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MENSAGEM Este congraçamento mundial, o último do milênio, que ...

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<strong>MENSAGEM</strong><br />

<strong>Este</strong> <strong>congraçamento</strong> <strong>mundial</strong>, o <strong>último</strong> <strong>do</strong> <strong>milênio</strong>, <strong>que</strong> conta com a presença de ilustres<br />

palestrantes brasileiros, bem como <strong>do</strong>s italianos Dr. Daniele Lo Rito e Dr. Silvano Sguario, e <strong>do</strong><br />

grego Dr. Mikhail Dailakis, vem confirmar esta Ciência e Arte <strong>que</strong> é a Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose,<br />

como um méto<strong>do</strong> de alcance <strong>mundial</strong> para melhor se compreender o humano.<br />

Demonstra ainda <strong>que</strong>, enquanto corpo organizativo, o Brasil se encontra apto para muito<br />

contribuir neste cenário <strong>mundial</strong>.<br />

Agradecemos a comissão organiza<strong>do</strong>ra pelo carinho e dedicação na realização deste<br />

congresso.<br />

Que este evento possa unir, ainda mais, a to<strong>do</strong>s.<br />

Bom Congresso!<br />

COMISSÃO ORGANIZADORA<br />

ORGANIZER COMISSION<br />

Celso Fernandes Batello<br />

José Irineu Golbspan<br />

Antonio Evangelista Bueno<br />

Carlos Magno Esscouto<br />

Daisy Baldez<br />

Doroty Bermudes<br />

José Jorge Neto<br />

Liane Beringhs<br />

Luiz Nelson C. Tobias Duarte<br />

Moacir Martins<br />

1<br />

Celso Batello<br />

Presidente <strong>do</strong> Congresso


Sandra Regina de Souza Melo Martins<br />

Valther Mendes<br />

ÍNDICE<br />

Palestras<br />

♦ Cronorischio – Dr. Daniele Lo Rito<br />

♦ Sistema de Análise de Iri<strong>do</strong>logia Psicossomática – Dr. Silvano Sguario<br />

♦ Biocibernética Bucal entre as Formas de Diagnose – Dr. Chawki Zaher<br />

♦ Tipo Sangüíneo e Iri<strong>do</strong>logia – Prof. Adalton Vilhena Stracci<br />

♦ Lisa<strong>do</strong>terapia e a Especificidade Iri<strong>do</strong>lógica – Dr. Celso Batello<br />

♦ A Seqüência de Filhos – Dr.ª Liane Beringhs<br />

♦ Ética no Ambulatório de Psiquismo no IBEHE – Dr.ª Sandra Regina de Souza Melo Martins e<br />

Dr. Celso Batello<br />

♦ IrisDiagnose e Pulsologia Chinesa – Prof. Valther Mendes<br />

♦ Os Olhos <strong>do</strong>s Deuses – Dr.ª Regina Barbosa F. Soares<br />

♦ O Spaziorischio – Dr. Danielle Lo Rito<br />

♦ Terapia Evocativa Cutânea – Dr. Danielle Lo Rito<br />

Trabalhos Científicos<br />

♦ Cronorichio – Doroty Bermudes, Marilena Angeli, Carlos Magno Esscouto e Celso Batello<br />

♦ O Fíga<strong>do</strong> e a Íris: Aspectos Físicos, Psíquicos e Míticos - Doroty Bermudes, Marilena Angeli e<br />

Celso Batello<br />

♦ Depressão - Doroty Bermudes, Marilena Angeli, Carlos Magno Esscouto e Celso Batello<br />

♦ Trabalhan<strong>do</strong> com o Rosário Linfático – Dilma de Carvalho<br />

♦ Estu<strong>do</strong> Iri<strong>do</strong>lógico em Pacientes Porta<strong>do</strong>res de Patologias Cardiocirculatórias – Dr.ª Liane<br />

Beringhs, Dr.ª Gisele Labate e Prof. Horley Lusar<strong>do</strong><br />

♦ O Registro Biopsicológico <strong>do</strong>s Antepassa<strong>do</strong>s Manifesta<strong>do</strong>s no Perfil Iri<strong>do</strong>lógico Atual<br />

Prof.ª Maria Aparecida <strong>do</strong>s Santos e Andréa Martins Gonçalves<br />

♦ Os Arquétipos como Revisores de Paradigmas Sócio-Culturais e Harmoniza<strong>do</strong>r na Dinâmica de<br />

Casais – Janete Batistela e Prof.ª Maria Aparecida <strong>do</strong>s Santos<br />

♦ Tipo Sangüíneo e a Relação Iri<strong>do</strong>lógica Biomolecular – Prof. Adalton Vilhena Stracci<br />

♦ Rayid – Gerson Antonio <strong>do</strong>s Santos<br />

♦ Sinais Iri<strong>do</strong>lógicos Relaciona<strong>do</strong>s às Ações Terapêuticas das Plantas Brasileiras – Carlos Magno<br />

Esscouto e Ana Cristina Secco Vianna<br />

♦ O Trimensional nas Sete Cores <strong>do</strong> Arco Íris – Marilene Rodrigues Simões<br />

Painéis<br />

♦ Iri<strong>do</strong>logia como Méto<strong>do</strong> Complementar na Diagnose – Dr. Moacir Martins<br />

♦ Registros Históricos da Árvore Genealógica <strong>do</strong>s Bachner e os Sinais Iri<strong>do</strong>lógicos Atuais<br />

Maria Aparecida <strong>do</strong>s Santos e Rebecca Bachner<br />

2


PALESTRAS<br />

CRONORISCHIO<br />

3<br />

Dr. Daniele Lo Rito<br />

O tempo determina o envelhecimento das estruturas biológicas, por seu fluir o homem<br />

chega ao fim de existência enri<strong>que</strong>ci<strong>do</strong> das experiências diárias.<br />

Nós somos inseri<strong>do</strong>s nesta dimensão onde nós vivemos o presente entre o passa<strong>do</strong> e o<br />

futuro. Então nós percebemos a causa <strong>que</strong> reside nos eventos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e nós esperamos pelo<br />

efeito no futuro.<br />

Nosso corpo é nasci<strong>do</strong> graças ao tempo e o espaço, tem capacidade organizacional e<br />

construtiva. A eles nós devemos nossa existência, nosso nascimento e nossa estrutura.<br />

Neste processo nós <strong>que</strong>remos analisar os eventos <strong>que</strong> se sucederam ao longo <strong>do</strong> tempo e<br />

como podem ser li<strong>do</strong>s na estrutura da iride.<br />

Pela análise <strong>do</strong> iride nós conseguimos analisar a idade <strong>do</strong> trauma e observamos a<br />

extremidade da coroa nós conseguimos ler o tempo transcorri<strong>do</strong>. Parece pura imaginação o fato <strong>que</strong><br />

se possa conseguir ler a idade de um evento traumático através da observação de uma estrutura<br />

física. Então o homem <strong>que</strong>stiona o por<strong>que</strong> uma estrutura física pode levar consigo um sinal liga<strong>do</strong><br />

ao tempo e como seja possível <strong>que</strong> venha escrita. E' um problema não resolvi<strong>do</strong> e provavelmente<br />

permanecerá por muitos anos, devemos só constatar <strong>que</strong> existe nexo preciso entre a borda da coroa<br />

e o tempo. Aqui nós lemos o filme de nossa existência, o filme <strong>que</strong> nós estamos viven<strong>do</strong> por nosso<br />

agir e interagir com o mun<strong>do</strong>.<br />

O tempo não só influencia em nosso organismo através de ritmos circunstanciais, os ritmos<br />

<strong>do</strong>s fluxos enérgicos <strong>do</strong>s cinco elementos segun<strong>do</strong> a medicina tradicional chinesa, mas também<br />

através <strong>do</strong> seu lento ti<strong>que</strong>-ta<strong>que</strong>.<br />

