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Férias - Fri-Luso - Sapo

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N.° 61 Setembro<br />

FL<br />

FRIBOURG<br />

1996 2011 2010<br />

-<br />

“ Portugal existe onde existe um português ”<br />

JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG<br />

FRI LUSO<br />

LITERATURA • OPINIÃO • POESIA • COMENTÁRIOS • HUMOR • HORÓSCOPO<br />

Humberto Pinho 2<br />

COMO SE<br />

AVALIA EM<br />

PORTUGAL...<br />

E NÃO SÓ!<br />

Laurentino Sabrosa 3<br />

Eu<br />

e o meu<br />

gato...<br />

Eclips 11<br />

www.venuscreations.ca<br />

Biografia<br />

ECLIPS<br />

<strong>Férias</strong><br />

<strong>Férias</strong> designa o período de descanso a que têm<br />

direito empregados, servidores públicos, estudantes<br />

etc., depois de passado um ano ou um<br />

semestre de trabalho ou de atividades. Provém<br />

do latim 'feria, -ae', singular de 'feriae, -arum', que<br />

significava, entre os romanos, o dia em que não se<br />

trabalhava por prescrição religiosa.<br />

Filomena Gomes Camacho 20<br />

O IDOSO<br />

A palavra latina encontra-se também na denominação<br />

dos dias da semana do calendário elaborado<br />

pelo imperador romano Constantino, no<br />

século III d.C., que os santificou com o nome de<br />

'feria' e o sentido de comemoração religiosa:<br />

'Prima feria, S ecunda feria, Tertia feria, Q uarta<br />

feria, Quinta feria, Sexta feria e Septima feria'. No<br />

século IV, ainda por influência da Igreja, 'prima<br />

feria' foi substituído por 'Dominicus dies'(dia do<br />

Senhor) e 'septima feria' transformou-se em 'sabbatu',<br />

dia em que os primeiros judeus cristãos se<br />

reuniam para orar. A língua portuguesa foi a única a manter a palavra 'feira' nos nomes dos dias de semana.<br />

Em Portugal, o código do trabalho, estabelece o período de 22 dias úteis, como limite mínimo do direito a<br />

férias, sendo esse limite susceptível de alargamento por efeito da assiduidade do trabalhador, no ano a que as<br />

férias se reportam. Este regime tem subjacente, o objetivo de combater o absentismo através de um prémio<br />

aos trabalhadores, que pode chegar a mais 3 dias de férias, além dos 22 previstos na lei, permitindo assim até<br />

aos 25 dias úteis.


2 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

Humberto Pinho da Silva<br />

http://solpaz.blogs.sapo.pt<br />

COMO SE AVALIA EM PORTUGAL…<br />

E NÃO SÓ!<br />

Os meus caros leitores já repararam que o valor de um homem não é medido apenas pela cultura<br />

ou saber, mas mormente pela ideologia que professa ou diz professar, pela tertúlia que frequenta,<br />

pelo curso que possui, e pela família a que pertence ?!<br />

Surge jovem escritor e imediatamente os companheiros da política tecem rasgados encómios e<br />

proclamam na media: “ Já não é promessa. Não senhor: é escritor sublime”; e os “críticos” que<br />

cresceram à sombra do partido do neófito, proclamam em espasmos: “Apareceu uma nova<br />

estrela no universo da literatura!”<br />

E o povo, que não quer parecer ignorante, lê ouve, escuta e repete com enfeze : “ Sim senhor, é<br />

um grande prosador!”, e corre ao livreiro em busca da obra para oferecer à esposa, parente ou amigo que é doutor, e tem ar de<br />

intelectual.<br />

Se o jovem é de direita é asno para a esquerda; se quem o editou é de esquerda, os escritores e críticos que vivem à sua sombra,<br />

urdem louvores, enquanto os intelectuais de direita, desancam impiedosamente no jovem literato, acusando de não ter estilo ou<br />

não conhece a gramática.<br />

Mas, como se costuma dizer: falem de mim, mesmo que seja mal, o novo literato cria nome e acumula o editor bom pecúlio.<br />

Sempre assim foi e assim será. Sem mecena, sem partido que o apadrinhe, só lhe resta ser escritor-editor, e ofertar os volumes aos<br />

amigos, que lhe batem animadamente nos omoplatas, declarando em tom conselheiro: “Continua que vais chegar longe! Tens<br />

habilidade!….Continua!…..”<br />

Se não obtêm proventos para publicar a obra, nem patrocinador, nem consagrado que o apresente a livreiro, nem figura de vulto<br />

na política, que consiga subsídios, pode saltar seca e Meca que não deslumbra quem lhe valha; passa, então a ilustre desconhecido,<br />

que escreve para a gaveta.<br />

Prémios e concursos, em regra, destinam-se a promover amigos e camaradas de cenáculo. Há excepções; mas como distingui-los,<br />

quando não se conhece o meio?<br />

Dizia-me, desanimado neófito, conhecedor dos meandros do sucesso: “Eu concorria com o romance, mas o jure é formado por<br />

homens de direita!...“ Quando se constrói a capela, já se conhece o santo, que vai para o altar, já dizia o amigo Silvério, que já lá<br />

está, ao referir-se a concurso aberto na empresa, onde trabalhava.<br />

O que ocorre ao escritor, acontece, igualmente , ao artista plástico, cançonetista, músico, e também na empresa publica, ao manga<br />

d’alpaca ou ao senhor doutor, se não milita no núcleo profissional do partido do poder.<br />

O que digo não é novidade, já foi passado a letra de forma por Cruz Malpique, Moura e Sá e outros iminentes ensaístas. Se trago a<br />

publico é porque há muita hipocrisia e nenhuma vontade de abordar o tema Talvez esse obscurantismo interesse a muitos, que<br />

alcançaram o topo, sabe Deus porque meios.<br />

Se o leitor duvida, aconselho a ir à biblioteca mais próxima e consultar “O Primeiro de Janeiro” de 29/05/90, e buscar o brilhante<br />

artigo de Maria da Glória Padrão; ou abrir “ O Comércio do Porto” de 23/11/95, e ler “Prémio União Latina entregue ao deus-dará”;<br />

ou, no mesmo matutino, mas de 23/11795, a denuncia de jornal sueco: “ Nobel de Saramago foi fruto de publicidade”. Pode ,<br />

também consultar: o artigo de Ricardo Stocker, publicado in “ O Regional” de 20/10/90, “ A história triste de um concurso”e<br />

seguintes; o artigo de António Barreto: “O Tacho”, publicado no “Público” de 07/03/99; ou o editorial do mesmo jornal, vindo a lume<br />

a 12/03/02; e finalmente pode ler o simpático periódico da Igreja “ O Diário do Minho” de 11/10/01, “ Adulteração de concursos: uma<br />

forma de corrupção”, e diga-me depois se tenho ou não carrada de razão. Humbertopinhosilva@sapo.pt<br />

Humor HOSPITAL PÚBLICO<br />

- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse<br />

informações sobre os doentes. Queria saber se determinada pessoa está<br />

melhor ou se piorou...<br />

- Qual é o nome do doente?<br />

- Chama-se Celso e está no quarto 302.<br />

- Um momentinho, vou transferir a chamada para o sector de enfermagem...<br />

- Bom dia, sou a enfermeira Lurdes. O que deseja?<br />

- Gostaria de saber as condições clínicas do doente Celso do 302, por favor!<br />

- Um minuto, vou localizar o médico de serviço.<br />

- Aqui é o Dr. Carlos, de serviço. Em que posso ser-lhe útil?<br />

- Olá, Sr. doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre o estado de<br />

saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.<br />

- Ok, vou consultar a ficha do doente... Só um instante!<br />

- Ora aqui está: ele alimentou-se bem hoje, a tensão arterial e a pulsação<br />

estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do<br />

monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável<br />

dar-lhe-á alta em três dias.<br />

- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias óptimas! Que alegria!<br />

- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da<br />

família!?<br />

- Não, sou o próprio Celso que telefona daqui do 302!! É que todo mundo<br />

entra e sai do quarto e ninguém me diz a ponta de um corno... só queria<br />

saber se estava melhor?!


FRI -LUSO<br />

Laurentino Sabrosa<br />

laurindo.barbosa@gmail.com<br />

PSeu Amor por nós, basta-<br />

ara eu aceitar a vontade<br />

de Deus e vislumbrar o<br />

-me atentar nas relações que<br />

eu tenho com o meu gato.<br />

O meu gato é um animal já<br />

velho de catorze anos, que só<br />

me dá trabalho. Não é encantador<br />

pela inteligência e não é<br />

daqueles que são a vaidade<br />

dos seus donos nas<br />

exposições de felinos de luxo.<br />

Ele nunca me faz a vontade,<br />

apesar de a única coisa que eu<br />

gostava dele é que me servisse<br />

de botija a aquecer-me os pés,<br />

num cesto em que ele tanto<br />

gosta de estar enroscado. Pois<br />

quando eu pretendo que ele<br />

continue no cesto, lá foge ele<br />

do cesto, a não ser que eu lá<br />

ponha um saco de água<br />

quente, coisa que eu queria<br />

evitar, porque acho pouco<br />

salutar para os meus pés.<br />

Ele não compreende os meus<br />

quereres, nem mesmo quando<br />

é para seu bem. Há tempos<br />

tive de o levar ao veterinário.<br />

Tive de o forçar, e, eu e o<br />

médico, arriscamo-nos a umas<br />

arranhadelas. Se ele tem<br />

pensamento, pensou que eu<br />

tinha deixado de gostar dele e<br />

que fazia as coisas por birra ou<br />

maldade. Porque se ele tem<br />

pensamento, pensa que só<br />

gosto dele quando lhe dou a<br />

comidinha e a quenturinha de<br />

que tanto gosta, não dando<br />

qualquer valor ao facto de ter<br />

uma sanita cheirosa e sempre<br />

limpa, e ao facto de ter vários<br />

quartos com alguns tapetes<br />

para se deliciar a afiar as suas<br />

unhas. O meu gato gosta de se<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

EU E O MEU GATO, EU E O MEU DEUS<br />

Autor: Laurentino<br />

enroscar no meu colo ou de se<br />

aninhar nos meus ombros, mas<br />

eu nem sempre lhe permito<br />

isso, ou porque me suja a gola<br />

do casaco e o colarinho da<br />

camisa, ou porque quer fazer<br />

desse poiso alcatifa, com pelo<br />

arrepelado pelas suas unhas<br />

para melhor lhe sentir a<br />

macieza. Quando isso sucede,<br />

tenho de o evitar, mas como<br />

ele quer muito aquilo que lhe<br />

apetece, tenho de o repelir, às<br />

vezes com um safanão, e lá vai<br />

ele, zangado, a miar, alto e bom<br />

som, que mais parece uma<br />

ovelha a barregar.<br />

Ele não compreende porque é<br />

que uma vezes lhe fecho a<br />

porta do meu quarto e outras<br />

vezes não; ele não compreende<br />

que eu para o ter no<br />

meu colo ou nos meus<br />

ombros, tenho de ter roupa<br />

apropriada, porque a “roupa”<br />

dele quase sempre é incompatível<br />

com a minha; ele não<br />

compreende que enfiar-se nos<br />

meus lençóis e dormir comigo<br />

por causa da quenturinha, é<br />

felinamente confortável mas<br />

humanamente pouco recomendável.<br />

Apesar destas suas<br />

incompreensões e de ele não<br />

me ter qualquer serventia,<br />

nem sequer para me aquecer<br />

os pés, eu amo o meu gato.<br />

Porquê? Nem sei bem, talvez<br />

seja mesmo incompreensível.<br />

E, então, eu penso. Se o meu<br />

gato é velho e sem préstimos e<br />

eu, mesmo assim, gosto dele,<br />

porque é que Deus não nos<br />

há-de amar, apesar de muitas<br />

vezes sermos uns inúteis e uns<br />

ingratos? Se o meu coração e a<br />

minha razão têm vontades e<br />

razões que a razão e o coração<br />

do meu gato desconhecem,<br />

por que não há-de Deus ter<br />

razões e projectos que para<br />

nós são inacessíveis? O meu<br />

gato nunca me faz a vontade –<br />

e eu, muito possivelmente,<br />

perante Deus sou igual;<br />

perante as minhas vontades e<br />

os meus quereres que o meu<br />

gato não compreende, ele<br />

amua, foge, berra – e eu<br />

perante Deus sou igual: choro,<br />

lamento, desespero e penso<br />

que Deus está a ser injusto<br />

para comigo; o meu gato não<br />

faz aquilo que eu queria dele a<br />

aquecer-me os pés – e eu<br />

perante Deus sou igual: raras<br />

vezes farei aquilo que Deus<br />

esperava de mim; o meu gato<br />

todo se consola quando lhe<br />

permito o que ele quer, e<br />

pensa que só gosto dele<br />

nesses momentos – e eu<br />

perante Deus sou igual : se o<br />

meu gato por vezes julga que<br />

lhe faço coisas por birra ou<br />

maldade, eu, quando as coisas<br />

não me correm de feição, fico a<br />

pensar que Deus não me ama,<br />

lamento-me, amuo, fujo e,<br />

ainda, o que é pior, especialmente<br />

se Deus é obrigado a<br />

dar-me um safanão, a cair na<br />

tentação de pensar que Ele<br />

não existe; Deus concede-nos<br />

grandes coisas que, por muito<br />

repetidas, se tornam pequenas<br />

coisas a que passamos a não<br />

dar valor – tal como o meu<br />

gato, que só aprecia a comida<br />

3<br />

e a quentura, não valorizando<br />

a sanita higiénica, o cesto onde<br />

sibariticamente se pode enroscar<br />

e os tapetes que eu lhe<br />

faculto para afiar as suas<br />

unhas. Mas o meu gato não<br />

tem responsabilidades especiais<br />

para comigo, e eu tenho<br />

responsabilidades especiais<br />

para com Deus.<br />

Se eu penso nisto, e verifico<br />

que se da minha parte para o<br />

meu gato tudo tem uma razão,<br />

então da parte de Deus para<br />

comigo e para com todos nós,<br />

em tudo tem de haver um<br />

sentido, sejam males pessoais,<br />

sejam tragédias universais.<br />

Acabo por concluir que o meu<br />

gato tem, afinal, muito mais<br />

préstimo do que a princípio eu<br />

pensava, porque me leva a<br />

concluir que eu perante Deus<br />

sou muito pior que ele perante<br />

mim, o que me leva a um<br />

desejo de me corrigir. Deus me<br />

conserve o meu gato, ou, pelo<br />

menos, a sua memória, para<br />

que eu possa, observando ou<br />

lembrando os seus procedimentos,<br />

ter mais uma ajuda<br />

para aceitar a Sua vontade e<br />

vislumbrar o Seu Amor. E para<br />

que, amando o meu gato,<br />

mesmo quando ele já tiver ido,<br />

eu possa dar a Deus uma prova<br />

de que através dele amo<br />

também toda a Criação.


