Arquivo formato PDF - Casa Publicadora Brasileira
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Comentários lição 912005<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
Márcio Dias Guarda<br />
Mestre em Teologia e Jornalista<br />
Editor na <strong>Casa</strong> <strong>Publicadora</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
Neste trimestre, estamos estudando exatamente o fundamento da nossa salvação. Não há necessidade de multiplicar palavras<br />
para salientar a importância desse tema. Depois das três introdutórias, entramos numa seqüência de lições sobre a obra<br />
redentora de Cristo e, nesta semana, temos o ápice desse estudo com o assunto da ressurreição. Como disse o apóstolo Paulo,<br />
em outras palavras, sem a ressurreição de Cristo não há redenção e toda a religião perde o seu sentido. As últimas quatro<br />
lições vão tratar dos benefícios e aplicação da redenção.<br />
Ressurreição é a restauração da vida. Como não é mencionada explicitamente nos primeiros cinco livros da Bíblia, os saduceus<br />
rejeitavam essa doutrina. Os fariseus e judeus em geral criam na "ressurreição dos justos e dos injustos".<br />
A lição desta semana inicia com os precursores, os três milagres de ressurreição operados por Cristo, antes da Sua própria<br />
ressurreição. Esses casos, da mesma forma que a maioria dos do Antigo Testamento, se referem a pessoas que ganharam uma<br />
renovação e continuação de sua vida mortal, o que é diferente de ressuscitar recebendo a vida eterna.<br />
É interessante notar que a lição começa com esses que foram ressuscitados, mas não transformados para a vida eterna e<br />
termina com os que ganham a vida eterna, mesmo antes de morrer, e mostra que isso pode também ser qualificado como<br />
"ressurreição". Entre esses dois extremos, a lição se aprofunda na ressurreição de Jesus e também menciona a das primícias.<br />
II. PRECURSORES<br />
Subsídios Para a Lição da Escola Sabatina<br />
1º Trimestre de 2005<br />
Lição 9: Ele ressuscitou<br />
Os três milagres de ressurreição citados nos evangelhos são exemplares: a criança, filha de Jairo, um líder da sinagoga de<br />
Cafarnanum; o jovem, filho da viúva de Naim, ressuscitado por iniciativa de Cristo; e Lázaro, de Betânia, um exemplo de<br />
ressurreição quando já havia deterioração do corpo. Cada um deles, numa circunstância e local diferente, foi uma<br />
demonstração do poder de Deus para erguer os mortos.<br />
A. A filha de Jairo – Mar. 5:35-43 – O milagre é narrado nos três evangelhos sinópticos. Quando já estava confirmada a<br />
morte, ao chegar na casa, Jesus afirmou: "A criança não está morta, mas dorme." Na Bíblia, dormir é um eufemismo para a<br />
morte, e a ressurreição é o despertar desse sono. Alguém afirmou que: "sono é a morte dos santos, na linguagem do Céu."<br />
O sono, como figura da morte, tem sua justificação nas seguintes razões, de acordo com Mário Veloso:<br />
1. O sono é um estado de inconsciência e os mortos nada sabem – Ecles. 9:5 e 6.<br />
2. O sono é um repouso de todas as atividades da vida, e no sepulcro não há obra, nem indústria, nem sabedoria – Ecles. 9:10.<br />
3. Durante o sono, não existe atividade do pensamento consciente e na morte perecem os pensamentos – Sal. 146:4.<br />
4. O sono é um estado que continua até que a pessoa seja despertada – Jó 14:12.<br />
5. O sono impede que a pessoa participe das atividades dos que estão despertos, e os mortos não têm parte em coisa alguma<br />
que se faz debaixo do Sol – Ecles. 9:6.<br />
6. O sono impede a atuação das emoções, e na morte pereceu o amor, o ódio e a inveja – Ecles. 9:6.<br />
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7. O sono vem normal e inevitavelmente a todos, e todos os vivos sabem que hão de morrer – Ecles. 9:5.<br />
