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QUANDO SE IGNORA A HISTÓRIA Lendo o L'Osservatore ... - USC

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<strong>QUANDO</strong> <strong>SE</strong> <strong>IGNORA</strong> A <strong>HISTÓRIA</strong><br />

<strong>Lendo</strong> o L’Osservatore Romano encontrei o título “<strong>QUANDO</strong> <strong>SE</strong><br />

<strong>IGNORA</strong> A <strong>HISTÓRIA</strong>” (Ano XI, nº 36 (2072), 5 de setembro de 2009) e<br />

no momento, em minha mente irrompeu a idéia saudável de aproveitar a<br />

inspiração e esclarecer os entendimentos, por meio deste texto.<br />

É sabido que não se ama o que não se conhece, o que significa que o<br />

conhecimento está atrelado ao Amor. E, semelhante ao amor, o<br />

conhecimento requer empreendimento, requer busca, dedicação, prazer,<br />

paciência, tempo, obstinação e por vezes, pesquisa.<br />

Penetrar nos fatos históricos é trazê-los à tona, tornar visíveis seus<br />

significados e dimensionar sua produtividade! Mais que isto: é identificar<br />

sua importância para as comunidades humanas que se amam ou não.<br />

O presente tem raízes profundas no passado e o passado é o sustentáculo<br />

do futuro. O futuro será mais ou menos produtivo conforme o interesse e a<br />

inteligência humana aproveitar das experiências passadas para viabilizar o<br />

presente. O futuro será mais ou menos produtivo conforme a consistência<br />

vivida pelos que passaram construindo a história e o conhecimento<br />

apreendido pelas Irmãs, também personagens construtores de história.<br />

A beleza da história está na vida vivida de cada ser humano, do que cada<br />

pessoa foi no seu <strong>SE</strong>R e no seu FAZER, nas suas emoções, nos seus<br />

desenganos, nas suas dúvidas, nas suas derrotas ou vitórias, nas suas lutas<br />

para vencer os objetivos que almeja.<br />

Perguntemos a nós mesmas:<br />

1. O que é história? Qual é a minha história?<br />

2. O que significa para um povo, para uma Congregação conhecer sua<br />

própria história?<br />

3. E para as Apóstolas, para que escrever nossa história?<br />

4. Que legado histórico deixamos para as futuras gerações de Apóstolas?<br />

Todos tecemos a História da humanidade, inclusive a própria<br />

Apóstola com seu cotidiano, com sua vivência.<br />

A narração de fatos passados de um povo, de uma comunidade, de uma<br />

nação, de uma pessoa, de uma Instituição, é a soma da história de seus<br />

construtores e o resultado: a História mundial.


Os fatos do presente repercutem no futuro, positiva ou negativamente. É a<br />

história construída no passado, o trampolim para futuro. Com as<br />

experiências do passado, apreendidas pelos seres do presente, se constrói o<br />

futuro. Melhor ou não. Os fatos não partem do nada. No exemplo positivo<br />

ou negativo do passado se encontra força, iniciativa, impulso para<br />

prosseguir o caminho.<br />

A história passada é uma forte escola para construção de um futuro mais<br />

justo, mais aperfeiçoado. Todos os acontecimentos atuais são fruto de um<br />

longo plantio anterior. Até o ato imediato de se acender uma luz, pressupôs<br />

