20.04.2013 Views

a estátua-menir de corgas (donas, fundão). contributo para o estudo ...

a estátua-menir de corgas (donas, fundão). contributo para o estudo ...

a estátua-menir de corgas (donas, fundão). contributo para o estudo ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A ESTÁTUA-MENIR DE CORGAS (DONAS, FUNDÃO). CONTRIBUTO PARA O ESTUDO DA IDADE<br />

DO BRONZE NA BEIRA INTERIOR, Carlos Banha, André Mota Veiga e Sara Ferro<br />

sepultura <strong>de</strong> indivíduos com um estatuto diferenciado, i<strong>de</strong>ntificando assim os restos mortais <strong>de</strong><br />

chefes-guerreiros 13.<br />

M. Ruiz-Galvez Priego e E. Galán Domingo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m <strong>para</strong> as estelas <strong>de</strong>coradas ou <strong>de</strong> guerreiro<br />

(subtipo II ou extremenhas) uma função <strong>de</strong> marcos <strong>de</strong> referência, visíveis na paisagem,<br />

assinalando recursos, vias <strong>de</strong> passagem ou limites territoriais <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong>terminado (1991).<br />

Segundo estes autores po<strong>de</strong>rão estar relacionadas com o mundo funerário, não no sentido<br />

apenas da indicação da sepultura, mas antes no sentido <strong>de</strong> comemoração ou heroificação do<br />

<strong>de</strong>funto, o que po<strong>de</strong> transpôr-se <strong>para</strong> o mundo orientalizante <strong>de</strong> época ibérica on<strong>de</strong> os<br />

monumentos funerários se utilizam como referências visíveis na paisagem <strong>para</strong> aqueles que se<br />

<strong>de</strong>slocam por um território. (RIZ-GALVEZ PRIEGO & GALÁN DOMINGO, 1991, p. 271).<br />

Quadro I. Estátua-<strong>menir</strong> <strong>de</strong> Corgas – principais <strong>de</strong>scritores<br />

(utilizados por M. V. Gomes <strong>para</strong> as estelas do “tipo alentejano”-<br />

2006).<br />

Proveniência Corgas<br />

Freguesia Donas<br />

Concelho Fundão<br />

Distrito Castelo Branco<br />

Altura 2,80m<br />

Largura 0,65m<br />

Suporte granodiorito<br />

Técnica Relevo e gravura<br />

Conservação Completa<br />

Ancoriforme X<br />

Espada X<br />

Correias X<br />

Covinha X<br />

Totais 4<br />

Subtipo A<br />

Esta interpretação válida <strong>para</strong> as estelas <strong>de</strong> tipo extremenho, po<strong>de</strong>rá em nosso enten<strong>de</strong>r, ser<br />

também uma hipótese <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> alguns casos das estelas <strong>de</strong> Tipo I, como o exemplar <strong>de</strong><br />

Corgas que agora apresentamos. Como já referimos, cremos tratar-se <strong>de</strong> um <strong>menir</strong> <strong>de</strong>corado<br />

com uma covinha durante o Neolítico-Calcolítico que em época posterior (Ida<strong>de</strong> do Bronze) foi<br />

reaproveitado, esculpindo-se nele a figura <strong>de</strong> um chefe guerreiro com os seus atributos e<br />

símbolos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Amplamente <strong>de</strong>senvolvidas na arte megalítica, as covinhas perduraram até à<br />

Ida<strong>de</strong> do Bronze, ainda que possivelmente com funções e significados diferentes ao longo do<br />

13 Comprovado pelo autor na necrópole da Alfarrobeira, com estela associada a sepultura sem tumulus (1994, p. 25-<br />

30).<br />

AÇAFA On Line, nº 2 (2009)<br />

Associação <strong>de</strong> Estudos do Alto Tejo, www.altotejo.org<br />

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!