jornaleco da epf nr 2 - 29 fev - Volte para o site da EPF
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O JORNALECO DA <strong>EPF</strong><br />
Órgão de divulgação do Pessoal <strong>da</strong> Turma TC Porto Barbosa – <strong>EPF</strong> 1956 / 57 / 58<br />
EDIÇÃO - NR 1 - ANO VIII – <strong>29</strong> <strong>fev</strong>ereiro 2008<br />
Vi<strong>site</strong> o <strong>site</strong> www.<strong>epf</strong>56-57-58.com.br<br />
NOSSO EDITORIAL<br />
Na vi<strong>da</strong>, só temos uma certeza: a morte. E neste mês de <strong>fev</strong>ereiro, dia 7, perdemos nosso querido amigo Alcebíades<br />
Schenkel Filho, o Alemão ou Bidão, <strong>para</strong> uns e Bidon <strong>para</strong> outros. Não importa, ele era o Schenkel. Neste<br />
dia sete, cheguei <strong>da</strong> Fisioterapia, no fim <strong>da</strong> tarde, o telefone tocou: era o Rubião <strong>da</strong>ndo a infausta notícia,<br />
com voz grave e emociona<strong>da</strong>. Imediatamente, coloquei o computador no ar, e fiz um e-mail circular, como veremos<br />
adiante. Posso imaginar como se sentiu a Neuza e filhos numa hora trágica, ain<strong>da</strong> que espera<strong>da</strong>, e não<br />
inopina<strong>da</strong>. Não sei qual é a pior. Só sei que o sentimento é cáustico, doloroso, agônico, terrível. O único conforto<br />
que nós pessoas mortais temos é acreditar em Deus, segurar-Lhe a mão e se deixar levar pelo conforto divino.<br />
Na<strong>da</strong> mais tenho a dizer, senão levar à Neuza e filhos o nosso conforto e soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de. Camurça, pela Turma<br />
to<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>EPF</strong> – Turma TC Porto Barbosa.<br />
CORRESPONDÊNCIA CIRCULAR EXPEDIDA À TURMA DA <strong>EPF</strong> E ADERENTES:<br />
Thurs<strong>da</strong>y, February 07, 2008 7:02 PM<br />
ASSUNTO: MORRE EM PORTO ALEGRE NOSSO AMIGO ALCEBÍADES SCHENKEL<br />
Prezados Amigos <strong>da</strong> <strong>EPF</strong>,<br />
Lamento informar que recebi telefonema do Rubião agora pelas 17:30 H de hoje, 7 <strong>fev</strong> 2008, <strong>da</strong>ndo conta que<br />
faleceu hoje em POA, às 03:00 H, nosso companheiro ALCEBÍADES SCHENKEL FILHO. Deixa viúva a senhora<br />
NEUZA SEVERO SCHENKEL.<br />
O Rubião vai telefonar <strong>para</strong> outros colegas gaúchos <strong>para</strong> se inteirar sobre enterro e missa de 7º Dia.<br />
Numa hora dessas, as nossas caixas postais deviam estar limpas e disponíveis. Lamento que muitos e muitos<br />
não irão saber do óbito por esta causa ruim. Então, peço que se comuniquem entre si.<br />
"Senhor, <strong>da</strong>i-lhe o descanso eterno. E <strong>da</strong> luz perpétua o resplendor. Descanse em Paz. Amém" - do Manual do<br />
Militar Cristão.<br />
Atenciosamente,<br />
Camurça,<br />
de Fortaleza<br />
ENDEREÇO DA FAMÍLIA = Rua Furriel Luís Antônio Vargas - 106 - Ap 906. Mont'Serrat - Porto Alegre -<br />
RS - CEP 90470-130. TELEFONE: 51.3388-3224. NÃO TEM E-mail.<br />
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />
E-mail de 10.02.2008, do artilheiro Dias Lopes – Tuducax –<br />
AMAN 62.<br />
Camurça,<br />
No horário que recordo o famigerado rol de roupa na <strong>EPF</strong>,<br />
identifiquei <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> <strong>para</strong> direita: Cyro Leonardo de<br />
Albuquerque ( Chiquinho), o ( Pedrinho ) Pedro Geraldo<br />
de Siqueira, o Décio <strong>da</strong> Silva Gonçalves e o (Alemão) Alcebíades<br />
Schenkel Filho.<br />
Dias Lopes<br />
COQUETEL COMEMORATIVO DOS 45 ANOS DA<br />
TURMA ACADEMIA REAL MILITAR – 1961 – 2006.<br />
CIMAN – RESENDE – RJ.
