Etnografia (em CSCW) - Universidade Federal do Pará
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Agenda<br />
! Introdução<br />
3<br />
<strong>Etnografia</strong> (<strong>em</strong> <strong>CSCW</strong>)<br />
Cleidson de Souza – <strong>Universidade</strong> <strong>Federal</strong> <strong>do</strong> <strong>Pará</strong><br />
Rogério de Paula – Intel, Brasil<br />
! Definição<br />
! Enfoque<br />
! Histórico<br />
! Ex<strong>em</strong>plos<br />
! Coleta e Análise de da<strong>do</strong>s<br />
! Méto<strong>do</strong>s de Coleta<br />
! Teoria Fundamentada <strong>em</strong> Da<strong>do</strong>s<br />
! Aspectos práticos<br />
Inicialmente apresenta<strong>do</strong> no W<strong>CSCW</strong>’ 2005.<br />
Workshop Brasileiro de Tecnologias para Colaboração<br />
Objetivo<br />
! Descrever o papel e a importância da etnografia<br />
na área de sist<strong>em</strong>as de informação/ engenharia<br />
de software:<br />
2<br />
4<br />
! Como uma forma de permitir um estu<strong>do</strong> e análise<br />
detalha<strong>do</strong> da vida e trabalho de pessoas comuns;<br />
! Como um instrumento para apoiar o projeto de<br />
tecnologias;<br />
! Como uma “meto<strong>do</strong>logia” para investigar como as<br />
pessoas usam a tecnologia para sua vida e trabalho; e<br />
! Como um “peça literária”– um mo<strong>do</strong> de descrever,<br />
representar e informar a organização da vida e trabalho<br />
diários;<br />
Contexto<br />
! Méto<strong>do</strong>s Qualitativos<br />
! As ações humanas não t<strong>em</strong> significa<strong>do</strong> que<br />
possa ser diretamente observa<strong>do</strong>. Elas<br />
adquir<strong>em</strong> significa<strong>do</strong> entre as pessoas que<br />
compartilham o mesmo conhecimento sobre o<br />
<strong>do</strong>mínio, o que permite que eles interpret<strong>em</strong> a<br />
ação como algo relevante naquele contexto<br />
social;<br />
! Diretamente relaciona<strong>do</strong> com a idéia de<br />
participação;
<strong>Etnografia</strong><br />
5<br />
In<strong>do</strong> além de contos de povos e culturas<br />
estranhas e exoticas…<br />
Definição<br />
! “A etnografia é uma linha da antropologia. A<br />
antropologia estuda as pessoas e suas culturas <strong>em</strong> um<br />
alto nível de abstração. <strong>Etnografia</strong> implica <strong>em</strong> tentar<br />
entender as pessoas, não suas personalidades,<br />
aspectos psicológicos ou movimentos sociais, mas<br />
as pessoas como seres <strong>em</strong>buti<strong>do</strong>s <strong>em</strong> ‘redes de<br />
significa<strong>do</strong>’. É pensar nas pessoas da mesma<br />
maneira como elas se identificam. Um <strong>do</strong>s principais<br />
aspectos da etnografia é a participação: você entende<br />
os aspectos de outra cultura vivencian<strong>do</strong>-a: in<strong>do</strong> lá ,<br />
estan<strong>do</strong> lá, fazen<strong>do</strong> as coisas que eles faz<strong>em</strong> e como<br />
eles faz<strong>em</strong>…” (Genevieve Bell, maio de 2004).<br />
7<br />
Definição<br />
6<br />
8<br />
! Grego:<br />
! ethnos = nação<br />
! graphein = escrita<br />
! " A escrita de uma cultura<br />
! Experiência <strong>em</strong> primeira-mão que torna as nuances <strong>do</strong><br />
dia a dia visíveis<br />
! Ações tácitas e que são assumidas por to<strong>do</strong>s;<br />
! Interações mundanas;<br />
! Normas sociais não-formalizadas; e<br />
! Relações e conflitos de poder ocultos.<br />
“Meto<strong>do</strong>logia” para se obter o entendimento da<br />
perspectiva das pessoas através da observação e<br />
participação das atividades <strong>do</strong> dia a dia<br />
Definição<br />
! Como uma meto<strong>do</strong>logia ou abordag<strong>em</strong> para pesquisa<br />
! Define certas estratégias analíticas para a integração e análise de<br />
da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s <strong>em</strong> um estu<strong>do</strong> de campo<br />
! Não é guiada por uma hipótese, mas se baseia <strong>em</strong> um probl<strong>em</strong>a,<br />
questão, ou interesse que guia as explorações que vão ser feitas<br />
! Abordag<strong>em</strong> diferente das teorias geradas dedutivamente s<strong>em</strong><br />
da<strong>do</strong>s <strong>em</strong>píricos, que poderiam não ser validadas por evidências;<br />
! Durante a pesquisa de campo<br />
! Existe um contínuo refinamento <strong>do</strong> entendimento inicial<br />
! Entendimento das relações entre to<strong>do</strong>s os el<strong>em</strong>entos<br />
! Entendimento <strong>do</strong>s fluxos, movimentos, fronteiras <strong>do</strong> que se quer<br />
estudar<br />
! Entendimento das práticas e <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as e suas categorias<br />
Continuamente, coleta de da<strong>do</strong>s, escrita,<br />
interpretação, análise e refinamento.
