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DeSenVoLVeR É CRiAR - DSpace no CSCM-Lx - Colégio Sagrado ...

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Revista do <strong>Colégio</strong><br />

do <strong>Sagrado</strong> Coração<br />

de Maria | Lisboa<br />

Revista trimestral<br />

Número 29<br />

A<strong>no</strong> 2011 | 2012<br />

Olhares<br />

Curso de Artes Visuais<br />

<strong>DeSenVoLVeR</strong><br />

<strong>É</strong> <strong>CRiAR</strong><br />

Semana da Matemática e da Tec<strong>no</strong>logia<br />

objetivos de desenvolvimento do Milénio


Se há sítio onde a palavra DESENVOLVER<br />

tem lugar é na escola! E devia ter<br />

mais... muito mais! Caiam outros<br />

verbos, mas daí não virá grande mal!<br />

Permitam-me, sugestionado pelo tema<br />

da <strong>no</strong>ssa OLHARES, fazer a apologia do<br />

desenvolvimento em detrimento de outros<br />

“çãos” como a repetição, a habituação ou<br />

acomodação ou a formatação.<br />

Na escola deve haver regras, <strong>no</strong>rmas de conduta, métodos<br />

de trabalho e estudo, pois claro! Mas não devia haver<br />

formas onde todos têm de encaixar. Deve haver espaço<br />

para o traço pessoal e depois educar esse traço para o<br />

serviço de outros.<br />

Nos tempos que correm repetem-se os apelos à<br />

criatividade e ao desenvolvimento. O país precisa disso<br />

como outrora precisou de navegadores.<br />

Por cá, dentro dos <strong>no</strong>ssos muros, continuamos a projetar<strong>no</strong>s<br />

para fora, ou não tivéssemos como ideário educativo<br />

este sentido de que educamos para que essa educação<br />

seja posta ao serviço de outros.<br />

Permitam-me apenas dois exemplos que poderemos<br />

encontrar ao “desfiar” este <strong>no</strong>sso número da Olhares:<br />

Não procuramos um desenvolvimento egocêntrico,<br />

por isso educamos, refletimos sobre os objetivos de<br />

desenvolvimento do milénio, nisso têm trabalhado, muito<br />

e bem, as turmas de eco<strong>no</strong>mia do ensi<strong>no</strong> secundário.<br />

Queremo-<strong>no</strong>s abertos à <strong>no</strong>vidade e a uma oferta de<br />

qualidade num colégio plural que reconhece nas<br />

diferentes fontes do saber instrumentos de edificação de<br />

uma sociedade mais rica. A abertura do <strong>no</strong>vo curso de<br />

artes visuais é disso sinal.<br />

E depois há mais... para dizer desta vontade/empenho em<br />

desenvolver dons e capacidades para o bem comum.<br />

2 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />

Desenvolver<br />

<strong>É</strong> <strong>CRiAR</strong> !<br />

Desenvolve quem arrisca momentos<br />

de interioridade e de silêncio para se<br />

encontrar consigo e com Deus.<br />

Desenvolve quem se empenha em formas de<br />

vida saudáveis como o desporto.<br />

Desenvolve quem escreve, lê...<br />

Desenvolve quem conhece outras realidades<br />

para além do seu mundo;<br />

Desenvolve quem estuda;<br />

Desenvolve quem reza;<br />

Desenvolve quem resolve um problema;<br />

Desenvolve quem promove o diálogo entre<br />

culturas e religiões;<br />

Desenvolve quem promove a alegria;<br />

Desenvolve quem tem ideias e quem as<br />

discute;<br />

Desenvolve quem se sabe “parceiro” de<br />

Deus na condução da história.<br />

Desenvolve quem aceita entrar num<br />

processo de re<strong>no</strong>vação para fazer <strong>no</strong>vas<br />

todas as coisas... é assim a Quaresma e<br />

a Páscoa! Um tempo para desenvolver e<br />

re<strong>no</strong>var.<br />

Luís Pedro de Sousa, Coord.<br />

1.º<br />

Reduzir<br />

para metade<br />

a pobreza<br />

extrema e a<br />

fome<br />

4.º<br />

Reduzir a taxa<br />

de mortalidade<br />

infantil.<br />

2.º<br />

Alcançar<br />

o ensi<strong>no</strong><br />

primário<br />

universal<br />

5.º<br />

Reduzir em<br />

¾ a taxa de<br />

mortalidade<br />

materna.<br />

7.º<br />

Garantir a sustentabilidade<br />

ambiental.<br />

Objetivos de<br />

desenvolvimento<br />

do Milénio<br />

Em 2000, a Organização das Nações<br />

Unidas, ao analisar os maiores<br />

problemas mundiais, estabeleceu<br />

O8 Objetivos do Milénio que devem<br />

ser atingidos por todos os países<br />

até 2015. No <strong>Sagrado</strong> estamos<br />

empenhados em divulgá-los, discutilos,<br />

falar dos problemas que lhe estão<br />

associados porque assim estaremos a<br />

educar para que todos tenham vida.<br />

3.º<br />

Promover a<br />

igualdade de<br />

género e a<br />

valorização da<br />

mulher<br />

6.º<br />

Combater o<br />

HIV/SIDA,<br />

a malária e<br />

outras doenças<br />

graves.<br />

8.º<br />

Criar uma<br />

parceria global<br />

para o<br />

desenvolvimento.<br />

OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 3


Desenvolver é ficar mais perto, melhorar,<br />

fazer mais, evoluir, criar alguma coisa.<br />

Duarte Alexandri<strong>no</strong>, Tiago Belo, David Madatali, Miguel<br />

Teixeira, Henrique Aleixo, 3ºC<br />

Desenvolver é o ato de fazer avançar algo e<br />

fazer crescer. Desenvolver é algo que todos<br />

e tudo fazem através, na maioria das vezes,<br />

da mão humana.<br />

José Francisco Saraiva, 7ºC<br />

Desenvolver é o ato de crescer, aumentar,<br />

ficar maior, fazer melhor. Nós os huma<strong>no</strong>s<br />

estamos sempre a desenvolver-<strong>no</strong>s e a<br />

evoluir. As tec<strong>no</strong>logias de hoje são mais<br />

complexas do que as de antigamente.<br />

Tudo se desenvolve e este desenvolvimento<br />

acontece muito rapidamente.<br />

Diogo Jantarada, 7ºC<br />

Desenvolver é melhorar aquilo que já<br />

sabemos, ou não, fazer. <strong>É</strong> a evolução daquilo<br />

que existe. <strong>É</strong> o processo por que tudo passa.<br />

<strong>É</strong> acrescentar àquilo que já está feito.<br />

Ana Guerra, 7ºC<br />

Desenvolver é um verbo que consiste em<br />

tornar alguma coisa simples em algo mais<br />

complexo e com mais detalhes, de modo<br />

a ficarmos a saber o mais possível de um<br />

certo assunto.<br />

Bru<strong>no</strong> Afonso, 9ºB<br />

Desenvolver é dar continuação,<br />

continuar algo que já terá sido começado.<br />

Desenvolver também é aprofundar o nível<br />

de conhecimentos. Desenvolver é crescer.<br />

Beatriz Rodrigues, 9ºB<br />

A palavra desenvolver, para mim, significa<br />

crescer, evoluir. Não só crescer a nível<br />

físico, passar pela puberdade e pela<br />

adolescência, mas também um crescimento<br />

a nível intelectual e psicológico, é a<br />

formação de uma personalidade. Ao longo<br />

destes a<strong>no</strong>s, o <strong>Colégio</strong> permite-<strong>no</strong>s crescer<br />

bastante moralmente, são-<strong>no</strong>s ensinados<br />

valores muito importantes como o amor e<br />

a honestidade. Sinto que dentro do <strong>Colégio</strong><br />

não somos apenas mais um alu<strong>no</strong>, somos<br />

pessoas a crescer por quem os professores<br />

e funcionários se preocupam realmente.<br />

4 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />

Conseguimos ser nós próprios e ao mesmo<br />

tempo termos educação, porque esta não<br />

se realiza apenas em casa. Adquirios<br />

também muitas capacidades profissionais<br />

e saímos muito bem preparados a nível<br />

de conhecimentos. O colégio precupa-se<br />

em ajudar-<strong>no</strong>s a encontrar e desenvolver<br />

os <strong>no</strong>ssos talentos e competências; por<br />

exemplo através dos serviços de psicologia<br />

que <strong>no</strong>s auxiliam aescolher a área a seguir.<br />

Susana Pinto, 12ºA<br />

Desenvolver significa levar mais longe,<br />

melhorar alguma coisa. Podem-se<br />

desenvolver várias coisas: amizade,<br />

projetos, a <strong>no</strong>ssa vida, o <strong>no</strong>sso ser e, às<br />

vezes, o amor. <strong>É</strong> importante para nós,<br />

huma<strong>no</strong>s, desenvolver o futuro.<br />

Catarina Duarte e Francisco Costa, 3ºB<br />

Desenvolver é explicar as coisas de uma<br />

forma diferente e mais sábia. Podem-se<br />

desenvolver muitos tipos de coisas: frases,<br />

textos, histórias...<br />

António Nunes e Leo<strong>no</strong>r Banazol, 3ºB<br />

Desenvolver é aprofundar, pensar,<br />

melhorar e enriquecer. Há muitas coisas<br />

que se podem desenvolver: um texto, os<br />

sentimentos, as ideias e outras coisas mais.<br />

Marta Torres e Henrique Baptista, 3ºB<br />

Quase tudo se pode desenvolver! Por<br />

exemplo, podemos desenvolver um<br />

trabalho; um bebé desenvolve-se; uma ideia<br />

desenvolve-se; as sementes também e as<br />

mentes das pessoas também.<br />

Maria Inês Pina e João Pedro Alves, 3ºB<br />

Desenvolver é sinónimo de empenho. <strong>É</strong><br />

querer melhorar.<br />

José Figueiredo e Afonso Catarro,3ºB<br />

o que <strong>É</strong><br />

Desenvolver ?<br />

o<br />

curso científico-humanístico de<br />

artes visuais, este a<strong>no</strong> de regresso<br />

ao <strong>no</strong>sso colégio, está em franco<br />

desenvolvimento! O entusiasmo<br />

e dedicação ganham espaço de<br />

dia para dia, com muita atividade<br />

criativa, imaginação e i<strong>no</strong>vação. A complementaridade<br />

de pensamentos e de saberes volta assim ao <strong>Sagrado</strong>,<br />

com a presença de todos os cursos científico humanísticos.<br />

A este regresso damos especial ênfase neste<br />

número da Olhares, onde as alunas e professores partilham<br />

alguns dos seus pensamentos, produção criativa,<br />

projetos e sonhos. <strong>É</strong> na interligação de saberes e nas<br />

diversas perspetivas do conhecimento que o raciocínio<br />

se desenvolve de forma mais completa possibilitando<br />

o desenvolvimento ple<strong>no</strong> do ser huma<strong>no</strong>. A visão<br />

mais criativa na área da representação e da i<strong>no</strong>vação é,<br />

assim, uma mais valia para todos nós. Ao longo deste<br />

a<strong>no</strong>, têm sido vários os belos e provocadores apontamentos<br />

que <strong>no</strong>s vão dando conta da presença do curso<br />

de artes visuais <strong>no</strong> colégio. Bem hajam!<br />

Os objetivos de Desenvolvimento do Milénio desde<br />

2000 povoam alguns dos <strong>no</strong>ssos sonhos e marcam<br />

muitas das <strong>no</strong>ssas ações. Assim será até 2015, mas perdurarão<br />

