ELEIÇÕES <strong>2010</strong> Nossa democracia para Ao digitar os números dos candidatos nas urnas eletrônicas, mais de 135 milhões eleitores vão dar sequência a um processo de consolidação da brasileira, em 3 de outubro. Todo esse contingente está apto a participar do pleito que definirá quem comandará o futuro político da Nação pelos próximos quatro anos. Além da sucessora ou do sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, serão eleitos governadores, senadores e deputados federais e estaduais por todo o País. As eleições de 3 de outubro serão a sexta a ocorrer após os 21 anos de ditadura militar, período em que o povo não podia nem pensar em escolher o presidente da República. Apesar do impasse em relação à Ficha Limpa – o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não definiu se a lei vale para as eleições deste ano – os eleitores têm o dever de analisar o retrospecto de cada candidato. Neste momento é essencial conhecer a história dele, ou dela, para saber se o escolhido está preparado para representar milhares de brasileiros. Hoje, qualquer cida- dão que goze de direitos políticos pode pedir a inelegibilidade de candidatos registrados que estiverem com a ficha suja. O voto é obrigatório para todos os brasileiros e brasileiras alfabetizados que tenham entre 18 e 70 anos de idade. Já para os analfabetos, maiores de 70 anos ou jovens de 16 e 17 anos, o voto é facultativo. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maioria dos eleitores deste ano é do sexo feminino (51,8% do total) e tem entre 25 e 34 anos. Os menores de 18 anos também estão entre os que podem decidir os futuros representantes do país: do total, 2.391.352 eleitores aptos a votar são jovens de 16 e 17 anos. Quem está fora do País também pode influir nos rumos da Nação. O número de eleitores brasileiros no exterior cresceu consideravelmente nos últimos anos. A Justiça Eleitoral registrou, somente no ano de 2007, um aumento superior a 21% no número de eleitores brasileiros que vivem além de nossas fronteiras. Dentre os dados analisados no período de janeiro a dezembro de 2007, constatou-se que esse grupo subiu de 86.202 para quase 105 mil eleitores alistados junto às representações diplomáticas espalhadas pelo mundo. Foram, em média, quase 1.500 novos pedidos de cadastramento por mês. Crescimento a cada eleição A primeira eleição presidencial pelo voto direto, após o golpe militar, se deu em 1989, quando foi eleito Fernando Collor de Mello e o seu vice Itamar Franco. À época, estavam aptos a votar cerca de 76 milhões de eleitores. A corrida presidencial começou com 22 candidatos e foi decidida em segundo turno entre os dois primeiros colocados Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Eleitores consolidam a democracia, ao menos a democracia eleitoral, a cada dois anos no Brasil. Em 1994, cerca de 95 milhões de eleitores aptos a votar esco- lheram entre os oito candidatos que disputaram a Presidência da República. Venceu o pleito, em primeiro turno, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Numa manobra polêmica e até hoje discutida nos meios político-partidários, ele aprovou no Congresso Nacional uma emenda Constitucional para permitir a reeleição dos ocupantes de cargos do Poder Executivo nas três esferas: federal, estadual e municipal. Em 1998, Fernando Henrique disputou com outros 11 candidatos à Presidência e foi reeleito, quando o Brasil tinha cerca de 106 milhões de eleitores aptos a votarem. Na eleição seguinte, em 2002, quando o Brasil contava com 115 milhões de eleitores em condições de votar, disputaram a Presidência da República seis candidatos. O eleito foi Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia disputado as eleições de 1989, 1994 e 1998. Em 2006, já com a reeleição instituída, Lula venceu a disputa ao enfrentar sete outros candidatos. O eleitorado apto a votar na época foi de quase 126 milhões de brasileiros. Nas eleições deste ano, desde a redemocratização, será a primeira vez que o eleitor não terá Lula como candidato à Presidência da República. Esse crescimento do eleitorado deve-se também às campanhas de incentivo ao voto desenvolvidas pela Justiça Eleitoral brasileira, que tem atuado de modo a proporcionar o exercício da cidadania a todos os brasileiros, onde quer que eles estejam. *Da Redação, com agências de notícias. 24 http://sisejufe.org.br Ano IV – número <strong>30</strong> – setembro e outubro <strong>2010</strong>
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