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A PÉROLA<br />
<strong>NEGRA</strong><br />
federação espírita brasileira
F<br />
A PÉROLA <strong>NEGRA</strong><br />
ruto da imaginação fecunda do Dr. Adolfo<br />
Bezerra de Menezes, sob o pseudônimo Max,<br />
este magnífico romance de caráter abolicionista e<br />
repleto de ensinamentos doutrinários narra a saga<br />
de Honorina, conhecida como a Pérola Negra, escrava<br />
evoluída, reencarnacionista e resignada com<br />
sua dura expiação.<br />
Ambientado em grande parte no território<br />
cearense, mas também no Amazonas e no Pará,<br />
a história tem ainda como personagens, José<br />
Gomes, sua esposa D. Felícia e o filho Tancredo,<br />
além de José Faustino de Queiroz, sua mulher D.<br />
Tereza, sua filha Nhazinha e o namorado Francisco<br />
Correia, o Chiquinho, envolvidos em aventuras<br />
entre os indígenas do Pará, fugas e rebeliões de<br />
escravos, desajustes de ordem financeira, separações<br />
em família, problemas conjugais etc.<br />
Em todo o livro, estão presentes assuntos<br />
como vida após a morte, vingança, perdão, amor,<br />
egoísmo, causas anteriores do sofrimento, valor da<br />
prece, leis de causa e efeito e outros.
A Pérola Negra<br />
No enredo, a ficção se funde à realidade: ao final,<br />
o autor oferece um resumo do Brasil abolicionista,<br />
citando importantes figuras do movimento<br />
que culminou com o episódio de 13 de maio de<br />
1888.<br />
Bezerra, participante ativo da campanha do<br />
abolicionismo, já havia tratado do assunto em<br />
jornais do Rio de Janeiro, e especialmente no<br />
opúsculo A Escravidão no Brasil e as medidas que<br />
convém tomar para extingui-la sem dano para a<br />
nação, publicado em 1869 no Rio de Janeiro pela<br />
Tip-Progresso.<br />
O manuscrito de A Pérola Negra, entregue à<br />
Federação Espírita Brasileira (FEB) pela família<br />
do Dr. Bezerra de Menezes, foi impresso originalmente<br />
em Reformador nos anos de 1901 a 1905, em<br />
folhetins, totalizando 53 capítulos.<br />
4
C A P Í T U L O<br />
I<br />
À s margens do rio Banabuiú,1 no sertão do<br />
Ceará, e no ponto em que o cruza a estrada<br />
do Riacho do Sangue, 2 em Quixeramobim, via-se,<br />
no alto de uma colina, que domina toda a planície<br />
até o rio, uma casa rebocada de barro por dentro e<br />
por fora, como é de uso naquelas paragens.<br />
Um bosque de paus brancos, dos quais se elevavam<br />
gigantescas aroeiras, formava, em torno<br />
daquela habitação, uma cortina em forma de semicírculo,<br />
cuja corda era o Banabuiú.<br />
Ruído das cachoeiras pela frente, harmoniosos<br />
cantos de miríades de passarinhos pelos fundos.<br />
Era uma noite de inverno, em que a Natureza,<br />
cansada de uma esterilidade de seis meses, parecia<br />
1 De acordo com o historiador cearense Tomáz Pompeu de<br />
Souza Brasil, banabuiú significa “Rio que tem muitas voltas”:<br />
“bana” — que torce, volteia; “bui”— muito, com excesso; e “u”—<br />
água, rio. Outra definição, diz que banabuiú é o pantanal ou vale<br />
das borboletas.<br />
2 Riacho do Sangue, terra natal do autor, atual Jaguaretama, município<br />
cearense fundado em 1879. — Nota da Editora.
