ESPIRITUALIDADES ESPIRITUALIDADES - GPER
ESPIRITUALIDADES ESPIRITUALIDADES - GPER
ESPIRITUALIDADES ESPIRITUALIDADES - GPER
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A melhor religião é aquela que<br />
torna o ser humano melhor.<br />
Dalai Lama<br />
<strong>ESPIRITUALIDADES</strong><br />
<strong>ESPIRITUALIDADES</strong><br />
ASSINTEC/SME de Curitiba<br />
2007
SUMÁRIO<br />
APRESENTAÇÃO....................................................................................2<br />
AS <strong>ESPIRITUALIDADES</strong> EM ALGUMAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS..4<br />
Espiritualidades nas Tradições Indígenas...........................................4<br />
Uma prece da Tradição Indígena..........................................................5<br />
Espiritualidades nas Tradições Afro-Brasileiras.................................6<br />
Candomblé..............................................................................................6<br />
Umbanda.................................................................................................7<br />
Meditação nas Tradições Orientais......................................................8<br />
O que são mantras?...............................................................................9<br />
Espiritualidades no Budismo..............................................................10<br />
Uma oração budista.............................................................................11<br />
O que são mandalas?..........................................................................11<br />
A prática da mentalização....................................................................13<br />
Exemplos de afirmações para a mentalização...................................14<br />
Espiritualidades na Tradição Cristã Católica....................................15<br />
Espiritualidades na Tradição Cristã Ortodoxa..................................15<br />
Espiritualidades nas Tradições Cristãs Evangélicas.......................16<br />
A oração do Pai Nosso em algumas Tradições Cristãs...................17<br />
Espiritualidades na Tradição Judaica................................................18<br />
Espiritualidades na Tradição Islâmica...............................................18<br />
Uma oração muçulmana......................................................................19<br />
REFERÊNCIAS......................................................................................19
APRESENTAÇÃO<br />
A palavra espiritualidade pode ser definada como a “... dimensão da<br />
pessoa humana que traduz, segundo diversas religiões e confissões religiosas,<br />
o modo de viver característico de um crente que busca alcançar a plenitude da<br />
sua relação com o Transcendente. Cada uma das referidas religiões comporta<br />
uma dimensão especifica a esta descrição geral, mas, em todos os casos, se<br />
pode dizer que a "espiritualidade" «traduz uma dimensão do homem, enquanto<br />
é visto como ser naturalmente religioso, que constitui, de modo temático ou<br />
implicito, a sua mais profunda essência e aspiração» (Ref. George Brown -<br />
"Spirituality: history and perspectives" – (http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritualidade - Acesso em<br />
23 de setembro de 2007).<br />
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Religioso o<br />
termo espiritualidades se refere aos “... métodos utilizados pelas diferentes<br />
tradições religiosas no relacionamento com o Transcendente (ou Imanente),<br />
consigo mesmo, com os outros e o mundo”. (FONAPER, 2001).<br />
Portanto, as espiritualidades são métodos ou práticas que permitem uma<br />
imediata relação com o Sagrado. As espiritualidades são práticas<br />
indispensáveis na vida dos seguidores de muitas tradições religiosas e<br />
místicas, são meios que podem alimentar e fortalecer a fé dos adeptos.<br />
A prece, a oração ou a reza, a recitação do rosário, o japa mala, a leitura<br />
devocional de um texto sagrado, a entoação de hinos sacros, de cânticos<br />
litúrgicos ou mantras, os diversos métodos de meditação, as danças sagradas,<br />
são alguns entre outros exemplos de espiritualidades.<br />
Muitas tradições religiosas incentivam a prática regular dessas<br />
espiritualidades para que os adeptos possam manter-se em comunhão ou<br />
sintonia com o Sagrado, bem como desenvolver gradativamente o<br />
autoconhecimento e crescimento espiritual.<br />
É importante que o(a) professor(a) de Ensino Religioso compreenda que<br />
o trabalho pedagógico com este conteúdo visa a decodificação do fenômeno<br />
religioso por meio da análise das diversas espiritualidades utilizadas pelas<br />
