhédrin, v'indufiom '<br />
J
alpendre. Mae a multidão o quer na cruz. Entra Pilatos e tenta<br />
fazer Jesus falar. Só consegue, a muito custo, quan<strong>do</strong> invoca o<br />
"jus gladii", supremo poder de que se achava investi<strong>do</strong>, de<br />
o per<strong>do</strong>ar ou mandar crucificar, ao que Jesus retruca: - Nenhum<br />
poder terias contra mim, se de cima não te fosse da<strong>do</strong>. Pilatos<br />
recua. Senta<strong>do</strong> ã cadeira <strong>do</strong> litostropos, rodea<strong>do</strong> de tributos ,<br />
juizes e litores, santencia a absolvição. Nas quan<strong>do</strong> alguém gji_<br />
ta que aquele qua se dizia rei competia com Cesar e ,por César<br />
devia ser condena<strong>do</strong>, Pilatos sente a ameaça politica sobre a<br />
sua carreira de magistra<strong>do</strong>. Pode, então, um jarro e uma bacia.<br />
E, lavan<strong>do</strong> ao mãos diante daquela gente enfurecida, declara-se<br />
inocente <strong>do</strong> sangue <strong>do</strong> justo oferendan<strong>do</strong> o crime. B o entrega '<br />
miseravelmente aos que, pelos séculos afora,continuam cometen-<br />
<strong>do</strong> injustiças,porque não se faz justiça com as próprias mãos ,<br />
nem se deve ceder ao poviléu,quan<strong>do</strong> sua voz é o arbítrio e a<br />
prepotência, contra a verdade e a lei, Para executar o lincha-<br />
mento são destaca<strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s romanos.Ten tou-se, em vão, dar a<br />
aparência de legalidade ao ato ultrajante• E tu<strong>do</strong> se consumou,<br />
na hora nona, no silêncio enorme <strong>do</strong> caivório, Essa é a síntese<br />
<strong>do</strong> nosso resgate• Esse, o exemplo não imita<strong>do</strong>• Somos, hoje, juí_<br />
sãs redimi<strong>do</strong>s por Ele, mas oem direito ao perdão, porque deve-<br />
mos saber o que fazemos• Sua imagem naquela parede, repetin<strong>do</strong><br />
a .tragédia <strong>do</strong> julgamento sem justiça, é mais <strong>do</strong> que um alerta<br />
para aa consciências <strong>do</strong>s que devem sentenciar a luz <strong>do</strong>s depoi-<br />
mentos livres, das provas regulares, das alegações procedentes,<br />
da justiça distributiva, da equidade e <strong>do</strong> amor, £ um convite a<br />
humildade e fl isenção, no exercício dessa mesma consciência vol_<br />
tada para o supremo ofício de julgar, porque a imparcialidade<br />
não pode ser parcial, como a de Pilatos o foi• £ uma evocação<br />
da oruz, que carregamos pela redenção <strong>do</strong> homem,porque "ver uma<br />
cruz é ver um homem", "Neste Brasil cristão, de que a Bahia e
fíahía ê a maia velha e imaoulada imagem", como disse o Ministro<br />
Júlio Barata, Crieto não pode'faltar nos tribunais, E para Bra-<br />
sília Ble veio, trazi<strong>do</strong> da Cidade da Bahia pelas Oito Regiões '<br />
da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>t por inspiração desse admirável Presiden<br />
te que ê o Ministro Thélio Monteiro* Veio nas asas generosas<br />
e invictas da Força Aérea Brasileira, numa demonstração a céu<br />
aberto da união nacional entre lei e a espada, tanto mais signi_<br />
ficatiVa porque "homem da lei" se proolamou o eminente General<br />
Emilio Medici, ao receber a faixa presidencial• Aqui nao se con<br />
danará senão a Gestas,- nunca a Dimas, que se purificou na hora<br />
extrema. Aqui se fará Justiça com Deus• Aqui se continuará a<br />
cada um na razão <strong>do</strong> que vale", "pelo trabalho que se junta ã<br />
oraçãocomo disse Ruy aos moços da Faculdade De Direito de ' *<br />
São Paulo, Ainda com Julio Barata, quero terminar, nwma oblata<br />
de exaltação ao Juiz, que se fez justo pela aprovação de uma tn<br />
