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Manual das Oficinas de Pequenos Reparos - LACORD - UFF

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MANUAL DAS OFICINAS DE<br />

PEQUENOS REPAROS DAS<br />

UNIDADES DE INFORMAÇÃO<br />

DA SDC/<strong>UFF</strong><br />

Niterói<br />

2012


MANUAL DAS OFICINAS DE<br />

PEQUENOS REPAROS DAS<br />

UNIDADES DE INFORMAÇÃO<br />

DA SDC/<strong>UFF</strong>


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />

SUPERINTENDÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO<br />

LABORATÓRIO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE DOCMENTOS<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS<br />

DAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO DA SDC/<strong>UFF</strong><br />

Livros <strong>de</strong> uso<br />

Niterói<br />

2012


Manuais <strong>LACORD</strong><br />

Projeto e texto: Ana Rosa dos Santos<br />

Editoração e ilustrações: Fernando Dantas<br />

Catalogação<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense. Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

<strong>Manual</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong> <strong>das</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Informação<br />

da SDC/<strong>UFF</strong> / Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos;<br />

Texto: Ana Rosa dos Santos; — Niterói, 2012.<br />

50p. :il; 21 cm. — (Manuais <strong>LACORD</strong>,1).<br />

1Conservação. 2 <strong>Pequenos</strong> reparos. 3 Bibliotecas universitárias.<br />

I Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração. II Santos, Ana Rosa dos. III Título. IV Série.<br />

CDD 025.84


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO 9<br />

2 DEFININDO TERMOS 10<br />

2.1 TERMOS BASE 10<br />

2.2 PEQUENOS REPAROS 10<br />

2.3 LIVROS DE USO 10<br />

2.4 QUALIDADE ARQUIVÍSTICA 10<br />

2.5 PARTES DO LIVRO 10<br />

3 PREPARANDO PARA REPARAR 13<br />

3.1 COLAS: Preparo e uso 13<br />

3.1.1 Cola CMC 13<br />

3.1.2 Cola - CMC + PVA - 1:1 13<br />

3.1.3 Cola - CMC + 2 PVA – 1:2 13<br />

3.1.4 Cola - CMC + 3 PVA - 1:3 14<br />

3.1.5 Algumas dicas sobre colagem: 14<br />

3.2 PREPARANDO OUTROS ITENS 15<br />

3.2.1 Revestimento reforçado 15<br />

3.2.2 Recorte para remendo 15<br />

3.2.3 Folha <strong>de</strong> guarda 15<br />

3.3 VERIFICANDO O SENTIDO DO FIO OU DA FIBRA 15<br />

3.3.1 Papelão 15<br />

3.3.3 Papel mimo e seda 16<br />

3.3.4 Papel japonês 16<br />

3.3.5 Tecido 16<br />

3.4 DIAGNÓSTICANDO 16<br />

3.4.1 Tirando medi<strong>das</strong> 17<br />

3.5 HIGIENIZANDO E REMOVENDO INTERVENÇÕES ANTERIORES 17<br />

3.5.1 A poeira e etc. 17<br />

3.5.1.1 Capas cartona<strong>das</strong> 18<br />

3.5.1.2 Capas sintéticas e plastifica<strong>das</strong> 18<br />

3.5.2 Clipes e grampos <strong>de</strong> metal 18<br />

3.5.3 Etiquetas e fitas a<strong>de</strong>sivas 18<br />

3.5.4 Riscos, rabiscos, notas etc. 19<br />

3.5.5 Papéis, etc. 19<br />

3.6 DESMONTE DA OBRA 19<br />

3.6.1 etiquetas <strong>de</strong> segurança 19<br />

3.6.2 Fichas do livro ou <strong>de</strong> data 19<br />

3.6.3 Retirada da cola original 20


4 REPARANDO 21<br />

4.1 RASGOS 21<br />

4.1.1 Rasgos retos e cortes 21<br />

4.1.2 Outros rasgos 21<br />

4.2 ÁREAS FALTANTES 22<br />

4.3 PAPÉIS FRAGILIZADOS 22<br />

4.4 FOLHAS SOLTAS 23<br />

4.4.1 Folha solta 23<br />

4.4.2 Folhas soltas (Todo livro) 23<br />

4.5 CADERNOS SOLTOS 24<br />

4.6 COMPONDO O CORPO DO LIVRO PARA ENCADERNAR 24<br />

4.6.1 Substituindo folhas <strong>de</strong> guarda 24<br />

4.6.2 Colocando revestimento reforçado 25<br />

4.6.3 Colocando cabeceado 25<br />

4.6.4 Lixamento 26<br />

4.7 CAPAS BROCHURA 26<br />

4.7.1 Capas danifica<strong>das</strong> 26<br />

4.7.2 Capa inexistente 28<br />

4.8 CAPA DURA 29<br />

4.8.1 Lombada danificada ou inexistente 29<br />

4.8.2 Capa solta 30<br />

4.8.3 Cantos gastos 30<br />

4.8.4 Capas danifica<strong>das</strong> 31<br />

4.8.5 Capa inexistente 31<br />

4.8.5.1 Moldura 31<br />

4.8.5.2 Capa dura com sobrecapa 33<br />

5 CONCLUSÃO 35<br />

6 REFERÊNCIAS 37<br />

7 APÊNDICES 39<br />

7.1 LISTA DE INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 39<br />

7.2 CONTROLES ESTATÍTISCOS 39<br />

7.2.1 Controle estatístico <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong> 40<br />

7.2.2 Controle <strong>de</strong> material <strong>de</strong> consumo 41<br />

7.2.3 Amostra <strong>de</strong> papéis e outros materiais 43<br />

8 ANEXO 45<br />

8.1 ORDEM DE SERVIÇO N° 02/2000 <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000 45


1 INTRODUÇÃO<br />

Este manual, <strong>de</strong>senvolvido pelo Laboratório<br />

<strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

– <strong>LACORD</strong>, preten<strong>de</strong> orientar os<br />

trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos pelas <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong> - OPRs, <strong>das</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Informação da Superintendência <strong>de</strong> Documentação<br />

- SDC, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

Fluminense – <strong>UFF</strong>. O <strong>LACORD</strong> vem oferecendo<br />

cursos e treinamentos pontuais, buscando<br />

apresentar critérios e princípios <strong>de</strong> conservação<br />

e preservação <strong>de</strong> acervo. Nesses<br />

cursos as pessoas são treina<strong>das</strong>, orienta<strong>das</strong><br />

<strong>de</strong> modo a efetuar pequenos reparos em<br />

“livros <strong>de</strong> uso”. A intenção <strong>de</strong>ste manual é<br />

pontuar as aulas da<strong>das</strong>, não servindo como<br />

substitutos <strong>de</strong>ssas. As formas mais fáceis<br />

para a execução <strong>das</strong> tarefas <strong>de</strong> conservação<br />

foram busca<strong>das</strong>, <strong>de</strong> modo a promover essas<br />

ações em to<strong>das</strong> as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Informação<br />

<strong>de</strong>ssa Superintendência.<br />

O livro é o <strong>de</strong>staque, neste manual, algumas<br />

técnicas expostas aqui po<strong>de</strong>m ser<br />

utiliza<strong>das</strong> em outros documentos; mas a<br />

intenção <strong>de</strong>sse manual estará voltada para<br />

o livro, “livro <strong>de</strong> uso”. Este manual não preten<strong>de</strong><br />

abordar tratamento <strong>de</strong> obras raras,<br />

preciosas, ou valiosas.<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 9<br />

A idéia <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong><br />

– OPRs – é permitir que os reparos sejam<br />

realizados no espaço <strong>das</strong> próprias Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Informação, possibilitando o retorno<br />

dos itens em menor tempo à circulação,<br />

evitando maiores problemas aos serviços<br />

<strong>de</strong> empréstimo, reserva e consulta. O pleno<br />

funcionamento <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> po<strong>de</strong> contribuir<br />

com o bom <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sses serviços, e<br />

a sintonia <strong>das</strong> OPRs com esses serviços po<strong>de</strong><br />

facilitar toda gestão <strong>das</strong> bibliotecas.<br />

Como dito, este manual pontuará as aulas<br />

ofereci<strong>das</strong> pelo <strong>LACORD</strong>, buscando facilitar<br />

a realização dos trabalhos nas OPRs.<br />

Salienta-se que este é apenas um manual, e<br />

cada obra <strong>de</strong>verá ser analisada, e <strong>de</strong>verá ser<br />

tratada <strong>de</strong> acordo como seu diagnóstico. É<br />

importante também <strong>de</strong>stacar que além da<br />

técnica é preciso ter ética, e bom senso para<br />

discernir, e avaliar cada obra, i<strong>de</strong>ntificando<br />

assim aquelas que <strong>de</strong>verão sofrer alguma<br />

intervenção. Reitera-se a intenção <strong>de</strong>sse manual<br />

voltada a livros <strong>de</strong> uso, não sendo a<strong>de</strong>quado<br />

ao trabalho com livros raros, preciosos,<br />

ou valiosos. Enfatizamos também que<br />

os princípios <strong>de</strong> reversibilida<strong>de</strong> e intervenção<br />

mínima <strong>de</strong>vem ser básicos nas OPRs.


2 DEFININDO TERMOS<br />

A seguir alguns termos serão <strong>de</strong>finidos para<br />

maior compreensão do manual:<br />

2.1 TERMOS BASE<br />

PRESERVAÇÃO: é uma consciência, mentalida<strong>de</strong>,<br />

política (individual ou coletiva, particular<br />

ou institucional) com o objetivo <strong>de</strong><br />

proteger e salvaguardar o Patrimônio. Resguardar<br />

o bem cultural, prevenindo possíveis<br />

malefícios e proporcionando a este condições<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong> <strong>de</strong> “saú<strong>de</strong>”. É o controle<br />

ambiental, composto por técnicas preventivas<br />

que envolvam o manuseio, acondicionamento,<br />

transporte e exposição;<br />

CONSERVAÇÃO: É o conjunto <strong>de</strong> intervenções<br />

diretas, realiza<strong>das</strong> na própria estrutura<br />

física do bem cultural, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tratamento, impedindo, retardando ou inibindo<br />

a ação nefasta ocasionada pela ausência<br />

<strong>de</strong> uma preservação. É composta por<br />

tratamentos curativos, mecânicos e/ou químicos,<br />

tais como: higienização ou <strong>de</strong>sinfestação<br />

<strong>de</strong> insetos ou microorganismos, seguidos<br />

ou não <strong>de</strong> pequenos reparos;<br />

RESTAURAÇÃO: É um tratamento bem mais<br />

complexo e profundo, constituído <strong>de</strong> intervenções<br />

mecânicas e químicas, estruturais<br />

e/ou estéticas, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revitalizar<br />

um bem cultural, resgatando seus valores<br />

históricos e artísticos. Respeitando-se, ao<br />

máximo, a integrida<strong>de</strong> e as características<br />

históricas, estéticas e formais do bem cultural,<br />

<strong>de</strong>ve ser feito por especialistas (SÁ apud<br />

SARMENTO, 2003, p.2):<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 11<br />

2.2 PEQUENOS REPAROS<br />

Os “pequenos reparos” são intervenções<br />

pontuais, que visam evitar um dano maior<br />

no futuro, eles tentam recuperar os efeitos<br />

do uso e/ou da falta <strong>de</strong> preservação. Os pequenos<br />

reparos são ações <strong>de</strong> conservação.<br />

2.3 LIVROS DE USO 1<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se, neste manual, “livros <strong>de</strong> uso”<br />

aqueles que têm seu valor restrito ao conteúdo.<br />

Mais <strong>de</strong>talhes em 3.4.<br />

2.4 QUALIDADE ARQUIVÍSTICA<br />

É a <strong>de</strong>nominação dada aos materiais usados<br />

na conservação e no restauro que sejam física<br />

e quimicamente estáveis, e que ofereçam<br />

melhores condições <strong>de</strong> preservação aos documentos.<br />

Mais <strong>de</strong>talhes em 3.4.<br />

2.5 PARTES DO LIVRO<br />

O livro é dividido em partes. Essas partes po<strong>de</strong>m<br />

ser nomea<strong>das</strong> <strong>de</strong> várias formas.<br />

Outros termos citados neste manual po<strong>de</strong>rão<br />

ter sua <strong>de</strong>finição expostas no glossário<br />

ao final, como reversibilida<strong>de</strong>, brochura, etc.<br />

Veja na ilustração, a seguir, as diferentes partes<br />

do livro:<br />

1 É importante verificar o conteúdo da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço N° 02/2000 <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000, que versa sobre<br />

obras raras e valiosas, para melhor distinção. Veja também mais <strong>de</strong>talhes sobre <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> valor em 3.4.


12 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

Partes do livro


3 PREPARANDO PARA REPARAR<br />

A organização do espaço <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> é muito<br />

importante para o melhor <strong>de</strong>sempenho<br />

do trabalho. Esse espaço po<strong>de</strong> se limitar a<br />

uma mesa, mas se esta estiver minimamente<br />

organizada, as tarefas po<strong>de</strong>rão ser realiza<strong>das</strong><br />

com maior qualida<strong>de</strong>.<br />

É importante que as mãos estejam limpas, o<br />

uso <strong>de</strong> luvas po<strong>de</strong> ser indicado.<br />

Separe o material necessário para execução<br />

do trabalho, como: lápis, borracha, tesoura,<br />

régua metálica, estilete, espátula, pincéis,<br />

papéis, voal, mata-borrão; flanela; pano <strong>de</strong><br />

limpeza; etc.<br />

Depois do término <strong>das</strong> tarefas é importante<br />

que todo o espaço <strong>de</strong> trabalho seja reorganizado<br />

e limpo. Todos os instrumentos sejam<br />

lavados, higienizados e guardados.<br />

Enfim, a preparação para o <strong>de</strong>sempenho do<br />

trabalho <strong>de</strong> conservação é indispensável. É<br />

importante que tudo esteja a mão, <strong>de</strong> forma<br />

que não seja necessário a interromper o<br />

trabalho no meio, o que po<strong>de</strong>ria ocasionar<br />

outro dano ao documento. Um espaço organizado<br />

contribui para o bom <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>das</strong> tarefas.<br />

A seguir, alguns itens que <strong>de</strong>vem estar prontos<br />

para uso.<br />

3.1 COLAS: PREPARO E USO<br />

A carboximetilcelulose – CMC – é uma substância<br />

<strong>de</strong>rivada da celulose, que po<strong>de</strong> ser<br />

usada como cola. A sua aplicação como a<strong>de</strong>sivo<br />

permite a reversibilida<strong>de</strong>, um dos princípios<br />

da conservação. É geralmente apresentada<br />

como um pó branco, que misturado<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 13<br />

à água se transforma em uma substância gelatinosa<br />

e, transparente.<br />

O polivinil acetato – PVA – é um composto<br />

sintético, que po<strong>de</strong> ser usado como cola<br />

para ma<strong>de</strong>ira, e <strong>de</strong>rivados como o papel. É<br />

apresentado, geralmente, como uma um<br />

creme branco, po<strong>de</strong> ser apresentada também<br />

com um pó.<br />

Abaixo algumas formas <strong>de</strong> preparo e o uso<br />

<strong>de</strong>sses a<strong>de</strong>sivos:<br />

3.1.1 Cola CMC<br />

a) preparo - coloque 10 g <strong>de</strong> cola em pó (cerca<br />

<strong>de</strong> meio copo <strong>de</strong> cafezinho), em 250 ml<br />

<strong>de</strong> água, preferencialmente <strong>de</strong>stilada, <strong>de</strong>ionizada.<br />

