Ata da reunião do dia 09 de julho - Câmara Municipal de Valongo
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ACTA DA REUNIÃO<br />
EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA<br />
MUNICIPAL DE VALONGO<br />
REALIZADA NO DIA NOVE DE<br />
JULHO DO ANO DOIS MIL E NOVE<br />
No <strong>dia</strong> nove <strong>de</strong> Julho <strong>do</strong> ano <strong>do</strong>is mil e nove, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong>, Edifício <strong>do</strong>s Paços <strong>do</strong><br />
Concelho e Sala <strong>da</strong>s Reuniões <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, reuniram os Excelentíssimos Senhores:<br />
Presi<strong>de</strong>nte Dr. Fernan<strong>do</strong> Horácio Moreira Pereira <strong>de</strong> Melo<br />
Verea<strong>do</strong>res Dr. João António <strong>de</strong> Castro e Paiva Queirós<br />
Dr. Paulo Miguel <strong>da</strong> Silva Santos<br />
Carlos Manuel <strong>da</strong> Rocha Mota<br />
Eng.º Mário Arman<strong>do</strong> Martins Duarte<br />
Dr.ª Maria José Baptista <strong>de</strong> Moura Azeve<strong>do</strong><br />
Eng.º António Augusto <strong>de</strong> Magalhães Gomes<br />
Snr. Jorge Manuel Gonçalves Vi<strong>de</strong>ira<br />
Dr. Agostinho Barbosa Vieira Rodrigues Silvestre<br />
Foi <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> aberta a <strong>reunião</strong> pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> quan<strong>do</strong> eram <strong>de</strong>z horas.<br />
Pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> foi justifica<strong>da</strong> a falta <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r, Engº. José luís<br />
Pinto.<br />
1 PERÍODO DA ORDEM DO DIA<br />
ASSUNTO : A ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO MUNICIO E DOS MÉTODOS DE<br />
GESTÃO, INCLUINDO TOMADA DE POSIÇÃO SOBRE O EXERCÍCIO DE<br />
COMPETÊNCIAS<br />
A situação financeira <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> tem vin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>r-se, particularmente nos últimos meses,<br />
como atesta o facto <strong>de</strong>, em pouco mais <strong>de</strong> 12 meses, a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo ter aumenta<strong>do</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 150%. Se àquela dívi<strong>da</strong> se somar a dívi<strong>da</strong> não factura<strong>da</strong> e a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> capital, então a<br />
dívi<strong>da</strong> nestes meses quase triplicou.<br />
É com enorme preocupação que os proponentes <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> extraordinária têm vin<strong>do</strong> a assistir<br />
ao crescimento <strong>de</strong>scontrola<strong>do</strong> e, neste momento, <strong>de</strong>smesura<strong>do</strong>, <strong>de</strong> tal défice nas contas<br />
municipais, induzi<strong>do</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> claro, por situações e acontecimentos reitera<strong>do</strong>s, bem<br />
traduzi<strong>do</strong>s, a título <strong>de</strong> exemplo, por situações recentes, como as seguintes:<br />
• A antecipação <strong>da</strong> abertura <strong>de</strong> frente <strong>de</strong> obra, totalizan<strong>do</strong> milhões <strong>de</strong> euros, sem a<br />
necessária garantia prévia <strong>de</strong> co-financiamento externo à <strong>Câmara</strong>, alteran<strong>do</strong>, para tal,<br />
um cronograma e mapa <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s previamente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> e aprova<strong>do</strong> pelo Executivo<br />
e Assembleia <strong>Municipal</strong>, cujo horizonte temporal se esten<strong>dia</strong> até 2015;<br />
• A alteração, este último ano, <strong>de</strong> contenção na atribuição <strong>do</strong>s subsídios, quer em<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> quer em volume financeiro, sem estar <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente justifica<strong>da</strong>;<br />
• A contratação, por ajuste directo, <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços em áreas não vitais para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> concelho,<br />
• A contratação, por ajuste directo, e valores eleva<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> vários espectáculos <strong>de</strong><br />
varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, protagoniza<strong>do</strong>s por enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s exteriores ao concelho,<br />
• O atraso, sempre crescente, nos prazos em que a <strong>Câmara</strong> tem vin<strong>do</strong>, no último ano, a<br />
honrar os seus compromissos, nomea<strong>da</strong>mente junto <strong>de</strong> pequenas e mé<strong>dia</strong>s empresas<br />
suas fornece<strong>do</strong>ras.
Este panorama, para além <strong>de</strong> preocupante, impe<strong>de</strong>-nos <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>mitirmos <strong>da</strong>s consequências<br />
que <strong>de</strong>le vão necessariamente advir, a primeira <strong>da</strong>s quais, é a responsabilização política mas,<br />
também, muito provavelmente, a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira pelo <strong>de</strong>scalabro económico <strong>do</strong><br />
Município.<br />
Se é ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que a responsabilização financeira afectará apenas aqueles que assumiram<br />
<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s económicos ruinosos, também é certo que nenhum <strong>de</strong> nós <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong><br />
ser afecta<strong>do</strong>, aos olhos <strong>do</strong> público, pelo esta<strong>do</strong> a que chegarem as finanças municipais.<br />
Não po<strong>de</strong>mos, por isso, eximir-nos a tentar, por to<strong>do</strong>s os meios legais e legítimos, impedir,<br />
senão travar, a <strong>de</strong>terioração <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> coisas a que assistimos, para além <strong>do</strong>s vários<br />
alertas que temos vin<strong>do</strong>, publicamente, a lançar sobre esta situação, e que têm si<strong>do</strong><br />
sistematicamente ignora<strong>do</strong>s.<br />
Se alguma dúvi<strong>da</strong> houvesse, a fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> recente entrega <strong>do</strong>s pelouros por parte <strong>do</strong><br />
Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte, por algumas <strong>da</strong>s razões acima expostas, vem confirmar a justeza <strong>da</strong>s<br />
preocupações por nós manifesta<strong>da</strong>s.<br />
Esta <strong>de</strong>sastrosa gestão <strong>do</strong>s últimos meses tem um só rosto e um só nome.<br />
Agin<strong>do</strong> como age, o Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> tem ti<strong>do</strong> a cobertura <strong>do</strong> órgão que integra e a<br />
que presi<strong>de</strong>, e a conivência expressa ou tácita <strong>da</strong> maioria em que se tem sustenta<strong>do</strong>.<br />
A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, enquanto órgão colegial executivo <strong>do</strong> município, <strong>de</strong>mitiu-se <strong>da</strong>s suas<br />
principais competências. Fê-lo quan<strong>do</strong>, no início <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to, <strong>de</strong>legou essas suas<br />
competências no Presi<strong>de</strong>nte e quan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s, não as chamou a si para corrigir<br />
os <strong>de</strong>sman<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tão má governação.<br />
A este ritmo, não é difícil prever o que ain<strong>da</strong> está para vir até Outubro próximo.<br />
É tempo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um assumir as suas responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s. É tempo <strong>de</strong> a <strong>Câmara</strong> fazer o que lhe<br />
compete, gerin<strong>do</strong> os meios públicos <strong>de</strong> que dispõe, na base <strong>do</strong> único interesse que lhe cabe<br />
prosseguir – o interesse público.<br />
Assim, ten<strong>do</strong> em conta o referi<strong>do</strong> interesse público – que passa por não pôr em causa o regular<br />
funcionamento <strong>do</strong>s serviços e, simultaneamente, pela maior e mais alarga<strong>da</strong> pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />
como, quan<strong>do</strong> e on<strong>de</strong>, realizar as mais significativas <strong>de</strong>spesas públicas, a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>ve<br />
chamar a si as competências que a lei lhe atribui.<br />
Esta será uma <strong>de</strong>liberação oportuna e inteiramente legal. De facto, é sabi<strong>do</strong> que em<br />
02.11.2005 e em 17.02.2005, a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>legou, no Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, muitas <strong>da</strong>s<br />
suas competências, como, aliás, é corrente, na maioria <strong>da</strong>s <strong>Câmara</strong>s. Essa <strong>de</strong>legação sempre<br />
