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Jornal O <strong>Paraná</strong><br />

A4|OPR POLÍTICA|<br />

Sábado, 10 de setembro de 2011 oparana@oparana.com.br<br />

.................................................................................................................................<br />

Pedro<br />

washington<br />

E.mail: prpress@terra.com.br<br />

Eleições diferenciadas (conclusão)<br />

O cenário político curitibano, desde Ney Braga, tem dado<br />

maior destaque nos últimos trinta anos a dois nomes curitibanos:<br />

Jaime Lerner e Roberto Requião, desde que em<br />

1985, este último surgiu no cenário, inicialmente como deputado<br />

estadual (1982) e depois como prefeito, derrotando<br />

o poderoso Jaime Lerner. Este um jovem arquiteto incumbido<br />

por Haroldo Leon Peres em 1971 para cuidar de Curitiba,<br />

missão da qual se desincumbiu de forma brilhante por<br />

três mandatos, dois por nomeação e em 88 por escolha<br />

popular. Prestígio que o levou ao governo do Estado, em<br />

dois mandatos sucessivos, derrotando Alvaro Dias e depois<br />

Roberto Requião. Provando que a Prefeitura de Curitiba<br />

é o caminho mais curto para o governo, os dois curitibanos,<br />

Lerner e Requião, por muito tempo terçaram armas.<br />

Londrina também foi o celeiro de governadores, a partir de<br />

Hosken de Novais, com londrinenses adotivos, José Richa<br />

e Alvaro Dias, tendo chegado ao Iguaçu. O mesmo aconteceu<br />

agora com Beto Richa, guindado ao Palácio Araucária (o<br />

Iguaçu reinaugurado festivamente, continua em reforma) depois<br />

de passar pela Prefeitura de Curitiba. Caminho que<br />

Gustavo Fruet agora tenta seguir por vias tortas. Vai enfrentar<br />

o atual prefeito Luciano Ducci, apoiado por uma “ampla<br />

e disforme federação partidária” (expressão do Aroldo<br />

Murá) que inclui o próprio governador. Desalojado do ninho<br />

tucano, Fruet também terá apoio de estranhas composições<br />

- PDT, PV e talvez PT. Buscará o caminho trilhado por<br />

Maurício, que foi prefeito curitibano e talvez chegar onde<br />

seu pai não chegou – o Iguaçu. Ao fundo ainda, para o bem<br />

ou para o mal, as figuras de Lerner e Requião.<br />

Crescimento...<br />

Beneficiado em parte por<br />

empréstimos internacionais,<br />

frutos de bons projetos e<br />

daqui para a frente pelos recursos<br />

da Copa, Luciano<br />

Ducci procura com inúmeras<br />

obras criar sua própria marca,<br />

deixando de ser apenas<br />

reconhecido como prefeito<br />

sucessor de Beto Richa.<br />

...e disputa<br />

acirrada<br />

Seu crescimento certamente<br />

tornará a disputa eleitoral<br />

de Curitiba em 2012 mais<br />

emocionante. Ainda mais<br />

que deverá enfrentar, além<br />

de Gustavo Fruet, outros nomes<br />

como Ratinho Jr. que<br />

tentará realizar o sonho de<br />

seu pai de vê-lo governador<br />

via Prefeitura de Curitiba;<br />

Rubens Bueno, do PPS, e,<br />

se ventos favoráveis endossarem<br />

a pretensão de Requião,<br />

Rafael Greca. Levando<br />

a eleição para um mais<br />

que provável segundo turno.<br />

Ascensão visível<br />

Um detalhe não tem escapado<br />

aos observadores<br />

mais argutos: desde que entrou<br />

na política apoiando o<br />

marido na disputa municipal,<br />

depois como presidente<br />

da FAS (Ação Social) com<br />

elogiada gestão e agora<br />

como secretária de Estado,<br />

Fernanda Richa parece ter<br />

gostado da atividade política.<br />

Sua exposição atual a<br />

credencia a ser a vice de Luciano<br />

Ducci, cargo inicialmente<br />

reservado ao presidente<br />

da Câmara curitibana,<br />

João Cláudio Derosso.<br />

Sugestão rejeitada<br />

O que apenas alguns se<br />

lembram é que o pai de Fernanda,<br />

Thomaz Edison Andrade<br />

Vieira, figura respeitadíssima<br />

pela sua competência,<br />

presidente do Bamerindus<br />

até o fatídico acidente<br />

aéreo que o abateu em<br />

1981, foi o candidato favorito<br />

de Jaime Canet Jr. como<br />

seu sucessor ao governo<br />

(cargo ainda nomeado, em<br />

1978). Nunca concordou<br />

com a ideia!<br />

Adversários<br />

ocultos<br />

Política por vezes é o caminho<br />

para o sucesso. Outras<br />

