CLÍNICA ODONTOLÓGICA Ricardo Lopes Rocha E - UFVJM
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS<br />
Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2010), em 2009, 770 mil<br />
pessoas morreram devido ao câncer. Destes, 271 mil casos de cânceres, ocorreram<br />
em cavidade bucal, sítio anatômico cuja prevalência ocupa o sexto lugar no ranking<br />
mundial. Nos países mais desenvolvidos, a tendência é que o câncer passe a ser a<br />
principal causa de morte (HERON, 2011).<br />
O modelo de carcinogênese experimental induzida pelo 9,10-dimetil-1,2-<br />
benzantraceno (DMBA) tem sido associado ao emprego de substâncias-teste, como<br />
a própolis (ORSOLIĆ et al., 2005), para que se possa verificar os seus efeitos<br />
quimiopreventivos. As ações antioxidante, antitumoral e imunomoduladora,<br />
principais efeitos quimiopreventivos da própolis promovidos pelos flavonoides e<br />
derivados do ácido cafeico, foram evidenciadas em diferentes pesquisas (BOSIO et<br />
al., 2000; CASTALDO; CAPASSO, 2002; DAUGSH et al., 2008). Tais compostos<br />
agem na neutralização de radicais livres, o que promove redução do estresse<br />
oxidativo (BOSIO et al., 2000). Os extratos e compostos isolados de própolis<br />
empregados em tais pesquisas foram preparados, exclusivamente para esta<br />
finalidade (BOSIO et al., 2000; CASTALDO; CAPASSO, 2002; ORSOLIĆ et al.,<br />
2005) e não se encontram disponíveis à população.<br />
Extratos de própolis são utilizados pela população em geral para alívio de<br />
inflamações de garganta, halitose e outros usos, por automedicação, já que é um<br />
fármaco liberado à venda sem receita médica<br />
Uma vez que fármacos de uso tópico ou bochechos à base de álcool têm sido<br />
associados às alterações de mucosa da cavidade bucal (CARDOSO et al., 2005), e<br />
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