Negrinho Parafuso

Negrinho Parafuso
Nhô Chico / Tião Carreiro Cururu
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Existiu uma velha casa perto da linha FEPASA
G7
Antiga Sorocabana
Lembrança que ainda resta de quem foi o rei das festa
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Das noites Interioranas
Era ele um trovador renomado cantador
C7 F
De versos improvisados
G C
Por este interior afora muita gente ainda chora
G7 C
O parafuso afamado
Quem via aquele negrinho rodeado de carinho
G7
Todos lhe queriam bem
Quando o povo lhe cercava Parafuso não negava
C
Um sorriso pra ninguém
No lugar que ele cantava o povão aglomerava
C7 F
Para ouvir o seu repente
G C
Além de bom repentista era também humorista
G7 C
Divertia toda a gente
Na cidade ou na fazenda onde houvesse uma contenda
G7
Era sempre convidado
Nas pousadas do Divino, velhos, moços e meninos
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Amanheciam acordados
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Tiete, Capivari, Sorocaba, Tatuí, Laranjal, Botucatu
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G
Em qualquer localidade
C G7 C
Era ele na verdade o Pelé do Cururu
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Depois de tantas viagens tantas noites na friagem
G7
Parafuso adoeceu
Nem mesmo estando doente, ele cantava contente
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E nunca retrocedeu
C7
Mas um dia eu me lembro naquele dois de dezembro
F
A sua hora chegou
G C
A região toda chorava, quando o rádio anunciava
G7 C
A morte do cantador
Naquela tarde chuvosa uma multidão chorosa
G7
Cabisbaixo encontristada
Carregava seu artista o maior dos repentista
C
Pra derradeira morada
No mundo tudo se acaba a linda Piracicaba
C7 F
Perdeu mais um trovador
G C
O Negrinho idolatrado que também foi convocado
G7 C
Pra seleção do Senhor
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