4 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

Poesia<br />

Páginas abertas à Poesia Lusa<br />

O DIA DOS TEUS ANOS<br />

Hoje, o teu aniversário estou lembrando<br />

Faltam palavras para as saudades exprimir<br />

Tudo na minha alma vai recordando<br />

Não sei como sozinha, calar o meu sentir<br />

Fazias mais três anos que eu, meu amor<br />

Deixaste-me muito cedo, e eu sonhava<br />

Que um dia já velhinhos a vida se passava<br />

Bem juntinhos, com os netos em redor<br />

Cá em casa havia nesta data uma festinha<br />

Todos giravam à tua volta alegremente<br />

Os nossos filhos compravam uma prendinha<br />

Com beijinhos ta ofereciam , ternamente<br />

Eras o Esposo, o Pai, o Avô, o Amigo<br />

O nosso conselheiro, o nosso defensor<br />

Deus te levou há muito tempo consigo<br />

Por ti ,rezo minhas preces ao CRIADOR<br />

Fernanda Lúcia<br />

AVISO À MOCIDADE<br />

"Não te lembres dos pecados<br />

da minha mocidade"!<br />

Salmo 25(Hebr.):vers.7.<br />

Tudo é rir e folgar, ó mocidade,<br />

enquanto o sangue, fresco, à face vem:<br />

não esqueças, todavia, que essa idade,<br />

pode ser o teu mal, pode ser bem.<br />

Ri e folga, sim, que a vida é Primavera:<br />

a vida é uma roseira, toda em flor!<br />

- Por isso mesmo, tens sempre à tua espera<br />

os acúleos ferozes, que são dor!...<br />

- Depois do Verão, terás Outono e Inverno:<br />

não seja, a Primavera, o triste inferno<br />

dos dias outonais, ou invernosos!<br />

Cuida, muito ao contrário, sejam belas,<br />

as estações do fim: PARA VIVÊ-LAS<br />

EM PAZ COM DEUS, por dias descuidosos.<br />

PINHO DA SILVA - Vila Nova de Gaia, Portugal<br />

PRAIA DA RAINHA<br />

Quem deslumbra o Litoral<br />

Ali à Costa juntinha<br />

No mais dourado areal<br />

Fica a PRAIA DA RAINHA.<br />

Suas dunas naturais<br />

Quase beijadas plo mar<br />

Onde quando há vendavais<br />

As gaivotas vão poisar.<br />

As acácias verdejantes<br />

Perfumam o ambiente<br />

Convidando os visitantes<br />

Pra este espaço atraente.<br />

Amplo estacionamento<br />

Quase todo calcetado<br />

E sem grande agitamento<br />

De acesso facilitado.<br />

Sua água cristalina<br />

Ondas com moderação<br />

São na areia limpa e fina<br />

Paraíso de Verão.<br />

Praia muito procurada<br />

Também preferida minha<br />

Por muitos considerada<br />

Ser das praias a RAINHA !...<br />

Euclides Cavaco<br />

O ÚLTIMO SONETO<br />

Lino Vitti<br />

Tudo na vida, sob o tempo, passa<br />

Voam os anos tal e qual as aves.<br />

Pousam as cinzas, mas não a fumaça<br />

A vida é oceano, somos nós as naves.<br />

Hoje sucessos, amanhã desgraça,<br />

Ora alegria, ora tristezas graves.<br />

A dor profunda ao bem-estar se abraça...<br />

Contrastes, ilusões, coisas instáveis.<br />

Prossigamos porém que a vida é linda<br />

Existe nela o amor que nunca finda,<br />

Os sonhos, a esperança, o riso, o pranto.<br />

Mais não queiramos pois a vida é curta,<br />

O tempo é qual ladrão que tudo furta,<br />

Dela nos rouba todo o bem e encanto.<br />

A MINHA CASA VELHINHA<br />

MOTE<br />

A minha casa velhinha,<br />

Onde viveu minha mãe,<br />

Perdeu a graça que tinha,<br />

É um hoje um lar sem ninguém!<br />

GLOSA<br />

“A minha casa velhinha”<br />

Sita no centro de Góis,<br />

Tinha dentro uma “andorinha”,<br />

Cantavam lá rouxinóis! …<br />

Este lar acolhedor,<br />

“Onde viveu minha mãe,”<br />

Lembrava, com muito amor,<br />

A lapinha de Belém!<br />

Casa, se inda me acarinha,<br />

É já um deserto, apenas,<br />

“Perdeu a graça que tinha,”<br />

Só não voaram as penas!<br />

Vivenda do meu recreio…<br />

Muita Saudade contém.<br />

Se foi ninho alegre e cheio…<br />

“É hoje um lar sem ninguém!”<br />

À minha saudosa mãe<br />

2 de Maio de 2010<br />

Clarisse Barata Sanches<br />

Rosas<br />

Bonitas rosas virtuais,<br />

Pelo melhor que a vida tem.<br />

Assim os dias não são iguais,<br />

Cantemos juntos seu refrém:<br />

Rosas lindas me envias,<br />

Sorrisos eu te reservo.<br />

Melhor do que as palavras,<br />

É na vida ser teu servo.<br />

Jorge Vicente<br />

Envie os seus poemas para serem publicados nesta página


FRI -LUSO<br />

"Para que haja entendimento."<br />

(Reflexão)<br />

Sem juízos erróneos<br />

que funcionem os neurónios<br />

- Discussões!? …<br />

Há que as evitar<br />

abafar a teimosia<br />

por um sorriso<br />

no dia-a-dia!<br />

Vem…palavra de “Amor”<br />

no fluir de amar!<br />

Banir esse «Poderio»<br />

com direcção ao desvio.<br />

Defrontamos a palavra «MIL»<br />

a discriminação se confirma,<br />

mulher despida e nua<br />

desse racial político<br />

e religioso da «Maçonaria»<br />

que até dói,<br />

replicou o Pedro Valdoy<br />

testemunhou, com fundamento<br />

para que haja entendimento!...<br />

Basta pensar…<br />

P’ra ficar de pé<br />

E mostrar como é…<br />

Pinhal Dias (Lahnip) – Amora / Portugal<br />

A DOCE ENFERMEIRA<br />

Que bela a profissão de enfermeira,<br />

Sempre que devotada com amor!<br />

Uma carícia amiga à nossa beira<br />

É muitas vezes bálsamos na dor!<br />

Admiro quem abraça esta carreira<br />

E a segue desde jovem com fervor;<br />

Consagrar ao enfermo a vida inteira<br />

Não pode haver no mundo ideal maior.<br />

Dentro de um Hospital o que seria<br />

Sem essa alma nobre noite e dia<br />

A vigiar o nosso bem-estar?!<br />

Se uma doce enfermeira está presente<br />

E vai deixando esp´ranças no doente,<br />

Nós vemos Deus, aqui, em seu lugar.<br />

Clarisse Barata Sanches<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Ser poeta é ter vida<br />