Procure dissolver, misturar, sacudir o<br />

pó na água. Essa mistura se tornará homogênea,<br />

em até dois dias. Po<strong>de</strong>-se usar uma<br />

bate<strong>de</strong>ira para acelerar esse processo.<br />

b) uso – essa cola é usada para colagem do<br />

papel japonês, e do seda; em velaturas, remendos,<br />

etc.<br />

Essa cola po<strong>de</strong> ser misturada com a cola PVA,<br />

permitindo um maior tempo para efetivação<br />

da colagem. Adiante algumas proporções<br />

para essa mistura:<br />

3.1.2 Cola carboximetilcelulose e cola<br />

acetato polivinílico - CMC + PVA - 1:1<br />

a) preparo – misture partes iguais <strong>de</strong> CMC e<br />

PVA;<br />

b) uso – folha <strong>de</strong> guarda, folha solta.<br />

3.1.3 Cola carboximetilcelulose e cola<br />

acetato polivinílico - CMC + 2 PVA – 1:2<br />

a) preparo – misture uma parte <strong>de</strong> CMC e duas<br />

partes <strong>de</strong> PVA como;


14 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

b) uso – colocação <strong>de</strong> revestimento reforçado<br />

<strong>de</strong> lombada, etc.<br />

3.1.4 Cola carboximetilcelulose e cola<br />

acetato polivinílico - CMC + 3 PVA - 1:3<br />

a) preparo – misture uma parte <strong>de</strong> CMC, com<br />

três partes <strong>de</strong> PVA;<br />

b) uso – capa dura.<br />

As indicações <strong>de</strong> uso po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> acordo<br />

com a qualida<strong>de</strong> dos a<strong>de</strong>sivos, e do documento<br />

trabalhado, veja outras dicas abaixo<br />

que po<strong>de</strong>m ajudar também nesse uso. A experiência<br />

é a maior auxiliar em todo trabalho<br />

<strong>de</strong> conservação.<br />

3.1.5 Algumas dicas sobre colagem:<br />

a) quanto maior a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> PVA na<br />

mistura, menor a reversibilida<strong>de</strong>, e maior a<br />

a<strong>de</strong>são;<br />

b) na escolha da cola PVA, prefira aquela que<br />

tem maior flexibilida<strong>de</strong>;<br />

c) use cola suficiente: nem muito, nem pouco;<br />

esse limite virá com a experiência;<br />

d) para espalhar a cola geralmente se usa<br />

pincéis; assim o uso <strong>de</strong> pincéis sintéticos é<br />

indicado, eles são mais fáceis <strong>de</strong> limpar. Evite<br />

pincéis que enferrujem, pois estes soltam as<br />

cer<strong>das</strong>, prejudicando o trabalho. Escolha os<br />

<strong>de</strong> alumínio, <strong>de</strong> aço, etc.<br />

e) um aplicador p/ massa, cola é uma opção<br />

para espalhar a cola;<br />

f) escolha os tamanhos dos pincéis <strong>de</strong> acordo<br />

com o tamanho da superfície a ser colada;<br />

g) para melhor espalhar a cola, procure seguir<br />

o sentido da fibra;<br />

h) para acelerar o tempo <strong>de</strong> secagem, o uso<br />

do VOAL, tela <strong>de</strong> nylon, ou outro material<br />

poroso, permeável é o mais indicado, pois<br />

esse permite o uso do papel mata-borrão,<br />

durante a secagem;<br />

i) para proteção <strong>das</strong> partes que não estão<br />

sendo cola<strong>das</strong>, e como base para a colagem,<br />

recomenda-se o uso <strong>de</strong> materiais antia<strong>de</strong>rentes<br />

impermeáveis como: papéis encerrados,<br />

siliconados, folha <strong>de</strong> acetato ou, plásticos<br />

grossos;<br />

j) procure secar os itens em superfícies planas,<br />

usando pesos ou prensas; a planificação<br />

é essencial para uma boa qualida<strong>de</strong> do<br />

trabalho; 2<br />

l) lave os pincéis, logo após o uso; use água,<br />

po<strong>de</strong>-se usar sabão neutro, ou antibactericida.<br />

Caso seja necessário o uso do molho<br />

exponha apenas os pelos. Seque os pincéis,<br />

pendurando-os <strong>de</strong> modo que água escorra<br />

sem tocar a parte <strong>de</strong> metálica, evitando a<br />

ferrugem, e a soltura dos pelos;<br />

m) use pequenos vasilhames ou frascos com<br />

bicos para aplicação <strong>das</strong> colas, evitando assim<br />

a colocação do pincel direto no pote <strong>de</strong><br />

cola. Este procedimento po<strong>de</strong> evitar a contaminação<br />

da cola, e <strong>de</strong>terioração precoce.<br />

n) em temperaturas eleva<strong>das</strong>, e/ou oscilantes<br />

é recomendável a conservação <strong>das</strong> colas<br />

mistas e CMC em gela<strong>de</strong>ira, evitando essa<br />

<strong>de</strong>terioração;<br />

o) como dito, as indicações <strong>de</strong> preparo e uso<br />

po<strong>de</strong>m variar, <strong>de</strong> acordo com a qualida<strong>de</strong> do<br />

produto utilizado; a experiência é que dará a<br />

medida certa.<br />

2 Os pesos são usados para prensar, planificar. Para esse fim po<strong>de</strong>m ser usa<strong>das</strong> pedras mármores, reatores<br />

antigos forrados, etc.


3.2 PREPARANDO OUTROS ITENS<br />

Os itens a seguir sempre são usados, e po-<br />

<strong>de</strong>m ser preparados em quantida<strong>de</strong>, e guar-<br />

dados em pastas feitas <strong>de</strong> material alcalino<br />

ou neutro. Antes prepara-los observe o sen-<br />

tido <strong>das</strong> fibras <strong>de</strong> cada material. Veja <strong>de</strong>ta-<br />

lhes em 3.3.<br />

3.2.1 Revestimento reforçado<br />

Material: Morim; papel alcalino gramatura<br />

75; cola CMC; cola PVA; água; cola 1:1; pincel<br />

largo; aplicador p/ massa, cola.<br />

Preparo:<br />

a) pegue um papel alcalino a4, ou outro ta-<br />

manho. Coloque em uma superfície lisa, co-<br />

mo vidro;<br />

b) fixe este papel a essa superfície, isso po-<br />

<strong>de</strong> ser feito com pincela<strong>das</strong> <strong>de</strong> CMC diluída<br />

em um pouco mais <strong>de</strong> água; ou com quatro<br />

pontos <strong>de</strong> PVA;<br />

c) coloque um pedaço <strong>de</strong> tecido tipo morim,<br />

do mesmo tamanho, sobre este papel;<br />

d) pincele a cola 1:1, por cima <strong>de</strong>sse conjun-<br />

to. Estique o revestimento do meio para fora,<br />

até retirar as bolhas, use a espátula para es-<br />

palha. Aguar<strong>de</strong> secar;<br />

Esse revestimento é usado para reforçar<br />

lombada, sendo mais resistente que o mo-<br />

rim, que é usado também <strong>de</strong> forma isolada.<br />

3.2.2 Recorte para remendo<br />

Material: Papel fino escolhido; algodão; palito<br />

<strong>de</strong> manicure ou churrasco; água; régua<br />

metálica.<br />

Preparo:<br />

a) Pegue uma folha <strong>de</strong> papel fino (seda, japonês,<br />

etc.). Coloque algodão na ponta <strong>de</strong><br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 15<br />

um palito, formando o chamado swab, e<br />

ume<strong>de</strong>ça esse com água;<br />

b) com o auxilio <strong>de</strong> uma régua passe o swab<br />

na folha, <strong>de</strong> modo a produzir tiras <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 1,5 cm a 2 cm;<br />

c) <strong>de</strong>pois rasgue seguindo as marcas <strong>de</strong>ixa<strong>das</strong><br />

pela água.<br />

Essas tiras po<strong>de</strong>m ser usa<strong>das</strong> em remendos<br />

<strong>de</strong> rasgos retos.<br />

3.2.3 Folha <strong>de</strong> guarda<br />

Esse recurso po<strong>de</strong> se usado quando na falta<br />

<strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> tamanho maior, para guarda.<br />

Material: papel alcalino A4; cola 1:1; pincel<br />

fino, régua plástica.<br />

Preparo:<br />

a) Passe cola 1:1, na beirada <strong>de</strong> uma <strong>das</strong> folhas,<br />

use a régua plástica para <strong>de</strong>marcar;<br />

b) emen<strong>de</strong> duas folhas <strong>de</strong> papel alcalino A4.<br />

3.3 VERIFICANDO O SENTIDO DO FIO OU<br />

DA FIBRA<br />

A verificação do sentido da fibra <strong>de</strong>ve ser realizada<br />

para evitar a problemas na colagem,<br />

no corte, dobras, etc. Na maioria dos papeis<br />

a forma <strong>de</strong> verificar o sentido <strong>das</strong> fibras é encurvando<br />

o papel na horizontal e na vertical,<br />

a direção que oferecer menor resistência será<br />

o sentido da fibra.<br />

3.3.1 Papelão<br />

A regra geral é indicada para o papelão. Em<br />

uma superfície plana curve o papelão, vertical<br />

e horizontalmente; o sentido da fibra<br />

será aquele que oferecer menor resistência<br />

(GOMES, p.19).<br />

Po<strong>de</strong>-se também verificar as marcas que ficam<br />

durante a secagem, geralmente o sentido<br />

da fibra está no comprimento do papelão<br />

(RODRIGUES, p. 28).


16 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

3.3.3 Papel mimo e seda<br />

Rasgue um pedaço nos dois sentidos, aquele<br />

que oferecer menor resistência é o sentido<br />

da fibra.<br />

3.3.4 Papel japonês<br />

É dito que as fibras <strong>de</strong>sse papel são entrelaça<strong>das</strong>,<br />

e po<strong>de</strong>m ser usa<strong>das</strong> em qualquer sentido,<br />

mas faça o teste acima <strong>de</strong>scrito, para<br />

confirmação, e melhor uso.<br />

3.3.5 Tecido<br />

O sentido <strong>das</strong> fibras do tecido é paralelo às<br />

suas bor<strong>das</strong> laterais.<br />

3.4 DIAGNÓSTICANDO<br />

No diagnóstico é verificado o estado geral<br />

da obra, gerando assim uma proposta quanto<br />

aos métodos e materiais que po<strong>de</strong>rão ser<br />

utilizados durante o tratamento.<br />

Nos livros <strong>de</strong> uso - que são aqueles que o<br />

conteúdo fica obsoleto com o tempo; aqueles<br />

que circulam com maior frequência, como<br />

por exemplo: bibliografia básica, livros<br />

didáticos, didático universitário, etc. – uma<br />

<strong>das</strong> etapas do diagnóstico <strong>de</strong>ve ser a i<strong>de</strong>ntificação<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparo do item.<br />

A ficha <strong>de</strong> empréstimo do item <strong>de</strong>ve ser<br />

verificada, <strong>de</strong> modo i<strong>de</strong>ntificar a frequência<br />

<strong>de</strong> uso do item, e assim a sua necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reparo. Po<strong>de</strong>-se, também, fazer algumas<br />

perguntas, como essas:<br />

• Este item ainda tem valor?<br />

• Seu conteúdo ainda é atual, é útil?<br />

• Depois <strong>de</strong> reparado irá circular?<br />

• O custo/benefício justifica o reparo?<br />

Essas são algumas <strong>das</strong> perguntas que <strong>de</strong>vem<br />

ser feitas antes <strong>de</strong> qualquer procedimento<br />

<strong>de</strong> reparo em livros <strong>de</strong> uso. No final <strong>de</strong>sses<br />

questionamentos po<strong>de</strong>-se perceber que é<br />

melhor o <strong>de</strong>scarte; e esse <strong>de</strong>ve ser efetuado<br />

<strong>de</strong> acordo com a política vigente.<br />

Em bibliotecas universitárias, a função principal<br />

da preservação e a conservação é aumentar<br />

o tempo <strong>de</strong> uso dos documentos.<br />

Cada item <strong>de</strong>ve ser tratado <strong>de</strong> acordo com<br />

suas características. Os itens que tenham um<br />

conteúdo perene, eterno <strong>de</strong>vem ser tratados<br />

<strong>de</strong> modo que esse conteúdo esteja acessível<br />

por muito mais tempo. Para esses itens, use<br />

materiais com to<strong>das</strong> as qualida<strong>de</strong>s arquivísticas,<br />

<strong>de</strong> modo evitar que esses tenham que<br />

sofrer muitas intervenções, e permaneçam<br />

longos períodos fora <strong>de</strong> circulação, ou até se<br />

percam. O bibliotecário <strong>de</strong>verá distinguir as<br />

obras que têm conteúdo histórico, literário,<br />

clássicos, ou outro valor; dos livros <strong>de</strong> uso,<br />

que com o tempo tem seu conteúdo <strong>de</strong>fasado.<br />

Caso seja necessário consulte especialistas<br />

<strong>de</strong> modo a i<strong>de</strong>ntificar melhor o valor <strong>de</strong><br />

cada obra.<br />

Na escolha do material é importante verificar<br />

princípios como reversibilida<strong>de</strong>, estabilida<strong>de</strong>,<br />

durabilida<strong>de</strong>, compatibilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>ve-se buscar a qualida<strong>de</strong> arquivística.<br />

Essa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser buscada no material<br />

empregado <strong>de</strong> modo a garantir a saú<strong>de</strong><br />

dos itens, evitando assim o agravo da sua<br />

doença. É importante ressaltar que os materiais<br />

usados na conservação - em pequenos<br />

reparos - <strong>de</strong>vem ser alcalinos ou neutros, <strong>de</strong><br />

modo não promoverem a aci<strong>de</strong>z, a aparência<br />

amarelada e quebradiça <strong>das</strong> folhas. O<br />

princípio <strong>de</strong> “intervenção mínima” também<br />

<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado na hora do diagnóstico,<br />

e indicação <strong>de</strong> tratamento. Como dito,<br />

os materiais escolhidos precisam promover<br />

a saú<strong>de</strong>, a preservação do item conservado.


