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ADAPTAÇÃO DO CADERNO DE<br />

ENCARGO TIPO DE OBRA DA<br />

EP, S.A. – P3-PAVIMENTAÇÃO<br />

AOS REQUISITOS DA<br />

NORMALIZAÇÃO EUROPEIA<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Estradas de Portugal, S.A.


Objectivo<br />

CETO _Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Apresentar as alterações efectuadas ao Capítulo 3 – PAVIMENTAÇÃO do Caderno de<br />

Encargos Tipo de Obra da EP, S.A. (CETO) decorrentes da entrada em vigor do novo<br />

acervo normativo nacional que inclui a normalização europeia.<br />

O CETO referido será sempre o que se encontra actualmente em vigor, ou seja, a<br />

versão de Fevereiro de 2009, que passará doravante a ser designado por<br />

CETO_Fev.2009.<br />

O CETO de 1998 passará a ser designado por CETO_Mar.1998.<br />

EP, S.A.


Índice<br />

§ Introdução<br />

§ Agregados<br />

§ Ligantes betuminosos<br />

ü betumes puros de pavimentação<br />

ü betumes modificados com polímeros<br />

ü betumes duros<br />

ü emulsões betuminosas catiónicas<br />

§ Misturas betuminosas a quente<br />

§ Misturas com ligantes hidráulicos<br />

§ Misturas betuminosas a frio<br />

§ Considerações finais<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.


Introdução<br />

CETO _Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Para a definição dos novos valores de referência derivados dos novos ensaios laboratoriais<br />

houve que caracterizar uma mesma amostra, das diferentes matérias primas, pelos métodos<br />

de ensaio europeus e pelos métodos até agora utilizados (ASTM, LNEC, AASHTO, etc.) e<br />

proceder à sua comparação por forma a obter correlações entre os dois processos. No âmbito<br />

das CT153 e da CT154 foi celebrado um protocolo entre a EP e o LNEC para a caracterização<br />

das seguintes matérias primas:<br />

Agregados<br />

Ligantes<br />

De acordo com os resultados obtidos foram definidos os novos valores de referência e<br />

procedeu-se à designação dos produtos segundo a terminologia definida pelas respectivas<br />

normas de produto para:<br />

Agregados<br />

Ligantes<br />

Misturas betuminosas, com ligantes hidráulicos<br />

EP, S.A.


Agregados<br />

CETO _Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Foi efectuada uma amostragem nacional dos vários tipos de agregados usualmente utilizados em<br />

obras de pavimentação.<br />

EP, S.A.


Agregados<br />

Requisitos granulométricos<br />

CETO_Fev.2009<br />

A necessidade de definir a curvas granulométricas pelos novos peneiros EN levou ao ajuste<br />

das curvas granulométricas anteriormente definidas para os peneiros ASTM.<br />

Exemplo: agregados britados de granulometria extensa para aplicação em CAMADAS DE<br />

BASE.<br />

% de material passado<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0,01 0,1 1 10 100<br />

Dimensão das partículas (mm)<br />

CETO_1998<br />

CETO_2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.


Fíleres<br />

CETO_Fev.2009<br />

Requisitos granulométricos (NP EN 13043 e NP EN 12620)<br />

Fíler: todo o agregado cuja maior parte passa no peneiro de 0,063 mm.<br />

Dimensão dos peneiros (mm)<br />

2<br />

Norma de<br />

ensaio<br />

Percentagem acumulada do material passado<br />

Limites inferiores e<br />

superiores para resultados<br />

individuais<br />

Amplitude máxima da<br />

granulometria declarada pelo<br />

produtor<br />

100 –<br />

0,125 EN 933-11<br />

85 - 100 10<br />

0,063 70 - 100 10<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.