<strong>no</strong> tempo com as repercussões que todos e<br />

cada um de nós quiser. Este a<strong>no</strong>, os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s do<br />

ensi<strong>no</strong> secundário estão envolvidos <strong>no</strong> projeto Make It<br />

Possible, promovido pela AIESEC, organização liderada<br />

por jovens para jovens com centenas de empresas parceiras<br />

em todo o mundo, cujo foco de ação é providenciar<br />

uma plataforma de desenvolvimento de liderança<br />

na juventude, oferecendo experiências profissionais<br />

e de voluntariado <strong>no</strong> estrangeiro. Desta forma, a presença<br />

de voluntários de países diversos tem sido uma<br />

constante desde o mês de Fevereiro, onde, em conversa<br />

com os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s , têm feito a sensibilização<br />

para os ODM, com exemplos muito concretos de como<br />

poder contribuir para a sua concretização. Este projeto<br />

vem assim juntar-se a outros já existentes <strong>no</strong> colégio e<br />

que, também tendo por base o trabalho de voluntariado,<br />

promovem a Vida!<br />

esses múltiplos<br />

oLhAReS<br />

E de Vida se enche todos os dias o <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong>!<br />

Quatro departamentos curriculares, Educação Física,<br />

Ciências Exatas, Línguas Estrangeiras e Língua Portuguesa<br />

tiveram as suas semanas, onde com especial ênfase<br />

puderam expor a abrangência das suas disciplinas<br />

e promover atividades dentro desse âmbito.<br />

O departamento de Educação Física promoveu a<br />

abordagem prática a desportos me<strong>no</strong>s conhecidos ou<br />

me<strong>no</strong>s praticados pelos <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s e ainda a apresentação,<br />

por parte de quase todos os alu<strong>no</strong>s do colégio,<br />

de um flash mob, <strong>no</strong> pátio, da autoria de um grupo<br />

de alunas.<br />

No enquadramento da matemática e tec<strong>no</strong>logia,<br />

contámos com a presença de outras escolas, para a gincana<br />

inter-escolas, promovendo a abertura ao exterior<br />

e troca de saberes e experiências. E pela primeira vez tivemos<br />

uma Lan Party. Muitas outras atividades tiveram<br />

lugar nesta semana.<br />

Por último, a destacar a vinda de um escritor, o <strong>no</strong>sso<br />

antigo alu<strong>no</strong> David Machado, que prendeu a atenção<br />

de alu<strong>no</strong>s e professores na sua partilha sobre a escrita.<br />

Destaco ainda a oração mensal em várias línguas.<br />

Muitas outras atividades e projetos estão presentes<br />

nas páginas que se seguem, onde o desenvolvimento<br />

da criatividade em diversas áreas é uma constante.<br />

<strong>É</strong> com esta sugestão da criatividade na reflexão e na<br />

ação, que vos desejo uma boa caminhada até à Páscoa.<br />

Com amizade,<br />

Margarida Marrucho<br />

Mota Amador<br />

Diretora pedagógica<br />

OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 5


Peço desculpas adiantadas a todos os que<br />

já me ouviram começar com uma introdução<br />

parecida com esta, mas, quando se recebe<br />

um convite para participar <strong>no</strong> que quer<br />

que seja do <strong>Colégio</strong> a que se pertenceu durante<br />

uma data de a<strong>no</strong>s (proporcionalmente à curta idade<br />

pós-adolescente, quase todos), não há grande alternativa<br />

de entrada. Corro o risco de soar lambe-botas mas, sinceramente,<br />

não estou muito preocupado com isso – chama-se<br />

gratidão e não morde. <strong>É</strong> reconfortante receber pedidos destes<br />

e alimenta ainda mais a certeza, que já passou de sensação<br />

para certeza, que faço realmente parte da organização.<br />

Agora a parte me<strong>no</strong>s <strong>no</strong>bre e mais medrosa. Não pude<br />

deixar de ir ver as pessoas que já estiveram nesta rubrica antes<br />

e, como seria de esperar, senti-me pequeni<strong>no</strong>. Principalmente<br />

em termos de experiência profissional, peque<strong>no</strong>. Estou<br />

<strong>no</strong> segundo a<strong>no</strong> da licenciatura de gestão <strong>no</strong> ISCTE, a licenciatura<br />

de quem não sabe ainda bem o que quer fazer.<br />

Quando escolhi estava certo que queria ser gestor de espetáculos,<br />

mas entretanto já voltei <strong>no</strong>vamente à estaca zero.<br />

Confirma-se – a licenciatura de quem não tem a certeza do<br />

que quer. Estou <strong>no</strong> sítio certo portanto. Já sabem qual é a<br />

lenga-lenga, não deixa de ser verdade por o saberem – o colégio<br />

dá um empurrão grande para a faculdade. Torçam o<br />

nariz, quando estava <strong>no</strong> colégio também torcia muito, mas<br />

vão sentir isso na pele, e neste caso a expressão é usada <strong>no</strong><br />

bom sentido.<br />

A par da licenciatura, estou neste momento a substituir<br />

a professora Marília Vaz Santos na coordenação do Clube<br />

10/14. Quando a virem deem-lhe os parabéns porque teve<br />

um bebé! Esta coordenação, não vou mentir, está-me a dar<br />

o triplo do trabalho que esperava. De tal maneira que, se<br />

estivesse consciente disso na altura em que aceitei, provavelmente<br />

tinha tremido mais e pensado duas, três e quatro<br />

vezes. Contudo, acho que não tinha pensado muito mais<br />

que isso e tinha aceite de qualquer maneira porque confirmou-se<br />

o que estava à espera (superou até) – não podia<br />

ser trabalho mais gratificante e por uma causa em que<br />

não custa mas dá gozo suar. Não gosto de frases feitas, mas<br />

a verdade é que os miúdos que apoiamos <strong>no</strong> clube ensi-<br />

MARCA<br />

<strong>Sagrado</strong><br />

nam-<strong>no</strong>s mais do que nós lhes ensinamos. Dou graças a<br />

Deus por me ter concedido a oportunidade de trabalhar<br />

com eles e, obviamente, de apoiar diretamente o trabalho<br />

do colégio. Sou voluntário <strong>no</strong> Clube há três a<strong>no</strong>s, e continuo<br />

a ser, de maneira que este convite para a coordenação,<br />

ainda que provisória, foi um conforto grande de que alguma<br />

coisa devia estar a fazer bem. Foi e é espetacular sentir<br />

o apoio de todos professores e funcionários do <strong>Sagrado</strong>,<br />

tentando sempre encorajar-me com sorrisos e palmadas<br />

nas costas. <strong>É</strong> isto que o <strong>Colégio</strong> faz. A diferença pela Fé.<br />

E empurra-<strong>no</strong>s a fazer a diferença a partir do pôr em prática<br />

da Fé que transmite.<br />

Acho melhor ficar por aqui já que o professor Luís Pedro<br />

de Sousa pediu três parágrafos. Não tenho jeito nem gosto<br />

de resumir. Para grande infelicidade das minhas antigas professoras<br />

de Português.<br />

Um último ponto e depois calo-me: <strong>É</strong> especial conseguir<br />

sentir o peso pesado de fazer parte desta organização a par<br />

da leveza que este peso proporciona. Não podia ter sido um<br />

final me<strong>no</strong>s armado ao intelectual. Não deixa de ser verdade<br />

por isso.<br />

Manuel Ferreira, antigo alu<strong>no</strong> e coordenador do Clube<br />

10/14<br />

o SAgRADo<br />

TeM ARTe!<br />

Este a<strong>no</strong> o <strong>Colégio</strong>, após um interreg<strong>no</strong>, alargou o leque de oferta e abriu a<br />

variante que possibilita a entrada dos alu<strong>no</strong>s num curso artístico. Esta opção<br />

começou com cinco alunas, mas, neste momento, já são oito as estudantes<br />

que compõe a turma de Artes.<br />

Para além da Geometria Descritiva, que também faz parte dos cursos de<br />

Ciências e Tec<strong>no</strong>logias, os alu<strong>no</strong>s têm Matemática B e Desenho como as disciplinas<br />

que marcam a grande diferença dos outros cursos. Por se tratar do<br />

curso de Artes Visuais, focaremos a <strong>no</strong>ssa abordagem <strong>no</strong> Desenho.<br />

No início tudo começou com um bocadinho de medo do papel. A folha<br />

branca é assustadora e fazia com que as linhas aparecessem hesitantes e<br />

com pouca expressividade. Para compor este cenário, tivemos de apagar a<br />

“borracha” do <strong>no</strong>sso dicionário. Depois, fizemos desenhos cegos, rabiscámos<br />

folhas ao som de uma música ou ao sabor de um rebuçado. Fizemos<br />

desenhos cro<strong>no</strong>metrados, desenhos de contor<strong>no</strong>, desenhos de negativo,<br />

procurámos linhas <strong>no</strong>s volumes das formas e escolhemos a dureza do lápis<br />

de grafite para esta ou aquela sombra…<br />

Fizemos desenhos dos mais variados objetos, mesmo que <strong>no</strong>s tenhamos<br />

demorado nas formas naturais. Desenhámos a aguarela e com aguadas coloridas,<br />

ora garridas ora esbatidas, experimentámos acrílicos, esferográficas,<br />

canetas, tinta da china, ecolines e lápis de cor.<br />

Procurámos texturas, sombras, formas e aventuras dos dois lados do papel.<br />

Mudámos de papel, mudámos de formato, mudámos de suportes, materiais<br />

e de espaço.<br />

Procurámos ver o mundo através de uma folha, de uma linha, de um ponto.<br />

Focámo-<strong>no</strong>s na <strong>no</strong>ssa perspetiva e na dos outros. Espreitámos imagens<br />