se mantém, e <strong>de</strong>ve manter-se, enquanto o juízo <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> for o <strong>de</strong> elas estarem a<br />
ser usa<strong>da</strong>s com as finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s legais e para serviço público. Caso contrário, <strong>de</strong>vem ser<br />
retira<strong>da</strong>s.<br />
O exercício <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res ou competências está hoje suficientemente regula<strong>do</strong> no<br />
Código <strong>do</strong> Procedimento Administrativo, nas suas linhas gerais, e tem várias concretizações na<br />
própria lei <strong>da</strong>s Autarquias Locais. Qualquer que seja a interpretação que se lhe atribua, é hoje<br />
pacífica a aceitação <strong>de</strong> certas i<strong>de</strong>ias básicas, uma <strong>da</strong>s quais é a <strong>de</strong> que a <strong>Câmara</strong> que <strong>de</strong>lega<br />
competências suas no seu Presi<strong>de</strong>nte (e só nele: artigo 65º <strong>da</strong> Lei 169/99, <strong>de</strong> 18.<strong>09</strong>, na<br />
re<strong>da</strong>cção em vigor), “po<strong>de</strong>, a to<strong>do</strong> o tempo, fazer cessar a <strong>de</strong>legação” (n.º 4 <strong>do</strong> artigo cita<strong>do</strong>).<br />
A i<strong>de</strong>ia é tão arreiga<strong>da</strong> que o legisla<strong>do</strong>r a introduziu na própria lei. É com esta feição, que <strong>de</strong>ve<br />
ser referi<strong>da</strong>: é que a <strong>Câmara</strong> não é, sequer, juridicamente obriga<strong>da</strong> a justificar a cessação <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>legação, já que as competências são po<strong>de</strong>res <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s por lei ou regulamento e são<br />
irrenunciáveis, <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que a renúncia a eles ou ao seu exercício, fora <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação,<br />
arrasta a nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer acto ou contrato em que intervenha o órgão renunciante (artigo<br />
29º, nºs 1 e 2, <strong>do</strong> CPA).<br />
De qualquer mo<strong>do</strong>, enten<strong>de</strong>mos que, pelo menos politicamente, sempre a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>ve, em<br />
tais circunstâncias, fun<strong>da</strong>mentar, ain<strong>da</strong> que <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> sumário, a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong>s suas<br />
competências, como acabámos <strong>de</strong> fazer, na presente proposta.<br />
Nestes termos, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>libera maioria revogar as seguintes <strong>de</strong>legações <strong>de</strong><br />
competência no Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>:<br />
− As <strong>de</strong>scritas sob os números 3, 5, 6, 7, 10, 14, 15, 19, 20, 21, 23, 24, 25, 28, 30, 31,<br />
32, 33 e 35, aprova<strong>da</strong>s na <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2005, no ponto 3.4 <strong>da</strong> sua<br />
Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos;<br />
− As <strong>de</strong>scritas sob os números 5 e 9, aprova<strong>da</strong>s na <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2005,<br />
no ponto 3.5 <strong>da</strong> sua Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos, e<br />
− As <strong>de</strong>scritas sob os números 1, 2, 3 e 4, aprova<strong>da</strong>s na <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong><br />
2005.<br />
A presente <strong>de</strong>liberação foi aprova<strong>da</strong> em minuta para efeitos <strong>de</strong> execução ime<strong>dia</strong>ta.
Interveio a Senhora Verea<strong>do</strong>ra, Dr.ª Maria José Azeve<strong>do</strong>, dizen<strong>do</strong> que aquela <strong>reunião</strong> surgia<br />
na sequência <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> anterior, que tinha si<strong>do</strong> termina<strong>da</strong> abruptamente, na qual tinham si<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s preocupações relativamente ao aumento <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> a curto prazo.<br />
Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra que entre 2008 e 20<strong>09</strong>, no total <strong>do</strong>s ajustes directos,<br />
comparativamente com as <strong>Câmara</strong>s <strong>do</strong> Gran<strong>de</strong> Porto, a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> tinha 25% <strong>de</strong>sse<br />
total, Vila Nova <strong>de</strong> Gaia 1%, Vila <strong>do</strong> Con<strong>de</strong> 0%, Espinho 0%, Póvoa <strong>de</strong> Varzim 0%, Gon<strong>do</strong>mar<br />
4%, sen<strong>do</strong> que somente a <strong>Câmara</strong> <strong>do</strong> Porto e a <strong>de</strong> Matosinhos tinham efectua<strong>do</strong> mais ajustes<br />
directos.<br />
Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra que os Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista estavam<br />
preocupa<strong>do</strong>s com a situação, ten<strong>do</strong> essa preocupação si<strong>do</strong> sanciona<strong>da</strong> com a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
posição <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós, e com os fun<strong>da</strong>mentos apresenta<strong>do</strong>s na sua<br />
<strong>de</strong>claração. Disse que, nos últimos <strong>do</strong>ze meses, a dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> tinha aumenta<strong>do</strong> 150%,<br />
num total <strong>de</strong> 51 milhões <strong>de</strong> euros, o que era preocupante.<br />
Acrescentou que na última <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> tinha pedi<strong>do</strong> alguns esclarecimentos sobre a<br />
situação financeira <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, perguntan<strong>do</strong> se o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> já os tinha em<br />
sua posse.<br />
Interveio o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, Dr. Fernan<strong>do</strong> Melo, dizen<strong>do</strong> que tinha os<br />
<strong>do</strong>cumentos solicita<strong>do</strong>s pela Senhora Verea<strong>do</strong>ra. Disse que no <strong>dia</strong> anterior tinha reuni<strong>do</strong> com a<br />
Senhora Directora <strong>do</strong> Departamento Financeiro e com o Senhor Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas que<br />
tinham uma opinião diferente <strong>da</strong> <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós.<br />
Disse o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2008 até Dezembro <strong>do</strong> mesmo ano, a<br />
dívi<strong>da</strong> tinha passa<strong>do</strong> <strong>de</strong> 9,2 para 14,3 milhões <strong>de</strong> euros, aumentan<strong>do</strong> 5,1%, estan<strong>do</strong> esse<br />
aumento <strong>do</strong> endivi<strong>da</strong>mento relaciona<strong>do</strong> com os investimentos apoia<strong>do</strong>s pelo QREN, pois, <strong>do</strong><br />
total <strong>da</strong>s obras <strong>da</strong>s escolas, cujo valor era <strong>de</strong> 14,7 milhões <strong>de</strong> euros, a <strong>Câmara</strong> iria receber <strong>do</strong><br />
QREN 7,14 milhões <strong>de</strong> euros, correspon<strong>de</strong>nte a 50% <strong>do</strong> investimento. A dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo,<br />
em Junho <strong>de</strong> 20<strong>09</strong>, era <strong>de</strong> 17,6 milhões <strong>de</strong> euros e as <strong>de</strong>spesas correntes comprometi<strong>da</strong>s por<br />
facturar, eram, em Junho <strong>de</strong> 20<strong>09</strong>, <strong>de</strong> 5,8 milhões <strong>de</strong> euros, e a <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> 12,9, milhões <strong>de</strong><br />
euros, o que <strong>da</strong>va um total <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> 19,6 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Disse que não era ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que as <strong>do</strong>tações orçamentais apresentavam fraca elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
comprometen<strong>do</strong> os restantes meses <strong>do</strong> ano, porque, no início <strong>do</strong> ano, já tinha si<strong>do</strong><br />
cabimenta<strong>da</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> <strong>do</strong>tação <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa corrente até ao final <strong>do</strong> ano, pelo que,<br />
relativamente ao primeiro semestre <strong>de</strong> 20<strong>09</strong>, verificava-se cabimentação corrente em absoluta<br />
harmonia com o orçamento <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 20<strong>09</strong>, não se verifican<strong>do</strong>, nem se preven<strong>do</strong> qualquer<br />
constrangimento orçamental até ao final <strong>do</strong> ano. Referiu o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que o<br />
défice aponta<strong>do</strong> seria financia<strong>do</strong> pelo QREN e por um empréstimo a médio e longo prazo, no<br />
