19.04.2013 Views

Ementa Acórdão - Tribunal de Justiça do Piauí

Ementa Acórdão - Tribunal de Justiça do Piauí

Ementa Acórdão - Tribunal de Justiça do Piauí

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PODER JUDICIÁRIO<br />

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PIAUÍ<br />

1ª. CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL<br />

Apelação Criminal Nº 04.000540-2 Aroazes<br />

Apelante: Francisco das Chagas Oliveira Lima<br />

Advoga<strong>do</strong>: Alyne Beatriz Lima Soares<br />

Apela<strong>do</strong>s: Ministério Público <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Piauí</strong><br />

Apela<strong>do</strong>: Ursulino Veloso <strong>de</strong> Sousa Martins Filho<br />

Advoga<strong>do</strong>: Albertino Neiva Veloso<br />

Relatora: Desª. Eulália Maria Ribeiro Gonçalves Nascimento Pinheiro<br />

<strong>Ementa</strong><br />

APELAÇÃO CRIMINAL. – FURTO SIMPLES. –<br />

MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. -<br />

IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO SURSIS<br />

PROCESSUAL.<br />

Restan<strong>do</strong> a materialida<strong>de</strong> comprovada e a autoria<br />

perfeitamente esclarecida nos autos a respeito da conduta<br />

ilícita <strong>do</strong> apelante <strong>de</strong>ve ser mantida a con<strong>de</strong>nação.<br />

Não se aplica a suspensão condicional <strong>do</strong> processo com<br />

relação às infrações cometidas em concurso material<br />

quan<strong>do</strong> o somatório das penas mínimas cominadas a cada<br />

infração ultrapassa o limite <strong>de</strong> 01 (um) ano.<br />

Recurso conheci<strong>do</strong> e improvi<strong>do</strong>. Decisão unânime.<br />

<strong>Acórdão</strong><br />

Vistos, relata<strong>do</strong>s e discuti<strong>do</strong>s estes autos, acordam os<br />

Desembarga<strong>do</strong>res da 1ª. Câmara Especializada Criminal <strong>do</strong> Egrégio <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Justiça</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Piauí</strong>, na conformida<strong>de</strong> da ata <strong>de</strong> julgamento por votação<br />

unânime, rejeitaram a preliminar suscitada e, no mérito, também à unanimida<strong>de</strong>,<br />

conheceram <strong>do</strong> recurso, mas negaram-lhe provimento, tu<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

parecer da Procura<strong>do</strong>ria Geral <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>.


Apelacao Criminal 04.000540-2 Aroazes<br />

<strong>Acórdão</strong> ................................................ fls. 2<br />

**************************************<br />

Relatório<br />

O Órgão <strong>do</strong> Ministério Público, com serventia junto à Comarca <strong>de</strong><br />

Aroazes, Município <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Piauí</strong>, apresentou <strong>de</strong>núncia contra FRANCISCO DAS<br />

CHAGAS OLIVEIRA LIMA e MARCELINO DE DEUS LIMA, <strong>de</strong>vidamente qualifica<strong>do</strong>s, o primeiro<br />

como incurso nas penas <strong>do</strong>s artigos 155 e 162 <strong>do</strong> Código Penal Brasileiro; e o<br />

segun<strong>do</strong> como incurso nas penas <strong>do</strong> artigo 162 <strong>do</strong> mesmo Diploma Legal.<br />

Narra a inicial que no mês <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003, na localida<strong>de</strong><br />

“Piripiri”, no Município <strong>de</strong> Aroazes, os <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong>s alteraram a marca <strong>de</strong> 03 (três)<br />

cor<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ursulino Veloso <strong>de</strong> Sousa Martins Filho; e que<br />

Francisco das Chagas Oliveira Lima confessou ter retira<strong>do</strong> 03 (três) rolos <strong>de</strong><br />

arame farpa<strong>do</strong> pertencentes à vítima.<br />

Recebida a <strong>de</strong>núncia, proce<strong>de</strong>u-se a instrução criminal com o<br />

interrogatório <strong>do</strong> réu Marcelino <strong>de</strong> Deus Lima (fls.33) que negou a alteração <strong>de</strong><br />

marcas <strong>do</strong>s três animais e que afirmou ter conhecimento que o <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong><br />

Francisco das Chagas <strong>de</strong> Oliveira Lima pegou uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arame<br />

pertencente a Ursulino Veloso <strong>de</strong> Sousa Martins Filho. O réu Francisco das<br />

