DeSenVoLVeR É CRiAR - DSpace no CSCM-Lx - Colégio Sagrado ...
DeSenVoLVeR É CRiAR - DSpace no CSCM-Lx - Colégio Sagrado ...
DeSenVoLVeR É CRiAR - DSpace no CSCM-Lx - Colégio Sagrado ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Revista do <strong>Colégio</strong><br />
do <strong>Sagrado</strong> Coração<br />
de Maria | Lisboa<br />
Revista trimestral<br />
Número 29<br />
A<strong>no</strong> 2011 | 2012<br />
Olhares<br />
Curso de Artes Visuais<br />
<strong>DeSenVoLVeR</strong><br />
<strong>É</strong> <strong>CRiAR</strong><br />
Semana da Matemática e da Tec<strong>no</strong>logia<br />
objetivos de desenvolvimento do Milénio
Se há sítio onde a palavra DESENVOLVER<br />
tem lugar é na escola! E devia ter<br />
mais... muito mais! Caiam outros<br />
verbos, mas daí não virá grande mal!<br />
Permitam-me, sugestionado pelo tema<br />
da <strong>no</strong>ssa OLHARES, fazer a apologia do<br />
desenvolvimento em detrimento de outros<br />
“çãos” como a repetição, a habituação ou<br />
acomodação ou a formatação.<br />
Na escola deve haver regras, <strong>no</strong>rmas de conduta, métodos<br />
de trabalho e estudo, pois claro! Mas não devia haver<br />
formas onde todos têm de encaixar. Deve haver espaço<br />
para o traço pessoal e depois educar esse traço para o<br />
serviço de outros.<br />
Nos tempos que correm repetem-se os apelos à<br />
criatividade e ao desenvolvimento. O país precisa disso<br />
como outrora precisou de navegadores.<br />
Por cá, dentro dos <strong>no</strong>ssos muros, continuamos a projetar<strong>no</strong>s<br />
para fora, ou não tivéssemos como ideário educativo<br />
este sentido de que educamos para que essa educação<br />
seja posta ao serviço de outros.<br />
Permitam-me apenas dois exemplos que poderemos<br />
encontrar ao “desfiar” este <strong>no</strong>sso número da Olhares:<br />
Não procuramos um desenvolvimento egocêntrico,<br />
por isso educamos, refletimos sobre os objetivos de<br />
desenvolvimento do milénio, nisso têm trabalhado, muito<br />
e bem, as turmas de eco<strong>no</strong>mia do ensi<strong>no</strong> secundário.<br />
Queremo-<strong>no</strong>s abertos à <strong>no</strong>vidade e a uma oferta de<br />
qualidade num colégio plural que reconhece nas<br />
diferentes fontes do saber instrumentos de edificação de<br />
uma sociedade mais rica. A abertura do <strong>no</strong>vo curso de<br />
artes visuais é disso sinal.<br />
E depois há mais... para dizer desta vontade/empenho em<br />
desenvolver dons e capacidades para o bem comum.<br />
2 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />
Desenvolver<br />
<strong>É</strong> <strong>CRiAR</strong> !<br />
Desenvolve quem arrisca momentos<br />
de interioridade e de silêncio para se<br />
encontrar consigo e com Deus.<br />
Desenvolve quem se empenha em formas de<br />
vida saudáveis como o desporto.<br />
Desenvolve quem escreve, lê...<br />
Desenvolve quem conhece outras realidades<br />
para além do seu mundo;<br />
Desenvolve quem estuda;<br />
Desenvolve quem reza;<br />
Desenvolve quem resolve um problema;<br />
Desenvolve quem promove o diálogo entre<br />
culturas e religiões;<br />
Desenvolve quem promove a alegria;<br />
Desenvolve quem tem ideias e quem as<br />
discute;<br />
Desenvolve quem se sabe “parceiro” de<br />
Deus na condução da história.<br />
Desenvolve quem aceita entrar num<br />
processo de re<strong>no</strong>vação para fazer <strong>no</strong>vas<br />
todas as coisas... é assim a Quaresma e<br />
a Páscoa! Um tempo para desenvolver e<br />
re<strong>no</strong>var.<br />
Luís Pedro de Sousa, Coord.<br />
1.º<br />
Reduzir<br />
para metade<br />
a pobreza<br />
extrema e a<br />
fome<br />
4.º<br />
Reduzir a taxa<br />
de mortalidade<br />
infantil.<br />
2.º<br />
Alcançar<br />
o ensi<strong>no</strong><br />
primário<br />
universal<br />
5.º<br />
Reduzir em<br />
¾ a taxa de<br />
mortalidade<br />
materna.<br />
7.º<br />
Garantir a sustentabilidade<br />
ambiental.<br />
Objetivos de<br />
desenvolvimento<br />
do Milénio<br />
Em 2000, a Organização das Nações<br />
Unidas, ao analisar os maiores<br />
problemas mundiais, estabeleceu<br />
O8 Objetivos do Milénio que devem<br />
ser atingidos por todos os países<br />
até 2015. No <strong>Sagrado</strong> estamos<br />
empenhados em divulgá-los, discutilos,<br />
falar dos problemas que lhe estão<br />
associados porque assim estaremos a<br />
educar para que todos tenham vida.<br />
3.º<br />
Promover a<br />
igualdade de<br />
género e a<br />
valorização da<br />
mulher<br />
6.º<br />
Combater o<br />
HIV/SIDA,<br />
a malária e<br />
outras doenças<br />
graves.<br />
8.º<br />
Criar uma<br />
parceria global<br />
para o<br />
desenvolvimento.<br />
OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 3
Desenvolver é ficar mais perto, melhorar,<br />
fazer mais, evoluir, criar alguma coisa.<br />
Duarte Alexandri<strong>no</strong>, Tiago Belo, David Madatali, Miguel<br />
Teixeira, Henrique Aleixo, 3ºC<br />
Desenvolver é o ato de fazer avançar algo e<br />
fazer crescer. Desenvolver é algo que todos<br />
e tudo fazem através, na maioria das vezes,<br />
da mão humana.<br />
José Francisco Saraiva, 7ºC<br />
Desenvolver é o ato de crescer, aumentar,<br />
ficar maior, fazer melhor. Nós os huma<strong>no</strong>s<br />
estamos sempre a desenvolver-<strong>no</strong>s e a<br />
evoluir. As tec<strong>no</strong>logias de hoje são mais<br />
complexas do que as de antigamente.<br />
Tudo se desenvolve e este desenvolvimento<br />
acontece muito rapidamente.<br />
Diogo Jantarada, 7ºC<br />
Desenvolver é melhorar aquilo que já<br />
sabemos, ou não, fazer. <strong>É</strong> a evolução daquilo<br />
que existe. <strong>É</strong> o processo por que tudo passa.<br />
<strong>É</strong> acrescentar àquilo que já está feito.<br />
Ana Guerra, 7ºC<br />
Desenvolver é um verbo que consiste em<br />
tornar alguma coisa simples em algo mais<br />
complexo e com mais detalhes, de modo<br />
a ficarmos a saber o mais possível de um<br />
certo assunto.<br />
Bru<strong>no</strong> Afonso, 9ºB<br />
Desenvolver é dar continuação,<br />
continuar algo que já terá sido começado.<br />
Desenvolver também é aprofundar o nível<br />
de conhecimentos. Desenvolver é crescer.<br />
Beatriz Rodrigues, 9ºB<br />
A palavra desenvolver, para mim, significa<br />
crescer, evoluir. Não só crescer a nível<br />
físico, passar pela puberdade e pela<br />
adolescência, mas também um crescimento<br />
a nível intelectual e psicológico, é a<br />
formação de uma personalidade. Ao longo<br />
destes a<strong>no</strong>s, o <strong>Colégio</strong> permite-<strong>no</strong>s crescer<br />
bastante moralmente, são-<strong>no</strong>s ensinados<br />
valores muito importantes como o amor e<br />
a honestidade. Sinto que dentro do <strong>Colégio</strong><br />
não somos apenas mais um alu<strong>no</strong>, somos<br />
pessoas a crescer por quem os professores<br />
e funcionários se preocupam realmente.<br />
4 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />
Conseguimos ser nós próprios e ao mesmo<br />
tempo termos educação, porque esta não<br />
se realiza apenas em casa. Adquirios<br />
também muitas capacidades profissionais<br />
e saímos muito bem preparados a nível<br />
de conhecimentos. O colégio precupa-se<br />
em ajudar-<strong>no</strong>s a encontrar e desenvolver<br />
os <strong>no</strong>ssos talentos e competências; por<br />
exemplo através dos serviços de psicologia<br />
que <strong>no</strong>s auxiliam aescolher a área a seguir.<br />
Susana Pinto, 12ºA<br />
Desenvolver significa levar mais longe,<br />
melhorar alguma coisa. Podem-se<br />
desenvolver várias coisas: amizade,<br />
projetos, a <strong>no</strong>ssa vida, o <strong>no</strong>sso ser e, às<br />
vezes, o amor. <strong>É</strong> importante para nós,<br />
huma<strong>no</strong>s, desenvolver o futuro.<br />
Catarina Duarte e Francisco Costa, 3ºB<br />
Desenvolver é explicar as coisas de uma<br />
forma diferente e mais sábia. Podem-se<br />
desenvolver muitos tipos de coisas: frases,<br />
textos, histórias...<br />
António Nunes e Leo<strong>no</strong>r Banazol, 3ºB<br />
Desenvolver é aprofundar, pensar,<br />
melhorar e enriquecer. Há muitas coisas<br />
que se podem desenvolver: um texto, os<br />
sentimentos, as ideias e outras coisas mais.<br />
Marta Torres e Henrique Baptista, 3ºB<br />
Quase tudo se pode desenvolver! Por<br />
exemplo, podemos desenvolver um<br />
trabalho; um bebé desenvolve-se; uma ideia<br />
desenvolve-se; as sementes também e as<br />
mentes das pessoas também.<br />
Maria Inês Pina e João Pedro Alves, 3ºB<br />
Desenvolver é sinónimo de empenho. <strong>É</strong><br />
querer melhorar.<br />
José Figueiredo e Afonso Catarro,3ºB<br />
o que <strong>É</strong><br />
Desenvolver ?<br />
o<br />
curso científico-humanístico de<br />
artes visuais, este a<strong>no</strong> de regresso<br />
ao <strong>no</strong>sso colégio, está em franco<br />
desenvolvimento! O entusiasmo<br />
e dedicação ganham espaço de<br />
dia para dia, com muita atividade<br />
criativa, imaginação e i<strong>no</strong>vação. A complementaridade<br />
de pensamentos e de saberes volta assim ao <strong>Sagrado</strong>,<br />
com a presença de todos os cursos científico humanísticos.<br />
A este regresso damos especial ênfase neste<br />
número da Olhares, onde as alunas e professores partilham<br />
alguns dos seus pensamentos, produção criativa,<br />
projetos e sonhos. <strong>É</strong> na interligação de saberes e nas<br />