<strong>no</strong> quadro da sala, em livros, na net e em exposições.<br />

E começámos a fazer as <strong>no</strong>ssas (embora tímidas) demonstrações destas<br />

aventuras e evoluções. Mostrámos os <strong>no</strong>ssos desenhos com os <strong>no</strong>ssos<br />

progressos e com tudo o que ainda temos para progredir. Começámos pelo<br />

átrio do <strong>Colégio</strong>, mas até na Capital Europeia da Cultura vamos intervir!<br />

Queremos fazer parte do mundo da Arte! E sabemos que estamos apenas<br />

a aprender e a começar, mas para já:<br />

Estamos a adorar!<br />

Marta Neto, Prof. Desenho do 10ºE<br />

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8 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 9


A simplicidade que vem<br />

do pouco<br />

Uma semana na<br />

comunidade de Taizé<br />

Por altura do Carnaval, um grupo de jovens<br />

partiu rumo a uma pequena aldeia <strong>no</strong> sul de<br />

França onde se vive a simplicidade que vive<br />

do pouco que chega e do muito silêncio que<br />

se faz... E é assim que cresce <strong>no</strong> coração a<br />

simplicidade plena de riqueza!<br />

Em Taizé, há um único imperativo: Jesus<br />

Cristo e o silêncio para <strong>no</strong>s encontrarmos<br />

com Ele.<br />

No <strong>Sagrado</strong> fomos já muitos, entre<br />

professores, alu<strong>no</strong>s e antigos alu<strong>no</strong>s, os que<br />

já fizemos esta experiência! À semelhança<br />

de outros a<strong>no</strong>s, não fomos sozinhos mas<br />

inseridos na peregrinação da<br />

Pastoral Juvenil do Instituto<br />

das Religiosas do <strong>Sagrado</strong><br />

Coração de Maria.<br />

Uma das coisas que mais me marcou foi a<br />

simplicidade em que os irmãos vivem, podendo<br />

ainda assim ter uma vida tão cheia<br />

e tão completa!<br />

Depois... há o resto! 36 horas de autocarro<br />

para ir para um sítio onde não se podem<br />

carregar os aparelhos eletrónicos,<br />

onde se tem de dormir num saco cama,<br />

comer comida terrível só com uma colher...<br />

mas isso, como diz a sabedoria popular,<br />

é só paisagem!<br />

Um dos momentos importantes dos dias era a reflexão<br />

bíblica em peque<strong>no</strong>s grupos, onde partilhávamos as <strong>no</strong>ssas<br />

vivências. Como tínhamos muito tempo livre, pudemos parar,<br />

ter momentos só para nós, sem azáfamas diárias.<br />

Em Taizé constroem-se amizades e vivem-se partilhas<br />

que <strong>no</strong>s marcam, com pessoas que vivem em realidades diferentes<br />

das <strong>no</strong>ssas e por isso <strong>no</strong>s enriquecem.<br />

Leo<strong>no</strong>r Braz Teixeira - 11ºB<br />

Taizé, uma experiência memorável por diversas razões. <strong>É</strong><br />

complicado, por poucas palavras, descrever tal experiência,<br />

apenas <strong>no</strong>s deixa o desejo de regressar outra vez. Em Taizé<br />

aprende-se a viver em comunidade, o que cria um forte<br />

espírito de grupo que <strong>no</strong>s aproxima uns dos outros, pessoas<br />

de diferentes cidades e países! A espiritualidade em Taizé<br />

é diferente de em qualquer outro sítio, a partir do momento<br />

em que, três vezes por dia durante cerca de10 minutos, se<br />

faz um momento de silêncio na capela e onde o silêncio permanece<br />

demonstrando que estamos todos lá para os mesmos<br />

fins. Tudo, desde os peque<strong>no</strong>s grupos de partilha, aos<br />

almoços com apenas um talher e às <strong>no</strong>ites<br />

frias, mas aquecidas pelo convívio e confraternização<br />

entre todos, deixa na <strong>no</strong>ssa<br />

mente a ideia bem clara de que é preciso<br />

regressar!<br />

Salvador Quintas, 10ºD<br />

A experiência de Taizé marcou-me porque<br />

me mostrou a importância do silêncio<br />

e da reflexão, além de me ter feito reencontrar o espírito<br />

de partilha e união que temos em comum enquanto seres<br />

huma<strong>no</strong>s, mas que parece apagado <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso dia-a-dia.<br />

Taizé foi o local perfeito para redefinir as minhas prioridades<br />

na vida, fortalecer a minha espiritualidade e conhecer pessoas<br />

que partilham as mesmas questões que eu. Volto de<br />

Taizé com uma <strong>no</strong>va força, estando muito grata ao colégio<br />

por uma das semanas mais enriquecedoras da minha vida.<br />

Bárbara Pacheco, 11ºB<br />

A experiência de Taizé marcou-me porque encontrei, de<br />

uma forma que nunca poderia ter encontrado, <strong>no</strong> curso do<br />

dia-a-dia, algo espiritualmente tão enriquecedor. No silêncio<br />

da reflexão e na simplicidade que Taizé <strong>no</strong>s proporciona,<br />

pude descobrir o essencial da vida, e nunca pensei que<br />

o essencial bastasse e que ao mesmo tempo fosse tão gratificante.<br />

Mariana Mixão, 11º B<br />

<strong>no</strong>tícias<br />

Do PR<strong>É</strong>-eSCoLAR<br />

Carnaval <strong>no</strong> Jardim de<br />

infância<br />

Para comemorar este dia,<br />

mascaradas vieram todas as crianças<br />

com muitos sorrisos e muita alegria<br />

Danças e animação sem parar<br />

os meni<strong>no</strong>s, as meninas e até os professores<br />

<strong>no</strong> palco apareceram sempre a brilhar<br />

Nunca mais esqueceremos o dia<br />

em que brincámos ao Carnaval<br />

<strong>no</strong> <strong>Colégio</strong> <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria<br />

Patrícia Vidigal, Educ. - Sala Amarela<br />

Carnaval trapalhão<br />

O Carnaval Trapalhão<br />

Chegou ao <strong>no</strong>sso colégio<br />

Brincámos com a imaginação<br />

Mas que grande privilégio<br />

Com gravatas, chapéus e jóias…<br />

Camisas, saias e casacos!<br />

Pintámos, colámos e criámos<br />

Ficámos todos FANTÁSTICOS!!!<br />

Catarina Azevedo, Educ - Sala Encarnada<br />

10 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 11


<strong>no</strong>tícias<br />

Do PR<strong>É</strong>-eSCoLAR<br />

Visita à quinta<br />

Pedagógica<br />

No dia 12 de Janeiro visitámos a Quinta Pedagógica dos Olivais<br />

e foi pelas 10h10 que iniciámos a 1ª atividade da manhã…<br />

fazer pão! Depois das mãos bem lavadas, e de vestirmos<br />

o avental, fomos até à cozinha, onde começámos o<br />

<strong>no</strong>sso trabalho!<br />

Vimos alguns tipos de cereais com os quais podemos fazer<br />

pão… trigo, centeio, aveia, milho e cevada! Falámos sobre<br />

o ciclo do pão e depois foi só pôr mãos à obra!!!<br />

Começámos por pôr numa taça a farinha de trigo com<br />

mistura de farinha de centeio… em seguida, sal, fermento e<br />

água… depois foi só amassar! Como a massa tem que descansar…<br />

para poder “crescer”, utilizámos outra massa que já<br />

estava pronta! Em seguida, foi só moldar o <strong>no</strong>sso pão! Ao<br />

fundo da cozinha estava aceso um for<strong>no</strong> que se preparava<br />

para receber o <strong>no</strong>sso pão! Que quentinho que estava!<br />

No fim do pão estar <strong>no</strong> for<strong>no</strong>, fomos até ao pátio, onde a<br />

“Burra Pestana” já <strong>no</strong>s esperava! Cada um de nós teve uma tarefa<br />

muito importante… escovar, pentear e dar comida à <strong>no</strong>ssa<br />

<strong>no</strong>va amiga, que contava com todo o <strong>no</strong>sso apoio e coragem!<br />

Depois de tratarmos da burra, visitámos os restantes animais<br />

da Quinta, a Horta e o Pomar!<br />

No final, fomos buscar o pão à cozinha e despedimo-<strong>no</strong>s<br />

das pessoas que tão carinhosamente <strong>no</strong>s receberam!<br />

Ana Isabel Alberti<strong>no</strong>, Educ. - Sala Verde Escuro<br />

<strong>no</strong>tícias<br />

Do 1.º CiCLo<br />

Museu do Mar<br />

A turma do 1º B foi, <strong>no</strong> dia 25 de janeiro, ao Museu do Mar<br />

em Cascais.<br />

Saímos do autocarro e atravessámos a rua pela passadeira.<br />

Ao pé de uma placa <strong>no</strong> passeio, o professor António parou<br />

para lermos:<br />

“ Museu do Mar – Rei D. Carlos<br />

Rua Júlio Pereira de Mello ”<br />

Com alguma ajuda <strong>no</strong> “s” de Museu e <strong>no</strong> “j” de Júlio, foi<br />

com satisfação que sentimos que já estamos quase a ler<br />

tudo...e mais alguma coisa.<br />

Tivemos tempo para o lanche da manhã até que <strong>no</strong>s chamaram<br />

para entrar e lá fomos nós, portas adentro, até uma<br />

sala pequena onde assistimos a um teatro de fantoches fluorescentes<br />

numa sala completamente escura – Nem tudo o<br />

que vem à rede é peixe era o <strong>no</strong>me da peça que <strong>no</strong>s mostrou<br />

a preparação da festa dos 100 a<strong>no</strong>s da Tartaruga Laroca. O<br />

peixe Didi, nessa azáfama toda, engoliu dois balões encarnados<br />

e teve que ir ao Dr. Iodo, um polvo muito engraçado<br />

que não gostava nada de beijinhos.<br />

O Museu do Mar aborda a questão da poluição dos mares,<br />

nesta divertida peça de teatro de luz negra em que <strong>no</strong>s<br />

sentimos como se estivéssemos <strong>no</strong> fundo do mar.<br />

Depois a <strong>no</strong>ssa guia, que fazia de peixe Didi, falou-<strong>no</strong>s<br />

da história do museu e mostrou-<strong>no</strong>s as várias espécies mari-<br />

