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DPVAT ACUMULA 12 MIL PROCESSOS EM GOIÂNIA - O Hoje

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10<br />

Mirelle Irene<br />

POLÍTICA<br />

ACPI que investiga o endividamento<br />

da Celg ao<br />

longo dos últimos 25<br />

anos recebeu ontem um<br />

levantamento preliminar realizado<br />

por técnicos do Tribunal de<br />

Contas do Estado de Goiás (TCE),<br />

que enfocou o período de1983 e<br />

1990. Na época, o Estado foi governado<br />

por Iris Rezende (1983-<br />

1985), Onofre Quinan (1986) e<br />

Henrique Santillo (1987-1990), todos<br />

do PMDB.<br />

“É a primeira vez que se faz<br />

um estudo sobre este período”, citou<br />

o presidente da CPI, o deputado<br />

Helio de Sousa. “Ele praticamente<br />

não havia sido auditado<br />

pelo TCE”, detalhou.<br />

Dessa triagem inicial, surgiu<br />

uma discrepância na operação de<br />

transferência da usina de Corumbá<br />

I para Furnas, em convênio iniciado<br />

em 1984 e concluído em<br />

1986. “Houve uma diferença, em<br />

termos de análise preliminar, de<br />

US$ 4 milhões, entre o que gasta-<br />

O HOJE<br />

TERÇA-FEIRA, 8 DE DEZ<strong>EM</strong>BRO DE 2009<br />

CELG RELATÓRIO PRELIMINAR DO TCE APONTA DISCREPÂNCIA DE VALORES <strong>EM</strong> TRANSFERÊNCIA DE USINA PARA FURNAS<br />