Assim o evento adquire importância máxima quan<strong>do</strong> cria uma situação conflitante e o<br />

homem a viva com experiência traumática. Isso influencia no eixo psico-immuno-endócrino <strong>que</strong><br />

determina uma mudança no físico magro chegar à enfermidade.<br />

E aqui é a influência <strong>do</strong> tempo. A sua ação não só é verificada nas mãos <strong>do</strong> relógio da<br />

memória, mas também no plano físico, na estrutura física <strong>que</strong> determina um sofrimento<br />

generalisa<strong>do</strong>, produzin<strong>do</strong> a enfermidade.<br />

Descobrir o nexo <strong>que</strong> liga o tempo com a <strong>do</strong>ença é muito interessante e importante,<br />

enquanto podemos curar uma <strong>do</strong>ença com a medicação certa sem compreender <strong>que</strong> seus genes<br />

podem estar liga<strong>do</strong> ao tempo ao trauma. A nossa ação se desenvolve seja na terapia direta a <strong>do</strong>ença<br />

e diretamente ao trauma.<br />

Em 1990 saímos a esta procura no tempo e a possibilidade de ler ao nível da iride, desde<br />

então muitos estudiosos basea<strong>do</strong>s nesta técnica com ótimos resulta<strong>do</strong>s.Atualmente se nota um<br />

desabrochar de estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo e a sua influencia direta ao homem.<br />

Eu posso dizer <strong>que</strong> é uma maravilha poder entender <strong>que</strong> existe um plano de leitura <strong>do</strong><br />

tempo e a capacidade para influenciar nisto.<br />

Aprenderemos a ler o tempo, e compreender a suas emboscadas e o seu significa<strong>do</strong><br />

profun<strong>do</strong> para algum de nós. O <strong>que</strong> <strong>que</strong>remos ensinar através de sua apresentação com sofrimento e<br />

onde <strong>que</strong>r nos levar.<br />

Ler o tempo da gravidez e os possíveis traumas durante a gravidez, no perío<strong>do</strong> pré-natal. A<br />

possibilidade de leva-la a uma terapia pré-natal, veja a cromopuntura de acor<strong>do</strong> com P. MANDEL.<br />

A possibilidade <strong>do</strong> médico ou psicólogo para entender o laço existente entre uma<br />

enfermidade e um evento traumático, chegar dissolver este laço de sofrimento e livrar o indivíduo<br />

da gaiola <strong>do</strong> tempo passa<strong>do</strong> e da memória.


A possibilidade de projetar o tempo ao nível cutâneo com o propósito de influenciar na<br />

memória pela terapia cutânea evocativa. Uma técnica <strong>que</strong> traz o homem para a descoberta de um<br />

mun<strong>do</strong> novo e laços novos da própria vivencia.<br />

Tu<strong>do</strong> isso é ofereci<strong>do</strong> pela análise <strong>do</strong> iride da extremidade da coroa.<br />

O tempo <strong>que</strong> permitira de refletir, melhorar nossa capacidade de diagnose e terapia.<br />

Nenhuma procura até agora conseguiu demonstrar com fidelidade a capacidade de ler o<br />

tempo pela iride, hoje temos esta grande oportunidade.<br />

Podemos somente participar <strong>do</strong> tempo, ao mesmo tempo sentir o escorrer de um minuto e<br />

viver com serenidade a nossa existência. Doan<strong>do</strong> cada nossa ação ao mun<strong>do</strong>, ao cosmo e a Deus.<br />

O <strong>que</strong> podemos aprender nós deste curso no tempo?<br />

a - a influência <strong>do</strong> tempo no homem físico e emocional<br />

b - a vida pré-natal e seus traumas<br />

c - o nascimento e sua modalidade<br />

d - o laço entre o trauma e a enfermidade<br />

e – O trauma liga<strong>do</strong>s a própria existência<br />

f – os ritmos liga<strong>do</strong>s aos traumas não resolvi<strong>do</strong>s<br />

g – a ação terapêutica no tempo<br />

h - a memória e a pele<br />

i - eixo <strong>do</strong> stress<br />

j – eixo imunológico<br />

k - os sinais <strong>do</strong> tempo, codifica<strong>do</strong>s pela iride<br />

SISTEMA DE ANÁLISE DE IRIDOLOGIA PSICOSSOMÁTICA<br />

Dr. Silvano Sguario<br />

O propósito deste trabalho, ainda em andamento, é mostrar a existência de correlações entre<br />

a íris com seus sinais e estruturas, e o caráter humano com tensões, neuroses e ansiedades.<br />

É exatamente isto <strong>que</strong> <strong>que</strong>ro dizer com a psicodinâmica como um ramo da Iri<strong>do</strong>logia.<br />

Antes de iniciar o estu<strong>do</strong> desta nova visão em Iri<strong>do</strong>logia é necessário considerar <strong>do</strong>is<br />

aspectos principais:<br />

1. o mapa<br />

2. o significa<strong>do</strong> das três estruturas <strong>do</strong> inconsciente: Ego, Id e Super Ego<br />

Desde o inicio o mapa se atinha aos conceitos básicos da Iri<strong>do</strong>logia e aos órgãos internos<br />

ten<strong>do</strong> uma correlação com a superfície da iris de acor<strong>do</strong> com os sinais mostra<strong>do</strong>s nesta área é<br />

possível compreender melhor a condição da saúde, as tendências patológicas e o Terreno. Por<br />

muitos anos a maior parte <strong>do</strong>s didatas em Iri<strong>do</strong>logia seguiram este es<strong>que</strong>ma nunca levan<strong>do</strong> em conta<br />

o princípio básico, provavelmente por se muito óbvio, <strong>que</strong> é o movimento da estrutura da íris.<br />

Vamos supor <strong>que</strong> a técnica Jensen de analisa da iris é basea<strong>do</strong> na hiperexposição das imagens em<br />

um vidro especial.<br />

O olho está vivo, se move, se modifica, grava a menor variação da saúde <strong>do</strong> paciente. Há<br />

um tempo atrás nossa escola propôs um novo mapa, (slide1), ande em lugar de uma excessiva<br />

fragmentação junto com uma referencia precisa em relação a uma parte <strong>do</strong> corpo, nós simplificamos<br />

muito por<strong>que</strong> nos infocamos em áreas maiores incluin<strong>do</strong> grupos de órgãos como a região cefálica,<br />

4


área visual, fíga<strong>do</strong>, mediastino, pelve, etc. De acor<strong>do</strong> com este méto<strong>do</strong> podemos avaliar as<br />

tendências <strong>do</strong>s órgãos, em comparação com órgãos correlaciona<strong>do</strong>s e geralmente não olhar em<br />

áreas particulares <strong>do</strong> mapa: não se es<strong>que</strong>ça disto.<br />

Slide1 Slide2 Slide3<br />

O tamanho <strong>do</strong>s órgãos não é o mesmo para todas as pessoas.<br />

Dan<strong>do</strong> uma olhada mais próxima neste mapa podemos também arriscar uma Segunda<br />

modificação também baseada em uma simplificação maior. Podemos dividir to<strong>do</strong> o corpo em<br />

apenas três regiões: Superior, a qual inclui a região cefálica, cabeça e pescoço; uma região<br />

intermediária, mediastino <strong>que</strong> inclui o coração, pulmões e glândulas, e uma terceira região, pélvica,<br />

localizada na zona inferior da íris.<br />

Com esta divisão, os órgãos representa<strong>do</strong>s na região interna da coroa, não estão inváli<strong>do</strong>s,<br />

(slide2)<br />

Olhan<strong>do</strong> este slide podemos prosseguir.<br />

Se é verdadeiro o conceito básico <strong>que</strong> a Iri<strong>do</strong>logia é representada de forma es<strong>que</strong>mático,<br />

podemos representar os 3 níveis de nosso inconsciente, (slide3).<br />

Neste nível a maioria <strong>do</strong>s sinais podem assumir um significa<strong>do</strong> diferente como conflitos,<br />

ansiedade, insatisfação, rigidez, etc.<br />

O significa<strong>do</strong> das estruturas:<br />

A base é a existência de processos físicos inconscientes <strong>que</strong> são de fato parte consistente da<br />

vida psicológica <strong>que</strong> ocorrem fora da consciência e controle pessoal. O processo completo <strong>que</strong><br />

constrói a totalidade da vida psicológica ( consciente ou não) , está dividi<strong>do</strong> em três estruturas<br />

definidas como Ego – Id –Super Ego , de acor<strong>do</strong> com as bases de suas características funcionais.<br />

EGO: É forma<strong>do</strong> por todas as funções psíquicas como percepção , memória, linguagem,<br />

etc., ele permite <strong>que</strong> o indivíduo mantenha suas relações com o meio. Possui a função de mediar as<br />

pulsões internas com a realidade externa para permitir o envolvimento entre indivíduos. Tem a<br />

função da auto preservação e permite a adaptação das pulsões ID com as necessidades da realidade.<br />

