Cela 14 - TL Gomes portfolio

REGRESSO, ANISTIA E LUTA
da em fevereiro do mesmo ano. Evidentemente
alguns não aceitaram a
mudança, por considerá-la um jogo
de interesses pessoais, inclusive eleitoreiro,
defendido por analistas superficiais
das verdadeiras causas que
levaram o colapso do “socialismo
real” na URSS. Os que discordaram
da mudança, como foi o meu caso,
continuaram mantendo o nome, a sigla
e a tradição histórica do PCB, e,
acima de tudo, a sua essência político-ideológica
na linha do marxismo-
Luiz Carlos Prestes
leninismo. (PCB, 1992b)
Em Goiás, o reflexo da desestruturação
do PCB no plano nacional se fez sentir, e o racha também
aconteceu, em grande parte por causa da composição representativa de
pessoas oriundas da classe média, da pequena e média burguesia urbana,
em maior número de Goiânia e Anápolis (estudantes secundaristas
e universitários; professores e funcionários públicos; profissionais liberais,
etc.), cuja grande maioria não tinha o domínio mínimo necessário
do marxismo-leninismo como doutrina e método de investigação
científica da sociedade e guia prático de ação transformadora, com vista
a aplicá-lo ao conhecimento da realidade goiana. O mais grave, contudo
compreensível, é que militantes ocupando cargos de direção em
seus organismos desconheciam a ideologia da sigla, em termos de princípios
e normas de disciplina e fidelidade partidária.
Na época, tínhamos poucos trabalhadores braçais, operários e
camponeses na organização, muito embora marcamos certa presença e
atuação em determinados sindicatos e associações de trabalhadores, em
Goiânia, Anápolis, Itumbiara, etc., citando os sindicatos da construção
civil, o Stiueg, em Goiânia, entre outros.
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