E-mail DE 15 FEVEREIRO 2008: DO 2 – MANOEL INDIANO DA FONSECA:<br />
Frei Camurça<br />
Estou remetendo anexo meu testemunho sobre o Schenkel. Fique bem à vontade <strong>para</strong> adequar a matéria à sua<br />
disponibili<strong>da</strong>de de espaço, até suprimindo partes do texto, sem alterar sensivelmente a idéia geral. Sei que não é<br />
fácil, mas não quis ficar com a matéria por muito tempo e perder a oportuni<strong>da</strong>de.<br />
Abs Fonseca<br />
ALCEBÍADES SCHENKEL FILHO<br />
Afastou-se do nosso convívio terreno o amigo Schenkel ou Bidão. Tive, com ele, poucos pontos de<br />
contato, o que muito lamento, por, em todos eles, ter se revelado um companheiro dedicado, um amigo leal,<br />
alegre, sempre pronto <strong>para</strong> um churrasco (bom gaúcho que era).<br />
Estes poucos contatos foram devido à origem <strong>da</strong> Escola Pre<strong>para</strong>tória (ele <strong>da</strong> EPPA e eu <strong>da</strong> <strong>EPF</strong>), não<br />
termos pertencido à mesma Companhia do Curso Básico <strong>da</strong> AMAN, termos optado por Armas diferentes e não<br />
servirmos numa mesma guarnição, a não ser, em duas oportuni<strong>da</strong>des, afasta<strong>da</strong>s no tempo.<br />
Foram exatamente estes dois momentos que me permitiram conhecer os traços marcantes de sua personali<strong>da</strong>de,<br />
profissionalismo, amizade e cavalheirismo.<br />
Tivemos um ano de contato na ECEME, ele no 2º ano e eu no 1º. Não foram poucos os churrascos por<br />
ele pre<strong>para</strong>dos nas churrasqueiras do Círculo Militar <strong>da</strong> Praia Vermelha, reunindo e confraternizando a turma<br />
de 61, de efetivo expressivo nos anos de 80 e 81. Estava sempre alegre, disponível, incansável <strong>para</strong> tornar o<br />
ambiente harmonioso e procurando atender a todos.<br />
Nos anos de 87, 88 ou 89 voltei a encontrá-lo, agora coman<strong>da</strong>ndo o 3º GAAAe (Caxias do Sul), enquanto<br />
eu coman<strong>da</strong>va o 3º BComEx, em Porto Alegre. Lembro-me que me convidou <strong>para</strong> apresentar uma palestra<br />
sobre as Comunicações no Exército e no Brasil, em Seminário realizado na ci<strong>da</strong>de, na Semana Nacional<br />
<strong>da</strong>s Comunicações, evento de âmbito municipal. O amigo e companheiro de turma e sua família foram anfitriões<br />
irrepreensíveis, revelando to<strong>da</strong> sua fi<strong>da</strong>lguia e cavalheirismo.<br />
Entre os fatos pitorescos ocorridos na AMAN, naqueles anos de 59, 60 e 61, seguramente todos conhecem<br />
aquela “estória” do cadete que entrou correndo pelo túnel do CC, subiu as esca<strong>da</strong>s de uma Ala, entrou em<br />
uma delas e se escondeu no último apartamento (normalmente vazio e usado como depósito), debaixo de uma<br />
cama em que dormia, por circunstâncias desconheci<strong>da</strong>s, um “frango”. Todo o pessoal de serviço estava correndo<br />
atrás, claro. Dizem as más ou boas línguas que o principal ator era ele!<br />
Certa vez, nestes anos mais recentes, perguntei se eram ver<strong>da</strong>deiras essas insinuações.<br />
Ele exibiu aquele largo sorriso e simpática expressão facial e não confirmou nem desmentiu. Será que levou<br />
consigo o segredo? O depoimento de outros amigos poderá confirmar ou não.<br />
É esse um pálido e segmentado testemunho sobre o querido amigo Schenkel. Que Deus o tenha e que a<br />
Neusa e os filhos recebam o necessário consolo divino.<br />
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DO 345 – CADETE CARLOS ROBERTO PEIXOTO LIMA, POR E-mail:<br />
POR QUEM OS SINOS DOBRAM<br />
Passei o último natal com meus netos na bela ci<strong>da</strong>de de Gramado. Tenho bons amigos gaúchos,<br />
aliás, irmãos, pois companheiros de Escola Militar se tornam irmãos. Tenho muitos irmãos. E<br />
foi com carinho que o coronel Canto e sua Iramaia ofereceram um belo churrasco em sua aconchegante<br />
casa no condomínio Lage <strong>da</strong> Pedra. Para maior surpresa e satisfação, meu irmãozinho Alcebíades<br />
Schenkel, mesmo adoentado, enfrentou 300 km de Cachoeira do Sul até Gramado <strong>para</strong> me<br />
<strong>da</strong>r um abraço, trouxe ain<strong>da</strong> um borrego novinho <strong>para</strong> o churrasco, meus netos devoraram. Eu fiquei<br />
emocionado com o gesto do Bidão, disse-lhe que eu iria à Cachoeira, ele me respondeu que estava<br />
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doido <strong>para</strong> me ver, <strong>da</strong>r um abraço. Foram dois dias de carne e vinho. Marcamos encontro <strong>para</strong> maio<br />
no Uruguai. Na despedi<strong>da</strong> um forte abraço. Ao chegar ao hotel, chorei, falei <strong>para</strong> minha mulher que<br />
aquela tinha sido a última vez que estive com Bidão. Aquele tinha sido o último abraço.<br />
Semana passa<strong>da</strong> confirmou-se minha “premonição”, recebi telefonema do General Gualter,<br />
Bidão morreu. Parei meu computador, cruzei os braços por cima, chorei feito um menino, até<br />
que minha filha Van<strong>da</strong> percebeu, veio me consolar. Contei <strong>para</strong> ela o significado <strong>da</strong>quela amizade.<br />
Foi no início de 1959 entramos alegres, vibrando na Academia Militar <strong>da</strong>s Agulhas Negras.<br />
Alguns amigos com vivência de três anos <strong>da</strong> Escola Pre<strong>para</strong>tória de Fortaleza e agora novos<br />
amigos vindos de todos os cantos do Brasil. Dentre eles, um logo se destacou na maneira espontânea<br />