Ser poeta é ter vida e sonhar.<br />

É amar e crescer na inocência,<br />

Até chegar à idade maior,<br />

e, saber que fazer da vida!<br />

Ser poeta talvez!?<br />

Nem que seja simplesmente,<br />

pela única vez!<br />

Em sonho.<br />

Por isso vivo a sonhar,<br />

na realidade virtual.<br />

Sonho sim, por ser humano,<br />

e, mortal.<br />

Enfim!<br />

Sonho...<br />

Sonho que sou poeta louco,<br />

e, intelectual…<br />

Sonho porque tenho vida!<br />

Saudades de ser poeta,<br />

nem que seja apenas por um pouco...<br />

autor: Quelhas<br />

O SORRISO DE DEUS<br />

Pedro Valdoy<br />

No Encanto de uma flor<br />

sente-se o Aroma de Deus<br />

o canto dos anjos<br />

com o sorriso das estrelas<br />

São milagres que dançam<br />

na natureza simples<br />

por vezes complexa<br />

mas Deus está lá<br />

Ah o milagre sim o milagre<br />

de um novo regresso<br />

na protecção do Senhor<br />

Onde o sorriso se espalha<br />

pelo Universo gigantesco<br />

mesmo de uma simples flor<br />

com o seu esplendor<br />

É a beleza de Deus<br />

o aroma celestial<br />

no silêncio terno<br />

pacífico...<br />

P O E T A S<br />

Oh poeta, eterno sonhador<br />

Flutuando no etéreo irreal<br />

Em permanente idealidade<br />

Se acordares de teu torpor<br />

Logo cairás desse pedestal<br />

Para estatelar-te na realidade<br />

Envie os seus poemas para serem publicados nesta página<br />

5<br />

Poeta sonha pela humanidade<br />

Devaneios de alma torturada<br />

Chegando ao fundo de seu SER<br />

Mas essa é sua realidade<br />

Cujos pontos de partida e de chegada<br />

Se confundem no amanhecer<br />

Ser poeta é ter mente pueril<br />

É melhor enxergar que o falcão<br />

É mais alto voar que o condor<br />

É ser algo épico, forte, viril<br />

É ousar mais que seu irmão<br />

É não temer a morte nem a dor<br />

Dos poetas alguns dizem serem loucos<br />

Outros, que não vivem neste mundo<br />

Como se tratasse de anormais<br />

Os verdadeiros poetas são poucos<br />

Sendo pois, excepção, no fundo<br />

Portanto, desiguais dos iguais<br />

JVerdasca<br />

Gaiolas Douradas<br />

Não me prendas tu,<br />

Em gaiolas douradas<br />

Nem pretendas<br />

Cortar as minhas asas<br />

Que só querem alcançar<br />

O mais profundo infinito<br />

E elevar os meus sonhos<br />

Até às longínquas Estrelas.<br />

Deixa eu libertar<br />

Pelo espaço...um estridente grito<br />

Deixa a minha alma se alimentar<br />

De tudo ou de nada<br />

Porque eu sou como o Vento<br />

Que não conhece morada<br />

E como as ondas do Mar<br />

Em perpétuo movimento.<br />

Se me quiseres prender de verdade<br />

Deixa transparecer a tua emoção,<br />

Usa os laços da sinceridade<br />

E prende-me sim ao teu coração.<br />

São Tomé


6 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

AMA A NATUREZA<br />

Lino Vitti<br />

( Príncipe dos Poetas Piracicabanos)<br />

A cada despertar do dia jovem<br />

Eis que desperta a luz de uma esperança.<br />

Os sonhos, em tua alma, alegres chovem,<br />

Chovem horas felizes de bonança.<br />

Não importa que os outros desaprovem<br />

Teus impulsos de amor e intemperança.<br />

Tuas lágrimas, pobres, não comovem,<br />

Nem sequer teu sorriso de criança.<br />

Entanto aceita a luz que o dia manda,<br />

Ouve a mensagem da carícia branda<br />

Que traz consigo a brisa cortezã.<br />

A cada vir do sol desperta e grita<br />

E, se a alma tens preocupada e aflita,<br />

Ama a luz, ama o sol, ama a manhã.<br />

Sardinhada<br />

Repara, na sardinha ó Zé<br />

Está mesmo apetitosa<br />

Vamos já comê-la, até,<br />

E mesmo sem muita prosa.<br />

Comemos duas ou três<br />

Pois quando estão bem assadas<br />

Sabem bem, de quando em vez,<br />

Com as nossa gargalhadas.<br />

Com um Douro à mistura<br />

E muito fumo no ar<br />

Ela passa nessa altura<br />

Prá gente a saborear.<br />

Um brinde à nossa saúde,<br />

E a toda a gente também<br />

Que corra como um açude;<br />

Bebamos em paz e bem.<br />

PRIMEIROS CABELOS BRANCOS<br />

A primeira câ ou ruga que vimos no espelho,<br />

Vem dizer:-- Atenção o Inverno está perto,<br />

Tem cuidado, muito breve de neve está coberto,<br />

E, oxalá, os virús, não cheguem ao “aparelho”!<br />

Isto custou muitos anos chegar, aqui, certo<br />

Tinha que vir esta espécie d’escaravelho,<br />

Cabelos brancos é, o outonal folhelho,<br />

Que até te fica bem, é chique descoberto!<br />

São madeixas (ainda poucas) de finíssima prata,<br />

Que dizem: -- Chegou enfim tua vida pacata,<br />

Com tempo pra tudo, calma todas as manhãs…<br />

Aproveita em Paz tua nova vida, assim<br />

Este inverno surge, traz algum “capim”,<br />

Que não notas, há tinta certa pra essas cãs!<br />

Nelson Fontes<br />

ALMA DE POETA<br />

Ivanete Degaspari<br />

Gosto de fazer poesias,<br />

penso nisso noite e dia.<br />

Busco sonhos, realidades<br />

o que me aconteceu de verdade,<br />

e o que temo acontecer.<br />

As coisas que a tevê exibe<br />

e tudo o que presencio na natureza,<br />

se alegria, se tristeza.<br />

Amo o joguete de palavras,<br />

ora riem comigo,<br />

ora riem de mim.<br />

Ora choro em seu ombro amigo,<br />

ora chamo de loucura este amor,<br />

repleto de rimas, repleto de dor.<br />

É assim, talvez mais, talvez menos...<br />

Este é meu jeito,<br />

tresloucado, diferente<br />

de dizer o que se sente.<br />

Na verdade eu vivo disso,<br />

prazer puro, leveza total,<br />

agonia, baixaria, carnaval.<br />

Nas linhas descobertas, segredos,<br />

nas estrelinhas sabe lá Deus o que vem.<br />

Nas tempestades, nas calmarias,<br />

nos sofrimentos, nas alegrias...<br />

Que seria de mim, meu amigo,<br />

se não me abrisse em POESIA?!<br />

COLARINHOS BRANCOS<br />

Renã Leite Pontes<br />

Dedicado à memória de Luis Vaz de Camões.<br />

Quem lhe chamou poeta vagabundo,<br />

pródigo, torpe, e de escritor anão,<br />

autor de um “poemeto de ancião”,<br />

taxando-lhe de louco e de infecundo.<br />

Jorge Vicente<br />

Envie os seus poemas para serem publicados nesta página<br />

Quem boicotou-lhe de modo iracundo<br />

e aos seus escritos fez consternação,<br />

negando a nobre manifestação<br />

do verso heroico mais lindo do mundo.<br />

Ele encantou com seu metro exemplar.<br />

cumpriu solenemente o seu dever<br />

e ousou aos portentados perguntar:<br />

Quantos decênios, quantos solavancos<br />

precisa o povo pra reconhecer<br />

aos seus algozes colarinhos brancos?<br />

VANDALISMO<br />

Augusto dos anjos (1884-1914)<br />

Meu coração tem catedrais imensas,<br />

Templos de priscas e longínquas datas,<br />

Onde um nume de amor, em serenatas,<br />

Canta a aleluia virginal das crenças.<br />

Na ogiva fúlgida e nas colunatas<br />

Vertem lustrais irradiações intensas<br />

Cintilações de lâmpadas suspensas<br />

E as ametistas e os florões e as pratas.<br />

Como os velhos Templários medievais<br />

Entrei um dia nessas catedrais<br />

E nesses templos claros e risonhos.<br />

E erguendo os gládios e brandindo as hastas,<br />

No desespero dos iconoclastas<br />

Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!<br />

Envie os seus poemas para serem publicados nesta página


FRI -LUSO<br />

Planta-forma do projecto...<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Monumento comemorativo do Centenário da República,<br />

pelo escultor Povoense a viver em Zürich, Jorge Campos,<br />

ficou nos lugares cimeiros... Viva a cultura! Viva Portugal!<br />

A Câmara Municipal de Lisboa lançou um concurso público aberto à comunidade artística, designers,<br />

arquitectos e arquitectos paisagistas, para a criação de um monumento comemorativo do<br />

Centenário da República. O procedimento visa seleccionar 5 (cinco) trabalhos de concepção do<br />

projecto.<br />

A iniciativa de lançar o concurso para a criação do monumento comemorativo do Centenário da<br />

Implantação da República resulta de uma proposta aprovada pelo executivo municipal subscrita<br />

pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa.<br />

Pela importância que a cidade Lisboa assumiu como palco de acontecimentos relevantes inscritos na História da República em<br />

Portugal, pretende o município com esta iniciativa e com a concepção e colocação no espaço público de um monumento, assinalar<br />

o corolário das comemorações, ligando o passado ao presente e ao futuro.<br />

A localização prevista para implantação do monumento é o cruzamento da Avenida da República com a Avenida de Berna, na Freguesia<br />

de Nossa Senhora de Fátima.<br />

Biografia: Planta-forma do projecto...<br />

Centenário da Implantação da Republica.<br />

Monumento Comemorativo do primeiro centenário da República. Este monumento considera a implantação da Republica na<br />

História da Nação Portuguesa, comemorada no ano 2010,e è composta por 100 pilares em granito que simbolizam os cem anos<br />

desde que o regime republicano foi instaurado em Portugal. O monumento è composto por cinco patamares, cada um com vinte<br />

pilares, encimados pelo escudo em metal.<br />

Autor: Jorge Campos<br />

Nota: "O povoense a viver em Zürich, Jorge Campos, apresentou o projecto que refiro, ficando fora da corrida, mas nos lugares<br />

cimeiros! Parabéns Jorge pelo teu talento e dedicação à arte!"<br />

Por Quelhas<br />

Campos da Silva Jorge Manuel J.Campos@usz.ch http://autodidactajorgecampos.blogspot.com/<br />

Emigração: CGTP diz que os trabalhadores<br />

devem saber em que condições emigram<br />

A CGTP alertou na semana passada<br />

os trabalhadores portugueses que<br />

pretendam emigrar para a necessidade<br />

de saber as condições em que<br />

vão trabalhar para evitarem passar<br />

por situações idênticas às dos portugueses<br />

detidos em Angola.<br />

“A CGTP alerta os trabalhadores<br />

que são efetivamente emigrantes<br />

para que acautelem os seus interesses<br />

e questionem as empresas<br />

que os contratam, para saberem o<br />

estatuto com que vão e se a empresa<br />

tem os documentos de acolhimento<br />

necessários”, disse Carlos<br />

Trindade, do executivo da central<br />

sindical aos jornalistas.<br />

O sindicalista comentou em conferência<br />

de imprensa o caso dos 42<br />

trabalhadores portugueses detidos<br />

por trabalharem ilegalmente em<br />

Angola. Os portugueses, que trabalhavam<br />

para a empresa portuguesa<br />

Prebuild, têm de deixar o país no<br />

prazo de oito dias por falta de visto.<br />

Carlos Trindade, responsável na Direção<br />

da Intersindical pelos assuntos<br />

de emigração, defendeu que o<br />

Estado português deve sancionar<br />

“este tipo de empresas” e estabelecer<br />

protocolos com o Governo angolano<br />

para evitar situações idênticas.<br />

O sindicalista referiu que a emigração<br />

em Portugal aumentou com o<br />

agravamento da crise económica,<br />

em particular para Angola e países<br />

7<br />

da União Europeia, e que muitos<br />

trabalhadores aceitam trabalho<br />

através de empresas de construção<br />

civil, trabalho temporário ou de<br />

prestação de serviços, que lhes<br />

ficam com os passaportes e os colocam<br />

nos países como turistas e<br />

não como emigrantes. “Disto resultam<br />

situações complexas do ponto<br />

de vista diplomático e humanos”,<br />

considerou Carlos Trindade.<br />

O Ministério dos Negócios Estrangeiros<br />

está a acompanhar a situação<br />

dos 42 trabalhadores através<br />

da Embaixada em Luanda.<br />

<strong>Luso</strong> Jornal


8 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

LIVROS...<br />

“Oh! bendito o que semeia<br />

Livros, livros a mancheia<br />

E manda o homem pensar.<br />

O livro caindo n´alma<br />

É germe que faz a palma<br />

É chuva que faz o mar”.<br />

Aí está a definição poética do livro. E nenhuma melhor do que essa pois ela expressa a<br />

minudência e a imensidade dessa síntese que é capaz de guardar, no bolso até, a História do mundo,<br />

a religião de todos os tempos, a ciência em todo o seu esplendor, os acontecimentos universais e<br />

individuais, a alma e o coração do homem, o amor, a felicidade, a desgraça, os sonhos, as esperanças,<br />

a ciência, a arte, a cultura, a poesia , tudo, tudo cabe dentro de um pequeno ou enorme livro.<br />

O que mais entretanto causa espanto é que nele, por pequeno ou volumoso que seja, o<br />

homem ou a mulher conseguem colocar o que de mais valioso têm dentro de si: os pensamentos,<br />

as idéias, o saber, a fé e a alma inteira, abrindo aos outros a nobreza de sua inteligência e a grandeza<br />

de sua cultura.<br />

Piracicaba é feliz, Piracicaba é grande, Piracicaba se sobrepõe talvez com sua liderança na<br />

Lino Vitti<br />

poetalinovitti@ig.com.br<br />

edição de livros, como se pode conhecer através do noticiário dos jornais e de outros meios de comunicação, que com gloriosa<br />

freqüência ocorre nesta privilegiada terra do livro.<br />

E para confirmar o que aí deixo exposto, peço licença para registrar rapidamente os últimos lançamentos colocados à cultura<br />

piracicabana e nacional: “Eu, Educadora”, de Leda Coletti; “Aprendendo com o Voinho”, do professor Engenheiro-Agrônomo Geraldo<br />

Victorino de França; “Das Sombras à Luz” (História da Comunidade São Domingos de Gusmão) de AntónioVitti; “Coisas do Coração” ,<br />

de Paulo Dias Neme; “Fatos Históricos de Piracicaba”, do mesmo autor; “Herança de Poeta”, do exímio poeta André Bueno Oliveira.<br />

Esses são apenas os livros colocados ao dispor do povo piracicabano e nacional com que os autores tiverem a gentileza de me<br />

presentear em minha casa. Mas há muitos outros tantos e mais que foram distribuídos e que não chegaram até mim, sendo colocados,<br />

como tijolos gloriosos para a construção do santuário de livros de Piracicaba.<br />

**UBUNTU**<br />

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou<br />

com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.<br />

Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou<br />

seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra<br />

casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs<br />

uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.<br />

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com<br />

laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que<br />

quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro<br />

ganharia todos os doces que estavam lá dentro.<br />

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo<br />

sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos<br />

e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os<br />

doces entre si e a comerem felizes.<br />

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma<br />

só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.<br />

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as<br />

outras estivessem tristes?"<br />

Ele ficou desconcertado! Meses e meses estudando a tribo e ainda não havia compreendido de<br />

verdade a essência daquele povo. E, com certeza, jamais teria proposto uma competição...<br />

Ubuntu significa: "*Sou quem sou, porque somos todos nós*!"<br />

UBUNTU PARA VOCÊ!<br />

(blog: http://poeta-linovitti.blogspot.com/)


