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Perguntas para as Células Familiares:<br />
1) Das três ilusões apresenta<strong>da</strong>s na meditação (<strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> <strong>falsa</strong> liber<strong>da</strong>de, a<br />
<strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> segurança material, a <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de aceitação dos<br />
amigos), qual delas tem sido mais difícil de combater ou evitar na sua vi<strong>da</strong><br />
e família? Porquê?<br />
2) Como se deu a sua conscientização <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de de que você estava<br />
afastado(a) de Deus e como você foi reaproximado(a) Dele? Quem são as<br />
pessoas que Deus tem usado para te aproximar ca<strong>da</strong> dia mais Dele?<br />
3) Na parábola do Filho Pródigo o que chama mais a sua atenção na pessoa<br />
e atitude do pai? Há algo que ele faz que você gostaria de imitar nos seus<br />
relacionamentos?<br />
DA ILUSÃO À REALIDADE<br />
Lucas: 15: 11-24<br />
Pr. Jairton Barros de Melo<br />
Há um filme que recomendo chamado “Pren<strong>da</strong>-me se for capaz” (Catch me if you Can) uma história<br />
roteiriza<strong>da</strong> a partir do livro autobiográfico de Frank William Abagnale Jr., a história gira em torno <strong>da</strong><br />
juventude deste último, que, entre os 16 e os 21 anos, tornou-se um dos criminosos mais procurados<br />
dos Estados Unidos ao distribuir mais de 2,5 milhões de dólares em cheques fraudulentos – além, é<br />
claro, de assumir diversas identi<strong>da</strong>des <strong>falsa</strong>s, personificando advogados, médicos e até mesmo um<br />
piloto de avião. Perseguido pelo FBI, Frank aplica golpes em diversos países durante sua fuga, <strong>da</strong>ndo<br />
origem a uma jogo internacional de gato-e-rato.<br />
Interpretado por Leonardo DiCaprio, Frank Abagnale Jr. tem, como grande arma, sua aparência jovial<br />
e inocente – e ele sabe que uma mentira dita com firmeza assume caráter de ver<strong>da</strong>de indiscutível.<br />
Com isso, o rapaz demonstra sua inteligência e criativi<strong>da</strong>de em várias situações inicialmente adversas,<br />
como na cena em que, ao chegar em sua nova escola, resolve se passar pelo novo professor de<br />
francês para se vingar de um brutamontes que acabara de humilhá-lo - e este é apenas o início de<br />
uma longa jorna<strong>da</strong>, já que, com o passar do tempo, Frank torna-se ca<strong>da</strong> vez melhor em suas<br />
au<strong>da</strong>ciosas farsas. Ele vive tão intensamente em seu mundo ilusório que todos a sua volta<br />
compartilham ativamente de sua ilusões.<br />
O texto que acabamos de ler também é uma estória rechea<strong>da</strong> de ilusões. Mas ilusões semelhantes<br />
àquela que encontramos na história do Jardim do Éden quando o primeiro homem ouviu esta<br />
promessa enganosa: “Você será como Deus”. E aí ele não se tornou como Deus e em vez de subir<br />
caiu. E a história do texto é uma história de ilusões. Um moço que se deixa seduzir por ilusões, e estas<br />
ilusões o enganaram.<br />
Três ilusões aparecem no relato na vi<strong>da</strong> deste moço. São as três ilusões mais comuns na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
pessoas.<br />
1
A primeira é a ILUSÃO DA FALSA LIBERDADE. A <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> de pensar que liber<strong>da</strong>de é fazer o que se<br />
quer. Vivemos num tempo movido pelo antropocêntrismo, o homem está no centro, ele é senhor <strong>da</strong><br />
sua própria vi<strong>da</strong>. Vivemos também num período que os filósofos chamam de pós-moderni<strong>da</strong>de, em<br />
que não há regras nem absolutos. Ca<strong>da</strong> um faz o que lhe dá na cabeça e ninguém tem absolutamente<br />
na<strong>da</strong> a ver com isso. O que é ver<strong>da</strong>de para você não é para mim, o que serve para você não serve<br />