8. No sono, ninguém pode louvar a Deus, e os mortos tampouco podem fazê-lo – Sal. 115:17.<br />
– Comentário do Evangelho de João, págs. 240 e 241.<br />
O verso 40 diz que as pessoas "riam-se dEle". As pessoas geralmente zombam do que não entendem. Após o milagre, essas<br />
mesmas pessoas "ficaram admiradas".<br />
Bastou uma ordem de Jesus: "Menina, levanta-te" e "imediatamente" a menina passou a andar e estava com fome. Vida plena,<br />
saudável e imediata, foi a resposta à ordem do poder de Deus.<br />
B. O filho da viúva de Naim – Luc. 7:11-17 – Esse milagre é anotado só por Lucas. Naim era uma aldeia a uns 10<br />
quilômetros de Nazaré. O texto diz que "o Senhor Se compadeceu" da viúva. A maior tragédia que podia ocorrer a uma viúva<br />
era perder o seu último arrimo, o único filho. Diferentemente do caso anterior, em que Jesus pediu a Jairo: "crê somente"; à<br />
viúva, Jesus não pediu qualquer prova de fé, nem de qualquer pessoa da multidão que acompanhava o enterro.<br />
A ordem de Jesus foi semelhante: "jovem, levanta-te"; o jovem passou a falar e "todos ficaram possuídos de temor e<br />
glorificavam a Deus".<br />
C. A ressurreição de Lázaro – João 1:1-46 – Contada apenas por João, essa ressurreição foi uma lição prática de fé para os<br />
discípulos que, poucos dias depois, teriam de esperar até o terceiro dia pela ressurreição de Jesus. A ressurreição de Lázaro foi<br />
o último grande sinal de Jesus.<br />
Até os amigos mais íntimos de Jesus morrem. E depois que recebeu a notícia da doença do amigo, Ele ainda ficou dois dias na<br />
Peréia (do outro lado do Jordão), deve ainda ter gasto um dia inteiro de viagem até Betânia, mas ao chegar, já fazia quatro<br />
dias que Lázaro tinha morrido. Assim, ficamos sabendo que Lázaro deve ter morrido antes de o mensageiro chegar a Jesus com<br />
o chamado das irmãs. Mas, como disse Faber, "algumas vezes Deus age em nosso favor após alguma demora, mas isso é para<br />
o nosso melhor bem".<br />
João, como testemunha ocular dessa ocorrência, diz que Jesus "agitou-Se no espírito e comoveu-Se" (v. 33), ou seja, ficou<br />
indignado com o estrago causado pela doença e pela morte. Em seguida, o evangelista diz claramente: "Jesus chorou" (v. 35).<br />
Jesus era perfeitamente humano.<br />
"O chamado ‘Lázaro, sai para fora’ é uma alegoria daquele dia quando todos os que estão nos túmulos ouvirão o mesmo<br />
chamado vivificante e sairão." – F. F. Bruce<br />
Todos os milagres de ressurreição efetuados por Jesus são evidências práticas que servem de garantia do que Ele<br />
fará no último dia. Cristo é a ressurreição dos mortos e a vida dos vivos.<br />
III. O CRISTO RESSUSCITADO<br />
É notável a totalidade e a diversidade dos testemunhos a respeito da ressurreição de Cristo.<br />
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Boa parte dos dois últimos capítulos do evangelho de João é dedicada aos vários encontros com Cristo ressuscitado. Bruce<br />
explica: "Podemos identificar dois ciclos de aparições depois da ressurreição no Novo Testamento: um ciclo galileu (pressuposto<br />
por Marcos e relatado por Mateus) e um ciclo judeu (registrado por Lucas). (As aparições relacionadas por Paulo em I Cor.<br />
15:5-7 não recebem dele uma localização geográfica, apesar de podermos localizar algumas à luz de outras evidências.) Os<br />
dois ciclos têm seu lugar neste evangelho [de João] – o ciclo na Judéia, no capítulo 20, e o ciclo na Galiléia, no capítulo 21.<br />
Sobre Maria Madalena, os quatro evangelistas concordam que ela foi uma das primeiras testemunhas do túmulo vazio. O fato<br />
de o testemunho dela não merecer tanto destaque (nem foi lembrado na relação feita por Paulo em I Coríntios 15) está ligado à<br />
pouca importância que a palavra de uma mulher tinha no primeiro século da era cristã.<br />