<strong>Etnografia</strong> <strong>em</strong> Sist<strong>em</strong>as de Informação<br />
9<br />
! Ambientes de trabalho;<br />
! Rico entendimento<br />
! Como as pessoas realizam seu trabalho, aprend<strong>em</strong>, se<br />
comunicam, usam ferramentas, se mov<strong>em</strong>, faz<strong>em</strong><br />
escolhas, etc;<br />
! Organização sócio-cultural e realizações <strong>do</strong> dia a dia;<br />
! Revelar as nuances das práticas <strong>do</strong> dia a dia<br />
! Atividades e interações que são assumidas, que<br />
ninguém mais percebe;<br />
! Conhecimento tácito;<br />
! As realizações das pessoas no dia a dia;<br />
Histórico<br />
11<br />
! Inventada <strong>em</strong> 1915 por Bronislaw Malinowski com o<br />
livro “Argonauts of the Western Pacific”<br />
! A forma moderna de “estu<strong>do</strong>s de campo” como uma<br />
técnica e a etnografia como um compl<strong>em</strong>ento analítico<br />
quan<strong>do</strong> ele estava na costa da Nova Guiné;<br />
! Através da intimidade atinge-se o entendimento<br />
subjetivo;<br />
! Entendimento das instituições, costumes, e atividades;<br />
! Década de 30 - Escola de sociologia de Chicago<br />
! Estu<strong>do</strong> das sub-culturas que exist<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma cidade:<br />
droga<strong>do</strong>s, presos, policiais, estudantes de medicina,<br />
etc.<br />
<strong>Etnografia</strong> <strong>em</strong> Sist<strong>em</strong>as de Informação<br />
10<br />
12<br />
! Porquê deveríamos nos<br />
importar?<br />
! Para projetar, desenvolver<br />
(e vender) soluções que<br />
são úteis (de valor) para as<br />
pessoas que vão utilizá-las<br />
! <strong>Etnografia</strong> industrial:<br />
IBM, Microsoft, Intel,<br />
(Xerox) PARC, etc.<br />
Histórico<br />
! Em sist<strong>em</strong>as de informação<br />
! “Plans and Situated Actions” (1987) da Lucy Suchman<br />
! Importante livro <strong>em</strong> <strong>CSCW</strong> e Interação Homen-Computa<strong>do</strong>r<br />
! O livro é uma crítica ao paradigma <strong>do</strong>minante de IA na época:<br />
planos são pré-requisitos para ações e prescrev<strong>em</strong> estas ações<br />
<strong>em</strong> vários níveis de detalhe;<br />
! A autora propõe uma outra visão chamada de “ações situadas”:<br />
as pessoas decid<strong>em</strong> o que fazer com base no contexto, o que<br />
inclui, local, planos, pessoas envolvidas etc.<br />
! E porque isto é importante? Porque interfaces com usuário<br />
estavam sen<strong>do</strong> projetadas na época com base no paradigma<br />
de planos.