de ser, na alegria, na sinceri<strong>da</strong>de. Dei-me bem com a gaucha<strong>da</strong> e o Cadete Schenkel, já despontava<br />
um líder entre nós. Nossa amizade iniciou naquele ano com an<strong>da</strong>nças na ci<strong>da</strong>de de Resende,<br />
cavalga<strong>da</strong>s em fim-de-semana pelo Vale do Paraíba, e como ninguém é de ferro, em vez em<br />
quando uma passa<strong>da</strong> pelas boates <strong>da</strong>s redondezas. Aprendi muita coisa com Bidão, ele adorava<br />
corri<strong>da</strong> de cavalo, ensinou-me tudo. No final do ano eu já apostava bem no Grande Prêmio Brasil em<br />
Narvik e Farwell, os dois grandes cavalos <strong>da</strong>quela época. No segundo ano Bidão foi <strong>para</strong> Artilharia,<br />
eu <strong>para</strong> Infantaria, mas a amizade continuou. Certa vez houve uma briga, dessas que só se vê em<br />
cinema, na Boate Casablanca, cadetes x camioneiros. Quando apareceu a patrulha <strong>da</strong> AMAN, nós<br />
fugimos. Ao pular uma janela levei uma cadeira<strong>da</strong> na cabeça, desmaiei. Coelhão e Bidão voltaram<br />
<strong>para</strong> me acudir, levaram-me nas costas. Sangrava muito, pedi que me deixassem, preferia ser preso,<br />
apresentei-me à patrulha. Peguei 15 pontos na cabeça e 15 dias de xadrez. Bidão to<strong>da</strong> noite me<br />
levava pizza na prisão.<br />
Saímos aspirantes ca<strong>da</strong> qual <strong>para</strong> um lado, mas nunca deixamos de ter alguma notícia. Nesses<br />
últimos 15 anos, nossa turma <strong>da</strong> AMAN, tem realizado reuniões anuais. Temos nos visto com<br />
mais assidui<strong>da</strong>de. Foi nesses encontros, que Vânia, conheceu melhor meus amigos de Escola Militar,<br />
ela sempre comenta a beleza dessa amizade, do bem querer que existe entre nós, com maior<br />
respeito às opiniões de ca<strong>da</strong> um. Schenkel ao se reformar do Exército foi ser fazendeiro em Cachoeira<br />
do Sul. Vi<strong>site</strong>i a Fazen<strong>da</strong> Farroupilha, meu amigo era bom administrador e foi um excelente oficial<br />
do Exército.<br />
Antigamente quando morria uma pessoa os sinos <strong>da</strong> Igreja tocavam, dobravam pelo ser humano<br />
que havia morrido. O poeta John Donne escreveu um poema: “Nenhum homem é uma ilha,<br />
sozinho em si mesmo; ca<strong>da</strong> homem é parte do continente, parte do todo, assim como se fosse uma<br />
parte de seus amigos; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de;<br />
e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.<br />
As ci<strong>da</strong>des cresceram, a tradição dos sinos na hora <strong>da</strong> morte acabou. Contudo, desde a tarde<br />
de sete de <strong>fev</strong>ereiro eu ouço os sinos tocarem, os sinos dobram nos meus tímpanos, no coração, lá<br />
dentro <strong>da</strong> alma. Foi-se um amigo, está se indo uma geração. Geração de homens formados nos últimos<br />
anos românticos <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de. E não pergunte por quem os sinos dobram, eles dobram não<br />
apenas pelo Bidão, dobram por Neuza, por Márcia e André. Eles dobram pelo Uchoa, por Anaíde,<br />
pelo Muxfeldt e Cristina. Eles dobram por todos os amigos, pela nossa geração, pela turma <strong>da</strong> Academia<br />
Militar <strong>da</strong>s Agulhas Negras de 1961, pelo Camurça, Rubião, pelos colegas <strong>da</strong> EPPA e <strong>EPF</strong>,<br />
Bidão era ci<strong>da</strong>dão honorário arataca. Os sinos dobram pelo Exército Brasileiro, dobram por mim, por<br />
ti, por todos nós.<br />
Matéria publica<strong>da</strong> no Jornal Gazeta de Alagoas em 10 de <strong>fev</strong>ereiro de 2008.<br />
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Adeus, Bidão!<br />
Rubião Gomes Torres *<br />
Depois dos sessenta e sete anos a vi<strong>da</strong> começa a nos pregar peças. Vai levando nossos companheiros<br />
<strong>para</strong> o Altar <strong>da</strong> Pátria, obedecendo à voz de comando de ¨Fora de forma¨ do Criador. Neste<br />
<strong>fev</strong>ereiro, no dia 7, obedecendo a Ele, saiu de forma, do nosso convívio terreno, o artilheiro Schenkel.<br />
Oriundo <strong>da</strong> Escola Pre<strong>para</strong>tória de Porto Alegre, nós nos encontramos na AMAN em 1959 e<br />
logo nos primeiros dias de aula, na T 8, aprendi a admirá-lo pelo seu modo afável de tratar, respeitar<br />
3
e considerar os colegas de outras plagas, em especial os ¨aratacas¨. Alcebíades Schenkel Filho,<br />
Bidão, carinhosamente <strong>para</strong> os íntimos, era descendente de imigrantes alemães de Cachoeira do<br />
Sul, ali a 220 Km de Porto Alegre, nas margens do Rio Jacuí.<br />
Torcedor quase fanático do Internacional, o seu Colorado, bom de gagá e bom de bola, zagueiro<br />
central do esquadrão <strong>da</strong> EPPA nas competições <strong>da</strong>s escolas de origem, líder nato do time <strong>da</strong> nossa<br />
Companhia no Curso Básico, galgou, com facili<strong>da</strong>de por suas notas, a classificação <strong>para</strong> o Curso de<br />
Artilharia, no final do 1º ano.<br />
Nas vésperas do Aspirantado, em dezembro de 1961, nos despedimos numa confraternização<br />
dos aratacas (com copos de cerveja gela<strong>da</strong>) e gaúchos (de mate, com bomba e cuia) no bar do Zé<br />
Carioca, em Resende. A turma fora pulveriza<strong>da</strong> pelos rincões do País.<br />
Dez anos mais tarde, durante os meses do curso <strong>da</strong> EsAO, na Vila Militar de Deodoro, no Rio,<br />