FRI -LUSO<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

o valor da língua portuguesa<br />

Paulo Pisco<br />

Deputado do PS eleito<br />

pelas Comunidades<br />

contact@lusojornal.com<br />

Nunca o valor da Língua Portuguesa<br />

esteve tão em evidência como nos<br />

últimos tempos. Foram dados passos<br />

decisivos para dar outra dimensão e<br />

visibilidade à língua e cultura portuguesa<br />

com a transferência da sua tutela<br />

do Ministério da Educação para o<br />

Ministério dos Negócios Estrangeiros e<br />

Comunidades Portuguesas, aspiração<br />

antiga, mas que só com o Governo do PS<br />

se concretizou.<br />

É verdade que a dimensão e importância<br />

destas transformações por vezes<br />

acabam por passar despercebidas<br />

devido ao permanente criticismo que<br />

sempre existe, em alguns casos com<br />

razão noutros nem por isso, mas que<br />

acabam por retirar brilho e importância<br />

ao que se faz. Este é um mal muito nosso,<br />

de sermos pouco propensos a reconhecer<br />

e valorizar o que temos e o que<br />

fazemos e a colaborar mais com<br />

soluções construtivas.<br />

Mas a verdade é que, estando no Ministério<br />

da Educação, a língua portuguesa<br />

ficava reduzida à sua dimensão de<br />

modalidade especial de ensino, separada<br />

da projecção que lhe poderia ser dada<br />

por ficar associada à cultura e a uma<br />

articulação com todos os graus de<br />

ensino, como agora acontece ao estar<br />

sob a tutela do Instituto Camões, na<br />

dependência do Ministério dos Negócios<br />

Estrangeiros.<br />

Mas há inequivocamente um esforço<br />

colectivo que todos temos de fazer, a<br />

Ambos precisam ter uma consciência clara que uma coisa é<br />

falar Português em casa; a outra ter um diploma em Língua<br />

Portuguesa que pode ser decisivo na selecção de candidatos a<br />

um emprego.<br />

começar pelas instituições do Estado<br />

Português, é claro,<br />

mas também por toda a sociedade civil<br />

nas Comunid ades, isto é, movimento<br />

associativo, Conselheiros das Comunidades<br />

e, muito especialmente, cada um<br />

dos Portugueses que vive no<br />

estrangeiro, por exemplo, procurando<br />

mais os cursos de português que estão<br />

integrados nos currículos oficiais das<br />

escolas.<br />

E este esforço terá de ser no sentido de<br />

promover a importância da língua<br />

portuguesa pelo seu valor económico<br />

e cultural que é enorme. É uma língua<br />

falada em quatro continentes por mais<br />

de 210 milhões de pessoas e a sexta em<br />

termos globais. Tem de se afastar,<br />

portanto e de vez, a ideia que o Português<br />

é uma Língua de emigração. Este<br />

estigma mata a possibilidade de<br />

projecção da nossa Língua. E a consideração<br />

do Português<br />

como língua de futuro num mundo<br />

globalizado em que as empresas estão<br />

presentes nesses países e continentes é<br />

muito importante e abre inúmeras<br />

oportunidades para quem tenha c<br />

ompetências linguísticas<br />

certificadas em português. Além de ser<br />

um língua de cultura muito rica com<br />

vários prémios Nobel e muitos escritores<br />

de reconhecimento internacional<br />

em Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde<br />

e outros países.<br />

Particularmente em relação a França,<br />

Quem são os imigrantes que vivem em Portugal?<br />

Os brasileiros constituem o maior grupo de estrangeiros em<br />

Portugal, seguidos dos ucranianos e dos caboverdianos,<br />

segundo um relatório sobre tendências migratórias apresentado<br />

na semana passada em Bruxelas. O novo “outlook” das tendências<br />

migratórias, com dados relativos a 2009 e uma análise dos<br />

fluxos e estatísticas durante a década anterior, foi divulgado pela<br />

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos<br />

(OCDE). Segundo o documento, o total de população estrangeira<br />

em Portugal era, em 2009, de 457.000, um aumento em relação<br />

aos 443.000 registados em 2008. “O maior grupo é o dos<br />

brasileiros (26% da população estrangeira com uma autorização<br />

de residência válida), seguidos dos ucranianos (12%) e dos cabo-overdianos<br />

(11%)”, afirma o documento. O estudo da OCDE indica<br />

também que “o número de naturalizações continua a subir e<br />

mas também em relação aos países com<br />

cursos integrados nos currículos oficiais,<br />

era da maior<br />

importância que os jovens luso-odescendentes<br />

interiorizassem a<br />

importância deste facto, cultivando o<br />

amor da língua e reconhecendo a<br />

importância da aprendizagem do Português,<br />

que é inequivocamente uma língua<br />

de futuro devido à forma como está<br />

presente no mundo. E esta mensagem<br />

devia ser transmitida e discutida por<br />

todos, particularmente incentivando ao<br />

seu uso. Se os jovens optassem mais pelo<br />

Português nas escolas onde andam,<br />

haveria maior presença da língua, mais<br />

continuidade e mais futuro. Haveria mais<br />

alunos nas universidades em cursos de<br />

português como língua de opção nos<br />

currículos oficiais.<br />

E esta tarefa de sensibilização é de todos.<br />

Não apenas do Governo ou do Instituto<br />

Camões, dos Deputados, Partidos políticos<br />

ou das Associações. É também dos<br />

pais e dos alunos. Ambos precisam ter<br />

uma consciência clara que uma coisa é<br />

falar Português em casa; a outra ter um<br />

diploma em Língua Portuguesa que pode<br />

ser decisivo na selecção de candidatos a<br />

um emprego. Se tivermos consciência<br />

disto, certamente que se conseguirão<br />

muito melhores resultados para os<br />

Portugueses, para Portugal e para a nossa<br />

Língua e cultura.<br />

E isso é que interessa.<br />

<strong>Luso</strong> Jornal<br />

atingiu um novo pico de 25.500 em 2009, acima de sete vezes<br />

mais do que o nível de 2006”. A maior parte das naturalizações<br />

tem origem nos PALOP (cerca de 40%), “em particular de Cabo<br />

Verde, Guiné-Bissau e Angola, e do Brasil (cerca de 15%)”. O documento<br />

da OCDE assinala que “estas comunidades vivem há mais<br />

tempo em Portugal (e por isso estão em melhores condições<br />

para satisfazer os seis anos de residência legal) e também cumprem<br />

automaticamente as exigências de Língua Portuguesa”. O<br />

documento assinala que, “apesar disso, o peso de outros grupos,<br />

como os moldavos (cerca de 11%), ucranianos (4%) e indianos<br />

(4%), está a aumentar”.<br />

Números que falam<br />

1,2<br />

9<br />

Diz-se que só em França residem<br />

cerca de um milhão e 200 mil Portugueses.<br />

Não há números oficiais.


10 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

O Outono<br />

O Outono é uma época em que os dias começam a mais frios e<br />

molhados e também mais chatos.<br />

Os dias são mais pequenos e as noites mais longas, por isso<br />

temos mais tempo para dormir e sonhar.<br />

As pessoas começam a vestir roupas mais quentes e mais grossas,<br />

para se sentirem mais agasalhadas e não constiparem.<br />

Algumas, muitas, pessoas até acendem a lareira para aquecerem<br />

o interior da casa.<br />

As folhas das árvores deixam de ser verdes e ficam, vermelhas,<br />

castanhas e amarelas, depois caiem e as árvores ficam despidas e<br />

mais tristes e feias.<br />

O chão fica coberto de folhas coloridas e o vento leva-as para<br />

longe das árvores, ficam sozinhas.<br />

E é a altura de colher as espigas de milho e fazer as vindimas.<br />

Começa a chover e quando saímos vestimos kispos e também<br />

botas para nos proteger da chuva.<br />

No Outono as aves imigram e vão para os países mais quentes e<br />

tropicais, vão procurar um tempo mais ameno e saudável para<br />

voltarem a criar.<br />

Mas no caminho algumas podem morrer com facilidade, atravessam<br />

montes e vales, tempestades de vento e chuva, neve e mirra<br />

de calor.<br />

O Outono também traz bons frutos: Romãs, diospiros, nozes,<br />

castanhas e laranjas, etc…<br />

TUDO É AMOR (ANDRÉ LUIZ)<br />

Vida - É o Amor existencial.<br />

Razão - É o Amor que pondera.<br />

Estudo - É o Amor que analisa.<br />

Ciência - É o Amor que investiga.<br />

Filosofia - É o Amor que pensa.<br />

Religião - É o Amor que busca Deus.<br />

Verdade - É o Amor que se eterniza.<br />

Ideal - É o Amor que se eleva.<br />

Fé - É o Amor que se transcende.<br />

Esperança - É o Amor que sonha.<br />

Caridade - É o Amor que auxilia.<br />

Fraternidade - É o Amor que se expande.<br />

Sacrifício - É o Amor que se esforça.<br />

Renúncia - É o Amor que se depura.<br />

Simpatia - É o Amor que sorri.<br />

Altruísmo - É o Amor que se engrandece.<br />

Trabalho - É o Amor que constrói.<br />

Indiferença - É o Amor que se esconde.<br />

Desespero - É o Amor que se desgoverna.<br />

Paixão - É o Amor que se desequilibra.<br />

Ciúme - É o Amor que se desvaira.<br />

Egoísmo - É o Amor que se animaliza.<br />

Orgulho - É o Amor que enlouquece.<br />

Sensualismo - É o Amor que se envenena.<br />

Vaidade - É o Amor que se embriaga.<br />

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor,<br />

não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente<br />

Chega o S. Martinho, fazem-se magustos em grandes fogueiras<br />

de chamissa de pinheiro.<br />

No Outono os caçadores vão á caça de animais, caçam a perdiz e<br />

o coelho, pombos bravos e outros, eu não gosto da caça, porque<br />

não gosto que matem os animais.<br />

Depois do Outono vem o Inverno, que é altura do Natal e é mais<br />

frio do que o Outono, mas depende, pois a temperatura do ar está<br />

em continua mudança.<br />

O Outono é para mim a estação do ano, talvez, mais saudável, em<br />

geral não chove muito e não está muito quente.<br />

A natureza em si é igual a uma pintura de um quadro pintado a<br />

pincel no abstracto, com todas as cores imagináveis da natureza<br />

Mãe.<br />

O OUTONO é tudo isto, mais aquilo que o leitor quiser acrescentar,<br />

o Outono é apenas a natureza bela sem igual.<br />

Maria do Céu Leite da Silva<br />

Co-autor: Quelhas<br />

PRO-MASSAGENS<br />

- Massoterapia clínica a domicílio ou consultório.<br />

Massagens:<br />

- Terapêutica<br />

- Relaxamento<br />

- Desportiva<br />

Duração 60 min.<br />

- Custos: a domicílio CHF 70.-<br />

- em consultório CHF 50.-<br />

Escritor Quelhas na escola EB1 de Garfe,<br />

com Maria do Céu (no meio) e colega<br />

Tratamentos: - Avaliação e tratamento (endireita)<br />

- Dores da coluna vertebral<br />

- Dores musculares e tecidos moles<br />

- Dores em articulações periféricas (ombros, cotovelos, joelhos e pés)<br />

Custos: em função da duração do tratamento, as deslocações são<br />

acrescidas de CHF 20.-<br />

Contactos:<br />

César Meneses (terapeuta diplomado)<br />

Rue du Mont Carmel 23<br />

CH 1762 Givisiez<br />

Tel: 077 446 46 83 mail: luso.massage@gmail.com


FRI -LUSO<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Biografias de:<br />

Biografia de:<br />

Luís Rafael responsável pelo “Eclips - Grupo de Música Tradicional<br />

Portuguesa” acolheu com orgulho a ideia de participar<br />

culturalmente e pela primeira vez nos Eventos Culturais do<br />

Quelhas.<br />

O grupo é constituído por 4 elementos; Rafa faz Precursão, voz<br />

e técnica; Sergito nos teclados; Jota na guitarra baixo; Freixedas<br />

na voz e acordeão.<br />

Com todos estes elementos, fazem com que este grupo seja<br />

das bandas portuguesas radicadas na Suíça, uma das mais<br />

completas e requisitadas neste país.<br />

O grupo Eclips foi fundado em 2002, e já lá vão uns anos, entre<br />

muitas histórias e passagens do grupo até esta nova etapa, o<br />

grupo iniciou com Luís Rafael, pessoa a quem o grupo deve<br />

muito ao longo destes onze anos. ECLIPS hoje é uma marca! O<br />

Eclips é um grupo de música tradicional portuguesa, (ou<br />

musica de baile) que actua para a comunidade portuguesa na<br />

suíça e também nalguns países vizinhos, exemplo da França.<br />

“Os ECLIPS surgiram das cinzas de um outro grupo, quando 3 dos<br />

5 elementos do grupo extinto decidiram juntar-se e formar um<br />

novo grupo, e aumentando depois mais um elemento, para 4<br />

elementos, seguindo assim com o projecto que tinha caído por<br />

terra, mas desta vez com novas ideias e outros melhoramentos.<br />

” Depois do recomeço do grupo e com um crescimento de<br />

espectáculos significativo em 2004, o grupo teve a necessidade<br />

de adquirir novo material sonoro (PA) aumentando<br />

Eclips<br />

Grupo de Música Tradicional Portuguesa<br />

Contato para espetáculos: 041 717 58 55<br />

ainda mais esse projecto, criando assim melhores condições<br />

para poder participar em eventos de maior dimensão e trabalhar<br />

juntamente com os melhores artistas da música portuguesa.<br />

A Sílvia Teixeira abandona o grupo em 2005 e, o grupo<br />

é reduzido de 4 para 3 elementos, mas Rafa não baixa os<br />

braços!<br />

“Rafa, Sergito e Jota não desanimaram, reestruturaram o<br />

projecto e seguem com aquilo que lhes corre nas veias, o gosto<br />

pela música.”<br />

Mais tarde há outra saída! Quando o teclista Sergito abandona<br />

o grupo por motivos pessoais e por pouco tempo, ficaram<br />

apenas 2 elementos, o projecto ficou suspendido, mas Sérgio<br />

voltou ao trio e deram continuação... Já em 2006 entra no<br />

grupo outro elemento, (MARITO) e aumentam para 4 elementos<br />

novamente. A guitarra eléctrica e coros dá vida ao projecto<br />

e torna-os mais valiosos, e neste contexto levaram a coisa mais<br />

a sério, com este último músico muito experiente e com um<br />

currículo invejável, tendo tocado em bandas de grandes<br />

nomes e até bandas de TV., prosseguiram seguros de si<br />

mesmos.<br />

“Também nessa altura o grupo pensa em alargar o seu estilo de<br />

música continuando a tocar música tradicional portuguesa<br />

(música de baile) mas também outros estilos, assim podendo<br />

atrair e agradar um publico mais diverso.”<br />

Chegaram ao ano de 2007, o grupo volta a crescer de 4 para 5<br />

elementos, desta feita com o vocalista e acordeonista Miguel<br />

(FREIXEDAS), músico com alguma estrada e dono de uma voz<br />

fantástica. O Grupo continua a oscilar, Marito abandona o<br />

Eclips em 2008 e, o grupo volta a ter novamente 4 elementos,<br />

que se mantém fieis até aos dias de hoje, com um longo<br />

percurso e historial entre os anos de 2002 e 2011 e muitos<br />

sorrisos. O Eclips actua em grupo de quatro elementos ou<br />

divide em dois, depende da situação do valor que querem<br />

pagar ou em caso de saídas no mesmo dia também dividem<br />

para chegar para todos!<br />

- E você ainda não viu ou ouviu o Eclips<br />

- Grupo de Música Tradicional Portuguesa?<br />

- Experimente e verá a diferença!<br />

autor: Quelhas Contacto: 078 7988489<br />

inspiracaodoautor@sapo.pt<br />

11


12 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61<br />

Provérbios<br />

FRI -LUSO<br />

• A mentira tem pernas curtas.<br />

• Bom vinho dispensa pregão.<br />

• Dois bicudos não se beijam.<br />

• Grande nau grande tormenta.<br />

Dicas<br />

Fatias Direitas<br />

O pão muito fresco é bastante<br />

difícil de cortar. Para conseguir<br />

cortá-lo mergulhe a lâmina da<br />

faca em água a ferver.<br />

Frases<br />

Os sábios falam porque têm algo a<br />

dizer. Os tontos falam porque<br />

precisam dizer algo. (Platão)<br />

Pensamento<br />

Não se conhece o homem por<br />

sua animação, mas pela quantidade<br />

de sofrimento verdadeiro<br />

que ele é capaz de suportar.<br />

(C. T. Studd)<br />

Quadra<br />

Não és mulher, mãe em vão<br />

És a Musa que à luz deu<br />

Não podes dar teu coração<br />

Para partilhares com o meu.<br />

Palavra<br />

Jorge Vicente<br />

porque conj.<br />

Por causa, visto que.<br />

Ex. Porque Deus quer, porque tudo<br />

será, porque mexe.<br />

porquê pron. interr. | s. m.<br />

Causa, motivo, razão. Ex. Porquê?<br />

por que prep. por e pron. relat.<br />

que = pelo qual ou pela qual.<br />

Forma interrogatória.<br />

Ex. por que choras?<br />

Ingredientes:<br />

1/2 kg de carne de vaca (ganso<br />

redondo)<br />

1/2 kg galinha gorda<br />

1/2 kg de costeletas de porco frescas<br />

1 osso de assuão fresco<br />

150 g. de chouriço de carne (caseiro)<br />

1/2 coração de porco<br />

1/4 kg de bofe de porco<br />

1 kg de arroz<br />

1/4 de litro de sangue de porco<br />

(ao que se junta um pouquinho de<br />

vinagre para não coagular)<br />

Preparação:<br />

Culinária<br />

Arroz de sarrabulho<br />

Num tacho, põem-se as carnes todas a ferver em 3 litros aproximadamente de água fria,<br />

juntam-se um pouco de louro, cravinho, noz moscada, sal e pimenta. Deixam-se cozer as<br />

carnes muito bem, sam retirando palavras a espuma que se forma na superfície. Logo que as carnes<br />

estejam bem cozidas, retira-se tudo do lume. As carnes depois de arrefecidas são desfiadas.<br />