Ex<strong>em</strong>plos de <strong>Etnografia</strong><br />
! Julian Orr (1996): técnicos<br />
<strong>em</strong> copia<strong>do</strong>ras na XEROX<br />
! John Hughes, Bentley,<br />
Randall, Rodden, e outros:<br />
controla<strong>do</strong>res de trafégo<br />
aéreo;<br />
! Cristian Heath and Paul Luff:<br />
controla<strong>do</strong>res <strong>do</strong> metrô de<br />
Londres;<br />
! Bowers, Button e Sharrock:<br />
opera<strong>do</strong>res de máquinas<br />
XEROX;<br />
! Grinter e Smolander:<br />
desenvolve<strong>do</strong>res de<br />
software;<br />
! Etc.<br />
13<br />
“Paper Flight Strips”<br />
15<br />
Ex<strong>em</strong>plo: Controle de Trafégo Aéreo<br />
! As tiras de papel usadas pelos controla<strong>do</strong>res (“flight<br />
strips”) são um <strong>do</strong>cumento público para os m<strong>em</strong>bros <strong>do</strong><br />
time, uma representação <strong>do</strong> histórico de controle de<br />
uma aeronave e <strong>do</strong> trabalho para controlá-lo.<br />
! Informação sobre rota (orig<strong>em</strong>, destino, e pontos<br />
intermediários), altitude atual e anterior, etc.<br />
14<br />
“Paper Flight Strips”<br />
16
Ex<strong>em</strong>plo: Controle de Trafégo Aéreo<br />
17<br />
! Minutos antes de um avião entrar no espaço<br />
aéreo de um centro de controle, uma “strip” é<br />
impressa com informações básicas. O<br />
controla<strong>do</strong>r pega a “strip” na impressora e a<br />
posiciona na sua área de trabalho. Este<br />
simples ato serve como uma checag<strong>em</strong> da<br />
informação <strong>do</strong> avião. Inconsistências<br />
perigosas pod<strong>em</strong> ser e são identificadas desta<br />
forma.<br />
Ex<strong>em</strong>plo: Controle de Trafégo Aéreo<br />
! Aeronaves passam de uma setor para outro,<br />
portanto “strips” passam de um controla<strong>do</strong>r<br />
para outro.<br />
! Controla<strong>do</strong>res monitoram seus colegas:<br />
! observan<strong>do</strong> “rapidamente” anotações nas<br />
“strips”;<br />
! ouvin<strong>do</strong> conversas no telefone;<br />
! observan<strong>do</strong> “rapidamente” a disposição das<br />
“strips”;<br />
! Através de interação física;<br />
! Habilidade difícil de ser aprendida;<br />
19<br />
Ex<strong>em</strong>plo: Controle de Trafégo Aéreo<br />
! A organização das “strips” t<strong>em</strong> um significa<strong>do</strong><br />
para os controla<strong>do</strong>res. Mais <strong>do</strong> que isso, a<br />
colocação da “strip” entre as outras requer<br />
atenção e funciona como um esqu<strong>em</strong>a de<br />
segurança.<br />
! O layout das “strips” informa aspectos<br />
interessantes <strong>do</strong> trabalho:<br />
! o “esta<strong>do</strong>” <strong>do</strong> trafego aéreo;<br />
! conflitos que pod<strong>em</strong> surgir;<br />
! Etc.<br />
18<br />
Ex<strong>em</strong>plo: Controle de Trafégo Aéreo<br />
20<br />
! E daí?<br />
! Especificamente, sist<strong>em</strong>as anteriores para automatizar<br />
a tarefa <strong>do</strong>s controla<strong>do</strong>res tinham falha<strong>do</strong> ao ignorar<br />
estas nuances, estes “detalhes” <strong>do</strong> trabalho deles;<br />
! De um mo<strong>do</strong> geral:<br />
! A idéia de que o computa<strong>do</strong>r deva s<strong>em</strong>pre automatizar tarefas<br />
manuais tediosas é falsa;<br />
! O computa<strong>do</strong>r não deve organizar automaticamente estas<br />
“strips”. Um sist<strong>em</strong>a computacional deve ser flexível para seus<br />
usuários;<br />
! O que deve e o que não deve ser automatiza<strong>do</strong>?