diversas perspetivas do conhecimento que o raciocínio<br />
se desenvolve de forma mais completa possibilitando<br />
o desenvolvimento ple<strong>no</strong> do ser huma<strong>no</strong>. A visão<br />
mais criativa na área da representação e da i<strong>no</strong>vação é,<br />
assim, uma mais valia para todos nós. Ao longo deste<br />
a<strong>no</strong>, têm sido vários os belos e provocadores apontamentos<br />
que <strong>no</strong>s vão dando conta da presença do curso<br />
de artes visuais <strong>no</strong> colégio. Bem hajam!<br />
Os objetivos de Desenvolvimento do Milénio desde<br />
2000 povoam alguns dos <strong>no</strong>ssos sonhos e marcam<br />
muitas das <strong>no</strong>ssas ações. Assim será até 2015, mas perdurarão<br />
<strong>no</strong> tempo com as repercussões que todos e<br />
cada um de nós quiser. Este a<strong>no</strong>, os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s do<br />
ensi<strong>no</strong> secundário estão envolvidos <strong>no</strong> projeto Make It<br />
Possible, promovido pela AIESEC, organização liderada<br />
por jovens para jovens com centenas de empresas parceiras<br />
em todo o mundo, cujo foco de ação é providenciar<br />
uma plataforma de desenvolvimento de liderança<br />
na juventude, oferecendo experiências profissionais<br />
e de voluntariado <strong>no</strong> estrangeiro. Desta forma, a presença<br />
de voluntários de países diversos tem sido uma<br />
constante desde o mês de Fevereiro, onde, em conversa<br />
com os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s , têm feito a sensibilização<br />
para os ODM, com exemplos muito concretos de como<br />
poder contribuir para a sua concretização. Este projeto<br />
vem assim juntar-se a outros já existentes <strong>no</strong> colégio e<br />
que, também tendo por base o trabalho de voluntariado,<br />
promovem a Vida!<br />
esses múltiplos<br />
oLhAReS<br />
E de Vida se enche todos os dias o <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong>!<br />
Quatro departamentos curriculares, Educação Física,<br />
Ciências Exatas, Línguas Estrangeiras e Língua Portuguesa<br />
tiveram as suas semanas, onde com especial ênfase<br />
puderam expor a abrangência das suas disciplinas<br />
e promover atividades dentro desse âmbito.<br />
O departamento de Educação Física promoveu a<br />
abordagem prática a desportos me<strong>no</strong>s conhecidos ou<br />
me<strong>no</strong>s praticados pelos <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s e ainda a apresentação,<br />
por parte de quase todos os alu<strong>no</strong>s do colégio,<br />
de um flash mob, <strong>no</strong> pátio, da autoria de um grupo<br />
de alunas.<br />
No enquadramento da matemática e tec<strong>no</strong>logia,<br />
contámos com a presença de outras escolas, para a gincana<br />
inter-escolas, promovendo a abertura ao exterior<br />
e troca de saberes e experiências. E pela primeira vez tivemos<br />
uma Lan Party. Muitas outras atividades tiveram<br />
lugar nesta semana.<br />
Por último, a destacar a vinda de um escritor, o <strong>no</strong>sso<br />
antigo alu<strong>no</strong> David Machado, que prendeu a atenção<br />
de alu<strong>no</strong>s e professores na sua partilha sobre a escrita.<br />
Destaco ainda a oração mensal em várias línguas.<br />
Muitas outras atividades e projetos estão presentes<br />
nas páginas que se seguem, onde o desenvolvimento<br />
da criatividade em diversas áreas é uma constante.<br />
<strong>É</strong> com esta sugestão da criatividade na reflexão e na<br />
ação, que vos desejo uma boa caminhada até à Páscoa.<br />
Com amizade,<br />
Margarida Marrucho<br />
Mota Amador<br />
Diretora pedagógica<br />
OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 5
Peço desculpas adiantadas a todos os que<br />
já me ouviram começar com uma introdução<br />
parecida com esta, mas, quando se recebe<br />
um convite para participar <strong>no</strong> que quer<br />
que seja do <strong>Colégio</strong> a que se pertenceu durante<br />
uma data de a<strong>no</strong>s (proporcionalmente à curta idade<br />
pós-adolescente, quase todos), não há grande alternativa<br />
de entrada. Corro o risco de soar lambe-botas mas, sinceramente,<br />
não estou muito preocupado com isso – chama-se<br />
gratidão e não morde. <strong>É</strong> reconfortante receber pedidos destes<br />
e alimenta ainda mais a certeza, que já passou de sensação<br />
para certeza, que faço realmente parte da organização.<br />
Agora a parte me<strong>no</strong>s <strong>no</strong>bre e mais medrosa. Não pude<br />
deixar de ir ver as pessoas que já estiveram nesta rubrica antes<br />
e, como seria de esperar, senti-me pequeni<strong>no</strong>. Principalmente<br />
em termos de experiência profissional, peque<strong>no</strong>. Estou<br />
<strong>no</strong> segundo a<strong>no</strong> da licenciatura de gestão <strong>no</strong> ISCTE, a licenciatura<br />
de quem não sabe ainda bem o que quer fazer.<br />
Quando escolhi estava certo que queria ser gestor de espetáculos,<br />
mas entretanto já voltei <strong>no</strong>vamente à estaca zero.<br />
Confirma-se – a licenciatura de quem não tem a certeza do<br />
que quer. Estou <strong>no</strong> sítio certo portanto. Já sabem qual é a<br />
lenga-lenga, não deixa de ser verdade por o saberem – o colégio<br />
dá um empurrão grande para a faculdade. Torçam o<br />
nariz, quando estava <strong>no</strong> colégio também torcia muito, mas<br />
vão sentir isso na pele, e neste caso a expressão é usada <strong>no</strong><br />
bom sentido.<br />
A par da licenciatura, estou neste momento a substituir<br />
a professora Marília Vaz Santos na coordenação do Clube<br />
10/14. Quando a virem deem-lhe os parabéns porque teve<br />
um bebé! Esta coordenação, não vou mentir, está-me a dar<br />
o triplo do trabalho que esperava. De tal maneira que, se<br />
estivesse consciente disso na altura em que aceitei, provavelmente<br />
tinha tremido mais e pensado duas, três e quatro<br />
vezes. Contudo, acho que não tinha pensado muito mais<br />
que isso e tinha aceite de qualquer maneira porque confirmou-se<br />
o que estava à espera (superou até) – não podia<br />
ser trabalho mais gratificante e por uma causa em que<br />
não custa mas dá gozo suar. Não gosto de frases feitas, mas<br />
a verdade é que os miúdos que apoiamos <strong>no</strong> clube ensi-<br />
MARCA<br />
<strong>Sagrado</strong><br />
nam-<strong>no</strong>s mais do que nós lhes ensinamos. Dou graças a<br />
Deus por me ter concedido a oportunidade de trabalhar<br />
com eles e, obviamente, de apoiar diretamente o trabalho<br />
do colégio. Sou voluntário <strong>no</strong> Clube há três a<strong>no</strong>s, e continuo<br />
a ser, de maneira que este convite para a coordenação,<br />
ainda que provisória, foi um conforto grande de que alguma<br />
coisa devia estar a fazer bem. Foi e é espetacular sentir<br />
o apoio de todos professores e funcionários do <strong>Sagrado</strong>,<br />
tentando sempre encorajar-me com sorrisos e palmadas<br />
nas costas. <strong>É</strong> isto que o <strong>Colégio</strong> faz. A diferença pela Fé.<br />
E empurra-<strong>no</strong>s a fazer a diferença a partir do pôr em prática<br />
da Fé que transmite.<br />
Acho melhor ficar por aqui já que o professor Luís Pedro<br />
de Sousa pediu três parágrafos. Não tenho jeito nem gosto<br />
de resumir. Para grande infelicidade das minhas antigas professoras<br />
de Português.<br />
Um último ponto e depois calo-me: <strong>É</strong> especial conseguir<br />
sentir o peso pesado de fazer parte desta organização a par<br />
da leveza que este peso proporciona. Não podia ter sido um<br />
final me<strong>no</strong>s armado ao intelectual. Não deixa de ser verdade<br />
por isso.<br />
Manuel Ferreira, antigo alu<strong>no</strong> e coordenador do Clube<br />
10/14<br />
o SAgRADo<br />
TeM ARTe!<br />
Este a<strong>no</strong> o <strong>Colégio</strong>, após um interreg<strong>no</strong>, alargou o leque de oferta e abriu a<br />
variante que possibilita a entrada dos alu<strong>no</strong>s num curso artístico. Esta opção<br />
começou com cinco alunas, mas, neste momento, já são oito as estudantes<br />
que compõe a turma de Artes.<br />
Para além da Geometria Descritiva, que também faz parte dos cursos de<br />
Ciências e Tec<strong>no</strong>logias, os alu<strong>no</strong>s têm Matemática B e Desenho como as disciplinas<br />
que marcam a grande diferença dos outros cursos. Por se tratar do<br />
curso de Artes Visuais, focaremos a <strong>no</strong>ssa abordagem <strong>no</strong> Desenho.<br />
No início tudo começou com um bocadinho de medo do papel. A folha<br />
branca é assustadora e fazia com que as linhas aparecessem hesitantes e<br />
com pouca expressividade. Para compor este cenário, tivemos de apagar a<br />
“borracha” do <strong>no</strong>sso dicionário. Depois, fizemos desenhos cegos, rabiscámos<br />
folhas ao som de uma música ou ao sabor de um rebuçado. Fizemos<br />
desenhos cro<strong>no</strong>metrados, desenhos de contor<strong>no</strong>, desenhos de negativo,<br />
procurámos linhas <strong>no</strong>s volumes das formas e escolhemos a dureza do lápis<br />
de grafite para esta ou aquela sombra…<br />
Fizemos desenhos dos mais variados objetos, mesmo que <strong>no</strong>s tenhamos<br />
demorado nas formas naturais. Desenhámos a aguarela e com aguadas coloridas,<br />
ora garridas ora esbatidas, experimentámos acrílicos, esferográficas,<br />