À calda de cozer as carnes, depois de rectificados os temperos, é retirada a gordura que<br />

porventura esteja a mais, leva-a novamente ao lume e deixa-se levantar fervura, tendo já<br />

acrescentado a água necessária. Junta-se o arroz. Quando estiver meio cozido, juntam-se as<br />

carnes desfiadas e o sangue liquefeito. Rectificam-se temperos e deixa-se ferver até o arroz<br />

estar cozido completamente. Juntam-se-lhe, então, sumo de limão, cravinho e cominhos<br />

em pó. Serve-se, de imediato.<br />

Em travessa à parte vão os rojões e as frituras de belouras, chouriça de verde e tripa enfarinhada.<br />

Os rojões levam também batata frita, cortada em cubos. As travessas vão guarnecidas<br />

com limão às rodas e salsa em ramo.<br />

Leia o FRI-LUSO!<br />

http://friluso.no.sapo.pt


FRI -LUSO<br />

Ritinha faz anos<br />

A Ritinha fazia anos e convidou<br />

todos os amigos para o seu<br />

aniversário, e disse:<br />

-Quando chegarem a minha casa<br />

tocam à campainha com a testa!<br />

Ficou tudo intrigado...<br />

- Com a testa?! Porquê?<br />

- Com certeza que não estão a<br />

pensar vir de mãos a abanar, pois<br />

não?<br />

***<br />

Saída<br />

A filha chega a casa e pergunta:<br />

- "Ó Pai, é verdade que os bebés<br />

nascem pelo sítio em que os<br />

homens<br />

metem o pénis?"<br />

O Pai, satisfeito pela filha já saber<br />

como se processam as coisas diz que<br />

sim.<br />

Então a filha volta a perguntar:<br />

- "Mas quando eu tiver um filho, ele<br />

não me irá partir os dentes ao sair?<br />

Espelho meu<br />

E por quem<br />

querida?...<br />

***<br />

A mulher vê-se ao espelho e diz ao<br />

marido:<br />

- Estou tão feia, tão gorda e tão mal<br />

feitinha. Preciso de um elogio...<br />

E o marido responde:<br />

- A tua visão é excelente, meu amor...<br />

Estou grávida<br />

***<br />

Uma adolescente chega a casa e diz<br />

para a mãe:<br />

- Mamã... Estou grávida!<br />

A progenitora, sem saber muito bem<br />

como deve reagir, pergunta:<br />

- Rapariga, mas onde é que tu<br />

estavas com a cabeça?<br />

- Em cima do volante, mãe... Mas que<br />

é que isso interessa?<br />

Tenho a certeza<br />

de que estou<br />

a ser perseguida...<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

JV<br />

HUMOR<br />

Sado-Maso<br />

Um casal descobre uma revista<br />

sado-masoquista escondida no<br />

quarto do filho:<br />

Mãe: - "O que fazemos ao miúdo?"<br />

Pai: - "Bom, pelos vistos não adianta<br />

bater-lhe..."<br />

Mendigo<br />

Um tipo parou no semáforo.<br />

Nessa altura, apareceu logo um<br />

miúdo a pensar que ia sacar umas<br />

moedas:<br />

- Por favor, pode dar-me umas<br />

moedinhas para eu comprar uma<br />

sandes???<br />

Ao que replicou imediatamente o<br />

tipo:<br />

- Não, porque já são sete da noite, e<br />

depois não jantas!!!<br />

A Maria pode engravidar?<br />

O filho pergunta ao pai:<br />

- Oh Pai, a Maria pode engravidar?<br />

Pai: - Quem é a Maria filhinho?<br />

Filho: - É a minha namorada lá da<br />

escola.<br />

Pai: - E quantos anos tem ela?<br />

Filho: - Tem 4 anos.<br />

Pai: - Claro que não!<br />

Filho: - Uhh! Granda cabra! Com a<br />

história do aborto fez-me vender o<br />

triciclo<br />

Ameaças<br />

Garoto à professora:<br />

- "Não quero alarma-la, mas o meu<br />

pai diz que se as minhas notas não<br />

melhorarem, alguém vai levar uma<br />

sova!"<br />

Nova geração<br />

Duas meninas:<br />

"Eu nunca vou ter filhos."<br />

"Porquê?" - pergunta a outra.<br />

"Ouvi dizer que o download demora<br />

9 meses!"<br />

Mano ou mana?<br />

Uma senhora grávida pergunta ao<br />

seu filho de 6 anos:<br />

-Então, filho, o que é que preferes?<br />

Um mano ou uma mana?<br />

-Mãe, se não te doer muito , o que eu<br />

queria mesmo era um pónei...<br />

Sabedoria Árabe<br />

O campo das respostas evasivas é<br />

bastante amplo para que sejas obrigado<br />

a recorrer à mentira.<br />

Ibliss (o demônio) disse:<br />

Nada mais pedirei ao homem se<br />

conseguir dêle três coisas:<br />

que se envaideça de si próprio,<br />

que supervalorize seu saber e<br />

que se esqueça de seus crimes.<br />

Como ninguém pode dirigir-se<br />

ao mesmo tempo para o Oriente e Ocidente,<br />

não se pode reunir na mesma<br />

mão o dinheiro e a glória.<br />

A inveja é a falta de fé em si mesmo.<br />

Mais vale ser cego dos olhos,<br />

do que do coração.<br />

COMO COMEÇAM AS ZANGAS NOS CASAIS...<br />

A minha mulher sentou-se no sofá junto a mim<br />

enquanto eu passava pelos canais.<br />

Ela perguntou, "O que há na TV? "<br />

Eu disse, "Pó. "<br />

E a briga começou...<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Tenho a Net Books...<br />

Mp3 Players... Ipads... Telemóvel...<br />

Papá, que usavam vocês na escola?<br />

A cabeça!<br />

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14 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

X Festival de Folclore de Aarburg do Rancho Folclórico Português de Aarburg, Aarau, Suíça<br />

autor: Quelhas<br />

Estiveram no festival o jornalista Adelino Sá, Director do jornal Gazeta Lusófona de Lusern, onde o<br />

escritor Quelhas é colaborador há cinco anos. Também e pelo Quelhas estava representado o jornal<br />

<strong>Fri</strong>-luso de <strong>Fri</strong>burgo na Suíça; A TV Minho a partir da capital do Minho, Braga, Portugal; TV folclore de<br />

Portugal a partir da Capital do país, Lisboa; Também a Rádio Space Love, com locutores em Portugal,<br />

Brasil e Suíça...<br />

Tiveram como convidados e animadores os grupos: Os Nova Onde de Zurique na Suíça; Grupo de<br />

Dança Espanhola, Aires de Espanha da Suíça…<br />

Os presentes do 10 Festival Internacional de Folclore do anfitrião da festa: Rancho Folclórico Português<br />

de Aarburg, foram; Grupo de Danças e Cantares do Minho de Genéve; Rancho Folclórico O<br />

Lusitano de Lousane, do Kanton Francês de Vaud na Suíça; Rancho Folclórico Ancora do Mar de<br />

Rheine no norte da Alemanha; Rancho Folclórico Santa Maria de Lamoso, Paços de Ferreira, Portugal…<br />

“Quelhas”<br />

inspiracaodoautor@sapo.pt<br />

Anfitrião do X Festival de Folclore de Aarburg 2011, Rancho Folclórico Português de Aarburg: Aarburg fica no Kanton Alemão de Argau<br />

na Suíça. Mário Lopes é um dos presidentes de folclore mais novos nas comunidades portuguesas na Suíça. Bernardino Sousa, na<br />

ausência do cantador principal, passa de tocador de cavaquinho a cantador do grupo, no rancho folclórico Português de Aarburg<br />

junto de sua esposa. O grupo de trabalho do Rancho Folclórico Português de Aarburg não tem nenhuma Associação e para ajudar às<br />

despesas fizeram funcionar a cozinha por sua conta em vez de a alugarem! O Presidente do Rancho de Aarburg diz; “Não temos ajuda<br />

de lado nenhum, como os ranchos teem em Portugal.” Acrescenta; “Contava com mais gente no convívio, mas nunca podemos ter<br />

tudo, estou feliz pelo meu grupo e pelos convidados que aderiram e vieram ao festival.” Os pequenos comerciantes presentes no<br />

pavilhão davam uma percentagem sobre os lucros para ajuda das despesas do festival. Os livros do Quelhas revertiam uma terça parte<br />

da venda para ajuda do festival de Aarburg. Os trajes do Rancho de Aarburg são provenientes das cidades de Famalicão e Vila das Aves<br />

a norte de Portugal…<br />

Grupo de Danças e Cantares do Minho de Genéve, do mesmo Kanton Francês na Suíça, fronteira com Leon na França, terra onde se<br />

vive a cultura portuguesa intensamente. Existem cinco ranchos de folclore naquela cidade de Genéve, disse o presidente do grupo,<br />

Luís Mata. O grupo de trabalho fazem pesquisas e recolhas sobre o Alto e Baixo Minho. Embora as raízes do grupo seja mais o Baixo<br />

Minho, tem pessoas de Norte a Sul de Portugal a viverem na Suíça. Os trajes do rancho do Minho de Genéve vêem de Viana do Castelo,<br />

terra do ouro e do folclore e zona piscatória. O ensaiador concorda que a malta se porta bem, começando na viagem no autocarro<br />

(risos) como imaginamos! A cantadeira diz; “os outros é que teem de me avaliar como cantadeira.” Acrescenta; “Sinto-me bem no<br />

palco, vivo sempre em festa.” O cantador reage; “gosto da minha voz como masculino e nos outros grupos evidentemente a voz feminina!”<br />

Os elementos do Grupo de Danças e Cantares do Minho de Genéve dizem que, fazem inter-câmbio cultural com outros grupos<br />

de folclore…<br />

Rancho Folclórico O Lusitano de Lousane no Kanton Francês de Vaud na Suíça, o rancho não tem presidente e sim responsáveis. “O<br />

grupo está em reestruturação e, na ausência do presidente que voltou para Portugal, decidimos manter o grupo e estamos a trabalhar<br />

para isso pela cultura portuguesa.” Dizem ainda; “Gostamos do nosso país e estamos a manter as tradições.” O Lusitano nasceu após<br />

o 25 de Abril de 1974, esteve inactivo muitos anos e, voltou a renascer em 1996 e agora o grupo de trabalho está com garra para<br />

continuar a divulgar a cultura da sua região. O grupo que representa o Alto Minho e Douro Litoral também não tem cantadeira principal,<br />

actuam em grupo com os seus cantares. O acordeonista diz-me que, os instrumentos dependem em cada grupo e, deu um exemplo;<br />

“No Minho toca-se mais a concertina e no Sul o acordeão.” As responsáveis do Lusitano de Lousane falaram; “Os trajes pretos<br />

naquela altura serviam para a Mordoma da festa na aldeia e também para a noiva, apenas metiam um véu branco na cabeça.” O grupo<br />

tem uma senhora que toca cavaquinho, atrevo-me a dizer caso raro! No seio familiar do rancho, o dançarino dá seu testemunho<br />

dizendo que está a dar seu contributo para o rancho ir para a frente. Na piada da noite um miúdo acrescenta; “Gosto de estar no<br />

rancho porque me deito mais tarde…” O rancho folclórico conta também com um rancho infantil. Os próprios elementos do rancho<br />

de Lousane pagam entre si uma pequena cota de dez Francos por mês por família para ajuda de gastos e não são uma Associação.<br />

Para uma saída a um festival mesmo dentro da Suíça fica muito caro, embora teem saída para o estrangeiro e, Continua na pág. 16


