1 - Identificação da Prática Título: PROJETO SEMPRE VIVA P

1 - Identificação da Prática
Prêmio Caixa - Melhores Práticas em Gestão Local
- 2005/2006 -
Título: PROJETO SEMPRE VIVA
Programa/Ação: Programa Nacional de Infra-Estrutura Turística
Identificador: SEMPRE VIVA
Endereço: RODOVIA BA 142 KM 96 - Fax: 33382156
Município: MUCUGE Fone: (75) 33382156
CEP: 46750000
E-Mail: euvaldoribeiro@pop.com.br
Web:
Contato: EUVALDO RIBEIRO
Cargo/Loc.Trab: ADMINISTRADOR
Municípios Beneficiados: MUCUGE,BA
UF: BA
2 - Organizações e Grupos-Chave Envolvidos na Prática
2.1 - Instituição Responsável pela Prática
Nome: PREFEITURA MUNICIPAL DE MUCUGÊ
CNPJ: 13922562000134
Endereço: PRAÇA CORONEL DOUCA MEDRADO S/N CENTRO
Fax: 33382143 Fone: (75) 33382143
Município: MUCUGE UF: BA
País: BRASIL CEP: 46750000
E-Mail: semmatur@pop.com.br
Web:
Contato: ANA OLIMPIA DA HORA MEDRADO
Cargo: PREFEITO
Tipo Instituição: Governo Municipal
2.2 - Instituição(ões) Financiadora(s)
Nome: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
CNPJ: 360305264861
Endereço: RUA ARISTIDES NOVIS 48 CENTRO
Fax: 7536027760 Fone: (75) 36027777
Município: FEIRA DE SANTANA UF: BA
CEP: 44010730 País: BRASIL
E-Mail: aristoteles.junior@caixa.gov.br Web: www.n2648ba.gov.br

Contato: ARISTÓTELES ALVES DE MENEZES JÚNIOR
Cargo: SUPERINTENDENTE
Tipo Instituição: Empresa Pública
Nome: PREFEITURA MUNICIPAL DE MUCUGÊ
CNPJ: 13922562000134
Endereço: PRAÇA CORONEL DOUCA MEDRADO SN CENTRO
Fax: 7533382143 Fone: (75) 33382143
Município: MUCUGE UF: BA
CEP: 46750000 País: BRASIL
E-Mail: semmatur@pop.com.br
Web:
Contato: ANA OLIMPIA DA HORA MEDRADO
Cargo: PREFEITO
Tipo Instituição: Governo Municipal
Nome: GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA - CENTRO DE RECURSOS
AMBIENTAIS CRA
CNPJ: 13220686000178
Endereço: RUA RIO SÃO FRANCISCO 01 MONTE SERRAT
Fax: 31171200 Fone: (71) 31171221
Município: SALVADOR UF: BA
CEP: 40425060 País: BRASIL
E-Mail: tmurici@cra.ba.gov.br Web: www.cra.com.br
Contato: TERESA MURICI
Cargo: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL
Tipo Instituição: Governo Estadual
Nome: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
CNPJ: 37115375000298
Endereço: SEC. EXECUTIVA SETOR DE AUTARQUIAS SUL QUADRA 5 BLOCO H
EDIFICIO DA SUPERINTENCÊNCIA DO IBAMA
Fax: Fone: (61) 40099353
Município: BRASILIA UF: DF
CEP: 70070914 País: BRASIL
E-Mail: regina.gualda@mma.gov.br Web: www.mma.com.br
Contato: REGINA GUALDA
Cargo: SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL
Tipo Instituição: Governo Federal
2.3 - Parceiros Envolvidos
Nome: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
CNPJ: 14045546000173