Banco Saba<strong>de</strong>ll, com um spread <strong>de</strong> 0,42, o que era excelente, e com o empréstimo no âmbito<br />
<strong>do</strong> PREDE e com as candi<strong>da</strong>turas ao Programa Operacional <strong>da</strong> Regional <strong>do</strong> Norte. Mais disse<br />
o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que, segun<strong>do</strong> os Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, não se<br />
verificaria qualquer situação financeira preocupante, estan<strong>do</strong> os investimentos <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />
financia<strong>do</strong>s, não comprometen<strong>do</strong> o futuro <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong>. Relativamente à dívi<strong>da</strong> à<br />
ADSE, disse o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que tinha havi<strong>do</strong> um atraso pontual, durante três<br />
meses, que já estava resolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio. Mais disse que quanto à alega<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>clarar a situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro <strong>da</strong> Autarquia, tal<br />
não era possível, uma vez que o Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> estava a cumprir os pressupostos <strong>do</strong><br />
artigo 8.º <strong>do</strong> Decreto-Lei 38/2008, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Março, e que aquela norma legal continha vários<br />
requisitos cumulativos, to<strong>do</strong>s eles imprescindíveis para que a Assembleia <strong>Municipal</strong> se<br />
pu<strong>de</strong>sse pronunciar, sen<strong>do</strong> que pelo menos três não se encontravam preenchi<strong>do</strong>s. Disse,<br />
ain<strong>da</strong>, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que a DGAL não teria que se pronunciar sobre a<br />
matéria, por total ausência <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mento, até porque trimestralmente era envia<strong>da</strong> para a<br />
DGAL informação financeira, estan<strong>do</strong> aquela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> permanentemente ciente <strong>da</strong> situação<br />
financeira <strong>da</strong> Autarquia. Sublinhou o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que não existia qualquer<br />
situação <strong>de</strong> diferença estrutural <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong>, nos termos <strong>do</strong> n.º 4, <strong>do</strong> artigo 3.º <strong>do</strong><br />
Decreto-Lei 38/2008, e que o Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> cumpria integralmente o limite <strong>de</strong><br />
endivi<strong>da</strong>mento líqui<strong>do</strong>.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós, dizen<strong>do</strong> que o relatório <strong>do</strong> Município <strong>de</strong><br />
<strong>Valongo</strong> tinha si<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong> por quem tinha também assina<strong>do</strong> a informação <strong>da</strong><strong>da</strong> ao Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />
Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> tinha fala<strong>do</strong> em <strong>de</strong>sequilíbrio<br />
financeiro estrutural, mas não tinha fala<strong>do</strong> no <strong>de</strong>sequilíbrio conjuntural. Disse que o artigo 8º.<br />
<strong>do</strong> Decreto-Lei nº 38/2008, estabelecia que haveria <strong>de</strong>sequilíbrio quan<strong>do</strong> se verificassem três
situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio, estan<strong>do</strong> a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> <strong>de</strong>sequilibra<strong>da</strong> em <strong>do</strong>is itens e que,<br />
em seis, teria <strong>de</strong> ficar com três <strong>de</strong>sequilíbrios.<br />
Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que um Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas que se prezasse não <strong>de</strong>ixava<br />
passar a omissão ao <strong>de</strong>sequilibro financeiro conjuntural.<br />
Referiu o Senhor Verea<strong>do</strong>r que nos termos <strong>do</strong> artigo 38.º <strong>do</strong> Decreto-Lei 38/2008, e<br />
relativamente à situação referi<strong>da</strong> a 30 <strong>de</strong> Abril, o artigo 3.º estabelecia que o <strong>de</strong>sequilíbrio<br />
financeiro conjuntural se sanava através <strong>da</strong> contracção <strong>de</strong> empréstimos para saneamento<br />
financeiro, constituin<strong>do</strong> fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso <strong>de</strong> empréstimo para<br />
saneamento financeiro o preenchimento <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s seguintes situações <strong>de</strong>scritas no diploma<br />
legal, sen<strong>do</strong> que o Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> tinha em <strong>de</strong>sequilíbrio duas <strong>de</strong> três situações<br />
possíveis.<br />
Disse que o artigo 41.º, n.º 3 <strong>da</strong> Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais estabelecia que “a situação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sequilíbrio po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> sempre que se verifique uma <strong>da</strong>s seguintes situações:<br />
existência <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s a fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> montante superior a 50% <strong>da</strong>s receitas totais <strong>do</strong> ano<br />
anterior”, lembran<strong>do</strong> o Senhor Verea<strong>do</strong>r que as receitas totais <strong>de</strong> 2008 tinham si<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
34.765.368,71 euros e que a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo era <strong>de</strong> 17.382 euros, pelo que havia um<br />
<strong>de</strong>sequilíbrio financeiro municipal. Mais disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que a dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong> ADSE já se<br />
encontrava paga, mas que certamente iria ficar por pagar nos três meses seguintes, porque<br />
não havia o financiamento necessário para a pagar.<br />
Disse, ain<strong>da</strong>, que o relatório financeiro <strong>do</strong> primeiro quadrimestre, (elabora<strong>do</strong> por quem tinha<br />
aju<strong>da</strong><strong>do</strong> o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> a elaborar a informação) referia que “ a cabimentação<br />
corrente em relação ao orçamento é <strong>de</strong> 50,56 e <strong>de</strong> capital 76,50%, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> 64,01%<br />
globalmente, o que significa que em quatro meses o orçamento assume valores <strong>de</strong> execução<br />
acima <strong>do</strong>s 50%. O mesmo será dizer que as <strong>do</strong>tações orçamentais apresentam fraca<br />
elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>, limitan<strong>do</strong> os restantes meses, o que é <strong>de</strong>veras preocupante”. Acrescentou o<br />
Senhor Verea<strong>do</strong>r que não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ter a opinião que tinha sobre o assunto.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º António Gomes, dizen<strong>do</strong> que o rol <strong>de</strong> obras referi<strong>do</strong> pelo<br />
Senhores Verea<strong>do</strong>res, Eng.º. Mário Duarte e Eng.º. José Luis Pinto, na anterior <strong>reunião</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Câmara</strong>, <strong>de</strong>monstrava que a <strong>Câmara</strong>, durante o man<strong>da</strong>to que estava em curso, tinha feito<br />
muito pouco. Relativamente ao ambiente, tinha si<strong>do</strong> feita a <strong>de</strong>spoluição <strong>do</strong>s rios, dizen<strong>do</strong> o<br />
Senhor Verea<strong>do</strong>r que a <strong>Câmara</strong> tinha assina<strong>do</strong>, havia muito pouco tempo, o protocolo <strong>do</strong> Rio<br />
Ferreira; relativamente à construção <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong>sportivas, a <strong>Câmara</strong> tinha acaba<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
aprovar a construção <strong>do</strong> único complexo <strong>de</strong>sportivo <strong>do</strong> concelho, o que significava que era<br />
necessário procurar muito para se conseguir ver uma obra <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, o que, num man<strong>da</strong>to,<br />
era muito pouco. Disse que os Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Social Democrata diziam que os<br />
Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista batiam no executivo quan<strong>do</strong> não havia obra e <strong>de</strong>pois<br />
batiam porque havia dívi<strong>da</strong>, o que era complica<strong>do</strong>, no entanto, o que preocupava os<br />
Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista era a <strong>de</strong>spesa corrente e que quan<strong>do</strong> os Senhores<br />
Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Social Democrata soubessem o que a <strong>de</strong>spesa corrente significava,<br />