ID: Corresponde ao inconsciente. Por definição, é impossível de se conhecer. Ë forma<strong>do</strong><br />

pela excências das pulsões ( pulsão é um conjunto forças <strong>que</strong> produzem a tensão <strong>que</strong> impulsiona o<br />

indivíduo para a ação) pode Ter natureza erótica ou agressiva. Estas Pulsões agem a nível<br />

inconsciente, guiada pelo princípio <strong>do</strong> prazer, buscan<strong>do</strong> a gratificação total e imediata das<br />

necessidades.<br />

SUPEREGO: Inclui princípios morais e aspirações, ideais origina<strong>do</strong>s pelas pessoas as quais<br />

a criança é vinculada no início da vida das quais apenas mais tarde o indivíduo reconhece as suas<br />

próprias. É forma<strong>do</strong> por regras morais as quais por um la<strong>do</strong> regula o comportamento com<br />

proibições e regras, e por outro la<strong>do</strong> indica um modelo ideal a ser segui<strong>do</strong>. De fato é defini<strong>do</strong> como<br />

conseqüência <strong>do</strong> “complexo de Édipo” e nos leva a interiorizarão da necessidade parental e suas<br />

proibições.<br />

5


Desenvolvimento <strong>do</strong> EGO: É concebi<strong>do</strong> como um senso de identidade integral e<br />

consciente( Winnicot 1958-1979), a partir de uma sensação primitiva de integridade mental e física<br />

a qual compreende a mente e o físico maternos. <strong>Este</strong> desenvolvimento se torna possível pelo<br />

movimento materno em direção de saciar as necessidades <strong>do</strong> filho, confirman<strong>do</strong> todas as vezes<br />

esperanças e busca de relacionamento, e a continuidade <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s maternos <strong>que</strong> permite ao bebe<br />

a continuidade da existência. Finalmente é o conjunto de memórias de sentimentos positivos <strong>que</strong><br />

constróem a confiança básica e forma o teci<strong>do</strong> <strong>do</strong> EGO pessoal.<br />

Através da análise de sinais coliga<strong>do</strong>s nas três estruturas e pelo seu inter-relacionamento,<br />

juntas com variações no diâmetro pupilar, podemos compreender a situação psicológica e<br />

emocional <strong>do</strong> paciente.<br />

Discussão de 1 a 5 casos clínicos<br />

6<br />

Dr. Silvano Sguario<br />

BIOCIBERNÉTICA BUCAL ENTRE AS FORMAS DE DIAGNOSE<br />

O valor <strong>do</strong> diagnóstico da boca – dentes integra<strong>do</strong> com a Iri<strong>do</strong>logia<br />

Dr. Chawki Zaher<br />

Cada vez mais as terapias alternativas estão ocupan<strong>do</strong> espaço em to<strong>do</strong>s os segmentos da<br />

medicina, seja nos consultórios, hospitais, postos de saúde e nos órgãos de comunicação. Agora<br />

como nunca podemos dizer <strong>que</strong> a nossa luta se concretizou, depois de tantos anos de palestras,<br />

cursos, congressos e vivências, nossos companheiros acreditaram neste trabalho,<br />

conscientizan<strong>do</strong> seus alunos e pacientes das terapias naturistas, mostran<strong>do</strong>-lhes o melhor<br />

caminho para sua cura e auto-conhecimento.<br />

A minha contribuição como Dentista e Bioterapeuta, é trocar informações junto aos<br />

terapêutas <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s dentes e seus reflexos a nível global, principalmente com a Iri<strong>do</strong>logia.<br />

Muitas observações foram feitas durante as consultas e nos tratamentos, pacientes com<br />

problemas em determina<strong>do</strong> dente, tinha sinais na íris, conseqüente de problemas orgânicos e<br />

comportamentais. Tu<strong>do</strong> isso está muito claro para nós <strong>que</strong> temos essa sensibilidade e intuição.<br />

<strong>Este</strong>s sinais também existem no pé, orelha, mão, nariz e coluna, são mapeamento <strong>que</strong> são<br />

relaciona<strong>do</strong>s à nível de micro e macrocosmo <strong>do</strong> nosso corpo e seus microssistemas.<br />

Dependen<strong>do</strong> da relação mandíbula-maxilar, dependen<strong>do</strong> da posição <strong>do</strong>s dentes, irão refletir na<br />

postura corporal problemas orgânicos e comportamental.<br />

Por intermédio de tratamentos holísticos e de conscientização, seja qual for a técnica<br />

desde <strong>que</strong> respeitemos o ser humano na sua totalidade física e energética, iremos obter<br />

resulta<strong>do</strong>s favoráveis e os sinais da íris e outros microssistemas irão assim desaparecen<strong>do</strong>,<br />

voltan<strong>do</strong> os sinais e as funções normais.


TIPO SANGÜÍNEO E IRIDOLOGIA<br />

Prof. Adalton Vilhena Stracci<br />

Como observo <strong>que</strong> os indivíduos diferem entre si, não há duas pessoas <strong>que</strong> tenham as<br />

mesmas impressões digitais, vocais ou iridais.<br />

O tipo sangüíneo é a chave <strong>que</strong> abre a porta para os mistérios da saúde, é ela <strong>que</strong> determina<br />

a suscetibilidade à <strong>do</strong>ença, seus riscos de saúde, e vantagens além <strong>do</strong> perfil dietético. Ele é um fator<br />

<strong>que</strong> influi em nosso nível de energia. Começamos a descobrir atualmente uma maneira de usar o<br />

tipo de sangue como uma impressão digital celular, ajudan<strong>do</strong> a esclarecer muitos <strong>do</strong>s principais<br />

sinais na íris, observan<strong>do</strong> o tipo de sangue e os sistemas orgânicos envolvi<strong>do</strong>s no risco de saúde.<br />

Uma reação química ocorre entre seu sangue e os alimentos <strong>que</strong> você come. Quan<strong>do</strong> você<br />

come um alimento <strong>que</strong> contém lectinas protéicas incompatíveis com o antígeno <strong>do</strong> seu tipo de<br />

sangue, as lectinas atingem um órgão ou sistema corporal (rins, fíga<strong>do</strong>, cérebro, estômago etc.) e<br />

começam a aglutinar células sangüíneas nessa área. Ai <strong>que</strong> começa a conexão tipo de sangue e a<br />

Iri<strong>do</strong>logia.<br />

EXEMPLO:<br />

Se o seu tipo de sangue é A: Procuro então na íris desta pessoa<br />

Seu risco de saúde será:<br />

-Doenças <strong>do</strong> coração -sistema circulatório, coração<br />

-Distúrbios <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> e vesícula -pâncreas, fíga<strong>do</strong>, vesícula biliar<br />

-Câncer -sinais crônicos e degenerativos<br />

-Anemia<br />

-Diabetes tipo I<br />

Além de estudar toda anamnese desta pessoa, <strong>do</strong>cumentamos através de microscopia<br />

especializada (aumento de 2000 vezes) com microcameras as células sangüíneas aglutinadas devi<strong>do</strong><br />

ao consumo de alimentos contrários ao tipo de sangue. Quanto mais aglutinação, maior é o risco de<br />

saúde nos sistemas e órgãos correspondentes. A cada tipo de sangue, cruzamos vários sinais na íris<br />

e sintomas e tentamos interpretar com mais exatidão sinais nos sistemas e órgãos na topografia<br />

iridal.<br />

Documentamos em fotografias imagens <strong>do</strong>s glóbulos vermelhos e brancos aglutina<strong>do</strong>s.<br />