agora já casados, ele com sua Neuza e eu com Alari, convivíamos e nos encontrávamos com freqüência<br />
quase diária nos alpendres durante os intervalos de aula ou nas alame<strong>da</strong>s que cercavam os<br />
prédios onde residíamos. Sadia amizade se concretizava e as conversas agora giravam em torno de<br />
assuntos internacionais e nacionais, com ênfase <strong>para</strong> a defesa interna e os rumos dos Governos<br />
Militares. Novamente ao fim do período escolar eu subi <strong>para</strong> o Nordeste e ele desceu <strong>para</strong> o Sul.<br />
Fomos bafejados pela sorte que nos reuniu mais uma vez, na ECEME no ano de 1979, onde<br />
durante dois anos, na Praia Vermelha, desfrutamos de estreitos contatos na sala de aula, pois eu,<br />
ele e mais oito colegas <strong>da</strong> nossa turma de AMAN, sentávamos na mesma fila de bancas e participávamos<br />
em conjunto <strong>da</strong> maioria dos trabalhos escolares. Ao cair <strong>da</strong> tarde, os majores de 61 se juntavam<br />
em torno de um coreto intragrades na frente do Edifício <strong>da</strong> Praia Vermelha, onde residíamos,<br />
<strong>para</strong> degustarmos o mate gaúcho numa bomba comunitária. As conversas só eram interrompi<strong>da</strong>s<br />
antes dos noticiários noturnos <strong>da</strong>s TVs. Nas viagens de estudo e nos Exercícios no Terreno (Salvador,<br />
Bagé e Ponta Grossa) os trabalhos e pequenos intervalos solidificavam ain<strong>da</strong> mais nossos laços<br />
de fraterni<strong>da</strong>de.<br />
Fim de curso, mais uma vez o destino nos se<strong>para</strong>. Como Oficiais do QEMA voltaríamos a nos<br />
encontrar por força de nossas ativi<strong>da</strong>des, em reuniões ou contatos no EME e na ECEME.<br />
Mas foi após estarmos na Reserva, quando <strong>da</strong>s reuniões <strong>da</strong> turma <strong>da</strong> Escola Pre<strong>para</strong>tória de<br />
Fortaleza em 1995, 1997, 1999 e 2001, na capital do Ceará, em Maceió e no Rio, mesmo tendo sido<br />
<strong>da</strong> EPPA, ele e Neuza compareceram como se ¨aratacas¨ fossem.<br />
Por duas vezes o casal esteve no nosso recanto paripueirense, 30 Km ao N de Maceió. Em agosto<br />
de 2005, eu e Alari, após três dias na Serra Gaúcha, descemos ao vale do Jacuí e passamos quatro<br />
memoráveis dias, com Uchoa e Anaíde, nas contíguas Fazen<strong>da</strong>s Santa Helena e Farroupilha em<br />
Cachoeira do Sul; a primeira do Alencastro e <strong>da</strong> Cléa e a segun<strong>da</strong> dele e <strong>da</strong> Neuza. Amizade mais<br />
que fortaleci<strong>da</strong>, demonstra<strong>da</strong> na alegria de receber os casais do Norte.<br />
Nosso último encontro, em Resende, no dezembro de 2006, comemorando os 45 anos do aspirantado,<br />
Neuza já apresentava preocupação com a luta do Schenkel contra um mal que se instalava<br />
num de seus pulmões. Despedi<strong>da</strong> apreensiva.<br />
Pelo telefone nas segun<strong>da</strong>s-feiras de 2007 comentávamos os resultados dos jogos do Internacional<br />
e ao lhe perguntar sobre sua saúde, argumentava: Sou como o Colorado, tché; campeão do<br />
mundo, mas não posso, mesmo com muita garra, vencer to<strong>da</strong>s as parti<strong>da</strong>s.<br />
E assim foi! Na tarde de sua parti<strong>da</strong>, Alari recebeu a notícia pelo Carlito Lima. Falei no telefone<br />
com Neuza; pediu ela que avisasse ao Gildo e ao Leitão. Chorando dizia que realmente ele lutou<br />
contra a doença, como um leão, até o último minuto. Do lado de cá, nó na garganta, eu e Alari olhávamos<br />
<strong>para</strong> horizonte além <strong>da</strong> Praia <strong>da</strong> Costa Brava e pedíamos ao Pai que recebesse a alma do<br />
nosso querido colega. Sem perceber, comecei a assoviar a Canção <strong>da</strong> Artilharia, como se quisesse<br />
gritar: Adeus, Bidão!<br />
* TC R/1 <strong>da</strong> Arma de Infantaria<br />
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Do 159 – ADYR por e-mail de 22 <strong>fev</strong> 2008.<br />
Prezado amigo Camurça,<br />
Ain<strong>da</strong> não é definitivo, mas desejo que você, como grande escritor que é, faça as suas considerações e enquanto<br />
isso eu pensarei em mais alguma coisa <strong>para</strong> escrever. Um forte abraço, Adyr<br />
4
BIDON<br />
O falecimento do grande amigo Schenkel causou-me uma profun<strong>da</strong> tristeza.<br />
Nós nos conhecemos na AMAN, em <strong>fev</strong>ereiro de 1959. Ele era o cadete 17 e eu o 12. Fomos <strong>da</strong> 2ª<br />
Companhia do Básico, coman<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Cap Potyguara, que carinhosamente chamávamos de Errol Flynn.<br />
A nossa identificação maior se deu no campo de futebol. Logo após o Torneio <strong>da</strong>s Escolas de Origem<br />
fomos convocados <strong>para</strong> a equipe de futebol <strong>da</strong> AMAN, cujo treinador era o então Cap Bayma Kerth.<br />
O primeiro troféu que ganhamos jogando na mesma equipe foi de campeão do Curso Básico. A nossa<br />
defesa tinha o Wanderlei (216) no gol, o Schenkel de zagueiro direito e eu de zagueiro central.<br />
Como ninguém é perfeito, ele foi <strong>para</strong> a artilharia. Eu escolhi a infantaria, mas mesmo em cursos diferentes<br />
mantivemos um contato diário nos treinamentos <strong>da</strong> equipe de futebol e a nossa amizade foi ca<strong>da</strong> vez<br />
mais fortaleci<strong>da</strong>.<br />
A lembrança maior que tenho do Bidon como oficial foi na ECEME, quando eu era aluno e ele meu<br />