po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>bater o assunto.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Jorge Vi<strong>de</strong>ira, dizen<strong>do</strong> que comparan<strong>do</strong> a informação presta<strong>da</strong><br />
pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, com a intervenção <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós,<br />
continuava preocupa<strong>do</strong> com a situação financeira <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Agostinho Silvestre, dizen<strong>do</strong> que partilhava <strong>da</strong> opinião <strong>do</strong>s<br />
Senhores Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista relativamente à situação financeira <strong>do</strong><br />
Município, mesmo ten<strong>do</strong> em conta que se estava em ano eleitoral, o que não <strong>de</strong>veria permitir<br />
que se tomassem <strong>de</strong>cisões que pusessem em causa o futuro financeiro <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Miguel Santos, dizen<strong>do</strong> que se estava em ano eleitoral, o<br />
que era uma explicação bastante razoável para o discurso que os Senhores Verea<strong>do</strong>res <strong>da</strong><br />
oposição tinham ti<strong>do</strong> e para as últimas atitu<strong>de</strong>s que tinham toma<strong>do</strong>, nomea<strong>da</strong>mente no que<br />
respeitava à convocação <strong>da</strong>quela <strong>reunião</strong> extraordinária, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminante para aquele<br />
posicionamento o facto <strong>de</strong> se encontrarem em ano eleitoral, e <strong>de</strong> haver quatro Verea<strong>do</strong>res<br />
eleitos por um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> que, tanto quanto era sabi<strong>do</strong>, já não representavam esse<br />
mesmo Parti<strong>do</strong>, representan<strong>do</strong>-se a eles próprios, não saben<strong>do</strong> se representavam os eleitores<br />
que os tinham elegi<strong>do</strong>.<br />
Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que os investimentos que a <strong>Câmara</strong> tinha vin<strong>do</strong> a fazer tinham<br />
<strong>de</strong>corri<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma opção política, toma<strong>da</strong> por quem legitimamente tinha obti<strong>do</strong> os votos <strong>da</strong><br />
população <strong>do</strong> concelho, e que essa <strong>de</strong>cisão seria novamente julga<strong>da</strong> pela população que <strong>da</strong>ria<br />
a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira resposta às opções que tinham si<strong>do</strong> toma<strong>da</strong>s. Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que era<br />
ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que o país estava numa situação complica<strong>da</strong>, no entanto, era através <strong>do</strong>s
investimentos que a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> estava a assumir um papel <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> à situação <strong>do</strong><br />
país, tentan<strong>do</strong> auxiliar as pessoas a sair <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> crise, promoven<strong>do</strong> o investimento, ao<br />
contrário <strong>do</strong> que tinha si<strong>do</strong> feito pelo Governo, que continuava a insistir em investimentos<br />
megalómanos, numa altura em que não havia condições financeiras para tal, e não promovia<br />
pequenos investimentos <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a exemplo <strong>do</strong> que tinha sucedi<strong>do</strong> com as escolas,<br />
uma vez que os investimentos <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> tinham uma produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais ime<strong>dia</strong>ta e mais<br />
próxima, sen<strong>do</strong> necessário fazê-lo ao nível <strong>da</strong> reabilitação urbana. Referiu o Senhor Verea<strong>do</strong>r<br />
que a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> estava a cumprir a sua quota <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s naquela matéria,<br />
sen<strong>do</strong> uma opção política. Mais disse que a análise financeira feita pelo Revisor Oficial <strong>de</strong><br />
Contas o tranquilizava bastante, pois, perante os sinais que tinham si<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s pelo Senhor<br />
Verea<strong>do</strong>r Dr. João Queirós, e pelos Senhores Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista, a<br />
análise financeira efectua<strong>da</strong> pelo ROC permitia-lhe estar mais tranquilo relativamente à<br />
situação financeira <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, que, não sen<strong>do</strong> perfeita, estava assegura<strong>da</strong>. Recor<strong>do</strong>u o<br />
Senhor Verea<strong>do</strong>r que gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa que era critica<strong>da</strong> pela oposição relacionava-se<br />
com o investimento nos sectores <strong>da</strong> educação, construção e reabilitação <strong>da</strong>s escolas, sen<strong>do</strong><br />
estranho que utilizassem aquela argumentação para alicerçar a sua crítica, pois em to<strong>do</strong>s os<br />
processos que tinham si<strong>do</strong> presentes a <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong>, nomea<strong>da</strong>mente abertura <strong>de</strong><br />
concursos e adjudicações, a oposição tinha sempre vota<strong>do</strong> favoravelmente essas mesmas<br />
adjudicações. Sublinhou o Senhor Verea<strong>do</strong>r que tal posição era estranha e não era coerente.<br />
Mais disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que se estava em ano eleitoral e que os Senhores Verea<strong>do</strong>res<br />
eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista estavam a agarrar-se a tu<strong>do</strong> o que conseguiam.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º Mário Duarte, dizen<strong>do</strong> que o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Engº.<br />
António Gomes, <strong>de</strong>veria passar muito pouco tempo no concelho <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong>, uma vez que não<br />
conhecia as obras que tinham si<strong>do</strong> feitas e as que estavam em curso.<br />
Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que, ao nível <strong>do</strong> ambiente, a <strong>Câmara</strong> não tinha feito somente a<br />
<strong>de</strong>spoluição <strong>do</strong>s rios, ten<strong>do</strong> feito obras que não se viam, pois estavam enterra<strong>da</strong>s,<br />
nomea<strong>da</strong>mente a correcção ligações <strong>de</strong> saneamento e instalação <strong>de</strong> colectores <strong>de</strong> águas<br />
pluviais. Disse que vincava a intervenção <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Miguel Santos, julgan<strong>do</strong> que<br />
não era sério os Senhores Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista terem aprova<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
investimentos e to<strong>do</strong>s os subsídios e dizerem <strong>de</strong>pois que se preocupavam.<br />
Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que os Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista não queriam ficar<br />
com o ónus político <strong>de</strong> não aprovar as propostas que eram presentes à <strong>Câmara</strong>,<br />
nomea<strong>da</strong>mente subsídios e investimentos, mas que <strong>de</strong>pois lavavam as mãos e diziam que a<br />
dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> era muito gran<strong>de</strong>, no entanto, os Senhores Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong><br />
Socialista eram tão responsáveis como os Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Social Democrata, quan<strong>do</strong><br />
aprovavam as propostas, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> lavar as mãos e dizer que tinham aprova<strong>do</strong> uma<br />
proposta, mas que aquela iria criar dívi<strong>da</strong> e que a <strong>Câmara</strong> estava em má situação financeira.<br />
Acrescentou o Senhor Verea<strong>do</strong>r que aquela atitu<strong>de</strong> não era séria.<br />
Referiu o Senhor Verea<strong>do</strong>r que ficava espanta<strong>do</strong> com a posição toma<strong>da</strong> pelo seu colega e<br />
amigo, Dr. João Queirós, uma vez que a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> tinha ti<strong>do</strong> um Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
Pelouro <strong>da</strong>s Finanças até há quinze <strong>dia</strong>s atrás, e to<strong>da</strong> a situação financeira que tinha si<strong>do</strong><br />
apresenta<strong>da</strong> como sen<strong>do</strong> um <strong>de</strong>scalabro tinha ti<strong>do</strong> a aprovação, ao nível <strong>do</strong>s investimentos, <strong>do</strong><br />
Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós.<br />
Acrescentou o Senhor Verea<strong>do</strong>r que a Senhora Verea<strong>do</strong>ra, Dr.ª Maria José Azeve<strong>do</strong>, tinha<br />