justiça, como tle o quis, para que judicassemos sempre ã sua<br />
sombrat "Nossas togas não serão tão curtas que não cheguem para<br />
esconder nossa fraqueza, nem tão compridas que se arrastem na<br />
poeira <strong>do</strong> chão, Elas devem ter a exata dimensão <strong>do</strong> homem, que<br />
para nõe é pessoa e não coisa, espirito incarna<strong>do</strong> e não matéria<br />
pura, misto de miséria e de grandeza, de lágrimas e de sonho"-<br />
—— Bm segtiida, em nome <strong>do</strong> Tribunal, proferiu o Excelentíssimo<br />
Senhor Ministro João de Lima Teixeira a seguinte oração de agra<br />
deoimento: "Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça, represen<br />
tante aqui <strong>do</strong> Exoelentissimo Senhor Presidente da República; Ex<br />
oelentiesimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Supremo Tribunal Federal} Ex<br />
oelentissimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Congresso Naoional{ Excelentío<br />
simo Senhor representante da igreja aqui presente, Arcebispo de<br />
Brasiliaj Presidentes <strong>do</strong>s Tribunais Superiores; Governa<strong>do</strong>r de<br />
Brasilia; Magistra<strong>do</strong>s, minhas senhopas a meus senhores. Inoum -<br />
biu-me Vossa Excelência, Senhor Presidente, .3a honrosa missão '<br />
de agradecer aos Presidentes <strong>do</strong>s Tribunais Regionais <strong>do</strong> Traba<br />
133
Trabalhe, o cf^r.icimcnto da intn<br />
»ín tua nossas «ntapassarioe A .irraifjadn «o zeio <strong>do</strong> j-o^r: "1,OUÍ•:••>»:«?:'o ;<br />
•os \vlhos «7sulejos, retratan<strong>do</strong> .1 >>id>
• 7 e í T Deue que orienta on nossos des tinos, £ não ser. rar.ãí-<br />
7na '-till- "'irb'-sa, en notáve' conferência realizai? na<br />
j»»v rt ünr.iriva dúvidas»* 10 comentar: "Vej* v v'in'*''': i7u?<br />
1 firma Deus; vejo a ciênc'a oue presci.íe Je íewr; Vf.;«-' t<br />
•»:•: cue prescreve a Oeunj e entr* 0 aspirt-tufl Zicnc, .* agnos:i-<br />
íir.rr.t j m-iterinlismo, muitas vezes se me levanta da razão es<br />
ia ver;: un ; '"n.'?' 3 »10 t-tt c ai* na ici ? /î m* s ia névoa oue a princi -<br />
"•'r íij ^.f^nflara sobre as inquietações <strong>do</strong> crente, acaba nor en<br />
volver o orgulho <strong>do</strong> sábio, A mesma dúvida que nos arrastara das<br />
: n i.bu'.açõer -ht fé no esclu.tivisno cientifico, pode reconduzir«•<br />
»j'.'j ic radicalismo cientifico à nlacidez da fé". F * assa fê,-<br />
n'.vres "agit tra<strong>do</strong>s, na superior inspiração, éque nos conduz<br />
.1 cada instante ao elo de lift ação com a Justiça, na aplicação '<br />
.ia Lei n a cons tan te preocupação de assegurar a paz social, '<br />
7:MP »! J.' iissiiios individuais cu coletivos e n.i equiparação, '<br />
-'igr c y. ;7 if cuipnndercção .\o* i n*.ere?ses en liverlêneiz. Justo<br />
* íeis, T.te -rcclane que ".-zssa J^rnidi 20 longo tempt, 2<br />
•'•isciç.c ?rakat' : ic- ~ue hoj* jonpleta, «ar* a " r i r e - cc mi:<br />
•«•: nriv:»«»^?? " rf-PKii •> : '.ur, ,*> tr J .?és\-.c qkí :\tr sírio ce '<br />
z :* :?ãc, f-' ; . wp liara J:«"**« .\'-n< : a iiper^<br />
'••)' .> : 7 : 'ifr * * *.7 j :'•>' \ 1 * 1rs ree \ar«03 ias asses obre*'ras, na<br />
procura .ia perfeii-c ionpreer.PÕo ito 1 « c Trai a'.hc, '<br />
lusaultandc cs aue tc-m se<strong>do</strong> da Justiça, so>*s nr- prejaçãc da<br />
Chrinto, «ac beme'ieniuranrias» Hão sei <strong>do</strong> que pessa .:izer r'e<br />
•nais subline pela comunicação <strong>do</strong> son,;'(nils', ô«t"c c iue legisla<br />
intrc * nue sulca e entre o que executa, harmcnCcos sim, inde-<br />
pendentes pel.is xtrikuifoc-e, 'nas. congrega<strong>do</strong>s no fini comum que<br />
é a net a Jos ieszinos -ia "ação, pois o Direito ê a principal '<br />