canetas, tinta da china, ecolines e lápis de cor.<br />
Procurámos texturas, sombras, formas e aventuras dos dois lados do papel.<br />
Mudámos de papel, mudámos de formato, mudámos de suportes, materiais<br />
e de espaço.<br />
Procurámos ver o mundo através de uma folha, de uma linha, de um ponto.<br />
Focámo-<strong>no</strong>s na <strong>no</strong>ssa perspetiva e na dos outros. Espreitámos imagens<br />
<strong>no</strong> quadro da sala, em livros, na net e em exposições.<br />
E começámos a fazer as <strong>no</strong>ssas (embora tímidas) demonstrações destas<br />
aventuras e evoluções. Mostrámos os <strong>no</strong>ssos desenhos com os <strong>no</strong>ssos<br />
progressos e com tudo o que ainda temos para progredir. Começámos pelo<br />
átrio do <strong>Colégio</strong>, mas até na Capital Europeia da Cultura vamos intervir!<br />
Queremos fazer parte do mundo da Arte! E sabemos que estamos apenas<br />
a aprender e a começar, mas para já:<br />
Estamos a adorar!<br />
Marta Neto, Prof. Desenho do 10ºE<br />
6 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 7
8 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 9
A simplicidade que vem<br />
do pouco<br />
Uma semana na<br />
comunidade de Taizé<br />
Por altura do Carnaval, um grupo de jovens<br />
partiu rumo a uma pequena aldeia <strong>no</strong> sul de<br />
França onde se vive a simplicidade que vive<br />
do pouco que chega e do muito silêncio que<br />
se faz... E é assim que cresce <strong>no</strong> coração a<br />
simplicidade plena de riqueza!<br />
Em Taizé, há um único imperativo: Jesus<br />
Cristo e o silêncio para <strong>no</strong>s encontrarmos<br />
com Ele.<br />
No <strong>Sagrado</strong> fomos já muitos, entre<br />
professores, alu<strong>no</strong>s e antigos alu<strong>no</strong>s, os que<br />
já fizemos esta experiência! À semelhança<br />
de outros a<strong>no</strong>s, não fomos sozinhos mas<br />
inseridos na peregrinação da<br />
Pastoral Juvenil do Instituto<br />
das Religiosas do <strong>Sagrado</strong><br />
Coração de Maria.<br />
Uma das coisas que mais me marcou foi a<br />
simplicidade em que os irmãos vivem, podendo<br />
ainda assim ter uma vida tão cheia<br />
e tão completa!<br />
Depois... há o resto! 36 horas de autocarro<br />
para ir para um sítio onde não se podem<br />
carregar os aparelhos eletrónicos,<br />
onde se tem de dormir num saco cama,<br />
comer comida terrível só com uma colher...<br />
mas isso, como diz a sabedoria popular,<br />
é só paisagem!<br />
Um dos momentos importantes dos dias era a reflexão<br />
bíblica em peque<strong>no</strong>s grupos, onde partilhávamos as <strong>no</strong>ssas<br />
vivências. Como tínhamos muito tempo livre, pudemos parar,<br />
ter momentos só para nós, sem azáfamas diárias.<br />
Em Taizé constroem-se amizades e vivem-se partilhas<br />
que <strong>no</strong>s marcam, com pessoas que vivem em realidades diferentes<br />
das <strong>no</strong>ssas e por isso <strong>no</strong>s enriquecem.<br />
Leo<strong>no</strong>r Braz Teixeira - 11ºB<br />
Taizé, uma experiência memorável por diversas razões. <strong>É</strong><br />
complicado, por poucas palavras, descrever tal experiência,<br />
apenas <strong>no</strong>s deixa o desejo de regressar outra vez. Em Taizé<br />
aprende-se a viver em comunidade, o que cria um forte<br />
espírito de grupo que <strong>no</strong>s aproxima uns dos outros, pessoas<br />
de diferentes cidades e países! A espiritualidade em Taizé<br />
é diferente de em qualquer outro sítio, a partir do momento<br />
em que, três vezes por dia durante cerca de10 minutos, se<br />
faz um momento de silêncio na capela e onde o silêncio permanece<br />
demonstrando que estamos todos lá para os mesmos<br />
fins. Tudo, desde os peque<strong>no</strong>s grupos de partilha, aos<br />
almoços com apenas um talher e às <strong>no</strong>ites<br />
frias, mas aquecidas pelo convívio e confraternização<br />
entre todos, deixa na <strong>no</strong>ssa<br />
mente a ideia bem clara de que é preciso<br />
regressar!<br />
Salvador Quintas, 10ºD<br />
A experiência de Taizé marcou-me porque<br />
me mostrou a importância do silêncio<br />
e da reflexão, além de me ter feito reencontrar o espírito<br />
de partilha e união que temos em comum enquanto seres<br />
huma<strong>no</strong>s, mas que parece apagado <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso dia-a-dia.<br />
Taizé foi o local perfeito para redefinir as minhas prioridades<br />
na vida, fortalecer a minha espiritualidade e conhecer pessoas<br />
que partilham as mesmas questões que eu. Volto de<br />
Taizé com uma <strong>no</strong>va força, estando muito grata ao colégio<br />
por uma das semanas mais enriquecedoras da minha vida.<br />
Bárbara Pacheco, 11ºB<br />
A experiência de Taizé marcou-me porque encontrei, de<br />
uma forma que nunca poderia ter encontrado, <strong>no</strong> curso do<br />
dia-a-dia, algo espiritualmente tão enriquecedor. No silêncio<br />
da reflexão e na simplicidade que Taizé <strong>no</strong>s proporciona,<br />
pude descobrir o essencial da vida, e nunca pensei que<br />
o essencial bastasse e que ao mesmo tempo fosse tão gratificante.<br />
Mariana Mixão, 11º B<br />
<strong>no</strong>tícias<br />
Do PR<strong>É</strong>-eSCoLAR<br />
Carnaval <strong>no</strong> Jardim de<br />
infância<br />
Para comemorar este dia,<br />
mascaradas vieram todas as crianças<br />
com muitos sorrisos e muita alegria<br />
Danças e animação sem parar<br />
os meni<strong>no</strong>s, as meninas e até os professores<br />
<strong>no</strong> palco apareceram sempre a brilhar<br />
Nunca mais esqueceremos o dia<br />
em que brincámos ao Carnaval<br />
<strong>no</strong> <strong>Colégio</strong> <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria<br />
Patrícia Vidigal, Educ. - Sala Amarela<br />
Carnaval trapalhão<br />
O Carnaval Trapalhão<br />
Chegou ao <strong>no</strong>sso colégio<br />
Brincámos com a imaginação<br />
Mas que grande privilégio<br />
Com gravatas, chapéus e jóias…<br />
Camisas, saias e casacos!<br />
Pintámos, colámos e criámos<br />
Ficámos todos FANTÁSTICOS!!!<br />
Catarina Azevedo, Educ - Sala Encarnada<br />
10 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 11
<strong>no</strong>tícias<br />
Do PR<strong>É</strong>-eSCoLAR<br />
Visita à quinta<br />
Pedagógica<br />
No dia 12 de Janeiro visitámos a Quinta Pedagógica dos Olivais<br />
e foi pelas 10h10 que iniciámos a 1ª atividade da manhã…<br />
fazer pão! Depois das mãos bem lavadas, e de vestirmos<br />
o avental, fomos até à cozinha, onde começámos o<br />
<strong>no</strong>sso trabalho!<br />
Vimos alguns tipos de cereais com os quais podemos fazer<br />
pão… trigo, centeio, aveia, milho e cevada! Falámos sobre<br />
o ciclo do pão e depois foi só pôr mãos à obra!!!<br />
Começámos por pôr numa taça a farinha de trigo com<br />
mistura de farinha de centeio… em seguida, sal, fermento e<br />
água… depois foi só amassar! Como a massa tem que descansar…<br />
para poder “crescer”, utilizámos outra massa que já<br />
estava pronta! Em seguida, foi só moldar o <strong>no</strong>sso pão! Ao<br />
fundo da cozinha estava aceso um for<strong>no</strong> que se preparava<br />
para receber o <strong>no</strong>sso pão! Que quentinho que estava!<br />
No fim do pão estar <strong>no</strong> for<strong>no</strong>, fomos até ao pátio, onde a<br />
“Burra Pestana” já <strong>no</strong>s esperava! Cada um de nós teve uma tarefa<br />
muito importante… escovar, pentear e dar comida à <strong>no</strong>ssa<br />
<strong>no</strong>va amiga, que contava com todo o <strong>no</strong>sso apoio e coragem!<br />
Depois de tratarmos da burra, visitámos os restantes animais<br />
da Quinta, a Horta e o Pomar!<br />
No final, fomos buscar o pão à cozinha e despedimo-<strong>no</strong>s<br />
das pessoas que tão carinhosamente <strong>no</strong>s receberam!<br />
Ana Isabel Alberti<strong>no</strong>, Educ. - Sala Verde Escuro<br />
<strong>no</strong>tícias<br />
Do 1.º CiCLo<br />
Museu do Mar<br />
A turma do 1º B foi, <strong>no</strong> dia 25 de janeiro, ao Museu do Mar<br />
em Cascais.<br />
Saímos do autocarro e atravessámos a rua pela passadeira.<br />
Ao pé de uma placa <strong>no</strong> passeio, o professor António parou<br />
para lermos:<br />
“ Museu do Mar – Rei D. Carlos<br />
Rua Júlio Pereira de Mello ”<br />
Com alguma ajuda <strong>no</strong> “s” de Museu e <strong>no</strong> “j” de Júlio, foi<br />
com satisfação que sentimos que já estamos quase a ler<br />
tudo...e mais alguma coisa.<br />
Tivemos tempo para o lanche da manhã até que <strong>no</strong>s chamaram<br />
para entrar e lá fomos nós, portas adentro, até uma<br />
sala pequena onde assistimos a um teatro de fantoches fluorescentes<br />
numa sala completamente escura – Nem tudo o<br />
que vem à rede é peixe era o <strong>no</strong>me da peça que <strong>no</strong>s mostrou<br />
a preparação da festa dos 100 a<strong>no</strong>s da Tartaruga Laroca. O<br />
peixe Didi, nessa azáfama toda, engoliu dois balões encarnados<br />
e teve que ir ao Dr. Iodo, um polvo muito engraçado<br />
que não gostava nada de beijinhos.<br />
O Museu do Mar aborda a questão da poluição dos mares,<br />
nesta divertida peça de teatro de luz negra em que <strong>no</strong>s<br />
sentimos como se estivéssemos <strong>no</strong> fundo do mar.<br />
Depois a <strong>no</strong>ssa guia, que fazia de peixe Didi, falou-<strong>no</strong>s<br />
