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A primeira é a ILUSÃO DA FALSA LIBERDADE. A <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> de pensar que liber<strong>da</strong>de é fazer o que se<br />
quer. Vivemos num tempo movido pelo antropocêntrismo, o homem está no centro, ele é senhor <strong>da</strong><br />
sua própria vi<strong>da</strong>. Vivemos também num período que os filósofos chamam de pós-moderni<strong>da</strong>de, em<br />
que não há regras nem absolutos. Ca<strong>da</strong> um faz o que lhe dá na cabeça e ninguém tem absolutamente<br />
na<strong>da</strong> a ver com isso. O que é ver<strong>da</strong>de para você não é para mim, o que serve para você não serve<br />
para mim, você vive a sua vi<strong>da</strong> e eu a minha. Todos somos livres e ninguém pode me tolher de na<strong>da</strong>.<br />
Muitas pessoas têm seguido esta trilha <strong>da</strong> <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> <strong>falsa</strong> liber<strong>da</strong>de. São adeptos <strong>da</strong> ampliação do<br />
slogan que marcou a geração dos anos 60 e 70 que dizia “é proibido proibir”. O que interessa é que a<br />
pessoa deve ser livre e por isso não devemos estabelecer regras para ninguém.<br />
Há um livro para crianças que traz a estória de um trem, que ficou admirado como as bicicletas e os<br />
velocípedes podiam an<strong>da</strong>r por todo lugar e então achou que ele também devia ser livre. Por que viver<br />
nos trilhos? Então ele saiu dos trilhos e viu um gramado bonito com flores e foi para lá, só que como<br />
ele era pesado ao chegar lá ele afundou. Moral <strong>da</strong> História: Regras, princípios e padrões não são<br />
algemas, são trilhos.<br />
Quando a pessoa presume que pode seguir os instintos, viver por impulsos, fazer o que se lhe dá na<br />
cabeça, na ver<strong>da</strong>de ela se torna escrava e experimenta uma <strong>da</strong>s piores sensações que o ser humano<br />
pode ter, a sensação de vazio e de angústia.<br />
Porque viver no domínio dos instintos não é ter satisfação, é animalizar-se. A diferença fun<strong>da</strong>mental<br />
entre o ser humano e o animal está lá em Eclesiastes 3:11, que diz:<br />
“Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela<br />
eterni<strong>da</strong>de...”<br />
O homem é o único que pode pensar além de si. Que tem noção de eterni<strong>da</strong>de e de espirituali<strong>da</strong>de,<br />
que tem noção de Deus e de valores, e quando deixa isso para viver a <strong>falsa</strong> noção de liber<strong>da</strong>de dos<br />
instintos está negando a própria humani<strong>da</strong>de.<br />
Liber<strong>da</strong>de não é fazer o que se quer, fazer o que se quer é ser escravo dos instintos. Ser escravo dos<br />
instintos é mergulhar no vazio e na frustração.<br />
Esta foi a <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> em que o moço mergulhou, Para que viver numa fazen<strong>da</strong>? Na casa do Pai? Por que<br />
viver com um pai que todo dia o acor<strong>da</strong>va cedo para ordenhar vacas. Que vi<strong>da</strong> miserável, cheiro de<br />
vaca e porco! Todos os dias. Deixa eu cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>. Vou para a ci<strong>da</strong>de grande. E vou viver a<br />
vi<strong>da</strong> e cair na folia. Só que esta vi<strong>da</strong> traz uma frustração enorme: a <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> <strong>falsa</strong> liber<strong>da</strong>de.<br />
Uma segun<strong>da</strong> <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> que o moço experimentou e que muita gente experimenta é a SEGURANÇA<br />
ECONOMICA. - O dinheiro não é mal em si, ele é neutro. Os bens são amorais, não são positivos e<br />
nem negativos, é o uso que fazemos deles que vai determinar. Uma nota de R$ 50,00 pode pagar uma<br />
prostituta, pode comprar uma droga, mas pode também alimentar um faminto. Ou seja é uso que<br />
fazemos dos bens que lhe dá valor moral.<br />
Então o fato do moço ter recebido sua herança não quer dizer que isto estivesse em si errado (porque<br />
em última instancia o Pai concordou!). O problema é que o moço colocou a fonte de felici<strong>da</strong>de nos<br />
bens materiais e este também é o equívoco de tanta gente hoje em dia, que pensa que o sentido <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> está em ter coisas.<br />
Mas não é. A Bíblia diz em Proverbios 22:1,<br />
“A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e<br />
ouro.”<br />
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