Endereço: KM3 BR 116 CAMPUS UNIVERSITÁRIO DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
- CP. 252-294
Fax: 32248295 Fone: (75) 32248295
Município: FEIRA DE SANTANA UF: BA
CEP: 44031460 País: BRASIL
E-Mail: graco@uefs.br Web: www.uefs.br
Contato: CAIO GRACO
Cargo: PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR
Tipo Instituição: Instituição Educacional
Tipo Apoio: Técnico
Nome: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
CNPJ: 15180714000104
Endereço: CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ONDINA SN INSTITUTO DE BIOLOGIA -
DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA
Fax: 32636511 Fone: (71) 32453126
Município: SALVADOR UF: BA
CEP: 40170105 País: BRASIL
E-Mail: dasilva@ufba.br Web: www.ufba.br
Contato: EDUARDO MENDES DA SILVA
Cargo: PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR
Tipo Instituição: Instituição Educacional
Tipo Apoio: Técnico
Nome: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR
CNPJ: 15208341000124
Endereço: AVENIDA PINTO DE AGUIAR, 2589 PATAMARES - INST. DE CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
Fax: 33632017 Fone: (71) 33247828
Município: SALVADOR UF: BA
CEP: 41740000 País: BRASIL
E-Mail: icb@ucsal.br Web: www.ucsal.br
Contato: LYGIA PARAGUASSU BATISTA
Cargo: PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR
Tipo Instituição: Instituição Educacional
Tipo Apoio: Técnico
3 - Perfil Financeiro

Ano Razão Social Valor ($) Origem (%)
1998
1998
1998
2005
GOVERNO DO ESTADO
DA BAHIA - CENTRO DE
RECURSOS AMBIENTAIS
CRA
MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE
PREFEITURA MUNICIPAL
DE MUCUGÊ
CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL
179.410,00 Recursos Próprios 23,84
422.807,00
OGU - Recursos da
União
56,18
79.830,00 Recursos Próprios 10,61
70.598,00
4 - Categorias e Subcategorias da Prática
Gestão Ambiental
Gestão de Recursos
Indicadores de Sustentabilidade
Monitoração e Controle Ambiental
Recuperação Ambiental
Sustentabilidade Ambiental
Tecnologias Ambientais
Aumento das Áreas Verdes Urbanas
Eco-Turismo
Cooperação Técnica e Internacional
Trabalho em Rede
Aprendizagem e Intercâmbio entre Parceiros
5 - Abrangência / Escala
Municipal
6 - Ecossistema
Cerrado
OGU - Recursos da
União
9,38

7 - Resumo dos Objetivos Visados e Alcançados pela Prática
O Projeto Sempre Viva definiu como objetivos gerais: 1) assegurar a sobrevivência
de uma espécie nativa e endêmica de sempre viva, a Syngonanthus mucugensis
giulietti, de grande valor comercial, ameaçada de extinção devido a uma exploração
predatória, promovendo o cultivo desta espécie para proporcionar alternativa
econômica à população, prioritariamente as famílias de ex-coletores, bem como o
repovoamento dos campos onde esta espécie foi dizimada; 2) preservar os recursos
naturais e históricos (ciclo diamantífero) do município de Mucugê, através da criação
de uma unidade de conservação - o Parque Municipal de Mucugê. Esses objetivos
foram desdobrados em 05 objetivos específicos: - identificar e delimitar áreas de
ocorrência da espécie Syngonanthus mucugensis; - desenvolver tecnologias de
reprodução e cultivo de sempre-vivas; - criar e implementar uma unidade de
conservação para proteger amostras de ecossistemas da região; - implantar um
banco de dados e sistema de informações geográficas; - promover programas de
educação ambiental. Tais objetivos foram alcançados com as seguintes ações: -
visitação e demarcação de 143 campos por ex-coletores destas flores, que foram
capacitados para esta atividade; - dominação de uma tecnologia inédita de cultivo
in-vitro de sempre viva, através de pesquisas da Universidade Estadual de Feira de
Santana, em parceria com o Projeto, tecnologia esta que viabilizará a curto prazo o
cultivo em larga escala destas plantas, possibilitando o replantio de campos nativos
e o comércio controlado e sustentável de artesanatos produzidos com estas flores; -
inauguração, em 17 de maio de 1999, do Parque Municipal de Mucugê, que se
tornou uma referência para a região da Chapada Diamantina; - implantação de
moderno sistema de informações geográficas sobre a região; - Recepção de
estudantes e turistas para visitar o parque, com atividades pedagógicas de
educação ambiental
8 - Datas Chave no Desenvolvimento das Práticas e Estágio
Data Chave Descrição
20/7/1994
17/6/1996
19/8/1996
17/5/1999
29/6/2003
COLETA DA ESPÉCIE DE SEMPRE VIVA QUE VIRIA MAIS TARDE
SER CONFIRMADA COMO ENDÊMICA DE MUCUGÊ, A
SYNGONANTHUS MUCUGENSIS, PELA PESQUISADORA ANA
MARIA GIULIETTI - CONCLUÍDO
ASSINATURA DO CONVÊNIO COM O MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE - CONCLUÍDO
ASSINATURA DO DECRETO QUE CRIA A UNIDADE DE
GERENCIAMENTO DO PROJETO SEMPRE VIVA - CONCLUÍDO
INAUGURAÇÃO DO PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ -
CONCLUÍDO
CONQUISTA DO PRÊMIO SUPERECOLOGIA 2003, NA CATEGORIA
FLORA GOVERNO, PROMOVIDO PELA REVISTA
SUPERINTERESSANTE- CONCLUÍDO