um longo processo de conhecimento.Por isto as experiências do passado<br />

são o alicerce do futuro.<br />

A tecnologia é um excelente exemplo. A evolução acontece sobre algo que<br />

existe ou existiu.<br />

Por que é necessário reescrever a história, por exemplo, do Brasil, das<br />

mulheres, dos pobres, das crianças, das Irmãs Apóstolas falecidas? Para<br />

completar lacunas de exemplos escondidos e excelentes e ter outras<br />

alternativas para enfrentar a vida de hoje.<br />

Qual a importância de se escrever sobre as Irmãs Apóstolas falecidas? É<br />

gastar recursos sem sentido? Não tem nenhum significado? Neste caso,<br />

para que escrever sobre a falecida Madre Clélia? Ou sou eu que<br />

desconheço os significados da História?!<br />

Por que escrever a história da Província? É vazio de<br />

vida um período de 100 anos de missão, como foi celebrado no<br />

1ºCentenário das Apóstolas no Brasil?! O que significou para cada<br />

Apóstola essa caminhada de 116 anos de trabalho para o Reino de Jesus?<br />

Não é importante saber a origem do IASCJ? É extremamente importante<br />

pertencer a uma Instituição sabendo quem é ela?<br />

Se não conhecermos a nossa origem, nossas irmãs, companheiras na<br />

tecelagem de nossa missão, como podemos amar a nossa Congregação?<br />

Como vamos cultivar os princípios, o companheirismo e os valores<br />

compromissados? Como podemos contribuir para a permanência histórica<br />

da congregação, para que ela não morra nunca?<br />

Você, querendo ou não, está dando continuidade a história de nossa<br />

Instituição, porque é você quem escreve essa história, com sua vida, suas<br />

orientações e seus exemplos. Gostando ou não, sabendo ou não, você Irmã<br />

Apóstola, está deixando história à posteridade. Alguém no futuro<br />

recuperará esta história e você,certamente, será resgatada e incluída.


A história-vida é a somatória de experiências das Irmãs vividas no período<br />

considerado. A história do Instituto é o resultado da vida de cada Apóstola,<br />

que no seu fazer e no seu viver a vocação, deixa um rastro que um dia será<br />

integrado na historiografia.<br />

Quantos feitos de nossas primeiras Irmãs são hoje conhecidos!? Se forem<br />

bons ou não, se são exemplos a seguir ou não, se colaboraram ou não para a<br />

expansão do Instituto, é revelado pela história escrita. Você, Irmã de hoje,<br />

tem conhecimento suficiente das Irmãs que sustentaram a história até<br />

nossos dias? Quantos depoimentos colhidos trouxeram à superfície da<br />

história e são ainda hoje desconhecidos pela maioria.<br />

É na história-vida construída hoje pelas Apóstolas o suporte inquestionável<br />

para manter de fé, e o trabalho vigoroso e sólido de difusão do Amor ao<br />

Sagrado Coração de Jesus, como fez Madre Clélia. A riqueza espiritual a<br />

nós deixada é a seiva que sustenta nossa vida conduzindo em frente o<br />

Instituto.<br />

É no conhecimento da história-vida de nossas Irmãs, quer na coleção<br />

“Coração Multiplicado”, quer no “Apóstolas na Eternidade”, o motivo, a<br />

razão e o significado de se resgatar as vivências e deixá-las registradas, ou<br />

seja, historiografadas, empregando muita energia por uma causa tão nobre,<br />

trazendo à tona o tesouro escondido que o Instituto possui.<br />

É por pensar na importância da história que a escrevo com minha vida.<br />

Numa entrevista da TV Globo no dia 31/10/09, às 20h, o entrevistado<br />

declarou: “O homem morre, mas a sua obra deve ser preservada” e<br />

continuou: “Os seus pertences significativos podem contribuir para a sua<br />

permanência”.<br />

O L’Osservatore Romano, 5/12/09 p.2 Andrea Riccardi – em seu artigo<br />

mostra a importância valiosa da história escrita por Jesuítas, destacando<br />

Pierre Blet que evidenciou com sabedoria a situação da Igreja, quando o<br />

Papa Pio XII conduzia a Igreja, por ocasião da 2ª guerra mundial.<br />

O valor da história é incontestável: o documento esclarece, evidencia fatos,<br />

defende de ataques e motiva o conhecimento da evolução dos tempos.<br />

Graças a decisão corajosa do Papa Montini, que abriu os arquivos do<br />

vaticano, pudemos constatar, com muita coragem, o papel da Igreja na<br />

história.


Nossas Constituições nos alertam “...dar-se-á importância ao<br />

aprofundamento da vida religiosa, ao espírito da Congregação, às suas<br />

atividades e a sua história,...”<br />

Na página 68 quando trata do Conhecimento e experiência do Carisma das<br />

Apóstolas, menciona “...É importante também que conheça a vida das<br />

primeiras Apóstolas e a história da Província, na qual se encontra...”<br />

E no nº 105 do Diretório está escrito: “...faça um aprofundado estudo das<br />

Constituições, da espiritualidade, da missão e da história do Instituto.<br />

Ambos mencionados na formação inicial, permanecem na formação da<br />

Apóstola com maior possibilidade de aprofundamento da história, do<br />

espírito religioso, do carisma da congregação.<br />

Na formação permanente, a Apóstola poderá aprofundar o quanto desejar, o<br />

espírito religioso a grande força que moveu nossas predecessoras desde os<br />

primórdios, animando-as a vivência na identidade e no carisma do Instituto<br />

e da própria família religiosa. (Ratio Institutionis, p.89).<br />

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