Implantação de Medição eletrônica em baixa tensão - Aneel
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aquisição <strong>de</strong> novos e <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra. Prá qu<strong>em</strong> vai sobrar a conta? Para o consumidor,<br />
novamente! E o que adiantou este mundo <strong>de</strong> tecnologia num equipamento que não trás<br />
nenhum valor agregado, para o consumidor?<br />
Sabe‐se, por suas características construtivas, que um medidor eletrônico t<strong>em</strong> menor vida útil<br />
que um eletromecânico. Como isto vai ser compensado na tarifa? Diminuindo‐se a vida útil<br />
consi<strong>de</strong>rada na tarifa e, novamente, penalizando o consumidor com o aumento da mesma?<br />
Para as concessionárias, será vantajoso realizar mais compras <strong>de</strong> medidores novos e utilizar<br />
mais mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> instalação/substituição dos medidores danificados?<br />
Sabe‐se que o medidor eletrônico possibilita menos índices <strong>de</strong> reparo. Ou seja, com a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção do medidor eletromecânico, haverá menos gastos por parte da<br />
concessionária porque o medidor po<strong>de</strong>rá ser consertado e voltar para campo, impactando <strong>em</strong><br />
menor pressão sobre as tarifas, através das <strong>em</strong>presas‐espelho.<br />
Há que se consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a híbrido, que já se mostrou<br />
bastante eficaz e <strong>de</strong> custo menor e flexibilida<strong>de</strong> maior que o medidor eletrônico. Consiste <strong>em</strong><br />
se fabricar medidores eletromecânicos ou adaptar nos existentes, sensores que <strong>em</strong>itirão sinais<br />
a uma “caixa” que faria todo o processamento necessário (cálculos, transmissão dos dados,<br />
amostrag<strong>em</strong> dos dados e dos índices, etc.). Assim, se houver interesse da concessionária ou do<br />
consumidor, po<strong>de</strong>ria ser instalada esta caixa à parte da medição hoje existente. Havendo a<br />
queima da caixa, o medidor eletromecânico, por ser mais robusto que o eletrônico, não<br />
queimaria e a substituição seria muito mais rápida e com menor risco.<br />
Enfim, a pergunta que se t<strong>em</strong> que ter s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> mente é: a qu<strong>em</strong> estará aten<strong>de</strong>ndo a<br />
implantação <strong>de</strong> medição <strong>eletrônica</strong> <strong>em</strong> <strong>baixa</strong> <strong>tensão</strong>? A melhor solução é aquela que atenda<br />
tanto ao consumidor quanto a concessionária, que diz respeito a custos. A qualida<strong>de</strong> da<br />
energia, atualmente, aten<strong>de</strong> perfeitamente à maioria dos consumidores atendidos <strong>em</strong> <strong>baixa</strong><br />
<strong>tensão</strong>.<br />
Diz‐se que os medidores eletrônicos me<strong>de</strong>m mais harmônicas do que o medidor<br />
eletromecânico. Isto é fato! Porém, é mais importante diminuir a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> harmônicas por<br />
parte dos equipamentos do que ficar medindo‐as. As harmônicas só prejudicam o sist<strong>em</strong>a<br />
elétrico como um todo e <strong>de</strong>veriam ser eliminadas na fonte, ou seja, nos equipamentos que a<br />
geram. Deve‐se <strong>em</strong>itir norma, instituindo a colocação <strong>de</strong> filtros nos equipamentos que <strong>em</strong>itam<br />
harmônicas, para que eles não caus<strong>em</strong> poluição “elétrica” nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição e<br />
transmissão <strong>de</strong> energia elétrica.<br />
Alternativamente à implantação <strong>de</strong> medição <strong>eletrônica</strong>, visando melhor utilização do sist<strong>em</strong>a<br />
elétrico brasileiro, <strong>de</strong>ve‐se consi<strong>de</strong>rar a viabilização das <strong>em</strong>presas trabalhar<strong>em</strong> até a meia‐<br />
noite, s<strong>em</strong> pagamento <strong>de</strong> adicional noturno até este horário. Assim, po<strong>de</strong>ria haver melhor<br />
distribuição da utilização do sist<strong>em</strong>a como um todo e diminuiria necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção <strong>de</strong><br />
usinas.