9 - Relatório
Situação anterior à Prática
O declínio da mineração de diamantes atingiu seu ponto crítico na década de 1960,
quando a população mucugeense buscou uma nova alternativa econômica para se
sustentar e a coleta de sempre vivas foi durante quatro décadas uma importante
fonte de renda para muitas famílias. Como não havia consciência ecológica na
população, esta quase dizimou a espécie que é endêmica de Mucugê, através da
coleta predatória e queimadas em áreas de ocorrência das plantas. Com a ameaça
de extinção da espécie e com a criação do Parque Nacional da Chapada, esta foi
proibida de ser colhida e comercializada, gerando problemas sociais.
Estabelecimento de Prioridades
A partir das diretrizes do Ministério do Meio Ambiente e com a participação da
comunidade, o Projeto estabeleceu as seguintes prioridades: - implantação do
Parque Municipal de Mucugê com programas de educação e sensibilização
ambiental e ecoturismo; - treinamento e capacitação de ex-coletores de sempre
vivas para que estes possam ter no eco-turismo uma nova e sustentável fonte de
renda. - investimentos em pesquisas para que as informações geradas possam
fomentar e criar embasamento técnico-científico para os programas de turismo
científico-pedagógico. - coleta e processamento das informações regionais
cartográficas georeferenciadas e climáticas, envolvendo diferentes bases de dados.
Formulação de Objetivos e Estratégias
Os objetivos e estratégias iniciais foram: 1) assegurar a sobrevivência de uma
espécie endêmica de sempre viva, a Syngonanthus mucugensis giulietti, através de
práticas de fiscalização dos campos, investimento em educação ambiental dos
coletores, capacitando-os para serem absorvidos por outras atividades econômicas,
como o ecoturismo; 2) preservar os recursos históricos-naturais, através da criação
de uma unidade de conservação - Parque Municipal de Mucugê, atraindo visitantes.
Atualmente, o projeto tem como objetivo principal o aprimoramento de tecnologias
para o replantio dos campos de sempre viva, de modo a tornar seu cultivo
economicamente viável, contribuindo com o desenvolvimento sócio-econômico da
região.
Mobilização de Recursos Financeiros, Técnicos e Humanos
Os recursos captados para a implantação do projeto foram de R$ 752.645,00, sendo
R$ 422.807,00 de recursos não onerosos do BID repassado pelo MMA/PED; R$
179.410,00 do Governo do Estado da Bahia; R$ 79.830,00 da Prefeitura Municipal
de Mucugê; R$ 70.598,00 da Caixa Econômica Federal. A concepção do projeto

