Frei Dito 11 DE MARÇO 2012.pdf - Franciscanos Conventuais de ...
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o Espírito Santo impeliu Jesus para<br />
PALAVRA: Ex 20,1-17;<br />
o <strong>de</strong>serto<br />
Salmo 18 (19); 1 Cor 1,22-25;<br />
Jo 2,13-25<br />
Estava próxima a Páscoa dos ju<strong>de</strong>us e Jesus<br />
subiu a Jerusalém. Encontrou no templo<br />
os ven<strong>de</strong>dores <strong>de</strong> bois, <strong>de</strong> ovelhas e <strong>de</strong><br />
pombas e os cambistas sentados às bancas.<br />
Fez então um chicote <strong>de</strong> cordas e expulsou-os<br />
a todos do templo, com as ovelhas e os bois;<br />
<strong>de</strong>itou por terra o dinheiro dos cambistas e<br />
<strong>de</strong>rrubou-lhes as mesas; e disse aos que<br />
vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não<br />
façais da casa <strong>de</strong> meu Pai casa <strong>de</strong> comércio».<br />
Os discípulos recordaram-se do que estava<br />
escrito: «Devora-me o zelo pela tua casa».<br />
Então os ju<strong>de</strong>us tomaram a palavra e<br />
perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás <strong>de</strong> que<br />
po<strong>de</strong>s proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ste modo?» Jesus<br />
respon<strong>de</strong>u-lhes: «Destruí este templo e em<br />
três dias o levantarei». Disseram os ju<strong>de</strong>us:<br />
«Foram precisos quarenta e seis anos para se<br />
construir este templo e Tu vais levantá-lo em<br />
três dias?» Jesus, porém, falava do templo do<br />
seu corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou<br />
dos mortos, os discípulos lembraram-se do<br />
que tinha dito e acreditaram na Escritura e<br />
nas palavras que Jesus dissera. Enquanto<br />
Jesus permaneceu em Jerusalém pela festa da<br />
Páscoa, muitos, ao verem os milagres que<br />
fazia, acreditaram no seu nome. Mas Jesus<br />
não se fiava <strong>de</strong>les, porque os conhecia a todos<br />
e não precisava <strong>de</strong> que Lhe <strong>de</strong>ssem<br />
informações sobre ninguém: Ele bem sabia o<br />
que há no homem.<br />
LECTIO DIVINA: RITMO SEMANAL<br />
I. Domingo: Na Missa escuta-se a Palavra <strong>de</strong> Deus.<br />
Em casa, marcar a página do Evangelho, na Bíblia.<br />
II. Segunda a Sexta: Reler diariamente o Evangelho<br />
dominical e, ao longo do dia, rezar o Terço.<br />
III. Sábado: Rever os acontecimentos pessoais à luz<br />
do Evangelho e partilhá-los, se possível, em família<br />
ou em grupo.<br />
LITURGIA:<br />
Sexta, 16 <strong>de</strong> Março: Depois da<br />
Missa da tar<strong>de</strong>, faz-se o piedoso<br />
exercício da VIA-SACRA. Será,<br />
também, colocado o CESTO DA<br />
CARIDA<strong>DE</strong>.<br />
A oração das Vésperas faz-se<br />
<strong>de</strong>ntro da celebração da<br />
Eucaristia (da tar<strong>de</strong>), durante<br />
todo o tempo da Quaresma.<br />
RECENSEAMENTO DA PRÁTICA<br />
DOMINICAL – 10/<strong>MARÇO</strong>/2012<br />
Oiça primeiro as instruções do<br />
sacerdote.<br />
Faça um pequeno rasgão nas<br />
respostas certas.<br />
Não saia da igreja sem entregar<br />
esta ficha.<br />
Obrigado.<br />
Os discípulos recordaram-se do<br />
que estava escrito: «Devora-me<br />
o zelo pela tua casa».<br />
ORAÇÃO<br />
Purifica, Senhor Deus,<br />
a imagem que faço <strong>de</strong> Ti.<br />
É forte a tentação <strong>de</strong> Te imaginar<br />
em função dos meus interesses.<br />
Abre o meu coração à tua novida<strong>de</strong><br />
às tuas surpresas.<br />
Ámen.