É aconselhável que as intervenções sejam<br />

feitas no momento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do dano,<br />

<strong>de</strong> modo que esse não seja agravado. Mas é<br />

preciso que esse socorro aconteça seguindo<br />

especificações técnicas, éticas, e estética. As<br />

intervenções <strong>de</strong>vem ser realiza<strong>das</strong> seguindo<br />

critérios estabelecidos na área <strong>de</strong> conservação<br />

e preservação <strong>de</strong> documentos, <strong>de</strong> modo<br />

a garantir a estabilida<strong>de</strong> dos itens reparados,<br />

pois uma intervenção sem critério po<strong>de</strong> aumentar<br />

o dano.<br />

É importante salientar que os livros raros, valiosos,<br />

ou preciosos geralmente não nascem<br />

com esse status; <strong>de</strong>sse modo, todos os itens<br />

<strong>de</strong>vem ser tratados da melhor forma possível,<br />

pois um <strong>de</strong> “livro <strong>de</strong> uso” po<strong>de</strong> vir a ser<br />

um “livro raro” amanhã.<br />

Como já mencionado, as obras raras e especiais,<br />

não são objeto <strong>de</strong>sse manual. E essas<br />

<strong>de</strong>vem ter seu tratamento acompanhado<br />

pelo <strong>LACORD</strong>. Para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ssas<br />

obras, use a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço N° 02/2000<br />

<strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000, em anexo.<br />

3.4.1 Tirando medi<strong>das</strong><br />

No diagnóstico po<strong>de</strong>-se fazer a medição. Ela<br />

po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> várias formas, com régua,<br />

fitas, etc. Deve-se medir a altura, a largura<br />

e a espessura. Em cada procedimento, estas<br />

medi<strong>das</strong> po<strong>de</strong>rão ser acresci<strong>das</strong>, ou diminuí<strong>das</strong>.<br />

O importante é que essas medi<strong>das</strong> sejam<br />

anota<strong>das</strong>, <strong>de</strong> modo que não seja necessária<br />

uma nova medição.<br />

A medida com uma fita métrica <strong>de</strong> costureira<br />

é uma opção que permite a obtenção<br />

<strong>de</strong> medi<strong>das</strong> mais precisas, principalmente<br />

em superfícies curvas, como as lomba<strong>das</strong>. O<br />

uso da régua po<strong>de</strong> ser feito com o auxílio <strong>de</strong><br />

uma tira <strong>de</strong> papel, e um lápis; outros materiais<br />

flexíveis po<strong>de</strong>m auxiliar essa medição<br />

com réguas.<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 17<br />

Como dito, po<strong>de</strong>-se fazer a medida <strong>de</strong> várias<br />

formas, o importante é que essas sejam a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong><br />

à intervenção proposta, e que sejam<br />

anota<strong>das</strong>, buscando evitar erros e <strong>de</strong>sperdício<br />

<strong>de</strong> tempo, e <strong>de</strong> material.<br />

3.5 HIGIENIZANDO E REMOVENDO INTER-<br />

VENÇÕES ANTERIORES<br />

Higienização é a retirada <strong>de</strong> poeira e sujida<strong>de</strong>s,<br />

bem como outros objetos estranhos ao<br />

documento, como: clipes e grampos <strong>de</strong> metal;<br />

etiquetas e fitas a<strong>de</strong>sivas; riscos, rabiscos<br />

e notas; e papéis e outros agentes ácidos,<br />

colocados em intervenções anteriores.<br />

Nesse momento, o <strong>de</strong>smonte da obra po<strong>de</strong><br />

começar, caso seja necessário.<br />

Para que a higienização seja feita é preciso<br />

que sejam cumpridos requisitos <strong>de</strong> proteção:<br />

o uso <strong>de</strong> luvas, máscaras, bem como<br />

óculos <strong>de</strong> proteção e avental, toucas, <strong>de</strong><br />

modo a proteger o agente <strong>de</strong> higienização,<br />

o higienizador; assim como o item a ser higienizado:<br />

o livro, o documento.<br />

Todo processo <strong>de</strong> higienização <strong>de</strong>ve buscar<br />

garantir a integrida<strong>de</strong> do documento. Essa<br />

intervenção não <strong>de</strong>ve ser um agente a mais<br />

no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação. Por isso todo<br />

cuidado <strong>de</strong>ve ser tomado <strong>de</strong> modo a não<br />

ocorrer perda <strong>de</strong> informação.<br />

3.5.1 A poeira e etc.<br />

A poeira é um dos fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração<br />

dos documentos, é uma <strong>das</strong> fontes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z<br />

e <strong>de</strong>gradação. Ela po<strong>de</strong> ser retirada com broxinhas<br />

(pincéis redondos), e trinchas macias<br />

(pinceis largos e chatos):<br />

a) Passe a broxa nos cortes dos livros, principalmente<br />

nos cortes da cabeça, jogando<br />

a poeira para frente, <strong>de</strong> modo que essa não<br />

afete o higienizador;


18 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

b) use uma trincha macia, com o fim <strong>de</strong> evitar<br />

os rasgos nas folhas, e limpe as folhas do<br />

livro; isso também contribuirá para oxigenação<br />

do item. Após o uso dos pincéis, é recomendado<br />

lavá-los com sabonetes antibacterianos,<br />

ou aplicar álcool etílico a 70%, <strong>de</strong><br />

modo a evitar possível contaminação;<br />

c) po<strong>de</strong>-se também usar o aspirador <strong>de</strong> pó,<br />

com filtro <strong>de</strong> água e/ou hepa, com baixa<br />

sucção nos cortes superior, inferior e lateral.<br />

Po<strong>de</strong>-se proteger o bico com filó, visando<br />

minorar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> sucção e possível dano.<br />

O acessório em forma <strong>de</strong> escova também é<br />

indicado. Assim como um pano seco para<br />

limpeza <strong>das</strong> capas, principalmente nas sintéticas<br />

e plastifica<strong>das</strong>.<br />

3.5.1.1 Capas cartona<strong>das</strong><br />

Po<strong>de</strong>-se usar pó <strong>de</strong> borracha plástica – esse<br />

po<strong>de</strong> ser produzido com borracha plástica<br />

ralada, na parte fina <strong>de</strong> um ralador <strong>de</strong> cozinha.<br />

a) Coloque o pó numa trouxinha, feita com<br />

um pedaço <strong>de</strong> pano, morim, ou flanela, por<br />

exemplo;<br />

b) proceda a limpeza fazendo movimentos<br />

circulares, em cima do documento;<br />

c) retire o pó, formado por essa ação, com<br />

uma trincha. Repita essa ação se necessário,<br />

controlando o atrito no papel.<br />

3.5.1.2 Capas sintéticas e plastifica<strong>das</strong><br />

a) faça o teste em uma pequena área antes,<br />

para evitar <strong>de</strong>sbotamento - use um pano,<br />

tipo perfex, levemente ume<strong>de</strong>cido, com sabão<br />

neutro, ou sabão antibactericida, por<br />

exemplo: triclosan, que tem efeito também<br />

com fungos, e efetue a limpeza;<br />

b) faça o teste em uma pequena área, para<br />

evitar <strong>de</strong>sbotamento - para infecções leves<br />

po<strong>de</strong>-se usar outro fungicida tópico, o álcool<br />

etílico a 70%. Po<strong>de</strong> ser aplicado com um<br />

pano, levemente ume<strong>de</strong>cido, com uma solução<br />

<strong>de</strong> aproximadamente duas partes <strong>de</strong><br />

álcool, para uma <strong>de</strong> água. Após esse procedimento,<br />

<strong>de</strong>ixe secar, e mantenha a obra<br />

isolada, em quarentena. Depois <strong>de</strong>sse período,<br />

caso não exista vestígio <strong>de</strong> novo ataque,<br />

retorne a obra a estante, ou faça os reparos<br />

necessários (NOÇÕES, 2003, p. 8).<br />

Em todo processo verifique rastros <strong>de</strong> traças,<br />

roedores, fungos, etc. Caso sejam localizados<br />

alguns <strong>de</strong>sses indícios, separe o item, e consulte<br />

o <strong>LACORD</strong>, para maiores informações.<br />

3.5.2 Clipes e grampos <strong>de</strong> metal<br />

a) grampos - essa remoção <strong>de</strong>ve ser feita<br />

com muito cuidado, <strong>de</strong> modo evitar mais<br />

danos. Antes <strong>de</strong> começar a operação, insira<br />

um pedaço <strong>de</strong> filme <strong>de</strong> poliéster, no verso<br />

da folha, embaixo do grampo, para proteger<br />

o papel. Abra o grampo com um bisturi, e<br />

retire-o. Caso tenha algum rastro <strong>de</strong> oxidação,<br />

po<strong>de</strong>-se usar o pó <strong>de</strong> borracha plástica<br />

e uma trincha, como <strong>de</strong>scrito acima;<br />

b) clipes – insira cuidadosamente, também,<br />

um pequeno pedaço <strong>de</strong> filme <strong>de</strong> poliéster,<br />

embaixo da parte menor do clipe, para proteger<br />

o papel, antes <strong>de</strong> começar a operação.<br />

Segure a aba maior, e abra a outra com um<br />

bisturi ou faca, e retire-o. Caso tenha algum<br />

rastro <strong>de</strong> oxidação, po<strong>de</strong>-se usar o pó <strong>de</strong><br />

borracha plástica e uma trincha.<br />

3.5.3 Etiquetas e fitas a<strong>de</strong>sivas<br />

a) etiquetas – ume<strong>de</strong>ça a etiqueta com cola<br />

carboximetilcelulose (CMC), aguar<strong>de</strong> a reação,<br />

e retire a etiqueta, usando o bisturi, <strong>de</strong><br />

forma cuidadosa;<br />

b) fitas a<strong>de</strong>sivas – coloque um papel mata-<br />

-borrão, e um plástico, ou outra superfície<br />

impermeável, embaixo da folha a ser traba-


lhada; use um solvente como: acetato <strong>de</strong> etila<br />

– acetona - que <strong>de</strong>ve ser aplicado com o<br />

uso <strong>de</strong> um palito envolto com algodão, um<br />

swab ou um cotonete, somente em cima <strong>das</strong><br />

fitas, evitando o contato com o documento<br />

em si. Aplique e aguar<strong>de</strong> a reação; retire a fita<br />

usando, cuidadosamente, o bisturi.<br />

3.5.4 Riscos, rabiscos, notas etc.<br />

É muito comum riscos, rabiscos, e notas em<br />

livros <strong>de</strong> bibliotecas, infelizmente ainda não<br />

foi criado o senso <strong>de</strong> uso comum. Esse senso<br />

po<strong>de</strong> ser promovido com as Campanhas do<br />

Programa <strong>de</strong> Conscientização sobre a Preservação,<br />

e todo tipo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> marketing<br />

que seja possível; pois a limpeza <strong>de</strong>sses riscos,<br />

rabiscos e notas, é trabalhosa, e muitas<br />

vezes impossível.<br />

Em obras raras as notas <strong>de</strong>vem ser manti<strong>das</strong>,<br />

pois essas fazem parte da história da obra.<br />

a) lápis – para esses, use uma borracha plástica.<br />

Retire os resíduos com a trincha;<br />

b) caneta – esses são mais difíceis, po<strong>de</strong>-se<br />

usar borracha plástica, borracha elétrica, solventes,<br />

mas o resultado geralmente é muito<br />

abrasivo, <strong>de</strong>gradante, não aconselhável.<br />

Como dito, campanhas <strong>de</strong> conscientização<br />

<strong>de</strong>vem ser promovi<strong>das</strong> pelo <strong>LACORD</strong>, e essas<br />

são a melhor forma <strong>de</strong> intervenção para<br />

esses casos.<br />

3.5.5 Papéis, etc.<br />

Para remover papéis, colas velhas, tecidos,<br />

use cola CMC.<br />

a) passe com um pincel a CMC consistente,<br />

em parte do material a ser retirado, e aguar<strong>de</strong><br />

a reação CMC;<br />

b) <strong>de</strong>pois que amolecer, comece a retirada<br />

com auxílio <strong>de</strong> uma faca ou bisturi;<br />

c) vá passando parte a parte, <strong>de</strong> modo evitar<br />

o ume<strong>de</strong>cimento do item higienizado, e<br />

possível dano. Repeta o processo até a completa<br />

retirada;<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 19<br />

d) <strong>de</strong>ixe secar para continuar o processo <strong>de</strong><br />

conservação.<br />

3.6 DESMONTE DA OBRA<br />

O <strong>de</strong>smonte da obra só <strong>de</strong>verá ser feito<br />

quando necessário. E caso seja feito, é preciso<br />

que esse seja muito cuidadoso, <strong>de</strong> modo<br />

a não ser mais um agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração<br />

do item.<br />

Verifique se a paginação está correta. Caso<br />

esteja faltando página, provi<strong>de</strong>ncie a cópia<br />

para a inserção. É importante que se preste<br />

atenção na formação do livro, e se mapeie,<br />

ou numere ca<strong>de</strong>rnos e páginas <strong>de</strong> modo a<br />

fazer a remontagem tranquilamente. Solte a<br />

capa, retire a cola velha com CMC, retire os<br />

pontos antigos ou grampos. Deve-se ressaltar<br />

que esse procedimento só <strong>de</strong>ve ser feito<br />

se houve necessida<strong>de</strong>; o <strong>de</strong>smonte <strong>de</strong>ve ser<br />

evitado, o mais possível.<br />

Nesse momento, dois itens po<strong>de</strong>m ser importantes:<br />

Etiqueta <strong>de</strong> segurança e as fichas<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> empréstimo, se o livro ainda<br />

tiver:<br />

3.6.1 etiquetas <strong>de</strong> segurança<br />

Se esta for retirada no <strong>de</strong>smonte é importante<br />

que seja recolocada na montagem da<br />

obra. A colação da etiqueta nessa etapa po<strong>de</strong><br />

ser provi<strong>de</strong>ncial, nesse momento po<strong>de</strong>-<br />

-se colocá-la em lugares <strong>de</strong> difícil acesso para<br />

os usuários/clientes, aumentando assim a<br />

segurança do item;<br />

3.6.2 Fichas do livro ou <strong>de</strong> data<br />

Os dados <strong>de</strong>ssa ficha po<strong>de</strong>m informar a <strong>de</strong>manda<br />

do item, a frequência <strong>de</strong> uso; <strong>de</strong>sse<br />

modo, po<strong>de</strong>-se conjecturar quanto esse li-


20 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

vro é necessário. Esses dados po<strong>de</strong>m ajudar<br />

no diagnóstico presente, e nos futuros.<br />

3.6.3 Retirada da cola original<br />

A retirada da cola antiga da lombada é um<br />

procedimento que <strong>de</strong>ve ser feito para melhor<br />

eficiência da nova enca<strong>de</strong>rnação, faça<br />

como a seguir:<br />

a) passe com um pincel CMC em parte da<br />

lombada, e <strong>de</strong>ixe que ela reaja com a cola<br />

original do livro. Repita a ação em toda<br />

a lombada. Cui<strong>de</strong> para que a umida<strong>de</strong> da<br />

CMC não danifique o item;<br />

b) com uma faca pequena, vá retirando a cola.<br />

Caso necessário, repita esse procedimento,<br />

<strong>de</strong> modo a remover toda cola.<br />

Em alguns casos a CMC po<strong>de</strong> não reagir, sendo<br />

necessária a remoção mecânica. Po<strong>de</strong>-se<br />

usar uma lixa para completar esse procedimento,<br />

sempre cui<strong>de</strong> para que essa remoção<br />

não cause danos.