Outros detalhes nos textos bíblicos sugeridos pela lição nos dão a clara idéia de que os relatos sobre a ressurreição jamais<br />
poderiam ter sido forjados. Por exemplo, o constatado por Pedro e João de que o sudário (essa é a palavra também no grego)<br />
estava "ali ao lado" dobrado em boa ordem, William Temple disse: "trata-se de uma descrição extraordinariamente vívida que<br />
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ninguém seria capaz de inventar, nenhuma mente poderia imaginar."<br />
Eis a conclusão de outro estudioso da Bíblia: "Os primeiros cristãos creram na ressurreição de Cristo não por não encontrarem<br />
Seu corpo morto, mas porque acharam um Cristo vivo." – C. T. Craig<br />
IV. TESTEMUNHOS DAS SEPULTURAS<br />
Só Mateus registra essa ressurreição especial. Ele era uma testemunha ocular. Além disso, escreveu o seu evangelho num<br />
tempo em que muitas outras testemunhas do fato ainda viviam. Seu relato é simples e direto: O terremoto que ocorreu por<br />
ocasião da morte de Jesus abriu os sepulcros e os santos ressuscitados saíram depois da ressurreição de Jesus. Como a própria<br />
lição responde: eles tiveram de aguardar a ressurreição de Jesus, que era a garantia da deles. Eles foram os<br />
primeiros a receber a ressurreição definitiva, por isso foram chamados de "primícias".<br />
Textos como Salmo 68:18 e Efésios 4:8 fazem referência a esse acontecimento. O principal texto de Ellen White a respeito do<br />
assunto está citado na nota da pergunta 5.<br />
Essas pessoas se tornaram testemunhas e provas da ressurreição. Enquanto Jesus, após a ressurreição, manteve contatos<br />
quase só com os discípulos, essas pessoas apareceram aos que as conheciam e confirmaram que o poder da morte havia sido<br />
fulminado pela morte de Jesus.<br />
Elas não foram ressuscitadas para um segundo tempo de vida mortal, nem eram fantasmas, mas ganharam de novo corpo,<br />
personalidade e a vida eterna, tanto que subiram para o Céu por ocasião da ascensão de Cristo.<br />
"Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, se bem que não as mesmas partículas da substância material posta no<br />
sepulcro. As maravilhosas obras divinas são para o homem um mistério. O espírito, o caráter do homem, volta para Deus, para<br />
ser ali preservado. Na ressurreição, cada pessoa receberá seu próprio caráter. Deus, no devido tempo, chamará os mortos,<br />
concedendo novamente o fôlego da vida, e mandando que os ossos secos vivam.<br />
"O mesmo corpo ressuscitará, mas liberto da doença e de todo defeito. Vive de novo com as mesmas feições individuais, de<br />
forma que um amigo reconhecerá o outro amigo. Não existe lei divina na natureza que mostre que Deus restituirá as mesmas<br />
partículas de matéria que compunham o corpo antes da morte. Deus dará aos justos mortos um corpo que O satisfaça." – Ellen<br />
G. White, SDA Bible Commentary, vol. 6, pág. 1093.<br />
A abertura dos sepulcros teve como objetivo adornar a ressurreição de Cristo, agregar "amostras prévias" de nossa<br />
ressurreição e comprovar, diante dos anjos e outros seres que a ressurreição geral está garantida.<br />
Esse foi, sem dúvida, um grande milagre que acabou ofuscado pelo maior milagre: a ressurreição do Senhor.<br />
V. PAULO E A RESSURREIÇÃO DE JESUS<br />
Depois de estudar as ressurreições operadas por Cristo, os testemunhos acerca da própria ressurreição de Cristo e o breve<br />
relato da ressurreição das "primícias", a lição chega, na parte de quarta-feira, ao mais extenso e completo texto bíblico sobre a<br />
ressurreição. No longo capítulo de 58 versículos, o apóstolo Paulo expõe, de maneira organizada e sistemática, a teologia da<br />
ressurreição.<br />
A. Esboço da primeira parte de I Coríntios 15:<br />
1. Tese – A ressurreição de Cristo é o fundamento da esperança cristã – v. 1-11.<br />