para mim, você vive a sua vi<strong>da</strong> e eu a minha. Todos somos livres e ninguém pode me tolher de na<strong>da</strong>.<br />
Muitas pessoas têm seguido esta trilha <strong>da</strong> <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> <strong>falsa</strong> liber<strong>da</strong>de. São adeptos <strong>da</strong> ampliação do<br />
slogan que marcou a geração dos anos 60 e 70 que dizia “é proibido proibir”. O que interessa é que a<br />
pessoa deve ser livre e por isso não devemos estabelecer regras para ninguém.<br />
Há um livro para crianças que traz a estória de um trem, que ficou admirado como as bicicletas e os<br />
velocípedes podiam an<strong>da</strong>r por todo lugar e então achou que ele também devia ser livre. Por que viver<br />
nos trilhos? Então ele saiu dos trilhos e viu um gramado bonito com flores e foi para lá, só que como<br />
ele era pesado ao chegar lá ele afundou. Moral <strong>da</strong> História: Regras, princípios e padrões não são<br />
algemas, são trilhos.<br />
Quando a pessoa presume que pode seguir os instintos, viver por impulsos, fazer o que se lhe dá na<br />
cabeça, na ver<strong>da</strong>de ela se torna escrava e experimenta uma <strong>da</strong>s piores sensações que o ser humano<br />
pode ter, a sensação de vazio e de angústia.<br />
Porque viver no domínio dos instintos não é ter satisfação, é animalizar-se. A diferença fun<strong>da</strong>mental<br />
entre o ser humano e o animal está lá em Eclesiastes 3:11, que diz:<br />
“Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela<br />
eterni<strong>da</strong>de...”<br />
O homem é o único que pode pensar além de si. Que tem noção de eterni<strong>da</strong>de e de espirituali<strong>da</strong>de,<br />
que tem noção de Deus e de valores, e quando deixa isso para viver a <strong>falsa</strong> noção de liber<strong>da</strong>de dos<br />
instintos está negando a própria humani<strong>da</strong>de.<br />
Liber<strong>da</strong>de não é fazer o que se quer, fazer o que se quer é ser escravo dos instintos. Ser escravo dos<br />
instintos é mergulhar no vazio e na frustração.<br />
Esta foi a <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> em que o moço mergulhou, Para que viver numa fazen<strong>da</strong>? Na casa do Pai? Por que<br />
viver com um pai que todo dia o acor<strong>da</strong>va cedo para ordenhar vacas. Que vi<strong>da</strong> miserável, cheiro de<br />
vaca e porco! Todos os dias. Deixa eu cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>. Vou para a ci<strong>da</strong>de grande. E vou viver a<br />
vi<strong>da</strong> e cair na folia. Só que esta vi<strong>da</strong> traz uma frustração enorme: a <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong> <strong>falsa</strong> liber<strong>da</strong>de.<br />
Uma segun<strong>da</strong> <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> que o moço experimentou e que muita gente experimenta é a SEGURANÇA<br />
ECONOMICA. - O dinheiro não é mal em si, ele é neutro. Os bens são amorais, não são positivos e<br />
nem negativos, é o uso que fazemos deles que vai determinar. Uma nota de R$ 50,00 pode pagar uma<br />
prostituta, pode comprar uma droga, mas pode também alimentar um faminto. Ou seja é uso que<br />
fazemos dos bens que lhe dá valor moral.<br />
Então o fato do moço ter recebido sua herança não quer dizer que isto estivesse em si errado (porque<br />
em última instancia o Pai concordou!). O problema é que o moço colocou a fonte de felici<strong>da</strong>de nos<br />
bens materiais e este também é o equívoco de tanta gente hoje em dia, que pensa que o sentido <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> está em ter coisas.<br />
Mas não é. A Bíblia diz em Proverbios 22:1,<br />
“A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e<br />
ouro.”<br />
2
Reputação, caráter íntegro, o ser respeitado, boa estima por parte de pessoas de bem não há dinheiro<br />
