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Filosofia Ética I

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Questões de ética<br />

16/11/12


• QUESTÃO 1 - (UFMG 2007) REDIJA um texto argumentando a favor de ou<br />

contra a idéia expressa na frase destacada de Sartre.<br />

• A favor: O comentário de Sartre liga a moralidade à religião. Tal ligação<br />

fundamenta-se na possibilidade de punição eterna para os imorais e na<br />

capacidade de a religião definir o que é permitido e, principalmente, o que<br />

é proibido. Eliminado o discurso religioso, estaria também eliminada toda<br />

interdição.<br />

• Contra: A frase sartreana estabelece a religião como fundamento da<br />

moral, fazendo de Deus o ser moral por excelência. Essa fundamentação,<br />

no entanto, é ilegítima, uma vez que pessoas sem religião e mesmo ateus<br />

podem seguir normas morais segundo critérios imanentes como o<br />

princípio da maior felicidade ou o imperativo categórico. Neste caso,<br />

teríamos pessoas que acreditam que Deus não existe e, ao contrário do<br />

que pensa Sartre, ainda assim nem tudo seria permitido


• QUESTÃO 7 - (UFMG 2000) Com base na leitura desses textos,<br />

ARGUMENTE a favor de ou contra a seguinte afirmação:<br />

• Vê-se, a partir do exemplo da televisão brasileira, que os valores da<br />

dignidade e do respeito ao ser humano são negados na prática. Logo podese<br />

concluir que esses valores são ilusórios.<br />

• [contra]A desvalorização da pessoa humana por programas televisivos ou<br />

a instrumentalização de indivíduos que são expostos à audiência<br />

contrariam claramente o imperativo categórico kantiano de ver na<br />

humanidade uma dignidade própria. O fato, porém, de que na prática os<br />

valores de respeito e dignidade são negados, não leva, necessariamente à<br />

conclusão de que tais valores sejam ilusórios. Os valores morais são reais<br />

quer sejam postos em prática ou não. Eles são os responsáveis pelo<br />

escândalo que demonstramos ao avaliar certos atos como bizarrices, tal<br />

como a reportagem da Veja referiu-se ao tratar do desrespeito cometido<br />

pela TV.


• QUESTÃO 8 - Com base na concepção de justiça expressa no trecho<br />

da obra de Platão acima citada, REDIJA um parágrafo sobre a<br />

relação entre moralidade e impunidade.<br />

• O conto platônico do anel de Giges é um questionamento do papel<br />

das leis e do medo da punição na construção da atitude<br />

considerada moralmente justa. Segundo o desafio proposto no<br />

texto, uma pessoa justa só o seria por causa das proibições<br />

impostas por lei e pela aprovação ou desaprovação social. A<br />

impunidade é uma injustiça cuja frequência leva a um hábito cada<br />

vez menos moral. Mas há um questionamento muito mais sério na<br />

alegoria do texto: a possibilidade de que a consciência moral proíba<br />

ou permita certas atitudes independentemente de uma norma<br />

exterior. Se Giges considerasse que matar é moralmente errado, ele<br />

se permitiria matar alguém, ainda que ninguém pudesse ver?


• QUESTÃO 9 - ARGUMENTE contra ou a favor da seguinte afirmação:<br />

• “ninguém é justo por escolha”<br />

• A favor: A justiça é fruto de uma aprendizagem para os valores morais em que um papel<br />

primordial é dado pelas leis e pela educação. Nesse aprendizado forma-se uma consciência<br />

moral que o indivíduo habitua-se a seguir e valores que o sujeito admite serem justos sem ao<br />

menos saber o por quê. A maioria dos valores morais foram introjetados em nossa<br />

consciência e não foram escolhidos por nós. Nós os apreciamos por que aprendemos a fazer<br />

isso e não porque saibamos explicar sua necessidade. A justiça, portanto, não é resultado de<br />

escolha.<br />

• Contra: Uma atitude moralmente correta só pode ser caracterizada por justa quando o<br />

agente a pratica livremente. Isso significa que ser bom ou mal, justo ou injusto é uma<br />

questão de deliberação. Alguém poderia dizer que os valores morais ensinados e a<br />

formação da consciência moral do indivíduo não foram escolhidos livremente pelo sujeito.<br />

Mas ainda nessa situação, é uma escolha assumir tais valores e agir em conformidade com<br />

eles ou não. Só uma pessoa livre pode agir com justiça. Se alguém não é livre para agir de<br />

outra forma, ele não pode ser responsabilizado.


• QUESTÃO 10 – REDIJA um texto respondendo à<br />

seguinte questão: Saber o que é correto é<br />

suficiente para que uma pessoa aja bem?<br />

• Sim: Todas as pessoas que agem incorretamente<br />

o fazem porque acham que ganham um bem<br />

agindo assim. Uma pessoa seria contraditória se<br />

soubesse de fato o que é o bem e praticasse uma<br />

ação incoerente com esse saber.<br />

• Não: Existe o correto e o conveniente.


• QUESTÃO 13 - EXPLIQUE a diferença apontada por Hume<br />

entre juízos de fato e juízos de valor<br />

• Qualquer juízo factual, segundo Hume, refere-se à verdade<br />

ou à falsidade. Isso significa que, para o filósofo, juízos<br />

factuais são verdadeiros se se conformam à realidade e<br />

falsos caso não correspondam ao real. Já os juízos morais<br />

não tratam de fatos, eles não podem ser objeto de<br />

confirmação empírica. Os juízos de valor dependem de<br />

afirmações do tipo “deve” ou “não deve”. O pensador<br />

escocês considera que esse passo do que é para o que deve<br />

ser não pode ser explicado racionalmente e demonstra que<br />

a justificação da moral não passa pelo caminho da<br />

racionalidade.


• QUESTÃO 14 - Com base nos trechos supracitados,<br />

EXPLICITE o argumento de Hume para concluir que a<br />

moral não é derivada da razão.<br />

• O raciocínio de Hume é o seguinte:<br />

• 1)A razão lida com a verdade e a falsidade (relações<br />

lógicas e fatos empíricos)<br />

• 2) Juízos morais não são fatos empíricos nem relações<br />

lógicas. (envolvem um “deve” não demonstrado)<br />

• Logo, juízos morais não são objetos da razão.


18 - REDIJA um texto EXPONDO pelo menos dois<br />

argumentos contrários ao relativismo cultural.<br />

• 1) Impossível discordar dos valores da própria<br />

sociedade (Se X é socialmente aprovado então X<br />

é bom. Y é socialmente aprovado mas não é bom,<br />

logo, é falso que Se X é aprovado então X é bom)<br />

• 2) Intolerância e racismo são justificados<br />

• 3) Falta de crítica.

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