A Pérola Negra<br />
querer desforrar-se, alagando os campos com as<br />
águas retidas em seu infinito seio.<br />
Roncava medonha trovoada — umas após outras<br />
rompiam as trevas do espaço serpes de luz<br />
suspensas entre o céu e a terra.<br />
Quadro sublime, que enchia de pavor e entusiasmo<br />
a alma de quantos o contemplavam!<br />
Naquela região do Brasil, frequentemente batida<br />
pelas secas, a chuva é verdadeiro maná do céu,<br />
que dá vida e garante a fortuna, consistente em<br />
gado de criação.<br />
É, com efeito, de compungir os mais empedernidos<br />
corações, o quadro lutuoso de uma seca, que<br />
força a emigração em massa dos habitantes dos<br />
sertões, reduzidos à falta absoluta de alimentos.<br />
Felizmente, no ano a que se refere esta sucinta<br />
narração, Deus poupou à boa gente tão duras aflições,<br />
enviando-lhe, sob a forma de chuva, o que já<br />
designamos pelo nome de maná do céu.<br />
A chuva, pois, comove a alma do sertanejo, não<br />
só por lhe ser a condição de felicidade, como por<br />
ser quase uma novidade, em razão de não cair gota<br />
d’água do céu durante seis, sete a oito meses por<br />
ano.<br />
Aqui, onde reina uma eterna primavera, onde<br />
chove, quase constantemente, de janeiro a dezembro,<br />
ninguém presta atenção ao esplêndido fenômeno,<br />
porque o hábito embota a sensação.<br />
6
CAPÍTULO I<br />
Lá, porém, a primeira nuvem carregada de vapores<br />
que assoma no horizonte fala tão vivamente<br />
ao coração que de rocha será a alma que negue<br />
ações de graças e hinos de reconhecimento ao Pai<br />
de misericórdia.<br />
É, pois, bem verdade que, no campo, a criatura<br />
vive em mais estreitas relações com o Criador!<br />
Se, porém, a chuva desperta as mais gratas<br />
emoções, as convulsões da Natureza, que a acompanham,<br />
conturbam a alma e fazem-na crer na cólera<br />
do Senhor.<br />
Roncava, pois, medonha trovoada, e os relâmpagos,<br />
como fitas de fogo, dissipavam a escuridão,<br />
permitindo intercadentemente ver ao longe, cerca<br />
de duzentas braças, a branca espuma que, em<br />
sua raiva, por não poder sair do fundo leito, produzia<br />
o Banabuiú.<br />
Na casa do alto da colina dava-se, àquela hora,<br />
duplo e oposto espetáculo.<br />
Uma mulher e um homem, envoltos em cobertores<br />
de lã, oravam no salão, a julgar pelo<br />
constante movimento de lábios.<br />
Sempre que o estampido dos trovões reboava-<br />
-lhes aos ouvidos, ouvia-se o mesmo grito, arrancado<br />
pelo terror:<br />
— Santa Bárbara!<br />
Na cozinha, porém, os escravos regalavam-se<br />
de liberdade por saberem que seus senhores não<br />
7
A Pérola Negra<br />
tinham àquela hora nem olhos, nem ouvidos; estavam<br />
semimortos.<br />
Riam e folgavam desenfreadamente!<br />
Dir-se-ia que aquelas criaturas não percebiam<br />
as terríveis convulsões da Natureza, ou que<br />
não tinham sentimentos humanos, nem mesmo<br />
animais.<br />
É que o homem, misto de matéria e de espírito,<br />
é mais matéria ou mais espírito segundo sua posição<br />
na escala do progresso — o meio em que vive<br />
— a educação que recebeu — e as circunstâncias<br />
que atuam sobre ele.<br />
Ao branco de certa ordem tudo favorece no<br />
sentido de desmaterializar-se.<br />
Ao preto, especialmente se é escravo, tudo se<br />
opõe ao desenvolvimento do espírito, moral e intelectualmente.<br />