da história do museu e mostrou-<strong>no</strong>s as várias espécies mari-<br />
nhas: os tubarões, as tartarugas, as baleias, as focas, os lobos<br />
marinhos... Também vimos a sala dos pescadores e, deitados<br />
<strong>no</strong> chão, ouvimos os pregões das peixeiras.<br />
Foi uma boa aula <strong>no</strong> Museu!<br />
1º a<strong>no</strong> B<br />
o Livro<br />
Como eu gosto de um livro<br />
e com ele aprender,<br />
é uma forma divertida<br />
de continuar a crescer.<br />
Dou a volta ao mundo<br />
e regresso num segundo,<br />
com um livro na mão<br />
vou do Brasil ao Japão.<br />
Hoje sou um rei e amanhã um cão,<br />
só preciso de ter muita imaginação.<br />
Segue o meu conselho<br />
ouve o que te digo,<br />
um livro pode ser<br />
um verdadeiro amigo.<br />
Diogo Leite de Campos, 4.ºC<br />
A amizade<br />
A amizade é um dos bens mais preciosos da humanidade.<br />
Herdamos a família, mas escolhemos os amigos. Um verdadeiro<br />
amigo é algo muito valioso. <strong>É</strong> um verdadeiro tesouro<br />
que guardamos <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso coração juntamente com outros<br />
sentimentos importantes como o amor, a solidariedade, a<br />
humildade, a união...<br />
Com um amigo partilhamos brincadeiras, conversas, segredos,<br />
tristezas, dias bons e dias maus. Com um amigo partilhamos<br />
a vida.<br />
A amizade constrói-se todos os dias e tem que ser alimentada<br />
para crescer. Se não alimentarmos a amizade com<br />
atitudes e entrega aos amigos, ela morre e desaparece do<br />
<strong>no</strong>sso coração.<br />
A amizade não tem idade, raça, religião, é de todos e para<br />
todos.<br />
Quando estamos tristes, a amizade não <strong>no</strong>s abandona,<br />
sai do <strong>no</strong>sso coração e vem consolar-<strong>no</strong>s dizendo: “não estás<br />
sozinho, tens AMIGOS!”<br />
Diogo Leite de Campos, 4.º C<br />
12 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 13
<strong>no</strong>tícias<br />
Do 2.º CiCLo<br />
Celebração da Semana<br />
Mundial de harmonia<br />
inter-Religiosa 2012<br />
No dia 4 de fevereiro foi celebrada,<br />
em Lisboa, <strong>no</strong> Mercado de Sta Clara, a<br />
Semana Mundial de Harmonia Inter-<br />
Religiosa 2012, promovida pelo Alto<br />
Representante das Nações Unidas para a<br />
Aliança das Civilizações, Dr. Jorge Sampaio.<br />
Em parceria com várias Instituições e<br />
Entidades, a Comunidade Islâmica de<br />
Lisboa organizou o Evento.<br />
Na semana anterior, fui contactada para estar presente e<br />
para lançar o desafio ao <strong>Colégio</strong> de Lisboa para colaborar<br />
numa exposição de textos, ilustrados ou não, elaborados<br />
pelos alu<strong>no</strong>s dos 5ºs e 6ºs a<strong>no</strong>s, respondendo às questões:<br />
“Como é que vês o outro e como é que te vês na sociedade em<br />
que estás inserido/a”?<br />
A proposta foi acolhida com muito entusiasmo pela Directora<br />
do <strong>Colégio</strong>, Prof. Margarida Marrucho, e professores,<br />
<strong>no</strong>meadamente das disciplinas de EMRC, EVT e LP que se<br />
prontificaram a levar a bom termo este trabalho. Os alu<strong>no</strong>s<br />
entraram nesse mesmo entusiasmo e o resultado foi maravilhoso.<br />
Tinham pedido 10 trabalhos e, <strong>no</strong> dia 02, <strong>no</strong> fim<br />
das aulas, o hall do <strong>Colégio</strong> enchia-se de cartazes feitos pelas<br />
crianças de 10 aos 12 a<strong>no</strong>s. A dificuldade foi escolher os<br />
10 (na realidade foram 13) para fazerem parte da exposição<br />
<strong>no</strong> local do evento.<br />
No dia 4, o Mercado de Sta Clara transformou-se num<br />
templo multi-religioso. As paredes estavam ornamentadas<br />
com os trabalhos das crianças das várias confissões religiosas<br />
e, por todo o lado, alimentos característicos das várias<br />
culturas, proporcionando uma verdadeira comunhão entre<br />
todos.<br />
Às 11h, foram dadas as Boas Vindas, pelo Vice-Presidente<br />
da Câmara de Lisboa, seguidas de breves palavras da Alta<br />
Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACI-<br />
DI), e do Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança<br />
das Civilizações.<br />
Depois, intercalados com momentos musicais e/ou culturais,<br />
as várias confissões religiosas presentes deram o seu<br />
testemunho, por esta ordem:<br />
Comunidade Bahá’í de Portugal; Comunidade Hindu; Comunidade<br />
Islâmica; Comunidade Ismaili; Comunidade Israelita<br />
de Lisboa; Comunidade Santo Egídio; Comunidade<br />
Sikh; Comunidade Religiosa da Ciência da Alma; Igreja Jesus<br />
Cristo dos Santos Últimos Dias (Mormons); Igreja Lusitana;<br />
Religiosas do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria; Templo de Shiva;<br />
União Budista; Mário Valadas (cidadão ateu) e Eng. Torres<br />
Campos (cidadão católico).<br />
Por volta das 13h, o Dr. Jorge Sampaio encerrou a Celebração,<br />
manifestando a sua alegria e o desejo de fazer uma<br />
publicação com os testemunhos e os trabalhos das crianças<br />
e convidando os presentes a compartilhar os “Sabores do<br />
Mundo”. Foi, também, manifestada a vontade de que estes<br />
Encontros não se limitassem a um por a<strong>no</strong>, nestes ou <strong>no</strong>utros<br />
moldes.<br />
Ir. Maria Julieta, rscm<br />
Fui ao Mercado de Santa Clara, com os meus pais, ver a exposição<br />
dos <strong>no</strong>ssos trabalhos da semana do Diálogo Inter-<br />
-religioso.<br />
Quando lá cheguei fiquei espantada com a diversidade<br />
de culturas que lá estavam: desde Hindus, Islâmicos a Budistas<br />
e, claro, Cristãos. Cada banca tinha pratos típicos de vários<br />
países, pois, era uma forma de os representar.<br />
Passados uns momentos, (tempo em que fui provando as<br />
várias iguarias), apareceu <strong>no</strong> palco uma locutora da organização<br />
que apresentou um breve discurso, e foi introduzindo<br />
e chamando ao palco os representantes de cada religião. Enquanto<br />
avançava em direção ao palco, reparei que, nas paredes,<br />
estavam vários trabalhos. E não foi difícil <strong>no</strong>tar uma placa<br />
que dizia: “ <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria “. Descobri<br />
logo o <strong>no</strong>sso trabalho (fi-lo em conjunto com outro colega),<br />
mas também observei os outros trabalhos de colegas<br />
<strong>no</strong>ssos, incluindo os do 5ºa<strong>no</strong>.<br />
Foi muito agradável ver a parede repleta dos <strong>no</strong>ssos trabalhos,<br />
e saber que, mesmo tendo pouco tempo para os fazer,<br />
não ficaram nada atrás de outros também muito bons, e<br />
que não tínhamos sido os únicos a esforçar-<strong>no</strong>s.<br />
E ainda mais feliz fiquei, quando mesmo com o barulho<br />
da multidão ouvi a apresentadora anunciar:<br />
E a representar o <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria,<br />
que está inserido na comunidade cristã, temos con<strong>no</strong>sco a<br />
Irmã Maria Julieta.<br />
E só depois <strong>no</strong>tei que, na primeira fila, estava sentada a<br />
Irmã Maria das Dores, coordenadora do 1ºCiclo do <strong>no</strong>sso colégio.<br />
No fundo, o discurso da Irmã Maria Julieta baseou-se <strong>no</strong><br />
que <strong>no</strong>s ensinavam <strong>no</strong> <strong>Colégio</strong>, como podíamos utilizar isso<br />
na aproximação a outras religiões e criar assim um mundo<br />
onde a diferença religiosa é uma comunhão de aproximação<br />
entre os povos.<br />
No final fui cumprimentar as duas Irmãs do <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong><br />
e esperei pelo discurso do <strong>no</strong>sso ex-presidente, o Dr. Jorge<br />
Sampaio, que foi seguido de uma foto de grupo, onde,<br />
claro, a Irmã Maria Julieta, representou muito bem o <strong>no</strong>sso<br />
<strong>Colégio</strong> e a Comunidade das Religiosas do <strong>Sagrado</strong> Coração<br />
de Maria.<br />
Aqueles momentos já fazem parte das minhas memórias…<br />
Ana Catarina Baptista, 6ºA<br />
Segundo Ciclo sai à rua<br />
este a<strong>no</strong>, em tempo de<br />
Carnaval, o 2º Ciclo fez<br />
concorrência ao 1º e também<br />
saiu à rua, num desfile de<br />
alegria e festa.<br />
14 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 15
<strong>no</strong>tícias<br />
Do 2.º CiCLo<br />
uma semente que há-de<br />
crescer e dar frutos<br />
Encontros de formação<br />
O Encontro de Formação do 5º a<strong>no</strong> realizouse<br />
<strong>no</strong> Seminário Maior de São Paulo, em<br />
Almada, que, com a sua magnífica vista<br />
para Lisboa e para o rio Tejo, serviu de<br />
inspiração para um dia diferente, a todos os<br />
níveis. Esta oportunidade de crescimento<br />
passou por momentos de reflexão e diálogo<br />
acerca do <strong>no</strong>sso tema do a<strong>no</strong> – Vida e<br />
Dignidade para todos.<br />
A envolvência dos alu<strong>no</strong>s foi elucidativa e permitiu descobrir<br />
muitos dons e ajudou também a uma procura pessoal<br />
da “semente” que queremos que cresça na <strong>no</strong>ssa vida –<br />
uma descoberta e partilha muito enriquecedora para todos.<br />
Os momentos de convívio, a criatividade de cada um na elaboração<br />
de um símbolo ilustrativo de um dom pessoal, a ida<br />
ao Cristo Rei, a visita a uma pequena quinta pedagógica do<br />
seminário foram elementos que enriqueceram o dia de cada<br />
turma… elementos que acredito não serão esquecidos.<br />