DEFASAG<strong>EM</strong> DE US$ 4 MI <strong>EM</strong> CORUMBÁ I<br />

mos e o que vendemos”, ou seja,<br />

entre o valor investido (em maquinário,<br />

por exemplo) e o montante<br />

final da venda, explicou depois<br />

à imprensa Helio de Sousa, já que<br />

a reunião foi fechada.<br />

Ele ressalva que a análise obedeceu<br />

um sistema muito complexo,<br />

que envolveu um sistema<br />

de conversões de moeda e de outros<br />

índices de indexação, como<br />

OTN, ORTN e IPCA, aplicados na<br />

época. “Assim, é muito relativa<br />

esta interpretação porque envolve<br />

um período de conversão de<br />

moeda em várias etapas”, fez<br />

questão de sublinhar.<br />

Corumbá, ainda em construção,<br />

passou da Celg para Furnas,<br />

e, em contrapartida, Furnas assumiu<br />

uma série de compromissos<br />

de dívidas da companhia, inclusive<br />

dívidas de fornecimento de<br />

energia, como com o grupo Peribas,<br />

na ordem de US$ 90 milhões.<br />

“A gente vê que a vida financeira<br />

da Celg sempre foi difícil,<br />

por vários fatores”, analisou, porém,<br />

ainda, o presidente, citando<br />

questões econômicas que o mundo<br />

vivia em 1982, como o choque<br />

do Petróleo ou a Crise do México.<br />

“Depois, temos que analisar que<br />

a Celg foi fomentadora do progresso<br />

do Estado em todos os períodos,<br />

inclusive este, e com certeza,<br />

as dificuldades vão se acumulando”,<br />

detalhou Helio, ainda.<br />

“Foi feito um grupo de trabalho<br />

para fazer o convênio, então<br />

por que se autorizou esta transferência?”,<br />

questionou o presidente,<br />

informando que cabe a investigação<br />

da CPI descobrir agora se<br />

os motivos da defasagem de valores<br />

encontrada seria investimentos<br />

feitos pela Celg para fomentar<br />

o progresso do Estado, ou<br />

investimento em hidrelétricas,<br />

ou, ainda, outras questões, como<br />

a situação de dificuldade que o<br />

País passou.<br />

Ele esclareceu que há também<br />

um outro fato novo, que a partir<br />

de agora será investigado pela<br />

CPI, ocorrido em 1989. “Foram<br />

transferidos para o Estado de Tocantins,<br />

na época, recém criado,<br />

uma série de hidrelétricas que<br />

pertenciam à Celg e que também<br />

foi investimento feito pela Celg<br />

mas o ressarcimento não foi para<br />

a Celg, e sim para o Estado de Goiás”,<br />

pontuou Helio de Sousa.<br />

AUDIÊNCIA PARA SE DEBATER APAGÕES<br />

O presidente da Comissão de<br />

Defesa dos Direitos do Consumidor,<br />

deputado José Nelto<br />

(PMDB), conduziu ontem uma<br />

audiência pública para debater<br />

os constantes blecautes de<br />

energia elétrica no Estado.<br />

Presente na reunião, o diretor<br />

da Celg, Augusto Francisco<br />

da Silva, disse que os indicadores<br />

da Celg para analisar os apagões<br />

estão satisfatórios, especialmente<br />

se os números forem<br />

comparados com os dos anos<br />

90. “Muitos apagões só ocorrem<br />

porque estamos trocando os<br />

equipamentos, estamos modernizando<br />

a empresa”, afirmou. “É<br />

preciso lembrar que a Celg é<br />

apenas distribuidora, nós compramos<br />

energia para distribuir<br />

PMDB<br />

de acordo com aquilo que o<br />

consumidor consome”, disse.<br />

O diretor disse também que a<br />

Celg jamais deixou de cumprir integralmente<br />

seu papel. “Em Goiás,<br />

o máximo de tempo que ficamos<br />

sem energia em novembro<br />

foi de 40 minutos, ao contrário do<br />

que ocorreu em São Paulo e outros<br />

Estados, onde o apagão durou<br />

várias horas”, concluiu.<br />

Já o promotor de Justiça Eric<br />

de Pina Cabral diz que as reclamações<br />

de apagões no Estado são<br />

constantes. “O diretor da Celg é<br />

bastante otimista, mas eu não vejo<br />

razões para comemorar, acho<br />

que devemos nos preocupar”,<br />

afirmou. Para o promotor, faltam<br />

investimentos. “Muitas cidades<br />

têm queda de energia três vezes<br />

no mesmo dia e muitas vezes as<br />

reclamações nem são registradas<br />

na Celg”, pontuou.<br />

CONVOCAÇÕES<br />

O presidente da CPI da Celg<br />

ainda informou que o trabalho<br />

de discussão de detalhes a partir<br />

de agora será via manifestação<br />

dos pedidos dos deputados<br />

membros da comissão. “A<br />

partir de agora os senhores deputados,<br />

já tendo o material,<br />

um pré-relatório, irão fazer as<br />

análises que quiserem, as convocações<br />

que quiserem”, citando<br />