SLIDES:<br />

Tipo de sangue:<br />

A------------------- íris-------------sinais correspondentes<br />

B--------------------íris-------------sinais correspondentes<br />

O--------------------íris-------------sinais correspondentes<br />

AB------------------íris-------------sinais correspondentes<br />

-Casos protocola<strong>do</strong>s e rastrea<strong>do</strong>s com:<br />

Tipo de sangue e sinais na íris<br />

-Apresentação:<br />

- Transparências<br />

- Slides<br />

7


- Gráficos<br />

Seu plano de tipo de sangue permite-lhe ajustar a informação sobre saúde e nutrição ao seu<br />

perfil biológico exato. Além <strong>do</strong> rastreamento <strong>do</strong> risco de saúde em conjunto com a Iri<strong>do</strong>logia visa<br />

se tornar um meio mais rápi<strong>do</strong> e seguro de registrar os acha<strong>do</strong>s na topografia Iridal. A análise<br />

iri<strong>do</strong>lógica ficou mais enri<strong>que</strong>cida com as informações <strong>do</strong>s possíveis riscos de saúde e fra<strong>que</strong>zas <strong>do</strong><br />

tipo de sangue, pois a estratégia terapêutica será mais acertiva na correção ideal de alimentos<br />

específicos, suplementos e ervas.<br />

LISADOTERAPIA E A ESPECIFICIDADE IRIDOLÓGICA<br />

Dr. Celso Batello<br />

A íris é, talvez, o microssistema mais perfeito <strong>que</strong> existe, no senti<strong>do</strong> de dar conhecer a<br />

constituição geral, bem como, os “órgãos de cho<strong>que</strong>” <strong>do</strong> indivíduo. Estas informações permitem ao<br />

iri<strong>do</strong>logista um le<strong>que</strong> de opções para conservar a saúde, seja prevenin<strong>do</strong>, seja manten<strong>do</strong> esta, <strong>que</strong> é<br />

o maior atributo <strong>do</strong> ser humano.<br />

Os lisa<strong>do</strong>s, por sua vez, são constituí<strong>do</strong>s por cadeias curtas de aminoáci<strong>do</strong>s de baixo peso<br />

molecular, <strong>que</strong> possuem organotropismos específicos através de mecanismos nutracêuticos, isto é,<br />

nutrientes <strong>que</strong> tem propriedades de equilibrar determina<strong>do</strong>s órgãos por meio de ação imuno<br />

modula<strong>do</strong>ra sobre tais órgãos.<br />

A detecção <strong>do</strong>s órgãos de cho<strong>que</strong> permite a indicação formal de quais lisa<strong>do</strong>s o organimso<br />

esteja necessitan<strong>do</strong>, com critérios de especificidade como nenhum méto<strong>do</strong> permite realizar.<br />

A SEQÜÊNCIA DE FILHOS<br />

8<br />

Dr.ª Liane Beringhs<br />

Além de ser modificada pelo genitor Gema, a estrutura constitucional geral de uma pessoa é<br />

também influenciada pela sua posição na seqüência de filhos e pelo sexo da primeira criança da<br />

família.<br />

O sexo da primeira criança da família tem efeito poderoso nas crianças subseqüentes. Por<br />

exemplo, uma filha mais velha vai fortalecer os atributos femininos nos irmãos subseqüentes,<br />

inclusive tornan<strong>do</strong>-os mais de cérebro direito. Isto significa <strong>que</strong>, entre outras coisas, as Flores<br />

subseqüentes serão mais emocionais e as Gemas subseqüentes serão mais soltas.<br />

Embora nós não tenhamos ainda encontra<strong>do</strong> uma explicação para este fenômeno,<br />

observamos <strong>que</strong> a seqüência de filhos é determinada pela genealogia <strong>do</strong> pai. Por exemplo, se um<br />

homem casa-se novamente depois de ter apenas uma criança, uma filha, em seu primeiro<br />

casamento, essa menina vai puxar as crianças subseqüentes em direção ao hemisfério direito,<br />

mesmo <strong>que</strong> a primeira criança nascida no segun<strong>do</strong> casamento seja um menino.


Conhecer o perfil de algumas crianças nos permite determinar inversamente as<br />

personalidades e estruturas de íris <strong>do</strong>s pais. Se as crianças na família tendem a ser muito<br />

emocionais, elas são provavelmente de cérebro es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>, e então o pai é provavelmente um Gema.<br />

Se as crianças são geralmente mais conserva<strong>do</strong>ras e controladas, a mãe é provavelmente Gema,<br />

puxan<strong>do</strong> as crianças para o hemisfério direito. Se a primeira criança é uma menina, a mãe é<br />

geralmente Gema, e toda família gradualmente vai se tornar mais artística e sentimental assumin<strong>do</strong>,<br />

como um grupo, as qualidades associadas ao hemisfério direito. Se a primeira criança é um homem,<br />

o pai é provavelmente Gema e toda família vai se movimentar em direção a focos mais materiais<br />

(associa<strong>do</strong>s ao cérebro es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>). Isto é talvez, parte da razão pela qual ter o primeiro filho homem<br />

na sociedade chinesa e diretamente associa<strong>do</strong> ao sucesso econômico da família.<br />

As posições mais difíceis são a primeira e a última. A primeira geralmente amadurece<br />

muito rapidamente, enquanto <strong>que</strong> a última tende a ser tratada como um bebê a vida inteira.<br />

O Primeiro Filho Homem<br />

Tenden<strong>do</strong> a ser passivamente agressivo e silenciosamente rebelde, o primeiro filho homem<br />

freqüentemente obtém os seus traços de caráter <strong>do</strong> la<strong>do</strong> materno da família. Embora ele possa<br />

cooperar, geralmente tem uma natureza bem independente. No entanto, esta independência não é<br />

expressa verbalmente. Ao invés disso, o menino simplesmente não fará o <strong>que</strong> você <strong>que</strong>r <strong>que</strong> ele<br />

faça. Se você exige <strong>que</strong> ele vá bem na escola, por exemplo, ele não vai argumentar mas as suas<br />

notas simplesmente vão se deteriorar.<br />

Primeiros filhos homens geralmente amadurecem ce<strong>do</strong> e obtém sucesso tarde. O seu desafio<br />

interno geralmente os conduz a sabotar qual<strong>que</strong>r coisa <strong>que</strong> é julgada importante até <strong>que</strong> seja-lhes<br />

permiti<strong>do</strong> escolher o <strong>que</strong> eles <strong>que</strong>rem e eles sintam-se apoia<strong>do</strong>s nessa escolha. No entanto, se o<br />

apoio parental é muito focaliza<strong>do</strong> ou cheio de impaciência, eles destruirão até mesmo as coisas <strong>que</strong><br />

eles desejam, com o objetivo de se rebelar e impor sua independência.<br />

O primeiro filho homem necessita de encorajamento através <strong>do</strong> respeito e de ser trata<strong>do</strong><br />

como um amigo e igual pelo seu pai. Geralmente bastante confortáveis quan<strong>do</strong> engaja<strong>do</strong>s em<br />

atividades adultas, uma boa maneira <strong>do</strong>s pais tomarem consciência da sua maturidade é passar<br />

algum tempo sozinho com ele.<br />

Freqüentemente <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de destreza mecânica, mente inventiva e orientada para invenções,<br />

os primeiros filhos homens são capazes de grandes novidades quan<strong>do</strong> deixa<strong>do</strong>s sozinhos. Eles<br />

geralmente têm uma natureza séria, levemente autoritária nas suas interações com os irmãos e as<br />

pessoas em geral. O arquétipo <strong>do</strong> reino animal <strong>que</strong> corresponde à idéia <strong>do</strong> desafio independente e<br />

quieto desta criança e o lobo.<br />

Como filho único, o seu perfil de personalidade genético não é muito diferente, exceto <strong>que</strong><br />

ele provavelmente vai obter o sucesso mais ce<strong>do</strong>, especialmente quan<strong>do</strong> a sua mãe o permite e o seu<br />

o encoraja. Ele precisa <strong>que</strong> sua mãe o ame exatamente como ele é, e <strong>que</strong> seu pai o ame pelo <strong>que</strong> ele<br />

está se tornan<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> é filho único, o primeiro filho é particularmente capaz de usar o seu poder numa<br />

expressão positiva, sen<strong>do</strong> tanto criativo como prático, ten<strong>do</strong> uma palavra firme e ao mesmo tempo<br />

suave.<br />

Criança n.º 02 - Depois de um Menino<br />

Tipicamente o posto <strong>do</strong> irmão mais velho, esta criança geralmente vem <strong>do</strong> la<strong>do</strong> paterno da<br />

família e apresenta uma natureza determinada. Mais agressivo física e emocionalmente <strong>do</strong> <strong>que</strong> o<br />

irmão mais velho, esta criança é competitiva, reativa, intensa e tende a sentir raiva das mulheres.<br />

Simbolizada pelo texugo, essa pessoa alcança o sucesso através de intensa determinação e<br />

agressividade. Freqüentemente engaja<strong>do</strong>s em estar na frente e em fazer comparações de<br />

desempenho, a criança n.º 2 pode se tornar inquieta, estan<strong>do</strong> sempre ocupada em projetos demais.<br />

Diferente de seu irmão mais velho, esta criança é geralmente mais vem sucedida quan<strong>do</strong><br />

diretamente estimulada pelo pai, <strong>que</strong> a ajuda a conseguir foco, concentração e disciplina. Dotada de<br />

uma coordenação motora refinada e de destreza física, esta criança é o atleta <strong>que</strong> responde bem ao<br />

treina<strong>do</strong>r autoritário (pai), e geralmente gosta de esportes de equipe. Enquanto o irmão mais velho<br />

