19.04.2013 Views

Águas Subterrâneas - Introdução - - USP

Águas Subterrâneas - Introdução - - USP

Águas Subterrâneas - Introdução - - USP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

QFL 3201 – Químicas das águas<br />

Grupo 7 - <strong>Águas</strong><br />

subterrâneas<br />

Allan, Alessandra, Gabriele e Regiane


<strong>Introdução</strong><br />

- A Crise da Água -<br />

Problema:<br />

1) Escassez de água doce<br />

- alerta da ONU: em 2025, cerca de 2,7 bilhões<br />

de pessoas enfrentarão o problema da falta<br />

d’água.<br />

Soluções:<br />

1) Conscientização população<br />

2) Conhecimento do ciclo hidrológico


• Cerca de 98,5% da água doce disponível para uso da<br />

humanidade encontra-se no subsolo, na forma de água<br />

subterrânea.


<strong>Águas</strong> <strong>Subterrâneas</strong><br />

Definição: Parcela de água que permanece no subsolo,<br />

onde flui lentamente até descarregar em corpos de água<br />

de superfície, ser interceptada por raízes de plantas ou<br />

ser extraída de poços.


Estado de São Paulo → 75% das cidades são<br />

abastecidas por poços.<br />

Brasil: mais da metade da água de<br />

abastecimento público provém de reservas<br />

subterrâneas.<br />

Vantagens do uso das águas subterrâneas:<br />

Mais protegidas da poluição<br />

Menor custo de captação e distribuição<br />

Em geral não precisam de nenhum tratamento<br />

Permitem um planejamento modular na oferta<br />

de água à população


Ciclo Hidrológico


Distribuição da Água no Subsolo<br />

Zona de Aeração: A água ocorre na forma de<br />

películas aderidas aos grãos do solo. Divide-se em:<br />

a) Zona de Umidade do Solo: Parte mais superficial;<br />

perda de água para a atmosfera é intensa (baixa<br />

umidade).<br />

b) Zona Intermediária<br />

c) Franja de Capilaridade: Região mais próxima ao<br />

nível d’água do lençol freático; alta umidade.<br />

Zona de Saturação: Região abaixo do lençol<br />

freático onde os poros ou fraturas da rocha estão<br />

totalmente preenchidos por água.


Distribuição da Água no Subsolo


Aqüíferos: corpos rochosos com propriedades<br />

de armazenar e transmitir as águas subterrâneas.<br />

A taxa de infiltração da água no solo depende:<br />

a) Porosidade<br />

b) Cobertura Vegetal<br />

c) Inclinação do Terreno<br />

d) Tipo de Chuva<br />

Água que se infiltra no solo é submetida a duas<br />

forças fundamentais: Gravidade e adesão.


Classificação dos aqüíferos segundo a<br />

Geologia do material saturado:<br />

a) Poroso<br />

b) Cárstico<br />

c) Fissural


Classificação dos aqüíferos segundo a<br />

pressão da água:<br />

a) Aquíferos livres ou freáticos<br />

b) Aquíferos confinados ou artesianos


Poluição das águas subterrâneas<br />

Lixões<br />

Acidentes com substâncias tóxicas<br />

Armazenamento, manuseio e descarte<br />

inadequado de matérias-primas<br />

Efluentes e resíduos de atividades minerárias<br />

Vazamento de esgoto<br />

Agrotóxicos e fertilizantes, etc.<br />

Lançamento de poluentes diretamente nos<br />

aquíferos (poços mal construídos)


Depende:<br />

Potencial de Poluição<br />

- Das características, forma e quantidade do<br />

lançamento do poluente<br />

- Vulnerabilidade do aquífero (tipo,<br />

profundidade do nível de água, litologia,<br />

etc)


Valores orientadores para solo e água subterrânea no<br />

estado de São Paulo - 2005<br />

http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/relatorios/tabela_valores_2005.pdf


Valores orientadores para solo e água subterrânea no<br />

estado de São Paulo - 2005<br />

http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/relatorios/tabela_valores_2005.pdf