técnicos tanto de de Furnas,<br />

quanto da Celg e da Eletrobrás,<br />

na questão da transferência<br />

de Corumbá I, como<br />

também de diretores e presi-<br />

INDEFINIÇÕES GERAM INCERTEZAS<br />

A indefinição do prefeito Iris<br />

Rezende em ser ou não ser candidato<br />

aliada à possibilidade de<br />

o presidente do Banco Central,<br />

Henrique Meirelles, ser indicado<br />

vice da presidenciável Dilma<br />

Rousseff (PT), coloca o PMDB<br />

numa situação de completa incerteza<br />

em Goiás para as eleições<br />

de 2010. Entre os líderes da<br />

corrente pró-aliança do PMDB<br />

com o PSDB – o advogado Ney<br />

Moura Telles e os ex-prefeitos de<br />

Cristianópolis, Juarez Magalhães<br />

Júnior e Antônio Lari, de Caiapônia–,<br />

continua inalterada a<br />

previsão que vinha sendo feita<br />

por eles desde o lançamento do<br />

movimento, no primeiro semestre<br />

deste ano, de que Iris não<br />

disputará o governo do Estado.<br />

Juarez Magalhães Júnior vai<br />

além da indefinição de Iris e de<br />

Meirelles e avalia que, diante<br />

das incertezas que aparecem no<br />

horizonte, o deputado Tiago<br />

Peixoto será convocado a representar<br />

o partido na corrida pelo<br />

governo. “O candidato será o Tiago<br />

Peixoto”, aposta. O advogado<br />

Ney Moura também diz não<br />

ter dúvida de que Iris não será<br />

candidato e que Meirelles não<br />

RECUPERAÇÃO<br />

O prefeito de Goiânia, Iris<br />

Rezende (PMDB), passou o dia<br />

de ontem em seu apartamento<br />

de repouso. Ele recebeu o<br />

secretário municipal de Saúde,<br />

Paulo Rassi, pela manhã e familiares<br />

à tarde.<br />

Iris recebeu alta hospitalar domingo.<br />

Ele foi internado no dia 29<br />

no Hospital Anis Rassi, em Goiâ-<br />

tem apoio junto às lideranças<br />

do partido para empunhar bandeira<br />

da sucessão.<br />

Em sua análise, o banqueiro<br />

tem mais chances de ser<br />

candidato a vice-presidente da<br />

República do que a governador<br />

do Estado. Ainda sobre Iris Rezende,<br />

avalia que ele não será<br />

candidato para não ter de entregar<br />

a Prefeitura ao PT, com<br />

quase três anos. Iris, segundo<br />

ele, vem realizando excelente<br />

administração na capital, mas<br />

nia, devido a uma semioclusão<br />

intestinal e recebeu alta no dia seguinte,<br />

mas foi internado novamente<br />

no Instituto de Neurologia<br />

de Goiânia na última terça-feira,<br />

onde fez cirurgia para desobstrução<br />

de parte do intestino e retirada<br />

da vesícula.<br />

O gastroenterologista Hélio<br />

Moreira, que acompanhou o pre-<br />

Demian Duarte<br />

Advogado Ney Moura Telles: Iris não deixaria Prefeitura com PT<br />

avalia que uma eventual renúncia<br />

do prefeito ao cargo no<br />

começo de abril do próximo<br />

ano, para disputar eleição, não<br />

seria bem assimilada pela população.<br />

O que não se sabe<br />

ainda é se, na hipótese de nem<br />

Iris nem Meirelles se dispor a<br />

entrar na corrida pela sucessão<br />

em Goiás, o PT concordaria em<br />

se aliar com o partido, tendo<br />

como candidato o deputado<br />

Tiago Peixoto ou outro nome<br />

do PMDB. (Divino Olávio)<br />

PREFEITO PASSA DIA <strong>EM</strong> APARTAMENTO<br />

feito durante as internações, havia<br />

recomendado na última semana<br />

dez dias de repouso, mas,<br />

de acordo com Rassi, o prefeito<br />

retornará às atividades no Paço<br />

Municipal nesta semana. Segundo<br />

ele, Iris passa bem e deverá<br />

continuar de repouso até voltar a<br />

se alimentar normalmente.<br />

(Charles Daniel)<br />

Denise Xavier<br />

Deputado Hélio Sousa: “Primeira vez que se faz um estudo sobre o período entre 1983 e 1990”<br />

dentes daquele período como<br />

possíveis alvos das convocações.<br />

“A melhor maneira seria<br />

no sentido de convocar (os<br />

nomes) no sentido de elucidar<br />

que motivos levaram a esta<br />

transferência”, acredita.<br />

Helio de Sousa sugere ainda<br />

que o foco das investigações sobre<br />

o endividamento da Celg seja<br />

mais abrangente. “Estamos<br />

questionando quanto a Celg deve,<br />

mas precisamos também descobrir<br />

quanto a Celg tem para receber<br />

do governo federal, estadual<br />

ou da Eletrobrás”, disse. O presidente<br />

da comissão informou<br />

também que o próximo período<br />

a ser investigado pela CPI será o<br />

de gestões de1991 a 1994. (M.I.)

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