9


prefere seguir sozinho, não aceitan<strong>do</strong> críticas, esta criança é claramente rebelde mas na verdade<br />

necessita de ser conduzida e dirigida pelo pai.<br />

Criança n.º 03 - Depois de um Menino<br />

Como uma raposa, a criança usa a inteligência da mente ou a rapidez <strong>do</strong>s pés para atingir o<br />

sucesso. Freqüentemente cheio de segre<strong>do</strong>s e capaz de ser insidioso, ele gosta de estar no controle<br />

<strong>do</strong>s detalhes da situação. Esta criança tipicamente alcança as suas metas sem ser abertamente<br />

agressiva, preferin<strong>do</strong> trabalhar por trás das cenas. Diplomático, e com um ar de calma passividade,<br />

ele pode entrar e sair de qual<strong>que</strong>r situação. Um conquista<strong>do</strong>r escorregadio e amável, a criança n.º 3<br />

tem a sua mente de mestre de xadrez derivada da força mais profunda <strong>do</strong> la<strong>do</strong> paterno na família.<br />

Confortável com a atividade mental intensa, essa criança geralmente escolhe profissões como<br />

contabilidade ou filosofia tradicional. Além da diplomacia e da astúcia, a criança n.º 3 pode usar de<br />

suas habilidades de trabalhar em grupo para sobressair-se na vida. Ele pode ser bastante gregário<br />

socialmente e até mesmo brincalhão, características utilizadas em sua vantagem, através de uma<br />

fachada socialmente agradável. Ele também pode ser ligeiramente preguiçoso e freqüentemente tem<br />

um corpo menor <strong>do</strong> <strong>que</strong> as duas crianças mais velhas.<br />

Criança n.º 04 - Depois de um Menino<br />

Geralmente <strong>do</strong> la<strong>do</strong> materno da família, esta criança tem <strong>do</strong>is aspectos importantes em sua<br />

personalidade: o brincalhão e o sábio. Teatral e prestativa, com um jeito suave de ser e uma mente<br />

afiada, a criança n.º 4 geralmente é reservada, apesar de sociável; brincalhona, porém distante; cheia<br />

de sabe<strong>do</strong>ria e, no entanto, sem a praticidade re<strong>que</strong>rida para realmente conseguir resulta<strong>do</strong>s. A<br />

despeito desta falta de compreensão prática, esta pessoa é geralmente popular e pode tornar um bom<br />

líder, possuin<strong>do</strong> a rara capacidade de delegar responsabilidades.<br />

Dotada de boa capacidade física mas amadurecen<strong>do</strong> mais tarde na vida, a criança n.º 4 tende<br />

a experenciar um grande sucesso como integra<strong>do</strong>r e sintetiza<strong>do</strong>r. Embora atrain<strong>do</strong> com facilidade o<br />

sexo oposto, esta criança tende, no entanto, a evitar a intimidade verdadeira e viver num esta<strong>do</strong> de<br />

conflito silencioso com os homens. Esta pessoa tem muitas das características <strong>do</strong> coiote, <strong>que</strong> é<br />

considera<strong>do</strong> um trapaceiro esperto e criativo na mitologia <strong>do</strong>s índios americanos.<br />

Criança n.º 05 - Depois de um Menino<br />

Essa criança geralmente marca um ponto de virada na matriz familiar. De alguma forma<br />

parece-se com um cervo. A criança n.º 5 tipicamente tem as qualidades da inocência, gentileza e<br />

bondade. Ele recebe inspiração e aprende a partir da simplicidade da natureza. abençoa<strong>do</strong>, com um<br />

coração cheio de júbilo, essa pessoa geralmente retém a simplicidade infantil até a fase adulta,<br />

tenden<strong>do</strong> a amadurecer mais tarde na vida. Justo por natureza, e com o profun<strong>do</strong> desejo de merecer<br />

reconhecimento agradan<strong>do</strong> e servin<strong>do</strong> os outros, a criança n.º 5 geralmente é atraída para alguma<br />

forma de serviço à família e à comunidade, tal como as artes da cura.<br />

Geralmente considerada por to<strong>do</strong>s na família como uma criança fácil de lidar, essa<br />

<strong>do</strong>cilidade disfarça uma profunda necessidade de aumentar a auto-expressão e de desenvolver autoestima.<br />

Esta criança com freqüência se recusa a tomar posições definitivas em debates, <strong>que</strong>ren<strong>do</strong><br />

evitar conflitos ou desarmonia. Mesmo quan<strong>do</strong> confrontada, a criança n.º 5 depois de um menino é<br />

também capaz de ser muito honesta. Esta criança vem mais provavelmente <strong>do</strong> la<strong>do</strong> paterno da<br />

família, embora isto possa variar, uma vez <strong>que</strong> esta criança marca o ponto de inversão depois <strong>do</strong><br />

qual a seqüência de filhos começa a se repetir.<br />

Criança n.º 06 - Depois de um Menino<br />

Esta é uma posição de grande força e poder pessoal. Geralmente é uma criança carismática,<br />

de fácil convívio social, <strong>que</strong> sempre está em posição de liderança. Tem grande sabe<strong>do</strong>ria e pode<br />

usá-la para liderar outras pessoas. A criança n.º 6 tem habilidades para ser precursor de movimentos<br />

sociais.<br />

Primeira Filha Mulher<br />

Como filha única, esta menina pode ser difícil e egoísta, precisan<strong>do</strong> ser o centro das<br />

atenções. Ela está geralmente na sua melhor fase quan<strong>do</strong> lhe é permiti<strong>do</strong> assumir o papel da rainha.<br />

Quan<strong>do</strong> numa posição de força reconhecida, ela é uma administra<strong>do</strong>ra e líder potencialmente<br />

10


poderosa. Ela é geralmente sedutora e vistosa, motivada criativa ou artisticamente e gosta de fazer<br />

coisas para si mesma. A sua primeira lição é o uso correto <strong>do</strong> poder.<br />

Uma primeira filha mulher com irmãs(os), no entanto, ganha maturidade sen<strong>do</strong> uma<br />

segunda mãe para as crianças mais novas. Há um risco de <strong>que</strong> ela possa perder sua inocência<br />

infantil rapidamente, se tornan<strong>do</strong> séria e sobrecarregada depressa demais. Quan<strong>do</strong> isto acontece, ela<br />

gasta o resto da sua vida buscan<strong>do</strong> recapturar as alegrias da sua inocência infantil. Ela geralmente<br />

não ri o suficiente, fica perto de casa e é atraída pelo serviço ao público, ensino ou às artes.<br />

Freqüentemente vítima de disciplina excessiva ou abuso durante a infância, ela é mais feliz<br />

se deixar a casa de seus pais para ganhar um senso de frescor e liberdade. Mesmo quan<strong>do</strong> adulta, a<br />

filha mais velha ainda precisa de ser honrada e apreciada como uma menininha. Geralmente vem <strong>do</strong><br />

la<strong>do</strong> paterno da família.<br />

Criança n.º 02 - Depois de Uma Menina<br />

Expressiva e rebelde, esta criança tende a ser independente, determinada e geralmente<br />

distante da mãe. A n.º 2 depois de uma menina geralmente está lidan<strong>do</strong> com um sentimento básico<br />

de solidão e um desejo de segurança pessoal. Isto freqüentemente se manifesta como uma<br />

compulsão em provar <strong>que</strong> é bem sucedida, <strong>que</strong>r mental ou materialmente. Esta criança também tem<br />

uma qualidade conceitual e desapegada <strong>que</strong> pode torná-la bastante artística ou inventiva.<br />

Criança n.º 03 - Depois de Uma Menina<br />

Esta criança é geralmente a mais amável e sábia. Suavemente controla<strong>do</strong>ra e ao mesmo<br />

tempo justa, ela é tipicamente sensível aos outros e se torna uma boa facilita<strong>do</strong>ra. Ela pode também<br />

ser atraída pelas artes da nutrição. Esta criança é freqüentemente <strong>do</strong>tada de religiosidade e devoção,<br />