4 REPARANDO<br />

Existem várias formas <strong>de</strong> executar cada tarefa<br />

<strong>de</strong> conservação, nesse manual foram busca<strong>das</strong><br />

as formas mais fáceis.<br />

Ressaltam-se pontos como: a promoção do<br />

retorno rápido a circulação dos livros repa-<br />

rados; a sugestão da retirada <strong>de</strong> circulação<br />

somente daqueles que serão reparados, evi-<br />

tando criar assim um acervo paralelo; outra<br />

dica importante é o registro <strong>de</strong> envio para<br />

Oficina no Serviço <strong>de</strong> empréstimo/consulta.<br />

Como já foi dito, os princípios <strong>de</strong> reversibili-<br />

da<strong>de</strong> e intervenção mínima <strong>de</strong>vem ser em-<br />

pregados nas OPRs. E as ações <strong>de</strong> preserva-<br />

ção <strong>de</strong>vem ser promovi<strong>das</strong> <strong>de</strong> modo a evitar<br />

as <strong>de</strong> conservação. Mas quando as primeiras<br />

falham, <strong>de</strong>ve-se estar prontos para as ações<br />

<strong>de</strong> pequenos reparos <strong>de</strong>scritas a seguir.<br />

4.1 RASGOS<br />

O papel seda <strong>de</strong>ve ser usado para maioria<br />

dos livros <strong>de</strong> uso. Lembre-se do sentido<br />

da fibra. Use o papel japonês para livros<br />

que possuam conteúdos clássicos, literário<br />

e outros conteúdos que não se tornam obsoletos.<br />

O lado brilhante, dos papeis, geralmente,<br />

é menos a<strong>de</strong>rente, assim passe cola<br />

no outro lado; a não ser que esteticamente,<br />

o brilho <strong>de</strong>stoe, ou cintile <strong>de</strong>mais.<br />

Os remendos <strong>de</strong>vem ser feitos pelo verso da<br />

folha, buscando um acabamento mais discreto<br />

possível.<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 21<br />

4.1.1 Rasgos retos e cortes<br />

Para rasgos retos veja também instruções<br />

em 3.2.2.<br />

Material: Tiras do papel fino escolhido; cola<br />

CMC; folha <strong>de</strong> acetato 3 , voal 4 , papel mata-<br />

-borrão; pincel; dobra<strong>de</strong>ira; aplicador <strong>de</strong> cola;<br />

peso.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) para fazer remendos, pegue uma tira previamente<br />

cortada, ou corte uma com comprimento<br />

a<strong>de</strong>quado, e com a largura com<br />

cerca <strong>de</strong> 1,5 cm. Veja <strong>de</strong>talhes em 3.2.2;<br />

b) coloque embaixo da folha a ser remendada,<br />

folha <strong>de</strong> acetato, visando proteger o<br />

livro;<br />

c) passe a cola CMC, com o pincel, em torno<br />

da área a se remendada;<br />

d) coloque a tira <strong>de</strong> papel fino em cima, passe<br />

outra camada <strong>de</strong> cola por cima da tira;<br />

e) coloque o voal por cima do rasgo, passe a<br />

dobra<strong>de</strong>ira ou o aplicador <strong>de</strong> cola para planificar,<br />

com cuidado para não rasgar o papel;<br />

f) mantenha o voal, e coloque o papel mata-<br />

-borrão e o peso, aguar<strong>de</strong> a secagem, para<br />

continua os reparos.<br />

4.1.2 Outros rasgos<br />

Quando se tratar <strong>de</strong> furos e outros rasgos<br />

sinuosos, proceda da forma <strong>de</strong>scrita abaixo:<br />

Material: Papel fino escolhido; palito; algodão;<br />

água; cola CMC; pincel fino, superfície<br />

antia<strong>de</strong>rente; voal; papel mata-borrão; dobra<strong>de</strong>ira;<br />

aplicador <strong>de</strong> cola; peso.<br />

3 Ou outra superfície não a<strong>de</strong>rente impermeável, sugerida nas dicas <strong>de</strong> colagem 3.1.5.<br />

4 Ou outra superfície não a<strong>de</strong>rente permeável, sugerida nas dicas <strong>de</strong> colagem 3.1.5.


22 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) pegue um palito envolto em algodão e<br />

ume<strong>de</strong>cido com água, coloque o papel fino<br />

escolhido, sobre o rasgo e <strong>de</strong>senhe o rasgo<br />

com o uso do palito; <strong>de</strong>ixando cerca <strong>de</strong> 5<br />

mm <strong>de</strong> Margem, em cada lado;<br />

b) <strong>de</strong>pois, corte com as mãos, esse <strong>de</strong>senho.<br />

E continue o remendo como <strong>de</strong>scrito acima.<br />

Rasgos que possuam bor<strong>das</strong> po<strong>de</strong>m ser remendados<br />

apenas com a CMC. Use CMC, una<br />

as bor<strong>das</strong> com pincel, cole. Coloque entre voal<br />

e o mata-borrão, o peso, e aguar<strong>de</strong> secar.<br />

4.2 ÁREAS FALTANTES<br />

Quando o documento precisa <strong>de</strong> enxertos,<br />

recomenda-se que seja buscado papel com<br />

mesma textura e cor, <strong>de</strong> modo que o enxerto<br />

fique mais próximo do original possível.<br />

Po<strong>de</strong>-se usar a técnica do palito envolto em<br />

algodão, acima <strong>de</strong>scrita, para o corte do papel<br />

a ser enxertado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da gramatura<br />

<strong>de</strong>sse papel. Po<strong>de</strong>-se usar o traço leve<br />

<strong>de</strong> um lápis para marcar a área a ser retirada.<br />

Po<strong>de</strong>-se também pontilhar com uma agulha,<br />

ou carretilha a área a ser <strong>de</strong>stacada.<br />

Material: Papel a<strong>de</strong>quado para o enxerto;<br />

palito <strong>de</strong> manicure, lápis, carretilha, ou agulha;<br />

lixa; algodão; água; voal; folha <strong>de</strong> acetato;<br />

cola 1:1; pincel fino; mata-borrão; peso.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) corte o pedaço a ser enxertado, <strong>de</strong> acordo<br />

com as técnicas <strong>de</strong>scritas acima;<br />

b) pegue o papel a ser enxertado e o enxerto,<br />

<strong>de</strong>sbaste as bor<strong>das</strong> com uma<br />

lixa, caso esses sejam muito grossos; <strong>de</strong> modo<br />

que a sobreposição dos dois papéis fique<br />

discreta;<br />

c) sobre uma superfície plana, passe a cola<br />

nos <strong>de</strong>sbastes <strong>das</strong> bor<strong>das</strong>, cole o<br />

enxerto por trás da folha enxertada, encaixando<br />

as bor<strong>das</strong>, <strong>de</strong> modo dar um bom acabamento;<br />

d) coloque o voal, passe a espátula, coloque<br />

o mata-borrão, e o peso.<br />

Aguar<strong>de</strong> secar, para continuar a intervenção.<br />

4.3 PAPÉIS FRAGILIZADOS<br />

Velatura é o reforço feito em papéis fragilizados,<br />

com o uso <strong>de</strong> um papel fino e CMC, em<br />

toda extensão do papel. Ela po<strong>de</strong> ser dupla,<br />

quando os dois lados do papel são velados;<br />

ou simples, quando só o verso é velado.<br />

Será apresentada a velatura simples, com<br />

reforço somente no verso, <strong>de</strong> modo a promover<br />

um melhor acabamento, e acesso a<br />

informação. Essa técnica é geralmente usada<br />

em documentos como mapas e cartas,<br />

folhas soltas, em geral. Em livros po<strong>de</strong>-se<br />

usar em capas fragiliza<strong>das</strong> ou folhas muito<br />

danifica<strong>das</strong>.<br />

Material: Papel fino escolhido; água; cola<br />

CMC; pincel; aplicador <strong>de</strong> cola; voal, folha <strong>de</strong><br />

acetato; mata-borrão, peso; tesoura.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) corte o papel fino, maior que a folha a velar.<br />

Fixe, usando a CMC, ou quatro pingos <strong>de</strong><br />

PVA, sobre uma superfície plana e lisa (como<br />

o vidro, por exemplo), com o lado brilhante<br />

para baixo;<br />

b) com um pincel, passe a CMC, dissolvida<br />

em mais um pouco <strong>de</strong> água, em toda a extensão<br />

do papel, estique bem, sempre do<br />

centro para as pontas, <strong>de</strong> modo a retirar a<br />

possíveis bolhas;


c) agora coloque o verso da folha a velar sobre<br />

esse papel fino, cuidadosamente para<br />

não rasgar ou enrugar;<br />

d) passe, suavemente, a CMC grossa, sobre<br />

esse conjunto, retirando as possíveis bolhas;<br />

e) coloque um pedaço <strong>de</strong> voal, o papel mata-<br />

-borrão, e um peso <strong>de</strong> mármore, por exemplo,<br />

para planificar;<br />

f) <strong>de</strong>ixe secar e corte as aparas com a tesoura.<br />

O acabamento po<strong>de</strong> ser feito com uma<br />

lixa, <strong>de</strong>pois da montagem da obra.<br />

4.4 FOLHAS SOLTAS<br />

Verifique sempre a or<strong>de</strong>nação <strong>das</strong> folhas, xeroque<br />

as páginas faltantes para acrescentar<br />

ao corpo.<br />

4.4.1 Folha solta<br />

Material: a folha a ser inserida; cola 1:1; folha<br />

<strong>de</strong> acetato ou plástico; régua plástica; cola<br />

1:1; pincel; peso.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) com auxílio da régua e <strong>de</strong> um pincel fino,<br />

coloque a mistura 1:1 na borda da folha, ou<br />

na margem <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 mm;<br />

b) coloque duas folhas <strong>de</strong> acetato, ou plástico<br />

para proteger o livro, e insira a folha solta;<br />

c) mantenha as folhas <strong>de</strong> proteção, e feche<br />

o livro, e aguar<strong>de</strong> secar. Po<strong>de</strong>-se prensar, ou<br />

Encar<strong>de</strong>rnação ventilada dupla<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 23<br />

usar pesos. Retire as folhas <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> seco.<br />

Po<strong>de</strong> ser necessário o uso <strong>de</strong> papel fino para<br />

melhor inserção da folha, caso esta tenha<br />

perdido a sua margem, para tal siga as instruções,<br />

da carcela:<br />

Material: a folha a ser inserida; papel fino escolhido;<br />

folha <strong>de</strong> acetato ou plástico; régua<br />

plástica; cola 1:1; pincel; peso.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) emen<strong>de</strong> uma tira, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1,5 cm, do<br />

papel fino escolhido na ponta da folha a ser<br />

inserida, com cola CMC, aguar<strong>de</strong> secar;<br />

b) após a secagem, passe cola na borda do<br />

papel fino, proteja o livro com a folha <strong>de</strong> acetato,<br />

e insira a folha.<br />

No caso <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma folha é aconselhável<br />

inseri-las com um bloco.<br />

4.4.2 Folhas soltas (Todo livro)<br />

Quando to<strong>das</strong> as folhas estão soltas, sugere-<br />

-se a enca<strong>de</strong>rnação ventilada dupla é uma<br />

enca<strong>de</strong>rnação rápida, fácil, e durável, indicada<br />

para livros composto por folhas soltas.<br />

Esse método permite que o livro seja aberto<br />

com muita facilida<strong>de</strong>.<br />

Essa técnica po<strong>de</strong> não ter bons resultados<br />

em livros com papéis revestidos, ou muito<br />

grossos.


24 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

Material: cola PVA, pincel ou rolo, pren<strong>de</strong>dor<br />

bin<strong>de</strong>r clips ou prensa.<br />

Modo reparar:<br />

a) retire a cola original, como indicado em<br />

3.6.1. Depois bata as folhas <strong>de</strong> modo que<br />

elas formem um bloco único;<br />

b) prenda o bloco com o bin<strong>de</strong>r clips, ou em<br />

uma prensa;<br />

c) ventile o bloco para um lado, e passe a cola<br />

PVA, em cerca 2 mm da margem do bloco.<br />

Ventile o bloco para o lado oposto, e passe<br />

novamente a cola. Verifique a formação do<br />

bloco, e passe mais cola se necessário, no<br />

bloco formado;<br />

d) <strong>de</strong>ixe secar, e enca<strong>de</strong>rne.<br />

Em caso <strong>de</strong> enca<strong>de</strong>rnação com capa dura,<br />

ou livros grossos, po<strong>de</strong>-se colocar um revestimento<br />

reforçado na lombada, veja as seções<br />

3.2.1 e 4.6.2 para maiores <strong>de</strong>talhes.<br />

4.5 CADERNOS SOLTOS<br />

Para livros enca<strong>de</strong>rnados com o uso <strong>de</strong> costura<br />

é indicada a recomposição da costura<br />

original, principalmente daqueles que potencialmente<br />

po<strong>de</strong>m se transformar em um<br />

livro especial, raro, ou mesmo os clássicos.<br />

Veja maiores <strong>de</strong>talhes no <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> costura<br />

e encolagem, do <strong>LACORD</strong>.<br />

A inserção <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>rnos também po<strong>de</strong> ser<br />

feita somente com cola, em casos on<strong>de</strong> o ca<strong>de</strong>rno<br />

tem poucas folhas, e livros com valor<br />

restrito ao conteúdo.<br />

Material: cola 1:1; pincel; régua plástica; folhas<br />

plásticas; pesos.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) passe a cola 1:1 a cerca <strong>de</strong> 2 mm da margem<br />

interna <strong>de</strong> cada folha do ca<strong>de</strong>rno, a ser<br />

montado, com o auxilio do pincel e da régua<br />

plástica;<br />

b) vá inserindo cada folha até montar o ca<strong>de</strong>rno;<br />

c) coloque duas folhas <strong>de</strong> plástico grosso<br />

ou material antia<strong>de</strong>rente, para proteger as<br />

o livro;<br />

d) insira o ca<strong>de</strong>rno colocando a cola 1:1, a<br />

cerca <strong>de</strong> 2 mm da margem interna do ca<strong>de</strong>rno<br />

montado, com o auxilio do pincel e da<br />

régua plástica;<br />

e) feche o livro, mantendo as folhas plásticas,<br />

e coloque pesos, aguar<strong>de</strong> secar, para retirada<br />

<strong>das</strong> folhas plásticas.<br />

4.6 COMPONDO O CORPO DO LIVRO PARA<br />

ENCADERNAR<br />

O livro já <strong>de</strong>ve está limpo e com o corpo integro<br />

para a nova enca<strong>de</strong>rnação. Todos os<br />

procedimentos <strong>de</strong> remendos, enxertos, velaturas,<br />

inserção <strong>de</strong> folhas, ca<strong>de</strong>rnos, etc., <strong>de</strong>vem<br />

ter sidos processados.<br />

4.6.1 Substituindo folhas <strong>de</strong> guarda<br />

Para a substituição po<strong>de</strong>-se usar as folhas<br />

previamente prepara<strong>das</strong>, ou fazer novas, <strong>de</strong><br />

acordo com a espessura, cor e gramatura<br />

<strong>das</strong> folhas do livro, etc.<br />

Na enca<strong>de</strong>rnação em capa dura estas folhas<br />

têm a função <strong>de</strong> pren<strong>de</strong>r o corpo do livro a<br />

capa, protegendo e conferindo beleza ao livro,<br />

po<strong>de</strong>m ser lisas, ou estampa<strong>das</strong>, muitas<br />

são trabalha<strong>das</strong> com a técnica <strong>de</strong> marmorização.<br />

Aconselha-se o uso <strong>de</strong> papel alcalino<br />

ou neutro.


