Prova Gráfica - Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
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08. Consi<strong>de</strong>re as justificativas propostas para <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />
sinais <strong>de</strong> pontuação emprega<strong>do</strong>s no texto.<br />
I - Os <strong>do</strong>is-pontos da linha 01 introduzem uma interrogação<br />
indireta.<br />
II - A terceira vírgula da linha 06 separa a oração subordinada<br />
adverbial da principal.<br />
III - As duas últimas vírgulas da linha 07 separam elementos<br />
que exercem a mesma função sintática.<br />
Quais são corretas?<br />
(A) Apenas I<br />
(B) Apenas II<br />
(C) Apenas III<br />
(D) Apenas II e III<br />
(E) I, II e III<br />
Instrução: As questões <strong>de</strong> números 11 a 24 referem-se ao texto abaixo.<br />
01<br />
02<br />
03<br />
04<br />
05<br />
06<br />
07<br />
08<br />
09<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
16<br />
17<br />
18<br />
19<br />
20<br />
21<br />
22<br />
23<br />
24<br />
25<br />
26<br />
27<br />
28<br />
29<br />
30<br />
31<br />
Prodigalida<strong>de</strong><br />
09. Qual das formas verbais abaixo po<strong>de</strong>ria substituir <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
(linha 12) sem acarretar alteração na estrutura<br />
da frase?<br />
(A) incorre<br />
(B) inclui<br />
(C) resi<strong>de</strong><br />
(D) insere<br />
(E) advém<br />
10. Assinale a alternativa em que as sílabas das palavras<br />
enigma (linha 01), possível (linha 03) e nasceriam (linha<br />
04) estão corretamente separadas.<br />
(A) e - ni - gma / pos - sí - vel / nas - ce - ri - am<br />
(B) e - ni - gma / po - ssí - vel / na - sce - riam<br />
(C) en - ig - ma / po - ssí - vel / na - sce - riam<br />
(D) e - nig - ma / po - ssí - vel / nas - ce - ri - am<br />
(E) e - nig - ma / pos - sí - vel / nas - ce - riam<br />
Nós vivemos na socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sperdício.<br />
Esse comportamento simplesmente passou a ser parte inquestionável <strong>de</strong> nosso cotidiano. Des<strong>de</strong> que produzimos<br />
o primeiro .........., lá na ida<strong>de</strong> das cavernas, reservamos um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque para o <strong>de</strong>sperdício.<br />
Desperdiçamos não só porque a publicida<strong>de</strong> nos torna ansiosos em busca <strong>do</strong> belo e <strong>do</strong> novo. Também porque<br />
“ter”, hoje, se sobrepõe a “ser”. E muito mais porque a indústria progrediu, ficou mo<strong>de</strong>rna e eficiente.<br />
Simplesmente <strong>de</strong>sperdiçamos porque não temos noção <strong>de</strong> como sermos diferentes.<br />
Esse capítulo começa com as pragas que brotam e infestam as lavouras, <strong>de</strong>struin<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> parte das safras.<br />
Continua pelo terreiro das fazendas nas colheitas e <strong>de</strong>ixa um rastro .......... <strong>de</strong> alimentos apodrecen<strong>do</strong> nos caminhões,<br />
estradas, armazéns, merca<strong>do</strong>s, pias e gela<strong>de</strong>iras, até que <strong>de</strong>sembarca nas mesas e produz sobras.<br />
E este não é um privilégio <strong>do</strong> campo – ou <strong>do</strong> setor primário, para usar um termo mais técnico.<br />
Desperdiçamos com erros nas fábricas e burocracia nos escritórios.<br />
Apren<strong>de</strong>mos com júbilo a ven<strong>de</strong>r mais, estimulan<strong>do</strong> o consumo e induzin<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>sperdício. É um clássico <strong>do</strong><br />
ensino <strong>de</strong> marketing o caso das pastas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte. Seus fabricantes <strong>de</strong>scobriram, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitas pesquisas, que<br />
aumentar o diâmetro <strong>de</strong> saída <strong>do</strong>s tubos ampliava as vendas sem que fosse preciso duplicar a população nem criar<br />
novos hábitos <strong>de</strong> uso.<br />
Nós repetimos, a to<strong>do</strong> o tempo, que o que abunda não prejudica.<br />
Não questionamos as quantida<strong>de</strong>s ofertadas. Por que to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> tem que comprar leite em múltiplos <strong>de</strong> litro ou<br />
remédios em <strong>do</strong>ses maiores que a da .......... médica?<br />
Também não questionamos a obsolescência programada que con<strong>de</strong>na à morte produtos ainda nas mesas <strong>de</strong><br />
projeto. Nem a invasão <strong>do</strong>s <strong>de</strong>scartáveis, das embalagens recheadas com alumínio aos cartões telefônicos.<br />
Acumulamos excessos. E gastamos com filas, engarrafamentos e refazeres constantes.<br />
Quem nunca assistiu ao xampu escorren<strong>do</strong> pelo ralo através <strong>de</strong> um gargalo muito maior que o necessário? On<strong>de</strong><br />
estão as embalagens econômicas? É assim que a indústria produz.<br />
Não é lin<strong>do</strong> um presente embala<strong>do</strong> e reembala<strong>do</strong> em quilos <strong>de</strong> papel e fita colorida? Não é tão bom dar e receber<br />
no Natal, no dia das mães, <strong>do</strong>s namora<strong>do</strong>s, pais, crianças e mestres? Quem passa impune pelos crediários, promoções<br />
e vitrines? É assim que o comércio vive.<br />
O mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> produção industrial se alimenta da escala. O lucro vem da diferença entre o preço <strong>de</strong> custo e <strong>de</strong><br />
venda. Preço é <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela lei da oferta e da procura. A medida <strong>de</strong> nosso sucesso está no que temos.<br />
Esses são os principais ingredientes <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> que não se importa com o <strong>de</strong>sperdício e celebra o novo.<br />
Tu<strong>do</strong> novo é melhor. Tu<strong>do</strong> é <strong>de</strong>scartável. Carro, computa<strong>do</strong>r, celular, emprego, relacionamentos...<br />
Afinal, como chamamos as pessoas que economizam energia, fecham as torneiras e reaproveitam as sobras?<br />
(Adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pra<strong>do</strong>, Jason. Leituras Compartilhadas, fascículo 8)<br />
Auxiliar Judiciário - TJ/2005 3