vin<strong>do</strong> a ser rigorosa nos formalismos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos que eram presentes às reuniões <strong>de</strong><br />
<strong>Câmara</strong>, o que era pe<strong>da</strong>gógico, no entanto, a proposta apresenta<strong>da</strong> pelos Verea<strong>do</strong>res eleitos<br />
pelo Parti<strong>do</strong> Socialista não estava bem formaliza<strong>da</strong>, faltan<strong>do</strong>-lhe a <strong>da</strong>ta, elemento essencial.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós, dizen<strong>do</strong> que o preocupava o facto <strong>de</strong> o<br />
Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Miguel Santos, não ficar preocupa<strong>do</strong>, uma vez que havia <strong>do</strong>is elementos<br />
objectivos que constavam na Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais e no Decreto-Lei nº 38/2008, que<br />
estabeleciam exactamente o que era <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro e o Senhor Revisor Oficial <strong>de</strong><br />
Contas não tinha referi<strong>do</strong> aquela matéria.<br />
Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que a falácia com que se atiravam números para cima <strong>da</strong> mesa era<br />
uma evidência, pois se se tivesse em conta que a <strong>Câmara</strong>, em 20<strong>09</strong>, teria uma receita <strong>de</strong> 36<br />
milhões <strong>de</strong> euros e, a esse valor, se somassem 12 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>turas, e que<br />
haveria uma <strong>de</strong>spesa corrente <strong>de</strong> 18 milhões <strong>de</strong> euros, acresci<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24 milhões <strong>de</strong> euros,<br />
<strong>da</strong>ria um total <strong>de</strong> 42 milhões <strong>de</strong> euros, somente com o pagamento <strong>de</strong> vencimentos e encargos<br />
com aquisições <strong>de</strong> bens e serviços, o que ultrapassava a receita normal <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>. Disse que<br />
haven<strong>do</strong> 18 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo para pagar, mesmo que meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>quele<br />
valor fosse pago através <strong>do</strong>s 9 milhões <strong>de</strong> euros consegui<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> PREDE, passariam
10 milhões <strong>de</strong> euros para a dívi<strong>da</strong> a curto prazo, esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> médio e longo prazo<br />
para mais anos <strong>do</strong> que aqueles que já havia para pagar, acresci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 21 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong><br />
dívi<strong>da</strong> à EDP e <strong>de</strong> 17 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong> man<strong>da</strong>tos anteriores, perguntan<strong>do</strong><br />
o Senhor Verea<strong>do</strong>r se a situação não era preocupante.<br />
Mais disse que o que Senhor Verea<strong>do</strong>r, Engº. Mário Duarte tinha dito tinha si<strong>do</strong> “<strong>da</strong> boca para<br />
fora”, pois bem sabia o que tinha si<strong>do</strong> elaborar o orçamento para 20<strong>09</strong>, assim como sabia <strong>de</strong><br />
to<strong>da</strong>s as vezes que ele tinha alerta<strong>do</strong> para a situação financeira <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, saben<strong>do</strong> também<br />
que a partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> tinha assumi<strong>do</strong> o pelouro <strong>da</strong>s<br />
obras municipais, ele nunca mais tinha <strong>de</strong>spacha<strong>do</strong> um processo, saben<strong>do</strong> <strong>da</strong>s situações que<br />
se passavam quan<strong>do</strong> o Departamento Financeiro, por obrigação, lhe fazia chegar as<br />
situações <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente autoriza<strong>da</strong>s por quem <strong>de</strong> direito, pelos outros Senhores Verea<strong>do</strong>res ou<br />
pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />
Mais disse que se tinha <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> os pelouros havia quinze <strong>dia</strong>s, tinha si<strong>do</strong> porque tinha<br />
entendi<strong>do</strong> que não po<strong>dia</strong> mais pactuar com aquela situação e que não resolvia rigorosamente<br />
na<strong>da</strong> e que, se calhar, como tinha li<strong>do</strong> algures e alguém lhe tinha dito, <strong>de</strong>veria ter-se <strong>de</strong>miti<strong>do</strong><br />
há mais tempo, mas tinha um certo dilema, pois se estivesse na <strong>Câmara</strong> ain<strong>da</strong> tinha<br />
conhecimento <strong>do</strong> que se passava, se não estivesse na <strong>Câmara</strong>, <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ter conhecimento<br />
implícito <strong>da</strong>quilo que se passava. Acrescentou o Senhor Verea<strong>do</strong>r que somente por essa<br />
razão e porque, por duas vezes, lhe tinham pedi<strong>do</strong> veementemente para ficar na <strong>Câmara</strong>, não<br />
tinha saí<strong>do</strong> mais ce<strong>do</strong>.<br />
Interveio a Senhora Verea<strong>do</strong>ra, Dr.ª Maria José Azeve<strong>do</strong>, dizen<strong>do</strong> que os Verea<strong>do</strong>res eleitos<br />
pelo Parti<strong>do</strong> Socialista tinham vota<strong>do</strong> favoravelmente as adjudicações <strong>da</strong>s escolas e <strong>do</strong><br />
Complexo Desportivo <strong>da</strong> Outrela, ten<strong>do</strong> ela ti<strong>do</strong> sempre a preocupação <strong>de</strong> ter pergunta<strong>do</strong> ao<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> qual era a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou o risco que havia um ter tanta frente<br />
<strong>de</strong> obra e <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em a pagar, nomea<strong>da</strong>mente, relativamente à última e à penúltima<br />
adjudicação no valor <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong> euros, ten<strong>do</strong> o Senhor Presi<strong>de</strong>nte afirma<strong>do</strong> na <strong>reunião</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Câmara</strong>, em que tinham si<strong>do</strong> chama<strong>do</strong>s os técnicos <strong>de</strong> educação, que os empreiteiros já<br />
sabiam que iam receber tar<strong>de</strong> e a más horas. Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra que não eram só os<br />
investimentos nas escolas a razão <strong>da</strong> preocupação, porque, através <strong>de</strong> ajustes directos, havia<br />
muitas outras adjudicações que eram feitas e que não traziam investimento para o concelho,<br />
sen<strong>do</strong> dinheiro que estava a ser gasto. Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra que havia um fornece<strong>do</strong>r a<br />
quem a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>via 4 milhões <strong>de</strong> euros, estan<strong>do</strong> a <strong>Câmara</strong> a pagar a uma empresa <strong>de</strong><br />
propagan<strong>da</strong> e comunicação e a pagar concertos musicais um pouco por to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong>, num<br />
volume <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa que não <strong>de</strong>ixaria na<strong>da</strong> no concelho, opções que, disse, não seriam as<br />
<strong>de</strong>la.<br />
Mais disse que as competências que eram <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, e que tinham si<strong>do</strong> <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s no<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte e sub<strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s nos Senhores Verea<strong>do</strong>res, estavam na mão <strong>de</strong> três <strong>do</strong>s<br />
nove eleitos e, uma vez que havia a preocupação <strong>da</strong> maioria, <strong>do</strong>s quatro Verea<strong>do</strong>res eleitos<br />
pelo Parti<strong>do</strong> Socialista e <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós, relativamente ao futuro<br />
próximo <strong>da</strong>s Finanças <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, não via por que razão a <strong>Câmara</strong> não <strong>de</strong>veria revogar a<br />
<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as competências que até ao final <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to implicassem o agravamento<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa, uma vez que a situação era grave.<br />
Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra ter consulta<strong>do</strong> o arquivo <strong>do</strong> jornal “A Voz <strong>de</strong> Ermesin<strong>de</strong>” e na<br />
edição <strong>de</strong> Agosto ou Setembro <strong>de</strong> 2005, havia uma entrevista <strong>do</strong> Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
<strong>Câmara</strong> sob o título “Eu sou candi<strong>da</strong>to para pôr as contas em <strong>dia</strong>”. Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra<br />