FRI -LUSO<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

“GERAÇÃO À RASCA” ou “GERAÇÃO CORAGEM”<br />

Na celebração litúrgica da Bênção da Fitas dos Universitários de Lisboa tive a oportunidade de ouvir o Senhor Cardeal Patriarca pôr<br />

em alternativa à “geração à rasca” uma desejável “Geração Coragem”. Que feliz contraposição!<br />

Ali perguntei-me, o que desejo para os meus filhos, para os meus sobrinhos, para os amigos deles ou mesmo para todos os jovens?<br />

– “Que sejam a geração coragem”. É a resposta que rebenta dentro do peito de qualquer das mães que ali estava.<br />

“Coragem” é uma palavra que provém (seguindo uma busca breve que fiz) do latim “cor” que significa “coração”. E, no dizer do<br />

dicionário – coragem é “firmeza de espírito, ânimo, valentia e perseverança”. Mas também a palavra “cor” tem no dicionário o sentido<br />

“coração, coragem, afecto, desejo”. Aliás, a antiga expressão popular “saber de cor” significa que o coração era tido como o centro<br />

da capacidade de saber e de memória. Em latim “cor” também significa “ ânimo, qualidade espiritual de bravura e tenacidade”. Daí<br />

a palavra coragem ter vindo do latim “coratium” de coratum (em francês “courage” de coração, “coeur”).<br />

Quando ouvi aquela expressão “geração coragem” não resisti a perguntar – serão estes jovens aqueles que agem com o coração?<br />

Estes os jovens que ouvem o que lhes diz o coração? Que desejam para a vida? Nesta fase tão marcante como é o final da licenciatura,<br />

quais as perguntas que se formulam no coração de cada um? Por baixo da capa negra que envergam, o que palpita?<br />

Há uns anos atrás fui convidada para intervir num ciclo de conferências de uma juventude partidária. Mandaram-me o programa<br />

das conferências cujos temas eram – 1. Aborto (este era o “meu” tema); 2. Casamento Gay; 3. Eutanásia; 4. Prostituição; 5. Drogas –<br />

Legalizar Sim ou Não? – Nessa altura questionei-me dos objectivos de vida daqueles jovens. Que temas tão cinzentos? São estas<br />

as preocupações dos nossos jovens?<br />

Seis anos volvidos, talvez apenas alguns deles tenham estado na manifestação da “geração à rasca”… ou talvez não!<br />

E os “Jovens Coragem” (que agem com o coração) como ocupam o seu pensar? Com a sua formação pessoal e profissional, o<br />

trabalho onde vão servir, o resultado no desporto que praticam, a família que vão constituir, a casa e o bairro onde vão viver, a<br />

educação dos filhos que vão ter, a prestação cívica que vão dar, como constroem os tempos lúdicos e de diversão…?<br />

Naquele dia o Senhor Cardeal Patriarca deu-nos o mote.<br />

A mim cabe-me a difícil e gratificante responsabilidade de olhar para os que me estão confiados e indicar-lhes aquela fasquia de<br />

uma geração que “age com o coração”. Com esta imensa liberdade de ouvir o que o coração lhes pede para fazer. Dizer sim a uma<br />

Verdade maior, realista, alegre, exigente e até mesmo contra-corrente mas que faz caminhar para a Felicidade. E não uma vida<br />

dominada pela “escravidão” dos temas que são impostos, que nos fazem “dobrar” perante um poder que não tem rosto e onde em<br />

última instância se vive na amargura, na tristeza e no desespero.<br />

As gerações não se fazem sozinhas. São fruto das circunstâncias que as rodeiam, e das opções que cada “eu” vai tomando.<br />

As especiais dificuldades de uma ou outra época têm ditado fibra, génio e capacidades imprevisíveis. Não temos medo.<br />

Naquele sábado de Maio, na majestosa Alameda da Universidade, ouvi o meu Cardeal Patriarca, o Pastor daqueles milhares de<br />

jovens, chamar pela Geração Coragem…<br />

Isilda Pegado<br />

Presidente Federação Portuguesa pela Vida<br />

Humor<br />

É pena que o FMI não funcione assim!<br />

Um viajante chega a uma cidade e entra num pequeno hotel.<br />

Na recepção, entrega duas notas de 100,00 euros e pede para<br />

ver um quarto.<br />

Enquanto o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel<br />

sai correndo com as duas notas de 100,00 euros e vai à<br />

mercearia ao lado pagar uma dívida antiga, exactamente de<br />

200 euros.<br />

Surpreendido pelo pagamento inesperado da dívida, o merceeiro<br />

aproveita para pagar a um fornecedor uma dívida também<br />

de 200 euros que tinha há muito.<br />

O fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre<br />

à farmácia para liquidar uma dívida que aí tinha de... 200,00<br />

euros.<br />

O farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e<br />

vai a uma casa de alterne ali ao lado liquidar uma dívida com<br />

uma prostituta.<br />

Coincidentemente, a dívida era de 200 euros.<br />

A prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao<br />

hotel, lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que<br />

ultimamente não havia pago pelas acomodações. Valor total da<br />

dívida: 200 euros. Ela avisa o gerente que está a pagar a conta e<br />

coloca as notas em cima do balcão.<br />

Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não<br />

ser o que esperava, pega nas duas notas de volta, agradece e sai<br />

do hotel.<br />

Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a<br />

cidade vive sem dívidas, com o crédito restaurado, e começa a<br />

ver o futuro com confiança!<br />

Mas na realidade o sistema não funciona exactamente assim.<br />

Nem o FMI.<br />

É que quando volta para pegar o dinheiro leva também os<br />

juros.<br />

O mesmo com os bancos.<br />

E no final as dívidas ficam liquidadas; mas os ricos estão mais<br />

ricos e os pobres mais tesos.<br />

15


16 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

X Festival de Folclore de Aarburg do Rancho Folclórico Português de Aarburg, Aarau, Suíça<br />

Continuação da pág. 14<br />

é no festival que fazem em Lousane que adquirem mais algum dinheiro para ajuda financeira do grupo. O Rancho Folclórico O<br />

Lusitano de Lousane costumam também sair para actuar em organizações na Suíça e são pagos. Casos de inter-câmbio dão e recebem<br />

cultura…<br />

Rancho Folclórico Ancora do Mar de Rheine no norte da Alemanha, representa as Cachinas em Vila de Conde, fundado em 1988, tem<br />

saídas para França, Bélgica, Luxemburgo e Suíça. O presidente do Rancho de Rheine confirma que as saídas e caso desta são inter-rculturais<br />

ou seja com inter-câmbio, dando e recebendo. A cantadeira do grupo como Cachineira, sente-se uma fadista a cantar para as<br />

ondas e, para o mar (é poético). O ensaiador ensaia os Cachineiros vivendo as ondas do mar e por isso não tem dificuldade em ensaiar<br />

o grupo de trabalho! Acrescenta; “A maioria são todos adultos temos poucos infantis e, não há problema nenhum.” (somos cachineiros!)<br />

Uma dancadeira bem-disposta fala; “Sou do centro e casei para as Cachinas, gosto da Póvoa de Vila do Conde e das Cachinas, o<br />

nosso grupo nasceu nas Cachinas em Rheine, temos um igual em Portugal e, o nosso não fica nada atrás deles” Os trajes pobres de<br />

pescador e do peixeiro do rancho de Rheine são feitos no seio do grupo e todos artesanais… Quelhas acrescenta; Tenho um poema<br />

dedicado ao mar num dos meus livros…<br />

O Rancho Folclórico Santa Maria de Lamoso de Paços de Ferreira, veio da Capital do móvel a norte de Portugal e, estivemos à conversa<br />

com uma pessoa muito especial do rancho de Sta Maria de Lamoso! Falamos de Joaquim Lopes, iniciou no rancho anfitrião, no Rancho<br />

Folclórico Português de Aarburg que organizou hoje, o X festival de Aarburg 2011, foi Fundador, fez arranjos de músicas e era músico,<br />

“Não se reconhece como compositor” e, na volta a Portugal ingressou no Rancho Folclórico Santa Maria de Lamoso e, continua a fazer<br />

o mesmo que fazia antes… O presidente e cantador do grupo de Lamoso proferiu, “Agradeço a oportunidade que me dão ao vir a um<br />

país além fronteiras, aumentando o nosso palmarés divulgando as nossas culturas e as nossas tradições” Concluiu que, estão a representar<br />

Portugal e a freguesia de Sta Maria de Lamoso. Tivemos o testemunho do presidente da junta de Lamoso e, elemento do grupo<br />

folclórico que, falou abertamente na ajuda financeira a seu grupo de folclore. Disse; “Estou aqui como elemento do grupo e a representar<br />

a junta de freguesia está a minha Tesoureira” Salientou que a autarquia deve estar com estas Associações, deve ter o dever de<br />

apoiar, porque os ranchos são uns embaixadores e, se vieram à Suíça representar Paços de Ferreira é porque teem um rancho e através<br />

dele trazem a sua cultura e tradições. O presidente da junta de Sta Maria de Lamoso, concorda que o ministério da cultura não apoia<br />

o suficiente a cultura, dá dinheiros a instituições que não tem representatividade nenhuma, mas nós junta apoiamos sempre o nosso<br />

rancho… Falamos com a cantadeira do grupo e, estandarte, dizendo que também já foi dançadeira, dizendo; “Sinto-me feliz e espalho<br />

o stress saindo de casa, embora a viagem sendo cansativa, mas quem traja por gosto vale a pena.” O ensaiador do Rancho Folclórico<br />

Santa Maria de Lamoso bem-disposto disse-nos que ensaiar o seu grupo de trabalho é magnífico, fácil; “Tenho um conjunto de<br />

pessoas fáceis de ensaiar e, um sistema de levar as pessoas, todos obedece às minhas ordens…”<br />

O grupo da casa agradeceu a toda a gente…<br />

Os grupos convidados agradeceram a forma familiar que o grupo da casa os recebeu…<br />

Todos agradeceram o trabalho árduo e grátis do escritor/repórter Quelhas…<br />

http://povoadelanhosoacounoseum.blogspot.com/<br />

e-mail inspiracaodoautor@sapo.pt<br />

MSN carlosquelhas-inovalar@hotmail.com<br />

youtube quelhasgoncalves<br />

facebook http://www.facebook.com/home.php#!/profile.php?id=1752561823<br />

jornal <strong>Fri</strong>-luso http://www.friluso.com/<br />

jornal Gazeta Lusófona http://www.gazetalusofona.ch/<br />

TV Minho http://www.tvminho.net/<br />

TV folclore de Portugal http://de.justin.tv/folclore_tv<br />

Rádio Space Love http://radiospacelove.com/<br />

http://www.pt-comunidades.com/<br />

http://www.mundopt.com/<br />

www.osconfradesdapoesia.com - Email : osconfradesdapoesia@gmail.com


FRI -LUSO<br />

AMOR sem VERGONHA<br />

Ninguêm se pode envergonhar<br />

De amar<br />

Amar e fazer amor<br />

São coisas muito diferentes<br />

Ter vergonha, é ter pudor<br />

Para, discretamente, FAZER AMOR<br />

Mas o AMOR sem VERGONHA<br />

É uma peçonha<br />

Amor sem vergonha<br />

Ou sem pudor<br />

Seja onde ou com quem for<br />

Não pode ser AMOR<br />

Pois amor é sentimento<br />

Fazer amor é SEXO<br />

Aquele de ser racional<br />

Este de animal<br />

Sem escolha, sem nexo<br />

AMAR<br />

É gostar, acompanhar, DOAÇÃO<br />

Ternura, carinho, cumplicidade<br />

Para ambos, uma só verdade<br />

Afinidade, lealdade, TESÃO<br />

É estar, servir, e com dedicação<br />

Satisfazer e dar com lealdade<br />

Transformar dois em um, e de verdade<br />

Conquistar sem mudar de opinião<br />

É ser da parceira o complemento<br />

Para que ambos, a todo o momento<br />

Possam caldear-se em plena FUSÃO<br />

É ser da FÊMEA o MACHO completo<br />

E com o membro murcho ou ereto<br />

Saciá-la no Inverno e no Verão<br />

JVerdasca<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Viagens VOUGA<br />

Tel. 026 424 27 00 / 30<br />

Fax 026 424 27 74<br />

Portuguesas são as mais sexualmente satisfeitas. Será?<br />

"As mulheres portuguesas são, entre as europeias, as mais satisfeitas em relação à vida sexual,<br />

no que à frequência e à qualidade diz respeito.<br />

No total, 88% das portuguesas confessam-se realizadas sexualmente, no que são seguidas por<br />

75% das espanholas e 74% das austríacas. O estudo "Que querem as mulheres?", conduzido<br />

pela consultora internacional Stategy One e apoiado pela Pfizer, foi feito junto a 2500 mulheres<br />

da Alemanha, Áustria, Espanha, Portugal e Suécia, todas elas com parceiro e numa relação<br />

estável.Entre as entrevistas, a portuguesas destacaram-se, já que, qualitativamente, 440 das<br />