3<br />
Na casa onde nos achamos encontraremos<br />
exemplos de que há exceções a esta regra, de que<br />
há brancos que são puros animais, e há pretos que<br />
não se chafurdam no meio crapuloso de sua raça.<br />
O capitão José Bento4 e a D. Maria Felícia, donos<br />
da casa, podiam fazer liga por serem gênios<br />
completamente desiguais.<br />
3 Ideia vigente na época, que o próprio autor contesta a seguir: “há<br />
brancos que são puros animais, e há pretos que não se chafurdam<br />
no meio crapuloso”.<br />
4 José Gomes é o nome correto do personagem e é escrito desta<br />
forma, durante todo o romance.<br />
8
CAPÍTULO I<br />
A mulher, apesar de sofrivelmente feia, era<br />
toda espinhosa para quem se lhe aproximava; tratava<br />
os escravos pior que a cães, e ao próprio marido,<br />
se não o maltratava, como lhe pedia o coração,<br />
era porque subjugava-a a superioridade moral daquele<br />
homem, mas assim mesmo fingia faniquitos<br />
para incomodá-lo.<br />
Era feia e má, dupla exceção à regra de serem<br />
sempre amáveis as mulheres pouco favorecidas<br />
pela natureza.<br />
O marido sofria todos os seus arrebites com<br />
evangélica resignação, porque era naturalmente<br />
paciente e porque, apesar de tudo, amava-a muito.<br />
Tinha-a na conta de infeliz; e eis por que votava<br />
amor a uma víbora.<br />
Como prendeu-se aquele bom coração a<br />
tão ruim criatura, é o que diremos em poucas<br />
palavras.<br />
Em primeiro lugar, a moça solteira possui a<br />
ciência de apresentar-se, física e moralmente,<br />
muito diversa do que realmente é.<br />
Não tem dentes? Arma-se de uma dentadura<br />
postiça que mete inveja a quem a tem natural.<br />
Não tem cabelos? Arranja uns crescentes que<br />
lhe dão bastas tranças de lhe caírem pelas costas.<br />
É sardenta? Recorre no leite antifélico de<br />
Gandu, que possui a sublime propriedade de apagar-lhe<br />
a mazela.<br />
9
A Pérola Negra<br />
É coxa? Faz público que sofre de reumatismo, e<br />
por esse modo bem simples engana até a médicos.<br />
O dentista, o cabeleireiro, o perfumista e o<br />
médico são seus padroeiros para o arranjo do<br />
casamento, que lhe é — que é para todas as moças<br />
— a suprema aspiração nesta vida.<br />
Quem poderá escapar a tão sutil ciência, por<br />
mais esperto que presuma ser?<br />
Uma qualquer destas — e seja dito em abono<br />
ao sexo: nem todas são cultoras da mirífica ciên-<br />
cia —, uma destas encontra um rapaz, desprevenido<br />
e ignorante da coisa, faz-se de alfenim para ele,<br />
e por aí chega ao ponto final da história de todos os<br />
tempos e de todos os lugares.<br />
Na luta subterrânea entre a boa-fé e o ardil,<br />
fácil é prever qual vencerá.<br />
O melro cai desastradamente na armadilha e,<br />
quando abre os olhos, acha-se como um manequim<br />
de carne e osso, belo enquanto está armado,<br />
mas hediondo desde que se apresenta sem<br />
artifícios.<br />
O que fazer senão empregar também a ciência<br />
da simulação: fingir-se contente, para evitar a<br />
zombaria?<br />
Desde que é seu aquele traste, seu amor-próprio<br />
obriga-o a encobrir-lhe as avarias.<br />
Todos procedem assim, e, pois, triunfa sempre<br />
o ardil.<br />
10
Houvesse um, um só, que castigasse a protér-<br />
via, obrigando a ardilosa a apresentar-se ao natu-<br />
ral e “livre seria o mundo e os séculos vingados”.<br />