finalidade que a io<strong>do</strong>s une» Apradeço, em r.jne <strong>do</strong> Tribuna.' Jup^<br />
rior io <strong>Trabalho</strong>, ac3 eminentes Juizes .:*v Tribunuic ?e.jions''.s,<br />
esta vali o 6:7 iádivai valiosa pela peregrinação, vaiio.'ii r>eloo<br />
seus propósitos de fé; valiosa vela pregação 'ie Chris ff, valio^<br />
áj pela jonfiança em Deus, porque se harmoniza com os ar,3eics<br />
135
<strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s,' valiosa, porque e a Verdade • a Verdade $ a<br />
própria encarnação da Justiça—— seguida, teve lugar a<br />
cerimonia de entrega de Comenda a aos Senhores agracia<strong>do</strong>s, a sa<br />
ber: "Comenda da Ordem <strong>do</strong> Mérito Judiciário <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, pela<br />
primeira vez instituída na historia da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, a<br />
pó8 trinta anos de sua instalação no Pats, grau de grande ofi-<br />
cial: Excelentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Supremo Tribunal f£<br />
deral, Ministro Aliomar Andrade 3aleeiro} Excelentíssimo Senhor<br />
Minietro da Justiça, Professor Alfre<strong>do</strong> Buzaid, Excelentíssimo<br />
Senhor Presidente <strong>do</strong> Tribunal Superior Eleitoral, Ministro '<br />
Djaci Alves Falcão; Excelentíssimo Senhor Procura<strong>do</strong>r Geral da<br />
Republica, <strong>Do</strong>utor Francisco Manoel Xavier de Albuquerque; Exce^<br />
lentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Tribunal Federal de Recursos -<br />
Ministro Amarílio Harol<strong>do</strong> Benjamin} Excelentíssimo Senhor Pre-<br />
sidente <strong>do</strong> Supremo Tribunal Militar> Ministro Waldemar Figuei-<br />
re<strong>do</strong> Costa} Exolentíssimo Senhor Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Con<br />
tas da União, Ministro Abgard Renault} F.xc lentíssimo Senhor Mi<br />
nistro Geral<strong>do</strong> Monte<strong>do</strong>nio Bezerra de Menenes, ex-Presidente <strong>do</strong><br />
Tribunal Superior <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>s Exolentíssimo Senhor Procura<strong>do</strong>r<br />
Geral da. Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>^ <strong>Do</strong>utor Marco Aurelio Prates de<br />
Mace<strong>do</strong>} Excelentíssimo Senhor Juiz Delio de Albuqerque Maranhão,<br />
ex-Presidente <strong>do</strong> Tribunal Regional <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> da Primeira tf«<br />
giao• Em grau de Comenda<strong>do</strong>r: Juiz Herbert Magalhães Drumond,Pre<br />
eidente <strong>do</strong> Tribunal Regional da Terceira Região e um <strong>do</strong>s funda<br />
<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; Juiz Clóvis <strong>do</strong>s Santos Lima, Pre<br />
sidente <strong>do</strong> Tribunal Regional da Sexta Região e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>-<br />
res da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; Juiz Amaro Barreto, <strong>do</strong> Tribunal Re<br />
gional da Primeira Região e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> Tra<br />
balho; Juiz Jose Teixeira Pentea<strong>do</strong>, Vice-Presidente <strong>do</strong> Tribunal<br />
Regional da Segunda Região e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong><br />
<strong>Trabalho</strong>} Juiz Jorge Serreau <strong>do</strong> Tribunal Regional da Quarta Re<br />
gião e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça' <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>} Juiz Jose Dan<br />
tae <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong>; Viee-Presidente <strong>do</strong> Tribunal Regional da Quinta Re<br />