deu-se de forma participativa e integrada, na qual órgãos governamentais e não
governamentais, representantes e técnicos de diferentes setores da comunidade
reconheceram a importância da biodiversidade da região, resultando no
desenvolvimento de projetos de pesquisa em parceria com as universidades. Os
diversos atores envolvidos reuniram-se para discutir a questão da preservação dos
recursos ambientais e a necessidade de criar alternativas econômicas para as
populações afetadas com a proibição da coleta de espécies de relevante valor, que
em função da ausência de ordenamento e pela falta de outras alternativas
econômicas, estavam em risco de extinção. O maior investimento do projeto é no
seu capital humano, formado por pessoas da comunidade (ex-coletores de sempre
vivas), que abraçaram a causa, sendo os maiores responsáveis pelo sucesso e pela
sustentabilidade do parque. As universidades parceiras, a partir do investimento em
pesquisas, constituem-se em uma importante fonte de recursos técnicos, com a
produção constante de novos conhecimentos.
Processo
Em virtude do processo de degradação do meio ambiente, que vinha se instalando
na região, o poder público local, em parceria com outros órgãos, decidiu pela
implantação do Parque Municipal de Mucugê, a exemplo do Parque Nacional da
Chapada Diamantina, criado anos antes. Porém, este último não trazia boas
referências, dada a maneira de sua implantação, que ocorreu sem qualquer
consulta prévia e sem o aval da comunidade, desencadeando ações do IBAMA,
como prisões e aplicação de multas a pessoas da comunidade, que praticavam
involuntariamente crime ambiental. Foram proibidas quaisquer atividades de uso
direto dos recursos naturais do Parque e as famílias, que dependiam destes para
garantir sua sobrevivência (caça, pesca, lenha e sempre vivas), não dispunham de
outra alternativa econômica, o que causou sérios problemas sociais na região. Tal
fato gerou uma resistência da população aos projetos ambientais. A estratégia do
poder público local foi criar espaços de inserção da população em uma ampla
discussão das medidas a serem tomadas, visando o apoio e a co-responsabilidade
da comunidade na criação e implantação do Parque Municipal de Mucugê.
Diagnóstico, levantamento das poligonais, reconhecimento da flora e execução das
obras de infra-estrutura tiveram o apoio da sociedade em geral, estudantes,
professores, garimpeiros e coletores de sempre viva, sendo estes de fundamental
importância, por conhecerem a área a ser protegida e as necessidades da mesma.
A participação das universidades, desde a fase de concepção e planejamento do
projeto, mas principalmente no desenvolvimento contínuo de pesquisas, imprimiu
uma característica singular a esse processo, onde a produção teórica ocorre
concomitantemente à sua aplicação prática. Atualmente, o principal problema
enfrentado pelo parque é com relação a coleta clandestina das sempre vivas, não
em seu interior, mas nas imediações, o que vem causando fortes pressões nestas
áreas, colocando em risco de extinção essas flores. Tal problema persiste por
deficiência de fiscalização dos órgãos competentes e também pelos altos preços
que as sempre vivas atingem no mercado internacional, o que estimula sua coleta.
Resultados Alcançados

Capacitação de 100 ex–coletores de sempre vivas para atividades de ecoturismo,
que trabalham como guias, recepcionistas de hotel, restaurantes e bares, dentre os
quais, 06 foram capacitados para operar equipamento GPS para o mapeamento das
áreas de ocorrência da espécie. Estão sendo feitas pesquisas pela botânica Dr.ª
Ana Maria Giulietti, autoridade no conhecimento de sempre vivas, que identificou a
Syngonanthus Mucugensis Giulietti em 1996, catalogando-a como uma espécie
endêmica e ameaçada de extinção. Atualmente, o parque tem 18 pesquisas em
andamento. Implantação do Parque Municipal de Mucugê, numa área de 270
hectares, com Plano de Manejo, detalhado e adequado às normas do Sistema
Nacional de Unidades de Conservação/SNUC e infra-estrutura onde funciona a
sede do Projeto Sempre Viva, um dos principais pontos de visitação para quem
passa pela Chapada Diamantina. Atualmente, 200 empregos diretos e indiretos são
gerados pelo parque, uma vez que este atrai visitantes para a região beneficiando
todo o complexo turístico. Implantação de um sistema de informações geográficas.
Implantação do Programa Educação ambiental onde estudantes e visitantes são
informados sobre a fauna, flora, ecologia, história e geografia da região, além da
importância destes recursos para o abastecimento hídrico do estado. Além da
comunidade local, colégios públicos e particulares de diversas regiões, como
Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília, Alagoas, Sergipe, Minas e Espírito Santo são
beneficiados com este programa. Como resultado da Educação Ambiental junto às
escolas, a cidade de Mucugê tornou-se uma das mais limpas do Brasil, com mais de
50% da população fazendo a seleção do lixo, antes de disponibilizado para coleta.
Sustentabilidade
O projeto conseguiu auto-sustentabilidade financeira através das atividades voltadas
para o ecoturismo e para educação e sensibilização ambiental, com as receitas
geradas para sua manutenção, advindas da cobrança de uma taxa de R$3,00 (três
reais) por visitante e de uma loja de souvenirs e artesanatos, que são
comercializados no local. Nestes seis anos de funcionamento, o parque teve um
público pagante de 72.150 pessoas, arrecadando R$ 263.930,95. Este recurso é
utilizado no pagamento de salários, manutenção de infra-estrutura, aquisição e
manutenção de equipamentos de informática e transporte. Pessoas da comunidade
foram capacitadas para trabalhar como condutores de visitantes e de pesquisadores
em suas atividades de campo e coleta de materiais; outras passaram a trabalhar
como guarda-parque, recepcionista, garçom e prestador de serviços na área
turística. Indiretamente o parque gera centenas de empregos e capta muitos
recursos para o município, principalmente para as áreas de hotelaria, restaurantes e
serviços turísticos em geral, pois atrai milhares de visitantes para o município
anualmente. A sustentabilidade ambiental vem sendo gerada através da produção
de conhecimento científico e da conservação dos recursos naturais da região, com a
educação ambiental e a fiscalização na área do parque. Em decorrência, o
município foi escolhido pela CAR - Companhia de Desenvolvimento e Ação
Regional da Bahia, para abrigar um projeto piloto de usina de compostagem e
reciclagem de lixo, servindo de modelo para 10 outras já implantadas em outros
municípios. Do ponto de vista institucional, o parque é amparado pelo Decreto
Municipal nº 235, de 15/03/1999 e pela Resolução CONAMA Nº 011, de 03/12/1987.

