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maria emília pereira baião silva aspectos epidemiológicos, clínicos ...

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Argentina. 12 Os primeiros casos no Brasil foram publicados no início da década de 80, 13 e<br />

desde então diversos casos têm sido descritos no país. 14-19<br />

Apesar da etiologia da doença permanecer desconhecida, diversos fatores levam a crer<br />

numa causa infecciosa, pois sabe-se que: há um pico sazonal nos meses de inverno e<br />

primavera em países de clima temperado; atinge predominantemente grupos de baixa idade;<br />

são raros os casos em pacientes com menos de 3 meses de idade, sugerindo uma proteção por<br />

anticorpos maternos, e também raros em adultos, o que poderia ser explicado por imunidade<br />

adquirida, e há uma similaridade entre a DK e outras afecções de origem infecciosa. 7,20<br />

Alguns estudos têm associado a DK a agentes infecciosos, como Streptococcus β-<br />

hemolítico, 21 Staphylococcus aureus, 22 parvovírus B19, 23 Chlamydia pneumoniae, 24 no<br />

entanto, uma relação causal entre estes agentes e a doença ainda não está definida.<br />

O diagnóstico da DK é estabelecido com base em dados <strong>clínicos</strong>. De acordo com a<br />

American Heart Association (AHA), os critérios <strong>clínicos</strong> definidores da doença são: febre por<br />

5 ou mais dias, acrescida de pelo menos 4 dos seguintes critérios: 1) conjuntivite bilateral<br />

bulbar indolor e não purulenta; 2) alterações de lábios e cavidade oral: eritema e fissura dos<br />

lábios, “língua em framboesa”, eritema difuso de mucosa oral e orofaríngea; 3) mudanças nas<br />

extremidades: agudo: eritema e edema de mãos e pés; convalescença: descamação<br />

membranosa de pontas de dedos; 4) exantema polimorfo; 5) adenopatia cervical não<br />

supurativa: pelo menos um linfonodo com diâmetro maior ou igual a 1,5 cm, geralmente<br />

unilateral. 25 Os sinais <strong>clínicos</strong> não costumam aparecer ao mesmo tempo, sendo necessário<br />

maior tempo de observação em algumas ocasiões. 3 Irritabilidade, dor abdominal, diarréia e<br />

vômitos são manifestações comumente associadas. 26 Outros achados incluem: uretrite com<br />

piúria estéril, leve disfunção hepática, meningite asséptica, artrite ou artralgia, hidropsia da<br />

vesícula biliar, efusão pericárdica, miocardite, pneumonite, otite média, uveíte e reativação da<br />

cicatriz do BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) se a vacinação ocorreu há menos de um ano. 19,26<br />

Existe uma tendência em se passar a considerar 4 dias de febre para o diagnóstico, visto que<br />

no Japão, cerca de 30% das crianças são tratadas antes ou no quarto dia de doença. 10<br />

Há cada vez mais casos de DK diagnosticados sem o preenchimento dos critérios<br />

<strong>clínicos</strong>. 27,28 O diagnóstico de “Kawasaki incompleto” é estabelecido na criança que apresenta<br />

febre e menos que 4 dos outros critérios, sem alteração coronariana. Quando há alteração<br />

coronariana detectada pelo ecocardiograma bidimensional (Eco) ou angiografia coronariana,<br />

febre e menos que 4 dos demais critérios, denomina-se “Kawasaki atípico”. 1 Ambas as<br />

situações são mais freqüentes em crianças menores de 12 meses de idade. 26<br />

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