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Os Projectos do Arquitecto Joaquim de Oliveira para - Instituto de ...

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OS PROJECTOS DO ARQUITECTO JOAQUIM DE OLIVEIRA<br />

FIG. 20 - <strong>Joaquim</strong> <strong>de</strong> <strong>Oliveira</strong>, Projecto <strong>para</strong> a Biblioteca Pública <strong>de</strong> Évora - corte N-S, c. 1802-3, 26,3 x 42,3 cm (BPE, reserva<strong>do</strong>s, Gav. 8, Pasta I, nº 48).<br />

FIG. 21 - <strong>Joaquim</strong> <strong>de</strong> <strong>Oliveira</strong>, Segun<strong>do</strong> Projecto <strong>de</strong><br />

Fachada Sul <strong>para</strong> a Biblioteca Pública <strong>de</strong> Évora, 1802-3,<br />

43,7 x 35,5 cm (BPE, reserva<strong>do</strong>s, Gav. 8, Pasta I, nº 54).<br />

O <strong>de</strong>senho da fachada poente é particularmente interessante pelos artifícios que<br />

comporta (FIG. 16). A abertura <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is arcos que compunham então o passadiço<br />

entre o colégio e o paço arquiepiscopal, causavam um natural <strong>de</strong>sequilíbrio na simetria<br />

da fachada e, <strong>para</strong> o minimizar, <strong>Joaquim</strong> <strong>Oliveira</strong> propõe a inclusão <strong>do</strong> último <strong>de</strong>les<br />

no novo edifício, com uma passagem em cotovelo através <strong>do</strong> arco aberto à direita.<br />

Desta forma, embora este la<strong>do</strong> <strong>do</strong> edifício fique apenas com duas janelas (e não com<br />

três, como o oposto), a forte marcação <strong>do</strong> corpo axial, a colocação das duas janelas<br />

no ático, <strong>de</strong> memória mar<strong>de</strong>liana, e a dimensão geral <strong>do</strong> edifício, ajudam a manter um<br />

equilíbrio da composição apesar <strong>de</strong>sse elemento <strong>de</strong> ligação. As janelas são <strong>de</strong> moldura<br />

bastante simples, mas o corpo central é particularmente engenhoso. Em três registos,<br />

com frontão triangular coroa<strong>do</strong> por pináculos, é marca<strong>do</strong> pela linha <strong>do</strong>s vão abertos,<br />

quase em contínuo. No piso inferior abre-se uma larga porta em arco abati<strong>do</strong> que se<br />

liga com o janelão aberto até ao chão, mais estreito, <strong>de</strong> recorte circular e, já <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>do</strong> frontão, uma outra janela corre ao nível <strong>do</strong> ático. É particularmente interessante<br />

o jogo <strong>de</strong>stes vãos com as molduras das janelas cegas, laterais no piso nobre e interrompidas<br />

no térreo, que ajudam à simetria e ao equilíbrio <strong>de</strong>ste corpo e <strong>de</strong> toda a<br />

fachada. Esta solução correspondia na planimetria <strong>do</strong> piso nobre a duas salas, sen<strong>do</strong><br />

a maior voltada a poente, a toda a largura <strong>do</strong> edifício, com uma outra mais estreita<br />

nas traseiras (FIG. 18). Esta <strong>de</strong>stinava-se provavelmente às colecções, fican<strong>do</strong> a mais<br />

REVISTA DE HISTÓRIA DA ARTE Nº8 - 2011<br />

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