Moralmente, temos a reprodução da cena.<br />
Só um Champollion será capaz de decifrar os<br />
hieróglifos do coração de uma moça, candidata ao<br />
casamento.<br />
A orgulhosa apresenta-se grave com dignida-<br />
de, simulando elevação de espírito.<br />
A avarenta aparenta liberalidade, para se lhe<br />
atribuir grandeza da alma.<br />
A colérica, meu Deus! Tem um coração de<br />
pomba.<br />
A gulosa é, em público, um passarinho, mas<br />
desforra-se na despensa e na cozinha.<br />
A preguiçosa acorda com os passarinhos, traba-<br />
lha a morrer, pensando sempre em vingar-se quan-<br />
do tiver sua casa.<br />
Em segundo lugar, a borboleta que esvoaça em<br />
torno dessas flores tem a cabeça incendiada: só vê<br />
graças e encantos.<br />
“Credulidade em nós — astúcia nelas.”<br />
Foi por um daqueles desfiladeiros que rolou<br />
José Gomes.<br />
CAPÍTULO I<br />
Num baile, em Quixeramobim, encontrou D.<br />
Maria Felícia, e achou-a tão bela que não perdeu<br />
tempo em procurar conhecer-lhe as qualidades.<br />
11
A Pérola Negra<br />
Era ele um moço criterioso, mas são esses os<br />
que caem mais facilmente.<br />
Quantos são os que encaram o casamento com<br />
a prudência que requer o laço que prende por toda<br />
a vida!<br />
Escolhe-se o companheiro de viagem, mas<br />
o que sê-lo-á por toda a vida, o alter ego 5 do lar,<br />
o que tem de ser o esteio, o anjo da família, bem<br />
poucos escolhem com o preciso critério.<br />
Também as raparigas tiveram a habilidade de<br />
incutir, como verdade absoluta, no ânimo dos rapazes<br />
o rifão, a que deram o valor de axioma: quem<br />
pensa não casa.<br />
E os néscios acreditaram mesmo que é preciso<br />
não pensar para se poder casar!<br />
Cada um adorna a dama de seus amores com<br />
as qualidades do seu ideal, e atira-se para o pé do<br />
altar como a mariposa para as chamas.<br />
Quantas vezes pagam caro semelhante obcecação!<br />
Quantos encontram o fel onde contavam encontrar<br />
o favo de dulcíssimo mel!<br />
Moços, o casamento não é somente a união de<br />
dois corpos, para satisfação dos instintos da matéria,<br />
mas sim, e principalmente, a ligação de dois<br />
5 Literalmente, “meu outro eu”, pessoa que é exatamente o mesmo<br />
que eu.<br />
12
CAPÍTULO I<br />
espíritos, em puro amor, como se combinam, no<br />
íris, as cores naturais.<br />
Moças, o casamento é a pedra angular do<br />
edifício em que Deus depositou o germe da única<br />
felicidade que nos é dada fruir na Terra: o doce<br />
aconchego do lar.<br />
Se há um passo, na vida, que requeira prudência<br />
e estudo atento, é este, que decide o futuro do<br />
casal.<br />
A felicidade dos cônjuges depende da uniformidade<br />
de seus sentimentos, que devem ser previamente<br />
conhecidos.<br />
13
C A P Í T U L O<br />
II<br />
J osé Gomes, já o dissemos, sempre criterioso em<br />
todos os seus atos, só deixou de ser tal no que<br />
mais precisamente devera ser.<br />
Viu a que é hoje sua mulher, e, atribuindo-lhe,<br />
de amor em graça, todas as elevadas qualidades<br />
que seu espírito exigia da que devia ser a vida de<br />
sua vida, entregou-se-lhe, rendido, de fazer-lhe<br />
imediata declaração de amor e de não levar a pedi-<br />
-la mais de 48 horas.<br />
D. Maria Felícia nem gostou nem desgostou<br />
do seu apaixonado e, à laia de grande número de<br />