III Domingo<br />
Quaresma<br />
Ano litúrgico B<br />
Fra<strong>de</strong>s Menores <strong>Conventuais</strong><br />
Igreja <strong>de</strong> S. Francisco – Terceiros<br />
Evangelista S. Marcos<br />
[PARÓQUIA CORAÇÃO <strong>DE</strong> JESUS]<br />
Tel: 232 43 1985<br />
<strong>11</strong> Março 2012<br />
viseu@ppfmc.it<br />
Nº 22<br />
w w w. f r a n c i s c a n o s c o n v e n t u a i s . c o m<br />
O átrio <strong>de</strong> Deus para os homens<br />
Neste Domingo, <strong>de</strong>paramo-nos com uma cena <strong>de</strong> Jesus, um tanto incómoda.<br />
Ele faz um chicote com cordas e zás! Atira todos dali para fora. Mais<br />
precisamente, faz sair, com gran<strong>de</strong> firmeza, os negociantes do átrio do Templo<br />
<strong>de</strong> Jerusalém.<br />
Na realida<strong>de</strong>, este era o único espaço, em que era permitida a permanência<br />
dos pagãos, isto é, <strong>de</strong> todos aqueles que não pertenciam à religião judaica. Era,<br />
assim, o único lugar mais próximo do centro mais sagrado do judaísmo. Era ali<br />
que podiam estar em oração, ao Deus <strong>de</strong> Israel.<br />
Para compreen<strong>de</strong>rmos melhor, era um espaço semelhante aos átrios das nossas<br />
igrejas. Mais ou menos maiores, on<strong>de</strong> todos po<strong>de</strong>m estar, um pouco como se<br />
quer. Mas também é certo que, é em muitos átrios que <strong>de</strong>correm as festas,<br />
on<strong>de</strong> o sagrado – as procissões e pregações – se misturam com os comes e<br />
bebes e inúmeras vendas a todos os que passam. Po<strong>de</strong>mos imaginar, aqueles<br />
que raramente põem os pés numa igreja, o que pensarão <strong>de</strong> uma festa religiosa<br />
– <strong>de</strong> um santo padroeiro – ao experimentarem o frenesim dos mercantes, a<br />
quem apenas interessa algum lucro, servindo apenas o Santo festejado como<br />
um bom motivo <strong>de</strong> negócio. Será que algumas <strong>de</strong>stas ‘feiras’ religiosas, mesmo<br />
na porta das igrejas, facilitarão um verda<strong>de</strong>iro encontro com Deus?<br />
Parece que não! Antes pelo contrário, serão motivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smotivação para orar<br />
e, portanto, promotoras <strong>de</strong> um afastamento <strong>de</strong> Deus.<br />
É neste sentido que po<strong>de</strong>mos compreen<strong>de</strong>r a acção <strong>de</strong> Jesus. O seu zelo é no<br />
sentido <strong>de</strong> restaurar aquele espaço, aparentemente não sagrado. É, na verda<strong>de</strong>,<br />
o lugar <strong>de</strong> fronteira, entre Deus e o homem. Todo o homem, sem excepção.<br />
E, se olharmos para o templo, como sendo o corpo <strong>de</strong> Jesus, então todo o<br />
cristão torna-se, no baptismo, também templo <strong>de</strong> Deus. E, continuando a<br />
comparação, os átrios <strong>de</strong>stes templos (dos nossos corpos) são precisamente a<br />
maneira como nos relacionamos, como falamos, os nossos gestos, expressões e<br />
comunicações. Estes são os espaços que revelam o nosso mundo interior, que<br />
exprimem aquilo que habita no nosso coração.<br />
Então, quem nos encontrar, no nosso dia a dia, po<strong>de</strong>rá ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
encontrar a Deus, se <strong>de</strong> facto, permitirmos que seja Jesus o coração da nossa<br />
vida. Desta maneira, cada um será… o átrio <strong>de</strong> Deus para os homens.<br />
f.P