Material: Folhas <strong>de</strong> guarda a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong>; cola<br />

1:1; pincel; régua plástica.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) passe, com o auxílio da régua do pincel a<br />

cerca <strong>de</strong> 3 mm da margem interna do livro,<br />

a cola 1:1;<br />

b) cole a folha <strong>de</strong> guarda, no corpo do livro.<br />

As folhas <strong>de</strong> guarda também po<strong>de</strong>m ser<br />

presas à capa, primeiro, e <strong>de</strong>pois ao corpo,<br />

quando a enca<strong>de</strong>rnação não usar reforços<br />

com morim, papel, etc.<br />

4.6.2 Colocando revestimento reforçado<br />

Veja na seção 3.2.1 o modo <strong>de</strong> preparar esse<br />

revestimento. O revestimento reforçado é<br />

usado para ajudar a fortalecer a lombada, e<br />

dar maior segurança a enca<strong>de</strong>rnação, assim<br />

o corpo do livro ficará preso pela folha <strong>de</strong><br />

guarda, e por esse reforço.<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 25<br />

Material: revestimento reforçado preparado;<br />

cola 1:2; pincel; lápis.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) corte o reforço usando a seguinte fórmula:<br />

AR = AL - 2 cm<br />

LR= LL + 4 cm On<strong>de</strong>:<br />

AL = altura da lombada<br />

LL = Largura da lombada (Espessura do livro)<br />

AR = altura do reforço<br />

LR = largura do reforço<br />

Ou seja, altura da lombada, menos 2 cm; e a<br />

largura da lombada mais 4 cm.<br />

b) passe a cola na parte <strong>de</strong> papel do reforço,<br />

e cole, centralizando na lombada do livro;<br />

Este reforço é geralmente usado em livros<br />

mais grosso, e em enca<strong>de</strong>rnação <strong>de</strong> capa<br />

dura.<br />

4.6.3 Colocando cabeceado<br />

Este item é colocado como proteção do pé e<br />

da cabeça nas obras enca<strong>de</strong>rna<strong>das</strong> em capa<br />

dura.<br />

Material: cabeceado; cola PVA; pincel.


26 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) com o corpo do livro pronto para enca<strong>de</strong>rnação,<br />

corte dois pedaços, do tamanho<br />

da espessura da lombada;<br />

b) cole estes pedaços, nas extremida<strong>de</strong>s da<br />

lombada.<br />

O cabeceado é colocado para dar um melhor<br />

acabamento à enca<strong>de</strong>rnação.<br />

4.6.4 Lixamento<br />

O lixamento tem o objetivo <strong>de</strong> uniformizar,<br />

<strong>de</strong>sbastar, dar um acabamento ao corpo do<br />

livro. As lixas são gradua<strong>das</strong> por números <strong>de</strong><br />

grãos, escolhe-se o grão da lixa <strong>de</strong> acordo<br />

com o tipo <strong>de</strong> material e acabamento que<br />

se <strong>de</strong>seja. As <strong>de</strong> menor graduação são mais<br />

grossas, usa<strong>das</strong> para <strong>de</strong>sbastar. As <strong>de</strong> maior<br />

graduação são as mais finas, usa<strong>das</strong> para dar<br />

um acabamento fino.<br />

Em geral, as <strong>de</strong> 80 e 120 conseguem produzir<br />

um por acabamento na maioria dos livros<br />

<strong>de</strong> uso, caso seja necessário po<strong>de</strong>-se usar as<br />

<strong>de</strong> outras graduações. Para o papel japonês<br />

talvez seja necessário uma lixa mais fina, para<br />

melhor acabamento.<br />

É importante lembrar que quanto menor o<br />

número, mais grossa é a lixa, e <strong>de</strong>sse modo,<br />

provocará maior abrasão. Procure aumentar<br />

a graduação usando a medida <strong>de</strong> 50%; por<br />

exemplo: se usar a <strong>de</strong> 80, a próxima lixa seria<br />

a 120, a próxima seria 180, e assim por diante;<br />

<strong>de</strong> modo a proporcionar melhor acabamento.<br />

Material: lixa escolhida; tesoura; estile; régua<br />

<strong>de</strong> metal; placas protetoras.<br />

Modo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r:<br />

a) com o corpo do livro composto po<strong>de</strong>-se<br />

cortar as sobras <strong>de</strong> papel do corpo, com o<br />

auxilio <strong>de</strong> tesoura; ou com o estilete, e uma<br />

régua metálica;<br />

b) coloque as o corpo do livro entre as placas<br />

protetoras, e lixe, dando um acabamento<br />

uniforme ao corpo.<br />

As placas protetoras po<strong>de</strong>m ser feitas com<br />

sobras <strong>de</strong> papelão forra<strong>das</strong> com papel alcalino,<br />

ou couro sintético.<br />

4.7 CAPAS BROCHURA<br />

As capas brochuras po<strong>de</strong>m ser reestrutura<strong>das</strong><br />

<strong>de</strong> várias formas. Eis algumas:<br />

4.7.1 Capas danifica<strong>das</strong><br />

Quando as capas estão danifica<strong>das</strong> po<strong>de</strong>-se


usar a técnica <strong>de</strong> moldura abaixo. Essa técnica<br />

visa manter a capas originais, evitando o<br />

corte <strong>de</strong>stas, preservando assim ao máximo<br />

as informações conti<strong>das</strong> nelas.<br />

Moldura (nota)5<br />

Material: papel alcalino (150 a 240 g/m²);<br />

couro sintético; lápis; cola PVA; cola CMC; régua<br />

plástica; régua <strong>de</strong> metal; dobra<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

papel; pincel; estilete; capas originais; folha<br />

<strong>de</strong> plástica; flanela; aplicador p/ massa, cola;<br />

mata-borrão; voal; pesos.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

Fórmula<br />

AT = A + ME<br />

LT = 4 x L + E + ME<br />

On<strong>de</strong>:<br />

A = Altura do livro<br />

L= Largura do livro<br />

E = Espessura do livro = (lombada)<br />

AT = Altura total<br />

LT=Largura total<br />

ME= margem <strong>de</strong> erro<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 27<br />

a) corte um pedaço <strong>de</strong> papel alcalino, com a<br />

altura total igual à altura do corpo do livro,<br />

e com a largura total igual a quatro vezes a<br />

largura, somada à espessura. Acrescente a<br />

margem <strong>de</strong> erro, caso necessário;<br />

b) corte pedaço um pedaço <strong>de</strong> couro sintético<br />

do mesmo tamanho que o papel acima;<br />

c) forme um único pedaço, unindo os dois<br />

cortes acima, usando cola PVA, planificando<br />

com a flanela;<br />

d) para terminar a planificação, em uma superfície<br />

plana, coloque sob pesos, e aguar<strong>de</strong><br />

secar, caso necessário use o mata-borrão, e<br />

o voal;<br />

e) pegue o pedaço <strong>de</strong> papel, <strong>de</strong>limite a lápis,<br />

com pontos sutis, as dobras da lombada, e<br />

confira com o livro, a espessura. Faça, com<br />

o auxílio da dobra<strong>de</strong>ira e da régua <strong>de</strong> metal,<br />

essas dobras, no meio <strong>de</strong>sse papel;<br />

f) marque a dobra da orelha da capa da frente,<br />

acrescentando a partir da lombada a medida<br />

da largura, confira com o livro, e faça a<br />

dobra. Corte a margem <strong>de</strong> erro, caso exista,<br />

com auxilio do estilete e a régua <strong>de</strong> metal.<br />

Repita o mesmo na capa <strong>de</strong> trás;<br />

g) <strong>de</strong>limite a área da moldura, marcando<br />

com lápis, usando as medi<strong>das</strong> da capa original,<br />

<strong>de</strong> modo expor as informações relevantes<br />

(como autor e título). Deixe no mínimo<br />

5 mm <strong>de</strong> maneira que margem da moldura<br />

não fique frágil <strong>de</strong>mais;<br />

h) confira a <strong>de</strong>limitação usando a capa da<br />

frente, e corte o papel, com estilete e régua<br />

<strong>de</strong> metal, fazendo a moldura;<br />

i) passe cola CMC na beirada do verso da<br />

capa da frente (capa original), e cole-a na<br />

orelha da frente, <strong>de</strong> modo que seja vazada a<br />

informação relevante, e ocultada a <strong>de</strong>gradação<br />

da capa. Caso necessário use o voal e o<br />

5 Po<strong>de</strong>-se usar também um papel cartão revestido, use a parte brilhosa voltada para parte externa da capa.


28 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

mata-borrão para acelerar a secagem;<br />

j) passe cola CMC na beirada do verso da capa<br />

<strong>de</strong> trás (capa original), e cole essa capa na<br />

capa <strong>de</strong> trás da moldura. Oculte, esconda,<br />

guar<strong>de</strong> essa capa com a dobra da orelha <strong>de</strong><br />

trás. (Não é necessária uma moldura traseira);<br />

h) com o pincel, passe cola PVA na lombada<br />

do livro, e encaixe-a na capa, aguar<strong>de</strong> secar,<br />

pressionado a lombada;<br />

i) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seco verifique a margem, e caso<br />

necessário, com o auxílio do pincel e da<br />

régua plástica, passe cola, a cerca <strong>de</strong> 3 mm<br />

<strong>das</strong> margens internas do corpo do livro, para<br />

fazer a dobra <strong>de</strong> abertura;<br />

l) coloque uma folha <strong>de</strong> plástica para proteger<br />

o livro, evitando a colagem in<strong>de</strong>sejada, e<br />

o peso para planificação da colagem;<br />

m) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seco, marque e vinque a marca<br />

<strong>de</strong> abertura do livro, com a dobra<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

papel e a régua metálica.<br />

A moldura po<strong>de</strong>rá ser feita também na lombada,<br />

se as margens permitirem. Caso seja<br />

preciso escolher entre o vazado da capa, ou<br />

da lombada, recomenda-se o da lombada,<br />

pois para o usuário/cliente esse será mais<br />

útil na i<strong>de</strong>ntificação do livro na estante.<br />

Recomenda-se também não vazar as costas<br />

para não fragilizar <strong>de</strong>mais a capa moldura. É<br />

importante lembrar a informação da alínea<br />

d, que ressalta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> no mínimo<br />

5 mm <strong>de</strong> margem para realização <strong>de</strong> uma<br />

moldura, visando um bom acabamento e<br />

maior durabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa capa.<br />

4.7.2 Capa inexistente<br />

No caso do livro não possuir a capa, faça uma<br />

cópia ou escaneie a capa <strong>de</strong> outro exemplar,<br />

e imprima. Use a técnica abaixo:<br />

Atenção<br />

Nunca use essa técnica<br />

em capas originais.<br />

Material: copia da capa; papel alcalino alta<br />

gramatura (180 a 240 g/m²); vinil autoa<strong>de</strong>sivo<br />

transparente ; aplicador p/ massa, cola;<br />

flanela; dobra<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> papel; régua plástica;<br />

estilete; pincel largo; pincel estreito; cola 1:1;<br />

régua <strong>de</strong> metal; pesos.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

Fórmula<br />

AT = A + ME<br />

LT = 2L + E + ME<br />

On<strong>de</strong>:<br />

A = Altura do livro<br />

L= Largura do livro<br />

E = Espessura do livro = (lombada)<br />

AT= Altura total<br />

LT=Largura total<br />

ME= margem <strong>de</strong> erro<br />

a) corte um papel <strong>de</strong> alta gramatura, com altura<br />

total igual à altura do livro, e a com duas<br />

vezes a largura do livro, somada a espessura.<br />

Acrescente a margem <strong>de</strong> erro, caso necessário;<br />

b) faça uma cópia da capa <strong>de</strong> outro exemplar,<br />

e imprima no papel acima;<br />

c) caso a impressora não permita o uso <strong>de</strong><br />

um papel <strong>de</strong> alta gramatura, ou <strong>de</strong> tamanho<br />

apropriado, imprima em papel a4. Em uma<br />

superfície plana, cole esse papel com PVA,<br />

no corte papel <strong>de</strong> alta gramatura acima <strong>de</strong>scrito.<br />

Retire as possíveis bolhas, usando a<br />

flanela, coloque sob pesos, e aguar<strong>de</strong> secar,<br />

caso necessário use o mata-borrão, e o voal;<br />

d) plastifique a cópia da capa - pegue um<br />

6 Caso não exista a capa <strong>de</strong> trás, multiplique a largura por três, e assim não haverá a orelha traseira.<br />

7 Indica-se 2 cm como margem <strong>de</strong> erro. Esse valor acrescido po<strong>de</strong>rá diminuir ou <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir com a experiência.


pedaço <strong>de</strong> vinil autoa<strong>de</strong>sivo transparente,<br />

do tamanho do papel acima. Retire a proteção,<br />

e coloque-o em uma superfície plana.<br />

Pegue a cópia da capa e coloque-a sobre o<br />

vinil, espalhe com a flanela, para tirar as possíveis<br />

bolhas;<br />

e) com um lápis, marque a lombada, confira<br />

com o livro, com o a régua <strong>de</strong> metal e dobra<strong>de</strong>ira,<br />

vinque e dobre, a lombada;<br />

f) com o pincel passe cola PVA na lombada<br />

do livro, e encaixe-o na capa, aguar<strong>de</strong> a secagem,<br />

pressionado a lombada;<br />

g) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seco, verifique a margem interna,<br />

e caso necessário, com o auxílio do pincel<br />

e da régua plástica passe cola 1:1, a cerca<br />

<strong>de</strong> 3 mm <strong>das</strong> margens internas do corpo do<br />

livro, para formação da dobra <strong>de</strong> abertura;<br />

h) coloque uma folha <strong>de</strong> plástica para proteger<br />

o livro, evitando a colagem in<strong>de</strong>sejada, e<br />

o peso para planificação da colagem;<br />

i) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seco, marque e vinque a marca<br />

<strong>de</strong> abertura do livro, com a dobra<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

papel;<br />

j) caso existam as margem <strong>de</strong> erros, corte-as<br />

usando estilete e régua <strong>de</strong> metal.<br />

Caso a biblioteca não possua outro exemplar,<br />

produza uma nova capa com os dados<br />

da folha <strong>de</strong> rosto, imprima, e faça o mesmo<br />

processo acima. Procure usar fontes mais<br />

próximas as do livro, escolha os papéis <strong>de</strong><br />

forma harmoniosa, busque um bom acabamento,<br />

as questões estéticas também precisam<br />

ser leva<strong>das</strong> em consi<strong>de</strong>ração.<br />

4.8 CAPA DURA<br />

A manipulação <strong>de</strong> modo incorreto promove<br />

muitos danos à lombada dos livros, e as<br />

outras partes da capa dura, e esses são pro-<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 29<br />

blemas que po<strong>de</strong>rão ser evitados com as<br />

“Campanhas <strong>de</strong> Conscientização”, e com as<br />

medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> preservação do nosso “Programa<br />