que pague isto.<br />
Trechos <strong>da</strong> reportagem “Com Alckmin, passeando na Daslu” de MÔNICA BERGAMO - Folha de São<br />
Paulo, Segun<strong>da</strong>-feira 6 de junho de 2005:<br />
“A empresária Helena Motin é uma <strong>da</strong>s grandes clientes de Chanel no Brasil. Emociona<strong>da</strong>, elogiava a<br />
nova Daslu.<br />
"Isso aqui é uma apoteose", dizia. Motin compra "Chanel, Pra<strong>da</strong>, Gucci, tudo na Daslu. Não compro<br />
mais na<strong>da</strong> lá fora". Ela diz que a maior extravagância que já fez na vi<strong>da</strong> foi "gastar R$ 280 mil numa<br />
Mercedes. E na Daslu foi durante uma liqüi<strong>da</strong>ção. Fui me empolgando, me empolgando... Eram umas<br />
20 peças, to<strong>da</strong>s de grife. Hoje mesmo (sábado, 18h) acabei de reservar dois sapatos Chanel. Eu<br />
poderia passar o dia me perdendo na Daslu. Aqui é o lugar mais maravilhoso para se perder no<br />
mundo." Beth Szafir também estava deslumbra<strong>da</strong> com a loja. "Tenho vontade de jogar meu guar<strong>da</strong>roupa<br />
no lixo e comprar tudo novo."<br />
"Vou duas vezes por mês à Daslu", diz Ana Nogueira, dona-de-casa que, de colar Swarovski,<br />
prestigiou a inauguração de sua butique predileta. "Adoro passar o dia, fazer compras, almoçar, tomar<br />
cafezinho...Mas tenho limite: gasto até R$ 5 mil mensais com roupa", dizia, tomando champanhe com<br />
a amiga Beth Ferraz, para quem "a Daslu é um spa". Beth diz que certa vez "meu marido foi para<br />
Paris. Fiquei com raiva e detonei R$ 10 mil. Mas, como trabalho, sei o valor do dinheiro. Eu detono<br />
pouco. Agora, se a peça é clássica, pago. Dou R$ 20 mil tranqüilamente por uma peça que vou<br />
repassar à minha filha".<br />
Em menor grau de irracionali<strong>da</strong>de nós também vivemos hoje tanto em função de coisas que julgamos<br />
imprescindíveis para a vi<strong>da</strong>. Esse foi o caso do moço, só que quando ele perdeu tudo descobriu que<br />
estava vazio. O moço estruturou a sua vi<strong>da</strong> e duas ilusões, a de dispor <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> como quisesse,<br />
centrou-a nos bens e ficou profun<strong>da</strong>mente frustrado.<br />
Terceira e última <strong><strong>ilusã</strong>o</strong>: OS AMIGOS. Ele tinha bastante amigos. Evidentemente não gastou o<br />
dinheiro sozinho, ele torrou com amigos. Viveu muito bem enquanto tinha dinheiro. Só que este tipo de<br />
amigo que é atraído por dinheiro tem um faro muito sensível e sente quando o bolso ficou vazio e<br />
procura outro amigo. Aí os amigos dessa fase de sua vi<strong>da</strong> desapareceram.<br />
Quanta gente tem colocado o sentido <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> neste tipo de amigo. São pessoas cuja auto imagem é<br />
muito frágil e precisam de aprovação alheia. Elas necessitam viver em bandos, em grupos, então<br />
vestem roupas <strong>da</strong>s quais não gostam, assumem hábitos dos quais não gostam, submetessem a vícios<br />
que sabem ser destrutivos ... para agra<strong>da</strong>r os amigos.<br />
Ilusões, <strong>falsa</strong> liber<strong>da</strong>de, fazer o que se quer, viver sem Deus, sem regras, sem princípios. A <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> <strong>da</strong><br />
segurança material, não preciso de Deus, não tenho nenhum problema e quando ficar velho,<br />
moribundo aí vou pensar nessas coisas, por enquanto não estou doente então deixa eu aproveitar a<br />
vi<strong>da</strong>. A <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> de amigos. Se eu não me enquadrar o que vão pensar de mim?<br />
Três ilusões:<br />
A primeira é a ILUSÃO DA FALSA LIBERDADE.<br />
A segun<strong>da</strong> é a SEGURANÇA ECONOMICA.<br />
Terceira <strong><strong>ilusã</strong>o</strong>: OS AMIGOS.<br />