gião e um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>; Ministro Was_<br />
136
Washington Vaz de Melo; Presidente da Ansociação^<strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s<br />
Brasileiros; <strong>Do</strong>utor Danilo Pio Borges da Costa, Procura<strong>do</strong>r dú'<br />
Primeira Categoria e o mais antigo da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>"<br />
A seguir, o Excelentíssimo•Cenhor Ministro Mozart Victor Russoma<br />
no, em nome ao Tribunal, proferiu a seguinte saudação aos agraci^<br />
a<strong>do</strong>s: "Excelentíssimo Senhor Professor Alfre<strong>do</strong> Buzaid, Digníssi-<br />
mo Ministro da Justiça e representante de Sua Excelência o Senhor<br />
Presidente da República; Exclentínsimo Senhor Ministro Aliomar '<br />
Baleeiro, Digníssimo Ministro Presidente <strong>do</strong> Colen<strong>do</strong> Supremo Tri-<br />
bunal Federa, demais Presidentes e integrantes <strong>do</strong>e Tribunais Su-<br />
periores <strong>do</strong> Pats; Exclentíssimo Senhor Representante <strong>do</strong> Poder Le<br />
aislatioo; Sua Exclênoia Reverendíssima D,Jose Newton, Arcebispo<br />
de Braeilia; Exclentíssimo Senhor Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Federal<br />
Excelentíssimo Senhor Procura<strong>do</strong>r Geral da República; Exclentíssi<br />
mo Senhor Procura<strong>do</strong>r Geral da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, demais inte -<br />
grantes <strong>do</strong> Ministério Público, Senhores Magistra<strong>do</strong>s e demais au<br />
toridades: Senhoras e Senhores; Exclentíssimo Senhor Ministro '<br />
Thélio da Costa Monteiro, Presidentet e demais Ministros deste '<br />
Tribunal• Esta ê a homenagem da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> a Vossas Ex<br />
celências, Senhores Agrada<strong>do</strong>s, A imposição das primeiras aondeco_<br />
rações da Ordem <strong>do</strong> Mérito Judiciário <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, em nome <strong>do</strong> an<br />
tigo <strong>Conselho</strong> tenho a honra de falar neste momento, coincide com<br />
e3te primeiro de maio universal que, para nós, brasileiros, como<br />
foi sublinha<strong>do</strong> por quase to<strong>do</strong>s os ora<strong>do</strong>res que me antecederam, a<br />
copiam hoje duas efemerides; o trigésimo aniversario da instala-<br />
ção da Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong> no Brasil e a definitiva traneferên -<br />
cia de seuTribunal de cúpula para a Capital da República• Tal '<br />
circunstância, somada a muitas outras, matiza esta solenidade de<br />
múltiplos aspectoB simbólicos» c!m primeiro lugar, quis a Justiça<br />
<strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, ao homenagear Vossas Excelências, Senhores Agracia-<br />
<strong>do</strong>s, reverenciar desta maneira as ins tituições a aue Vossas Exce_<br />
lendas pertencem, ou que Vossas Rxolencias representam, emprestan<br />
<strong>do</strong> a esta homenagem uma profunda perspectiva, abrin<strong>do</strong>-lhes um<br />
137
longo c amp'^ horizonte como este que circunda a magnifica Bra-<br />
sília, porquanto, de certa forma, neste ato e desta maneira, a<br />
barcamos iodaa as instituições brasileiras que no sAor da Admi-<br />
nistração Publica, que no setor da Magistratura, que no setor<br />
<strong>do</strong> Minis tério Publico, qu* no setor <strong>do</strong> exnrcício profissional '<br />
a*i advocacia contribuem para o progresso da cultura jurídica na<br />
cional e dessa forma diretamente neião contribuin<strong>do</strong> para o desen<br />
•jolvimento global da pátria. brasileira, 'nsti zniçõeo ac.saú oue<br />
felizmente para nos brasileiros, de dais t* era:-cn vi<br />