nhas: os tubarões, as tartarugas, as baleias, as focas, os lobos<br />

marinhos... Também vimos a sala dos pescadores e, deitados<br />

<strong>no</strong> chão, ouvimos os pregões das peixeiras.<br />

Foi uma boa aula <strong>no</strong> Museu!<br />

1º a<strong>no</strong> B<br />

o Livro<br />

Como eu gosto de um livro<br />

e com ele aprender,<br />

é uma forma divertida<br />

de continuar a crescer.<br />

Dou a volta ao mundo<br />

e regresso num segundo,<br />

com um livro na mão<br />

vou do Brasil ao Japão.<br />

Hoje sou um rei e amanhã um cão,<br />

só preciso de ter muita imaginação.<br />

Segue o meu conselho<br />

ouve o que te digo,<br />

um livro pode ser<br />

um verdadeiro amigo.<br />

Diogo Leite de Campos, 4.ºC<br />

A amizade<br />

A amizade é um dos bens mais preciosos da humanidade.<br />

Herdamos a família, mas escolhemos os amigos. Um verdadeiro<br />

amigo é algo muito valioso. <strong>É</strong> um verdadeiro tesouro<br />

que guardamos <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso coração juntamente com outros<br />

sentimentos importantes como o amor, a solidariedade, a<br />

humildade, a união...<br />

Com um amigo partilhamos brincadeiras, conversas, segredos,<br />

tristezas, dias bons e dias maus. Com um amigo partilhamos<br />

a vida.<br />

A amizade constrói-se todos os dias e tem que ser alimentada<br />

para crescer. Se não alimentarmos a amizade com<br />

atitudes e entrega aos amigos, ela morre e desaparece do<br />

<strong>no</strong>sso coração.<br />

A amizade não tem idade, raça, religião, é de todos e para<br />

todos.<br />

Quando estamos tristes, a amizade não <strong>no</strong>s abandona,<br />

sai do <strong>no</strong>sso coração e vem consolar-<strong>no</strong>s dizendo: “não estás<br />

sozinho, tens AMIGOS!”<br />

Diogo Leite de Campos, 4.º C<br />

12 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 13


<strong>no</strong>tícias<br />

Do 2.º CiCLo<br />

Celebração da Semana<br />

Mundial de harmonia<br />

inter-Religiosa 2012<br />

No dia 4 de fevereiro foi celebrada,<br />

em Lisboa, <strong>no</strong> Mercado de Sta Clara, a<br />

Semana Mundial de Harmonia Inter-<br />

Religiosa 2012, promovida pelo Alto<br />

Representante das Nações Unidas para a<br />

Aliança das Civilizações, Dr. Jorge Sampaio.<br />

Em parceria com várias Instituições e<br />

Entidades, a Comunidade Islâmica de<br />

Lisboa organizou o Evento.<br />

Na semana anterior, fui contactada para estar presente e<br />

para lançar o desafio ao <strong>Colégio</strong> de Lisboa para colaborar<br />

numa exposição de textos, ilustrados ou não, elaborados<br />

pelos alu<strong>no</strong>s dos 5ºs e 6ºs a<strong>no</strong>s, respondendo às questões:<br />

“Como é que vês o outro e como é que te vês na sociedade em<br />

que estás inserido/a”?<br />

A proposta foi acolhida com muito entusiasmo pela Directora<br />

do <strong>Colégio</strong>, Prof. Margarida Marrucho, e professores,<br />

<strong>no</strong>meadamente das disciplinas de EMRC, EVT e LP que se<br />

prontificaram a levar a bom termo este trabalho. Os alu<strong>no</strong>s<br />

entraram nesse mesmo entusiasmo e o resultado foi maravilhoso.<br />

Tinham pedido 10 trabalhos e, <strong>no</strong> dia 02, <strong>no</strong> fim<br />

das aulas, o hall do <strong>Colégio</strong> enchia-se de cartazes feitos pelas<br />

crianças de 10 aos 12 a<strong>no</strong>s. A dificuldade foi escolher os<br />

10 (na realidade foram 13) para fazerem parte da exposição<br />

<strong>no</strong> local do evento.<br />

No dia 4, o Mercado de Sta Clara transformou-se num<br />

templo multi-religioso. As paredes estavam ornamentadas<br />

com os trabalhos das crianças das várias confissões religiosas<br />

e, por todo o lado, alimentos característicos das várias<br />

culturas, proporcionando uma verdadeira comunhão entre<br />

todos.<br />

Às 11h, foram dadas as Boas Vindas, pelo Vice-Presidente<br />

da Câmara de Lisboa, seguidas de breves palavras da Alta<br />

Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACI-<br />

DI), e do Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança<br />

das Civilizações.<br />

Depois, intercalados com momentos musicais e/ou culturais,<br />

as várias confissões religiosas presentes deram o seu<br />

testemunho, por esta ordem:<br />

Comunidade Bahá’í de Portugal; Comunidade Hindu; Comunidade<br />

Islâmica; Comunidade Ismaili; Comunidade Israelita<br />

de Lisboa; Comunidade Santo Egídio; Comunidade<br />

Sikh; Comunidade Religiosa da Ciência da Alma; Igreja Jesus<br />

Cristo dos Santos Últimos Dias (Mormons); Igreja Lusitana;<br />

Religiosas do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria; Templo de Shiva;<br />

União Budista; Mário Valadas (cidadão ateu) e Eng. Torres<br />

Campos (cidadão católico).<br />

Por volta das 13h, o Dr. Jorge Sampaio encerrou a Celebração,<br />

manifestando a sua alegria e o desejo de fazer uma<br />

publicação com os testemunhos e os trabalhos das crianças<br />

e convidando os presentes a compartilhar os “Sabores do<br />

Mundo”. Foi, também, manifestada a vontade de que estes<br />

Encontros não se limitassem a um por a<strong>no</strong>, nestes ou <strong>no</strong>utros<br />

moldes.<br />

Ir. Maria Julieta, rscm<br />

Fui ao Mercado de Santa Clara, com os meus pais, ver a exposição<br />

dos <strong>no</strong>ssos trabalhos da semana do Diálogo Inter-<br />

-religioso.<br />

Quando lá cheguei fiquei espantada com a diversidade<br />

de culturas que lá estavam: desde Hindus, Islâmicos a Budistas<br />

e, claro, Cristãos. Cada banca tinha pratos típicos de vários<br />

países, pois, era uma forma de os representar.<br />

Passados uns momentos, (tempo em que fui provando as<br />

várias iguarias), apareceu <strong>no</strong> palco uma locutora da organização<br />

que apresentou um breve discurso, e foi introduzindo<br />

e chamando ao palco os representantes de cada religião. Enquanto<br />

avançava em direção ao palco, reparei que, nas paredes,<br />

estavam vários trabalhos. E não foi difícil <strong>no</strong>tar uma placa<br />

que dizia: “ <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria “. Descobri<br />

logo o <strong>no</strong>sso trabalho (fi-lo em conjunto com outro colega),<br />

mas também observei os outros trabalhos de colegas<br />

<strong>no</strong>ssos, incluindo os do 5ºa<strong>no</strong>.<br />

Foi muito agradável ver a parede repleta dos <strong>no</strong>ssos trabalhos,<br />

e saber que, mesmo tendo pouco tempo para os fazer,<br />

não ficaram nada atrás de outros também muito bons, e<br />

que não tínhamos sido os únicos a esforçar-<strong>no</strong>s.<br />

E ainda mais feliz fiquei, quando mesmo com o barulho<br />

da multidão ouvi a apresentadora anunciar:<br />

E a representar o <strong>Colégio</strong> do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria,<br />

que está inserido na comunidade cristã, temos con<strong>no</strong>sco a<br />

Irmã Maria Julieta.<br />

E só depois <strong>no</strong>tei que, na primeira fila, estava sentada a<br />

Irmã Maria das Dores, coordenadora do 1ºCiclo do <strong>no</strong>sso colégio.<br />

No fundo, o discurso da Irmã Maria Julieta baseou-se <strong>no</strong><br />

que <strong>no</strong>s ensinavam <strong>no</strong> <strong>Colégio</strong>, como podíamos utilizar isso<br />

na aproximação a outras religiões e criar assim um mundo<br />

onde a diferença religiosa é uma comunhão de aproximação<br />

entre os povos.<br />

No final fui cumprimentar as duas Irmãs do <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong><br />

e esperei pelo discurso do <strong>no</strong>sso ex-presidente, o Dr. Jorge<br />

Sampaio, que foi seguido de uma foto de grupo, onde,<br />

claro, a Irmã Maria Julieta, representou muito bem o <strong>no</strong>sso<br />

<strong>Colégio</strong> e a Comunidade das Religiosas do <strong>Sagrado</strong> Coração<br />

de Maria.<br />

Aqueles momentos já fazem parte das minhas memórias…<br />

Ana Catarina Baptista, 6ºA<br />

Segundo Ciclo sai à rua<br />

este a<strong>no</strong>, em tempo de<br />

Carnaval, o 2º Ciclo fez<br />

concorrência ao 1º e também<br />

saiu à rua, num desfile de<br />

alegria e festa.<br />

14 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 15


<strong>no</strong>tícias<br />

Do 2.º CiCLo<br />

uma semente que há-de<br />

crescer e dar frutos<br />

Encontros de formação<br />

O Encontro de Formação do 5º a<strong>no</strong> realizouse<br />

<strong>no</strong> Seminário Maior de São Paulo, em<br />

Almada, que, com a sua magnífica vista<br />

para Lisboa e para o rio Tejo, serviu de<br />

inspiração para um dia diferente, a todos os<br />

níveis. Esta oportunidade de crescimento<br />

passou por momentos de reflexão e diálogo<br />

acerca do <strong>no</strong>sso tema do a<strong>no</strong> – Vida e<br />

Dignidade para todos.<br />

A envolvência dos alu<strong>no</strong>s foi elucidativa e permitiu descobrir<br />