é fisicamente forte e <strong>do</strong>na de um caráter gentil. Sensível à crítica e ao conflito, a n.º 3 depois de uma<br />

menina, luta para preservar a paz e manter a união. Esta criança vem quase sempre <strong>do</strong> la<strong>do</strong> materno<br />

da família. Sábia, filósofa e atenta às necessidades <strong>do</strong>s outros, a n.º 3 sente-se bastante confortável<br />

trabalhan<strong>do</strong> na hierarquia de organizações estabelecidas.<br />

Criança n.º 04 - Depois de Uma Menina<br />

Esta criança é freqüentemente um exemplo extremo de sucesso ou fracasso. Causan<strong>do</strong><br />

cho<strong>que</strong> ou caos, atacan<strong>do</strong> e defenden<strong>do</strong> ao mesmo tempo e no entanto preocupada com o bem<br />

maior, esta pessoa tem algo de revolucionário. Professora, filósofa e romântica idealista, a n 4<br />

depois de uma menina geralmente tem um senti<strong>do</strong> de amargura por não ter recebi<strong>do</strong><br />

reconhecimento por seu pai. Muito provavelmente vem <strong>do</strong> la<strong>do</strong> materno da família. Potencialmente<br />

introvertida e atraída pelos vícios, mas motivada por uma necessidade de expressar-se, sua falta de<br />

autoconfiança é equilibrada por uma capacidade excepcional de ver as coisas de longe. Sua maior<br />

necessidade é experenciar a intimidade emocional.<br />

Criança n.º 05 - Depois de Uma Menina<br />

Como a criança n.º 5 depois de um menino, esta criança tem a marca da inocência e um ar<br />

de simplicidade. Ela pode ser bastante gentil ou totalmente neurótica. Geralmente agradável,<br />

cuida<strong>do</strong>sa e nutri<strong>do</strong>ra, trabalha para receber aprovação <strong>do</strong>s outros, esta irmã é freqüentemente<br />

engajada em cuidar <strong>do</strong>s indivíduos de uma comunidade. Suas qualidades infantis a tornam boa com<br />

as crianças. Ela também é muito próxima à natureza. A n.º 5 não vai prosperar numa atmosfera de<br />

conflito, ela é muito sensível a quais<strong>que</strong>r diferenças abertas entre os pais ou entre os irmãos.<br />

Humilde, sensível e delicada, esta irmã também tem a propensão a ser alegre, forte e<br />

criativa, quan<strong>do</strong> cresce num ambiente onde os pais demonstram verbal e cinestesicamente um<br />

desejo de harmonia. Como adulta, a n.º 5 depois de uma menina, é tipicamente envolvida em<br />

relações públicas, buscan<strong>do</strong> facilitar um senti<strong>do</strong> de comunidade entre as pessoas. Esta criança é a<br />

<strong>que</strong> busca a paz, trazen<strong>do</strong> esta qualidade para o mun<strong>do</strong> de muitas formas, incluin<strong>do</strong> palavras, arte e<br />

to<strong>que</strong>.<br />

Como esta posição na seqüência representa um ponto de mudança na influência genética, os<br />

padrões de caráter desta criança podem vir de qual<strong>que</strong>r um <strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s da família. A n.º 5 é uma<br />

alavanca, um ponto de equilíbrio, fazen<strong>do</strong> a paz entre as gerações.<br />

11


Criança n.º 06 - Depois de Uma Menina<br />

Como o 6.º filho depois de um menino, a 6.ª filha depois de uma menina tem grande poder,<br />

e grande espiritualidade. Sempre ocupa uma posição de liderança, gosta de conquistar novos<br />

horizontes inspirada, criativa. Sua energia é introvertida no senti<strong>do</strong> de processar interiormente os<br />

fatos da vida. Tem muita energia disponível.<br />

Crianças Subse<strong>que</strong>ntes depois de um menino ou menina<br />

Começan<strong>do</strong> com a criança n.º 7, a seqüência de irmãos começa a espelhar o padrão <strong>do</strong>s<br />

primeiros cinco irmãos. A n.º 7 geralmente tem qualidade similares à primeira criança e a n.º 8<br />

similar à n.º 2 e etc.<br />

ÉTICA NO AMBULATÓRIO DE PSIQUISMO NO IBEHE<br />

*Sandra Regina de Souza Melo Martins<br />

**Celso Fernandes Batello<br />

Quan<strong>do</strong> falamos em ambulatório de psiquismo, mesmo <strong>que</strong> seja relaciona<strong>do</strong> a Iri<strong>do</strong>logia,<br />

muitas vezes nos reportamos ao atendimento rotineiro de hospital. Contu<strong>do</strong> o nosso objetivo<br />

transcende ao atendimento clássico, pois a IrisDiagnose por si só já é bastante abrangente.<br />

Assim como toda prática em nossas vidas, devemos visar os vários aspectos de uma<br />

dinâmica, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> aqui dividimos este ambulatório em 3 Pilares: 1o. como educativo, já <strong>que</strong> isto<br />

acontece em uma clínica escola , e os alunos da pós-graduação, partilham da experiência teórica <strong>do</strong>s<br />

professores com aulas diretivas, assim como também da prática, onde são realiza<strong>do</strong>s os<br />

atendimentos clínicos, os quais já introduzem o 2o. pilar, <strong>que</strong> é objetivo institucional de uma clínica<br />

escola, <strong>que</strong> é dar condições a pacientes de uma classe menos favorecida a ter acesso a esse<br />

atendimento. E por <strong>último</strong>, o 3o. pilar, <strong>que</strong> engloba os outros <strong>do</strong>is, <strong>que</strong> é o enfo<strong>que</strong> científico,<br />

advin<strong>do</strong> da investigação e aprofundamento das técnicas de IrisDiagnose, a fim de cientificar os<br />

procedimentos, a partir de trabalhos realiza<strong>do</strong>s com o suporte da Instituição, já <strong>que</strong> entendemos <strong>que</strong><br />

esses trabalhos nada mais é <strong>do</strong> <strong>que</strong> a confirmação da psicossomática.<br />

Para tanto, há princípios os quais são segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ponto de vista filosófico e Ético, a partir<br />

de um embasamento da prática psicológica, levan<strong>do</strong> em conta desde o encaminhamento <strong>do</strong><br />

paciente à instituição, onde se estabelece uma conduta , com o paciente seguin<strong>do</strong> os seguintes<br />

passos: O enquadre, o rapport, a <strong>que</strong>ixa livre (modelo Hannemaniano), a filmagem da íris, a<br />

discussão <strong>do</strong> caso com o grupo (aluno da pós-graduação), a devolutiva e enfim o encaminhamento<br />

clínico e psicológico, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> a orientação clínica caminha a partir de uma medicação <strong>que</strong> enfoca<br />

a dinâmica psíquica, assim foram eleitos para a medicação homeopática, os oligoelementos e os<br />

suprimentos da Ortomolecular. Enfim, posteriormente esse paciente é acompanha<strong>do</strong> por retornos<br />

periódicos.<br />

Caso Clínico<br />

G.G.C. , mulher, 61 anos, casada, mãe de duas filhas, ambas também casadas, apenas a<br />

mais velha é mãe de duas crianças (um menino e uma menina). Tanto na área física, quanto<br />

psíquica a <strong>que</strong>ixa principal é de dificuldade de relacionamento na dinâmica familiar, principalmente<br />

com cônjuge, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> em relação ao mesmo relata <strong>que</strong> este não lhe dá a devida atenção, sempre<br />

atenden<strong>do</strong> a necessidade <strong>do</strong>s outros, menos a sua, ou seja, das filhas, da cunhada (deficiente - P.C.)<br />

atualmente com mais ou menos 45 anos.<br />

Contu<strong>do</strong>, a problemática psíquica piorou após a morte da sogra, onde esta referida cunhada<br />

passou a ficar de três em três meses, por dez dias em sua casa, como foi estipula<strong>do</strong> por um<br />

12


evezamento familiar. Descreve <strong>que</strong> mesmo estan<strong>do</strong> sempre <strong>do</strong>ente, o mari<strong>do</strong> mesmo assim<br />

preocupa-se mais com os outros <strong>do</strong> <strong>que</strong> com ela. Comenta também de muita dificuldade no<br />

relacionamento com a filha mais velha, pois vê o mari<strong>do</strong> dar mais razão nas situações a essa. Desta<br />

forma, coloca-se como depressiva e faz uso de medicação para tal quadro relatan<strong>do</strong> <strong>que</strong> já fez<br />

tentativas e pensou em suicídio algumas vezes, não concretizan<strong>do</strong> por ser Espírita atuante.<br />