oerr.os nu*a época em que, di-v
<strong>do</strong>a eleitos» Vossas Excelências agracia<strong>do</strong>s, òert seno fiseram<br />
3ucs ipçõzs em face exiazência et por isso, foram solicita<strong>do</strong>s<br />
há pouco, um a um, a 3e porem de pê, para receber sobre o peito<br />
ao incinnias de nossa gratidão, de nosso reconhecimento e ie<br />
nos ao apreço• Sase apreço, tr.se reconhecimento, assa admiração '<br />
são devi<strong>do</strong>s não apenas por aquilo que Vossas Exceleicias ate nc<br />
je realizaram em nossa Pátria; eles levam dentro de si uma expeça<br />
tativa, uma expectativa confiante, maio <strong>do</strong> que uma expectativa,'<br />
Senhores, levam dentro de oi um vaticinio, «m vaticínio 3eguro<br />
de que Vossas Excelências continuarão, de hoje para diante, como<br />
sempre, prestan<strong>do</strong> inestimavel colaboração para a crescente gran-<br />
deza de nossa Pátria« t/essa ordem de aonsideraçõee, e para con<br />
aluir, não nosso ma furtar a uma evocação de ordem pessoal, mes-<br />
mo corren<strong>do</strong> o risco de quabrar o caráter protocolar desta soleni<br />
dades muito ce<strong>do</strong> a vida me inpoa um fa<strong>do</strong> errante de ciganoi o<br />
destino modelou meu pobre espirito a imagem de u**-. pequeno cosmo-<br />
polita• Apesar diaso, tive tempo, felizmente, lS nas planioies '<br />
longínquas <strong>do</strong> meu Rio Grande, menino ainda, de várias vezes ss<br />
sistir ao espetáculo quotidiano das lentas sarretas puxadzc : '<br />
boi' e conduzidas pelo gaúcho através <strong>do</strong>s longos caminhos pampea-<br />
noSt .'/unca perguntei a mim mesmo, naquelas plagas azuis, de onde<br />
vinham e para onde iam* E o dramatico, o humanamente dramazico,I<br />
que possivelmente nem eles próprios perguntaram jamais a si mes-<br />
mos quais eram suas origenst quais seriam 3sus desiinoa, prosse-<br />
guin<strong>do</strong> sempre na obstinação cbsaesiiva de cumprir a nÍ3eão, ^<br />
prendi simbolicamente, naquelas evocas remotas, que ? assim que<br />
caminha a Historia» /t História caminha sobra as rodas dar velhas<br />
carretas brasileiras; não importa a chuva das invernias, não im-<br />
porta o sol de nossos veroee, não importa a lama ou a poeira <strong>do</strong>s<br />
caminhos, jla avança sempre, lentamente, lerda, carregada da so<br />
nhoa e de ilusões, .ie desespero e de desenganos, de lágrimas e<br />
de aorriaos. E, um certo dia, ela para no umbral d* nossas portas<br />
e despeja sobre ele a carga de céus séculos, e só nesse ".emento<br />
tereme<br />
139
tcpewod eorcpptfenat<strong>do</strong> -o Uôraadeiro 8»»»iittitJ de «essa y-ida, pcraue<br />
ao rintSo, estarJ sela<strong>do</strong> nosso destino» Por mais infenso que eu<br />
seja, e realmente me confesso sert as franea sonor-ie « faa^a-a '<br />
de um nacionalismo oao e improdutivc, cue cai-* velho? cc-i-<br />
cios eleitorais, por isso r.e.amo quero concluir, Ser.hcres agraci_<br />
a<strong>do</strong>s, jonp palavras se excrtação: a História está despe,'anir -7^<br />
i-re o umbral ia nacionalidade brasileira, neste '/lonentc, 7 me<br />
lhor carpa de suas espermças e de sua realidade,, T não<br />
pode viver apenas de seu passa<strong>do</strong>, 0 pretérito nacion-jl, crono'.?<br />
gicanente, 3 muito curto• J» Brasil não pode viver apenas oensan<br />
<strong>do</strong> no seu porvirt o futuro e incerto, ê distante, # fugidio» /<br />
Brasil precisa viver, e esta viven<strong>do</strong>, io presente e para o presen<br />
te, e o presente e obra coie*iva de to<strong>do</strong>s nós, e graças a essa'<br />
obra é que o Urasil, no?e caninha, vode, altivo, pisar sobre as<br />
suas realidades e caminhar para a freme de cabeça erguida, co<br />