muitos dons e ajudou também a uma procura pessoal<br />

da “semente” que queremos que cresça na <strong>no</strong>ssa vida –<br />

uma descoberta e partilha muito enriquecedora para todos.<br />

Os momentos de convívio, a criatividade de cada um na elaboração<br />

de um símbolo ilustrativo de um dom pessoal, a ida<br />

ao Cristo Rei, a visita a uma pequena quinta pedagógica do<br />

seminário foram elementos que enriqueceram o dia de cada<br />

turma… elementos que acredito não serão esquecidos.<br />

Mas o grande momento do dia foi a oportunidade que<br />

cada um teve de colocar a sua semente <strong>no</strong> vaso da turma<br />

acreditando que, com Fé e Zelo, ela cresce e é um sinal de<br />

vida para todos.<br />

Irene Esteves, prof.<br />

O Encontro de Formação foi muito giro! O que nós gostámos<br />

mais de fazer foi de construir o símbolo em barro sobre<br />

a <strong>no</strong>ssa qualidade e partilhá-lo com os colegas de turma.<br />

Gostámos muito de ir à quinta pedagógica. Havia uma cadela<br />

chamada Buffy e demos comida às ovelhas.<br />

Divertimo-<strong>no</strong>s muito. Os rapazes jogaram à bola e nós<br />

brincámos numa rede de baloiço.<br />

O encontro foi <strong>no</strong> Seminário de S. Paulo, ao pé do Cristo<br />

Rei mas, como estava muito nevoeiro e frio, não pudemos<br />

subir lá acima. Que pena!<br />

Gostámos todos muito deste Encontro de Formação.<br />

Lançámos muitas sementes na <strong>no</strong>ssa turma! Viva o 5ºB!<br />

Mariana Oliveira e Joana Veigas 5ºB<br />

Música que toca cada um<br />

Visita de estudo à<br />

Gulbenkian<br />

No âmbito da disciplina de Educação Musical, os alu<strong>no</strong>s do<br />

5ºa<strong>no</strong> realizaram uma visita de estudo à Gulbenkian - A Música<br />

dos sécs. XX e XXI que toca a cada um.<br />

Esta visita tem como objetivo dar a conhecer que “a Música,<br />

com as suas velhas e <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias, articula-se com<br />

coisas simples do <strong>no</strong>sso dia a dia e com áreas disciplinares<br />

como a Física, a Matemática, a Eletrónica e a Informática que<br />

se juntam para melhor pensarmos e sentirmos o universo<br />

mágico do som e da música.” e foi concebida e orientada por<br />

João Damas e Simão Costa (músicos/compositores).<br />

“Eu acho que a visita de estudo foi instrutiva, porque vimos<br />

diferentes pautas de músicas, como por exemplo pautas<br />

com formas e símbolos diferentes dos tradicionais. Também<br />

vimos e ouvimos diferentes formas de compor música<br />

e diferentes tipos de música, como por exemplo a música<br />

“As escadas do diabo”.<br />

O espaço era grande e os senhores que lá estavam eram<br />

simpáticos. Achei a visita de estudo o máximo.”<br />

Pierluigi Meneses, 5º A<br />

“Na visita de estudo à Gulbenkian estava à <strong>no</strong>ssa espera um<br />

monitor chamado Simão.<br />

Primeiro falámos sobre o que era a música, onde existia e<br />

como era formada. Ao longo da explicação, o Simão foi-<strong>no</strong>s<br />

mostrando várias imagens num powerpoint.<br />

Também <strong>no</strong>s mostrou várias músicas. Uma era só com<br />

palmas. Havia 2 grupos que batiam palmas e havia 12 tempos.<br />

Os dois grupos começavam a bater juntos, iam-se desfasando<br />

até voltarem ao princípio.<br />

Outra música chamava-se “Escadas do diabo”. Começava<br />

numa <strong>no</strong>ta grave e ia sempre subindo muito rapidamente.<br />

Quando chegava quase ao cimo voltava ao início, mas em<br />

vez de ser à primeira <strong>no</strong>ta era à <strong>no</strong>ta logo um pouco mais<br />

acima.<br />

Também <strong>no</strong>s mostrou uma música muito engraçada porque<br />

era feita de sons de máquinas eletrónicas todas diferentes.<br />

Esta visita foi muito engraçada porque conseguimos<br />

aprender de uma maneira divertida.”<br />

Inês Ferreira, 5º A<br />

<strong>no</strong>tícias<br />

Do SeCunDáRio<br />

Make it Possible<br />

O projeto Make it Possible já deixou a sua<br />

marca <strong>no</strong> <strong>Sagrado</strong>! A AIESEC- Associação<br />

Internacional de Estudantes em Ciências<br />

Económicas e Empresariais- selecio<strong>no</strong>u<br />

três estagiárias internacionais, de três<br />

nacionalidades diferentes, para desenvolver<br />

este trabalho com os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s. São<br />

elas: Najmieh Tousi, Jessica Cialdella e<br />

Maja Baljkas do Irão, Canadá e Sérvia<br />

respetivamente.<br />

A primeira das 15 aulas, lecionadas em inglês por estas embaixadoras<br />

dos ODM- Objetivos de Desenvolvimento do Milénio,<br />

foi <strong>no</strong> passado dia 15 de fevereiro. Estas sessões decorreram<br />

até ao dia 23 de março- data do evento final deste<br />

projeto, com amplitude nacional. Pretendeu-se, com esta<br />

atividade, sensibilizar também a Comunidade Educativa,<br />

mas mais precisamente os alu<strong>no</strong>s das turmas envolvidas-<br />

10ºD, 10ºE1, 11ºD e 12º C - para a importância destas causas.<br />

No a<strong>no</strong> 2000 a ONU propôs que se traçassem estas metas<br />

até 2015 com uma abrangência global.<br />

No <strong>Sagrado</strong>, esta proposta posicio<strong>no</strong>u-se como uma atividade<br />

interdisciplinar que envolveu as disciplinas de: História A,<br />

História B, Geografia A, Educação Moral e Religiosa Católica,<br />

Inglês, Direito, Eco<strong>no</strong>mia A e Sociologia. Os <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s já<br />

conhecem os 8 ODM e aprofundaram estes temas, ao longo<br />

do 2º período, para que <strong>no</strong> final possam eles próprios ser<br />

embaixadores destas metas, contribuindo, assim, de alguma<br />

forma, para um mundo melhor e mais justo.<br />

Jogo do investimento<br />

O Jogo do Investimento começou, e as<br />

aplicações em mercados e ativos financeiros<br />

também! As turmas do 10ºD, 11ºD, e 12ºC<br />

foram, semanalmente, às Bolsas de Lisboa,<br />

Londres, Tóquio e Nova Iorque, comprar e<br />

vender.<br />

O ISCTE Business School lançou o desafio: com um montante<br />

inicial e fictício de 1 000 000 de euros, a equipa vencedora<br />

obteria um prémio real de 750 euros. Após uma sessão<br />

de abertura, <strong>no</strong> dia 6 de fevereiro último, nas instalações<br />

da já citada Universidade, as carteiras foram constituídas. Os<br />

<strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s seguiram a posição do seu grupo, diariamente,<br />

<strong>no</strong> ranking Top 20 das muitas escolas participantes a nível<br />

nacional. O <strong>Sagrado</strong> participou com 17 equipas e a elas<br />

se desejaram bons investimentos! Em abril saberemos o resultado<br />

final.<br />

16 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 17


<strong>no</strong>tícias<br />

Do SeCunDáRio<br />

Presidente do Comité<br />

olímpico Português em<br />

entrevista <strong>no</strong> <strong>Colégio</strong><br />

O Presidente do Comité Olímpico Português esteve <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso<br />

<strong>Colégio</strong> para ser entrevistado por um grupo de alu<strong>no</strong>s,<br />

<strong>no</strong> âmbito do Concurso do Diário de Noticias (DN Escolas -<br />

Questiona o teu mundo). O comandante José Vicente Moura,<br />

respondeu a questões sobre o efeito da crise económica<br />

<strong>no</strong>s resultados dos jogos olímpicos que se avizinham e<br />

defendeu que “é preciso valorizar os atletas” . Para o Presidente<br />

do Comité Português, “mesmo que haja zero medalhas,<br />

não se pode dizer que é por falta de financiamento do<br />

estado” e apelou aos jovens portugueses para apoiarem os<br />

seus atletas.<br />

encontro de Formação -<br />

Comunidade Vida e Paz<br />

Todos os a<strong>no</strong>s, temos um encontro de formação que <strong>no</strong>s<br />

consciencializa para diferentes realidades, e todos os a<strong>no</strong>s<br />

a experiência é marcante. No 11º a<strong>no</strong>, o local escolhido foi a<br />

Comunidade Vida e Paz que se ocupa da recuperação de toxicodependentes.<br />

<strong>É</strong> sempre difícil sermos confrontados com<br />

uma realidade completamente diferente, na qual muitos de<br />

nós não <strong>no</strong>s inserimos. Foi o que aconteceu ao ouvirmos o<br />

testemunho do Luís. Esta história de vida foi de tal forma comovente<br />

que <strong>no</strong>s marcou a todos de uma maneira especial.<br />

Para nós, esta foi sem dúvida a melhor experiência <strong>no</strong><br />

que toca a encontros de formação. Obrigado Comunidade<br />

Vida e Paz.<br />

Dizer que este encontro de formação foi uma das melhores<br />

experiências, ou talvez até a melhor, que o <strong>Colégio</strong> já <strong>no</strong>s<br />

proporcio<strong>no</strong>u, é dizer muito pouco. De facto, ir até à Comunidade<br />

Vida e Paz, uma comunidade que acolhe toxicode-<br />

pendentes e que com eles passa por um processo de reabilitação,<br />

permitiu a todos os alu<strong>no</strong>s do 11º um abrir de olhos<br />

para uma realidade completamente diferente da que estamos<br />

habituados, e na qual nunca <strong>no</strong>s imaginaríamos.<br />

Foi ao ouvirmos o testemunho do Luís, uma história marcante<br />

e comovente que nunca iremos esquecer, que muitos<br />

de nós <strong>no</strong>s apercebemos desta realidade que <strong>no</strong>s passa<br />

ao lado. Uma realidade que embora seja dura, triste e difícil,<br />

continua a ser real e não deve ser esquecida. <strong>É</strong> assim que<br />

esta comunidade começa, apercebendo-se que todos se esqueceram<br />

daqueles que estão na rua, vivendo para os vícios.<br />

Foi então por isto, que, quando me foi proposto ir animar<br />

a Eucaristia da Comunidade <strong>no</strong> Dia do Doente, aceitei sem<br />

hesitar. Quis retribuir àquela instituição o que <strong>no</strong>s foi dado<br />

<strong>no</strong> dia do encontro. Estava em dívida para com as pessoas<br />

que <strong>no</strong>s acolheram e <strong>no</strong>s deram uma grande lição de vida.<br />

Obrigado Comunidade Vida e Paz.<br />

Mariana Mixão 11º B<br />

Visita de estudo à Delta<br />

A fábrica de cafés Delta, em Campo Maior,<br />

distrito de Portalegre, foi visitada <strong>no</strong><br />

passado dia 14 de fevereiro pelas turmas D<br />

e E do 10ºa<strong>no</strong>, <strong>no</strong> âmbito das disciplinas de<br />