tradições religiosas e místico-filosóficas. Sendo assim, busca-se conhecer e<br />
2
interpretar as diferentes espiritualidades como manifestações do sagrado<br />
presentes nas diversas culturas religiosas.<br />
Não cabe à escola propor a vivência destas práticas espirituais aos<br />
alunos com o intuito de adesão às mesmas, mas a socialização do<br />
conhecimento do fenômeno religioso, conforme já mencionado. “Por questões<br />
éticas e religiosas, e pela própria natureza da escola (pública e laica), não é<br />
função dela propor aos educandos a adesão e vivência desses<br />
conhecimentos, enquanto princípios de conduta religiosa e confessional, já que<br />
esses são sempre propriedade de uma determinada religião” (FONAPER,<br />
p.22, 2001).<br />
Equipe Pedagógica da ASSINTEC<br />
3<br />
Borres Guilouski<br />
Diná Raquel D. da Costa<br />
Emerli Schlögl
AS <strong>ESPIRITUALIDADES</strong> EM ALGUMAS<br />
TRADIÇÕES RELIGIOSAS<br />
Espiritualidades nas Tradições Indígenas<br />
Nas Tradições Religiosas Indígenas de<br />
modo geral, as espiritualidades são de cunho<br />
ritualístico nas quais os mitos são revividos pela<br />
comunidade, os momentos importantes da vida são<br />
celebrados com intensa emotividade de modo que<br />
os participantes realizam uma profunda experiência<br />
de unicidade com a própria divindade suprema ou<br />
com os espíritos da natureza invocados.<br />
Geralmente, as práticas religiosas indígenas são<br />
constituídas de ritos de defumação, entoação de cantos acompanhados com<br />
instrumentos musicais, incorporação de espíritos da natureza, transe e uso de<br />
bebidas (enteógenas) preparadas com plantas consideradas sagradas.<br />
As espiritualidades indígenas vinculam-se ao respeito e consideração<br />
que eles têm para com a Mãe Terra, para com toda a Natureza. Trata-se de<br />
uma relação de caráter transcendental e não apenas físico. Segundo Eliane<br />
Potiguara essa relação “... vai muito mais além do que o sentido de "ter" e<br />
sim, de "pertencer a um conjunto de princípios", de "relacionar-se", de<br />
"envolver-se", de "comungar-se no diálogo" entre Ser Humano e o Diamante<br />
Interno”. (Site www.elianepotiguara.org.br acesso em 21 de setembro de 2007).<br />
Lúcio Paiva Flores, índio Terena, afirma que a “... religiosidade indígena<br />
é a experiência do mergulho no sagrado sem estar sobrecarregado de culpas<br />
ou enfrentando o olhar ameaçador de Deus”. (FLORES, p. 14, 2003).<br />
Nas palavras do mesmo autor, para os indígenas o Grande Espírito está<br />
sempre solícito “... para apoiar, desenvolver uma amizade, encorajar, torcer e<br />
até aplaudir; ou ainda para sofrer, e, se necessário, chorar junto”.<br />
Essa comunhão, fusão ou mergulho no sagrado da natureza aparece<br />
também nas diversas lendas e mitos como a lenda da vitória-régia.<br />
4
A vitória-régia é uma planta aquática que faz parte da paisagem<br />
amazônica e está ligada a uma curiosa lenda indígena.<br />
“Era uma vez, um grupo de jovens índias que eram tão fascinadas pela<br />
lua e pelas estrelas que decidiram encontrar uma forma de tocá-las.<br />
Acreditavam que se conseguissem fazer isso, poderiam se tornar uma<br />
delas. Assim, elas tentaram subir por um<br />
morro, mas não deu certo.<br />
As jovens, persistentes, a cada noite<br />
procuravam sempre os lugares mais altos, mas<br />
o céu continuava distante.<br />
Uma das índias, a mais sonhadora<br />
delas, estava tão desiludida, que uma noite, ao<br />
ver a lua refletida no lago, resolveu mergulhar<br />
ao seu encontro e desapareceu nas águas<br />
profundas.<br />
A lua lá no céu, comovida com o gesto<br />
da jovem, decidiu transformá-la numa grande e<br />
bela flor, que ficaria para sempre na superfície das águas, como a refletir a<br />
imagem lunar: nascia a vitória-régia".<br />
Uma prece da tradição indígena<br />
“Ó Grande Espírito, transformador de todas as coisas: seres<br />
humanos, árvores, ervas, frutos selvagens.<br />
Ajuda-nos. Sê cheio de bondade para conosco.<br />
Permita que sejamos felizes na Terra.<br />
Permita que conduzamos nossos filhos pelos caminhos retos até<br />
a idade venerável.<br />
A este povo, dá-lhe um espírito de amor, para que nos amemos<br />
uns aos outros.<br />
Ó Grande Espírito, cumula-nos de tua bondade.<br />
E então, nos reencontraremos de novo.<br />
5
“Ó Grande Espírito, é isso que te pedimos.” Prece dos índios<br />
Blackfoot, do Canadá. Texto publicado pela CONIC na celebração<br />
“Construir a comunidade, um só corpo em Cristo.” EP/1989.<br />
Espiritualidades nas tradições Afro-Brasileiras<br />
Algumas espiritualidades nas tradições Afro-Brasileiras são as<br />
oferendas, os cantos, os banhos de cachoeira, as danças ao som de<br />