que o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Miguel Santos, tinha razão em dizer que a questão tinha si<strong>do</strong><br />
levanta<strong>da</strong> porque se estava num perío<strong>do</strong> eleitoral, e que a prova disso era que em Abril <strong>de</strong><br />
2008, a dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> ron<strong>da</strong>va os 8 milhões <strong>de</strong> euros e os fornece<strong>do</strong>res eram pagos a 80<br />
<strong>dia</strong>s, e que era precisamente porque havia eleições que a dívi<strong>da</strong> estava em 17,6 milhões <strong>de</strong><br />
euros, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os números forneci<strong>do</strong>s pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>,<br />
acrescentan<strong>do</strong> a Senhora Verea<strong>do</strong>ra que não era por acaso que a dívi<strong>da</strong> tinha aumenta<strong>do</strong><br />
exponencialmente.<br />
Mais disse que se chegaria ao final <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to com uma dívi<strong>da</strong> maior <strong>do</strong> que aquela a que se<br />
tinha chega<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> man<strong>da</strong>to anterior e que os Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista<br />
não po<strong>dia</strong>m ignorar a situação, pois os números não enganavam, e que a posição toma<strong>da</strong> pelo<br />
Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós, tinha que ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>. Disse a Senhora Verea<strong>do</strong>ra<br />
que se tratava <strong>de</strong> uma posição política e que os Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista<br />
tinham si<strong>do</strong> eleitos politicamente e que as competências que a <strong>Câmara</strong> tinha <strong>de</strong>lega<strong>do</strong> no<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, e que tinham si<strong>do</strong> posteriormente <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s nos Senhores<br />
Verea<strong>do</strong>res, po<strong>dia</strong>m a qualquer momento ser revoga<strong>da</strong>s, porque a Lei o permitia. Acrescentou
que a proposta <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista já tinha si<strong>do</strong> apresenta<strong>da</strong>, não<br />
haven<strong>do</strong> razões para ser altera<strong>da</strong>, face às explicações que tinham si<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Agostinho Silvestre, dizen<strong>do</strong> querer clarificar o que havia<br />
si<strong>do</strong> dito pelo Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Miguel Santos, pois ele tinha si<strong>do</strong> eleito pelo Parti<strong>do</strong><br />
Socialista e continuava a ser representante <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista na <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>. Disse<br />
que o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. João Queirós, tinha reitera<strong>do</strong> as preocupações <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s<br />
pelos Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista. Disse, ain<strong>da</strong>, o Senhor Verea<strong>do</strong>r que os<br />
Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista tinham participa<strong>do</strong> nas votações relativamente a<br />
alguns assuntos presentes a <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong>, pedin<strong>do</strong> que o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Dr. Miguel<br />
Santos, lesse as respectivas actas, pois, nessas reuniões, tinham si<strong>do</strong> coloca<strong>da</strong>s questões que<br />
não tinham si<strong>do</strong> inteiramente respondi<strong>da</strong>s. Mais disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que, para além <strong>de</strong><br />
to<strong>da</strong>s as objecções que tinham si<strong>do</strong> coloca<strong>da</strong>s pelos Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista,<br />
relativamente a processos presentes a <strong>reunião</strong> <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong>, tinha havi<strong>do</strong> o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão<br />
<strong>do</strong> Senhor Vice-Presi<strong>de</strong>nte, que não era um factor menor, mas sim um facto político claro.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º António Gomes, dizen<strong>do</strong> ao Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º Mário<br />
Duarte, que pouco sério era a situação que tinha si<strong>do</strong> levanta<strong>da</strong> aquan<strong>do</strong> <strong>da</strong> aprovação <strong>do</strong><br />
Plano e Orçamento para 20<strong>09</strong>, em que ele tinha dito que algo estava mal na <strong>Câmara</strong>, se<br />
houvesse alguém que enten<strong>de</strong>sse que os 90 milhões <strong>de</strong> euros que constavam no orçamento<br />
alguma vez iriam existir, julgan<strong>do</strong> que havia algumas pessoas que efectivamente enten<strong>dia</strong>m<br />
que os 90 milhões <strong>de</strong> euros existiam. Disse o Senhor Verea<strong>do</strong>r que os empreiteiros sabiam<br />
que a <strong>Câmara</strong> não tinha dinheiro, sen<strong>do</strong>-lhes dito que iriam receber no prazo <strong>de</strong> um ano,<br />
perguntan<strong>do</strong> o Senhor Verea<strong>do</strong>r que capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação tinha a <strong>Câmara</strong> naquela<br />
situação e quanto custariam à <strong>Câmara</strong> as obras que estavam a ser feitas a to<strong>do</strong> o vapor,<br />
porque havia obras em que se trabalhava aos sába<strong>do</strong>s e fora <strong>de</strong> horas, para que as obras<br />
fossem inaugura<strong>da</strong>s até Outubro.<br />
Interveio o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, Dr. Fernan<strong>do</strong> Melo, dizen<strong>do</strong> que não era ver<strong>da</strong><strong>de</strong> o<br />
que havia si<strong>do</strong> dito pelo Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º António Gomes.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º António Gomes, dizen<strong>do</strong> que mostraria ao Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> as obras que estavam a ser feitas ao sába<strong>do</strong>.<br />
Interveio o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, Dr. Fernan<strong>do</strong> Melo, dizen<strong>do</strong> que a <strong>Câmara</strong> não<br />
estava a pagar obras ou trabalhos ao sába<strong>do</strong>.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º António Gomes, dizen<strong>do</strong> que o problema <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> não<br />
eram aquelas obras, mas sim as obras autoriza<strong>da</strong>s pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> com<br />
uma simples rubrica e a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> paga <strong>de</strong> uma forma perfeitamente absur<strong>da</strong>, como a que<br />
tinha saí<strong>do</strong> no sába<strong>do</strong> anterior, no Jornal <strong>de</strong> Notícias, acrescentan<strong>do</strong> o Senhor Verea<strong>do</strong>r que<br />
era aquele tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sman<strong>do</strong> que preocupava os Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista e,<br />
como a <strong>Câmara</strong> era soberana, fariam com que fosse a <strong>Câmara</strong> a <strong>de</strong>cidir sobre os pagamentos.<br />
Interveio o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, Dr. Fernan<strong>do</strong> Melo, dizen<strong>do</strong> que no <strong>dia</strong> anterior o<br />
Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas lhe tinha dito que não estava preocupa<strong>do</strong> com a situação financeira<br />
<strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> e que ele também não estava preocupa<strong>do</strong>.<br />
Interveio o Senhor Verea<strong>do</strong>r, Eng.º António Gomes, dizen<strong>do</strong> que não duvi<strong>da</strong>va <strong>da</strong> palavra <strong>do</strong><br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> e que não estavam a discutir nenhum <strong>do</strong>cumento que tivesse<br />
si<strong>do</strong> assina<strong>do</strong> pelo Senhor Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas.<br />
Interveio o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, Dr. Fernan<strong>do</strong> Melo, pedin<strong>do</strong> que a partir <strong>da</strong>quela<br />
<strong>da</strong>ta os Senhores Verea<strong>do</strong>res colocassem por escrito as questões relativas a problemas<br />
financeiros, porque quem iria respon<strong>de</strong>r seria o Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas e a Directora<br />
Financeira. Acrescentou o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> que os Senhores Verea<strong>do</strong>res eleitos<br />
pelo Parti<strong>do</strong> Socialista <strong>de</strong>fen<strong>dia</strong>m um ponto <strong>de</strong> vista diferente <strong>do</strong> <strong>de</strong>le, não valen<strong>do</strong> a pena<br />
