Evolução dos Processadores.
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<strong>Evolução</strong> <strong>dos</strong> <strong>Processadores</strong><br />
várias CPU's, simples e confiáveis, operando em paralelo? Chegamos assim à<br />
idéia básica do processamento paralelo, que é a esperança para o próximo<br />
milênio<br />
Processamento Paralelo<br />
Sabemos então que devemos usar uma grande quantidade de processadores,<br />
mas como controlá-los de forma a que façam alguma coisa de útil? Existem<br />
grandes problemas! Para iniciar, vamos trabalhar o conceito de processamento<br />
paralelo através de um exemplo bem simples. Se um pedreiro constrói uma<br />
casa em um ano, então dois pedreiros constroem a mesma casa em meio ano.<br />
Este é conceito básico do processamento paralelo: a divisão das tarefas.<br />
Podemos seguir adiante e concluir que cem pedreiros gastam apenas 3,6 dias.<br />
Será isto um absurdo?<br />
É claro que há um limite, pois o trabalho <strong>dos</strong> pedreiros só será eficiente se<br />
estiverem perfeitamente sincroniza<strong>dos</strong> e equilibra<strong>dos</strong>. Este ponto é<br />
importante: to<strong>dos</strong> os pedreiros devem ter a mesma carga de trabalho. Em<br />
termos técnicos, usa-se a expressão “Balanceamento da Carga de Trabalho”.<br />
Esse balanceamento pode ser feito de dois mo<strong>dos</strong>. No primeiro modo, o<br />
trabalho de cada pedreiro é idêntico, ou seja, cada um faz 1/100 da casa. No<br />
outro modo é usado a especialização, ou seja, alguns pedreiros “viram”<br />
cimento enquanto outros assentam tijolos e outros tratam do encanamento, e<br />
assim por diante.<br />
Ao imaginarmos todas as tarefas que devam ser executadas para a<br />
construção da casa, fica claro que algumas delas não poderão ser<br />
paralelizadas. Imagine 100 pedreiros para colocar um porta, ou 100 pedreiros<br />
em cima da casa tentando montar o telhado. A casa acabaria por cair! Além<br />
disso, deve haver um limite para a quantidade de pedreiros que podem<br />
trabalhar em paralelo. A partir deste limite, quanto mais pedreiros colocamos,<br />
pioramos o desempenho e em conseqüência, aumentamos o tempo de<br />
construção.<br />
Temos então dois grandes problemas: até quanto podemos paralelizar uma<br />
tarefa e até quantos processadores devem ser aloca<strong>dos</strong>? A partir daí, surgem<br />
outras questões: como sincronizar esses processadores de forma a que um<br />
não repita o trabalho do outro e como garantir o balanceamento da carga de<br />
trabalho? Agora temos condições de entender porque se diz que as dificuldades<br />
presentes no projeto do hardware de máquinas paralelas não são tão<br />
complexas quando compara<strong>dos</strong> com os problemas de sua programação. Diz-se<br />
que os computadores estão sempre uma geração atrasada em relação às<br />
nossas necessidades e os programas, duas gerações atrasadas. Em suma, um<br />
desafio maior que o projeto de supercomputadores é a sua programação.<br />
Classificação de Computadores Paralelos<br />
É muito difícil a tarefa de classificar computadores paralelos. Já foram feitas<br />
diversas sugestões. A classificação definitiva ainda está por vir. Porém, a que<br />
trouxe melhores resulta<strong>dos</strong> e ainda hoje é usada, é a proposta por Flynn. Essa<br />
classificação está baseada em dois conceitos: fluxo de instruções e fluxo de<br />
da<strong>dos</strong>. O fluxo de instruções está relacionado com o programa que o<br />
Felipe Tusset 51