suas iguais, que não procuram senão um marido,<br />
pouco ou nada lhes importando qual ele seja, acolheu<br />
a declaração do desventurado moço e deu-lhe<br />
a mão, mas não o coração, que era insensível.<br />
O essencial era casar, era mostrar às outras que<br />
mais depressa do que elas achara marido; quanto<br />
ao mais, “seja o que a Deus for servido”, pensava<br />
ela, e pensam as que têm tanto juízo como ela.<br />
Fez-se o casamento, houve grande festa, mas,<br />
quando passou o deslumbramento, José Gomes
CAPÍTULO II<br />
achou-se com uma mulher indolente, estúpida,<br />
orgulhosa e de más entranhas.<br />
Foi uma cruel decepção, para o moço,<br />
comparar a realidade com o seu ideal, acordar,<br />
desenganado, do sonho delicioso que o embalara!<br />
Aquele amor ardente, que lhe dourara os horizontes<br />
da existência, transformou-se, sem se extinguir,<br />
em doloroso sentimento de tristeza, que<br />
nunca mais deixou de anuviar-lhe o semblante,<br />
sem que a mulher sequer notasse tão profunda<br />
alteração.<br />
A alma amorosa do moço, que aspirava à permuta<br />
dos mais puros afetos, como o colibri aspira<br />
ao mel das flores, achou-se, como Prometeu, acorrentado<br />
a duro e pesado rochedo, onde negro abutre<br />
lhe roía o coração.<br />
Nem um afago — nem uma palavra afetuosa!<br />
Sempre, e invariavelmente, modos ríspidos e<br />
cara de fastio; era tudo o que lhe dava aquela que o<br />
enfeitiçara e ainda lhe era cara!<br />
Fez mil tentativas por domar aquele espírito<br />
selvagem, mas em todas foi rechaçado.<br />
Por fim resignou-se e, para não dar a estranhos<br />
o triste e vergonhoso espetáculo do seu viver, resolveu<br />
retirar-se para a fazenda, para aí sepultar<br />
as suas dores.<br />
[...]<br />
15
Sobre o autor<br />
A dolfo Bezerra de Menezes nasceu em Riacho<br />
do Sangue, hoje Jaguaretama, no estado do<br />
Ceará, em 29 de agosto de 1831.<br />
Veio para o Rio de Janeiro em 1851, onde doutorou-se,<br />
em 1856, pela Faculdade de Medicina do Rio<br />
de Janeiro.<br />
Por sua incansável atividade em benefício dos<br />
necessitados de toda natureza, ficou conhecido como<br />
Dr. Bezerra de Menezes, “o médico dos pobres”.<br />
Em 1858, desposou D. Maria Cândida de Lacerda,<br />
que desencarnou em 1863, deixando-lhe dois filhos.<br />
Em 1865, casou-se com D. Cândida Augusta de Lacerda<br />
Machado, de quem teve sete filhos.<br />
Iniciou sua trajetória política em 1860 pelo Partido<br />
Liberal, ocupando os cargos de Vereador, Presidente<br />
da Câmara Municipal da Corte e Deputado Geral. Em<br />
1885, encerrou suas atividades políticas, tendo sempre<br />
agido em favor da justiça e da honestidade.<br />
Conheceu o Espiritismo em 1875, ao ler a tradução<br />
de O Livro dos Espíritos. No ano de 1886, no salão<br />
de Conferência da Guarda Velha, diante de cerca<br />
de 2.000 pessoas, proclamou-se espírita.<br />
Em tempos difíceis, marcados pelo divisionismo<br />
dos espíritas em “científicos” e “místicos”, Bezerra de<br />
Menezes assume a presidência da Federação Espírita<br />
Brasileira, logo instituindo o estudo sistemático de O<br />
Livro dos Espíritos. Exerceu tal cargo em 1889 e de<br />
1895 a 1900, quando da sua desencarnação.<br />
Conhecido como “Kardec brasileiro”, foi intensa<br />
e fundamental a sua atividade em prol da união, dos<br />
direitos e liberdade dos espíritas.