Quanto aos aspectos culturais, a arquitetura do parque, com sua sede encravada
nas rochas a exemplo das tocas dos antigos garimpeiros, é um resgate históricocultural
da região.
Lições aprendidas
Uma das maiores dificuldades enfrentadas, durante a implantação do projeto, foi em
relação ao Parque Municipal de Mucugê, pois, inicialmente, a população não
assimilou a idéia da criação do Parque, em virtude da referência do processo do
Parque Nacional da Chapada Diamantina, cuja metodologia não contemplava a
participação da comunidade e das instituições, ocasionando diversos problemas, a
exemplo da proibição do uso direto dos recursos naturais, tais como: caça, pesca,
lenha e coleta de sempre vivas, sem oferecer outra alternativa econômica para
esses trabalhadores. Esse obstáculo trouxe a necessidade de rever aquela
metodologia, desta vez, contemplando a participação de todos os atores, em
especial da comunidade diretamente afetada pela implantação do Parque. A
metodologia participativa possibilitou um processo de co-responsabilidade de todos,
trazendo efetividade para os resultados alcançados, quais sejam: a não migração da
população local para outras regiões; valorização da cultura local; identificação de
vocações produtivas potenciais da região, a exemplo do turismo, inserindo a
comunidade, antes usuária dos recursos naturais de forma predatória, em novas
atividades econômicas. A aproximação de saberes diversos possibilitou o
fortalecimento organizativo da comunidade participante em torno das questões
coletivas, e isto fez diferença para a sustentabilidade do Projeto. Essa foi a nossa
grande lição. Ninguém faz nada sozinho.
Replicabilidade
O Projeto Sempre Viva, através do Parque Municipal de Mucugê, vem estimulando
a criação de vários outros Parques em municípios vizinhos como: Andaraí, Lençóis,
Itaetê, Barra da Estiva e Ibicoara, e serviu de modelo para uma Reserva Privada de
Proteção Natural. As pesquisas que eram destinadas apenas para as sempre vivas
foram propulsoras de outras nos diversos ecossistemas do Parque e da região
(atualmente, são 18). O Projeto Sempre Viva é uma referência de replicabilidade
para a região pela sua arquitetura, pelos seus programas de capacitação da
comunidade local, pelos programas de educação ambiental, pelas pesquisas, pelo
ecoturismo e pelo desenvolvimento sustentável.
Políticas ou Legislação
O Parque Municipal de Mucugê é considerado Unidade de Conservação, conforme
Resolução CONAMA Nº 011 de 03/12/1987. Seu Plano de Manejo é detalhado,
propondo uma forma de gestão integrada, participativa e sustentável. O Parque foi
criado pelo Decreto Municipal Nº 235, de 15 de março de 1999.