Valores orientadores para solo e água subterrânea no<br />

estado de São Paulo - 2005<br />

http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/relatorios/tabela_valores_2005.pdf


Proteção da qualidade<br />

<strong>Águas</strong> subterrâneas apresentam-se em<br />

condições adequadas para o uso in natura,<br />

necessitando apenas de simples<br />

desinfecção. Durante o percurso no qual a<br />

água percola entre os poros do subsolo e<br />

das rochas, ocorre a depuração da mesma<br />

através de uma série de processos físicoquímicos<br />

(troca iônica, decaimento<br />

radioativo, remoção de sólidos em<br />

suspensão, neutralização de pH em meio<br />

poroso, entre outros) e bacteriológicos<br />

(eliminação de microorganismos devido à<br />

ausência de nutrientes e oxigênio que os<br />

viabilizem) que agindo sobre a água,<br />

modificam as suas características adquiridas<br />

anteriormente, tornando-a particularmente<br />

mais adequada ao consumo humano


Os órgãos ambientais utilizam os<br />

seguintes instrumentos:<br />

• Licenciamento ambiental e fiscalização de fontes<br />

potenciais de poluição;<br />

• Monitoramento da qualidade para subsidiar as<br />

ações de proteção e controle;<br />

• Estabelecimento de padrões de qualidade<br />

ambiental;<br />

• Mapeamento da vulnerabilidade ao risco de<br />

poluição das águas subterrâneas;<br />

• Zoneamento ambiental por meio da delimitação<br />

áreas de proteção de zonas de recarga de aqüíferos,<br />

áreas de restrição e controle do uso da água e de<br />

perímetros proteção de poços;<br />

• Elaboração de sistemas integrados de informação;<br />

• Planos de Recursos Hídricos;<br />

• Classificação e enquadramento das águas<br />

subterrâneas;<br />

• Projetos especiais de caracterização dos aqüíferos;<br />

• Controle da contaminação de solo e águas<br />

subterrâneas.


Remediação<br />

Retirar e/ou atenuar a concentração do<br />

contaminante em solo ou água subterrânea,<br />

a partir de diversos métodos, para que a<br />

concentração fique abaixo do limite<br />

determinado em lei ou norma aplicável do<br />

CONAMA.


Metodologia RBCA (Risk-Based Corrective<br />

Action) – seqüência de atividades e decisões<br />

a serem tomadas desde a suspeita da<br />

contaminação até o alcance das metas de<br />

remediação.<br />

Etapa 1: comparação das concentrações dos<br />

contaminantes com os valores de referência;<br />

Etapa 2: risco é determinado a partir das<br />

características do local (deslocamento dos<br />

contaminantes);<br />

Etapa 3: coleta de dados da população<br />

exposta, para a determinação do cenário de<br />

risco potencial.