Mas o grande momento do dia foi a oportunidade que<br />
cada um teve de colocar a sua semente <strong>no</strong> vaso da turma<br />
acreditando que, com Fé e Zelo, ela cresce e é um sinal de<br />
vida para todos.<br />
Irene Esteves, prof.<br />
O Encontro de Formação foi muito giro! O que nós gostámos<br />
mais de fazer foi de construir o símbolo em barro sobre<br />
a <strong>no</strong>ssa qualidade e partilhá-lo com os colegas de turma.<br />
Gostámos muito de ir à quinta pedagógica. Havia uma cadela<br />
chamada Buffy e demos comida às ovelhas.<br />
Divertimo-<strong>no</strong>s muito. Os rapazes jogaram à bola e nós<br />
brincámos numa rede de baloiço.<br />
O encontro foi <strong>no</strong> Seminário de S. Paulo, ao pé do Cristo<br />
Rei mas, como estava muito nevoeiro e frio, não pudemos<br />
subir lá acima. Que pena!<br />
Gostámos todos muito deste Encontro de Formação.<br />
Lançámos muitas sementes na <strong>no</strong>ssa turma! Viva o 5ºB!<br />
Mariana Oliveira e Joana Veigas 5ºB<br />
Música que toca cada um<br />
Visita de estudo à<br />
Gulbenkian<br />
No âmbito da disciplina de Educação Musical, os alu<strong>no</strong>s do<br />
5ºa<strong>no</strong> realizaram uma visita de estudo à Gulbenkian - A Música<br />
dos sécs. XX e XXI que toca a cada um.<br />
Esta visita tem como objetivo dar a conhecer que “a Música,<br />
com as suas velhas e <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias, articula-se com<br />
coisas simples do <strong>no</strong>sso dia a dia e com áreas disciplinares<br />
como a Física, a Matemática, a Eletrónica e a Informática que<br />
se juntam para melhor pensarmos e sentirmos o universo<br />
mágico do som e da música.” e foi concebida e orientada por<br />
João Damas e Simão Costa (músicos/compositores).<br />
“Eu acho que a visita de estudo foi instrutiva, porque vimos<br />
diferentes pautas de músicas, como por exemplo pautas<br />
com formas e símbolos diferentes dos tradicionais. Também<br />
vimos e ouvimos diferentes formas de compor música<br />
e diferentes tipos de música, como por exemplo a música<br />
“As escadas do diabo”.<br />
O espaço era grande e os senhores que lá estavam eram<br />
simpáticos. Achei a visita de estudo o máximo.”<br />
Pierluigi Meneses, 5º A<br />
“Na visita de estudo à Gulbenkian estava à <strong>no</strong>ssa espera um<br />
monitor chamado Simão.<br />
Primeiro falámos sobre o que era a música, onde existia e<br />
como era formada. Ao longo da explicação, o Simão foi-<strong>no</strong>s<br />
mostrando várias imagens num powerpoint.<br />
Também <strong>no</strong>s mostrou várias músicas. Uma era só com<br />
palmas. Havia 2 grupos que batiam palmas e havia 12 tempos.<br />
Os dois grupos começavam a bater juntos, iam-se desfasando<br />
até voltarem ao princípio.<br />
Outra música chamava-se “Escadas do diabo”. Começava<br />
numa <strong>no</strong>ta grave e ia sempre subindo muito rapidamente.<br />
Quando chegava quase ao cimo voltava ao início, mas em<br />
vez de ser à primeira <strong>no</strong>ta era à <strong>no</strong>ta logo um pouco mais<br />
acima.<br />
Também <strong>no</strong>s mostrou uma música muito engraçada porque<br />
era feita de sons de máquinas eletrónicas todas diferentes.<br />
Esta visita foi muito engraçada porque conseguimos<br />
aprender de uma maneira divertida.”<br />
Inês Ferreira, 5º A<br />
<strong>no</strong>tícias<br />
Do SeCunDáRio<br />
Make it Possible<br />
O projeto Make it Possible já deixou a sua<br />
marca <strong>no</strong> <strong>Sagrado</strong>! A AIESEC- Associação<br />
Internacional de Estudantes em Ciências<br />
Económicas e Empresariais- selecio<strong>no</strong>u<br />
três estagiárias internacionais, de três<br />
nacionalidades diferentes, para desenvolver<br />
este trabalho com os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s. São<br />
elas: Najmieh Tousi, Jessica Cialdella e<br />
Maja Baljkas do Irão, Canadá e Sérvia<br />
respetivamente.<br />
A primeira das 15 aulas, lecionadas em inglês por estas embaixadoras<br />
dos ODM- Objetivos de Desenvolvimento do Milénio,<br />
foi <strong>no</strong> passado dia 15 de fevereiro. Estas sessões decorreram<br />
até ao dia 23 de março- data do evento final deste<br />
projeto, com amplitude nacional. Pretendeu-se, com esta<br />
atividade, sensibilizar também a Comunidade Educativa,<br />
mas mais precisamente os alu<strong>no</strong>s das turmas envolvidas-<br />
10ºD, 10ºE1, 11ºD e 12º C - para a importância destas causas.<br />
No a<strong>no</strong> 2000 a ONU propôs que se traçassem estas metas<br />
até 2015 com uma abrangência global.<br />
No <strong>Sagrado</strong>, esta proposta posicio<strong>no</strong>u-se como uma atividade<br />
interdisciplinar que envolveu as disciplinas de: História A,<br />
História B, Geografia A, Educação Moral e Religiosa Católica,<br />
Inglês, Direito, Eco<strong>no</strong>mia A e Sociologia. Os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s já<br />
conhecem os 8 ODM e aprofundaram estes temas, ao longo<br />
do 2º período, para que <strong>no</strong> final possam eles próprios ser<br />
embaixadores destas metas, contribuindo, assim, de alguma<br />
forma, para um mundo melhor e mais justo.<br />
Jogo do investimento<br />
O Jogo do Investimento começou, e as<br />
aplicações em mercados e ativos financeiros<br />
também! As turmas do 10ºD, 11ºD, e 12ºC<br />
foram, semanalmente, às Bolsas de Lisboa,<br />
Londres, Tóquio e Nova Iorque, comprar e<br />
vender.<br />
O ISCTE Business School lançou o desafio: com um montante<br />
inicial e fictício de 1 000 000 de euros, a equipa vencedora<br />
obteria um prémio real de 750 euros. Após uma sessão<br />
de abertura, <strong>no</strong> dia 6 de fevereiro último, nas instalações<br />
da já citada Universidade, as carteiras foram constituídas. Os<br />
<strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s seguiram a posição do seu grupo, diariamente,<br />
<strong>no</strong> ranking Top 20 das muitas escolas participantes a nível<br />
nacional. O <strong>Sagrado</strong> participou com 17 equipas e a elas<br />
se desejaram bons investimentos! Em abril saberemos o resultado<br />
final.<br />
16 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 17
<strong>no</strong>tícias<br />
Do SeCunDáRio<br />
Presidente do Comité<br />
olímpico Português em<br />
entrevista <strong>no</strong> <strong>Colégio</strong><br />
O Presidente do Comité Olímpico Português esteve <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso<br />
<strong>Colégio</strong> para ser entrevistado por um grupo de alu<strong>no</strong>s,<br />
<strong>no</strong> âmbito do Concurso do Diário de Noticias (DN Escolas -<br />
Questiona o teu mundo). O comandante José Vicente Moura,<br />
respondeu a questões sobre o efeito da crise económica<br />
<strong>no</strong>s resultados dos jogos olímpicos que se avizinham e<br />
defendeu que “é preciso valorizar os atletas” . Para o Presidente<br />
do Comité Português, “mesmo que haja zero medalhas,<br />
não se pode dizer que é por falta de financiamento do<br />
estado” e apelou aos jovens portugueses para apoiarem os<br />
seus atletas.<br />
encontro de Formação -<br />
Comunidade Vida e Paz<br />
Todos os a<strong>no</strong>s, temos um encontro de formação que <strong>no</strong>s<br />
consciencializa para diferentes realidades, e todos os a<strong>no</strong>s<br />
a experiência é marcante. No 11º a<strong>no</strong>, o local escolhido foi a<br />
Comunidade Vida e Paz que se ocupa da recuperação de toxicodependentes.<br />
<strong>É</strong> sempre difícil sermos confrontados com<br />
uma realidade completamente diferente, na qual muitos de<br />
nós não <strong>no</strong>s inserimos. Foi o que aconteceu ao ouvirmos o<br />
testemunho do Luís. Esta história de vida foi de tal forma comovente<br />
que <strong>no</strong>s marcou a todos de uma maneira especial.<br />
Para nós, esta foi sem dúvida a melhor experiência <strong>no</strong><br />
que toca a encontros de formação. Obrigado Comunidade<br />
Vida e Paz.<br />
Dizer que este encontro de formação foi uma das melhores<br />
experiências, ou talvez até a melhor, que o <strong>Colégio</strong> já <strong>no</strong>s<br />
proporcio<strong>no</strong>u, é dizer muito pouco. De facto, ir até à Comunidade<br />
Vida e Paz, uma comunidade que acolhe toxicode-<br />
pendentes e que com eles passa por um processo de reabilitação,<br />
permitiu a todos os alu<strong>no</strong>s do 11º um abrir de olhos<br />
para uma realidade completamente diferente da que estamos<br />
habituados, e na qual nunca <strong>no</strong>s imaginaríamos.<br />
Foi ao ouvirmos o testemunho do Luís, uma história marcante<br />
e comovente que nunca iremos esquecer, que muitos<br />
de nós <strong>no</strong>s apercebemos desta realidade que <strong>no</strong>s passa<br />
ao lado. Uma realidade que embora seja dura, triste e difícil,<br />
continua a ser real e não deve ser esquecida. <strong>É</strong> assim que<br />
esta comunidade começa, apercebendo-se que todos se esqueceram<br />
daqueles que estão na rua, vivendo para os vícios.<br />
Foi então por isto, que, quando me foi proposto ir animar<br />
a Eucaristia da Comunidade <strong>no</strong> Dia do Doente, aceitei sem<br />
hesitar. Quis retribuir àquela instituição o que <strong>no</strong>s foi dado<br />
<strong>no</strong> dia do encontro. Estava em dívida para com as pessoas<br />
que <strong>no</strong>s acolheram e <strong>no</strong>s deram uma grande lição de vida.<br />