instrumentos (atabaques) cujas vibrações sonoras e rítmicas produzem<br />
transes nos praticantes destes cultos. Os sons dos atabaques são<br />
importantes no processo de contato com as entidades espirituais ou Orixás.<br />
Existem diversos grupos afro-brasileiros. Candomblé e Umbanda são os<br />
mais difundidos em todo o Brasil.<br />
Candomblé<br />
As práticas religiosas do Candomblé são realizadas ao ritmo de<br />
atabaques e cantos em idioma iorubá ou nagô, que variam de acordo com<br />
o Orixá que está sendo cultuado.<br />
Essas cerimônias são realizadas nas casas ou nos templos conhecidos<br />
como "terreiros". A origem da denominação “terreiros” reporta-se ao<br />
passado quando os africanos escravizados abriam clareiras na mata<br />
chamadas “terreiros” para poderem realizar seus cultos aos Orixás.<br />
As práticas religiosas comunitárias são dirigidas por um sacerdote (que<br />
tem o nome africano de babalorixá) ou uma sacerdotisa (ialorixá). As<br />
divindades (Orixás) se manifestam por meio destes sacerdotes, também<br />
chamados pais e mães de santo para expressar e doar a energia vital ou<br />
axé.<br />
Também são feitas, pelos participantes do culto, consultas espirituais<br />
através do jogo de búzios (um tipo de concha do mar que é usada como<br />
um oráculo para orientar e fazer previsões).<br />
Atualmente, os terreiros de Candomblé com maior proximidade com o<br />
Candomblé original, estão no Estado da Bahia.<br />
6
Com o tempo, o Candomblé foi adquirindo características próprias em<br />
diferentes contextos e regiões do Brasil, surgindo diferentes formas de<br />
culto. Assim, surgiu o Candomblé de Caboclo, por exemplo, que é um ritual<br />
que integra elementos da cultura caipira e dos indígenas brasileiros.<br />
Umbanda<br />
No início do século XX, algumas décadas depois da abolição da<br />
escravatura no Brasil, teve origem na cidade do Rio de Janeiro, o culto<br />
afro-brasileiro denominado de Umbanda.<br />
A Umbanda incorpora práticas do<br />
Candomblé, da Pajelança Indígena, do<br />
Catolicismo, do Espiritismo e do<br />
Esoterismo. É uma religião tipicamente<br />
brasileira bastante popular. Os cantos ao<br />
som dos atabaques são feitos no idioma<br />
português e não nas línguas ou dialetos<br />
africanos. São recitadas fórmulas de<br />
preces, usa-se defumação com ervas e<br />
incenso, são traçados pontos no chão do<br />
templo. Os pontos são desenhos<br />
simbólicos que representam o tipo de<br />
energia que se está evocando para o pleno êxito dos trabalhos espirituais.<br />
Alguns centros de Umbanda dão grande ênfase aos trabalhos<br />
espirituais de cura que são realizados pelos médiuns. Nos templos ou<br />
centros existe geralmente um altar com imagens católicas e imagens de<br />
entidades como índios, caboclos, baianos, entre outros. Esse altar é<br />
adornado com flores, ervas e velas acesas.<br />
Na crença da Umbanda, o universo está povoado de entidades<br />
espirituais que podem se comunicar através de uma pessoa iniciada e que<br />
possui o dom da mediunidade.<br />
Essas entidades espirituais, também chamadas guias, se manifestam<br />
nos médiuns como pomba-gira, caboclo, preto-velho, baiano, cigano, etc. O<br />
caboclo é a representação do índio brasileiro e o preto-velho representa o<br />
7
negro no cativeiro que, mesmo em meio aos horrores da escravidão,<br />
manteve um espírito de bondade e sabedoria, atingindo assim, um elevado<br />
estado de iluminação espiritual.<br />
Meditação nas Tradições Orientais<br />
Nas tradições religiosas de matriz oriental como o Hinduísmo, o<br />
Budismo entre outras, bem como as tradições místico-filosóficas dão grande<br />
ênfase à meditação no processo do autoconhecimento e iluminação interior.<br />
A prática do Yoga, que significa união com o Absoluto, é de fundamental<br />
importância em diversas vertentes do Hinduísmo.<br />
Yoga é a ciência da meditação ou do<br />
autoconhecimento. Meditar significa aquietar e<br />
acalmar o corpo, a mente e as emoções. “O<br />
Yoga (pronuncie Yôga, com ô fechado) é uma<br />
antiga filosofia de vida que se originou na Índia<br />
há mais de 5000 anos. Não obstante, ele figura<br />
ainda hoje em todo o mundo como o mais antigo<br />
e holístico sistema para colocar em forma o<br />
corpo e a mente. Literalmente, Yoga significa<br />
união, pois ele une e integra o corpo, a mente e nossas emoções para que<br />
sejamos capazes de agir de acordo com nossos pensamentos e com o que<br />
sentimos. Juntamente com o fortalecimento do corpo físico e o<br />
desenvolvimento da flexibilidade, o Yoga nos induz a um profundo<br />
relaxamento, tranqüilidade mental, concentração, clareza de pensamento e<br />