per<strong>de</strong>rem mais tempo, pelo que iria colocar a votação a proposta apresenta<strong>da</strong> pelos<br />
Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista.<br />
Votou contra o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> e os Senhores Verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong><br />
Social Democrata, Dr. Paulo Miguel Santos, Eng.º Mário Duarte e Senhor Carlos Mota,<br />
apresenta<strong>do</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto <strong>do</strong> seguinte teor:<br />
“Perante a proposta apresenta<strong>da</strong> pelos verea<strong>do</strong>res eleitos pelo Parti<strong>do</strong> Socialista <strong>de</strong> analise <strong>da</strong><br />
situação financeira <strong>do</strong> município e <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gestão, incluin<strong>do</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posição sobre<br />
o exercício <strong>de</strong> competências, os eleitos <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Social Democrata representa<strong>do</strong>s na <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> enten<strong>de</strong>m que:<br />
Efectivamente com a abertura <strong>da</strong>s candi<strong>da</strong>turas ao Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional<br />
(QREN), no âmbito <strong>do</strong> Sector <strong>da</strong> Educação o Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> iniciou um conjunto <strong>de</strong>
procedimentos ten<strong>de</strong>ntes à realização <strong>do</strong>s investimentos previstos na Carta Educativa para o<br />
Concelho <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong><br />
Naturalmente que em face <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> obra contrata<strong>do</strong> se verifica acréscimo <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
curto prazo, a qual aferi<strong>da</strong> em Março/2008, <strong>de</strong> 6,9 milhões <strong>de</strong> euros, passou para 14,3 milhões<br />
<strong>de</strong> euros em Dezembro/2008.<br />
Tal não correspon<strong>de</strong> à reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Município já que a dívi<strong>da</strong> em Março/2008 ascen<strong>dia</strong> a 9,2<br />
milhões <strong>de</strong> euros, sen<strong>do</strong> que passou para o montante <strong>de</strong> 14,3 milhões <strong>de</strong> euros em<br />
Dezembro/2008. Deste mo<strong>do</strong>, verifica-se o acréscimo <strong>de</strong> 5,1 milhões <strong>de</strong> euros e não <strong>de</strong> 7,4<br />
milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Ain<strong>da</strong> quanto ao assunto <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> obra realiza<strong>do</strong> importa referir o que segue:<br />
a) Do montante total <strong>de</strong> investimento referente às Escolas <strong>de</strong> 14,73 milhões <strong>de</strong> euros, o<br />
Município vai receber a comparticipação <strong>do</strong> QREN no montante <strong>de</strong> 7,14 milhões <strong>de</strong><br />
euros, conforme abaixo se <strong>de</strong>talha;<br />
a. Das operações contratualiza<strong>da</strong>s com a CCDR-N ON2 – Novo Norte, vai<br />
receber a quantia <strong>de</strong> 3, 054 milhões <strong>de</strong> euros;<br />
b. Das operações candi<strong>da</strong>ta<strong>da</strong>s à 2ª fase <strong>do</strong> Edital <strong>do</strong> Pré-Escolar (15/06/20<strong>09</strong>) o<br />
Município vai receber a quantia <strong>de</strong> 1,152 milhões <strong>de</strong> euros;<br />
c. Das operações candi<strong>da</strong>ta<strong>da</strong>s ao Aviso AMP-RRE/1/20<strong>09</strong> (26/5/20<strong>09</strong>) o<br />
Município vai receber a quantia <strong>de</strong> 2,939 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Refira-se, ain<strong>da</strong>, que:<br />
a) Em Abril/20<strong>09</strong> a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo ascen<strong>de</strong> a 17,8 milhões <strong>de</strong> euros; em Maio/20<strong>09</strong><br />
a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo ascen<strong>de</strong> a 17,2 milhões <strong>de</strong> euros; em Junho/20<strong>09</strong> a dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
curto prazo ascen<strong>de</strong> a 17,64 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
b) A <strong>de</strong>spesa corrente comprometi<strong>da</strong> por facturar em Abril/20<strong>09</strong> é <strong>de</strong> 6,6 milhões <strong>de</strong> euros<br />
e em Junho/20<strong>09</strong> é <strong>de</strong> 5,8 milhões <strong>de</strong> euros; a <strong>de</strong> capital é <strong>de</strong> 12,9 milhões <strong>de</strong> euros<br />
em Abril/20<strong>09</strong> e 18,57 milhões <strong>de</strong> euros em Junho/20<strong>09</strong>.<br />
c) Acresce que não é ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que as <strong>do</strong>tações orçamentais apresentem muito fraca<br />
elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>, em face <strong>da</strong> percentagem <strong>de</strong> cabimentação corrente e <strong>de</strong> capital <strong>do</strong>s<br />
primeiros quatro meses <strong>do</strong> ano, pelo que limitariam os restantes meses <strong>do</strong> ano.<br />
Com efeito, relativamente às <strong>de</strong>spesas correntes, no início <strong>do</strong> ano foi cabimenta<strong>da</strong><br />
gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> <strong>do</strong>tação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa corrente até ao final <strong>do</strong> ano.<br />
Dessas <strong>de</strong>spesas correntes <strong>de</strong>stacam-se: to<strong>do</strong>s os protocolos celebra<strong>do</strong>s pelo<br />
Município; contratos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços continua<strong>do</strong>s; Iluminação pública,<br />
Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Enriquecimento Curricular, fornecimento <strong>de</strong> refeições escolares,<br />
varredura <strong>do</strong> Concelho, recolha <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s, aluguer <strong>de</strong> viaturas e outros; to<strong>da</strong>s<br />
as assinaturas <strong>de</strong> comunicações <strong>da</strong>s escolas <strong>do</strong> Município; transferências financeiras<br />
para a LIPOR, Juntas <strong>de</strong> Freguesia; Bombeiros e Santa Casa <strong>da</strong> Misericór<strong>dia</strong>.<br />
Ou seja, os montantes anuais <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas atrás elenca<strong>da</strong>s foram cabimenta<strong>do</strong>s no<br />
início <strong>do</strong> ano, pelo que qualquer conclusão sobre fraca elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Orçamento<br />
carece <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mento.<br />
Com referência ao 1º semestre <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 20<strong>09</strong> verifica-se cabimentação corrente em<br />
absoluta harmonia com o Orçamento <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 20<strong>09</strong>, não se verifican<strong>do</strong> nem<br />
preven<strong>do</strong> qualquer constrangimento orçamental até ao final <strong>do</strong> ano.<br />
d) Quanto à <strong>de</strong>spesa corrente comprometi<strong>da</strong> é <strong>de</strong> referir que correspon<strong>de</strong> precisamente<br />
aos efeitos <strong>da</strong> calen<strong>da</strong>rização <strong>do</strong>s investimentos <strong>do</strong> Município. Nos primeiros quatro<br />
meses <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2008 não havia quaisquer investimentos <strong>de</strong> relevo, nomea<strong>da</strong>mente<br />
no tocante ao parque escolar.<br />
Há ain<strong>da</strong> que referir que, no início <strong>do</strong> ano, as prestações <strong>de</strong> serviços e as aquisições<br />
<strong>de</strong> bens incorporam nos seus preços a actualização provoca<strong>da</strong> pela variação <strong>do</strong> Índice<br />
<strong>de</strong> Preços no Consumi<strong>do</strong>r, bem como a variação imposta por outros factores que<br />
condicionam a formação <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s bens e serviços, reflectin<strong>do</strong>-se nos níveis <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spesa.<br />
e) O défice aponta<strong>do</strong> será supri<strong>do</strong> pelas comparticipações <strong>de</strong>scritas no ponto 3, assim<br />
como com a utilização <strong>do</strong> empréstimo <strong>de</strong> médio e longo prazo contrata<strong>do</strong> com o Banco<br />
Dexia Saba<strong>de</strong>ll, S.A. no montante <strong>de</strong> 2,485 milhões <strong>de</strong> Euros, pelo prazo <strong>de</strong> 15 anos<br />
com excelentes condições financeiras (Spread <strong>de</strong> 0,42%), com os Empréstimos no<br />
âmbito <strong>do</strong> PREDE – 2ª fase no total <strong>de</strong> 9,017 milhões <strong>de</strong> euros, bem como com as<br />
candi<strong>da</strong>turas ao Programa Operacional Regional Norte, no valor <strong>de</strong> 2,253 Milhões <strong>de</strong><br />
euros.