Embora Paulo tenha escrito comparativamente pouco sobre os eventos da vida de Cristo, Sua morte e ressurreição<br />
foram temas constantes nas epístolas paulinas. Mas, em I Coríntios 15, Paulo aprofunda suas considerações<br />
possivelmente porque naquela igreja houvesse influência dos gnósticos, que negavam a ressurreição.<br />
Paulo começa apresentando provas da importância da ressurreição:<br />
a. Primeira prova – A ressurreição "está nas Escrituras" – v. 3 e 4.<br />
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Numa época em que surgiam diversos escritos tentando justificar o início do cristianismo e, ao mesmo tempo,<br />
grande número de heresias, Paulo se utiliza do método de Cristo ("provar pelas Escrituras - Luc. 22:37 e 24:25).<br />
As passagens a que Paulo se refere são Isa. 53:5, 6 e 11 e Sal. 16:8-11.<br />
b. Segunda prova – A ressurreição teve muitas testemunhas – v. 5-11.<br />
Paulo menciona seis grupos de testemunhas da ressurreição:<br />
(1) Pedro (Luc. 24:24);<br />
(2) Os doze (Luc. 24:36 - o grupo dos discípulos que, na realidade, estava reduzido a dez, nessa ocasião, em<br />
função da ausência de Judas e de Tomé);<br />
(3) Mais de 500 irmãos de uma só vez, dos quais a maioria ainda vive (Mat. 28: 10 e 16) Paulo estava escrevendo<br />
mais de 25 anos depois;<br />
(4) Tiago (possivelmente o meio-irmão de Jesus que, depois, se juntou aos apóstolos - Atos 1:14 e 15:13 - pois<br />
os outros dois Tiagos já faziam parte dos doze);<br />
(5) Todos os apóstolos;<br />
(6) O próprio Paulo (Atos 9:1-8).<br />
2. Antítese – Conseqüências de negar a ressurreição – v. 12-19.<br />
Nessa parte, Paulo procura mostrar que a ressurreição de Cristo, a ressurreição dos crentes e uma fé cristã<br />
significativa, tudo isso faz parte do mesmo conjunto e, se um dos elementos for removido, tudo ficará<br />
comprometido.<br />
(1) Se não há ressurreição, nem mesmo Cristo foi ressuscitado (v. 13 e 16). Não se pode negar ou desmerecer a<br />
doutrina da ressurreição, sob pena de se estar negando algo visto e comprovado historicamente, inclusive por<br />
pessoas que viviam naquela época.<br />
(2) Se Cristo não ressuscitou, nossa pregação perde todo o sentido (v. 14). E quem estava concluindo isso era o<br />
grande pregador, que se inflamava apresentando a Cristo, o crucificado e ressurreto Salvador.<br />
(3) Se Cristo não ressuscitou, nossa fé se torna vazia (v. 14). Ficamos completamente desassistidos e impotentes<br />
diante dos principados e potestades.<br />
(4) Passamos a ser testemunhas falsas de Deus e do Seu poder e amor. (v. 15).<br />
(5) Se Cristo não ressuscitou, nossa fé é vã (v. 17). Em português, esse verso ficou quase igual ao 14, mas no<br />
original os adjetivos são diferentes e o sentido é mais forte: mais do que inútil, a fé se torna fútil.<br />
(6) Outra conseqüência listada no verso 17 é que ainda permanecemos nos nossos pecados, ou seja,<br />
completamente perdidos.<br />
(7) O caso dos mortos é pior ainda (v. 18 e 29), e todos pereceram. Se Cristo não ressuscitou, não faz sentido<br />
batizar-se em nome de um morto, conclui o apóstolo.<br />
(8) O último argumento é patético, carregado de ênfase: "Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta<br />
vida" então estamos piores do que os que estão na pior situação (v.19). Ou seja, a esperança de imortalidade é<br />
fundamental para a felicidade.<br />
3. Síntese – O processo e significado da ressurreição de Cristo – v. 20-34.<br />
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Presumindo que os coríntios estivessem aceitando o mínimo – que Cristo ressuscitou – ele avançou na<br />
argumentação demonstrando que se Cristo corresponde às "primícias" (amostra, promessa e garantia de colheita<br />
futura) então, é lógico pensar que se seguirá uma colheita, e essa inclui a todos os que aceitarem os méritos de<br />