instrutor, por sinal, excelente instrutor.<br />
Foi no Círculo Militar <strong>da</strong> Praia Vermelha que, os companheiros <strong>da</strong> Turma Academia Real Militar, instrutores<br />
e alunos <strong>da</strong> ECEME, comemoramos a obtenção <strong>da</strong> nossa “Carta de Alforria”, foi com denominamos a<br />
nossa reunião, por havemos completado 28 (vinte e oito anos) de bons serviços prestados ao Exército e à nossa<br />
Pátria.<br />
A participação do Schenkel e <strong>da</strong> Neusa nas nossas reuniões Epefianas foi algo sensacional que muito<br />
me emocionou e, na ultima, por ocasião <strong>da</strong> recepção no Hotel Vela e Mar, na primeira noite, não resisti ao beijo<br />
na careca pela satisfação de reencontrá-los mais uma vez.<br />
Até breve amigo Bidon.<br />
Qualquer hora tornaremos a nos encontrar, vamos jogar uma grande pela<strong>da</strong> e espero ser do seu time.<br />
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DO ARTILHEIRO CEL JOSÉ FIRMINO DIAS LOPES – Turma Duque de Caxias – AMAN – 1962:<br />
República <strong>da</strong> Rua Ministro Valadão – Bairro do Peixoto, Copacabana, Rio de Janeiro.<br />
Em 1965, em plena efervescência do 1 º Governo Revolucionário, do Castelo Branco, os solteiros e liberados<br />
<strong>da</strong> EsDAAe, ( Escola de Defesa Antiaérea), se homiziavam nos fins de semana num matadouro <strong>da</strong> Zona Sul,<br />
<strong>para</strong> se restabelecerem <strong>da</strong>s canseiras dos estudos na Vila Militar: buscavam, na medi<strong>da</strong> que o soldo permitia,<br />
gozar <strong>da</strong>s delícias <strong>da</strong> Princesinha do Mar – vista, clima, banho de mar, cinema, passeio na Aveni<strong>da</strong> Nª Srª de<br />
Copacabana, bebericagem e na<strong>da</strong> mais..<br />
Cinco militares alugaram um apartamento, na Zona Sul, distante 50 Km <strong>da</strong> Vila Militar - percurso vencido por<br />
trem e ônibus, pois na época quase ninguém tinha carro.<br />
Dois aratacas, “Mon Chevou” e “BD”: dois gaúchos, “Alemão” e o “Conde de Bofor”, sob a vigilância do<br />
Chefe Magno, se amontoavam num apartamento <strong>da</strong> Rua Ministro Valadão, Bairro Peixoto, Copacabana. Todos<br />
solteiros, quatro lisos e um abonado. O Chefe que alugara o apartamento tinha um Gordini. Ele tinha o privilégio<br />
de ocupar quarto de casal. Pagava mais, mas tinha a franquia de dormir com amigas sem ser perturbado – a<br />
plebe ignara se arrumava como podia, nas demais dependências inclusive no quarto <strong>da</strong> emprega<strong>da</strong>.<br />
Bagunça total, não se fazia faxina, a poeira e os jornais cobriam os móveis e o assoalho. A roupa suja se acumulava<br />
nas cadeiras, armários e no banheiro. Como os antigos “cristãos”, os tenentes usavam os bens irmãmente,<br />
tudo era de uso comum: uniforme, sapato, roupa civil etc usava-se e depois pedia. Liber<strong>da</strong>de total.<br />
Nos meados do ano, diante do caos e <strong>da</strong> sujeira, que grassava, o Chefinho contratou uma faxineira, <strong>da</strong>divosa e<br />
prestativa, que foi “mui-bem” acolhi<strong>da</strong> pela tenenta<strong>da</strong> carente.<br />
De uma maneira geral, passava-se a semana na Vila, alojados no 1º GCAN 90, <strong>para</strong> aliviar as despesas com<br />
comi<strong>da</strong> - O fogão não funcionava no apartamento, comia-se no botequim no térreo do prédio.<br />
Nos fins de semana, “sem provas”, ia-se <strong>para</strong> Copacabana, gozar <strong>da</strong>s delícias <strong>da</strong> Zona Sul – praia, cinema, chopinho,<br />
e eventualmente visita a famosa Rua Alice – festinhas nem pensar, eram ignorados <strong>para</strong> eventos familiares.<br />
O galã “Meu Cavalo” vez por outra ‘tirava linha’ com as funcionárias do comércio, o pacato Simões, com<br />
namoradinha, freqüentava a casa do sogro do Cap Lafaiete, seu ex-cmt de Bateria – estava de olho na cunha<strong>da</strong>.<br />
Sobravam: o Alemão que gostava de gastar o seu tempo livre no futebol, nas corri<strong>da</strong> de cavalos, e o BD, arataca<br />
padrão, que caçava qualquer coisa que falasse: pé de fogão, babá, telefone, radio, papagaio etc.<br />
5
O Simões, torcedor do grêmio fazia o gênero do bom moço, calmo, flegmático, fala mansa, era conhecido como<br />
o Conde de Bofor. O Bidão estava no outro extremo, torcedor do Internacional, extrovertido, atarracado, ágil de<br />
mente, de olhar penetrante, com seus de olhos “de bilas azuis”. Estava sempre ativo e ocupado com coisas ruidosas<br />
e atrativas.<br />
Amigos de infância de Cachoeira do Sul, um complementava o outro. Basta ver que guar<strong>da</strong>vam em espécie,<br />
tudo o que ganhavam, no mês, numa caixa de sapato, joga<strong>da</strong> num armário – a retira<strong>da</strong> era feita na “galega”,<br />
na<strong>da</strong> de conferência, não havia briga nem desconfianças. Ca<strong>da</strong> um metia a mão e ia tirando, até esvaziar. Bons<br />
atletas, jogavam futebol de salão, sem se preocupar com os encargos escolares – inteligentes se <strong>da</strong>vam bem nas<br />
provas sem queimar pestana nos estudos.<br />
O Conde filava o “rango” na Tijuca, na casa do futuro sogro - ”Meu Cavalo”, “BD” e o Alemão almoçavam<br />
nos fins de semana, no Seu Charles - ponto comercial do prédio. O Alemão muito comunicativo fez logo estreita<br />
amizade com o dono <strong>da</strong> cantina e passou a pendurar os seus almoços com o Gringo - no fim do mês o<br />