Ex<strong>em</strong>plos de <strong>Etnografia</strong><br />
! <strong>Etnografia</strong> industrial<br />
21<br />
! Grandes <strong>em</strong>presas v<strong>em</strong> aplican<strong>do</strong> estes<br />
méto<strong>do</strong>s: IBM, Microsoft, Intel, (Xerox) PARC,<br />
etc.<br />
! Visam o profun<strong>do</strong> entendimento de diversos<br />
aspectos de sist<strong>em</strong>as de informação;<br />
! Neste caso, a coleta de da<strong>do</strong>s não precisa ser<br />
tão longa, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> objetivo que se<br />
pretende atingir.<br />
Pesquisa Etnográfica<br />
! Coleta de da<strong>do</strong>s <strong>em</strong> contexto– entender a vida e as<br />
práticas das pessoas (no nosso caso frequent<strong>em</strong>ente<br />
é ligada direta ou indiretamente à tecnologia)<br />
! Análise – análise rigorosa para revelar as nuances e<br />
as práticas das pessoas<br />
! Conceitos e Projeto – definir novos conceitos que<br />
servirão para informar o projeto de tecnologias<br />
inova<strong>do</strong>ras ou usos inova<strong>do</strong>res de tecnologias<br />
existentes<br />
! Escrever os Resulta<strong>do</strong>s – tornar o seu estu<strong>do</strong><br />
relevante para outros<br />
23<br />
Ex<strong>em</strong>plos de <strong>Etnografia</strong> <strong>em</strong> <strong>CSCW</strong><br />
22<br />
24<br />
! Genevieve Bell: utilização de tecnologias de informação<br />
(celulares e outros) no dia a dia. Resulta<strong>do</strong> indireto,<br />
tecnologias para a espiritualidade…<br />
Livros e revistas chineses com instruções de como paquerar usan<strong>do</strong><br />
mensagens instantâneas e como contar piadas.<br />
Pesquisa Etnográfica<br />
! É necessário considerar as razões das<br />
pessoas, assim como o contexto no qual elas<br />
tomaram determinadas decisões;<br />
! Para isso, é necessário ver e entender o<br />
mun<strong>do</strong> sob a ótica destas pessoas<br />
! Perío<strong>do</strong>s de coleta de da<strong>do</strong>s geralmente longos<br />
! Varian<strong>do</strong> de alguns meses até mesmo anos<br />
! Coleta de da<strong>do</strong>s no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> informante<br />
! Várias visitas ao local no horário de funcionamento<br />
<strong>do</strong> mesmo.
Pesquisa Etnográfica<br />
! Méto<strong>do</strong>s de coleta de da<strong>do</strong>s<br />
25<br />
! Observação participativa e não participativa<br />
(field notes)<br />
! Entrevistas s<strong>em</strong>i-estruturadas e nãoestruturadas<br />
(transcrição das entrevistas)<br />
! Gravação de vídeos<br />
! Coleta de <strong>do</strong>cumentos<br />
! Utilização de diários (diary studies)<br />
! Méto<strong>do</strong> análise de da<strong>do</strong>s<br />
! Teoria fundamentada <strong>em</strong> da<strong>do</strong>s (grounded<br />
theory)<br />
Coleta de Da<strong>do</strong>s<br />
Pesquisa Etnográfica<br />
! Processo altamente iterativo de coleta e<br />
análise de da<strong>do</strong>s…<br />
26<br />
Coleta de Da<strong>do</strong>s<br />
! Abordagens:<br />
28<br />
! Observação participativa e não participativa;<br />
! Entrevistas s<strong>em</strong>i-estruturadas e nãoestruturadas;<br />
! Coleta de <strong>do</strong>cumentos<br />
! Utilização de diários (diary studies)<br />
! Gravação de vídeos
Observação<br />
! Participativa ou não-participativa<br />
! Distinção baseada na execução <strong>do</strong> trabalho;<br />
! Agir como “uma mosca na parede” e<br />
simplesmente observar e/ou participar <strong>do</strong> que se<br />
passa no ambiente de trabalho;<br />
! Minimiza probl<strong>em</strong>as das entrevistas:<br />
! As pessoas diz<strong>em</strong> que ag<strong>em</strong> de uma<br />
determinada forma, mas frequent<strong>em</strong>ente ag<strong>em</strong><br />
de maneira diferente;<br />
! Documentar TUDO o que acontece através das<br />
notas de campo;<br />
29<br />
31<br />
Sophia e deixamos minha sala as 3:20 e andamos <strong>em</strong> direção<br />
ao “Lugar”, chegan<strong>do</strong> lá as 3:57. A minha direita, existe a<br />