Chagas Oliveira Lima foi interroga<strong>do</strong> (fls.34) e afirmou que os três animais<br />

referi<strong>do</strong>s na <strong>de</strong>núncia não possuíam qualquer marca; e disse, também, que pegou<br />

os três rolos <strong>de</strong> arame farpa<strong>do</strong>.<br />

No prazo legal, não foi apresentada <strong>de</strong>fesa prévia, certidão fls. 38.<br />

Ainda em fase <strong>de</strong> instrução processual o <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong> MARCELINO DE<br />

DEUS LIMA aceitou a suspensão condicional <strong>do</strong> processo, prevista no artigo 89 da<br />

Lei 9.099/95, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com proposta ministerial <strong>de</strong> fls. 49/51.<br />

pelo Ministério Público.<br />

Às fls 50/55 e fls. 90/92 foram ouvidas as testemunhas arroladas<br />

Em <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> fls.60/61, em homenagem ao princípio da verda<strong>de</strong><br />

real, foi <strong>de</strong>feri<strong>do</strong> o pedi<strong>do</strong> da <strong>de</strong>fesa para a inquirição <strong>de</strong> testemunhas, ouvidas às<br />

fls. 93/94.<br />

Ás folhas 99/100, o Ministério Público apresentou as alegações<br />

finais. Em síntese, afirma que restou comprovada a materialida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>lito nos<br />

termos <strong>do</strong> auto <strong>de</strong> apreensão <strong>de</strong> fls. 12, bem como a materialida<strong>de</strong> nos termos<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>poimentos colhi<strong>do</strong>s em fase policial e confirma<strong>do</strong>s em juízo.<br />

Apresentan<strong>do</strong> alegações finais (fls.101/104), o assistente <strong>de</strong><br />

acusação, pugna pela con<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> acusa<strong>do</strong> pela prática <strong>de</strong> furto qualifica<strong>do</strong> em


Apelacao Criminal 04.000540-2 Aroazes<br />

<strong>Acórdão</strong> ................................................ fls. 3<br />

**************************************<br />

razão <strong>de</strong> concurso <strong>de</strong> duas ou mais pessoas, nos termos <strong>do</strong> artigo 155, § 4°, IV <strong>do</strong><br />

Código Penal Brasileiro.<br />

A <strong>de</strong>fesa, em alegações finais (fls. 107/112), requer,<br />

preliminarmente, que seja estendida a suspensão condicional <strong>do</strong> processo ao réu<br />

Francisco das Chagas Oliveira Lima, ten<strong>do</strong> em vista que o benefício previsto no<br />

art. 89 da Lei 9.099/95 <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>do</strong> aos casos <strong>de</strong> concurso material, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que a pena mínima <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s tipos penais não ultrapassem 1 (um) ano.<br />

Quanto ao mérito, alega que não restou comprovada a autoria <strong>do</strong> crime <strong>de</strong> furto,<br />

por serem todas as testemunhas empregadas da vítima, não merecen<strong>do</strong>, por isso,<br />

credibilida<strong>de</strong> em seus <strong>de</strong>poimentos.<br />

Asseverou, ainda, que, igualmente, não restou comprovada a<br />

materialida<strong>de</strong> <strong>do</strong> crime previsto no artigo 162 <strong>do</strong> Código Penal Brasileiro, visto que<br />

não foi realiza<strong>do</strong> exame <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito, conforme exigência legal prevista no<br />

artigo 158 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Penal.<br />

Sentencian<strong>do</strong> às fls. 113/117, o MM Juiz a quo rechaçou a<br />

preliminar argüida pela <strong>de</strong>fesa, por ter si<strong>do</strong> <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong> anteriormente sem que fosse<br />

contestada a interlocutória por qualquer recurso. No mérito, julgou proce<strong>de</strong>nte em<br />

parte a <strong>de</strong>núncia, para con<strong>de</strong>nar o acusa<strong>do</strong> a 2 (<strong>do</strong>is) anos <strong>de</strong> reclusão e 20<br />

(vinte) dias-multa, cada dia correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a 1/30 (um trigésimo) <strong>do</strong> salário<br />

mínimo vigente, substituin<strong>do</strong> a pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> por duas penas<br />

restritivas <strong>de</strong> direito, <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> a suspensão <strong>do</strong>s direitos políticos <strong>do</strong> réu<br />

enquanto durarem os efeitos da con<strong>de</strong>nação.<br />

Irresigna<strong>do</strong> com r. <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> primeira instância, o acusa<strong>do</strong><br />

produziu apelação às fls. 135/138. Aduzin<strong>do</strong> preliminarmente o cerceamento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa em razão da existência <strong>de</strong> substabelecimento (fls. 96/97) feito por<br />

advogada sem po<strong>de</strong>res para tal. No mérito, alegou que a r. <strong>de</strong>cisão contraria as<br />

provas constantes <strong>do</strong>s autos <strong>do</strong> processo, ten<strong>do</strong> o réu si<strong>do</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por furto<br />

qualifica<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que a <strong>de</strong>núncia acusou o réu <strong>do</strong> crime <strong>de</strong> furto simples.<br />