Alemão metia a mão na caixa, e pagava o Charles, até que um dia, as notas <strong>da</strong> caixinha, não cobriram as “etapas”<br />
atrasa<strong>da</strong>s – americano chiou.<br />
Pela 1º vez o Bidão ficou macambúzio, ele sabia que o Conde quase não gastava; o dinheiro se evaporara nas<br />
corri<strong>da</strong>s de cavalo. Nem por isso houve aborrecimentos entre as partes, resolveram o alcance na concórdia, com<br />
empréstimo do Magno.<br />
Quando não se saia nos fins de semana, por excesso de chuva e/ou falta de dinheiro, organizava-se jogos de<br />
carta, no apartamento, que entravam noite adentro, até domingo. Tanto no carteado como nos acampamentos na<br />
Barra <strong>da</strong> Tijuca, aproveitava-se o tempo livre <strong>para</strong> contar os causos e presepa<strong>da</strong>s dos alunos e instrutores.(quase<br />
todos tenentes, instrutores e instruendos).<br />
O Conde lembrava, que certa vez o Bidão, bom atleta e amante dos esportes, fora escalado <strong>para</strong> fazer uma apresentação<br />
de educação física, no quartel de Cachoeira. Na manhã <strong>da</strong> demonstração, no alojamento dos oficiais, o<br />
Bidão, que nunca ligou <strong>para</strong> limpeza de seu equipamento esportivo, verificou que precisava de tênis, calção e<br />
meia, condizentes com o evento. De pronto conseguiu emprestado, calçado e um calção, ficou faltando a meia....Ouviu-se<br />
o toque de formatura geral e ca<strong>da</strong> qual seguiu a destino.<br />
Já na demonstração de educação física, todos os tenentes notaram o brilho ofuscante <strong>da</strong> meia do Bidão. - como<br />
e com quem ele conseguiu “se virar -In<strong>da</strong>gava-se. Ninguém desconfiava”.<br />
Apenas o Bofor, achou aquela meia pareci<strong>da</strong> com a manga de sua camisa branca de gola rolê ?<br />
Mas dizia – Não, o Alemão não teria coragem de inutilizar o presente de aniversário, que ganhei <strong>da</strong> mamãe.<br />
Não deu outra, no papo do cassino, entre os elogios pela bela demonstração, O Bidão com seus olhos azuis, ria<br />
contando como fora obrigado a cortar as mangas <strong>da</strong> camisa do amigo...<br />
Bofor apenas ria, entre uma e outra bafora<strong>da</strong> de cigarros.<br />
Contava também que o Bidão dera um vexame num ônibus de Resende <strong>para</strong> São Paulo.<br />
Far<strong>da</strong>do no fundo do ônibus, passou mal <strong>da</strong> barriga, e gritou pára! Pára! Saiu correndo, passa ligeiro pelo corredor,<br />
apanhando o jornal de um passageiro, que lia na cadeira <strong>da</strong> frente. Sai rápido procurando uma cobertura,<br />
sempre olhando <strong>para</strong> trás – via os passageiros rindo <strong>da</strong> cena cômica.<br />
Para desespero <strong>da</strong> personagem, o local era descampado, por mais que corresse, seus companheiros de viagem<br />
o acompanhavam, no desespero <strong>da</strong> busca de um abrigo, de uma moita. Depois de muito correr, encontra um<br />
renque e suado consegue satisfazer suas necessi<strong>da</strong>des. Demorando, uma comitiva de paisanos, vai em socorro<br />
do paciente, e o encontram, rindo arrumando a calça <strong>da</strong> far<strong>da</strong>. Não se constrange volta com a comitiva e entra<br />
no coletivo, aplaudido pelos demais passageiros.<br />
–Ora o que podia fazer? Só podia rir e suportar as brincadeiras até São Paulo, dizia o Bidão.<br />
Entre outras se falava que, o Alemão, certo dia de sábado, ao voltar <strong>para</strong> Conjunto Principal, depois de tomar<br />
“umas e outras” em Resende. Truviscadissimo entra correndo a paisano no portão do Corpo de Cadete, deixando<br />
<strong>para</strong> trás o Oficial de Dia, a gritar – Cadete! Cadete <strong>para</strong>! Cadete Possuidor de invejável vigor físico, o Bidão<br />
sobe rapi<strong>da</strong>mente os três pisos, deixa o perseguidor atônito <strong>para</strong> trás e rápido, orientado pelo plantão <strong>da</strong><br />
hora entra no último apartamento, <strong>da</strong> ala de Cavalaria... Desorientado bate forte a porta e acor<strong>da</strong> a pessoa que<br />
dorme numa <strong>da</strong>s duas camas.<br />
. – O que está acontecendo?! – O que foi? Diz a pessoa semi-acor<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />
- Cala porra! – estou me escondendo do frango <strong>da</strong> ala!<br />
.- O que? - diz a pessoa já se levantando - Frango <strong>da</strong> ala!? – Mas eu sou o...<br />
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Nisto, já com os olhos a<strong>da</strong>ptados ao escuro do quarto, o nosso herói percebe uma cadeira, com uma japona<br />
com duas estrelas.<br />
Safo, percebe rápido que entrara no apartamento do próprio frango <strong>da</strong> ala. De pronto, agora mais orientado,<br />
abre a porta, e continua a sua fuga, <strong>para</strong> se esconder tranqüilo, no seu apartamento no vizinho Curso de Artilharia.<br />
No dia seguinte, era o que se falava na mesa do café do pessoal de serviço.<br />
Sabia-se do milagre, mas não se conhecia o Santo.<br />
José Firmino Dias Lopes – Artilheiro – Turma Duque de Caxias – AMAN 1962.<br />
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OUTRAS CORRESPONDÊNCIAS, OUTROS ASSUNTOS<br />
DO 256 – WILDSON PARA O 159 - ADYR QUE ME REPASSOU E EU LHES APRESENTO COM<br />
ORGULHO:<br />
Caro irmão epefiano Adyr:<br />
Quando cursava a última série de História Natural atual Biologia, fui homenageado em uma bonita<br />