500 entrevistadas portuguesas disseram-se satisfeitas.Quanto à frequência sexual, foram<br />

também as portuguesas que se destacam: 81% tem relações pelo menos uma vez por semana,<br />

seguidas pelas espanholas (68%). Na fim da lista surgem as suecas: 45% tem relações de sete<br />

em sete dias." in: http://www.pt-comunidades.com/<br />

- Será que neste estudo, perguntaram<br />

às mulheres, se, esta relação de vida<br />

sexual, tinha a ver simplesmente com<br />

sexo ou com amor!? É que nos dias que<br />

correm, tanto homens como mulheres<br />

são assediados sexualmente na rua,<br />

nos cafés e nos trabalhos etc. e alguns<br />

não resistem. Claro que consumir uma<br />

vez por semana sexo é pouco. Algo<br />

pode estar por trás! Pode existir mais<br />

alguém na vida do casal. Pode ele ou<br />

ela não ter potência sexual e estimu-<br />

lante e não reaja frequentemente.<br />

Domina muitas vezes a droga e o álcool. A doença está sempre nos grandes fracassos da<br />

sexualidade. Também os ciúmes separem as relações sexuais. Existe também o factor de<br />

cansaço entre quem trabalha muito, para além de algumas ansiedades. Outro ponto que<br />

está na vertente da diminuição do sexo, é o tempo de casamento estar a esgotar. Nesta<br />

última reflecte, a primeira frase, (e alguns não resistem) pois, contudo, se o casamento está<br />

a ficar corrompido, o sexo diminuí e acaba mesmo antes do divórcio. Na realidade um ser<br />

humano resistente e rígido, dependendo da idade, tem uma relação mais saudável em<br />

relação a alguns casos que citei. Sendo novo e solteiro, provavelmente tem mais vezes<br />

relações sexuais. Quando se é novo e casado, começam as relações a diminuir entre o casal<br />

(muitas vezes aumenta fora) por problemas do quotidiano... Na maturidade, volta-se a ter<br />

mais um pouco de estima, muitas das vezes voltamos a apaixonarmos pela nossa carametade,<br />

por isso se diz que, "na idade dos quarente, ou vai ou rebenta". Atrevo-me a dizer,<br />

que o amor não tem idade, nem vaidade, e ama-se muitas e muitas vezes até morrer, mas<br />

nos dias de hoje tudo está a mudar e queremos muitas vezes partir para outras aventuras e<br />

muitas das vezes perdemos tudo!... Talvez por esta ou aquela razão, uma vez por semana<br />

seja o suficiente, (melhor que nada) e muitas das vezes não se faz por amor e sim por sexo...<br />

inspiracaodoautor@sapo.p<br />

Se conduzir não beba nem se drogue<br />

Se beber ou se drogar não conduza<br />

Cumpra sempre o código da estrada<br />

jornal para as<br />

comunidades portuguesas<br />

no Mundo<br />

http://friluso.no.sapo.pt<br />

autor: Quelhas<br />

17<br />

FRI -LUSO


18 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

O LIVRO DE DOM JOAQUIM<br />

O livro de Dom Joaquim<br />

Justino Carreira, “ TREVAS OU<br />

LUZ – Os Pecados Capitais e os<br />

Dons do Espírito”, editado pela<br />

AIS – Ajuda à Igreja que Sofre<br />

– Organização Pública de<br />

Direito Pontifício, foi lançado<br />

em Jundiaí no último dia 17 de<br />

junho, sexta-feira, no auditório<br />

da Cúria Diocesana, O autor foi<br />

recebido pelo nosso querido<br />

Bispo Diocesano, Dom Vicente<br />

Costa e, antes dos autógrafos,<br />

fez uma breve reflexão sobre a<br />

temática, que nos leva a um<br />

maior conhecimento próprio<br />

e, como ele afirma na<br />

introdução, “do amor incomensurável<br />

de Deus pelos<br />

seus filhos”.<br />

O texto traduz: a experiência<br />

existencial de Dom Joaquim, a<br />

leitura que fez e faz da<br />

condição humana, a sua<br />

prática de direção espiritual a<br />

tantos e a sua comunhão<br />

autêntica e terna com Deus.<br />

Generosidade dele, partilhar<br />

suas descobertas transcen<br />

dentais. Ele insiste em nos dar<br />

a consciência de que Deus nos<br />

fez para sermos felizes e que<br />

essa felicidade está em reconstruirmos<br />

a nossa imagem e<br />

semelhança com o Altíssimo -<br />

atingida e maculada por<br />

nossas misérias, por nossa<br />

adesão ao malévolo - , aceitando<br />

e exercitando, com a<br />

força da graça de Deus, os Sete<br />

Dons do Espírito Santo:<br />

Sabedoria, Inteligência,<br />

Conselho, Fortaleza, Ciência,<br />

Piedade e Temor de Deus.<br />

Os pecados capitais – Soberba,<br />

Avareza, Luxúria, Inveja, Gula,<br />

Ira e Preguiça – nos levam à<br />

solidão. Mascaramos o que<br />

somos e, temerosos em perder<br />

os nossos disfarces, nos<br />

fechamos para nós mesmos,<br />

para os outros e para o Redentor.<br />

Em nossas trevas, alimentamos<br />

o vitimismo, a mágoa, a<br />

tentativa de domínio sobre os<br />

demais. E, ainda, cultuamos o<br />

malévolo com: idolatrias,<br />

egoísmo, julgamento condenatório,<br />

mentiras, injustiças,<br />

inveja, arrogância, ciúme, im-<br />

piedade, hipocrisia, corrupção,<br />

traição, comércio e uso de<br />

corpos e sentimentos, destruição<br />

da família, maledicência,<br />

comilanças exageradas,<br />

drogas lícitas e ilícitas, ódio,<br />

crueldade, vingança,<br />

desânimo, vadiagem etc.<br />

Triunfar sobre o outro não faz<br />

ninguém feliz. Os Sete Dons<br />

do Espírito Santo, ao contrário,<br />

nos iluminam, nos reconstituem<br />

e nos proporcionam<br />

vida nova.<br />

Dom Joaquim conclui que no<br />

Calvário está a nossa verdade<br />

de Trevas e Luz e a grande<br />

oportunidade de discernirmos<br />

sobre quem somos diante dos<br />

acontecimentos. Está a<br />

decisão de nossa vida: ser<br />

como o ladrão que, ao olhar<br />

para Jesus, O insultou, e não<br />

acolheu o perdão, continuando<br />

a ser só e a permanecer<br />

em seu inferno ou como<br />

Dimas, que acusou a si mesmo,<br />

pediu a Jesus que se lem-mbrasse<br />

dele, saiude sua soli-<br />

dão, experimentou a miseri-<br />

Maria Cristina Castilho de Andrade<br />

córdia de Deus e vislumbrou o<br />

Eterno.<br />

Dom Joaquim, atualmente<br />

Bispo Auxiliar de São Paulo,<br />

nascido em Portugal, chegou a<br />

Jundiaí ainda menino. Trouxe<br />

com ele a claridade que apareceu<br />

no céu, nas proximidades<br />

de sua terra natal, com a<br />

aparição de Nossa Senhora em<br />

Fátima. Aqui ouviu Deus que o<br />

chamava e se fez Sacerdote<br />

para sempre. Ter em mãos,<br />

através do livro recentemente<br />

publicado, parte de sua vivência<br />

na fé, nos faz melhores, é<br />

vinho novo que alegra o coração.<br />

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE - professora, coordenadora da Pastoral da Mulher na Diocese de<br />

Jundiai - SP - Brasil. Autora de "Nos Varais do Mundo/Submundo - Edições Loyola.<br />

Um mistério; ou não!<br />

Este ano vamos experimentar quatro<br />

datas incomuns ....<br />

1/1/11, 1/11/11, 11/1/11, 11/11/11<br />

e tem mais!!!<br />

Pegue os últimos 2 dígitos do ano em<br />

que você nasceu mais a idade que você<br />

vai ter este ano e a sua soma será igual<br />

a 111 para todos!<br />

Por exemplo: quem nasceu 1981 e fará<br />

30 anos: 81 + 30 = 111<br />

ALGUEM EXPLICA O QUE É ISSO ????<br />

É o Ano do dinheiro!!!<br />

Este ano outubro terá 5 domingos, 5<br />

segunda feira e 5 sábados.<br />

Isto acontece uma vez a cada 823 anos.<br />

Estes anos são conhecidos como 'mo-oneybags',<br />

baseado no feng-shui chinês.


FRI -LUSO<br />

A questão do atraso económico Português<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Um dos erros frequêntes na analise da evolução do nivél de vida, em Portugal, é considerar todo o periodo de 1852 até 1914 como<br />

um unico e indissociável periodo….fruto da recorrência a autores estrangeiros (a queda da monarquia portuguesa é um facto<br />

unico na história da Europa do sec XIX ate á I grande guerra, dai ser desconsiderado na analise que estrangeiros fazem)<br />

O facto é que existe não um mas dois periodos…a monarquia constitucional e a I republica e isso não permite que digamos que<br />

se em 1852 o PIB per capita a preços constante era de 109 escudos e em 1914 de 142 escudos, que a evolução foi fraca…Falso!<br />

Em 1896 esse valor foi de 169, em plena monarquia!<br />

Ou seja ,cá mistura-se a ascenção economica do periodo monarquico com a queda estrutural da I republica para dizer que no<br />

periodo de D. Carlos e D. Manuel não houve qualquer evolução e que as pessoas viviam na mais absoluta pobreza, sendo que a<br />

Republica foi a salvação da pátria.<br />

Entre meados do sec XIX e o inicio da I<br />

grande guerra, a Europa conheceu um<br />

crescimento rápido da produção. O<br />

arranque desta nova estrutura<br />

económica começa em 1780-1800 na<br />

Inglaterra; 1820-1860 na França<br />

(idêntico a Portugal); 1870-1890 na<br />

Suécia; 1890-1917 na Russia.<br />

Se na Inglaterra demora-se 50 anos a<br />

atingir a maturidade económica, na<br />

França o mesmo tempo , na Suécia 30<br />

anos, na Alemanha 40 anos, no Japão<br />

40 anos, nos EUA 50 anos e para outros<br />

paises como a Turquia, Argentina,<br />

México nunca a maturidade foi<br />

atingida e só agora a China e a India<br />

começam a dar sinais de maturidade, 57 anos depois do<br />

“arranque” .<br />

Podemo-nos questionar se efectivamente Portugal estava<br />

atrasado em 1900!?<br />

De acordo com P. Bairoch (“europe´s Gross Natonal Product<br />

1800-1975 ) um Português em 1860 tinha 77% da riqueza de<br />

um alemão, 93% da de um Dinamarquês (imagine-se!!!), 75%<br />

Os Doze Meses do Ano<br />

Fonte : Leonidas, FDR<br />

19<br />

da de um Francés, 47 % da de um<br />

Inglês…em 1913 cada português tinha<br />

76,4% da riqueza que tinha em 1910<br />

(apenas 3 anos o rendimento cai 23 %<br />

!!!).<br />

O que quer dizer que ,muito provavelmente,<br />

(faltam-me dados)em 1910 o<br />

rendimento de cada Português poderia<br />

ser equivalente ao um frances, superior<br />

á de um alemão e á de um dinamarquês.<br />

Dá vontade de sonhar onde poderiamos<br />

estar se não tivesse havido a I<br />

republica e toda a propaganda de<br />

instabilidade social desde 1890.<br />

Bom em 1913 Cada Português tinha 37% do rendimento de<br />

um alemão, 34% da de um Dinamarquês 42% da de um Francés<br />

e 29 % da de um Inglés…Em 1975 34% de um alemão, 36% de<br />

um dinamarquês 32% da de um frances e 44% da de um Inglés<br />

Ou seja mais uma vez se prova que entre Portugal e a Europa<br />

continuam a faltar o 16 anos de instabilidade da I republica e os<br />

10 anos de propaganda caluniosa irresponsavel e homicida<br />

que viria a terminar no homicidio do Chefe de Estado e consequente<br />

descredibilização de Portugal no meio internacional.<br />

Janeiro: Homenagem ao Deus Janus, protector dos lares<br />

Fevereiro: Mês do festival de Februália (purificação dos pecados) em Roma;<br />

Março: Em homenagem a Marte, Deus guerreiro;<br />

Abril: Derivado do latim Aperire (o que abre). Possível referência à primavera no Hemisfério Norte;<br />

Maio: Acredita-se que se origine de Maia, deusa do crescimento das plantas;<br />

Junho: Mês que homenageia Juno, protetora das mulheres;<br />

Julho: No primeiro calendário romano, de 10 meses, era chamado de quintilis (5º mês). Foi rebatizado por Júlio César;<br />

Agosto: Inicialmente nomeado de sextilis (6º mês), mudou em homenagem a César Augusto;<br />