Eco<strong>no</strong>mia A e Geografia A.<br />

Esta empresa de re<strong>no</strong>me dedica-se à transformação e comercialização<br />

de cafés, chás e produtos afins e tem uma forte<br />

consciência social e ambiental em todas as atividades que<br />

desenvolve. A título ilustrativo, recolhemos a informação de<br />

que o Senhor Comendador Rui Nabeiro viabiliza a continuação<br />

dos estudos dos filhos dos seus colaboradores com<br />

maiores dificuldades financeiras, concedendo empréstimos<br />

com uma taxa de juro zero, para esse fim. Outro exemplo<br />

refere-se ao período da pós-independência de Timor Leste,<br />

quando o Senhor Comendador demonstrou a sua disponibilidade<br />

para importar café deste país, na altura recém formado,<br />

num contributo para o seu desenvolvimento local.<br />

Esta empresa tem vindo a alargar a sua quota de mercado,<br />

exportando cerca de 15 a 20% da sua produção de café<br />

diária, 100 toneladas, para países como Espanha, França e<br />

Angola, por esta ordem de volume de exportações. A origem<br />

dos seus produtos é proveniente de 40 países, sendo<br />

os principais Colômbia, Vietname e Indonésia.<br />

Esta empresa é um excelente exemplo de empreendedorismo<br />

<strong>no</strong> contexto nacional, dada a conjuntura económica<br />

atual e <strong>no</strong> âmbito dos apelos do Gover<strong>no</strong>, para que as exportações<br />

de bens transacionáveis ganhem cada vez maior<br />

expressividade, <strong>no</strong> sentido de permitir ao país ultrapassar as<br />

suas dificuldades. Esta empresa é, sem dúvida, um exemplo<br />

a seguir e um motivo de orgulho nacional que os <strong>no</strong>ssos 40<br />

alu<strong>no</strong>s envolvidos nesta atividade tiveram a oportunidade<br />

de testemunhar.<br />

Catarina Moura e Silva e Cristina Fonseca, profs.<br />

Trabalho e valores: o<br />

caminho para o sucesso<br />

Tendo em mente a palavra que serve de<br />

tema à <strong>no</strong>ssa Olhares deste trimestre<br />

“desenvolver” conversámos com a aluna<br />

do 12º a<strong>no</strong>, Susana Pinto. Com um longo<br />

percurso <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso colégio, a Susana irá<br />

deixar-<strong>no</strong>s <strong>no</strong> próximo a<strong>no</strong>. Quisemos<br />

saber quais os caminhos que desenvolveu,<br />

enquanto <strong>no</strong>ssa aluna ou fora do colégio,<br />

e descobrir um pouco sobre as suas<br />

expetativas de futuro. No momento em que<br />

todos falam das dificuldades e austeridade<br />

que <strong>no</strong>s esperam, descobrimos que, para<br />

esta jovem, a palavra positivismo é essencial<br />

para acreditar num futuro melhor.<br />

Os primeiros a<strong>no</strong>s <strong>no</strong> colégio<br />

A primeira vez que entrei <strong>no</strong> colégio pensei “Uau”. O colégio<br />

tinha dez vezes o tamanho da minha antiga escola, e ainda<br />

hoje, <strong>no</strong> 12ºa<strong>no</strong>, descubro <strong>no</strong>vos lugares lá dentro. Entrei <strong>no</strong><br />

5º a<strong>no</strong> em 2004, com a minha melhor amiga, a Joana, e nunca<br />

ficámos em turmas diferentes! Desde então que me envolvo<br />

em actividades extra-curriculares e projectos do <strong>Colégio</strong>.<br />

Lembro-me que andei na “Matemática Divertida” com<br />

Prof. Sofia, andei <strong>no</strong>s “Pontos e Pespontos” com a Prof. Ana<br />

Isabel, andei <strong>no</strong> basket com Prof. Ramiro e fiz 5 a<strong>no</strong>s de ballet<br />

com a prof. Carlota, que me passou um gosto e<strong>no</strong>rme<br />

pela dança... também participei <strong>no</strong> Clube Convida, fui a Camarate<br />

e tenho-me envolvido nas campanhas de solidariedade<br />

que o <strong>Colégio</strong> abraça; hoje, sou delegada da pastoral e<br />

faço parte da Associação de Estudantes.<br />

As escolhas que têm de ser feitas<br />

O caminho que me levou a escolher o curso que quero seguir<br />

hoje teve muitas curvas...! Quando era pequenina tinha<br />

a certeza que ia ser bailarina e pintora...Mas à medida<br />

que vamos crescendo vamos tomado consciência da <strong>no</strong>ssa<br />

personalidade e tendo perceção do tipo de trabalho que<br />

queremos fazer <strong>no</strong> futuro. No fim do 9º a<strong>no</strong> optei pelo curso<br />

de Ciências em vez de artes e, este a<strong>no</strong>, apaixonei-me por<br />

um curso pouco vulgar, <strong>no</strong> qual mais me imagi<strong>no</strong>: Medicina<br />

Chinesa.<br />

No pla<strong>no</strong> profissional obviamente que gostaria de ter o<br />

máximo de sucesso e de me sentir realizada. Gostaria também<br />

de nunca deixar de pintar a óleo e de nunca parar de<br />

dançar, coisas que eu adoro. No pla<strong>no</strong> pessoal, acima de<br />

tudo, que haja um “e foram felizes para sempre” claro! Que-<br />

A <strong>no</strong>SSA<br />

gente<br />

ro casar e construir uma família, e vir a ser uma pessoa capaz<br />

de dar aos meus filhos tudo o que tive oportunidade de receber<br />

dos meus pais.<br />

O último a<strong>no</strong> <strong>no</strong> colégio<br />

<strong>É</strong> verdade, este já é o último a<strong>no</strong>. Agora vem o desconhecido!<br />

Acho que o que vou levar de mais importante são as<br />

amizades que criei aqui e a própria pessoa em que me tornei<br />

ao longo deste percurso.<br />

A ligação ao colégio que para sempre se<br />

mantém<br />

Um alu<strong>no</strong> nunca deixa o <strong>Colégio</strong> verdadeiramente. Há sempre<br />

uma razão pela qual <strong>no</strong>s mantemos em contacto, seja<br />

porque os <strong>no</strong>ssos irmãos ainda estão lá, seja porque mantemos<br />

grandes amizades com os professores ou então porque<br />

se está envolvido ou se quer envolver em projetos realizados<br />

pelo <strong>Colégio</strong>. Estes projetos podem ser o Clube 10-<br />

14 ou Camarate. A única coisa necessária para que um alu<strong>no</strong><br />

continue a desenvolver projectos junto do mesmo é vontade<br />

de ajudar!<br />

A geração mais jovem face à crise<br />

económica e de valores<br />

A minha geração é aquela que pode neste momento causar<br />

uma mudança radical <strong>no</strong> pensamento e atitude da população.<br />

As pessoas desta geração são responsáveis pelo crescimento<br />

do país a todos os níveis. Positivismo é a palavra-<br />

-chave para sairmos desta crise económica e de valores em<br />

que <strong>no</strong>s encontramos estagnados. O esforço e o empenho<br />

de hoje são o sucesso de amanhã.<br />

Aos alu<strong>no</strong>s mais <strong>no</strong>vos aconselho muita vontade de<br />

aprender e ainda mais de trabalhar, juntamente com os valores<br />

que o <strong>Colégio</strong> ensina, esse é o caminho para o sucesso!<br />

Nunca deixem que vos digam que não são capazes e jamais<br />

desistam dos vossos sonhos!<br />

Susana Pinto, aluna 12ºA<br />

18 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 19


Semana da educação<br />

Física – 5 a 9 de março<br />

de 2012.<br />

Durante cinco dias, os alu<strong>no</strong>s do 5º ao 12º experimentaram<br />

modalidades diferentes das habituais nas aulas<br />

de Educação Física. Orientação, parkur, gincana<br />

em btt, jogos de dinâmica de grupo e râguebi. Correr,<br />

saltar obstáculos, ler mapas, pedalar ou lançar bolas<br />

“esquisitas” foram gestos quotidia<strong>no</strong>s, com momentos<br />

de muito convívio e divertimento. Aulas de escalada,<br />

ginástica aeróbica, dança, futsal e condição física<br />

animaram as horas de almoço de alguns docentes<br />

mais corajosos. Poucos mas muito empenhados.<br />

No dia 12 de março, o pátio do <strong>no</strong>sso colégio encheu-se<br />

de cor, som e alegria. A coreografia, flash mob, ensaiada<br />

durante as últimas semanas por professores e alu<strong>no</strong>s, encerrou<br />

a Semana da Educação Física. Ficam os filmes e as<br />

fotografias. Destaque para o filme sobre alguns alu<strong>no</strong>s -<br />

70 A<strong>no</strong>s 70 Atletas.<br />

Nu<strong>no</strong> Cruz, Prof.<br />

Semana da Matemática<br />

e da Tec<strong>no</strong>logia<br />

Do pré-escolar<br />

ao secundário, a<br />

Matemática e a<br />

Tec<strong>no</strong>logia deram vida<br />

ao <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong>.<br />

Houve atividades para todos os gostos e<br />

idades ao longo de toda a semana. Iniciámos<br />

a semana com o problema do dia para o<br />

2ºciclo, 3º ciclo e secundário, que decorreu<br />

até 5º feira e com grande participação dos<br />

alu<strong>no</strong>s do secundário. Contámos com a<br />

colaboração da SPM – Sociedade Portuguesa<br />

de Matemática, na venda de livros e jogos<br />

e com a Apresentação/Atelier do jogo<br />

TANTRIX, promovida pelo Professor Carlos<br />

Florenti<strong>no</strong> (matemático do IST), <strong>no</strong> centro<br />

de recursos.<br />

20 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 21


Nas aulas, os alu<strong>no</strong>s construíram origamis, realizaram jogos<br />

matemáticos e as turmas de 8º a<strong>no</strong> receberam Encarregados<br />

de Educação que lhes falaram da importância e influência<br />

que a matemática e o conhecimento matemático tiveram<br />

e têm na sua vida.<br />

Mais uma vez, selecionámos também 12 alu<strong>no</strong>s do 1º ciclo<br />

ao secundário para participarem <strong>no</strong> Campeonato Nacional<br />

de Jogos Matemáticos.<br />

Os alu<strong>no</strong>s do Desafio Matemático, de 5º e 6º a<strong>no</strong>, realizaram<br />

as mini-olimpíadas internas e para o 3º ciclo houve ainda<br />

um disputado Campeonato de Cubo Mágico.<br />

Na terça-feira, as salas do pré-escolar receberam a visita<br />

da Dra. Margarida Simões (tia do Henrique Costa, da sala<br />

laranja) com quem aprenderam a fazer diferentes origamis.<br />

Para além de outras atividades realizadas em sala, <strong>no</strong> dia<br />

2 de Março, pelas 11h, os grupos juntaram-se <strong>no</strong> jardim para<br />

efetuar jogos onde desenvolveram a <strong>no</strong>ção de número e de<br />

conjunto. As crianças revelaram muito entusiasmo por todas<br />

as atividades porque… A MATEMÁTICA <strong>É</strong> SEMPRE DI-<br />

VERTIDA!!!<br />

Trinta alu<strong>no</strong>s do 6º a<strong>no</strong> participaram na I Gincana Matemática<br />