percepção interior” (http://www.yogasite.com.br/yogasite/yoga.htm - Acesso em 22 de<br />
setembro de 2007).<br />
Muitas pessoas meditam para sintonizar-se com o seu Eu superior<br />
buscando o equilíbrio, a harmonização e a serenidade. Outras meditam com o<br />
propósito de estabelecer uma conexão com o sagrado presente no seu interior.<br />
Assim, a prática da meditação pode ter ou não uma conotação de cunho<br />
religioso.<br />
Existem várias técnicas de meditação mas, basicamente, para meditar a<br />
pessoa é orientada a sentar-se em uma postura confortável, coluna reta, olhos<br />
8
fechados e a atenção concentrada no ato de inalar e expirar o ar. Poderá<br />
também fixar sua atenção em algum objeto simbólico, uma flor, uma vela<br />
acesa, uma imagem sagrada ou uma mandala.<br />
O que são mantras?<br />
“A palavra mantra deriva da raiz "man", que pode significar mente. A ela<br />
se junta o sufixo tra, que quer dizer liberar. Assim, mantra pode ser definido<br />
como instrumento para a liberação da mente. A consciência deixa de se alocar<br />
em patamares da mente racionalista e lógica para adentrar em níveis mais<br />
profundos, sutis e elevados e o mantra produz energia para esta elevação. De<br />
outra maneira, pode ser dito que os mantras protegem nossas mentes de<br />
maus pensamentos.<br />
O mantra é também utilizado para promover a cura, solucionar<br />
problemas, conseguir proteção, direção espiritual e manifestar desejos. As<br />
repetições rítmicas e contínuas produzem vibrações que despertam energias<br />
específicas. É utilizado, também, para desintegrar os condicionamentos. Eles<br />
proporcionam estabilidade do pensamento e a expansão da consciência.<br />
Há diversos tipos de mantras. O Kirtan é o mantra cantado, melódico. O japa é<br />
o mantra repetido em tom de murmúrio. Para a prática do Japa, os yoguins<br />
utilizam o mala, que é um cordão de contas - também chamado de cordão de<br />
energia. Ele contém 108 contas. Orar repetidamente tem a finalidade de<br />
magnetizar as energias ou atributos de uma determinada divindade ou<br />
arquétipo. Existe também, o mantra chamado Bija, que é o mantra semente.<br />
Cada Chakra tem o seu Bija Mantra e pode ser estimulado pelo som deste<br />
mantra.<br />
A idealização que acompanha a pronúncia do mantra - ou a idéia que<br />
ele representa - é incorporada à mente do adepto. A cada estado de realização<br />
corresponde um som determinado, que é a sua semente. Por exemplo, o<br />
mantra Om induz à identificação com a Alma Universal. O mantra Om Namah<br />
Shivaya, à aproximação com o arquétipo de Shiva. Dessa forma, através das<br />
diversas vibrações sonoras do universo, assimilam-se diretamente<br />
conhecimentos e experiências essenciais para atingir os estados<br />
9
supraconscientes. Os mantras são representações sonoras das Divindades,<br />
assim como as imagens são suas representações formais.<br />
Segundo vários textos clássicos, o Universo é formado por 50<br />
vibrações-mães. Essas vibrações formam o caminho dos sons cósmicos. Cada<br />
um dos mantras atua no Universo interno ou externo.<br />
O mantra Om é o mais importante de todos os mantras, pois ele é<br />
considerado a síntese de todos os sons que derivam dele”.<br />
(http://www1.uol.com.br/bemzen/ultnot/autoconhecimento/ult486u109.htm - Acesso em 23 de setembro de 2007).<br />
Espiritualidades no Budismo<br />
As práticas espirituais budistas consistem em rituais de oferendas de<br />
flores, velas, frutas e incenso, que são colocados em um altar em honra de<br />
Buda.<br />
A meditação ocupa o centro da prática espiritual dos budistas, podendo<br />
ser feita individualmente ou em grupo. Usam também cordão de contas (mala)<br />
com 108 contas, um número considerado sagrado. O “rosário” serve para<br />
contar os mantras, enquanto são entoados.<br />
Os mantras ajudam na concentração e acredita-se que pronunciá-los<br />
ou entoá-los traz harmonia e paz de espírito.<br />
e da compaixão.<br />
10<br />
Om mani padme hum é um importante<br />
mantra entoado pelos budistas no mundo todo.<br />
Acreditam que, por meio desta prática espiritual,<br />
é possível estabelecer comunhão com milhões<br />
de seguidores budistas espalhados pelo mundo<br />
que também entoam este mantra, contribuindo<br />
assim, para a expansão da consciência da paz<br />
Om – representa as dimensões do corpo, da fala, do espírito e da<br />
essência de toda forma de esclarecimento. A entoação deste monossílabo<br />
promove a libertação dos estados negativos da mente.<br />
Mani – seu significado relaciona-se ao estado de amor e compaixão que<br />
todo budista deve almejar atingir.
