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Ermembergo Pellizzetti atuou profundamente no desenvolvimento
do Vale do Itajaí e de especial modo no Alto Vale. Interessado na
Agricultura, auxiliou na fundação da Sociedade Nacional de Agricu!tura;
preocupando-se muito tempo com o cooperativismo, destacando-se
como colaborador de Saturnino de Brito. Iniciou o sistema de
reunião dos homens rurais em pequenos certames sob a designação
de "Domingueiras Agrícolas". Fundou o Banco Cooperativista do Interior,
que foi a sementeira do crédito rural do Estado de Santa Catarina.
Além de atender a instrução pública, entre tantas outras atividades
que exerceu foi Deputado Estadual eleito e reeleito (1923-
1930) .
Assim, de um de seus diários a partir de 1894, desde sua admissão
na Legione Allievi Reali Carabinieri, e outros tantos cadernos e
correspondências com algumas figuras que exerceram influência na Região
do Brasil Meridional - servem de fio condutor, ao conhecimento
de alguns diferentes ângulos estruturais no quadro de estudos dos
quais se propõe e que poderão ser completados com pesquisas de fontes
complementares.
Em língua italiana e portugue:a, este arquivo já serviu de fonte
a alguns trabalhos, entre os quais, notadamente, a Colônia Cecília de
Affonso Schmidt (6), o Vale do Itajaí de Zedar Perfeito da Silva e,
ao Anarquismo da Colônia Cecília de Newton Stadler de Souza.
A carta publicada pela "Revolte" de Paris, é assinada pelo "Compag-on"
Cappellaro, segundo nos afirma Coppée. Como se pode crer a "serpente doe;
mares", naquela época, ainda não existia para os jornais parisienses ... e a imaginação
se voltava para esse longínquo Brasil. Em todo o caso, por um desencargo
de consciência, procurei na Biblioteca Nacional os jornais de 1890
e nos pouquíssimos que folheei, nada me foi dado deparar nesse sentido. Em
um dos mapas mais minuciosos e modernos do Paraná procurei o nome de
"Cecília", como vila, aldeia ou cidade e... nada encontrei também. DeduLi
que o tal Cappellaro era um "bobard" que o nosso Coppée epgoliu inteirinho.
Mas, a sua crônica é deliciosa, hei de traduzi-Ia e publicá-la aqui em "Dom
Casmurro" como um documentário do "desarroi" da imprensa francesa daquela
época ... ". SCHMIDT, Afonso, Colôllia Cecília. São Paulo. Anchieta, 1942,
pág. 132.
(6). - Affonso Schmidt assim se expressa no seu livro Colônia Cecília:
"Na esperança de acrescentar algumas informações às conhecidas, escrevi diversas
cartas a descendentes das famílias pioneiras da Colônia Cecília, que ainda
os há por aí, a prefeitos paranaenses e a colegas de imprensa capazes de me
prestarem esclarecimentos; no entanto, essas cartas, talvez por deficiência do
endereço não alcançaram o resultado que esperei. Entre os poucos que me
auxiliaram com o que sabiam, quero registrar aqui o nome do Sr. Francisco de
Paola, residente nesta Capital, do meu amigo comendador Francisco Petinatti,
Anais do VI Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História – ANPUH • Goiânia, setembro 1971