<strong>de</strong> Preservação”. Enquanto esse dano não<br />

pu<strong>de</strong>r ser evitado <strong>de</strong>ve ser minimizadoh:<br />

4.8.1 Lombada danificada ou inexistente<br />

Material: Couro sintético; estilete; régua; faca;<br />

cola 1:3 ou PVA; cola CMC; papel alcalino<br />

300 g/m²; papelão; lápis; pincel largo; plástico;<br />

transparência; pesos; cópia da lombada;<br />

mata-borrão; o voal; placas protetoras;<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) corte um pedaço <strong>de</strong> couro sintético, com<br />

o tamanho da lombada acrescido <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 4 cm na altura e na largura;<br />

b) cópia da lombada - caso não exista a lombada<br />

corte um pedaço <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> gramatura<br />

alta, ou papelão, da largura da lombada, e<br />

da altura <strong>das</strong> capas. Faça uma cópia da lombada<br />

original, e cole com PVA nesse papel;<br />

c) moldura - caso a lombada tenha uma margem<br />

<strong>de</strong> pelo menos 5 mm, pegue a lombada<br />

original, ou a cópia <strong>de</strong>ssa, e comece a traçar<br />

o limite <strong>de</strong>ssa moldura no couro sintético,<br />

<strong>de</strong>ixando cerca <strong>de</strong> 5 mm para colagem. Corte<br />

a moldura;<br />

d) passe cola PVA na cópia, ou CMC na beirada<br />

lombada, e cole no centro do couro<br />

sintético, ajustando a moldura. Coloque sob<br />

pesos, e aguar<strong>de</strong> secar, caso necessário use<br />

o mata-borrão, e o voal;


30 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

e) para unir a nova lombada à capa, passe<br />

cola PVA, sobreponha, interponha (com o<br />

auxilio da faca), ou tire cerca <strong>de</strong> 2 cm (ou a<br />

meta<strong>de</strong> da medida acrescida na tira <strong>de</strong> couro<br />

sintético) da margem interna capa (usando<br />

o estilete, e uma régua <strong>de</strong> metal);<br />

f) repita o procedimento acima, nas costas<br />

do livro;<br />

g) faça o acabamento dobrando e colando<br />

com PVA, a cabeça e o pé do couro, da nova<br />

lombada. Coloque pesos, com proteção<br />

contra colagem in<strong>de</strong>sejada, e aguar<strong>de</strong> a secagem.<br />

Este procedimento po<strong>de</strong> ser usado sem o<br />

uso da técnica <strong>de</strong> moldura, siga as instruções<br />

<strong>das</strong> alineas: a; e; f; e g.<br />

Como o bom manuseio dos livros po<strong>de</strong>-<br />

-se evitar esse problema, assim recomen<strong>de</strong><br />

sempre a forma certa <strong>de</strong> retirada do item da<br />

estante.<br />

4.8.2 Capa solta<br />

Material: cola 1:2; pincel largo; aplicador p/<br />

cola; flanela; folha plástica; placa <strong>de</strong> vinco;<br />

pesos; voal; mata-borrão; placas protetoras;<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

a) verifique se o livro e capa estão <strong>de</strong> cabeça<br />

para cima. Caso necessário, coloque outra<br />

folha <strong>de</strong> rosto. Coloque a capa em uma superfície<br />

plana;<br />

b) acomo<strong>de</strong> o corpo do livro na parte <strong>das</strong><br />

costas da capa, ajustando-o as seixas, faça as<br />

marcas da colagem;<br />

c) retire o livro, passe a cola seguindo as marcas;<br />

d) passe uma fina camada <strong>de</strong> cola 1:2, cole o<br />

livro seguindo as marcas, planifique usando<br />

o aplicador p/ massa, ou a flanela;<br />

e) passe cola na outra capa, e cole a outra<br />

folha <strong>de</strong> guarda na capa, planifique. A lombada<br />

fica solta;<br />

f) coloque o voal, e o mata-borrão, entre as<br />

folhas <strong>de</strong> guarda e o livro, evitando a colagem<br />

in<strong>de</strong>sejada. Deixe secar, sob pesos.<br />

Veja outra forma <strong>de</strong> colar a capa, abaixo:<br />

a) verifique se o livro e capa estão <strong>de</strong> cabeça<br />

para cima. Caso necessário, coloque outra<br />

folha <strong>de</strong> rosto. Coloque a capa em uma superfície<br />

plana;<br />

b) coloque o corpo do livro sobre a lombada.<br />

Passe uma fina camada <strong>de</strong> cola 1:2, na folha<br />

<strong>de</strong> rosto ou na capa <strong>de</strong> trás, cole, verifique o<br />

alinhamento, caso haja erro conserte, e planifique,<br />

usando a flanela. Repita o processo<br />

na capa <strong>de</strong> trás. A lombada fica solta;<br />

c) coloque o voal e o mata-borrão, entre as<br />

folhas <strong>de</strong> guarda e o livro, evitando a colagem<br />

in<strong>de</strong>sejada. Deixe secar, sob pesos.<br />

Po<strong>de</strong>-se usar a placa <strong>de</strong> vinco, para forçar a<br />

dobra <strong>de</strong> abertura ou encaixe.<br />

4.8.3 Cantos gastos<br />

Material: Couro sintético; tesoura; estilete;<br />

régua <strong>de</strong> metal; cola 1:3; voal; mata-borrão;<br />

pesos; placas protetoras.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:


a) para confecção <strong>de</strong> cantos novos, corte<br />

dois pedaços quadrados <strong>de</strong> couro sintético,<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6x6 cm;<br />

b) dobre os quadrados no meio, formando<br />

triângulos, e corte-os;<br />

c) sobreponha; ou retire os cantos gastos,<br />

usando a régua e o estilete, cerca 3 cm;<br />

d) use a dobra<strong>de</strong>ira para auxiliar a colocação<br />

dos novos cantos, componha-os <strong>de</strong> forma<br />

harmônica, evitando a formação <strong>de</strong> bicos ou<br />

pontas. Coloque o voal e o mata-borrão, entre<br />

as folhas <strong>de</strong> guarda e o livro, evitando a<br />

colagem in<strong>de</strong>sejada. Deixe secar, sob placas<br />

e pesos.<br />

4.8.4 Capas danifica<strong>das</strong><br />

Acima foram <strong>de</strong>scritas ações para capas parcialmente<br />

danifica<strong>das</strong>. Abaixo segue formas<br />

<strong>de</strong> reparo para capas inexistentes. Deve-se<br />

consi<strong>de</strong>rar sempre o princípio da mínima<br />

intervenção. Em capas parcialmente perdi<strong>das</strong><br />

<strong>de</strong>ve-se aproveitar ao máximo a capa. A<br />

técnica da moldura po<strong>de</strong>rá ser usada. Como<br />

já foi dito, cada livro tem seu diagnóstico, e<br />

<strong>de</strong>ve ter sua integrida<strong>de</strong> respeitada.<br />

4.8.5 Capa inexistente<br />

Quando não temos a capa dura original, po<strong>de</strong>-se<br />

fazer a capa abaixo <strong>de</strong>scrita, copiando,<br />

digitalizando, ou digitando a capa usando<br />

fontes próximas a original.<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 31<br />

Essa capa por ser feita <strong>de</strong> papel cartão confere<br />

maior leveza ao livro, o que po<strong>de</strong>rá promover<br />

o uso, já que muitos usuários/clientes<br />

rejeitam as capas duras tradicionais, pelo<br />

seu peso.<br />

Nesse caso a sugestão <strong>de</strong> substituição por<br />

uma capa brochura também seria indicado,<br />

veja 4.7.<br />

4.8.5.1 Moldura


32 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

Material: cópia da capa; papel alcalino <strong>de</strong><br />

alta gramatura (240 300 g/m²); lápis; pincel;<br />

cola 1:3; couro sintético; estilete; dobra<strong>de</strong>ira;<br />

aplicador p/ massa, cola; flanela; pesos; voal;<br />

mata-borrão; placa protetora.<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

Fórmula<br />

- Capas<br />

AS = A + 2SA<br />

LS = L + SL<br />

- Lombada<br />

ES= E+SA<br />

- Couro sintético<br />

AT= AS + 4 cm<br />

LT= 2LS + E + 4 cm<br />

On<strong>de</strong>:<br />

A = Altura do livro<br />

L= Largura do livro<br />

E= Espessura do livro = (lombada)<br />

AS = Altura do livro com a seixa<br />

LS= Largura do livro com a seixa<br />

ES= Espessura (lombada) do livro com a seixa<br />

SA = Seixa <strong>de</strong> altura<br />

SL = Seixa <strong>de</strong> largura<br />

AT = Altura total<br />

LT = Largura total<br />

a) capas - corte dois pedaços <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> alta<br />

gramatura, com a altura e largura do corpo<br />

do livro, acrescentando cerca <strong>de</strong> 6 mm na<br />

altura, e 3 mm na largura, para seixa ;<br />

b) lombada - corte também um pedaço <strong>de</strong><br />

papel <strong>de</strong> alta gramatura com a largura da<br />

lombada, e altura dos outros pedaços;<br />

c) corte o couro sintético com a medida dos<br />

pedaços <strong>de</strong> papel da capa, somados a lombada,<br />

acrescendo cerca <strong>de</strong> 4 cm na largura e<br />

altura;<br />

d) faça uma cópia ou digite a capa <strong>de</strong> outro<br />

exemplar, e imprima. Em uma superfície<br />

plana, cole essa cópia com PVA, em papel<br />

<strong>de</strong> alta gramatura. Retire as possíveis bolhas,<br />

usando a flanela, coloque sob pesos, e<br />

aguar<strong>de</strong> secar, caso necessário use o mata-<br />

-borrão, e o voal;<br />

e) pegue o pedaço <strong>de</strong> couro sintético, marque<br />

com um lápis a lombada, a capa, <strong>de</strong>ixando<br />

6 mm entre elas para o encaixe , canaleta;<br />

f) pegue o couro sintético, e usando a capa<br />

como espelho, comece a <strong>de</strong>limitar a área<br />

moldura, com auxilio do lápis e régua, faça<br />

a primeira linha. A partir <strong>de</strong>sse primeiro<br />

limite acrescente 5 mm ao centro, fazendo<br />

o segundo limite. Faça o corte da moldura,<br />

usando esse último limite;<br />

g) cole a cópia da capa na moldura;<br />

h) cole a lombada, na marca feita previamente;<br />

i) cole a capa traseira no couro sintético, conforme<br />

marcas prévias, e planifique com flanela;<br />

j) cole a capa dianteira no couro sintético,<br />

conforme marcas prévias, e planifique com<br />

flanela;<br />

l) corte os quatro pontas do couro sintético,<br />

a cerca <strong>de</strong> 3 mm dos cantos;<br />

m) vire os 2 cm acrescidos da parte <strong>de</strong> cima<br />

e cole. Vire também os 2 cm acrescidos na<br />

parte <strong>de</strong> baixo e cole;<br />

n) vire os 2 cm acrescidos nas laterais, e cole,<br />

compondo os cantos <strong>de</strong> forma harmônica.<br />

Depois, siga o “modo <strong>de</strong> reparar” <strong>de</strong> 4.8.2.<br />

Essa técnica também po<strong>de</strong> ser feita na lombada,<br />

para uma boa execução é preciso existir<br />

espaço <strong>de</strong> pelo menos 5 mm <strong>de</strong> margem<br />

para colagem.


4.8.5.2 Capa dura com sobrecapa<br />

Material: papelão; papel alcalino <strong>de</strong> alta gramatura<br />

(240, 300 g/m²); papel alcalino <strong>de</strong><br />

média gramatura (150, 180 g/m²); vinil autoa<strong>de</strong>sivo;<br />

lápis; pincel largo; cola 1:3; couro<br />

sintético; estilete; aplicador p/ massa, cola;<br />

flanela; pesos;<br />

placas protetoras; voal; mata-borrão;<br />

Modo <strong>de</strong> reparar:<br />

Fórmula<br />

- Duas placas<br />

AS = A + 2SA<br />

LS = L + SL<br />

- Lombada<br />

ES= E+SA<br />

On<strong>de</strong>:<br />

A = Altura do livro<br />

L= Largura do livro<br />

E= Espessura do livro = (lombada)<br />

AS = Altura do livro com a seixa<br />

LS= Largura do livro com a seixa<br />

ES= Espessura do livro = (lombada) com a<br />

seixa<br />

SA = Seixa <strong>de</strong> altura<br />

SL = Seixa <strong>de</strong> largura<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 33<br />

a) para montar uma nova capa, corte duas<br />

placas papelões, com a largura e altura do<br />

corpo do livro, acrescentando cerca <strong>de</strong> 8 mm<br />

na altura, e 4 mm na largura, para seixa ;<br />

b) corte também um pedaço <strong>de</strong> papel <strong>de</strong><br />

alta gramatura com a largura da lombada, e<br />

altura <strong>das</strong> outras placas, po<strong>de</strong>-se usar o papelão<br />

também;<br />

c) corte o couro sintético na medida <strong>das</strong> capas<br />

do livro e da lombada, acrescendo cerca<br />

<strong>de</strong> 4 cm na largura e altura;<br />

d) coloque o pedaço <strong>de</strong> couro numa superfície<br />

plana. Marque o centro com lápis ou, um<br />

picote com a tesoura;<br />

e) cole no centro do couro, o pedaço correspon<strong>de</strong>nte<br />

à lombada;<br />

f) faça uma marca a cerca <strong>de</strong> 6 mm, nos dois<br />

lados da lombada, <strong>de</strong>limitando a dobra para<br />

abertura, o encaixe, a canaleta;<br />

g) passe cola na primeira capa, cole-a no<br />

couro, conforme marcas prévias, e planifique<br />

com flanela;<br />

h) passe cola na outra placa, cole no couro,<br />

conforme marcas prévias, e planifique com<br />

flanela;<br />

i) corte os quatro pontas do couro sintético,<br />

a cerca <strong>de</strong> 3 mm do canto;<br />

j) vire os 2 cm acrescidos da parte <strong>de</strong> cima<br />

e cole. Vire, também os 2 cm acrescidos na<br />

parte <strong>de</strong> baixo e cole;<br />

m) vire os 2 cm acrescidos nas laterais, e cole,<br />

compondo os cantos <strong>de</strong> forma harmônica,<br />

termine <strong>de</strong> colar. Deixe secar entre placa e<br />

pesos, coloque voal e mata-borrão caso necessário.<br />

Depois, siga o “modo <strong>de</strong> reparar” <strong>de</strong><br />

Sobrecapa<br />

Fórmula<br />

AT = A + ME<br />

LT = 3 x L + E


34 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

On<strong>de</strong>:<br />

A = Altura do livro<br />

L= Largura do livro<br />

E = Espessura do livro = (lombada)<br />

AT = Altura total<br />

LT=Largura total<br />

ME= margem <strong>de</strong> erro<br />

a) para completar o trabalho acima – corte<br />

um pedaço <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> média gramatura,<br />

com a altura total igual à altura do corpo do<br />

livro, e com a largura total igual a três vezes a<br />

largura, somada com a espessura. Acrescente<br />

a margem <strong>de</strong> erro, caso necessário;<br />

b) faça uma cópia ou escaneie a capa <strong>de</strong><br />

outro exemplar, e imprima no papel acima.<br />

Caso a impressora não permita o uso <strong>de</strong> um<br />

papel <strong>de</strong> alta gramatura, ou <strong>de</strong> tamanho<br />

apropriado, imprima em papel a4;<br />

c) em uma superfície plana, cole esse papel<br />

com PVA, no corte papel <strong>de</strong> alta gramatura<br />

acima <strong>de</strong>scrito. Retire as possíveis bolhas,<br />

usando a flanela, coloque sob pesos, e<br />

aguar<strong>de</strong> secar, caso necessário use o mata-<br />

-borrão, e o voal;<br />

d) plastifique a cópia da capa - pegue um<br />

pedaço <strong>de</strong> vinil autoa<strong>de</strong>sivo transparente,<br />

do tamanho do papel acima. Retire a proteção,<br />

e coloque-o em uma superfície plana.<br />

Pegue a cópia da capa e coloque-a sobre o<br />

vinil, espalhe com a flanela, para tirar as possíveis<br />

bolhas;<br />

e) com um lápis, marque a lombada, confira<br />

com o livro, com o a régua <strong>de</strong> metal e dobra<strong>de</strong>ira,<br />

vinque e dobre, a lombada;<br />

f) com o pincel passe cola PVA na lombada<br />

do livro, e encaixe-o na capa, aguar<strong>de</strong> a secagem,<br />

pressionado a lombada;<br />

g) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seco, verifique a margem interna,<br />

e caso necessário, com o auxílio do pincel<br />

e da régua plástica passe cola 1:1, a cerca<br />

<strong>de</strong> 3 mm <strong>das</strong> margens internas do corpo do<br />

livro, para formação da dobra <strong>de</strong> abertura;<br />

h) coloque uma folha <strong>de</strong> plástica para proteger<br />

o livro, evitando a colagem não <strong>de</strong>sejada,<br />

e o peso para planificação da colagem;<br />

i) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seco, marque e vinque a marca<br />