Obrigado Comunidade Vida e Paz.<br />
Mariana Mixão 11º B<br />
Visita de estudo à Delta<br />
A fábrica de cafés Delta, em Campo Maior,<br />
distrito de Portalegre, foi visitada <strong>no</strong><br />
passado dia 14 de fevereiro pelas turmas D<br />
e E do 10ºa<strong>no</strong>, <strong>no</strong> âmbito das disciplinas de<br />
Eco<strong>no</strong>mia A e Geografia A.<br />
Esta empresa de re<strong>no</strong>me dedica-se à transformação e comercialização<br />
de cafés, chás e produtos afins e tem uma forte<br />
consciência social e ambiental em todas as atividades que<br />
desenvolve. A título ilustrativo, recolhemos a informação de<br />
que o Senhor Comendador Rui Nabeiro viabiliza a continuação<br />
dos estudos dos filhos dos seus colaboradores com<br />
maiores dificuldades financeiras, concedendo empréstimos<br />
com uma taxa de juro zero, para esse fim. Outro exemplo<br />
refere-se ao período da pós-independência de Timor Leste,<br />
quando o Senhor Comendador demonstrou a sua disponibilidade<br />
para importar café deste país, na altura recém formado,<br />
num contributo para o seu desenvolvimento local.<br />
Esta empresa tem vindo a alargar a sua quota de mercado,<br />
exportando cerca de 15 a 20% da sua produção de café<br />
diária, 100 toneladas, para países como Espanha, França e<br />
Angola, por esta ordem de volume de exportações. A origem<br />
dos seus produtos é proveniente de 40 países, sendo<br />
os principais Colômbia, Vietname e Indonésia.<br />
Esta empresa é um excelente exemplo de empreendedorismo<br />
<strong>no</strong> contexto nacional, dada a conjuntura económica<br />
atual e <strong>no</strong> âmbito dos apelos do Gover<strong>no</strong>, para que as exportações<br />
de bens transacionáveis ganhem cada vez maior<br />
expressividade, <strong>no</strong> sentido de permitir ao país ultrapassar as<br />
suas dificuldades. Esta empresa é, sem dúvida, um exemplo<br />
a seguir e um motivo de orgulho nacional que os <strong>no</strong>ssos 40<br />
alu<strong>no</strong>s envolvidos nesta atividade tiveram a oportunidade<br />
de testemunhar.<br />
Catarina Moura e Silva e Cristina Fonseca, profs.<br />
Trabalho e valores: o<br />
caminho para o sucesso<br />
Tendo em mente a palavra que serve de<br />
tema à <strong>no</strong>ssa Olhares deste trimestre<br />
“desenvolver” conversámos com a aluna<br />
do 12º a<strong>no</strong>, Susana Pinto. Com um longo<br />
percurso <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso colégio, a Susana irá<br />
deixar-<strong>no</strong>s <strong>no</strong> próximo a<strong>no</strong>. Quisemos<br />
saber quais os caminhos que desenvolveu,<br />
enquanto <strong>no</strong>ssa aluna ou fora do colégio,<br />
e descobrir um pouco sobre as suas<br />
expetativas de futuro. No momento em que<br />
todos falam das dificuldades e austeridade<br />
que <strong>no</strong>s esperam, descobrimos que, para<br />
esta jovem, a palavra positivismo é essencial<br />
para acreditar num futuro melhor.<br />
Os primeiros a<strong>no</strong>s <strong>no</strong> colégio<br />
A primeira vez que entrei <strong>no</strong> colégio pensei “Uau”. O colégio<br />
tinha dez vezes o tamanho da minha antiga escola, e ainda<br />
hoje, <strong>no</strong> 12ºa<strong>no</strong>, descubro <strong>no</strong>vos lugares lá dentro. Entrei <strong>no</strong><br />
5º a<strong>no</strong> em 2004, com a minha melhor amiga, a Joana, e nunca<br />
ficámos em turmas diferentes! Desde então que me envolvo<br />
em actividades extra-curriculares e projectos do <strong>Colégio</strong>.<br />
Lembro-me que andei na “Matemática Divertida” com<br />
Prof. Sofia, andei <strong>no</strong>s “Pontos e Pespontos” com a Prof. Ana<br />
Isabel, andei <strong>no</strong> basket com Prof. Ramiro e fiz 5 a<strong>no</strong>s de ballet<br />
com a prof. Carlota, que me passou um gosto e<strong>no</strong>rme<br />
pela dança... também participei <strong>no</strong> Clube Convida, fui a Camarate<br />
e tenho-me envolvido nas campanhas de solidariedade<br />
que o <strong>Colégio</strong> abraça; hoje, sou delegada da pastoral e<br />
faço parte da Associação de Estudantes.<br />
As escolhas que têm de ser feitas<br />
O caminho que me levou a escolher o curso que quero seguir<br />
hoje teve muitas curvas...! Quando era pequenina tinha<br />
a certeza que ia ser bailarina e pintora...Mas à medida<br />
que vamos crescendo vamos tomado consciência da <strong>no</strong>ssa<br />
personalidade e tendo perceção do tipo de trabalho que<br />
queremos fazer <strong>no</strong> futuro. No fim do 9º a<strong>no</strong> optei pelo curso<br />
de Ciências em vez de artes e, este a<strong>no</strong>, apaixonei-me por<br />
um curso pouco vulgar, <strong>no</strong> qual mais me imagi<strong>no</strong>: Medicina<br />
Chinesa.<br />
No pla<strong>no</strong> profissional obviamente que gostaria de ter o<br />
máximo de sucesso e de me sentir realizada. Gostaria também<br />
de nunca deixar de pintar a óleo e de nunca parar de<br />
dançar, coisas que eu adoro. No pla<strong>no</strong> pessoal, acima de<br />
tudo, que haja um “e foram felizes para sempre” claro! Que-<br />
A <strong>no</strong>SSA<br />
gente<br />
ro casar e construir uma família, e vir a ser uma pessoa capaz<br />
de dar aos meus filhos tudo o que tive oportunidade de receber<br />
dos meus pais.<br />
O último a<strong>no</strong> <strong>no</strong> colégio<br />
<strong>É</strong> verdade, este já é o último a<strong>no</strong>. Agora vem o desconhecido!<br />
Acho que o que vou levar de mais importante são as<br />
amizades que criei aqui e a própria pessoa em que me tornei<br />
ao longo deste percurso.<br />
A ligação ao colégio que para sempre se<br />
mantém<br />
Um alu<strong>no</strong> nunca deixa o <strong>Colégio</strong> verdadeiramente. Há sempre<br />
uma razão pela qual <strong>no</strong>s mantemos em contacto, seja<br />
porque os <strong>no</strong>ssos irmãos ainda estão lá, seja porque mantemos<br />
grandes amizades com os professores ou então porque<br />
se está envolvido ou se quer envolver em projetos realizados<br />
pelo <strong>Colégio</strong>. Estes projetos podem ser o Clube 10-<br />
14 ou Camarate. A única coisa necessária para que um alu<strong>no</strong><br />
continue a desenvolver projectos junto do mesmo é vontade<br />
de ajudar!<br />
A geração mais jovem face à crise<br />
económica e de valores<br />
A minha geração é aquela que pode neste momento causar<br />
uma mudança radical <strong>no</strong> pensamento e atitude da população.<br />
As pessoas desta geração são responsáveis pelo crescimento<br />
do país a todos os níveis. Positivismo é a palavra-<br />
-chave para sairmos desta crise económica e de valores em<br />
que <strong>no</strong>s encontramos estagnados. O esforço e o empenho<br />
de hoje são o sucesso de amanhã.<br />
Aos alu<strong>no</strong>s mais <strong>no</strong>vos aconselho muita vontade de<br />
aprender e ainda mais de trabalhar, juntamente com os valores<br />
que o <strong>Colégio</strong> ensina, esse é o caminho para o sucesso!<br />
Nunca deixem que vos digam que não são capazes e jamais<br />
desistam dos vossos sonhos!<br />
Susana Pinto, aluna 12ºA<br />
18 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 19
Semana da educação<br />
Física – 5 a 9 de março<br />
de 2012.<br />
Durante cinco dias, os alu<strong>no</strong>s do 5º ao 12º experimentaram<br />
modalidades diferentes das habituais nas aulas<br />
de Educação Física. Orientação, parkur, gincana<br />
em btt, jogos de dinâmica de grupo e râguebi. Correr,<br />
saltar obstáculos, ler mapas, pedalar ou lançar bolas<br />
“esquisitas” foram gestos quotidia<strong>no</strong>s, com momentos<br />
de muito convívio e divertimento. Aulas de escalada,<br />
ginástica aeróbica, dança, futsal e condição física<br />
animaram as horas de almoço de alguns docentes<br />
mais corajosos. Poucos mas muito empenhados.<br />
No dia 12 de março, o pátio do <strong>no</strong>sso colégio encheu-se<br />
de cor, som e alegria. A coreografia, flash mob, ensaiada<br />
durante as últimas semanas por professores e alu<strong>no</strong>s, encerrou<br />
a Semana da Educação Física. Ficam os filmes e as<br />
fotografias. Destaque para o filme sobre alguns alu<strong>no</strong>s -<br />
70 A<strong>no</strong>s 70 Atletas.<br />
Nu<strong>no</strong> Cruz, Prof.<br />
Semana da Matemática<br />
e da Tec<strong>no</strong>logia<br />
Do pré-escolar<br />
ao secundário, a<br />
Matemática e a<br />
Tec<strong>no</strong>logia deram vida<br />
ao <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong>.<br />
Houve atividades para todos os gostos e<br />
idades ao longo de toda a semana. Iniciámos<br />
a semana com o problema do dia para o<br />
2ºciclo, 3º ciclo e secundário, que decorreu<br />
até 5º feira e com grande participação dos<br />
alu<strong>no</strong>s do secundário. Contámos com a<br />
colaboração da SPM – Sociedade Portuguesa<br />
de Matemática, na venda de livros e jogos<br />
e com a Apresentação/Atelier do jogo<br />
TANTRIX, promovida pelo Professor Carlos<br />
Florenti<strong>no</strong> (matemático do IST), <strong>no</strong> centro<br />
de recursos.<br />
20 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 21
Nas aulas, os alu<strong>no</strong>s construíram origamis, realizaram jogos<br />
matemáticos e as turmas de 8º a<strong>no</strong> receberam Encarregados<br />
de Educação que lhes falaram da importância e influência<br />