Padme – é a flor de lótus, flor que nasce na água do lodo e não se<br />
macula. Ao desabrochar no pântano revela sua essência: beleza e perfume.<br />
Assim, o lótus representa a realidade espiritual de cada ser humano que deve<br />
ser a expressão da compaixão por todos os seres.<br />
A flor de lótus é a flor do conhecimento e da sabedoria.<br />
Hum – representa o esclarecimento. Seu efeito é de estabilização e<br />
purificação do espírito.<br />
Uma oração budista<br />
“Que todos os seres sejam felizes,<br />
Estejam onde estiverem,<br />
Sejam fracos ou fortes,<br />
Altos, baixos ou medianos,<br />
Pequenos ou grandes.<br />
Que todos, sem exceção, sejam felizes.<br />
Seres visíveis ou invisíveis,<br />
Aqueles que moram perto ou longe.<br />
Aqueles que nasceram<br />
E aqueles que ainda estão por nascer.<br />
Que todos os seres sejam felizes.”<br />
todos os seres).<br />
(Prece extraída do texto sagrado Sutra, é recitado para despertar a compaixão por<br />
O que são mandalas?<br />
11<br />
A mandala é um desenho em<br />
forma de círculo, também usado em<br />
técnicas de meditação<br />
contemplativa.<br />
A pessoa permanece com o<br />
olhar fixo no centro da mandala por<br />
algum tempo em postura meditativa.<br />
O objetivo é desenvolver a
concentração e promover a expansão da consciência.<br />
Uma mandala, entre outros significados, representa expansão da<br />
consciência, da criatividade, da compaixão e do amor por todos os seres do<br />
universo. A mandala é tida como um círculo sagrado da unidade, cuja<br />
contemplação pode favorecer um estado de elevação espiritual.<br />
A palavra mandala significa também círculo mágico que pode revelar o<br />
Eu Superior; é considerada uma ponte para dimensões superiores; serve para<br />
inspirar a pessoa que a contempla a ir ao centro de sua própria Essência<br />
Divina. É considerada também como um canalizador de energia de Luz e de<br />
Cura e uma representação da totalidade, da integração e da harmonia.<br />
“A palavra MANDALA<br />
vem do sânscrito de origem<br />
hindu, e quer dizer círculo<br />
mágico”, um círculo de energia.<br />
A Mandala é constituída por<br />
desenhos geométricos -<br />
basicamente círculos,<br />
quadrados e triângulos - que se<br />
inscrevem uns aos outros<br />
formando ou se entrelaçando a<br />
imagens simbólicas formando<br />
um grande círculo contendo<br />
várias imagens significativas. A Mandala é a expressão visual do retorno à<br />
Unidade pela delimitação de um espaço - o espaço dentro do círculo -<br />
símbolo do "espaço sagrado". A circunferência que delimita a Mandala tem<br />
como origem o próprio ponto central e limita esse espaço circular separando-o<br />
do restante do Todo. Este espaço então é preenchido com várias imagens<br />
representativas das mais variadas ligações simbólicas, resultando numa<br />
representação gráfica da relação dinâmica entre o Homem e o Cosmo. Desde<br />
os tempos mais remotos até os dias de hoje, as Mandalas são usadas<br />
como focos de meditação, para atrair abundância material e sorte nos<br />
negócios, para amenizar as dificuldades, para captar energia, harmonizar o<br />
ambiente e transformar vibrações negativas em positivas.<br />
12
A função da MANDALA pode ser direcionada para o<br />
autoconhecimento e desenvolvimento espiritual (mandalas direcionadas ou<br />
específicas), prosperidade pessoal, para atrair relacionamentos harmoniosos<br />
(Mandala Pessoal), para harmonização entre elementos humanos como<br />
casais, sócios, pais e filhos (Mandala do Relacionamento), bem como para<br />
obter êxito material profissional e/ou empresarial (Mandala da<br />
Prosperidade)” (http://annalu_frussa.sites.uol.com.br/oqueemandala.htm - Acesso em 22 de<br />
setembro d e2007).<br />
A prática da mentalização<br />
A mentalização de pensamentos positivos é uma técnica ou<br />
espiritualidade utilizada por muitas pessoas em diversos grupos filosóficos e<br />
religiosos.<br />
“O homem é aquilo que ele pensa em seu coração” (Charles Lucien de<br />
Liévre, p. 119, 2001). Sendo assim, é mediante o uso consciente do<br />
pensamento que o ser humano pode criar ou recriar uma realidade de<br />
realização e felicidade em sua vida.<br />
Pensar positivamente, portanto, significa ater-se conscientemente ao<br />