Inter-escolas realizada <strong>no</strong> <strong>Colégio</strong>. Con<strong>no</strong>sco tivemos<br />

a Escola Básica 2,3 Marquesa de Alorna, com 30 alu<strong>no</strong>s,<br />

a Escola Básica 2,3 Luís de Camões, com 24 alu<strong>no</strong>s e a Escola<br />

Básica 2,3 Nu<strong>no</strong> Gonçalves também com 30 alu<strong>no</strong>s. As quatro<br />

escolas passaram uma tarde matemática divertida e com<br />

muito entusiasmo e companheirismo. As 10 equipas eram<br />

constituídas por elementos das 4 escolas e disputaram quatro<br />

jogos: Torre de Hanói Humana, Quadrado Mágico, Tangram<br />

Chinês e Bolling Matemático. No fim de tanto esforço,<br />

a Gincana termi<strong>no</strong>u com entrega de prémios aos participantes<br />

e com um lanche convívio.<br />

“Eu gostei muito desta Gincana da matemática. Acho<br />

que, principalmente, foi bom termos feito estes jogos com<br />

outros colegas, todos com diferentes características. Foi<br />

uma tarde muito bem passada. Em relação aos jogos, eu<br />

gostei de todos mas, principalmente, da Torre de Hanói. Na<br />

<strong>no</strong>ssa equipa conseguimos jogar bem e em convívio. Foi um<br />

evento muito bom.”<br />

Gonçalo Tristão, 6º B, EB Luís de Camões<br />

Do 4º a<strong>no</strong> ao 9º a<strong>no</strong> os alu<strong>no</strong>s<br />

participaram, com grande<br />

afluência, na LAn PARTY,<br />

promovida pelo grupo de<br />

professores de TiC.<br />

A Lan Party foi uma grande aventura e,<br />

como a minha mãe diz, o que interessa é<br />

participar.<br />

Francisco Santos, 4.º A<br />

Foi uma experiência muito boa. Já estou<br />

a treinar para a próxima.<br />

Miguel Domingos, 4.º A<br />

Gostei imenso desta Lan Party e<br />

sinceramente gostava de repetir. Eu antes<br />

pensava que jogava mal, mas afinal sou<br />

fantástico! Fiquei em primeiro lugar.<br />

João Colaço, 4.º B, Vencedor do Cut the Rope<br />

Adorei a Lan Party. Foi ótimo jogar Angry<br />

Birds e chegar à final.<br />

Alexandre Neves, 4.º B<br />

Gostei muito desta experiência. Foi muito<br />

mais divertido do que jogar sozinho em<br />

casa.<br />

Diogo Silva, 4.º C, Vencedor do Angry Birds<br />

Eu acho que esta experiência foi muito<br />

engraçada e acho piada jogar com os<br />

amigos.<br />

Afonso Gameiro, 4.º C<br />

A Lan Party foi para mim um motivo para<br />

me tornar mais confiante. Adorei!<br />

Maria do Carmo Osório, 4.º C<br />

22 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 23


Brevemente<br />

Linha <strong>Sagrado</strong> – Roupa que reforça<br />

uma identidade. A Linha <strong>Sagrado</strong> está,<br />

praticamente, pronta, como se pode observar <strong>no</strong>s<br />

manequins que se encontram na receção do <strong>Colégio</strong>,<br />

bem como nas amostras que estão na papelaria e na<br />

loja Online.<br />

A Linha <strong>Sagrado</strong> entrará em vigor <strong>no</strong> próximo a<strong>no</strong><br />

letivo e será de uso obrigatório dos 3 a<strong>no</strong>s ao 5º a<strong>no</strong> de<br />

escolaridade, inclusive. As peças que estão disponíveis<br />

podem já começar a ser adquiridas. Os alu<strong>no</strong>s dos outros<br />

a<strong>no</strong>s, que queiram também usar a Linha <strong>Sagrado</strong> (na<br />

totalidade ou algumas peças), podem fazê-lo procedendo<br />

à sua encomenda.<br />

Vamos “vestir a camisola”!<br />

Psicóloga do <strong>Colégio</strong><br />

recebe Prémio Autores<br />

na Categoria Infantojuvenil.<br />

A CASA SINCRONIZADA<br />

- Uma história musical A Sociedade<br />

Portuguesa de Autores atribuiu à<br />

Psicóloga e antiga aluna do <strong>Colégio</strong>,<br />

Inês Pupo Correia, o Prémio Autores<br />

na categoria Infanto-juvenil, pela obra<br />

A casa sincronizada. Esta história, com<br />

música de Gonçalo Pratas, retrata a<br />

casa de uma família que vive inspirada<br />

pelo tempo. Nesta casa todos têm<br />

confiança na vida e <strong>no</strong> mundo. Um<br />

dia, o impossível acontece e, como quase sempre, chega<br />

com uma história de amor e mistério...<br />

A casa sincronizada é uma peça musical para pia<strong>no</strong> e<br />

quarteto de cordas, com direção musical de Filipe Raposo,<br />

narrada pela atriz Carla Galvão.<br />

Campeonato Pais vs Filhos. No dia 24 de<br />

janeiro, ao final da tarde, os pais do 6ºa<strong>no</strong> vieram jogar com<br />

os seus filhos aos jogos: Hex, Ouri e Cães e Gatos.<br />

Foi um fim de dia diferente e bastante divertido e (quem<br />

diria!) a maioria dos filhos ganhou aos pais!<br />

Maria João Lourenço, Prof. Matemática<br />

24 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />

“Jogos Matemáticos: foi muito divertido e empolgante para<br />

ambas, mãe e filha! Uma iniciativa a repetir!” Inês Rey<strong>no</strong>lds<br />

de Sousa (EE) e Francisca Rey<strong>no</strong>lds de Sousa 6ºC<br />

“O Pai não teve hipótese! A Filha tinha estado a treinar toda<br />

a tarde e o Pai a trabalhar.<br />

Histórias à parte, a filha ganhou ao Pai por (quase) KO.”<br />

Domingos Henriques (EE) e Catarina Henriques 6ºC<br />

“Os Jogos Matemáticos servem para pensar com um pouco<br />

de brincadeira à mistura. Foi uma tarde bem divertida que<br />

eu tive com a minha mãe a jogar “Gatos & Cães”, “Ouri” e<br />

“Hex”. Foi bom ver os meus amigos, numa sala, a jogarem<br />

em grupo, com os pais muito divertidos.”<br />

Fátima Lages (EE) e João Lages 6ºC<br />

<strong>Sagrado</strong> Voleibol. A equipa <strong>Sagrado</strong> Voleibol<br />

venceu a Final 4 Regional de Lisboa, <strong>no</strong> escalão de<br />

iniciadas. O torneio que decorreu <strong>no</strong>s dia 9 e 10 de março,<br />

<strong>no</strong> <strong>no</strong>sso <strong>Colégio</strong>, contou com a participação de mais três<br />

equipas: Lusófona Voleibol Clube, Maristas de Carcavelos e<br />

Clube de Voleibol de Oeiras.<br />

A Equipa do <strong>Sagrado</strong> soma, assim, mais uma vitória a<br />

outras de a<strong>no</strong>s anteriores:<br />

1º lugar - Minis A Femini<strong>no</strong> - 2009/2010<br />

Campeão Regional - Iniciados Femini<strong>no</strong>s - 2009/2010<br />

Campeão regional - Infantis Femini<strong>no</strong>s – 2010/2011<br />

Parabéns à equipa e ao seu treinador<br />

VII Torneio Internacional – RSCM.<br />

O VII Torneio Internacional das RSCM decorreu entre os<br />

dias 14 e 18 de março. Desta feita coube ao <strong>Colégio</strong> de<br />

Nossa Senhora do Rosário, do Porto, a responsabilidade da<br />

organização. A representação do <strong>Sagrado</strong> foi assegurada<br />

por um grupo de 40 alu<strong>no</strong>s dos 6.º, 7.º e 8.º a<strong>no</strong>s. Foram<br />

dias de convívio e competição saudável num espírito<br />

de internacionalidade tão caraterístico do Instituto<br />

das Religiosas do <strong>Sagrado</strong> Coração de Maria. Presentes<br />

estiveram delegações dos <strong>Colégio</strong>s de Paris, Roma, Londres<br />

e Nova Iorque, para além dos três colégios portugueses.<br />

Concerto do Coro Wellesley College.<br />

O Coro Wellesley College de Boston – Estados Unidos<br />

da América - esteve <strong>no</strong><br />

<strong>no</strong>sso colégio a 19 de<br />

janeiro para um concerto<br />

memorável. Durante cerca<br />

de uma hora os muitos<br />

colaboradores, famílias<br />

e amigos do <strong>Colégio</strong><br />

que encheram a Capela<br />

puderam deliciar-se<br />

com uma interpretação<br />

irrepreensível e versátil<br />

que se estendeu do<br />

tradicional Ubi Caritas até<br />

ao popular Indo eu, indo eu<br />

a caminho de Viseu.<br />

Serra - 2012<br />

Há atividades que são marcos <strong>no</strong> ritmo de<br />

uma escola. A Serra é assim! Há mais de 10<br />

a<strong>no</strong>s que alu<strong>no</strong>s do 10º a<strong>no</strong> e professores<br />

fazem esta experiência de subir à Serra para aí<br />

encontrarem, na natureza, o passaporte para o<br />

encontro com Deus e os outros! A Serra é assim:<br />

caminho para...<br />

Para mim, a Serra foi uma experiência que me mostrou que <strong>no</strong>s<br />

podemos dar com toda a gente. Falei com pessoas com quem<br />

“convivia” <strong>no</strong> colégio há a<strong>no</strong>s, mas com quem nunca tinha falado.<br />