roada daa luzes que os aeua aonftoe acenderam a beira ie nossa '<br />
estrada"»"— Em nome <strong>do</strong>s agracia<strong>do</strong>s, usou da palavra o Sxce!en<br />
ilaaimo Senhor Ministro Aliomar Baleeiro» DO» Presidente <strong>do</strong> £<br />
gregio Supremo Tribunal Federal, assim se manifestan<strong>do</strong>: " Senhor<br />
Presidente Thélio da Costa ttonteiroj Penhor Professor Alfredc '<br />
Buzaid, eminente Ministro da Justiça, e aqui representande o chj?<br />
fe da Haçaoi Senhor Governa<strong>do</strong>r; Reverendíssimo Senhor Arcebispo<br />
nobres representantes <strong>do</strong> Poder Legislativo de nosso País; Penhc^<br />
res Presidentes de Tribunaisj autoridades, colegas, Excelentis-<br />
sima8 Senhoras, meus concidadãos, Raramente um mandato S iãc '<br />
grato ao coração, tão fácil de cumprir quanto este, de agrade -<br />
cer pelos concidadãos que tiveram o privilegio áe receber essa<br />
alta distinção que lhea conferiu o Egreg-to Tribunal Superior de<br />
<strong>Trabalho</strong>, e em meu proprio nome, esaa felicidade. ? u«g felici-<br />
dade, Senhor Presidente, porque, como acentuou ainda ha pouco, '<br />
em seu formoso disowrso, o eminente Ministro Victor ?.ussom
t«) ? Justiça io <strong>Trabalho</strong>i Aos qua ja ectão de cabelos bran<br />
cos, GOMO eu, una cerimônia como est.s evoca a árdua tarefa <strong>do</strong>s<br />
pioneiros aue, nciite Brasil, a duras penas criaram uma legislação<br />
social, uma previdência social e w-i to<strong>do</strong>s os brasileiros ilus<br />
trett -me contribuíram pedra a pedra, palmo a palmo pare construir<br />
essa politica legislativa* «s suas raizes mais longiquao, confes-<br />
so que eu próprio não sei. Acredito nue, no tempo da Monarquia,vã<br />
rios estadiotna não foram inec>tsiveic ao problema <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r,'<br />
naquela epoex, este era un escravo, e a maneira de defender o<br />
trabalho er$ quebrar 03 grilhões <strong>do</strong> cativeiro« Essa obra de então<br />
povoa, hoje, as páginas, os alpnedres da história elementar <strong>do</strong><br />
Brasil* .Vrtj -rreie, aqueles aue viveram nas grandes cidades, onde<br />
já bruxuleava o lomarn <strong>do</strong> desenvolvimento econômico, sobretu<strong>do</strong> no<br />
Rio, não eram aegoa -io nue ac passava no mun<strong>do</strong>, O eminente Presi-<br />
dente Thelio da Costa Monteiro evocou, aqui, a cadeia de fatos e-<br />
conÔmicos que provocaram crimes entre o capital 0 o trabalho. Re-<br />
feriu-se a revolução industrialj por certo, alguns brasileiros,na<br />
primeira metade <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>, não ignoravam que a revolução<br />
francesa, prometen<strong>do</strong> liberdade, igualdade, fraternidade em rela -<br />
ção ao trabalha<strong>do</strong>r, antigo ar tesão, pregara-lhe um logro, a esse<br />
logro foi denuncia<strong>do</strong> de maneira incisiva com a voz partida de um<br />
púlpito, uma voz, talvez não compreendida no seu nempo, mas que<br />
hoje> a posteridade reverencia - ainda há vouco, o eminente Proc«<br />
ra<strong>do</strong>r Marco Aurelio Prates de Mace<strong>do</strong> lembrou - a <strong>do</strong> Sacer<strong>do</strong>te t>a-<br />
cordaire que, venci<strong>do</strong>, apontou que, <strong>do</strong> invés de libertar-se, o o-<br />
perãrio, perden<strong>do</strong> as garantias das' corporações de origem medieval<br />
nada recebia em troca, era aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>» Por certo, os homens <strong>do</strong><br />
Império não ignoravam isso. Mas, so depois da primeira etapa, a<br />
<strong>do</strong> abolicionismo, ê que se podia pensar no trabalha<strong>do</strong>r 7Ivrr, e<br />