uso da força do pensamento para construir uma vida de felicidade, harmonia,<br />
paz e prosperidade em todos os sentidos. Isto requer pensar e agir com<br />
consciência, deixando-se guiar pela intuição e pela razão de um modo<br />
equilibrado.<br />
Algumas filosofias de vida afirmam que a consciência em cada pessoa é<br />
algo divino e é com o uso consciente do pensamento criador e positivo, que<br />
qualquer ser humano pode transformar e engrandecer sua vida.<br />
Para que a prática da mentalização seja<br />
eficiente, o praticante é aconselhado a sentar-<br />
se numa posição confortável, coluna reta e,<br />
inicialmente, realizar algumas respirações<br />
profundas e lentas pois isso contribui para a<br />
eliminação de estados ansiosos e promove<br />
uma melhor clareza mental. Em seguida, deve<br />
13
elaxar, aquietar o corpo e a mente por alguns instantes; então pronunciar as<br />
afirmações e ao mesmo tempo imaginar que o que está sendo pronunciado já é<br />
uma realidade em sua vida. Em qualquer momento do dia ou da noite pode-se<br />
praticar a mentalização. Contudo, o período da manhã é o momento mais<br />
favorável para esta prática porque o corpo e a mente estão descansados.<br />
Exemplos de afirmações para a mentalização<br />
Sou imensamente agradecido à Vida e ao Universo por tudo o<br />
que sou e o que tenho, pelo privilégio de servir à Luz e promover a<br />
minha própria evolução espiritual.<br />
Sou parte da Grande Vida do Universo. Eu sei e sinto que todas<br />
as forças do Universo conspiram ao meu favor.<br />
Eu sou um ser magnífico, sábio, belo e plenamente feliz.<br />
Neste momento, mentalizo e crio em minha vida uma realidade<br />
plena de saúde, paz, prosperidade, harmonia, equilíbrio e perfeição.<br />
Recebo com alegria e gratidão todo o bem que flui para minha<br />
vida das fontes infinitas do Céu e da Terra.<br />
Irradio luz, amor e paz para todas as vidas do Universo.<br />
Em algumas tradições religiosas e místico-filosóficas como a Seicho-No-<br />
Ie, o Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, entre outras, a prática da<br />
mentalização diária de pensamentos positivos é bastante incentivada,<br />
constituindo-se em uma forma de espiritualidade.<br />
Seicho-No-Ie (Lar do Progredir Infinito) é uma tradição religiosa de<br />
origem japonesa presente no Brasil. Divulga e incentiva as pessoas a serem<br />
agradecidas e a terem uma atitude positiva frente à vida. Eis um exemplo de<br />
técnica de mentalização da Seicho-No-Ie:<br />
Em postura correta, mãos justapostas, a pessoa é orientada a imaginar<br />
que uma Luz Divina a envolve expandindo-se por toda parte a partir dela e<br />
então deve pronunciar a seguinte afirmação:<br />
de Deus!<br />
“Todo o meu ser é preenchido pela vida de Deus! Eu sou a própria vida<br />
14
Não sou uma coisa vulnerável aos micróbios ou ao clima!<br />
Sou eternamente um ser espiritual perfeito e harmonioso!<br />
Eu sou saudável, exatamente como Deus me criou...<br />
Uma vez que Deus me criou saudável, nada poderá tornar-me doentio.<br />
Eu sou realmente saudável!” (Watashi wa Kooshite Inoru, p. 84).<br />
Espiritualidades na Tradição Cristã Católica<br />
Rezar significa recitar ou ler com introspecção, fórmulas ou textos de<br />
orações, mas há também orações espontâneas nas práticas devocionais dos<br />
católicos.<br />
O Sinal da Cruz, o Pai Nosso, o Credo, a Ave Maria, o Glória, a Salve<br />
Rainha, o Santo Anjo, são algumas das principais orações recitadas pelos<br />
católicos.<br />
O ato de fazer a prece chama-se rezar, diferentemente dos evangélicos<br />
que usam o termo orar.<br />
mais conhecidas pelo povo.<br />
15<br />
Uma das formas de espiritualidade entre os<br />
católicos muito difundida é a reza do rosário, por meio<br />
do qual são meditados os mistérios ou grandes<br />
acontecimentos da vida de Jesus.<br />
Uma das possíveis origens do rosário está<br />
relacionada a recitação dos 150 salmos da Bíblia<br />
pelos monges, substituídos pelas fórmulas de orações<br />
Espiritualidades na Tradição Cristã Ortodoxa<br />
As tradições cristãs ortodoxas também<br />
conhecidas como igrejas do rito bizantino,<br />
somam a maioria dos cristãos na Europa<br />
Oriental, mas também estão presentes em<br />
diversos países por conta da imigração. Foto ao<br />
lado: Theotokos – Mãe de Deus.