Soleni<strong>da</strong>de, em virtude de ter sido o melhor aluno durante todo o curso e por ter dedicado parte do<br />
meu tempo em auxiliar aqueles que estavam em situação difícil em determina<strong>da</strong>s matérias, principalmente<br />
Química, ciência em que era técnico e trabalhava há vários anos em laboratório de análises<br />
físico-químicas de petróleo.<br />
De tudo o que foi dito pela oradora e brilhante aluna, classifica<strong>da</strong> em segundo lugar ao término do<br />
curso, foi – nós temos orgulho de tê-lo como colega. Para quem vinha de uma reprovação jamais<br />
esqueci<strong>da</strong>, em Física, na AMAN, esse era o momento esperado, era o momento <strong>da</strong> redenção, era a<br />
volta por cima, era o reconhecimento desinteressado dos Mestres e Colegas <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de, isso me<br />
deu forças <strong>para</strong> continuar a trabalhar e a estu<strong>da</strong>r.<br />
Fico pensando no poder de uma simples palavra – orgulho – coloca<strong>da</strong> de maneira certa pela pessoa<br />
certa, no momento certo e <strong>para</strong> a pessoa certa é capaz de realizar em benefício de sua auto-estima.<br />
Você deve estar se perguntando o porquê do assunto.<br />
Ontem li a Revista do Projeto Rondon do Ceará que o tem como Coordenador, fiquei emocionado<br />
com o trabalho desenvolvido por esses jovens sob a batuta competente do querido irmão e depois<br />
de ler to<strong>da</strong> a Revista eu só tinha uma simples palavra <strong>para</strong> dizer ao amigo Adyr – temos muito orgulho<br />
em tê-lo nessa maravilhosa Comuni<strong>da</strong>de Epefiana tão bem conduzi<strong>da</strong> pelo querido Camurça.<br />
Carpem Diem!<br />
Wildson – 256.<br />
Caros colegas de Turma, correspondências como esta, são ótimas surpresas, acariciam o ego, e fazem bem à<br />
alma e ao coração. Obrigado, Adyr. Obrigado, Wildson!<br />
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DO COLEGA 2 – MANOEL INDIANO DA FONSECA, POR E-MAIL DE 10.02.2008:<br />
Em <strong>29</strong>/01/08, João Bosco Camurça escreveu:<br />
Caros Amigos e colegas <strong>da</strong> Turma TC Porto Barbosa - <strong>EPF</strong> 1956-57-58,<br />
Sau<strong>da</strong>ções.<br />
Segue <strong>para</strong> vocês mais uma edição do Jornaleco, a primeira do ano de 2008.<br />
O Re<strong>da</strong>tor pede colaborações:<br />
Você tem alguma foto <strong>da</strong>quela fase anterior ao Exame de Admissão <strong>para</strong> a <strong>EPF</strong>?<br />
Você teria uma bateria de fotos <strong>da</strong> época de Aspira e tenente (2º e 1º).<br />
O Compromisso ao Primeiro Posto, tem?<br />
E <strong>da</strong> promoção a capitão?<br />
Pode ser 3x4 <strong>da</strong>s carteiras de identi<strong>da</strong>de...<br />
Alguém guardou o CARTÃO DE CABELO? Serve... Mande!<br />
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Um bom Carnaval <strong>para</strong> desopilar o fígado que ninguém é de ferro!<br />
Um abraço,<br />
Camurça<br />
Caríssimo amigo Camurça<br />
Recebi o Jornaleco, o primeiro de 2008. Mais uma vez, muito obrigado. Está de bela feitura.<br />
To<strong>da</strong> vez que o recebo aperta a dor na minha consciência, por não proporcionar nenhuma colaboração na feitura<br />
desse noticioso. Prometo que vou me redimir em breve.<br />
Uma explicação, longe de se constituir justificativa. Todo o meu acervo de lembranças escolares e outras deixei<br />
com uma irmã, muito liga<strong>da</strong> a mim, residente em Brasília, medi<strong>da</strong> toma<strong>da</strong> em algum momento longínquo (não<br />
lembro mais) <strong>da</strong> carreira, por medo de perdê-las com as constantes mu<strong>da</strong>nças. Desde que passei <strong>para</strong> a Reserva,<br />
agora que estou na fase <strong>da</strong> definição <strong>da</strong> minha estabili<strong>da</strong>de domiciliar. Portanto, somente agora devo resgatar<br />
esse patrimônio, podendo arrancar, quem sabe, o cartão de cabelo... Não creio, mas alguma coisa sairá.<br />
Solicito uma correção na Relação dos Endereços Físicos:<br />
- cancelar o telefone (27) 3239-3517<br />
- considerar Fone / FAX os telefones (27) 32<strong>29</strong>-4405 de Vila Velha e (21) 2525-6737 do Rio de Janeiro.<br />
Os demais <strong>da</strong>dos estão corretos.<br />
Me informe como acessar essa relação.<br />
Abraços<br />
Fonseca<br />
Caro Fonsequinha, caros Amigos e Colegas de Turma: a nova relação terá uma foto do álbum de Formatura.<br />
Quem não concluiu, é evidente que sua foto não estará ali. Tudo será <strong>para</strong> março deste ano, se Deus quiser.<br />
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DO <strong>29</strong> – HELINHO:<br />
Caros colegas: o cronista José Ribamar Bessa Freire é um perpétuo defensor <strong>da</strong> Amazônia no geral e Manaus<br />
em particular. Adotem este cronista. Ele é sinceramente brasileiro e firme em suas opiniões.<br />
Um abraço,<br />
Camurça<br />
LIMPEM SUAS CAIXAS POSTAIS!!!<br />
Re: Crônicas<br />
De:- hgcb (hgcb@uol.com.br )<br />
Envia<strong>da</strong>:- segun<strong>da</strong>-feira, 11 de <strong>fev</strong>ereiro de 2008 15:37: 21.<br />
Para: - camurca 368 (camurca368@hotmail.com)<br />
Frei Chiquinho,<br />
Com uma vi<strong>da</strong> corri<strong>da</strong> entre Cabo Verde e Brasília - sem falar nas variações que me levam a Moçambique e<br />
outros pontos de África - escrevo pouco, mas estou sempre atento e leitor assíduo seu e do Rosinha.<br />