A mesma apresenta-se de forma vai<strong>do</strong>sa, valorizan<strong>do</strong> detalhes na estética, assim como<br />

também coloca-se de forma prolixa, transparecen<strong>do</strong> muita ansiedade e impaciência diante das<br />

situações. Demonstra claramente sua imaturidade emocional, colocan<strong>do</strong>-se sempre de forma<br />

egocentrada e vitimada. Coloca situações de perdas e frustrações <strong>que</strong> o casamento gerou como por<br />

exemplo o desejo de ser médica, e o transtorno da gravidez antes <strong>do</strong> casamento.<br />

No exame da íris segun<strong>do</strong> Rayid, podemos perceber <strong>que</strong> o seu padrão principal é corrente/<br />

gema, com dinâmica cerebral direita, contu<strong>do</strong> demonstran<strong>do</strong> <strong>que</strong> houve uma troca de hemisfério<br />

cerebral, em função da dinâmica familiar, passan<strong>do</strong> a atuar como Dominância cerebral es<strong>que</strong>rda,<br />

desta forma relacionan<strong>do</strong>-se melhor com a figura masculina. O <strong>que</strong> será justifica<strong>do</strong> pela forte<br />

rivalidade com a figura materna (gema na área 3 olho es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>) e excesso de disciplina.<br />

Pode-se notar extroversão, contu<strong>do</strong> demonstra uma dinâmica <strong>que</strong> introverteu.<br />

No <strong>que</strong> se diz respeito aos anéis, apresenta os de objetividade, determinação e realização.<br />

Ao <strong>que</strong> se refere as áreas possui na direita 9 gemas, (áreas: 01,03,07,09,14,15,35,37,45).<br />

7 radios solares (áreas: 01,33,35,37,39,42,43)<br />

Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong>: 5 gemas estão no mental<br />

3 gemas estão no emocional<br />

1 gema está no físico<br />

Os radios solares to<strong>do</strong>s saem <strong>do</strong> mental, porém três vão até o emocional e somente um<br />

chega no físico (33).<br />

Na Íris es<strong>que</strong>rda, temos:<br />

11 gemas (áreas: 01,03,07,12,13,19,21,25,28,35,37)<br />

6 radios solares (áreas: 36,37,39,40,41,42)<br />

Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong>: 5 gemas estão no mental<br />

5 gemas estão no emocional<br />

1 gema no físico<br />

Os radios solares to<strong>do</strong>s começam no mental e vão para o físico, com exceção de <strong>do</strong>is, um<br />

fica só no mental (37) e o outro vai até o emocional (36).<br />

Consideran<strong>do</strong> o mapa concêntrico, abaixo , podemos verificar <strong>que</strong> a maior parte <strong>do</strong>s<br />

caracteres encontram-se na área mental, indican<strong>do</strong> portanto somatizações e inconsciência sobre<br />

esses da<strong>do</strong>s da personalidade.<br />

Mapa Concêntrico<br />

F<br />

E<br />

M<br />

O<br />

13


Se esforça buscan<strong>do</strong> amor e aprovação. Tem necessidade de atividade, de responsabilidade,<br />

de movimento, e de expressar sucesso. Pelo fato de gastar tanto tempo de desenvolvimento externo<br />

de suas capacidades, dificulta o recebimento de carinho e afeto <strong>do</strong>s outros.<br />

Há indícios de ter recebi<strong>do</strong> excesso de orientação ou estímulo, neste caso de ambos os pais,<br />

ou por estes trabalharem demais ou por serem extremamente ambiciosos. Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> isto vem<br />

geran<strong>do</strong> atitudes de: rejeição, negação, cinismo, dependência, depressão, afastamento, retração,<br />

viver <strong>que</strong>ixan<strong>do</strong>-se, solidão, reserva ou frieza. Contu<strong>do</strong> se isso for trabalha<strong>do</strong> para um equilíbrio<br />

evidenciara capacidade para iniciar afeto social, criatividade, confiabilidade, inteligência,<br />

autoconfiança, individualidade, demonstran<strong>do</strong> atitudes prove<strong>do</strong>ras e afetivas com prudência. Para<br />

tanto precisa superar o me<strong>do</strong>.<br />

Em função de apresentar gema na área três, essa imediatamente passa a ser interpretada<br />

como área quatro, assim o <strong>que</strong> seria apresenta<strong>do</strong> como raiva aparecerá como rivalidade ou<br />

competição na geração atual, refletin<strong>do</strong> um ressentimento ou rivalidade entre os irmãos, talvez<br />

competin<strong>do</strong> pela atenção <strong>do</strong>s pais, ou na relação com as próprias filhas pela atenção <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>,<br />

revelan<strong>do</strong> ainda tendência ao martírio, e de assumir responsabilidade pessoal pelos acontecimentos.<br />

Assim acaba por apresentar atitudes de vingança, rivalidade, me<strong>do</strong> de perder, ausência de desejos, e<br />

até mesmo crueldade. Contu<strong>do</strong> há potencial para transformar essas dificuldades em realização,<br />

competitividade, vontade de soltar-se, ambição, perdão e boa acuidade de memória. Porém, para<br />

tanto necessitará superar o me<strong>do</strong> da perda, aprenden<strong>do</strong> o perdão (tanto ao <strong>que</strong> se refere a dinâmica<br />

feminina quanto masculina).<br />

Denota atitudes de super proteção na dinâmica familiar. Na relação com as filhas, chega a<br />

ser possessiva e <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>ra em função <strong>do</strong> excesso de preocupação <strong>que</strong> her<strong>do</strong>u de ambos os pais.<br />

Assim precisa aprender a desapegar-se, superan<strong>do</strong> o me<strong>do</strong> de perder o amor. Visto <strong>que</strong> isso deu<br />

origem a dificuldade em formar a ligação inicial nos relacionamentos, assim como também de<br />

aceitar conceber uma criança. Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> se necessita aprender a relaxar superan<strong>do</strong> o me<strong>do</strong> de<br />

aceitar.<br />

Existiu preocupação por parte da mãe sobre a atitude da mesma diante da vida, sua direção<br />

e objetivos de longo prazo. O <strong>que</strong> trouxe inquietação, incerteza e indecisão sobre o futuro, levan<strong>do</strong>a<br />

a ser extremamente meticulosa como compensação. Fazen<strong>do</strong> excesso de racionalização, como<br />

resposta à uma ansiedade não resolvida, geran<strong>do</strong> inquietude de corpo e mente. Acentuan<strong>do</strong> a crítica,<br />

a vaidade a preocupação, o sarcasmo e o narcisismo. Em contra partida pode transformar tu<strong>do</strong> isso<br />

em comportamento diplomático, prático, sábio, sagaz, perceptivo, decisivo, leal, analítico, com uma<br />

verbalização bem articulada.<br />

O perfeccionismo <strong>que</strong> apresenta pode levar o julgamento para com pessoas <strong>do</strong> sexo<br />

feminino, através de atitudes criticas, depreciativas e insultantes. Contu<strong>do</strong> pode reverter esse<br />

perfeccionismo para atitudes positivas pois isso lhe dá uma inteligência brilhante, capacidade de<br />

observação e meticulosidade, grande destreza motora, equilíbrio, desembaraço, habilidade para a<br />

música e escrita, serenidade, quietude. Porém para desenvolver essas atitudes necessita controlar<br />

sua impaciência <strong>que</strong> her<strong>do</strong>u das figuras parentais, por excesso de disciplina. Desta forma, deixará a<br />

intolerância dan<strong>do</strong> lugar para a criatividade e flexibilidade, adquirin<strong>do</strong> segurança, auto-estima. Pode<br />

se supor <strong>que</strong> tantas habilidades podem ter fica<strong>do</strong> suprimidas devi<strong>do</strong> a traumas na primeira infância,<br />

ou seja, <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is aos cinco anos, geran<strong>do</strong> me<strong>do</strong> de errar.<br />

No <strong>que</strong> se refere à sexualidade em geral, se expressa com me<strong>do</strong> de um ata<strong>que</strong> sexual ou de<br />

uma condenação religiosa, apresentan<strong>do</strong> um blo<strong>que</strong>io ou um excesso de atividade sexual. Em<br />

considerar as dificuldades <strong>que</strong> apresenta em relação a confiança, este quadro pode intensificar<br />

levan<strong>do</strong> a um ciúme exacerba<strong>do</strong> em relação ao cônjuge, provocan<strong>do</strong> como defesa atitudes de<br />

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adultério e dissimulação. Contu<strong>do</strong> se aprender a aquiescência e aceitar a própria beleza poderá<br />

atingir a discrição, a introspecção, a ceder e assim a comunhão nos relacionamentos afetivos.<br />