Métodos de remediação<br />

Biorremediação;<br />

Escavação, Remoção e Destinação do solo;<br />

Bombeamento e Tratamento das água<br />

subterrânea (Pump and Treat);<br />

Extração Multifásica (Biosplurping e MPE);<br />

Extração de Vapores do Solo;<br />

Injeção de Ar (Air Sparging);<br />

Barreiras Reativas Permeáveis (PRB's);<br />

Estabilização;<br />

Tecnologias Térmicas (Thermal Enhanced);<br />

Oxidação Química


Remediação natural<br />

Atenuação natural limita bastante o<br />

deslocamento dos contaminantes e portanto<br />

reduz a extensão da contaminação ao meio<br />

ambiente<br />

Monitoração do deslocamento da pluma<br />

Será atenuada por diluição, dispersão,<br />

adsorção, volatilização e biodegradação


Aqüífero Guarani - Origem<br />

Regiões compunham um deserto préhistórico<br />

Formados por arenitos e e rochas basálticas<br />

depositados entre aproximadamente 245 e<br />

144 milhões de anos atrás


Aqüífero Guarani - Geografia<br />

- Ocupa uma área de 1,2 milhões de km 2 e<br />

um volume estimado de 46 mil km 3<br />

- Sua maior parte está situada no Brasil


Aqüífero Guarani - Exploração<br />

A exploração da água através de poços<br />

profundos permite a extração por unidade<br />

de captação de até 1.000.000 L/h (1.000<br />

m³/h) como por exemplo, em um no<br />

município de Pereira Barreto (SP)<br />

Nas áreas de maior confinamento, as águas<br />

do Guarani não são, sem tratamento,<br />

adequadas para o consumo humano devido<br />

ao elevado teor de sólidos totais dissolvidos,<br />

bem como por causa de uma concentração<br />

elevada de sulfatos e presença de flúor<br />

acima dos limites recomendáveis.


AQÜÍFERO GUARANI - Aplicações<br />

- abastecimento público, o desenvolvimento<br />

de atividades industriais e agroindustriais<br />

(climatização de ambientes; secagem de<br />

madeira; fermentação da cevada para a<br />

produção de cerveja; culturas em estufas;<br />

proteção contra geadas combinada com a<br />

irrigação; armazenamento de grãos;<br />

evisceração de aves; aqüicultura;<br />

elaboração de produtos lácteos;<br />

esterilização; destilação; operações intensas<br />

de descongelamento; biodegradação, entre<br />

outras) e o desenvolvimento do turismo com<br />

a instalação de estâncias hidrotermais.


VULNERABILIDADE DO AQÜÍFERO<br />

GUARANI<br />

- Maior vulnerabilidade à contaminação<br />

- Um dos principais problemas existentes com<br />

relação à exploração das águas do Guarani é<br />

o risco de deterioração do aqüífero


ABAS (Associação Brasileira da <strong>Águas</strong> <strong>Subterrâneas</strong>)<br />

Entidade sem fins lucrativos que tem a missão de tornar racional o<br />

uso dos recursos hídricos subterrâneos para o abastecimento de<br />

comunidades, indústrias e agricultura.<br />

• Congregar interessados em estudo, pesquisa, tecnologia, preservação<br />

e desenvolvimento de águas subterrâneas<br />

• Realizar congressos para difundir os trabalhos técnicos<br />

• Propor procedimentos, regulamentos e legislação.


Por que aproveitar os recursos hídricos subterrâneos?<br />

• Quadro climático da região nordeste é desfavorável<br />

• Pontecial dos recursos (comunidades interioranas)<br />

• Conhecimento das condições de funcionamento hidráulico dos<br />

aquíferos para evitar problemas de poços improdutivos ou<br />

salinizados<br />

• Exploração sistemática e racional dentro doa mais altos padrões<br />

técnicos e modernos de perfuração


Aumento da exploração nas últimas décadas<br />

Atualmente existem cerca de 60.000 poços tubulares ativos,<br />

principalmente em grandes centros (Recife, Maceió, Natal e São Luis)<br />

Vantagens:<br />

• Investimentos iniciais inferiores aos da captação de águas superficiais<br />

• Prazos curtos de execução<br />

• Proteção natural contra agentes poluidores<br />

• Qualidade satisfatória, dispensando tratamentos, requerendo somente a<br />

cloração preventiva.


Mas a prática tem sido predatória visando uma o uso imediatista<br />

do recurso.<br />

• Inexistência de estudos hidrológicos da região<br />

• Dimensionamento das obras de captação<br />

• Locação sem consistência técnica do poços<br />

• Defeitos construtivos por falta de especificações adequadas


Características geológicas<br />

Rochas cristalinas e metamórficas (poucas possibilidades de<br />

armazenamento do meio)<br />

Rochas sedimentares (amplas perspectivas de exploração intensiva)<br />

No NE 55% do “polígono das secas”<br />

de terrenos cristalinos.<br />

Presença de “manchas<br />

aluvionares” em terrenos<br />

cristalinos despertam grande<br />

interesse


Valor total previsto de aproximadamente 602 milhões de<br />

reais o que representa um investimento de 38,20 reais per<br />

capta.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!