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através de A. Senflemen, em Zurich; Damiani, professor de grego e
latim, que mantinha correspondência com expoentes culturais da Bélgica,
depois professor na Universidade de Bruxelas (17). Pietro Riva,
que verfava sobre teologia e filosofia; técnicos como o agrimensor
Reinaldo Parodi, de Gênova, médicos como Dr. Angelo Ricci e outros
que se aliaram depois ao núcleo como o aristocrata Dr. José Franco
Grillo (18), como Dr. Francisco Trevisani e Dr. Colombo Leone,
ligados à Colônia sem dela participarem; artífices e lavradores italianos.
Esse episódio que ficou, pode-se dizer, muito tempo desconhecido
na história do Paraná - smcitador até aí de dúbias interpretações
(conforme se pode sentir na nota n. o 4) desta exposição, despertou
o interesse de alguns estudiosos pelo fato. Entre eles, como já
se disse, o jornalista e escritor Afonw Schmidt, que assim se expressa
nas notas do seu livro Colônia Cecília:
"Meu intuito inicial foi traduzir o pequeno trabalho Un epiA
sodio d'amore libero nella Colonia Cecilia, escrito e vivido pelo
Dr. Giovanni Rossi que, para o caso, usou seu pseudônimo de
Cárdias. O assunto, porém. me interessa de tal maneira que pus
de parte as páginas do filósofo e tratei de obter novos dados, a
fim de esclarecer a amargurada existência da Colônia. Depois,
pintando paisagens, acentuando caracteres, comentando situações,
acabei por me encontrar diante de uma obra minha, escrita sobrc
a narração do ilustre agrônomo, há mais de cinquenta anos. Faço
esta ressalva, não porque pretenda louvores que não me caibam,
mas para que não sejam atribuídas ao fundador da Colônia
Cecflia as minhas deficiências. Fique, pois, entendido que o
ouro aqui existente é do escritor italiano; a obra de novelista será
fazendas do Paraná e caracterizava-se uma crise. No último quartel do século
XIX, com a desintegração do sistema, acentua-se a decadência daquela classe"
. .. Foi num desses ambientes de mudanças econômicas e sociais da área,
que se resolveu introduzir a colonização estrangeira, embora como co.,tinuação
do programa de colonização que se estava aplicando na região curitibana.
PINHEIRO MACHADO, Brasil, Formação Histó"ica, in BALHANA, Altiva
Pilatti, Campos Gerais - Estruturas Agrárias. Curitiba, UFP. Faculdade de
Filosofia, 1968, págs. 42-44).
(17). - Arquivo Ermembergo PeIlizzetti.
(18). - No princípio do século, já desfeita a Colônia, o Dr. GriIIo obteve
o apoio de quantos anarquistas o conheceram para a sua eleição ao senado
estadual, que não teve oportunidade de ocupar pois faleceu na data de
sua instalação em 1902. (SOUZA,
Anais do VI Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História – ANPUH • Goiânia, setembro 1971