10 - Referência
Título do Artigo:
Ecoturismo substitui o garimpo na Chapada
Fonte:
Bernardo de Menezes, Jornal A TARDE, Caderno de Turismo de 06/11/2002
Título do Artigo:
Essa flor não morre mais
Fonte:
Maria Fernanda Vomero, Revista Superinteressante, edição 190, página 68, Julho
de 2003
Título do Artigo:
Flores nativas da Chapada Diamantina - descrição botânica das trilhas que cortam o
Parque
Fonte:
Raymund Halley e Ana Maria Giulietti, volume I, nº 1, 319 páginas, ano 2004
Título do Artigo:
Guia Chapada Diamantina - 1ª edição
Fonte:
Volume 1, 122 páginas, ano 2005
Título do Artigo:
Jovens aprendem sobre ecologia em excursões a Mucugê
Fonte:
Jornal A TARDE Caderno de Turismo, 05/08/1998
Título do Artigo:
Mucugê preserva vestígios do ciclo do diamante
Fonte:
Jornal CORREIO DA BAHIA Caderno Interior de 15/10/1999
Título do Artigo:
Plano de Manejo do Parque Municipal de Mucugê
Fonte:
Maria Theresa Sopena Stradmann, 450 páginas.
Título do Artigo:
Projeto Sempre Viva preserva a Chapada
Fonte:
Mirella Domenich, JORNAL DO BRASIL de 26/12/1999
Título do Artigo:
Tesouro baiano, Mucugê começa a dividir as atenções com Lençóis na Chapada
Diamantina
Fonte:
Mayra Jucá, Jornal O GLOBO Caderno de Turismo de 09/12/1999
Título do Artigo:
Troféus ambientais - Revista Superinteressante concede Prêmio Superecologia
2003 para dois projetos baianos na categoria flora

Fonte:
Fernanda Gaspar, Jornal CORREIO DA BAHIA, Caderno Meio Ambiente, de
23/07/2003
11 - Responsável pelo preenchimento
Nome: EUVALDO RIBEIRO JÚNIOR
Entidade: PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ
Cargo: ADMINISTRADOR
Endereço: RODOVIA BA 142 KM 96
E-Mail: euvaldoribeiro@pop.com.br
Fone: 75 33382156
Fax: 7533382156
Avaliação / Validação da Prática
1 - Título da Prática
PROJETO SEMPRE VIVA
2 - Programa / Ação
Programa Nacional de Infra-Estrutura Turística
3 - População Beneficiária
Nº.Habitantes: 15400
4 - Atendimento aos Critérios de Seleção
Impacto
O maior impacto desta prática é sócio-ambiental, transformando a realidade local
através da educação ambiental e da preservação dos recursos naturais,

principalmente de uma flor endêmica da região.
Sustentabilidade
O projeto tem sustentabilidade financeira, gerando os recursos que garantem sua
permanência. No aspecto ambiental, a sustentabilidade decorre da produção de
conhecimento e da educação ambiental.
Parceria
As parcerias mais relevantes são as estabelecidas com as universidades, visando a
produção de conhecimetno científico, que alimentam as ações do projeto.
Liderança e Fortalecimento da Comunidade
Ex-coletores de sempre viva são, hoje, lideranças reconhecidas no município,
inclusive ocupando cargos como administrador do parque e secretário municipal de
meio ambiente e turismo.
Gênero e Inclusão Social
Inovações no Contexto Local e sua Replicabilidade
A prática é inovadora por ser uma iniciativa local de criação de uma reserva de
proteção natural, em região onde já existe um parque nacional, servindo de
referência para outros municípios da região.
5 - Classificação
Validação pela Equipe Local
Nome: PATRICIA BRITTO
Matrícula: C042371
Melhor Prática
Validação pela Gidur
Nome:
Matrícula:
Validação pelo Escritório de Negócios
Nome: FRANCISCO MOURA
Matrícula: C309695
Melhor Prática