No que se refere ao investimento no parque escolar (Carta Educativa), e como já se referiu<br />
atrás, o Município vai receber comparticipação <strong>do</strong> QREN no montante <strong>de</strong> 7,146 Milhões <strong>de</strong><br />
Euros. Neste senti<strong>do</strong>, não se verificará qualquer situação financeira preocupante,<br />
concretamente quanto ao <strong>de</strong>scontrolo <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> e comprometimento <strong>do</strong> futuro <strong>do</strong> concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Valongo</strong>.<br />
Acerca <strong>da</strong> “dívi<strong>da</strong> à ADSE” não se verifica actualmente qualquer atraso. Apenas houve atraso<br />
pontual <strong>de</strong> três meses, o qual já se encontra resolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o passa<strong>do</strong> mês <strong>de</strong> Maio.<br />
No que se refere à alega<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a Assembleia <strong>Municipal</strong> se pronunciar sobre a<br />
<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeira <strong>da</strong> Autarquia, é <strong>de</strong> referir que consta <strong>da</strong> Lei,<br />
nomea<strong>da</strong>mente <strong>do</strong> Decreto-lei n.º 38/2008, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Março que por proposta <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, a<br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar a situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro <strong>da</strong> Autarquia ou <strong>de</strong><br />
ruptura financeira.<br />
To<strong>da</strong>via, quanto ao Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> o art.º 8º <strong>do</strong> Decreto Lei atrás cita<strong>do</strong> encontra-se a<br />
ser cumpri<strong>do</strong>, uma vez que não se verificam pelo menos três <strong>da</strong>s circunstâncias elenca<strong>da</strong>s no<br />
n.º 1, as quais são obrigatoriamente cumulativas, razão pela qual está a Assembleia <strong>Municipal</strong><br />
impedi<strong>da</strong> <strong>de</strong> se pronunciar.<br />
Por sua vez, quanto à alega<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a DGAL propor ao Ministro <strong>da</strong>s Finanças e <strong>da</strong><br />
Tutela uma hipotética situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro estrutural, é <strong>de</strong> referir que em face<br />
<strong>do</strong> atrás <strong>de</strong>scrito não se vislumbra qualquer fun<strong>da</strong>mento para o efeito. Aliás é <strong>de</strong> referir que<br />
trimestralmente, proce<strong>de</strong>-se ao envio <strong>da</strong> informação financeira para a DGAL pelo que, esta<br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra-se permanentemente ao corrente <strong>da</strong> situação <strong>da</strong> Autarquia.<br />
Ain<strong>da</strong> em relação ao alega<strong>do</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro estrutural, passamos a citar o disposto na<br />
referi<strong>da</strong> alínea b) <strong>do</strong> n.º 4 <strong>do</strong> Artigo 3º <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 38/2008:<br />
“b) A existência <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s a fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> montante superior a 40% <strong>da</strong>s receitas totais <strong>do</strong><br />
ano anterior, tal como <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s no artigo 10º <strong>da</strong> LFL”<br />
Esta situação aplica-se a situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro conjuntural e não estrutural,<br />
conforme é referi<strong>do</strong>, pelo que a afirmação <strong>do</strong> Sr. Verea<strong>do</strong>r já cita<strong>do</strong> carece <strong>de</strong> qualquer<br />
cabimento e fun<strong>da</strong>mento.<br />
Frisa-se que não existe qualquer situação <strong>de</strong> Desequilíbrio Financeiro Estrutural <strong>do</strong> Município<br />
<strong>de</strong> <strong>Valongo</strong>, nos termos <strong>do</strong> n.º 4 <strong>do</strong> Artigo 3º <strong>do</strong> Decreto-lei 38/2008.<br />
O Artigo 8º, n.º 1, alínea b) <strong>do</strong> Decreto Lei n.º 38/2008 é conforme segue:<br />
“b) Endivi<strong>da</strong>mento líqui<strong>do</strong> superior a 175% <strong>da</strong>s receitas previstas no n.º 1 <strong>do</strong> artigo 37º <strong>da</strong><br />
LFL”.<br />
Quanto ao Município <strong>de</strong> <strong>Valongo</strong> verifica-se igualmente absoluto cumprimento <strong>do</strong> limite <strong>de</strong><br />
endivi<strong>da</strong>mento líqui<strong>do</strong>. Conforme se <strong>de</strong>monstra:<br />
- Receitas <strong>do</strong> n.º 1 <strong>do</strong> art. 37º <strong>da</strong> LFL (2008) - 22, 316 Milhões <strong>de</strong> Euros<br />
- 175% <strong>da</strong>s receitas <strong>do</strong> n.º 1 <strong>do</strong> art. 37º <strong>da</strong> LFL - 39, 054 Milhões <strong>de</strong> Euros<br />
- Endivi<strong>da</strong>mento Líqui<strong>do</strong> à <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 31/05/20<strong>09</strong> - 20, 928 Milhões <strong>de</strong> Euros<br />
Pelo aqui exposto, os eleitos <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Social Democrata votam contra a proposta.”<br />
ENCERRAMENTO<br />
Na<strong>da</strong> mais a constar foi encerra<strong>da</strong> a <strong>reunião</strong> quan<strong>do</strong> eram onze horas e trinta minutos. Para<br />
constar se lavrou a presente acta, que vai ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente aprova<strong>da</strong> e assina<strong>da</strong> por mim,<br />
Directora <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Administração Geral e Mo<strong>de</strong>rnização Administrativa, Helena<br />
Justa Ferreira Moreira <strong>de</strong> Oliveira.