Vou ler a crônica e já guardei a oração, porque Anjo <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>, vindo de mãe, é coisa séria.<br />
Abração do <strong>29</strong> Helio<br />
Aproveitem <strong>para</strong> anotar o novo e-mail do Helinho. Obrigado, <strong>29</strong> – Barros pela sua resposta agradável. Um<br />
abraço.<br />
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ANIVERSARIANTES DE MARÇO<br />
03 - Martha Ângela Gueshin Rêgo - 52 – Rêgo – Fone 21.2542-0823 e par@terra.com.br;<br />
04 – Roberto Pinheiro Nunes – Fone 21.2<strong>29</strong>5-7920; e-mail desconhecido.<br />
04 - Carlos Nelson Sá Pinheiro – Fone 21.3396-4336 e carlosnelsons@yahoo.com.br.<br />
04 – Neuza Severo Schenkel – Schenkel – Fone: Fazen<strong>da</strong> 51.3501-7797, celular 051.9984-9019 –<br />
05 - Alari Romariz Torres - 282 – Rubião – Fone 82.3<strong>29</strong>3-2539; alari@terra.com.br.<br />
08 - José Benoni Carneiro – Fone 61.3327-7813. jbenoni@agricultura.gov.br e benonivera@uoil.com.br<br />
14 - Zélia Azevedo <strong>da</strong> Fonseca - 200 – Vaz de Mello – Fone 34.3238-1149 e vamel@net<strong>site</strong>.com.br<br />
15 – Roberto Domingues dos Santos – Fone: 2539-6488 e robdom2000@ig.com.br .<br />
17 - Fernando Gonzaga Pessoa – Fone 83.3247-3134.<br />
17 - Roberto Sampaio – Fone 85.3244-5763 e robertosamp@zaz.com.br .<br />
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18 - Valdir Chagas – Fone 85.3091-3015 e valdirchagas@superig.com.br .<br />
18 - Meire de Almei<strong>da</strong> <strong>da</strong> Rocha – 108 – Rocha – 12.3152-2735 e rocha108@yahoo.com.br<br />
19 - Maria Christina D’Arriaga Muxfeldt – Gen Muxfeldt – Endereço desconhecido.<br />
24 - Ivar Ellery Barroso – Fone 85.3261-2694 e ivarellery@bol.com.br .<br />
25 – Manoel Indiano <strong>da</strong> Fonseca – Fone 21.2525-6737 e celular 021.9749-7397, mi<strong>da</strong>fonseca@ig.com.br<br />
26 - Rômulo Silva Nogueira – Fone 61.3468-3624. Fax 61.3468-1780; romulo2603@hotmail.com<br />
27 - Westanisa de Souza Viana - 130 – Barbosa – Fone 85.3278-2844 e 85.3273-1610.<br />
28 - José Galvão Diniz – Fone 61.3223-2220.<br />
Aos aniversariantes de Março, que Deus os abençoe e Nossa Senhora <strong>da</strong>s Graças cubra a todos com o seu manto<br />
imaculado e lhes conce<strong>da</strong> muitas graças que todos precisamos!<br />
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EVENTO CINQUENTENÁRIO DE CONCLUSÃO DO CURSO DA <strong>EPF</strong> – 1958 - 2008<br />
O Adyr e eu já começamos a nos mexer <strong>para</strong> a realização do evento neste ano de<br />
2008. Não pode ser noutro ano, é claro!<br />
A Turma Duque de Caxias <strong>da</strong> AMAN – 1962 tem um evento marcado em Maceió<br />
entre final do mês de outubro e início de novembro. O nosso aqui em Fortaleza<br />
deverá ser em Novembro, qualquer final de semana. Ca<strong>da</strong> um pensa e propõe como<br />
se estivesse respondendo a uma PESQUISA.<br />
Por outra, estou me propondo a fazer uma biografia sucinta do nosso Patrono TC<br />
João Felipe Porto Barbosa. Já obtive do seu filho, o Cel João Felipe Sampaio Barbosa,<br />
residente no Rio de Janeiro, as preliminares.<br />
Estamos trabalhando.<br />
CONHEÇA O SEU PATRONO<br />
Não cursou a <strong>EPF</strong>, mas sim a EPPA, provavelmente com o nome de guerra<br />
“Porto Barbosa". Creio que ingressou na EPPA em 1937<br />
Aspirante de Infantaria <strong>da</strong> turma de 1942<br />
No período de 1943 a 1947 serviu em Fortaleza no <strong>29</strong> BC e outras OM Regionais<br />
Em 1951 se formou Engenheiro Militar na ETE (hoje IME) onde permaneceu<br />
como instrutor até 1954.<br />
Em 1955 ingressou na <strong>EPF</strong> como professor do Magistério do Exército (a confirmar<br />
- concurso de título apenas e na cadeira de Descritiva).<br />
Casado com Maria Celeste Sampaio Barbosa, em 1945, teve dois filhos: João<br />
Felipe Sampaio Barbosa e Ângela Maria Sampaio Barbosa Merca<strong>da</strong>nte.<br />
Sabemos que a Piscina do Náutico Atlético Cearense foi idéia e execução dele;<br />
época <strong>da</strong> construção (só se souber informar). Assim, como as piscinas <strong>da</strong> <strong>EPF</strong>.<br />
PISCINAS<br />
Sim, o projeto foi dele e existe no Náutico, próximas às piscinas, placas comemorativas à inauguração com<br />
homenagem ao meu pai. Quanto às piscinas <strong>da</strong> <strong>EPF</strong>, somente o CMF poderia levantar as informações deseja<strong>da</strong>s.<br />
Foto do álbum<br />
É realmente a última do meu pai ain<strong>da</strong> vivo, já no posto de TC. Se desejar, posso procurar outras fotos <strong>da</strong><br />
época.<br />
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Alô, Amigos colegas de Turma e Aderentes:<br />
Sentiram a força do Jornaleco <strong>da</strong> <strong>EPF</strong>? É, sim, muito importante colaborar com o nosso noticioso enviando<br />
fotos extra-álbum, cartão de cabelo, uma folha do rol de roupa, um fac-símile de alguma flâmula – é, maninho,<br />
flâmula dos bons tempos, No mês passado falei do tombamento (que<strong>da</strong>) <strong>da</strong> Torre e do Relógio <strong>da</strong> Igreja do Coração<br />
de Jesús. Tais fatos eu pesco e divulgo. Por que os amiguinhos não podem fazer algo parecido?<br />
Um forte abraço, fiquem com Deus, rezem e segurem na mão de Deus, e sigamos todos pela Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>!<br />
Camurça,<br />
De Fortaleza!<br />
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