Aduz, ainda, que uma das condições da pena restritiva <strong>de</strong> direitos<br />

impe<strong>de</strong>, absurdamente, o réu <strong>de</strong> freqüentar, por <strong>do</strong>is anos, a fazen<strong>do</strong> Piripiri, on<strong>de</strong><br />

resi<strong>de</strong>m vários <strong>de</strong> seus familiares. Por fim, requer a suspensão condicional <strong>do</strong><br />

processo com relação ao apelante, ten<strong>do</strong> em vista que o benefício previsto no art.<br />

89 da Lei 9.099/95 <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>do</strong> inclusive aos casos <strong>de</strong> concurso <strong>de</strong> material,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a pena mínima <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s tipos penais não ultrapassem 1 (um)<br />

ano.<br />

Em contra-razões (fls. 140/144), o Ministério Público, rechaça as<br />

preliminares argüidas na peça recursal e no mérito aduz, em síntese, que as<br />

provas produzidas são suficientes para ensejar a con<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> apelante,<br />

requeren<strong>do</strong> por fim a manutenção da sentença.


Apelacao Criminal 04.000540-2 Aroazes<br />

<strong>Acórdão</strong> ................................................ fls. 4<br />

**************************************<br />

Instada a se manifestar a <strong>do</strong>uta Procura<strong>do</strong>ria Geral <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong><br />

produziu parecer da lavra <strong>do</strong> Dr. Alípio <strong>de</strong> Santana Ribeiro, Procura<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>,<br />

opinan<strong>do</strong> pela rejeição das preliminares argüidas e no mérito pelo conhecimento e<br />

improvimento <strong>do</strong> recurso.<br />

Voto<br />

Conforme relata<strong>do</strong>, trata-se <strong>de</strong> recurso <strong>de</strong> Apelação Criminal<br />

interposto por Francisco das Chagas Lima Oliveira, objetivan<strong>do</strong> a reforma da r.<br />

sentença que o con<strong>de</strong>nou a 2 (<strong>do</strong>is) anos <strong>de</strong> reclusão e 20 (vinte) dias-multa, cada<br />

dia correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a 1/30 (um trigésimo) <strong>do</strong> salário mínimo vigente, substituin<strong>do</strong><br />

a pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> por duas penas restritivas <strong>de</strong> direito.<br />

Antes <strong>de</strong> a<strong>de</strong>ntrar no mérito faz-se necessário apreciar a<br />

preliminar <strong>de</strong> cerceamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. Alega o apelante que teve sua <strong>de</strong>fesa<br />

prejudicada por ter si<strong>do</strong> assisti<strong>do</strong> em audiência <strong>de</strong> inquirição <strong>de</strong> testemunhas por<br />

advoga<strong>do</strong> sem po<strong>de</strong>res. Visto que o substabelecimento <strong>de</strong> fls. 96/97 foi produzi<strong>do</strong><br />

por representante sem habilitação nos autos.<br />

Verifica-se nos autos às fls. 88/94 o advoga<strong>do</strong> Dr. Carlos Rogério<br />

Bezerra da Silva participou da audiência <strong>de</strong> inquirição <strong>de</strong> testemunhas na <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>do</strong> ora apelante, sem que este se opusesse, tornan<strong>do</strong> legítima a questionada<br />

representação. Não haven<strong>do</strong> que se falar em cerceamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, preliminar<br />

rejeitada.<br />

No mérito, tem-se que restou comprovada a materialida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>lito furto, conforme lau<strong>do</strong> <strong>de</strong> apreensão <strong>de</strong> fls. 12. Quanto à autoria, está<br />

igualmente comprovada, conforme se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> <strong>do</strong> interrogatório <strong>de</strong> Marcelino <strong>de</strong><br />

Deus Lima, pai <strong>do</strong> apelante, que afirma:<br />

“ (...) Que o arame pertencia ao Dr. Ursulino; que tem<br />

conhecimento que o réu Francisco pegou o arame para<br />

cercar umas plantas que havia ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> sua casa (...)<br />

Da mesma forma, as testemunhas inquiridas às fls.90/94:<br />

“(...) que o arame era <strong>do</strong> Dr. Ursulino; que a testemunha não<br />

sabe dizer para que o réu queria utilizar o arame; que o réu<br />

viu quan<strong>do</strong> a testemunha o viu passar com o arame porque<br />

ficou foi horas conversan<strong>do</strong> com o réu na frente da casa <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>poente; que nessa conversa a <strong>de</strong>poente não perguntou


