Curso Básico de Shell Curso de Linux - Scix 2006 Instituto de Física ...

2 PRIMEIROS PASSOS
Shell é como chamaremos todo programa dedicado a interpretar comandos, vindos ou não de digitação humana, para o
sistema operacional. É também a primeira (e em nossa opinião ainda a mais eficaz) interface com o OS imediatamente
subjacente.
Assim, a shell é o programa que recebe comandos do ser humano operador do sistema, interpreta-os como funções
disponíveis no núcleo, efetuando dessa forma, a função requisitada. Esses comandos podem de fato vir da interação
com um ser humano na forma de comandos digitados pelo teclado, ou de qualquer outro dispositivo com as mesmas
características como portas USB, touchscreens 2 , etc.
É interessante ressaltar que a shell trabalha com entrada de texto. Desse modo, um mouse não lhe serve como dispositivo
de entrada 3 , pois a informação fornecida por esse tipo de aparelho consiste em pares de coordenadas de
modo gráfico, e da condição de pressionado ou não de seus botões. Para trabalhar com mouse, é necessário uma outra
interface, que será tratada em outro módulo do curso.
Tudo no computador se resume em informação: os programas são instruções que o processador entende e portanto é
capaz de executar. Seus dados, figuras, sons, etc são também coleções de unidades de informação 4 . A essas coleções
de unidades informacionais (bytes) chamaremos genericamente arquivos.
3 ARQUIVOS
Um arquivo para o Linux é na verdade uma pequena lista de informações sobre o que normalmente se pensa que é de
fato o arquivo: essa lista contém entre outras coisas o endereço físico no disco rígido (por exemplo) onde começa a
fila de bytes que é o "conteúdo"do arquivo. Outras informações dessa tabela são por exemplo; datas do último acesso,
criação, última modificação, permissões de acesso e muitas outras, como ilustrativamente foi esquematizado na seguinte
figura :
2 é muito difícil, e com o passar do tempo temo, praticamente impossível evitar estrangeirismos quando o assunto é informática. Muitos dos
termos são impossíveis de serem traduzidos por apenas uma palavra como é o caso da maioria dos termos em inglês. Nosso idioma não possui
mecanismos de construção de palavras novas por aglutinação como o alemão, de modo que qualquer tradução que faça sentido toma, freqüêntemente
várias palavras, tornando dessa forma seu uso impraticável.
3 É possível configurar um terminal para que possamos utilizar o mouse como por exemplo selecionar e copiar trechos de texto. Apesar do autor
entretanto, achar muito pouco prático, esta é mais uma ocasião em que o Linux demonstra flexibilidade.
4 na era dos computadores pessoais, definiu-se como unidade padrão de memória, um conjunto de 8 bits (unidades de informação binária; do
inglês dígito binário: BInary digIT) chamadas de byte. Não há qualquer razão especial para se usar conjuntos de 8 bits além das puramentes
históricas. Hoje todos os processadores são direcionados para se valerem da arquitetura de múltiplos de bytes, que o mercado solidificou como
padrão.
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