<strong>de</strong> abertura do livro, com a dobra<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

papel;<br />

j) caso existam as margem <strong>de</strong> erros, corte-<br />

-as usando estilete e régua <strong>de</strong> metal. Esse<br />

procedimento procura <strong>de</strong>volver a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

gráfica perdida.<br />

Caso a biblioteca não possua outro exemplar,<br />

produza uma nova capa com os dados<br />

da folha <strong>de</strong> rosto, imprima, e faça o mesmo<br />

processo acima. Procure usar fontes mais<br />

próximas as do livro, escolha os papéis <strong>de</strong><br />

forma harmoniosa, busque um bom acabamento,<br />

as questões estéticas também precisam<br />

ser leva<strong>das</strong> em consi<strong>de</strong>ração.


5 CONCLUSÃO<br />

Conforme foi dito, este manual teve a finalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> marca os pontos dados em aula,<br />

e não tem a pretensão <strong>de</strong> substituir essas<br />

aulas; muito menos o bom senso e a sensibilida<strong>de</strong><br />

que todos que escolheram <strong>de</strong>sempenhar<br />

um trabalho <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>vem<br />

ter.<br />

Procurou-se apresentar maneiras mais simples,<br />

não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> manter a ética e a<br />

técnica necessária a esse trabalho. Como assinalado,<br />

as medi<strong>das</strong> <strong>de</strong> preservação são as<br />

melhores formas <strong>de</strong> intervenção que po<strong>de</strong>-<br />

-se promover; mas quando essas não surtem<br />

efeito, ou não são realiza<strong>das</strong>, as medi<strong>das</strong> <strong>de</strong><br />

conservação <strong>de</strong>vem ser executa<strong>das</strong> o mais<br />

breve possível, <strong>de</strong> modo a evitar prejuízo ao<br />

acesso.<br />

As técnicas e materiais mo<strong>de</strong>rnos, comerciais<br />

não foram <strong>de</strong>stacados nesse manual,<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 35<br />

pois a sua aquisição ainda é proibitiva, em<br />

gran<strong>de</strong> escala, pelos preços, que ainda são<br />

alto; talvez por esses, em sua maioria, serem<br />

importados. Mas alguns <strong>de</strong>sses itens po<strong>de</strong>m<br />

ser indicados. No caso <strong>de</strong> uso, busque seguir<br />

as indicações da<strong>das</strong>, procure itens que possuam<br />

to<strong>das</strong> as qualida<strong>de</strong>s arquivísticas necessárias<br />

à preservação <strong>de</strong> documentos.<br />

Este manual tentou pontuar as aulas, <strong>de</strong> modo<br />

a tornar o trabalho nas <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong><br />

<strong>Reparos</strong> – OPRs - mais fácil. É importante<br />

lembrar que o trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelas OPRs <strong>de</strong>ve está em sintonia com todos<br />

os outros serviços. As ações <strong>de</strong> preservação<br />

e conservação <strong>de</strong>vem estar articula<strong>das</strong> com<br />

as outras ações e serviços da biblioteca, <strong>de</strong><br />

modo, a promover e garantir maior acesso<br />

à informação que <strong>de</strong>ve ser uma <strong>das</strong> funções<br />

da biblioteca universitária.


6 REFERÊNCIAS<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 37<br />

ARAÚJO, Diná Marques Pereira. Introdução às técnicas <strong>de</strong> acondicionamento e higienização <strong>de</strong> livros raros e<br />

especiais: ativida<strong>de</strong>s da Oficina <strong>de</strong> Conservação da Divisão <strong>de</strong> Coleções Especiais. Belo Horizonte: Biblioteca<br />

Universitária, Sistema <strong>de</strong> Bibliotecas/UFMG, Divisão <strong>de</strong> Coleções Especiais, 2010. Disponível em: .<br />

Acesso em: 30 jun. 2011.<br />

GOMES, Sônia <strong>de</strong> Conti; MOTTA, Rosemary Tofani. Técnicas alternativas <strong>de</strong> conservação: recuperação <strong>de</strong> livros,<br />

revistas, folhetos e mapas. Minas Gerais: UFMG, 1992.<br />

GREENFIELD, Jane. Books: their care and repair. New York: H.W. Wilson, 1983.<br />

LUCCAS, Lucy, SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar; uma proposta para preservação <strong>de</strong> documentos<br />

em bibliotecas. Brasília: Thesaurus, 1995<br />

KYLE, Hedi. Library materials preservation manual. Bronxville, NY: Nicholas T. Smith, c1983.<br />

JOHSON, Pauline. Creative bookbiding. Seattle: University of Washington Press, 1964.<br />

<strong>LACORD</strong>. Pequeno manual para a conservação <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> uso diário. Niterói, 2002.<br />

MILEVSKI, Robert J. <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> pequenos reparos em livros. 2. Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Projeto Conservação Preventiva<br />

em Bibliotecas e Arquivos: Arquivo Nacional, 2001. Disponível em: . Acesso em: 05 mar. 2009.<br />

NOÇÕES sobre bio<strong>de</strong>terioração em acervos bibliográficos e documentais. Brasília: Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça,<br />

2003. Disponível em: .<br />

Acesso em: 3 jan. 2011.<br />

OGDEN, Sherelyn (Ed.). Armazenagem e manuseio. 2.ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em<br />

Bibliotecas e Arquivos, 2001.<br />

OGDEN, Sherelyn. Gui<strong>de</strong>lines for Library Binding. Disponível: . Andover, MA: Northeast Document Conservation<br />

Center, 2007. Acesso em: 3 mar. 2012.<br />

SARMENTO, Adriana Godoy da Silveira. Preservar para não restaurar. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE PRO-<br />

PRIEDADE INTELECTUAL, INFORMAÇÃO E ÉTICA, 2. 2003, Florianópolis. Anais eletrônico. Florianópolis: Associação<br />

Catarinense <strong>de</strong> Bibliotecários, 2003. Disponível em: . Acesso em: 05 mar. 2004.<br />

SPINELLI JÚNIOR, Jayme. A conservação <strong>de</strong> acervos bibliográficos e documentais. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Fundação Biblioteca<br />

Nacional, 1997. 80p<br />

RODRIGUES, Maria Solange P. Preservação e conservação <strong>de</strong> acervos bibliográficos. Curitiba: Pontifícia Universida<strong>de</strong><br />

Católica do Paraná,Sistema Integrado <strong>de</strong> Bibliotecas: 2007 – ou RODRIGUES, Maria Solange. Preservação<br />

e conservação <strong>de</strong> acervos bibliográficos. In: IX ENCONTRO NACIONAL DOS USUÁRIOS DA REDE PERGAMUM.<br />

Curitiba: 2007. Disponível em: . Acesso em: 22<br />

abr. 2011.<br />

UNIVERSITY OF VIRGINIA LIBRARY. Library Binding Policy for the University of Virginia Library. 2006. Disponível<br />

em: . Acesso em: 22 abr. 2011.


7 APÊNDICES<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 39<br />

Estes instrumentos foram <strong>de</strong>senvolvidos pelo <strong>LACORD</strong>, como auxilio ao trabalho nas <strong>Oficinas</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong> - OPRs.<br />

7.1 LISTA DE INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS<br />

Os itens e suas quantida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m variar, <strong>de</strong> acordo com o tamanho da OPR, e o número <strong>de</strong><br />

pessoas que trabalham nestas, ou técnica utiliza<strong>das</strong>.<br />

• Agulhas <strong>de</strong> costura<br />

• Aspirador <strong>de</strong> pó<br />

• Bancada ou mesa<br />

• Ca<strong>de</strong>ira ou banco<br />

• Aplicador p/ massa, cola<br />

• Esquadros<br />

• Estantes<br />

• Estiletes<br />

• Dobra<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> papel<br />

• Faca <strong>de</strong> legumes<br />

• Fura<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> pequeno porte<br />

• Microcomputador, Impressora, Scanner<br />

(não precisam pertencer à oficina, mas <strong>de</strong>vem estar disponíveis quando necessários)<br />

• Pesos (placas <strong>de</strong> mármore, reatores usados, etc.)<br />

• Placa <strong>de</strong> vidro ou acrílico (par <strong>de</strong> 30 cm x 50 cm)<br />

• Placas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (par <strong>de</strong> 20 cm x 30 cm)<br />

• Placas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (par <strong>de</strong> 30 cm x 40 cm)<br />

• Prensa horizontal (po<strong>de</strong> ser improvisada com placas sob pesos, ou com pren<strong>de</strong>dores)<br />

• Pren<strong>de</strong>dores tipo morsa,<br />

• Pren<strong>de</strong>dor Bin<strong>de</strong>r Clips - 51 mm<br />

• Prensa vertical (po<strong>de</strong>m ser improvisa<strong>das</strong> com as placas e os pesos, ou com pren<strong>de</strong>dores)<br />

• Régua <strong>de</strong> aço - com 0,30m, 0,60m<br />

• Régua <strong>de</strong> acrílico com 0,30m e 0,60m<br />

• Tesouras<br />

7.2 CONTROLES ESTATÍTISCOS<br />

Esse controle visa colher dados estatísticos, que po<strong>de</strong>rão nos ajudar na programação <strong>das</strong><br />

compras <strong>de</strong> material para <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong> (OPRs), e po<strong>de</strong>rá também ser usados<br />

para a programação da aquisição <strong>de</strong> livros, com o uso dos dados da classificação e autor.<br />

A alimentação <strong>de</strong>verá ser feita com o uso <strong>de</strong> números, no Excel, para facilitar a contabilização.<br />

Esse controle <strong>de</strong>verá sofrer aprimoramento na próxima versão. Caso já exista alguma<br />

forma melhor <strong>de</strong> controle, favor compartilhar com o <strong>LACORD</strong>, para que possamos socializar<br />

e aprimorar nosso trabalho.


40 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

7.2.1 Controle estatístico <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pequenos</strong> <strong>Reparos</strong><br />

Esse controle visa colher dados estatísticos e facilitar a programação <strong>das</strong> compras <strong>de</strong> materiais<br />

para cada OPR. Devem ser alimentados com números, preferencialmente no Excel, para<br />

facilitar a contabilização. Caso já exista alguma forma <strong>de</strong> controle, favor compartilhar com o<br />

<strong>LACORD</strong>. A tabela abaixo é um exemplo. A Ficha <strong>de</strong> Controle em PDF e a Planilha no Excel<br />

estarão disponíveis para download no site do <strong>LACORD</strong>.<br />

Primeiro autor<br />

Titulo<br />

Classificação (sem Cutter) ou v. N.<br />

Retirada <strong>de</strong> poeira e resíduos<br />

Retirada <strong>de</strong> cola da lombada<br />

Retirada <strong>de</strong> fitas a<strong>de</strong>sivas, etc.<br />

Retirada <strong>de</strong> etiquetas, e papeis<br />

Remendos, enxertos, velaturas<br />

Inserção <strong>de</strong> folhas<br />

Enca<strong>de</strong>rnação ventilada dupla<br />

Costura<br />

Lixamento<br />

Nova lombada<br />

Nova capa brochura<br />

Acondicionamento<br />

Outros


7.2.2 Controle <strong>de</strong> material <strong>de</strong> consumo<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 41<br />

Esse controle po<strong>de</strong>rá ser usado para administrar o estoque <strong>de</strong> cada OPR e monitorar as futuras<br />

solicitações <strong>de</strong> material. Outros itens po<strong>de</strong>m ser acrescentados ao final. A tabela abaixo é<br />

um exemplo. A lista em PDF e DOC estarão disponíveis para download no site do <strong>LACORD</strong>.<br />

Controle <strong>de</strong> material <strong>de</strong> consumo<br />

DESCRIÇÃO DO MATERIAL MEDIDA * **<br />

ACETATO DE ETILA 200 ml<br />

ACETATO DE ETILA L LITRO<br />

AGULHA COSTURA - número agulhas 2/0 UN Un.<br />

AGUA DEIONIZADA L LITRO<br />

ÁLCOOL 70% L LITRO<br />

ALCOOL 92,8 L LITRO<br />

ALGODÃO 25,00 G<br />

APLICADOR P/ MASSA, COLA UN<br />

AVENTAL DE ALGODÃO – frente única, cor branca, algodão misto UN Un.<br />

AVENTAL DESCARTÁVEL COM MANGA CURTA – cor branca UN Un.<br />

AVENTAL DESCARTÁVEL COM MANGA LONGA – cor branca UN Un.<br />

BISTURI DESCARTÁVEL- lâmina 10 UN Un.<br />

BORRACHA PLASTICA UN Un.<br />

BROXINHA REDONDA – TIGRE 835, N.12 UN Un.<br />

CABECEADO - algodão, cor azul RL 10M<br />

CABECEADO - algodão, cor marrom RL 10M<br />

CABECEADO - algodão, cor ver<strong>de</strong> RL 10M<br />

CABECEADO - algodão, cor vermelho RL 10M<br />

CABECEADO - algodão, cor preto RL 10M<br />

COLA PVA POTE 1,0 KG<br />

COLA CMC POTE 500G<br />

COLA CMC - PÓ SACO 60 G<br />

COURO SINTÉTICO - cor azul marinho RO M<br />

COURO SINTÉTICO - cor marrom RO M<br />

COURO SINTÉTICO - cor ver<strong>de</strong> RO M<br />

COURO SINTÉTICO - cor vermelha RO M<br />

COURO SINTÉTICO - cor preto RO M<br />

ENVELOPES DE PAPEL BRANCO ALCALINO – A4 UN Un.<br />

ENVELOPES DE PAPEL BRANCO ALCALINO – Tamanho 260 X 360 UN Un.<br />

ESTILETE ESTREITO UN Un.<br />

ESTILETE LARGO UN Un.<br />

DOBRADEIRA DE PAPEL UN Un.<br />

FLANELA BRANCA UN Un.<br />

FITA METRICA DE COSTUREIRA UN Un.<br />

FRASCO COM BICO (colas puras) UN Un.<br />

FRASCO PULVERIZADOR (álcool 70º. + água) UN Un.<br />

JALECO DE ALGODÃO - manga longa, unissex, branco, tam. P UN Un.<br />

JALECO DE ALGODÃO - manga longa, unissex, branco, tam. M UN Un.<br />

JALECO DE ALGODÃO - manga longa, unissex, branco, tam. G UN Un.<br />

* QUANTIDADE EXISTENTE ** QUANTIDADE A SOLICITAR


42 | <strong>LACORD</strong> - Laboratório <strong>de</strong> Conservação e Restauração <strong>de</strong> Documentos<br />