para os tropeços. No<br />

<strong>Paraná</strong> há pelo menos dois<br />

casos conhecidos de “empobrecimento<br />

ilícito”. O<br />

anúncio antecipado de pretensões<br />

pode ser a partida<br />

para agressões que vêm<br />

de todos os lados: de adversários<br />

e até de companheiros<br />

que têm as mesmas<br />

ambições. Gustavo<br />

Fruet, Gleisi Hoffmann, Tadeu<br />

Veneri, Dr. Rosinha e,<br />

mais recentemente, Caio<br />

Derosso que o digam!<br />

Em choque<br />

Depois de a CGU apontar desvios de R$ 682 milhões em<br />

17 projetos que somavam R$ 5,1 bilhões (14%), os líderes<br />

do PR exigem que a Controladoria Geral da União “dê nome<br />

aos bois”. Condição do PR para voltar à base do governo.<br />

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TRANSPORTES<br />

Minis Ministr Minis tr tro tr o o anuncia anuncia no novas no as<br />

reg eg egras eg as par para par a a licit licitação licit ação<br />

Mudança vem após CGU apontar prejuízo por irregularidades<br />

Brasília - Um dia após auditoria<br />

da Controladoria-Geral<br />

da União (CGU) ter apontado<br />

prejuízos de R$ 682 milhões<br />

aos cofres públicos, no<br />

rastro de um esquema de corrupção<br />

em obras nas rodovias,<br />

o ministro dos Transportes,<br />

Paulo Sérgio Passos,<br />

anunciou que o governo mudará<br />

o modelo dos editais de<br />

licitação. Passos<br />

admitiu<br />

que a fiscalização<br />

das obras<br />

é “deficiente”<br />

e disse que as<br />

restrições nos<br />

editais serão<br />

reduzidas para aumentar a<br />

concorrência.<br />

“Diante do que foi levantado<br />

pela CGU, vamos aprimorar<br />

os editais de licitação e<br />

torná-los mais competitivos<br />

para inibir as possibilidades<br />

de conluio”, afirmou Passos.<br />

“Aumentando a competição,<br />

podemos ter a expectativa de<br />

preços menores”.<br />

O esquema de corrupção<br />

nos Transportes derrubou, em<br />

julho, o ministro Alfredo Nas-<br />

“Aumentando<br />

a competição,<br />

podemos ter a<br />

expectativa de<br />

preços menores”<br />

cimento (PR), que retornou à<br />

sua cadeira no Senado, e pelo<br />

menos 27 servidores no Departamento<br />

Nacional de Infraestrutura<br />

nos Transportes<br />

(Dnit) e na Valec, a estatal que<br />

cuida da malha ferroviária.<br />

Passos disse ontem que o<br />

governo está “empenhado”<br />

em corrigir as irregularidades<br />

e em reestruturar tanto<br />

o Dnit quanto<br />

a Valec.<br />

Na lista das<br />

medidas<br />

anunciadas,<br />

estão visitas<br />

“surpresa”<br />

aos locais das<br />

obras e a contratação de 100<br />

engenheiros para o Dnit.<br />

Questionado por que o Ministério<br />

dos Transportes não<br />

tomou providências antes, já<br />

que há tempos a CGU aponta<br />

superfaturamento em obras,<br />

Passos foi econômico na resposta.<br />

Disse apenas que é “importante<br />

reconhecer os problemas<br />

e trabalhar para corrigilos”.<br />

Segundo o ministro, é<br />

necessário adotar “mecanismos<br />

mais rigorosos” de fisca-<br />

lização. “Vamos pôr o nosso<br />

pessoal em campo para que<br />

não haja erros”, insistiu.<br />

Lula: corrupção<br />

A diplomacia americana considera<br />

que a corrupção durante<br />

o governo de Luiz Inácio<br />

Lula da Silva era “generalizada<br />

e persistente” e atingia<br />

os três poderes. A avaliação<br />

foi revelada em uma carta<br />

enviada há um ano e<br />

meio pelo embaixador dos<br />

Estados Unidos no Brasil,<br />

Thomas Shannon, ao procurador-geral<br />

americano, Eric<br />

Holder. Na carta, que servia<br />

como uma preparação para<br />

a visita de Holder ao Brasil,<br />

Shannon fez ainda um raio X<br />

da Justiça brasileira, acusando-a<br />

de “despreparada” e<br />

“disfuncional”. O documento<br />

foi revelado esta semana<br />

pelo WikiLeaks. Essa não é<br />

a primeira revelação sobre<br />

os comentários da diplomacia<br />

americana sobre a corrupção<br />

no Brasil. Documentos<br />

de 2004 e 2005 revelaram<br />

a mesma preocupação e<br />

mesmo o risco de os escândalos<br />

do mensalão acabarem<br />

imobilizando o governo.

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