Setembro: Era o sétimo mês. Vem do latim septem;<br />

Outubro: Na contagem dos romanos, era o oitavo mês;<br />

Novembro: Vem do latim novem (nove);<br />

Dezembro: Era o décimo mês.<br />

www.osconfradesdapoesia.com - Email : osconfradesdapoesia@gmail.com


FRI -LUSO<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

SETEMBRO - 2011<br />

Balança<br />

DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />

1 2 3<br />

1 - 9 - 1911. Portaria que regulamenta a reforma ortográfica<br />

proposta pela comissão nomeada em Fevereiro de 1911.<br />

1 - 9 - 1945. O Japão rende-se aos aliados, após o lançamento<br />

de duas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki.<br />

2 - 9 - 1885. A cadeia Penitenciária de Lisboa foi inaugurada.<br />

3 - 9 - 1758. Atentado contra D. José.<br />

3 - 9 - 1759. Carta Régia de D. José I abolindo a Companhia de<br />

Jesus em Portugal.<br />

5 - 9 - 1972. Onze membros da delegação israelita aos Jogos<br />

Olímpicos de Munique são mortos, durante um ataque à<br />

aldeia olímpica, por membros do grupo terrorista palestiniano<br />

Setembro Negro.<br />

DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />

4 5<br />

6 7 8 9 10<br />

6 - 9 - 1771. A carruagem do marquês de Pombal é apedrejada<br />

à saída do Paço.<br />

7 - 9 - 1540. Vila de Faro é elevada a cidade pelo rei D. João III.<br />

9 - 9 - 1438. O rei D. Duarte (1391-1438) morre em Tomar. O seu<br />

filho sobe ao trono com o nome de Afonso V.<br />

10 - 9 - 1974. Portugal reconhece a independência da Guiné-é-<br />

Bissau.<br />

DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />

11 12<br />

13 14 15 16 17<br />

15 - 9 - 1765. Nascimento do poeta Manuel Maria Barbosa du<br />

Bocage (1765-1805), em Setúbal.<br />

17 - 9 - 1665. Morte de Filipe IV de Espanha, III de Portugal.<br />

18 - 9 - 1865. O Palácio de Cristal é inaugurado, no Porto.<br />

18 - 9 - 1499. Vasco da Gama desembarca em Lisboa, após ter<br />

realizado a viagem à Índia, sendo recebido pelo rei D. Manuel<br />

e toda a Corte.<br />

DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />

18 19<br />

20 21 22 23 24<br />

20 - 9 - 1979. Em Portugal, as mulheres passam a ter garantia<br />

legal de igualdade de oportunidades e de tratamento no<br />

trabalho e no emprego.<br />

21 - 9 - 1761. É queimado no Rossio o padre jesuíta Gabriel<br />

Malagrida, denunciado pelo marquês de Pombal de falso<br />

profeta e impostor. É o último auto-de-fé com condenação à<br />

morte realizado em Lisboa.<br />

23 - 9 - 1822. Promulgação da primeira Constituição Portuguesa.<br />

DOM 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª SÁB<br />

25 26<br />

27 28 29 30<br />

28 - 9 - 1863. Nascimento do rei D. Carlos I (1863-1908). Rei em<br />

1889, morreu assassinado no Terreiro do Paço, vítima do<br />

movimento republicano que desejava o derrube da monarquia<br />

por meios violentos.<br />

29 - 9 - 1801. Tratado de paz entre Portugal e a República<br />

francesa, assinado em Madrid, em consequência da «Guerra<br />

das Laranjas», pelo qual Portugal se obriga a fechar os portos<br />

aos britânicos.<br />

30 - 9 - 1974. Tomada de posse do 3.º Governo Provisório,<br />

chefiado por Vasco Gonçalves.<br />

POSTAL DE PARABÉNS<br />

POR ANIVERSÁRIO<br />

Meu Caro Amigo Aniversariante<br />

Permita-me que o trate por Amigo, pois que outro não pode ser o sentimento<br />

entre um leitor do FRILUSO e um seu colaborador.<br />

Tenho todo o prazer, em meu nome e em nome do Jornal, em o cumprimentar<br />

e felicitar pelo seu aniversário, esperando que o celebre com saúde e<br />

felicidade. Sei que não está a ouvir nada, mas eu quando canto os PARABENS<br />

A VOCÊ, é mesmo assim : voz celestial e maviosa, tão maviosa e celestial que<br />

só os anjos podem ouvir, mas que o aniversariante, a quem dou os parabéns,<br />

pode sentir se acreditar na minha amizade e sinceridade. Quando dou os<br />

parabéns a alguém, sinto-me também de parabéns.<br />

É o que está a suceder quando ler esta minha mensagem, que espero lhe seja<br />

agradável pelas palavras que lhe dirijo e pela surpresa que lhe apresento. Não<br />

deixe de celebrar o seu aniversário, apesar de algo de adverso que possa<br />

existir, pois que devemos agradecer a Deus o dom da vida, e celebrar o<br />

aniversário é uma maneira fácil de o fazer.<br />

Saúde e longa vida para si e para todos os seus familiares. E que ninguém se<br />

esqueça de, já que somos obrigados a somar anos à vida, ninguém se<br />

esqueça de acrescentar vida aos anos.<br />

Amistosos cumprimentos laurindo.barbosa@gmail.com<br />

Pelo S. Matheus<br />

Faz conta co'as ovelhas<br />

Que os borregos já são teus<br />

Para boas colheitas<br />

Pede a Deus bom tempo<br />

Nas temporas de S. Matheus<br />

Dia de S. Matheus<br />

Vindimam os sizados<br />

Semeiam os sandeus<br />

Por S. Matheus<br />

Pega nos Bois<br />

E lavra com Deus<br />

Em 29 de Septembro<br />

Fecha S. Miguel as asas<br />

(Acaba a fruta do verão)<br />

Febre outonal<br />

Ou longa, ou mortal<br />

S. Miguel das uvas,<br />

Tarde vens e pouco duras<br />

Agosto amadura,<br />

Septembro vindima<br />

Arranja bom Septembro<br />

Com a burra eu te ficarei<br />

Septembro<br />

Ou seca as fontes<br />

Ou leva as pontes<br />

Águas verdadeiras<br />

Pelo S. Matheus as primeiras<br />

S. Matheus - 21 Setembro<br />

S. Miguel - 29 Setembro<br />

Aspecto da pisa das uvas<br />

Transporte do vinho em barcos Rebelo<br />

Vindimas no Alto Douro<br />

Transporte do vinho<br />

Sultatação das vinhas<br />

21


22 2011 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG N.° 61 FRI -LUSO<br />

Grupo Desportivo da Goma, 25 aniversários, jantar de confraternização nas Bodas de Prata em Zürich<br />

26/03/1986 BIS 11/06/2011 Sobradelo da Goma está de parabéns! A comitiva, no total de cinco Dirigentes vieram à<br />

Suíça ao jantar de confraternização das Bodas de Prata do Grupo Desportivo da Goma<br />

com o povo emigrante da freguesia de Sobradelo da Goma a viver em Zurique. “A deslocação<br />

do Grupo Desportivo da Goma a Zurique insere-se no contexto das comemorações<br />

do 25º Aniversário.” A vinda à Suíça surgiu numa iniciativa do GDG, quando no cantar das<br />

Janeiras pelas portas. “Ganhamos algum dinheiro para o GDG e bebemos uns copos!”<br />

Andando na Carrinha do GDG nas diversas actividades, ponderaram vir à Suíça nela com<br />

algum receio, dizendo que, seria uma aventura aliciante. “A deslocação na carrinha Mazda<br />

de 1987 com 800.000 km foi um desafio colocado entre nós 5 directores.”A viagem<br />

começou a ganhar forma e resolveram vir à Suíça e, com pouco dinheiro, meteram a<br />

carrinha em dia, a viagem demorou apenas 18 como qualquer grande veículo! A viagem<br />

foi suportado pelos elementos do GDG que, vieram ao Kanton de Zürich, o jantar foi pago<br />

por todos os participantes, apenas as T-shirts que trouxeram é que reverteram a favor do<br />

GDG, foi com esse intuito que cá vieram. Cantou-se os parabéns ao GDG, partiu-se e saboreou-se o grande bolo no molde de campo de futebol e,<br />

como o símbolo do GDG, (ver in youtube: quelhasgoncalves) bebeu-se champanhe… António Alves, confessa que se encontrava um homem feliz<br />

e realizado. “Tudo correu bem e dentro das expectativas, (crítica social construtiva) como sabes foi emigrante/estudante e sei um pouco da<br />

realidade da Suíça e penso que a crise está realmente instalada na Suíça e não em Portugal…” O Grupo Desportivo da Goma, tem umas excelentes<br />

instalações, campo de futebol e ringue com balneários, e, uma sala para espectáculos e jantares, exemplo festas de Natal entre outros. O Filipe Silva<br />

disse que, de momento o GDG não tem futebol activo, já participou em muitos torneios inter-freguesias e no próprio recinto e até já teve uma<br />

equipe de senhoras. Perguntamos o que era feito das senhoras; “casaram todas” no qual respondi em jeito de piada que, no futuro teremos uma<br />

equipa de juvenis! Tivemos à conversa com o ex. jogador Jorge Miguel, jogador no Benfica de Zürich que, também ele confirma, o que os dirigentes<br />

deram como justificação, a razão de momento não terem equipa activa, a falta de jovens na freguesia que com falta de trabalho vieram para a<br />

Suíça. Pedro Martins, bem-disposto entra na conversa animando a entrevista. “Eu nunca<br />

joguei mas apoiei sempre a equipe!”. Falamos no extinto estádio das Oliveiras, (campo com<br />

produção de azeite) onde há 32 anos (1979/2011) jogávamos à bola. “As Oliveiras<br />

fintavam-nos... As Oliveiras eram as bancadas…” Boas recordações! Victor Macedo<br />

Fernandes ex. jogador do GDG, descrito como o melhor defesa esquerdo nos últimos<br />

tempos que se jogava futebol a sério há 12 anos, confessou que jogou 14 anos consecutivos.<br />

Ainda tivemos o prazer de falar como o Victor Marçal e Zeca Alves concluíram a<br />

entrevista. Zeca diz que é empresário do Clube, enquanto Marçal diz que foi ex. jogador,<br />

avançado direito e já lá vão 15 anos atrás. Reflectimos juntos e, eu, como Sobradelense dei<br />

também o meu parecer e falamos realidades em comum sobre o tempo que se jogava e<br />

tínhamos muita assistência a ver os jogos de futebol e, como já referi, os jovens da fregue-<br />

sia de Sobradelo da Goma, emigraram quase todos, nomeadamente para o local onde a<br />

comitiva veio festejar o aniversário dos 25 anos de vida do GDG, mais precisamente em Zurique. Em conversa afirmaram 240 Sócios que o Clube<br />

tinha e pagavam apenas 6 euros anuais. “Valor simbólico que não dá para uma garrafa de água! (Quelhas) Confirmaram o Cantar das Janeiras para<br />

angariação de fundos para o GDG, os apoios da Junta de freguesia e, também da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso com subsídios anuais ao<br />

Clube. Quisemos saber quais as actividades culturais que faziam actualmente para a população da Goma; As respostas foram simples e objectivas:<br />

Encenação da vida de Cristo que envolve mais de 50 personagens e trás muito público de fora para verem a peça de teatro ao vivo no campo de<br />

futebol. Travessia de natação nas águas do rio Ave na barragem das Andorinhas. Concurso de pesca. Provas de Canoagem. Caminhada a São<br />

Bentinho da Porta Aberta e outros. Passeio de bicicleta com apoio do carro vassoura. Moto Resistência. Dia Radical. Magusto. Festa de Natal. Cantar<br />

das Janeiras. Cortejo de Carnaval. Jogos amigáveis de Veteranos… Salientaram ainda que a<br />

escola da freguesia de Sobradelo da Goma não participa com as crianças em actividades<br />

com o GDG e, que, o Grupo de Escuteiros há um ano formado, participa nas actividades<br />

juntamente com o GDG que, envolve crianças da escola…<br />

O Grupo Desportivo da Goma já tinha comemorado a 26 Março 2011 um jantar convívio de<br />

aniversário dos seus 25 anos de vida, reuniu 75 pessoas daquela freguesia de Sobradelo da<br />

Goma. “Hoje aqui em Zurique reunimos 50 pessoas, portanto tivemos 120 pessoas no total,<br />

todas as pessoas da freguesia!” António Alves agradeceu à Regina Monteiro e Hugo Miguel,<br />

por terem organizado o encontro entre conterrâneos no restaurante da APZ, Associação<br />

Portuguesa de Zurique e, ao Quelhas, jornalista dos jornais <strong>Fri</strong>-<strong>Luso</strong> e Gazeta Lusófona pela<br />

entrevista. O jantar estava bom, espero que todos tivessem gostado, fora o preço da água<br />

que foi muito cara!” No final o repórter e escritor “filho de Sobradelo da Goma” ofereceu um livro da Maria da Fonte, este foi autografado por quase<br />

todos os presentes, para recordação do Grupo Desportivo da Goma e dos subscritores.<br />

O povo da Goma recepcionou de braços abertos os cinco elementos do GDG vindos de Portugal à Suíça; José Martins, Zeca Alves, Victor Marçal,<br />

António Alves e Filipe Silva e, aderiram em peso ao jantar/convívio, tivemos todos em festa, cantamos os parabéns ao Grupo Desportivo da Goma…<br />

Partilhamos cultura…<br />

Sábado, 11 de Junho 2011<br />

Local: APZ - Associação Portuguesa de Zürich (alentejanos)<br />

Birchstrasse N. 80 - 8050 Zürich<br />

http://povoadelanhosoacounoseum.blogspot.com/<br />

Autor: Quelhas<br />

Nota: A notícia sai no jornal Gazeta Lusófona em formato de papel<br />

http://www.gazetalusofona.ch/ e, sai também no jornal <strong>Fri</strong>-<strong>Luso</strong> em formato on-line<br />

http://friluso.no.sapo.pt/ Assinem o Gazeta Lusófona, apenas por 35 CHF anuais.<br />

Guardem o Link do jornal <strong>Fri</strong>-<strong>Luso</strong> para lerem, deixem o V. e-mail para vos ser enviado<br />

o jornal on-line. Ambos os jornais têm o Quelhas como colaborador em teses de<br />

notícia e publicidade… Contactem inspiracaodoautor@sapo.pt


FRI -LUSO<br />

Jorge A. G. Vicente - Promotor<br />

N.° 61 JORNAL PERIÓDICO PORTUGUÊS DE FRIBOURG 2011<br />

Sabia que...<br />

No NetBanco pode ter informação sobre o saldo, em<br />

milhas, do seu cartão Premium Travel!<br />

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1752 Villars-s-Glâne FR<br />

Tel. 026 402 21 56<br />

Telem. 076 Jorge 383 55 A. 44 G. Vicente - Promotor<br />

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