DESCRIÇÃO DO MATERIAL MEDIDA * **<br />

LAMINA PARA ESTILETE LARGO CX 10,00 UN<br />

LAMINA PARA ESTILETE ESTREITO CX 10,00 UN<br />

LINHA COSTURA – algodão, cor branca, número 00 UN Un.<br />

LINHA COSTURA – algodão, cor branca, número 0 UN Un.<br />

LINHA COSTURA – algodão, cor branca, número 01 UN Un.<br />

LINHA COSTURA - material náilon, cor branca, número 40 UN Un.<br />

LINHA 10 PARA PIPA – cor branca UN Un.<br />

LIXA - 120 UN Un.<br />

LIXA - 80 UN Un.<br />

LUVA DE PROCEDIMENTO DESCARTÁVEL - TAMANHO G CX 100 UN<br />

LUVA DE PROCEDIMENTO DESCARTÁVEL - TAMANHO M CX 100 UN<br />

LUVA DE PROCEDIMENTO DESCARTÁVEL - TAMANHO P CX 100 UN<br />

MÁSCARA DESCARTÁVEL - COM ELASTICO E CLIPS CX 100 UN<br />

MÁSCARA DESCARTÁVEL EP 101- proteção contra poeiras, c/ elástico, formato concha CX 100 UN<br />

ÓCULOS PROTEÇÃO UN Un.<br />

PANO LIMPEZA – tipo perfex UN Un.<br />

PAPEL – alcalino, gramatura 75, A4, cor branca, cor branca UN Un.<br />

PAPEL- alcalino, gramatura 90, formato 96x66 cm, cor branca UN Un.<br />

PAPEL - alcalino, gramatura 120, formato 96x66cm, cor branca UN Un.<br />

PAPEL - alcalino, gramatura 240, formato 96x66cm, cor branca UN Un.<br />

PAPEL - alcalino, gramatura 300, formato 96x66cm, cor branca UN Un.<br />

PAPEL – alcalino, textura casca <strong>de</strong> ovo, gramatura 90, dimensões 85x100, cor marfim UN Un.<br />

PAPEL - alcalino, textura casca <strong>de</strong> ovo, gramatura 180, dimensões 85x100, cor marfim UN Un.<br />

PAPEL JAPONÊS UN Un.<br />

PAPEL MATA-BORRÃO UN Un.<br />

PAPEL SEDA UN Un.<br />

PAPELÃO UN Un.<br />

PLACA DE CORTE- 30X45CM UN Un.<br />

PLACA CORTE - 45X60 CM UN Un.<br />

PINCEL - ponta chato, tamanho 8 UN Un.<br />

PINCEL - ponta chato, tamanho 10 UN Un.<br />

PINCEL - ponta chato, tamanho 12 UN Un.<br />

PINCEL - ponta chato, tamanho 14 UN Un.<br />

PINCEL - ponta chato, tamanho 16 UN Un.<br />

PINCEL - ponta chato, tamanho 20 UN Un.<br />

PINCEL- ponta chato, tamanho 22 UN Un.<br />

PINCEL- ponta chato, tamanho 24 UN Un.<br />

PRENDEDOR BINDER CLIPS - 51mm CX 12 UN<br />

RÉGUA DE AÇO – 60 cm UN Un.<br />

RÉGUA DE AÇO – 100 cm UN Un.<br />

RÉGUA DE PLÁSTICO - 30 cm UN Un.<br />

TECIDO FLANELA MT METRO<br />

TECIDO MORIM MT METRO<br />

TECIDO VOAL MT METRO<br />

TESOURA GRANDE UN Un.<br />

TESOURA PEQUENA UN Un.<br />

TRINCHA - tamanho 1 UN Un.<br />

TRINCHA- tamanho 2 UN Un.


7.2.3 Amostra <strong>de</strong> papéis e outros materiais<br />

Recomenda-se a colagem nesta or<strong>de</strong>m:<br />

PAPEL ALCALINO<br />

– textura lisa, gramatura 75, cor branca<br />

PAPEL ALCALINO<br />

- textura lisa, gramatura 240, cor branca<br />

PAPEL ALCALINO<br />

- textura casca <strong>de</strong> ovo, gramatura 180,<br />

cor marfim<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 43<br />

PAPEL ALCALINO<br />

- textura lisa, gramatura 90, cor branca<br />

PAPEL ALCALINO<br />

- textura lisa, gramatura 300, cor branca<br />

PAPEL ALCALINO<br />

– textura lisa, gramatura 120, cor branca<br />

PAPEL ALCALINO<br />

- textura casca <strong>de</strong> ovo, gramatura 90,<br />

cor marfim<br />

TECIDO MORIM REVESTIMENTO REFORÇADO<br />

– morim + papel alcalino<br />

PAPEL SEDA PAPEL JAPONÊS PAPELÃO<br />

COURO SINTÉTICO COURO SINTÉTICO REVESTIDO<br />

– couro + papel alcalino<br />

CABECEADO<br />

TECIDO FLANELA TECIDO VOAL PAPEL MATA-BORRÃO<br />

PLASTICO TRANSPARÊNCIAS (lava<strong>das</strong>) PAPEL JORNAL<br />

– usado pra forrar a área <strong>de</strong> trabalho


8 ANEXO<br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 45<br />

Abaixo o texto da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviço que estabelece critérios para obras raras e especiais<br />

da Superintendência <strong>de</strong> Documentação, Sistema <strong>de</strong> Bibliotecas e Arquivo da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral Fluminense.<br />

8.1 ORDEM DE SERVIÇO N° 02/2000 DE 05 DE MAIO DE 2000<br />

ORDEM DE SERVIÇO N° 02/2000 <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000<br />

EMENTA: Estabelece critérios para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> obras raras e/ou valiosas<br />

no âmbito do Sistema NDC <strong>de</strong> Bibliotecas e Arquivos na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral Fluminense.<br />

O DIRETOR do Núcleo <strong>de</strong> Documentação, no uso <strong>de</strong> suas atribuições, e<br />

Consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à i<strong>de</strong>ntificação <strong>das</strong> obras raras e/ ou valiosas existentes no<br />

acervo bibliográfico <strong>das</strong> bibliotecas e arquivos da Universida<strong>de</strong>,<br />

RESOLVE estabelecer os seguintes critérios:<br />

1. São obras raras ou valiosas:<br />

a) As data<strong>das</strong> até o Século XVIII porque o fator data se impõe sobre os <strong>de</strong>mais que possam ser consi<strong>de</strong>rados<br />

como autores, comentadores, editores e assuntos, embora todos, por si ou associados, possam e <strong>de</strong>vam<br />

ser <strong>de</strong>stacados. São obras pouco comuns na maioria <strong>das</strong> bibliotecas brasileiras e, normalmente, <strong>de</strong> difícil aquisição.<br />

b) As brasileiras do Século XIX porque a tipografia só foi permitida, no Brasil, a partir <strong>de</strong> 1808, quando<br />

da criação da Imprensa Régia, no Rio <strong>de</strong> Janeiro e da permissão para o estabelecimento <strong>de</strong> oficinas tipográficas<br />

particulares em todo o país, época em que se iniciou, então, um florescente mercado editorial. São especialmente<br />

valiosas e raras to<strong>das</strong> as obras produzi<strong>das</strong> no Brasil até 1850, fato que não invalida sejam merecedoras<br />

<strong>de</strong> atenção e <strong>de</strong> preservação to<strong>das</strong> aquelas surgi<strong>das</strong> até o fina do século.<br />

c) As <strong>de</strong> 1ª edição porque marcam o aparecimento da obra e, em muitos casos, são únicas.<br />

d) As edições especiais <strong>de</strong> luxo para bibliófilos, numera<strong>das</strong> e com tiragens reduzi<strong>das</strong>.<br />

e) As clan<strong>de</strong>stinas que po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong> motivos políticos, religiosos, morais ou <strong>de</strong> mera pirataria<br />

editorial.<br />

f) As ilustra<strong>das</strong> por artistas <strong>de</strong> renome ou pelos próprios autores.<br />

g) As apreendi<strong>das</strong>, suspensas ou recolhi<strong>das</strong>.<br />

Apreendi<strong>das</strong> – quando seus exemplares são retirados <strong>de</strong> circulação por <strong>de</strong>cisão legal ou arbitrária <strong>de</strong><br />

uma autorida<strong>de</strong> constituída.<br />

Suspensas – quando a edição é sustada após o início <strong>de</strong> sua impressão, por <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong>,<br />

do próprio autor, <strong>de</strong> sua família ou <strong>de</strong> seu her<strong>de</strong>iro legal.<br />

Recolhi<strong>das</strong> – quando o próprio editor promove a retirada <strong>de</strong> circulação, por medida <strong>de</strong> precaução, por<br />

imposição do autor ou <strong>de</strong> sua família.<br />

h) As esgota<strong>das</strong>, não reedita<strong>das</strong>.<br />

i) É gran<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> obras consagra<strong>das</strong> que, por diferentes razões, não são reedita<strong>das</strong>, fato que<br />

lhes acrescenta um evi<strong>de</strong>nte grau <strong>de</strong> rarida<strong>de</strong>.j) As que se apresentam com <strong>de</strong>dicatórias e/ou autógrafos importantes.<br />

k) É generalizado o costume <strong>de</strong> oferecer obras alheias com <strong>de</strong>dicatórias do ofertante.<br />

Pelo teor da <strong>de</strong>dicatória, pela importância do ofertante e/ou homenageado, um exemplar po<strong>de</strong> se tornar valioso.<br />

l) As clássicas em todos os ramos do conhecimento que são i<strong>de</strong>ntifica<strong>das</strong> como tal pelos especialistas<br />

<strong>das</strong> áreas.<br />

2. Esta Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

CLARICE MUHLETHALER DE SOUZA<br />

Diretora do Núcleo <strong>de</strong> Documentação


9 GLOSSÁRIO<br />

Brochura – tipo <strong>de</strong> enca<strong>de</strong>rnação em que o<br />

bloco, corpo po<strong>de</strong> ser formado por ca<strong>de</strong>rnos<br />

ou folhas, que são presas pela lombada em<br />

uma capa feita <strong>de</strong> papel cartão.<br />

Compatibilida<strong>de</strong> – esse princípio tem por<br />

base a busca do uso <strong>de</strong> materiais que se harmonize<br />

com os do original.<br />

Estabilida<strong>de</strong> – princípio que busca garantir<br />

o equilíbrio físico e químico do documento.<br />

Intervenção mínima – princípio baseado<br />

na idéia da menor interferência, possível, <strong>de</strong><br />

modo garantir a autenticida<strong>de</strong>, originalida<strong>de</strong><br />

da obra.<br />

Fio (do papel) – direção na qual estão dispostas<br />

as fibras do papel ou papelão. O<br />

sentido <strong>das</strong> fibras <strong>de</strong> um tecido é a direção<br />

paralela à sua aréola. A direção <strong>das</strong> fibras,<br />

em todos os materiais usados em enca<strong>de</strong>rnação,<br />

<strong>de</strong>ve correr da cabeça ao pé do livro;<br />

isto previne rugas, facilita a abertura e dá<br />

flexibilida<strong>de</strong>, evitando o empenamento ou o<br />

fechamento imediato do livro.<br />

Gramatura – é a medida da espessura, grossura<br />

<strong>de</strong> um papel, expressa em gramas por<br />

metro quadrado (g/m²).<br />

Marmorização – técnica <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração <strong>de</strong><br />

papéis, que consiste em matizar ou mistura<br />

tintas em uma superfície <strong>de</strong> um liquido gelatinoso,<br />

e transferir esse <strong>de</strong>senho para o papel.<br />

Os papéis resultantes são muito usados<br />

em folhas <strong>de</strong> guarda.<br />

Placa protetora – placa <strong>de</strong> proteção usada<br />

em procedimentos <strong>de</strong> lixamento, planificação<br />

<strong>de</strong> colagem, etc. Po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong><br />

MANUAL DAS OFICINAS DE PEQUENOS REPAROS | 47<br />

ma<strong>de</strong>ira e fórmica; vidro; acrílico. Po<strong>de</strong>-se<br />

confeccionar placas usando papelão forrado<br />

com papel alcalino e/ou couro sintético.<br />

Placa <strong>de</strong> vinco – placa usada para vincar a<br />

capa do livro. Uma placa <strong>de</strong> vinco po<strong>de</strong> ser<br />

formada usando uma placa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, acrílico<br />

etc.; tamanho A4, por exemplo; anexada<br />

a uma agulha <strong>de</strong> tricô no. 4 ou 5. Cole a agulha<br />

na beira da placa e aguar<strong>de</strong> secar.<br />

Planificar – tornar plano.<br />

Pó <strong>de</strong> borracha – esse pó é produzido com<br />

borracha plástica, usando a parte fina <strong>de</strong> um<br />

ralador <strong>de</strong> cozinha. Esse pó é colocado em<br />

um saco <strong>de</strong> morim. A limpeza é feita com<br />

movimento circulares com esse saco no<br />

documento. Hoje já existe pó <strong>de</strong> borracha<br />

pronto. Além <strong>de</strong> esponjas, e panos para limpeza.<br />

Usado para limpeza <strong>de</strong> documento.<br />

Oxidação - ação <strong>de</strong> oxidar (-se); oxigenação.<br />

2 Criação <strong>de</strong> ferrugem.<br />

Reversibilida<strong>de</strong> – esse princípio se baseia<br />

na proprieda<strong>de</strong> reversão, ou seja, <strong>de</strong> retorno<br />

ao estado primeiro.<br />

Seixa – espaço <strong>de</strong>ixado a mais nas beira<strong>das</strong><br />

da capa dura, <strong>de</strong> modo a proteger o livro.<br />

Voal – é um tecido leve, feito <strong>de</strong> algodão ou<br />

misturas <strong>de</strong> algodão. O termo vem do francês,<br />

e significa véu. Voile. Voil.

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