Apelacao Criminal 04.000540-2 Aroazes<br />

<strong>Acórdão</strong> ................................................ fls. 5<br />

**************************************<br />

sobre o arame; que sabe que o arame pertence ao Dr.<br />

Ursulino porque quem juntou o arame foi o mari<strong>do</strong> da<br />

<strong>de</strong>poente e ele disse a ela que foi contar <strong>de</strong>pois o arame e<br />

<strong>de</strong>u por falta <strong>de</strong> três bolas <strong>de</strong> arame (...).” (<strong>de</strong>poimento<br />

presta<strong>do</strong> por Sebastiana Pereira da Silva, às fls. 90).<br />

“(...) Que o réu pegou três bolas <strong>de</strong> arame da proprieda<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Dr. Ursulino; que viu o réu passar com três bolas <strong>de</strong> arame<br />

perto da casa <strong>do</strong> <strong>de</strong>poente (...)” (<strong>de</strong>poimento presta<strong>do</strong> por<br />

Antônio Filho Rodrigues <strong>do</strong>s Santos, às fls. 91).<br />

Quanto à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concessão <strong>do</strong> sursis processual , tem-<br />

se como inviável por se tratar <strong>de</strong> concurso material, on<strong>de</strong> a soma das penas<br />

mínimas ultrapassa 01 (um) ano, pressuposto objetivo da concessão <strong>do</strong> benefício,<br />

conforme entendimento sumula<strong>do</strong> pelo Superior <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, in verbis:<br />

Súmula 243, STJ: “O benefício da suspensão <strong>do</strong><br />

processo não é aplicável em relação às infrações<br />

penais cometidas em concurso material, concurso<br />

formal ou continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>litiva, quan<strong>do</strong> a pena mínima<br />

cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da<br />

majorante, ultrapassar o limite <strong>de</strong> um (01) ano.”<br />

Com relação à restrição ao direito <strong>de</strong> ir e vir <strong>do</strong> apelante,<br />

consistente na proibição <strong>de</strong> freqüentar, por <strong>do</strong>is anos, a fazenda “Piripiri Velho”,<br />

trata-se <strong>de</strong> uma conseqüência natural da con<strong>de</strong>nação penal atacada. Caben<strong>do</strong> ao<br />

magistra<strong>do</strong> estipular as condições para o cumprimento da pena restritiva <strong>de</strong><br />

direitos, que, na espécie, não se comporta como abusiva a proibição <strong>de</strong> freqüentar<br />

a proprieda<strong>de</strong> da vítima.<br />

Desta forma, restan<strong>do</strong> comprovada a autoria e a materialida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>lito previsto no art. 155, caput, <strong>do</strong> Código Penal Brasileiro, não merecen<strong>do</strong><br />

reparo a <strong>de</strong>cisão ataca.<br />

Isto posto, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o parecer da d. Procura<strong>do</strong>ria Geral <strong>de</strong><br />

<strong>Justiça</strong>, rejeito a preliminar argüida e no mérito conheço e nego provimento ao<br />

apelo.<br />

Decisão


Apelacao Criminal 04.000540-2 Aroazes<br />

<strong>Acórdão</strong> ................................................ fls. 6<br />

**************************************<br />

Como consta da ata <strong>de</strong> julgamento, a <strong>de</strong>cisão foi a seguinte: Por<br />

votação unânime, rejeitaram a preliminar suscitada e, no mérito, também à<br />

unanimida<strong>de</strong>, conheceram <strong>do</strong> recurso, mas negaram-lhe provimento, tu<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com o parecer da Procura<strong>do</strong>ria Geral <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>.<br />

Participaram <strong>do</strong> julgamento, sob a presidência <strong>do</strong> Exmo. Sr. Des.<br />

Edval<strong>do</strong> Pereira <strong>de</strong> Moura, a Exma. Sra. Desª. Eulália Maria Ribeiro Gonçalves<br />

Nascimento Pinheiro - Relatora e o Exmo. Sr. Des. Luís Fortes <strong>do</strong> Rêgo.<br />

Procura<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>.<br />

Foi presente a Exma. Sra. Dra. Rosimar Leite Carneiro-<br />

Sala das Sessões <strong>do</strong> Egrégio <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Piauí</strong> em Teresina, 27 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004.<br />

Sala das Sessões <strong>do</strong> Egrégio <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Piauí</strong> em Teresina, 27 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004.<br />

Des. Edval<strong>do</strong> Pereira <strong>de</strong> Moura<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Desª. Eulália Maria Ribeiro Gonçalves Nascimento Pinheiro<br />

Relatora

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!