Orixá e Entidade Exu Mirim - Feesperancaecaridade.org
Orixá e Entidade Exu Mirim - Feesperancaecaridade.org
Orixá e Entidade Exu Mirim - Feesperancaecaridade.org
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Mas isso não é inerente aos <strong>Exu</strong>s Mirins, e sim, à falta de informações dos seus médiuns, pois<br />
não se doutrinam nem aos espíritos que incorporam e os usam para extravasarem o que têm<br />
em seus íntimos.<br />
<strong>Exu</strong> <strong>Mirim</strong> é superior a tudo isso e, mesmo sendo relegado à mingua na maioria dos centros e<br />
por um grande número de médiuns umbandistas, vem sobrevivendo com um dos mais<br />
fechados dos mistérios da Umbanda e vem resistindo a comentários mais absurdos possíveis já<br />
publicados por pessoas que não só o desconhecem como nada sabem sobre ele.<br />
<strong>Exu</strong> <strong>Mirim</strong><br />
Por Rubens Saraceni<br />
Escrever sobre Exú <strong>Mirim</strong> se faz necessário nesse momento porque, desde que psicografei o<br />
livro Lendas da Criação - A Saga dos <strong>Orixá</strong>s, sua importância na Criação e na Umbanda<br />
mostraram-se maior do que imaginava-se.<br />
Não temos escritos abundantes a nossa disposição que ensinem-nos sobre esse <strong>Orixá</strong> ou que<br />
fundamente-o com Mistério Religioso.<br />
Essa falta de textos esclarecedores e fundamentais das suas manifestações religiosas nesse<br />
primeiro século de existência da Umbanda deixou Exú <strong>Mirim</strong> à própria sorte, ou seja: a vagos<br />
comentários sobre seus manifestadores que pouco ou nada esclareceram sobre eles e ao que<br />
vieram! Inclusive, por terem sido descritos como “espíritos de moleques de rua”, cada um<br />
incorporava-o com os típicos procedimentos de crianças mal-educadas, encrenqueiras,<br />
bocudas, chulas, etc.<br />
Foram tantos os disparates cometidos que é melhor esquecê-los e reconstruir todo um novo<br />
conhecimento sobre o <strong>Orixá</strong> Exú <strong>Mirim</strong>, antes que ele deixe de ser incorporado e relegado ao<br />
esquecimento, como já foi feito com muitos dos <strong>Orixá</strong>s que, por falta de informações corretas<br />
e fundamentadoras, deixaram de ser cultuados aqui no Brasil.<br />
Nas Lendas da Criação, Exú <strong>Mirim</strong> assumiu uma função e importância que antes nos eram des-<br />
conhecidas. A função é a de fazer regredir todos os espíritos que atentam contra os princípios<br />
da vida e contra a paz e a harmonia entre os seres. A importância e a de que, sem Exú <strong>Mirim</strong><br />
nada se pode ser feito na Criação sem sua concordância. Com Exú, dizia-se que “sem ele não se<br />
faz nada”. Já, com Exú <strong>Mirim</strong>, “sem ele nem fazer nada é possível”.<br />
Vamos por partes para entendermos sua importância e fundamentá-lo, justificando sua esença<br />
na Umbanda.<br />
1) Cada <strong>Orixá</strong> é um dos estados da Criação. Um é a Fé, outro é a Lei, outro é o Amor, e assim<br />
por diante, independente de suas interpretações religiosas.<br />
2) Por serem estados, são indispensáveis, insubstituíveis e imprescindíveis á harmonia e ao<br />
equilíbrio do todo. O Estado da matéria considerado “frio” só é possível por causa da<br />
existência do estado “quente” e ambos na escala celsus indica os dois estados das<br />
temperaturas. Sem um não seria possível dizer se algo está frio ou quente; se algo é doce ou<br />
amargo, se algo é bom ou ruim, etc. É a esse tipo de “estado” que nos referimos e não a um<br />
território geográfico, certo?<br />
3) Muitos são os estados da Criação e cada um é regido por um <strong>Orixá</strong> e é guardado e mantido<br />
por todos os outros, pois se um desaparecer (recolher-se em Deus), tal como numa escada,