essa obra acompanhou os políticos da Primeira República, a tão ca<br />
luniada República Velha, Ministros desta Corte, como o ilustra '<br />
Fernan<strong>do</strong> Nóbrega, meu colega na Constiuição-j digo Constituinte de<br />
141
de mil novecentos e quarenta e seis, ainda conheceu Graco Car<strong>do</strong>so<br />
Poi ele, oveio, o primeiro parlamentar brasileiro a submeter ao<br />
Congresso projeto de lei sobrea acidente de trabalho, mais tarde<br />
consgra<strong>do</strong> como projeto Bezerra de Andrade, Mas quanto aos outros,<br />
9m mil novecentos e vinte e quatro, quase cinco anos depois de<br />
imortal oon/erencta de Ruy, a resps^ito da questão social na Campa<br />
nha de mil novecentos e dezenove, os anais <strong>do</strong> Congresso Brasilei-<br />
ro i*o0i*tram admiraueis debates entre o baiano Afrânio Peixoto e<br />
o sergipano Carvalho Neto sobre o que deveria ser o CÓdigo <strong>do</strong> Tra<br />
balho <strong>do</strong> Brasil, código eote nunca promulga<strong>do</strong>, mas que tem sua '<br />
missão desempenhada pela nossa conhecidíssima CLT« Eu não poderia<br />
de memória, recordar to<strong>do</strong>s os brasileiros sobretu<strong>do</strong> os que passa-<br />
ram pele Congreêso e que oontribuiram para esta verdadeira revoÍM<br />
ção paoifiea, continua, ininterrupta e. fecunda« Mas, não se pode,<br />
num momento aomo este, deixar de lembrar e elogiar o autor da pr£<br />
meira lei de Providencia Social no Brasil e Henrique Üodsworth,OH<br />
tor da primeira lei de ferias, de mil novecentos e vinte e cinco<br />
ou mil novecentos e vinte e neis} e o Projeto cento e vinte e oi-<br />
to/A de Agamennon Magalhães e <strong>do</strong> baiano Pacheco de Oliveira« Mais<br />
tarde, Pacheco de Oliveira deveria ter ação precipua na criação '<br />
•<strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong>s Comeraiãrios , Finalmente, aomo passo decisivo '<br />
<strong>do</strong> Governo provisorio, resultantk da revolução de mil novecentos<br />
e trinta, a obra inesquecível <strong>do</strong> grande gaúcho Lin<strong>do</strong>lfo Color, a<br />
serie de projetos sanciona<strong>do</strong>s pelo Senhor Getúlio Vargas, raciona<br />
lização <strong>do</strong> trabalho e varias medidas outras no auge da terrível<br />
depreciação economica que vinha desde mil novecentos e trinta- 5£<br />
guiu-se a Constituição de mil noveoentoe e trinta e quatro, que<br />
eriow como regra suprema a ,Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>• .Vão pode ela ser<br />
realizada, transformada em fatos nos anos conturba<strong>do</strong>s que se se-<br />
guiram â Constituição de mil novecentos fi trinta e quatro, mas,na<br />
minha vida de politico estaduni, cssisti aos comioioO, aos prést£<br />
tos, âs marchas <strong>do</strong>s operários baianos pedin<strong>do</strong> a imediata Consti -<br />
tuição ia Justiça <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, aue veio, enfim, em mil novecentos<br />
e quarenta e hum, Toda essa legislação, pouco .1 pouco construída<br />
142
fragmentadamente arrumada, veio a ser consolidada na Consolidação<br />
das Leis <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, e sobre ela se construiu a <strong>do</strong>utrina brasi -<br />
leira <strong>do</strong> Direito Social e, ao mesmo tempo, uma admirável -urisoru<br />
dência que preenche as lacunas da lei . Esta é a tarefa de Vossas<br />
Ezae lendas Juizes <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>• Receber essa condecoração represen<br />
ta paru coda un de nos uma vinculação, um compromisso, um senti-<br />
<strong>do</strong> Xe unidade com a obra òenemervta daqueles brasileiros pionei-<br />