Nessas igrejas, as espiritualidades se caracterizam pela veneração aos<br />
símbolos sagrados, participação da Divina Liturgia, de procissões, uso de<br />
incenso e velas, prostrações, recitação diária de diversas fórmulas de<br />
oração, cânticos litúrgicos sem acompanhamento instrumental e melodia em<br />
estilo gregoriano.<br />
Dentre todas essas expressões de religiosidade destaca-se a veneração<br />
e uso de ícones nas práticas meditativas. Os ícones representam a realidade<br />
transcendente dos fatos e acontecimentos da vida de Jesus e dos santos.<br />
São como uma ponte ou janela para Deus ou um ponto de referência para a<br />
prática da meditação contemplativa.<br />
Os Ícones são imagens de Jesus, Maria e de santos ou cenas bíblicas<br />
pintadas num estilo onde as cores, as formas e os gestos retratados estão<br />
revestidos de significados espirituais.<br />
O fiel ortodoxo acredita que Deus se revela de um modo especial por<br />
meio dos ícones. Sendo assim, a veneração destas imagens sagradas<br />
constitui-se uma das importantes expressões de espiritualidade dos cristãos<br />
ortodoxos.<br />
“A Tradição da Igreja não é expressa apenas através de palavras, ações<br />
e/ou gestos usados na adoração, mas também através da arte dos Ícones<br />
Sagrados. Um ícone não é apenas uma imagem religiosa, é uma das formas<br />
que faz com que Deus seja revelado ao homem. Através dos ícones, o<br />
cristão ortodoxo recebe uma visão do mundo espiritual. Sendo o ícone parte<br />
da Tradição, o pintor não tem a liberdade de inovação e adaptação, já que o<br />
trabalho deve refletir o espírito da Santa Igreja. Não se exclui a inspiração<br />
artística, ela é exercida dentro de regras determinadas. O pintor deve ser um<br />
bom artista, viver a fé da igreja dentro de sua tradição, ter suas tintas<br />
benzidas pelo padre e fazer um jejum de 3 dias”<br />
2007).<br />
(www.ortodoxiabrasil.com/img/saojoaoteologo.jpg - Acesso em 22 de setembro de<br />
Evangélicas<br />
16<br />
Espiritualidades nas Tradições Cristãs
A oração espontânea, a leitura devocional do texto sagrado - a Bíblia, e<br />
a entoação de hinos ou cânticos espirituais, entre outras, constituem as<br />
práticas básicas nas tradições evangélicas.<br />
A pessoa, durante a oração, deve permanecer de olhos fechados para<br />
que a sua atenção se desligue das coisas exteriores e se volte inteiramente a<br />
Deus.<br />
Os evangélicos não usam fórmulas lidas ou decoradas para orar. Mas<br />
alguns grupos evangélicos recitam a oração do Pai Nosso, conforme o texto<br />
que se encontra no Evangelho.<br />
Para os evangélicos, a oração é uma conversa de um filho ou filha com<br />
seu Pai, um ato de fé para oferecer a Deus os pedidos, as necessidades,<br />
agradecer e louvar pelas bênçãos recebidas.<br />
A oração é feita diretamente a Deus, em nome de Jesus, porque<br />
acreditam que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens.<br />
A oração do Pai Nosso em algumas tradições cristãs<br />
Na tradição católica<br />
Pai Nosso, que estais<br />
nos céus.<br />
Santificado seja o<br />
vosso nome.<br />
Venha a nós o vosso<br />
reino, seja feita a<br />
vossa vontade, assim<br />
na Terra como no Céu.<br />
O pão nosso de cada<br />
dia dai-nos hoje; e<br />
perdoai as nossas<br />
ofensas, assim como<br />
nós perdoamos a quem<br />
nos tem ofendido; e<br />
não nos deixeis cair em<br />
tentação, mas livrainos<br />
do mal. Amém.<br />
Na tradição ortodoxa<br />
Pai Nosso, que estás<br />
nos céus; Santificado<br />
seja o Teu nome;<br />
Venha a nós o Teu<br />
reino, seja feita a Tua<br />
vontade, assim na terra<br />
como no céu.<br />
O pão nosso substancial<br />
dá-nos hoje. E perdoa<br />
as nossas dívidas,<br />
assim como nós<br />
perdoamos aos nossos<br />
devedores, e não nos<br />
deixeis cair em<br />
tentação, mas livra-nos<br />
do mal. Porque Teu é o<br />
reino, o poder e a glória<br />
agora e para sempre e<br />
pelos séculos dos<br />
séculos. Amém.<br />
17<br />
Na tradição evangélica<br />
Pai Nosso, que estás nos<br />