que a matemática e o conhecimento matemático tiveram<br />
e têm na sua vida.<br />
Mais uma vez, selecionámos também 12 alu<strong>no</strong>s do 1º ciclo<br />
ao secundário para participarem <strong>no</strong> Campeonato Nacional<br />
de Jogos Matemáticos.<br />
Os alu<strong>no</strong>s do Desafio Matemático, de 5º e 6º a<strong>no</strong>, realizaram<br />
as mini-olimpíadas internas e para o 3º ciclo houve ainda<br />
um disputado Campeonato de Cubo Mágico.<br />
Na terça-feira, as salas do pré-escolar receberam a visita<br />
da Dra. Margarida Simões (tia do Henrique Costa, da sala<br />
laranja) com quem aprenderam a fazer diferentes origamis.<br />
Para além de outras atividades realizadas em sala, <strong>no</strong> dia<br />
2 de Março, pelas 11h, os grupos juntaram-se <strong>no</strong> jardim para<br />
efetuar jogos onde desenvolveram a <strong>no</strong>ção de número e de<br />
conjunto. As crianças revelaram muito entusiasmo por todas<br />
as atividades porque… A MATEMÁTICA <strong>É</strong> SEMPRE DI-<br />
VERTIDA!!!<br />
Trinta alu<strong>no</strong>s do 6º a<strong>no</strong> participaram na I Gincana Matemática<br />
Inter-escolas realizada <strong>no</strong> <strong>Colégio</strong>. Con<strong>no</strong>sco tivemos<br />
a Escola Básica 2,3 Marquesa de Alorna, com 30 alu<strong>no</strong>s,<br />
a Escola Básica 2,3 Luís de Camões, com 24 alu<strong>no</strong>s e a Escola<br />
Básica 2,3 Nu<strong>no</strong> Gonçalves também com 30 alu<strong>no</strong>s. As quatro<br />
escolas passaram uma tarde matemática divertida e com<br />
muito entusiasmo e companheirismo. As 10 equipas eram<br />
constituídas por elementos das 4 escolas e disputaram quatro<br />
jogos: Torre de Hanói Humana, Quadrado Mágico, Tangram<br />
Chinês e Bolling Matemático. No fim de tanto esforço,<br />
a Gincana termi<strong>no</strong>u com entrega de prémios aos participantes<br />
e com um lanche convívio.<br />
“Eu gostei muito desta Gincana da matemática. Acho<br />
que, principalmente, foi bom termos feito estes jogos com<br />
outros colegas, todos com diferentes características. Foi<br />
uma tarde muito bem passada. Em relação aos jogos, eu<br />
gostei de todos mas, principalmente, da Torre de Hanói. Na<br />
<strong>no</strong>ssa equipa conseguimos jogar bem e em convívio. Foi um<br />
evento muito bom.”<br />
Gonçalo Tristão, 6º B, EB Luís de Camões<br />
Do 4º a<strong>no</strong> ao 9º a<strong>no</strong> os alu<strong>no</strong>s<br />
participaram, com grande<br />
afluência, na LAn PARTY,<br />
promovida pelo grupo de<br />
professores de TiC.<br />
A Lan Party foi uma grande aventura e,<br />
como a minha mãe diz, o que interessa é<br />
participar.<br />
Francisco Santos, 4.º A<br />
Foi uma experiência muito boa. Já estou<br />
a treinar para a próxima.<br />
Miguel Domingos, 4.º A<br />
Gostei imenso desta Lan Party e<br />
sinceramente gostava de repetir. Eu antes<br />
pensava que jogava mal, mas afinal sou<br />
fantástico! Fiquei em primeiro lugar.<br />
João Colaço, 4.º B, Vencedor do Cut the Rope<br />
Adorei a Lan Party. Foi ótimo jogar Angry<br />
Birds e chegar à final.<br />
Alexandre Neves, 4.º B<br />
Gostei muito desta experiência. Foi muito<br />
mais divertido do que jogar sozinho em<br />
casa.<br />
Diogo Silva, 4.º C, Vencedor do Angry Birds<br />
Eu acho que esta experiência foi muito<br />
engraçada e acho piada jogar com os<br />
amigos.<br />
Afonso Gameiro, 4.º C<br />
A Lan Party foi para mim um motivo para<br />
me tornar mais confiante. Adorei!<br />
Maria do Carmo Osório, 4.º C<br />
22 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 23
Brevemente<br />
Linha <strong>Sagrado</strong> – Roupa que reforça<br />
uma identidade. A Linha <strong>Sagrado</strong> está,<br />
praticamente, pronta, como se pode observar <strong>no</strong>s<br />
manequins que se encontram na receção do <strong>Colégio</strong>,<br />
bem como nas amostras que estão na papelaria e na<br />
loja Online.<br />
A Linha <strong>Sagrado</strong> entrará em vigor <strong>no</strong> próximo a<strong>no</strong><br />
letivo e será de uso obrigatório dos 3 a<strong>no</strong>s ao 5º a<strong>no</strong> de<br />
escolaridade, inclusive. As peças que estão disponíveis<br />
podem já começar a ser adquiridas. Os alu<strong>no</strong>s dos outros<br />
a<strong>no</strong>s, que queiram também usar a Linha <strong>Sagrado</strong> (na<br />
totalidade ou algumas peças), podem fazê-lo procedendo<br />
à sua encomenda.<br />
Vamos “vestir a camisola”!<br />
Psicóloga do <strong>Colégio</strong><br />
recebe Prémio Autores<br />
na Categoria Infantojuvenil.<br />
A CASA SINCRONIZADA<br />
- Uma história musical A Sociedade<br />
Portuguesa de Autores atribuiu à<br />
Psicóloga e antiga aluna do <strong>Colégio</strong>,<br />
Inês Pupo Correia, o Prémio Autores<br />
na categoria Infanto-juvenil, pela obra<br />
A casa sincronizada. Esta história, com<br />
música de Gonçalo Pratas, retrata a<br />
casa de uma família que vive inspirada<br />
pelo tempo. Nesta casa todos têm<br />
confiança na vida e <strong>no</strong> mundo. Um<br />
dia, o impossível acontece e, como quase sempre, chega<br />
com uma história de amor e mistério...<br />
A casa sincronizada é uma peça musical para pia<strong>no</strong> e<br />
quarteto de cordas, com direção musical de Filipe Raposo,<br />
narrada pela atriz Carla Galvão.<br />
Campeonato Pais vs Filhos. No dia 24 de<br />
janeiro, ao final da tarde, os pais do 6ºa<strong>no</strong> vieram jogar com<br />
os seus filhos aos jogos: Hex, Ouri e Cães e Gatos.<br />
Foi um fim de dia diferente e bastante divertido e (quem<br />
diria!) a maioria dos filhos ganhou aos pais!<br />
Maria João Lourenço, Prof. Matemática<br />
24 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />
“Jogos Matemáticos: foi muito divertido e empolgante para<br />
ambas, mãe e filha! Uma iniciativa a repetir!” Inês Rey<strong>no</strong>lds<br />
de Sousa (EE) e Francisca Rey<strong>no</strong>lds de Sousa 6ºC<br />
“O Pai não teve hipótese! A Filha tinha estado a treinar toda<br />
a tarde e o Pai a trabalhar.<br />
Histórias à parte, a filha ganhou ao Pai por (quase) KO.”<br />
Domingos Henriques (EE) e Catarina Henriques 6ºC<br />
“Os Jogos Matemáticos servem para pensar com um pouco<br />
de brincadeira à mistura. Foi uma tarde bem divertida que<br />
eu tive com a minha mãe a jogar “Gatos & Cães”, “Ouri” e<br />
“Hex”. Foi bom ver os meus amigos, numa sala, a jogarem<br />
em grupo, com os pais muito divertidos.”<br />
Fátima Lages (EE) e João Lages 6ºC<br />
<strong>Sagrado</strong> Voleibol. A equipa <strong>Sagrado</strong> Voleibol<br />
venceu a Final 4 Regional de Lisboa, <strong>no</strong> escalão de<br />
iniciadas. O torneio que decorreu <strong>no</strong>s dia 9 e 10 de março,<br />
<strong>no</strong> <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong>, contou com a participação de mais três<br />
equipas: Lusófona Voleibol Clube, Maristas de Carcavelos e<br />
Clube de Voleibol de Oeiras.<br />
A Equipa do <strong>Sagrado</strong> soma, assim, mais uma vitória a<br />
outras de a<strong>no</strong>s anteriores:<br />
1º lugar - Minis A Femini<strong>no</strong> - 2009/2010<br />
Campeão Regional - Iniciados Femini<strong>no</strong>s - 2009/2010<br />
Campeão regional - Infantis Femini<strong>no</strong>s – 2010/2011<br />
Parabéns à equipa e ao seu treinador<br />
VII Torneio Internacional – RSCM.<br />
O VII Torneio Internacional das RSCM decorreu entre os<br />
dias 14 e 18 de março. Desta feita coube ao <strong>Colégio</strong> de<br />
Nossa Senhora do Rosário, do Porto, a responsabilidade da<br />
organização. A representação do <strong>Sagrado</strong> foi assegurada<br />
por um grupo de 40 alu<strong>no</strong>s dos 6.º, 7.º e 8.º a<strong>no</strong>s. Foram<br />
dias de convívio e competição saudável num espírito<br />
de internacionalidade tão caraterístico do Instituto<br />
das Religiosas do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria. Presentes<br />
estiveram delegações dos <strong>Colégio</strong>s de Paris, Roma, Londres<br />
e Nova Iorque, para além dos três colégios portugueses.<br />
Concerto do Coro Wellesley College.<br />
O Coro Wellesley College de Boston – Estados Unidos<br />
da América - esteve <strong>no</strong><br />
<strong>no</strong>sso colégio a 19 de<br />
janeiro para um concerto<br />
memorável. Durante cerca<br />
de uma hora os muitos<br />
colaboradores, famílias<br />
e amigos do <strong>Colégio</strong><br />
que encheram a Capela<br />
puderam deliciar-se<br />
com uma interpretação<br />
irrepreensível e versátil<br />
que se estendeu do<br />
tradicional Ubi Caritas até<br />
ao popular Indo eu, indo eu<br />
a caminho de Viseu.<br />
Serra - 2012<br />
Há atividades que são marcos <strong>no</strong> ritmo de<br />
uma escola. A Serra é assim! Há mais de 10<br />
a<strong>no</strong>s que alu<strong>no</strong>s do 10º a<strong>no</strong> e professores<br />
fazem esta experiência de subir à Serra para aí<br />
encontrarem, na natureza, o passaporte para o<br />
encontro com Deus e os outros! A Serra é assim:<br />
caminho para...<br />
Para mim, a Serra foi uma experiência que me mostrou que <strong>no</strong>s<br />
podemos dar com toda a gente. Falei com pessoas com quem<br />
“convivia” <strong>no</strong> colégio há a<strong>no</strong>s, mas com quem nunca tinha falado.<br />
Foram uns dias em que a única coisa que importava era divertirmo-<strong>no</strong>s<br />