Cristo.<br />
No verso 29, Paulo apela para o absurdo, citando até uma prática errada (como fizera Cristo com a parábola do<br />
rico e Lázaro) para chegar à correta conclusão de que só nesta vida temos a oportunidade de preparar-nos para a<br />
vida por vir.<br />
A partir do verso 30, Paulo tira argumentos do seu próprio comportamento e experiência como apóstolo para<br />
concluir pela lógica a importância da ressurreição.<br />
Em outras palavras, isso está resumido no último parágrafo da página de quarta-feira da lição.<br />
VI. RESSURREIÇÃO, HOJE E NO FUTURO<br />
Como disse na introdução, a lição começa com os que foram ressuscitados, mas não transformados para a vida eterna<br />
(ganharam apenas um prolongamento da vida mortal) e agora termina com os que ganham a vida eterna, mesmo antes de<br />
morrer, e mostra que isso pode também ser qualificado como "ressurreição".<br />
O que os textos dessa parte da lição (João 5:24 e 25; Rom. 6:4-6; e eu acrescentaria ainda II Cor. 5:15) ensinam é que uma<br />
pessoa pode passar já da morte para a vida, entrar na experiência da vida eterna.<br />
Se Cristo pôde ressuscitar os que estavam completamente (fisicamente) mortos, quanto mais dar uma nova qualidade de<br />
vida aos que estão espiritualmente mortos.<br />
No Antigo Testamento, tudo estava no futuro, tudo dependia da restauração do reino de Deus: daí haveria vida eterna (Dan.<br />
12:2), juízo final (Dan. 7:9-14), ressurreição dos mortos (Isa. 26:19; Dan. 12:2), íntima comunhão com Deus, total<br />
conhecimento e compreensão de Deus (Jer. 31:34), derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne (Joel 2:28 e 29).<br />
No Novo Testamento, a esperança futura se transforma na realidade presente. Vida, ressurreição, comunhão e conhecimento<br />
de Deus, e a experiência do Espírito Santo se tornam realidades vivas da fé cristã.<br />
Ellen White resumiu: "Aquele que abre o coração ao Espírito de Cristo, torna-se participante daquele grande poder que lhe fará<br />
o corpo ressurgir do sepulcro." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 210.<br />
Veloso explica: "Ele dá vida aos homens, mesmo que estes morram ou não. O que realmente importa é que a vida já está<br />
presente neles na pessoa de Jesus. Essa vida é tão real que até se transforma na ressurreição, se necessário.<br />
"Para os crentes em Cristo a morte não é uma desgraça. É a oportunidade para que a glória do Pai e do Filho se faça realmente<br />
visível (João 11:4). Os crentes já se encontram em posse da vida (I João 3:14). Esse ‘já’, entretanto, não deve ser entendido<br />
em termos puramente cronológicos, mas principalmente em forma qualitativa. Trata-se de um ‘já’ cristológico, isto é, indicativo<br />
de que a época da atividade salvadora de Cristo fora inaugurada.<br />
"Fora dEle não há vida nem existe ressurreição. Mas onde Ele está, a ressurreição e a vida são forçadas a existir." – Mário<br />
Veloso, Comentário do Evangelho de João, págs. 243 e 244.<br />
Muitos acham que podem ignorar os apelos de Cristo em sua vida e depois se retirar em silêncio para o lugar do<br />
seu descanso final. Mas Jesus não permite que o túmulo seja o descanso final de ninguém. Passar por uma<br />
ressurreição é obrigatório. Temos a chance de escolher qual delas. A "ressurreição" antes da morte esvazia o<br />
medo e a condenação, e garante a vida eterna já, mesmo que não tomemos posse completa de todas as bênçãos<br />
da salvação.<br />
Quem crê não precisa esperar até o último dia em incerteza, não precisa aguardar em angústia para experimentar<br />
a essência da ressurreição.<br />
Isso é escatologia realizada (no presente) que antecipa a escatologia prometida (futura).<br />
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