Okay, chega de ilusões, vamos falar de reali<strong>da</strong>des. É a parte boa. São também três reali<strong>da</strong>des:<br />
3
Primeira, não é boa em si mas o seu reconhcimento é chave no processo de melhora. Primeira<br />
reali<strong>da</strong>de, a reali<strong>da</strong>de do afastamento do pai.<br />
As coisas começaram a entrar em ordem na vi<strong>da</strong> do moço quando ele descobriu que o seu problema<br />
não era a crise econômica, a sua escassez de recursos mas o afastamento que ele assumira do pai. É<br />
o que a Bíblia chama de pecado. É tão atraente e sedutor mas traz péssimos resultados. Ele pensou<br />
que poderia viver bem longe do pai e descobriu que não, que vier longe do pai era frustrante, esta é a<br />
primeira reali<strong>da</strong>de: viver longe de Deus é frustrante.<br />
O afastamento de Deus suga tudo o que a pessoa tem de bom, é assim que o pecado faz, suga tudo o<br />
que tem de bom e depois aniquila. Esta é a primeira reali<strong>da</strong>de, viver longe de Deus é frustrante e viver<br />
sem Deus é destrutivo.<br />
Segun<strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, arrependimento. Agora ele caiu em si, eu vou voltar para casa e pedir perdão ao<br />
meu pai: Pai, pequei contra os céus, contra Deus e contra o Senhor. Arrependimento é a palavra<br />
chave na Bíblia. Arrependimento significa reconhecer que se está vivendo errado. A palavra grega<br />
para arrependimento traz a idéia de troca total na forma de pesnar antiga. “Metanoia” significa<br />
transformar a mente.<br />
É aceitar que a minha vi<strong>da</strong> está estrutura<strong>da</strong> sobre bases <strong>falsa</strong>s, valores errados. Esta é a segun<strong>da</strong><br />
grande reali<strong>da</strong>de. Primeiro quando a pessoa reconhece que está longe de Deus e segundo quando a<br />
pessoa reconhece que deve mu<strong>da</strong>r, que precisa mu<strong>da</strong>r, e decide mu<strong>da</strong>r. Sem o desejo profundo de<br />
mu<strong>da</strong>nça não adianta. Cosmética não resolve.<br />
Terceira reali<strong>da</strong>de, perdão. Esta foi a reali<strong>da</strong>de mais profun<strong>da</strong>. Na reali<strong>da</strong>de o pai estava esperando<br />
por ele, o viu quando ele ain<strong>da</strong> vinha longe. Onde todo mundo viu um mendigo o pai conseguiu ver o<br />
filho. Onde todos viram um moço coberto de trapos, esmulambado, o pai viu o filho. Onde havia<br />
alguém onde todos se afastavam, porque mendigo via de regra não tem um bom cheiro, o pai viu<br />
alguém que merecia um abraço e um beijo.<br />
Aqui o pai tipifica o caráter de Deus, não tem críticas, não tem queixas, não lança na<strong>da</strong> em rosto e<br />
perdoa. Este é o caráter de Deus. O Deus que está atento, esperando a volta para casa, o pai<br />
esperava por ele. Interrompeu o discurso, porque Deus não quer pedido de desculpas, ele quer um<br />
coração que mostra arrependimento. Quando viu arrependimento e perdoou.<br />
A grande lição deste texto é esta, Deus perdoa o arrependido. Deus restaura o arrependido, mu<strong>da</strong> por<br />
completo a vi<strong>da</strong> do arrependido.<br />
Quero lhe fazer uma pergunta nesta noite. Em que estágio você está? O <strong>da</strong> <strong><strong>ilusã</strong>o</strong> ou <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de?<br />
Você está iludido? Seduzido pelo brilho do mundo?<br />
Agora quero lhe apresentar estas reali<strong>da</strong>des que você deve guar<strong>da</strong>r no coração:<br />
Primeira reali<strong>da</strong>de: sua vi<strong>da</strong> precisa mu<strong>da</strong>r.<br />
Segun<strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de: você precisa assumir o propósito de querer viver com o seu pai celestial.<br />
Terceira reali<strong>da</strong>de: o seu pai celestial está disposto a perdoar você. Chega de ilusões e vamos para a<br />
reali<strong>da</strong>de.<br />
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