e o convívio entre todos. <strong>É</strong>ramos poucos mas servimos<br />
bastante bem para fazer a viagem animada. Foi das melhores viagens<br />
que já fiz com o colégio. Foi uma experiência que definitivamente<br />
voltava a repetir e gostaria que tivesse durado mais tempo.<br />
Maria Malaquias 10ºD<br />
Foram dias de puro convívio, partilha, diversão… tudo. De certeza<br />
que saímos de lá com algo <strong>no</strong>vo em cada um de nós, pois tivemos<br />
a oportunidade de <strong>no</strong>s conhecer melhor. <strong>É</strong> difícil acreditar que estamos<br />
com estas pessoas todos os dias e uns dias fora podem mudar<br />
um mero olhar ou uma conversa…”<br />
Mariana Pais 10ºD<br />
OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 25
Semana das Línguas<br />
2012<br />
Foi <strong>no</strong> mês de janeiro que o <strong>CSCM</strong><br />
celebrou a Semana das Línguas. Para<br />
além da exposição de trabalhos das várias<br />
disciplinas dos departamentos, tiveram<br />
lugar algumas outras atividades. Das<br />
mesmas destacamos o teatro de inglês, com<br />
a peça de teatro Off with their heads para o 8º<br />
a<strong>no</strong>, e Hotel Hotel para o 10º a<strong>no</strong>. Mais uma<br />
vez, foi uma atividade com êxito e que os<br />
alu<strong>no</strong>s muito apreciaram.<br />
Foram ainda desenvolvidas atividades de divulgação do<br />
Novo Acordo Ortográfico. No 2º ciclo, por exemplo, decorreu<br />
um concurso sobre o referido tema, o “Loto Ortográfico”,<br />
e <strong>no</strong> 3º ciclo desenvolveu-se o campeonato “Só letras”,<br />
um concurso de soletração. Decorreu ainda uma conferência<br />
com o escritor e antigo alu<strong>no</strong> David Machado para os<br />
alu<strong>no</strong>s do secundário.<br />
Ao longo da semana, os intervalos foram dinamizados,<br />
não apenas com a leitura de poemas em diferentes línguas,<br />
como também por música de diferentes idiomas. Foi preparada<br />
uma ementa temática e também a oração mensal, sob<br />
o tema do ecumenismo, foi animada com cânticos e textos<br />
em diferentes línguas.<br />
VENCEDORES DOS CONCURSOS:<br />
Semana das Línguas - Concursos sobre<br />
Ortografia<br />
Concurso “Loto ortográfico” -2º ciclo:<br />
Matilde Almeida, 6ºC<br />
Concurso “Só Letras” - 3º ciclo: Gonçalo<br />
Guimarães, 9ºD<br />
Para mi corazón basta tu pecho,<br />
para tu libertad bastan mis alas.<br />
Desde mi boca llegará hasta el cielo<br />
lo que estaba dormido sobre tu alma.<br />
Es en ti la ilusión de cada día.<br />
Llegas como el rocío a las corolas.<br />
Socavas el horizonte con tu ausencia.<br />
Eternamente en fuga como la ola.<br />
He dicho que cantabas en el viento<br />
como los pi<strong>no</strong>s y como los mástiles.<br />
Como ellos eres alta y taciturna.<br />
Y entristeces de pronto como un viaje.<br />
Acogedora como un viejo cami<strong>no</strong>.<br />
Te pueblan ecos y voces <strong>no</strong>stálgicas.<br />
Yo desperté y a veces emigran y huyen<br />
pájaros que dormían en tu alma.<br />
Pablo Neruda – Veinte Poemas de Amor y Una Canción<br />
Desesperada<br />
26 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />
Il dit <strong>no</strong>n avec la tête<br />
Mais il dit oui avec le coeur<br />
Il dit oui à ce qu’il aime<br />
Il dit <strong>no</strong>n au professeur<br />
Il est debout<br />
On le questionne<br />
Et tous les problèmes sont posés<br />
Soudain le fou rire le prend<br />
Et il efface tout<br />
Les chiffres et les mots<br />
Les dates et les <strong>no</strong>ms<br />
Les phrases et les pièges<br />
Et malgré les menaces du maître<br />
Sous les huées des enfants prodiges<br />
Avec des craies de toutes les couleurs<br />
Sur le tableau <strong>no</strong>ir du malheur<br />
Il dessine le visage du bonheur.<br />
A Dream<br />
In visions of the dark night<br />
I have dreamed of joy departed-<br />
But a waking dream of life and light<br />
Hath left me broken-hearted.<br />
Ah! what is <strong>no</strong>t a dream by day<br />
To him whose eyes are cast<br />
On things around him with a ray<br />
Turned back upon the past?<br />
That holy dream- that holy dream,<br />
While all the world were chiding,<br />
Hath cheered me as a lovely beam<br />
A lonely spirit guiding.<br />
Jacques Prévert<br />
What though that light, thro’ storm and night,<br />
So trembled from afar-<br />
What could there be more purely bright<br />
In Truth’s day-star?<br />
Edgar Allan Poe<br />
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.<br />
Deus quis que a terra fosse toda uma,<br />
Que o mar unisse, já não separasse.<br />
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.<br />
E a orla branca foi de ilha em continente,<br />
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,<br />
E viu-se a terra inteira, de repente,<br />
Surgir, redonda, do azul profundo.<br />
Quem te sagrou criou-te português.<br />
Do mar e nós em ti <strong>no</strong>s deu sinal.<br />
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.<br />
Senhor, falta cumprir-se Portugal!<br />
Fernando Pessoa<br />
Olhares<br />
NÚMERO 29 | ANO 10 | PROPRIEDADE: COL<strong>É</strong>GIO DO SAGRADO<br />
CORAçãO DE MARIA DE LISBOA | AV. MANUEL DA MAIA, Nº 2, 1000<br />
– 201 LISBOA | TEL. 21 8477575 | FAX. 21 8476435 |<br />
DIRECçãO: MARGARIDA MARRUCHO MOTA AMADOR |<br />
COORDENAçãO: CATARINA CARRILHO E LUíS PEDRO DE SOUSA<br />
| APOIO GRÁFICO: FERNANDO COELHO | IMPRESSãO: CLIO,<br />
ARTES GRÁFICAS | TIRAGEM: 1330 EXEMPLARES | DISTRIBUIçãO:<br />
GRATUITA À COMUNIDADE EDUCATIVA<br />
Com Eco <strong>no</strong> Ambiente…<br />
Estamos <strong>no</strong> fim do segundo período…<br />
Este foi repleto de atividades amigas do ambiente realizadas<br />
pelos alu<strong>no</strong>s de todos os ciclos, do Pré-escolar ao 3º ciclo.<br />
O Carnaval, este a<strong>no</strong>, teve por base a reutilização de materiais,<br />
quer para a produção de máscaras como para a elaboração<br />
dos fatos… O resultado foi uma agradável surpresa,<br />
<strong>no</strong> envolvimento e contributo de todos, bem como <strong>no</strong>s fantásticos<br />
disfarces. Estão todos de parabéns!<br />
No 2º ciclo, usou-se como tema a Reciclagem e respetivos<br />
Ecopontos. Assim produziram-se chapéus para o desfile<br />
carnavalesco, azuis, amarelos verdes e vermelhos, sendo<br />
estes decorados com os materiais que correspondem<br />
a estes ecopontos. Que bonitos estavam todos…<br />
Foram desperdiçados me<strong>no</strong>s recursos para um resultado<br />
muito bom!<br />
Os alu<strong>no</strong>s do 2º e 3º ciclos continuam envolvidos na «Gincana<br />
Rock in Rio», até fim de março com 6 tarefas. As atividades<br />
e seu balanço são:<br />
1. Recolha de embalagens - em parceria com a Sociedade<br />
Ponto Verde (2 a 30 <strong>no</strong>vembro) - recolhemos 540 kg.<br />
2. Pulseiras Por Um Mundo Melhor – angariação de fundos<br />
para uma causa social (até 31 de janeiro) - tivemos um<br />
número próximo de 633 pulseiras vendidas.<br />
3. Escola Energeticamente Eficiente – poupança de energia<br />
(2 de <strong>no</strong>vembro a 29 de fevereiro).<br />
4. Escola Eficiente – Uso Eficiente de água – (2 de <strong>no</strong>vembro<br />
a 29 de fevereiro).<br />
5. Escola Eletrão – em parceria com a AMB3E (2 de janeiro a<br />
23 de março) - já conseguimos reunir 3500kg de peque<strong>no</strong>s<br />
eletrodomésticos, pilhas, lâmpadas e televisões).<br />
6. Gincana online – Desafios colocados aos alu<strong>no</strong>s <strong>no</strong> âmbito<br />
da sustentabilidade, leitura e cálculo mental (continuam<br />
a ser desenvolvido pelos alu<strong>no</strong>s em casa).<br />
O 2º ciclo está dinâmico e com uma atividade muito ecológica:<br />
é o Projeto Eco-Turma. Serão recolhidos em cada turma<br />
diferentes tipos de materiais, como rolhas de cortiça, papel<br />
de rascunho, tampas de embalagens de plástico, cápsulas<br />
Nespresso, pilhas e outros materiais, com o objetivo de<br />
poupar os recursos da natureza, e ajudar uma causa social.<br />
Muitas instituições de cariz social, como o hospital D. Estefânia<br />
e o Banco Alimentar Contra a Fome, entre outras, têm a<br />
possibilidade de receber recursos pela entrega destes bens,<br />
o que torna ainda mais significativa esta recolha. Será possível<br />
saber que materiais estão a recolher e para que fins. Consulta<br />
o blogue Eco Turma.<br />
Estamos com o 1º ciclo a pôr em ação as «Brigadas Positivas»<br />
que dinamizarão a poupança da energia. Este grupo fará a<br />
montagem de um conjunto de modelos movidos a energias<br />
re<strong>no</strong>váveis oferecido pela Missão Up.<br />
O dia Eco-escolas, 20 de março, está a ser preparado com<br />
atividades dirigidas aos vários intervenientes da comunidade<br />
educativa<br />
Contamos com a participação de todos nas recolhas seletivas<br />
de materiais e nas diferentes campanhas e atividades.<br />
Contamos com as vossas ideias e envolvência!<br />
Elisabete Santos (elisabete.santos@cscm-lx.pt) Professora<br />
Coordenadora do Projeto Eco-Escolas<br />
OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 27
jantar comemorativo<br />
do 70.º aniversário<br />
da fundação do colégio<br />
do sagrado coração de maria<br />
dia 21 de abril, pelas 20h,<br />
<strong>no</strong> colégio.<br />
o jantar será antecedido<br />
pela pré-apresentação<br />
do livro 70 a<strong>no</strong>s a educar<br />
para que todos tenham vida,<br />
da autoria de sofia barrocas.<br />
inscrições na secretaria até 13 de abril.