Foram uns dias em que a única coisa que importava era divertirmo-<strong>no</strong>s<br />

e o convívio entre todos. <strong>É</strong>ramos poucos mas servimos<br />

bastante bem para fazer a viagem animada. Foi das melhores viagens<br />

que já fiz com o colégio. Foi uma experiência que definitivamente<br />

voltava a repetir e gostaria que tivesse durado mais tempo.<br />

Maria Malaquias 10ºD<br />

Foram dias de puro convívio, partilha, diversão… tudo. De certeza<br />

que saímos de lá com algo <strong>no</strong>vo em cada um de nós, pois tivemos<br />

a oportunidade de <strong>no</strong>s conhecer melhor. <strong>É</strong> difícil acreditar que estamos<br />

com estas pessoas todos os dias e uns dias fora podem mudar<br />

um mero olhar ou uma conversa…”<br />

Mariana Pais 10ºD<br />

OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 25


Semana das Línguas<br />

2012<br />

Foi <strong>no</strong> mês de janeiro que o <strong>CSCM</strong><br />

celebrou a Semana das Línguas. Para<br />

além da exposição de trabalhos das várias<br />

disciplinas dos departamentos, tiveram<br />

lugar algumas outras atividades. Das<br />

mesmas destacamos o teatro de inglês, com<br />

a peça de teatro Off with their heads para o 8º<br />

a<strong>no</strong>, e Hotel Hotel para o 10º a<strong>no</strong>. Mais uma<br />

vez, foi uma atividade com êxito e que os<br />

alu<strong>no</strong>s muito apreciaram.<br />

Foram ainda desenvolvidas atividades de divulgação do<br />

Novo Acordo Ortográfico. No 2º ciclo, por exemplo, decorreu<br />

um concurso sobre o referido tema, o “Loto Ortográfico”,<br />

e <strong>no</strong> 3º ciclo desenvolveu-se o campeonato “Só letras”,<br />

um concurso de soletração. Decorreu ainda uma conferência<br />

com o escritor e antigo alu<strong>no</strong> David Machado para os<br />

alu<strong>no</strong>s do secundário.<br />

Ao longo da semana, os intervalos foram dinamizados,<br />

não apenas com a leitura de poemas em diferentes línguas,<br />

como também por música de diferentes idiomas. Foi preparada<br />

uma ementa temática e também a oração mensal, sob<br />

o tema do ecumenismo, foi animada com cânticos e textos<br />

em diferentes línguas.<br />

VENCEDORES DOS CONCURSOS:<br />

Semana das Línguas - Concursos sobre<br />

Ortografia<br />

Concurso “Loto ortográfico” -2º ciclo:<br />

Matilde Almeida, 6ºC<br />

Concurso “Só Letras” - 3º ciclo: Gonçalo<br />

Guimarães, 9ºD<br />

Para mi corazón basta tu pecho,<br />

para tu libertad bastan mis alas.<br />

Desde mi boca llegará hasta el cielo<br />

lo que estaba dormido sobre tu alma.<br />

Es en ti la ilusión de cada día.<br />

Llegas como el rocío a las corolas.<br />

Socavas el horizonte con tu ausencia.<br />

Eternamente en fuga como la ola.<br />

He dicho que cantabas en el viento<br />

como los pi<strong>no</strong>s y como los mástiles.<br />

Como ellos eres alta y taciturna.<br />

Y entristeces de pronto como un viaje.<br />

Acogedora como un viejo cami<strong>no</strong>.<br />

Te pueblan ecos y voces <strong>no</strong>stálgicas.<br />

Yo desperté y a veces emigran y huyen<br />

pájaros que dormían en tu alma.<br />

Pablo Neruda – Veinte Poemas de Amor y Una Canción<br />

Desesperada<br />

26 | OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012<br />

Il dit <strong>no</strong>n avec la tête<br />

Mais il dit oui avec le coeur<br />

Il dit oui à ce qu’il aime<br />

Il dit <strong>no</strong>n au professeur<br />

Il est debout<br />

On le questionne<br />

Et tous les problèmes sont posés<br />

Soudain le fou rire le prend<br />

Et il efface tout<br />

Les chiffres et les mots<br />

Les dates et les <strong>no</strong>ms<br />

Les phrases et les pièges<br />

Et malgré les menaces du maître<br />

Sous les huées des enfants prodiges<br />

Avec des craies de toutes les couleurs<br />

Sur le tableau <strong>no</strong>ir du malheur<br />

Il dessine le visage du bonheur.<br />

A Dream<br />

In visions of the dark night<br />

I have dreamed of joy departed-<br />

But a waking dream of life and light<br />

Hath left me broken-hearted.<br />

Ah! what is <strong>no</strong>t a dream by day<br />

To him whose eyes are cast<br />

On things around him with a ray<br />

Turned back upon the past?<br />

That holy dream- that holy dream,<br />

While all the world were chiding,<br />

Hath cheered me as a lovely beam<br />

A lonely spirit guiding.<br />

Jacques Prévert<br />

What though that light, thro’ storm and night,<br />

So trembled from afar-<br />

What could there be more purely bright<br />

In Truth’s day-star?<br />

Edgar Allan Poe<br />

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.<br />

Deus quis que a terra fosse toda uma,<br />

Que o mar unisse, já não separasse.<br />

Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.<br />

E a orla branca foi de ilha em continente,<br />

Clareou, correndo, até ao fim do mundo,<br />

E viu-se a terra inteira, de repente,<br />

Surgir, redonda, do azul profundo.<br />

Quem te sagrou criou-te português.<br />

Do mar e nós em ti <strong>no</strong>s deu sinal.<br />

Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.<br />

Senhor, falta cumprir-se Portugal!<br />

Fernando Pessoa<br />

Olhares<br />

NÚMERO 29 | ANO 10 | PROPRIEDADE: COL<strong>É</strong>GIO DO SAGRADO<br />

CORAçãO DE MARIA DE LISBOA | AV. MANUEL DA MAIA, Nº 2, 1000<br />

– 201 LISBOA | TEL. 21 8477575 | FAX. 21 8476435 |<br />

DIRECçãO: MARGARIDA MARRUCHO MOTA AMADOR |<br />

COORDENAçãO: CATARINA CARRILHO E LUíS PEDRO DE SOUSA<br />

| APOIO GRÁFICO: FERNANDO COELHO | IMPRESSãO: CLIO,<br />

ARTES GRÁFICAS | TIRAGEM: 1330 EXEMPLARES | DISTRIBUIçãO:<br />

GRATUITA À COMUNIDADE EDUCATIVA<br />

Com Eco <strong>no</strong> Ambiente…<br />

Estamos <strong>no</strong> fim do segundo período…<br />

Este foi repleto de atividades amigas do ambiente realizadas<br />

pelos alu<strong>no</strong>s de todos os ciclos, do Pré-escolar ao 3º ciclo.<br />

O Carnaval, este a<strong>no</strong>, teve por base a reutilização de materiais,<br />

quer para a produção de máscaras como para a elaboração<br />

dos fatos… O resultado foi uma agradável surpresa,<br />

<strong>no</strong> envolvimento e contributo de todos, bem como <strong>no</strong>s fantásticos<br />

disfarces. Estão todos de parabéns!<br />

No 2º ciclo, usou-se como tema a Reciclagem e respetivos<br />

Ecopontos. Assim produziram-se chapéus para o desfile<br />

carnavalesco, azuis, amarelos verdes e vermelhos, sendo<br />

estes decorados com os materiais que correspondem<br />

a estes ecopontos. Que bonitos estavam todos…<br />

Foram desperdiçados me<strong>no</strong>s recursos para um resultado<br />

muito bom!<br />

Os alu<strong>no</strong>s do 2º e 3º ciclos continuam envolvidos na «Gincana<br />

Rock in Rio», até fim de março com 6 tarefas. As atividades<br />

e seu balanço são:<br />

1. Recolha de embalagens - em parceria com a Sociedade<br />

Ponto Verde (2 a 30 <strong>no</strong>vembro) - recolhemos 540 kg.<br />

2. Pulseiras Por Um Mundo Melhor – angariação de fundos<br />

para uma causa social (até 31 de janeiro) - tivemos um<br />

número próximo de 633 pulseiras vendidas.<br />

3. Escola Energeticamente Eficiente – poupança de energia<br />

(2 de <strong>no</strong>vembro a 29 de fevereiro).<br />

4. Escola Eficiente – Uso Eficiente de água – (2 de <strong>no</strong>vembro<br />

a 29 de fevereiro).<br />

5. Escola Eletrão – em parceria com a AMB3E (2 de janeiro a<br />

23 de março) - já conseguimos reunir 3500kg de peque<strong>no</strong>s<br />

eletrodomésticos, pilhas, lâmpadas e televisões).<br />

6. Gincana online – Desafios colocados aos alu<strong>no</strong>s <strong>no</strong> âmbito<br />

da sustentabilidade, leitura e cálculo mental (continuam<br />

a ser desenvolvido pelos alu<strong>no</strong>s em casa).<br />

O 2º ciclo está dinâmico e com uma atividade muito ecológica:<br />

é o Projeto Eco-Turma. Serão recolhidos em cada turma<br />

diferentes tipos de materiais, como rolhas de cortiça, papel<br />

de rascunho, tampas de embalagens de plástico, cápsulas<br />

Nespresso, pilhas e outros materiais, com o objetivo de<br />

poupar os recursos da natureza, e ajudar uma causa social.<br />

Muitas instituições de cariz social, como o hospital D. Estefânia<br />

e o Banco Alimentar Contra a Fome, entre outras, têm a<br />

possibilidade de receber recursos pela entrega destes bens,<br />

o que torna ainda mais significativa esta recolha. Será possível<br />

saber que materiais estão a recolher e para que fins. Consulta<br />

o blogue Eco Turma.<br />

Estamos com o 1º ciclo a pôr em ação as «Brigadas Positivas»<br />

que dinamizarão a poupança da energia. Este grupo fará a<br />

montagem de um conjunto de modelos movidos a energias<br />

re<strong>no</strong>váveis oferecido pela Missão Up.<br />

O dia Eco-escolas, 20 de março, está a ser preparado com<br />

atividades dirigidas aos vários intervenientes da comunidade<br />

educativa<br />

Contamos com a participação de todos nas recolhas seletivas<br />

de materiais e nas diferentes campanhas e atividades.<br />

Contamos com as vossas ideias e envolvência!<br />

Elisabete Santos (elisabete.santos@cscm-lx.pt) Professora<br />

Coordenadora do Projeto Eco-Escolas<br />

OLHARES | REVISTA DO <strong>CSCM</strong> | JAN-MAR 2012 | 27


jantar comemorativo<br />

do 70.º aniversário<br />

da fundação do colégio<br />

do sagrado coração de maria<br />

dia 21 de abril, pelas 20h,<br />

<strong>no</strong> colégio.<br />

o jantar será antecedido<br />

pela pré-apresentação<br />

do livro 70 a<strong>no</strong>s a educar<br />

para que todos tenham vida,<br />

da autoria de sofia barrocas.<br />

inscrições na secretaria até 13 de abril.

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