céus, santificado seja o<br />
teu nome.<br />
Venha o teu reino, seja<br />
feita a tua vontade,<br />
assim na Terra como no<br />
Céu.<br />
O pão nosso de cada dia<br />
nos dá hoje. E perdoa-nos<br />
as nossas dívidas, assim<br />
como nós perdoamos aos<br />
nossos devedores. E não<br />
nos induzas à tentação;<br />
mas livra-nos do mal,<br />
porque teu é o reino, e o<br />
poder, e a glória, para<br />
sempre. Amém. (Mateus<br />
6: 9-13)
Espiritualidades na Tradição Judaica<br />
Na tradição judaica, as preces da manhã, tarde e noite devem ser ditas<br />
em horários fixos, em qualquer lugar. São obrigatórias para homens ortodoxos<br />
a partir dos 13 anos.<br />
As mulheres devem, pela tradição, cuidar da casa e das crianças e não<br />
se espera que parem tudo para rezar. Portanto, têm menos orações diárias.<br />
Muitos judeus progressistas dizem estas rezas apenas quando estão na<br />
sinagoga, no Shabat ou nas festas.<br />
Na noite de sexta, pouco antes do pôr do sol, começa Shabat, o dia do<br />
descanso, que dura até depois do escurecer, sábado à noite.<br />
Muitos interrompem todas as suas atividades e preocupações da<br />
semana. Preparam seus lares como para uma visita real e colocam suas<br />
melhores roupas.<br />
18<br />
Acendem velas e servem a melhor comida que<br />
podem oferecer em uma mesa decorada.<br />
As pessoas são convidadas para compartilhar<br />
refeições, músicas, histórias, orações e o estudo da<br />
Tanach. Uma ida à sinagoga, visitas aos amigos,<br />
caminhadas e estudo completam o espírito do dia.<br />
Espiritualidades na Tradição Islâmica<br />
No Islamismo, as práticas das espiritualidades estão vinculadas<br />
aos pilares da fé islâmica. “A Oração (Salat) - a ser feita cinco vezes por<br />
dia: ao amanhecer, ao meio-dia, entre as três e as cinco, antes do pôr-<br />
do-sol e à noite. O rosto deve se orientar na direção da Caaba, em<br />
Meca.<br />
meio-dia.<br />
A oração mais solene é a do<br />
Não existe outra liturgia senão a<br />
da palavra; não existe um clero
propriamente dito, mas somente pregadores e encarregados de fazer a<br />
chamada para a oração (almuadens) e de dirigi-la (imãs).<br />
Às sextas-feiras celebra-se a oração na mesquita, precedida de um<br />
sermão de caráter moral, social ou político”<br />
setembro de 2007)<br />
(http://www.pime.org.br/missaojovem/mjregislafontes.htm - Acesso em 23 de<br />
Uma oração muçulmana<br />
“Louvado seja Alláh! Senhor de todas as criaturas; o mais clemente, o<br />
soberano do dia do juízo. A Ti adoramos e a Ti imploramos ajuda. Guia-nos à<br />
senda reta, à senda dos que agraciaste, não à senda daqueles contra os quais<br />
Te encolerizaste, nem à dos que se desencaminharam”. (Extraído do livro<br />
Unicidade, Objetiva. Jeffrey Moses, p.125).<br />
REFERÊNCIAS<br />
ASSINTEC. Proposta Pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba: 2007.<br />
FINE, Dorren. O que sabemos sobre o judaísmo. São Paulo: Callis, 1998.<br />
FONAPER – Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros<br />
Curriculares – Ensino Religioso. 5ª ed. São Paulo: Ave Maria, 2001.<br />
GANERI, Anita. O que sabemos sobre o Budismo. São Paulo: Callis, 1999.<br />
________ . O que sabemos sobre o Hinduísmo. São Paulo, Callis, 1998.<br />
GHAI, O P. Unidade na diversidade. Col. herança espiritual. Petrópolis: Vozes, 1990.<br />
LIÉVRE, Charles Lucien. Manual prático de desenvolvimento da memória. São<br />
Paulo: Madras, 2001.<br />
MOSES, Jeffrey. Unicidade – Grandes princípios comuns a todas as religiões.<br />
Rio de Janeiro: Objetiva, 1989.<br />
________. 100 dicas para prosperar. São Paulo: Editora Escala, s/d.<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritualidade<br />
http://www.yogasite.com.br/yogasite/yoga.htm<br />
http://www1.uol.com.br/bemzen/ultnot/autoconhecimento/ult486u109.htm<br />
http://annalu_frussa.sites.uol.com.br/oqueemandala.htm<br />
http://www.pime.org.br/missaojovem/mjregislafontes.htm<br />
www.ortodoxiabrasil.com/img/saojoaoteologo.jpg<br />
www.elianepotiguara.org.br<br />
19