Ligantes betuminosos<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

A caracterização laboratorial de diversas amostras, provenientes de diferentes<br />

produtores, de betumes puros de pavimentação, de betumes modificados e de<br />

emulsões betuminosas permitiu definir valores de referência segundo os novos<br />

métodos de ensaio e enquadrar os ligantes betuminosos nas respectivas normas de<br />

produto:<br />

EN14023 – Bitumen and bituminous binder – Framework specification for<br />

polymer bitumens;<br />

EN 12591 - Bitumen and bituminous binder – Specifications for paving<br />

grade bitumens;<br />

EN 13924 - Bitumen and bituminous binder – Specifications for hard grade<br />

paving bitumens;<br />

EN 13808 - Bitumen and bituminous binder – Framework for specifying<br />

cationic betuminous emulsions<br />

EP, S.A.


Ligantes betuminosos<br />

Betumes duros (EN 13924)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Nos betumes duros continua-se a preconizar o betume 10/20 para camadas de alto<br />

módulo, tal como no CETO_1998, pese embora com os requisitos e propriedades<br />

definidos na EN13924.<br />

EP, S.A.


Ligantes betuminosos<br />

Emulsões betuminosas catiónicas (EN 13808)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

As emulsões betuminosas catiónicas fabricadas com betumes puros de pavimentação<br />

Utilização CETO_2009 CETO_1998<br />

regas de impregnação C 40 B 4 ECI<br />

regas de colagem e de<br />

cura<br />

revestimentos<br />

superficiais<br />

C 57 B 3 ECR-1<br />

C 66 B 3 ECR-3<br />

grave-emulsão C 57 B 6 ECL-1h<br />

misturas abertas a frio C 57 B 4 ECM-2<br />

EP, S.A.


Ligantes betuminosos<br />

Emulsões betuminosas catiónicas (EN 13808)<br />

As emulsões betuminosas catiónicas fabricadas com betumes modificados<br />

Utilização CETO_2009 CETO_1998<br />

regas de colagem C 57 BP 4 ECR-1m<br />

microaglomerado<br />

betuminoso a frio<br />

revestimentos superficiais,<br />

impregnação geotêxteis<br />

C 62 BP 6 ECL-2m<br />

C 60 BP 4 ECR-3m<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.


Misturas betuminosas a quente<br />

(EN 13108-1 e EN13108-7)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

As EN13108-1 a EN13108-8 definem os requisitos para as misturas betuminosas<br />

fabricadas a quente, sendo as propriedades caracterizadas pelos ensaios constantes<br />

nas EN12697-1 a EN12697-43.<br />

As Normas Portuguesas NP EN 13108-20 Misturas betuminosas – Especificações dos<br />

materiais - Parte 20:Ensaios de Tipo e NP EN 13108-21 Misturas betuminosas –<br />

Especificações dos materiais - Parte 21: Controlo da Produção em Fábrica são parte<br />

integrante do sistema de avaliação da conformidade das misturas betuminosas.<br />

EP, S.A.


Base<br />

Camada Designação CETO_1998 Designação CETO_2009<br />

Ligação<br />

Regularização<br />

Desgaste<br />

Macadame Betuminoso Fuso B AC 32 base ligante (MB)<br />

Macadame Betuminoso Fuso A AC 20 base ligante (MB)<br />

Mistura Betuminosa de Alto Módulo AC 20 base ligante (MBAM)<br />

Macadame Betuminoso Fuso A AC 20 bin ligante (MB)<br />

Mistura Betuminosa Densa AC 20 bin ligante (MBD)<br />

Mistura Betuminosa de Alto Módulo AC 16 bin ligante (MBAM)<br />

Betão Betuminoso AC 14 bin ligante (BB)<br />

Argamassa Betuminosa com betume modificado AC 4 bin ligante (AB)<br />

Macadame Betuminoso Fuso A AC20 reg ligante (MB)<br />

Mistura Betuminosa Densa AC 20 reg ligante (MBD)<br />

Betão Betuminoso AC 14 reg ligante (BB)<br />

Argamassa Betuminosa com betume modificado AC 4 reg ligante (AB)<br />

Betão Betuminoso AC 14 surf ligante (BB)<br />

Betão Betuminoso Rugoso AC 14 surf ligante (BBr)<br />

(micro) Betão Betuminoso Rugoso AC 10 surf ligante (mBBr)<br />

Betão betuminoso drenante PA12,5 ligante (BBd)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.<br />

Misturas<br />

betuminosas a<br />

quente<br />

(EN 13108-1 e EN13108-7)<br />

As misturas betuminosas mais usuais<br />

em Portugal enquadram-se nos grupos<br />

“asphalt concrete” - EN13108-1 – e<br />

“porous asphalt” – EN13108-7.


CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Misturas betuminosas a quente (EN 13108-1 e EN13108-7)<br />

Requisitos granulométricos<br />

Para a definição dos novos fusos granulométricos optou-se pelo procedimento adoptado<br />

para os materiais granulares, ou seja, o ajuste da curva granulométrica existente, às novas<br />

exigências decorrentes da aplicação da EN13108-1.<br />

Exemplo: AC14 surf (BB)<br />

% de material passado<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0,01 0,1 1 10 100<br />

Dimensão das partículas (mm)<br />

EP, S.A.<br />

CETO_1998<br />

CETO_2009


Misturas betuminosas a quente<br />

(EN 13108-1 e EN13108-7)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Houve também que definir os requisitos físicos e químicos para os agregados e para a<br />

própria mistura betuminosa de acordo com as novas normas de ensaio e de produto.<br />

Esta definição foi efectuada não só com base em resultados de ensaios efectuados, mas<br />

sobretudo com base na experiência adquirida com a execução de misturas betuminosas.<br />

Opção pela abordagem empírica – e manutenção do ensaio Marshall – dado não haver<br />

ainda experiência necessária para a abordagem fundamental – recurso a ensaios de<br />

desempenho.<br />

EP, S.A.


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Cimento (NP EN 197-1 e NP EN 197-2)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

As misturas com ligantes hidráulicos – cimento e cal – são também abrangidas pelas<br />

normas europeias, assim como os materiais que as compõem.<br />

A NP EN 197-1 agrupa os cimentos em cinco grupos principais:<br />

CEM I – cimento portland<br />

CEM II – cimento Portland composto<br />

CEM III – Cimento de alto forno<br />

CEM IV – Cimento pozolâmico<br />

CEM V – Cimento composto<br />

EP, S.A.


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Cal (NP EN 459-1)<br />

A NP EN 459-1 define os diversos tipos de cal:<br />

Cal aérea;<br />

Cal viva;<br />

Cal hidratada;<br />

Cal cálcica;<br />

Cal dolomítica;<br />

Cal dolomítica semi-hidratada;<br />

Cal dolomítica hidratada;<br />

Cal hidráulica natural;<br />

Cal hidráulica.<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Água (NP EN 1008)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

A norma NP EN 1008 considera que, em geral, a aptidão da água para o fabrico de betão<br />

depende da sua origem, e, define os seguintes tipos:<br />

Água potável, água recuperada nos processos da indústria de betão;<br />

Água subterrânea;<br />

Água superficial natural e água residual industrial;<br />

Água do mar e água salobra;<br />

Água residual doméstica.<br />

EP, S.A.


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Adições (NP EN 206-1) e Adjuvantes (NP EN 934-2)<br />

Adições Adjuvantes<br />

Fíler calcário (Tipo I – adições quase inertes) Acelerador de endurecimento<br />

Cinzas volantes (Tipo II – adições pozolânicas ou<br />

hidráulicas latentes)<br />

Sílica de fumo (Tipo II – adições pozolânicas ou<br />

hidráulicas latentes)<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

EP, S.A.<br />

Plastificante/redutor de água/retardador de presa<br />

Superplastificante/forte redutor de água<br />

Retentor de água;<br />

Acelerador de presa<br />

Plastificante/redutor de água<br />

Retardador de presa<br />

Introdutor de ar<br />

Hidrófugo


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Camadas de misturas tratadas com ligantes hidráulicos<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

As misturas tratadas com ligantes hidráulicos devem obedecer aos requisitos das seguintes<br />

Normas Europeias:<br />

EN 14227-1 Hydraulically bound mixtures – Specifications – Part 1: Cement<br />

bound granular mixtures;<br />

EN 14227-10 Hydraulically bound mixtures – Specifications – Part 10: Soil<br />

treated by cement;<br />

EN 14227-11 Hydraulically bound mixtures – Specifications – Part 11: Soil treated<br />

by lime.<br />

EP, S.A.


