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Frei Dito 11 DE MARÇO 2012.pdf - Franciscanos Conventuais de ...

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III Domingo<br />

Quaresma<br />

Ano litúrgico B<br />

Fra<strong>de</strong>s Menores <strong>Conventuais</strong><br />

Igreja <strong>de</strong> S. Francisco – Terceiros<br />

Evangelista S. Marcos<br />

[PARÓQUIA CORAÇÃO <strong>DE</strong> JESUS]<br />

Tel: 232 43 1985<br />

<strong>11</strong> Março 2012<br />

viseu@ppfmc.it<br />

Nº 22<br />

w w w. f r a n c i s c a n o s c o n v e n t u a i s . c o m<br />

O átrio <strong>de</strong> Deus para os homens<br />

Neste Domingo, <strong>de</strong>paramo-nos com uma cena <strong>de</strong> Jesus, um tanto incómoda.<br />

Ele faz um chicote com cordas e zás! Atira todos dali para fora. Mais<br />

precisamente, faz sair, com gran<strong>de</strong> firmeza, os negociantes do átrio do Templo<br />

<strong>de</strong> Jerusalém.<br />

Na realida<strong>de</strong>, este era o único espaço, em que era permitida a permanência<br />

dos pagãos, isto é, <strong>de</strong> todos aqueles que não pertenciam à religião judaica. Era,<br />

assim, o único lugar mais próximo do centro mais sagrado do judaísmo. Era ali<br />

que podiam estar em oração, ao Deus <strong>de</strong> Israel.<br />

Para compreen<strong>de</strong>rmos melhor, era um espaço semelhante aos átrios das nossas<br />

igrejas. Mais ou menos maiores, on<strong>de</strong> todos po<strong>de</strong>m estar, um pouco como se<br />

quer. Mas também é certo que, é em muitos átrios que <strong>de</strong>correm as festas,<br />

on<strong>de</strong> o sagrado – as procissões e pregações – se misturam com os comes e<br />

bebes e inúmeras vendas a todos os que passam. Po<strong>de</strong>mos imaginar, aqueles<br />

que raramente põem os pés numa igreja, o que pensarão <strong>de</strong> uma festa religiosa<br />

– <strong>de</strong> um santo padroeiro – ao experimentarem o frenesim dos mercantes, a<br />

quem apenas interessa algum lucro, servindo apenas o Santo festejado como<br />

um bom motivo <strong>de</strong> negócio. Será que algumas <strong>de</strong>stas ‘feiras’ religiosas, mesmo<br />

na porta das igrejas, facilitarão um verda<strong>de</strong>iro encontro com Deus?<br />

Parece que não! Antes pelo contrário, serão motivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smotivação para orar<br />

e, portanto, promotoras <strong>de</strong> um afastamento <strong>de</strong> Deus.<br />

É neste sentido que po<strong>de</strong>mos compreen<strong>de</strong>r a acção <strong>de</strong> Jesus. O seu zelo é no<br />

sentido <strong>de</strong> restaurar aquele espaço, aparentemente não sagrado. É, na verda<strong>de</strong>,<br />

o lugar <strong>de</strong> fronteira, entre Deus e o homem. Todo o homem, sem excepção.<br />

E, se olharmos para o templo, como sendo o corpo <strong>de</strong> Jesus, então todo o<br />

cristão torna-se, no baptismo, também templo <strong>de</strong> Deus. E, continuando a<br />

comparação, os átrios <strong>de</strong>stes templos (dos nossos corpos) são precisamente a<br />

maneira como nos relacionamos, como falamos, os nossos gestos, expressões e<br />

comunicações. Estes são os espaços que revelam o nosso mundo interior, que<br />

exprimem aquilo que habita no nosso coração.<br />

Então, quem nos encontrar, no nosso dia a dia, po<strong>de</strong>rá ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

encontrar a Deus, se <strong>de</strong> facto, permitirmos que seja Jesus o coração da nossa<br />

vida. Desta maneira, cada um será… o átrio <strong>de</strong> Deus para os homens.<br />

f.P

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