ros, daquele.? legisla<strong>do</strong>res, daqueles homens de Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s gran-<br />
des Juises que, a luz da <strong>do</strong>u trina, realizaram este formidável cor<br />
po de direito que ê a legislação Brasileira <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>, legisla-<br />
ção no senti<strong>do</strong> amplo» Hoje comemoramos o primeiro àe maio, numa '<br />
tarde bem iluminada sob o sol brasileiro, nesta cidade de esperan<br />
ça, e sabemos que, por to<strong>do</strong> este Brasil, a data está sen<strong>do</strong> comemc_<br />
rada e que as metra<strong>do</strong>ras não estão na rua para conter os operã<br />
rios, os beleguins da policia não estão vigian<strong>do</strong> os líâeree sindi<br />
cais; e mesmo nos anos anteriores esta data não foi marcada por<br />
sangue e luto como tem si<strong>do</strong> em muitos paises, inclusive, em certa<br />
época, e verdade que remota, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s» -Os nossos primei^<br />
ros de maio não tem sangue, não tem lágrimas» pevemos isso a e3sa<br />
oonstrução daqueles pioneiros, daqueles legisla<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s nobres<br />
Juizes desta Casa e de todas as Casas onde se ministra julgamentos<br />
para dissídios entre patrões e operários, Mas, por grande, por ma_<br />
jesiosa, por imensa que seja essa obra, da qual to<strong>do</strong> brasileiro<br />
consciente se orgulha e envaidece, não chegamos ã icso final• O<br />
futuro está ai a -ieoafiar-nos e a pedir novas ampliações» .Vem to-<br />
<strong>do</strong>s os noventa c írtftf milhões de brasileiros \istãc cobertoc pela<br />
proteção da lei <strong>do</strong> trabalho e por esta Justiça« /•'ara citar w ca-<br />
80- conheci<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s nqs e de cada senhora na seu lar - av.e-t'?-<br />
mos pelas empregadas <strong>do</strong>mesticas - * verdad» ?ua r. > neoqur.cive '<br />
Presidente Humberto Castelo Branco deu o vrimoiro passo, nux<br />
crato que ainda nem foi regulamenta<strong>do</strong>» Não entrou na consciência<br />
<strong>do</strong> cidadão brasileiro que a melhor base para cumprimento
execução de uma lei - parece-me-é a própria consciência de qu
-JS-<br />
enfrentem os nobres problemas da população brasileira• Ja esten-<br />
demos essa legislação até o trabalha<strong>do</strong>r rural, e quero lembrar,a<br />
qui, o nome de um adversário meu, Fernan<strong>do</strong> Ferrari, que ao'n r -rx -<br />
í>ut'u imensamente para assa lei, S preciso que prossigamês nas me<br />
tas, A gala de uma fez ta oomo a de ho,ie, nas justas alegrias de<br />
quantos labutam nesta Justiça, no contentamento oívico de to<strong>do</strong>s<br />
os concidadãos que aqui estão, firmemos um pacto: cada um de<br />
nos, no campo
deecerramento da Plaaa Comemorativa, pronuncian<strong>do</strong>-se, em r.oir.e <strong>do</strong><br />
Tribunal, o Exoelentissimo Senhor Ministro Geral<strong>do</strong> Starlinn Soa-<br />
res, ten<strong>do</strong> o Excelentissino Senhor Juiz Delio Albu.*ucrqut Mara r<br />
nhaQ agradeci<strong>do</strong> a homenagem• Por último, no Salão 'obre, verifi-<br />
cowse à recpçao aos oonvida<strong>do</strong>a, E, pars constar, eu, Secretario<br />
<strong>do</strong> Tribunal, lavrei a presente ata que vai assinada pelo Excelen<br />
tíssimo Senhor Ministro Presidente e por mim subscrita - Brasilia<br />
ao primeiro dia <strong>do</strong> mes de maio <strong>do</strong> ano de mil novcentoa e setenta<br />
e um.<br />
THÊLIO DA COSTA XÖKTEIBO<br />
President« <strong>do</strong> <strong>TST</strong>,<br />
/ /<br />
JOSB BARBOSA DB MELLO SANTOS<br />
Secretário <strong>do</strong> Tribunal<br />
146