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Camadas de misturas tratadas com ligantes hidráulicos<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Solos tratados com cimento (solo-cimento) com características de sub-base - EN 14227-10<br />

Mistura<br />

Requisitos da<br />

Mistura Fresca<br />

Comportamento<br />

mecânico em<br />

laboratório<br />

Resistência à água<br />

Requisitos / Propriedades<br />

% de ligante, mínima<br />

% dos restantes materais<br />

constituintes<br />

Referência<br />

normativa<br />

NA<br />

Uni.<br />

Granulometria NP EN 933-1 NA<br />

Baridade seca EN 13286-2 Mg/m 3<br />

Solo-Cimento fabricado em central<br />

Solo-Cimento fabricado "in situ"<br />

% 3<br />

%<br />

A declarar<br />

Teor de água, mínimo EN 13286-2 % W 0,95<br />

Grau de pulverização (P) EN 13286-48 % A declarar<br />

CBR Imediato (CBRi) EN 13286-47 % Valor de projecto<br />

Resistência à compressão (R c),<br />

mínima<br />

Expansibilidade linear após<br />

imersão em água (LS)<br />

EN13286-41 MPa C 0,8/1<br />

EN 13286-47 mm A declarar<br />

EP, S.A.


Misturas com ligantes hidráulicos<br />

Camadas de betão hidráulico<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

Para além do constante na NP EN 206-1, os requisitos a respeitar relativamente aos<br />

materiais a utilizar em camadas de betão hidráulico, nomeadamente em pavimentos em<br />

betão hidráulico (pavimentos rígidos) são definidos pelas Normas Europeias:<br />

NP EN 13877-1 Pavimentos em betão – Parte 1: Materiais;<br />

NP EN 13877-2 Pavimentos em betão – Parte 2: Requisitos funcionais para<br />

pavimentos em betão.<br />

EP, S.A.


Misturas betuminosas a frio<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

As misturas betuminosas a frio não têm Norma Europeia de produto aplicável pelo que os<br />

requisitos são definidos de acordo com:<br />

As disposições constantes da NP EN 13043 Agregados para misturas<br />

betuminosas e tratamentos superficiais para estradas, aeroportos e outras áreas<br />

de circulação;<br />

A percentagem de material passado numa série de peneiros de acordo com a NP<br />

EN 933-2 Distribuição granulométrica. Peneiros de ensaio, dimensão nominal<br />

das aberturas, quando os requisitos granulométricos aplicáveis à mistura não se<br />

integram na Norma acima referida.<br />

EP, S.A.


Considerações finais<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

A marcação CE dos agregados (2004), das misturas betuminosas (2008) e dos<br />

betumes (2011) veio reforçar a necessidade da adaptação dos elementos de<br />

obra à nova realidade normativa;<br />

A revisão da versão de Mar_1998 do Caderno de Encargos Tipo da EP teve em<br />

conta a adaptação ao novo acervo normativo nacional:<br />

Ø A aplicação dos novos métodos de ensaio;<br />

Ø O cumprimento das novas normas de produto: agregados, misturas<br />

betuminosas, misturas com ligantes hidráulicos;<br />

A aplicação em obra do CETO_Fev.2009 permitirá aferir e validar os valores de<br />

referência adoptados Þ actualizações periódicas do CETO;<br />

A revisão periódica das normas implicará uma actualização contínua do CETO;<br />

Nova revisão abrangerá os restantes capítulos do CETO.<br />

EP, S.A.


O CETO_Fev.2009 encontra-se disponível on line em:<br />

CETO_Fev.2009<br />

Helena Lima e Sílvia Dias<br />

http://www.estradasdeportugal.pt/index.php/pt/empreendimentos<br />

OBRIGADA<br />

PELA ATENÇÃO DISPENSADA<br />

helena.lima@estradasdeportugal.pt<br />

EP, S.A.

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