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esofagite eosinofílica - Acta Médica Portuguesa

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Hugo BRAGA-TAVARES et al, Esofagite <strong>eosinofílica</strong> – uma patologia emergente em pediatria, <strong>Acta</strong> Med Port. 2009; 22(5):579-588<br />

lescente apresentava apenas uma reactividade forte a<br />

alergéneos inalatórios.<br />

Pese embora o aspecto da mucosa esofágica possa ser<br />

normal em até 30% dos doentes 2 , a maioria apresenta pelo<br />

Quadro 2 – Diagnóstico Diferencial entre Esofagite Eosinofílica e Refluxo<br />

Gastroesofáfico<br />

Caracterí sticas<br />

Esofagite Eosinofíli<br />

ca<br />

Refluxo<br />

Gastroe<br />

sofágico<br />

www.actamedicaportuguesa.com<br />

Clínica<br />

Atopia Frequente Sem<br />

aumento<br />

prevalênc<br />

ia<br />

Hipersensib ilid<br />

ade<br />

alime<br />

ntar<br />

FrequenteSemaumentoprevalência Sexo Masculin o<br />

Indife<br />

rente<br />

Dor<br />

Abdomina<br />

l,<br />

vómito<br />

,<br />

pirose<br />

Impactação<br />

Disfagi<br />

a<br />

Alime<br />

ntar<br />

e<br />

Exames<br />

Comuns<br />

( crianças<br />

pequenas)<br />

Comum<br />

( crianças<br />

mais<br />

velhas<br />

e adolescentes)<br />

Auxiliare<br />

s<br />

Diagnóstico<br />

584<br />

menos uma das alterações que compõem o espectro de<br />

achados endoscópicos da EE e que inclui erosões longitudinais,<br />

granulações, perda de padrão vascular, estenoses<br />

focais ou de maior extensão, pontuado branco (que corresponde<br />

a microabcessos de conteú-<br />

Comuns<br />

Incomum<br />

Estrias mucosa<br />

( EDA)<br />

Muito comum<br />

Ocasional<br />

Mucosa<br />

traquealiz<br />

ada<br />

( EDA)<br />

CaracterísticoIncomum pHmetria 24h<br />

Normal Alterada<br />

Anatomopa<br />

tologia<br />

EsófagoproximalEnvolvido Não<br />

envolvi<br />

do<br />

Esófago distal<br />

Envolv ido<br />

Envolv<br />

ido<br />

Hiperplasi a epitelia<br />

l<br />

MuitomarcadaMarcada Infil<br />

tração<br />

Eosinofí<br />

lica<br />

> 20/<br />

cga<br />

* *<br />

0-7/<br />

cga<br />

Pode<br />

afectar<br />

todas<br />

as<br />

camadas<br />

esófago<br />

Não<br />

dimin<br />

ui<br />

com<br />

tratamento<br />

anti-<br />

RGE<br />

Tratame<br />

nto<br />

Habitualm<br />

ente<br />

limi<br />

tado<br />

à<br />

camada<br />

mucosa<br />

Dimin<br />

ui<br />

com<br />

tratamento<br />

anti-<br />

RGE<br />

Bloq. H2<br />

Pode ser<br />

útil<br />

Útil<br />

Inibid or<br />

bomba<br />

protões<br />

PodeserútilÚtil Glucocortic óides<br />

Útil Não<br />

Útil<br />

Dieta<br />

sem<br />

alergénio<br />

s<br />

específic<br />

os<br />

Ú til<br />

Não<br />

Útil<br />

*<br />

Dieta element<br />

ar<br />

Ú til<br />

Não<br />

Útil<br />

*<br />

EDA – Endoscopia Digestiva Alta; cga – campo de grande ampliação; * Excluindo coexistência<br />

de hipersensibilidade alimentar; **> 15/cga segundo alguns autores<br />

do eosinofílico), friabilidade da mucosa<br />

esofágica ao toque, e, mais frequentemente,<br />

traquealização da mucosa pela<br />

existência de constrições anelares transversais<br />

da musculatura esofágica 30 . As<br />

endoscopias realizadas aos doentes<br />

descritos revelaram quase todos os<br />

padrões atrás descritos: mucosa esofágica<br />

friável, traquealizada e/ou estriada.<br />

O diagnóstico definitivo desta entidade<br />

é anatomopatológico, observando-se<br />

uma infiltração <strong>eosinofílica</strong> das<br />

diferentes camadas esofágicas, não existindo<br />

ainda um claro consenso sobre o<br />

grau de eosinofilia tecidular necessário<br />

para estabelecer o diagnóstico de<br />

EE 3 . Muito embora o critério utilizado<br />

no nosso centro (> 20 eosinófilos/cga)<br />

seja consensual, é considerado prudente<br />

equacionar este diagnóstico num<br />

doente com > 15 eosinófilos/cga 1,3,31 .<br />

Outros achados anatomopatológicos<br />

descritos incluem a presença de microabcessos<br />

eosinofílicos (atrás referidos),<br />

alongamento papilar e hiperplasia<br />

epitelial basal.<br />

O exame anatomopatológico revelou<br />

em todos os doentes um infiltrado<br />

eosinofílico esofágico (> 20 eosinófilos/<br />

cga). Foram também descritas lesões de<br />

paraqueratose e presença de células<br />

cilíndricas ciliadas (um doente), áreas<br />

de fibrose do córion (um caso) e presença<br />

de epitélio pavimentoso estratificado<br />

com prolongamento irregular das<br />

cristas interpapilares, espongiose e<br />

exocitose (num outro caso). O terceiro<br />

e quarto casos apresentavam ainda evidência<br />

de Gastrite crónica, identificando-se<br />

no último Hp a nível do antro<br />

gástrico.<br />

Dada a frequente normalidade da<br />

mucosa esofágica na endoscopia recomenda-se<br />

a realização de biópsia independentemente<br />

dos achados endoscó

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