recepção e uma sala de espera …. Três pessoas estavam na<br />
recepção, no entanto nos poucos minutos que estávamos lá<br />
várias outras pessoas passaram. Eles pareceram um pouco<br />
surpresos quan<strong>do</strong> perguntamos pelo Dr. Peter (talvez porque<br />
este não era o horário que ele atendia pacientes? Talvez<br />
porque ele não recebe tantas visitas de pacientes?). O lugar<br />
não tinha o cheiro de um hospital. E também não parecia com<br />
um hospital: havia carpete no chão por ex<strong>em</strong>plo. Também<br />
não parecia rico, n<strong>em</strong> novo e ao mesmo t<strong>em</strong>po não parecia<br />
velho.<br />
Observação<br />
! Notas de campo (fieldnotes)<br />
30<br />
32<br />
! Descrição de eventos, pessoas, coisas ouvidas,<br />
sentidas, etc;<br />
! Seja concreto - <strong>do</strong>cumente as coisas com o<br />
maior nível de detalhe possível;<br />
! Separe observações, “transcrição das falas”<br />
das impressões/comentários/observações;<br />
! É um <strong>do</strong>cumento priva<strong>do</strong>. Somente pode ser<br />
compartilha<strong>do</strong> com outros pesquisa<strong>do</strong>res da<br />
sua equipe.<br />
Entrevistas<br />
! A ser<strong>em</strong> discutidas na próxima aula…
Análise de Da<strong>do</strong>s<br />
Teoria Fundamentada <strong>em</strong> Da<strong>do</strong>s ou<br />
“Grounded Theory”<br />
! A análise é feita sobre:<br />
35<br />
! As notas de campo;<br />
! As entrevistas transcritas; e<br />
! Finalmente, os <strong>do</strong>cumentos coleta<strong>do</strong>s;<br />
Introdução<br />
! Criada por Glaser e Strauss <strong>em</strong> 1967;<br />
! Não requer uma teoria ou hipótese sobre os<br />
da<strong>do</strong>s. Seu objetivo é justamente gerar uma<br />
teoria que explica os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s, ou seja,<br />
gerar uma teoria fundamentada nos da<strong>do</strong>s;<br />
34<br />
! Abordag<strong>em</strong> diferente das abordagens<br />
baseadas <strong>em</strong> méto<strong>do</strong>s quantitativos;<br />
! É baseada na idéia de codificar (“coding”), que<br />
é o processo de analizar os da<strong>do</strong>s.<br />
Visão Geral<br />
! Open coding<br />
36<br />
[Glaser & Strauss, 1967] and [Strauss & Corbin, 1997]<br />
! Criação de categorias para os fenômenos ou<br />
evidências observadas<br />
! Axial coding<br />
! Identificação de relacionamentos entre estas<br />
categorias<br />
! Selective coding<br />
! Escolha de uma categoria principal, e<br />
relacionamento das outras categorias com esta
Open Coding<br />
37<br />
Aspectos Práticos<br />
! Probl<strong>em</strong>as éticos, dil<strong>em</strong>as, e questionamentos são parte<br />
de qualquer pesquisa (etnográfica):<br />
39<br />
! Este grupo, ambiente, situação deveria ser estuda<strong>do</strong>? Por<br />
mim?<br />
! Meu estu<strong>do</strong> causa algum risco para os informantes? E<br />
para outras pessoas?<br />
! Alguém irá se beneficiar <strong>do</strong> meu estu<strong>do</strong>?<br />
! Como eu vou tratar os da<strong>do</strong>s que eu coletar?<br />
Armazenamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s? Privacidade das<br />
informações?<br />
! Como continuar fazen<strong>do</strong> questionamentos? (play dumb)<br />
! Você precisa ser capaz de responder à estas perguntas.<br />
Conclusões<br />
40<br />
Aspectos Práticos<br />
! Visão geral <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> etnográfico<br />
! A única forma de se obter um profun<strong>do</strong> entendimento<br />
sobre um determina<strong>do</strong> contexto organizacional,<br />
ambiente de trabalho, subcultura, ou grupo de pessoas;<br />
! Utilizada para se entender aspectos importantes <strong>do</strong><br />
sist<strong>em</strong>a a ser desenvolvi<strong>do</strong><br />
! Aspectos que pod<strong>em</strong> ou dev<strong>em</strong> ser impl<strong>em</strong>enta<strong>do</strong> ou manti<strong>do</strong>s<br />
manuais;<br />
! Cada vez mais utilizada por <strong>em</strong>presas;<br />
! T<strong>em</strong>po de duração mais curto;