Por ter características autodidata, sente-se autoconfiante, porém atuan<strong>do</strong> de forma<br />

acelerada, mas para atingir seu conhecimento interior precisa <strong>que</strong>brar a resistência e o seu la<strong>do</strong><br />

inacessível, impedin<strong>do</strong> <strong>que</strong> esses <strong>do</strong>ns se concretizem através da fala, como manipulação verbal,<br />

trapaça e astúcia. Portanto, pode usar esses <strong>do</strong>ns para fazer discurso forte, influente, ter atitudes<br />

enérgicas e de persuasão, assim como também capacidade de curar com a voz, cantar, acalentar, até<br />

mesmo para advocacia.<br />

Os conceitos de modéstia, humildade e a possibilidade de meditação, religiosidade, reflexão<br />

e desprendimento são acessa<strong>do</strong>s por mecanismos racionais porém se concretizam com atitudes<br />

emocionais de abnegação e negação, indiferença, arrogância e orgulho. Assim, necessita aprender a<br />

considerar e a ponderar, aceitan<strong>do</strong> dar e receber, deixan<strong>do</strong> assim de la<strong>do</strong> “complexo de Messias”,<br />

com atitudes narcisistas e mártir. Desta forma precisa a aprender a se comprometer.<br />

Apresenta um caráter filosófico e egoísta volta<strong>do</strong> para o exterior, com atitudes utópicas ou<br />

com comportamento compulsivo, sempre nos extremos. <strong>Este</strong>s estão relaciona<strong>do</strong>s à aceitação ou<br />

rejeição da visão <strong>que</strong> os pais tiveram da vida. Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> muitas vezes torna-se por isso rebelde,<br />

independente e teimoso, contu<strong>do</strong> o la<strong>do</strong> positivo é <strong>que</strong> aprende a desenvolver atitudes de liderança,<br />

certeza e segurança. Denotan<strong>do</strong> o quanto aceitou ou rejeitou a orientação <strong>do</strong>s pais, determinan<strong>do</strong><br />

assim atitudes de obstinação ou submissão nos relacionamentos, ou também mostrar o otimismo ou<br />

a vontade de cooperar com os outros.<br />

Via de regra expressa o seu amor, prazer e alegria de forma racionalizada, com idealismo<br />

nos relacionamentos, o <strong>que</strong> pode gerar decepção, opressão e exagero. Porém em equilíbrio pode<br />

permitir a felicidade e a verdade desde <strong>que</strong> aceite se comprometer.<br />

Assim a partir desse levantamento das áreas, segun<strong>do</strong> a interpretação <strong>do</strong> Rayid, concluímos<br />

<strong>que</strong>: em função <strong>do</strong> desequilíbrio a mesma vem apresentan<strong>do</strong> pre<strong>do</strong>minantemente as características<br />

negativas de cada área.<br />

A partir desta conclusão, pelo fato da maior parte <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s estarem na área mental, optouse<br />

por uma devolutiva superficial, levan<strong>do</strong>-se em conta apenas o <strong>que</strong> a paciente tinha suporte<br />

psicológico para ouvir. Determinan<strong>do</strong>-se uma conduta medicamentosa homeopática afim de<br />

permitir um acesso maior à dinâmica interna da mesma, assim como também após uma melhora de<br />

70% a 80% <strong>do</strong> quadro segun<strong>do</strong> referência da paciente, esta aceitou acompanhamento psicoterápico.<br />

*Psicóloga Especialista na Área Clínica (USP), Pós-Graduada em Homeopatia (IBEHE)<br />

Diretora Técnica e Supervisora de Psicologia <strong>do</strong> Núcleo Terapêutico Dinâmica<br />

Coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Ambulatório de Psiquismo <strong>do</strong> FACIS/IBEHE<br />

Membro da Disciplina de Traumatologia e Cirurgia Buco-Maxilo Facial na UMESP<br />

Pesquisa<strong>do</strong>ra em IrisDiagnose<br />

**Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Curso de Pós-Graduação em Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose da Faculdade de<br />

Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS/IBEHE)<br />

Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ambulatório de Iri<strong>do</strong>logia Psíquica da Faculdade de Ciências da Saúde de<br />

São Paulo (FACIS/IBEHE)<br />

15


IRISDIAGNOSE E PULSOLOGIA CHINESA<br />

Manifestações <strong>do</strong> Pulso em Relação a IrisDiagnose<br />

16<br />

Prof. Valther Mendes<br />

Acupuntura - A Antiga Arte Chinesa de Curar<br />

A Acupuntura (zhenjiu) é a tradicional forma de medicina chinesa considerada a mãe da<br />

arte médica, cuja origem se perde na pré-história. A Acupuntura consiste no estímulo de certos<br />

pontos estratégicos da pele denomina<strong>do</strong>s em seu conjunto, de meridianos e se relacionam com os<br />

órgãos internos. O diagnóstico, nesta importante ciência , apoia-se no pulso. O <strong>que</strong> vamos<br />

discorrer sobre este tema , em relação à parte colorida <strong>do</strong> olho, chamada IRISDIAGNOSE.<br />

"Os olhos são local onde se encontra o jing qi <strong>do</strong>s órgãos. são a abertura <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> e o<br />

emissário <strong>do</strong> coração ; comunicam-se com o cérebro ".<br />

Por esta razão a observação <strong>do</strong>s olhos e suas modificações permitem conhecer o esta<strong>do</strong> de<br />

conciência , a coordenação e a força <strong>do</strong>s movimentos , a qualidade <strong>do</strong>s reflexos , portanto ,avaliar<br />

a gravidade e o prognóstico da <strong>do</strong>ença. (B. Auteroche - P. Navaih , 1992:148 )<br />

Quan<strong>do</strong> se toma o pulso, é preciso o paciente estar senta<strong>do</strong>, procuran<strong>do</strong> estar com o pulso<br />

no nível <strong>do</strong> coração. A palma da Mão em direção ao céu, com o braço, mãos e de<strong>do</strong>s estendi<strong>do</strong>s.<br />

Uma teoria relativa à correspondência <strong>do</strong>s órgãos e vísceras ,(zang-fu) , estudada pelos chineses<br />

há pelo menos 3000 anos é interpretada referin<strong>do</strong>-se às leis da Medicina Tradicional Chinesa<br />

(MTC) , analogamente à lei <strong>do</strong>s elementos, lei mãe e filho, e outras complementares.<br />

Já na Medicina Ayurvedica , (Medicina Milenar Indu) os mesmos princípios são estuda<strong>do</strong>s<br />

com uma outra dialética particular para as correspondências com o mesmo propósito. Estas<br />

correspondência partem certamente de livros clássicos e são facilmente compreendida estudan<strong>do</strong><br />

seus livros em suas várias obras de referencia:<br />

Su Wen: (Hoang Ti Nei King Volume Ling Shu): Como o pulso pode <strong>do</strong>minar as 5<br />

vísceras? O Estômago é o mar <strong>do</strong>s sabores, a grande fonte <strong>do</strong>s 6 receptáculos.<br />

Os 5 sabores penetram pela boca e são guarda<strong>do</strong>s no estômago para alimentar as 5 vísceras.<br />

O pulso radial é também o "Tay Yin " (Pulmão) . As emanações <strong>do</strong>s sabores provenientes <strong>do</strong><br />

Estômago passam pelo Pulmão e alimentam to<strong>do</strong>s os órgãos, cuja alteração se manifesta no pulso<br />

Radial. Conse<strong>que</strong>ntemente na íris, a parte colorida <strong>do</strong>s olhos.<br />

Porquê examinan<strong>do</strong> somente o pulso da artéria tsunkou?. Por <strong>que</strong> nele se localizam os<br />

oito pontos de influência? Por ali passa a artéria <strong>do</strong> canal de energia tai yin da mão e to<strong>do</strong>s os<br />

canais de energia <strong>que</strong> se comunicam com os órgãos reúnem se no pulmão, ou seja, o pulmão<br />

comunica- se com to<strong>do</strong>s os canais de energia. Por outro la<strong>do</strong> os canal de energia <strong>do</strong> baço pâncreas<br />

<strong>do</strong> (a<strong>que</strong>ce<strong>do</strong>r médio) estômago e baço/pâncreas são justamente a fonte <strong>do</strong> qi (energia) e de xue<br />

(sangue) de to<strong>do</strong>s os órgãos <strong>do</strong> corpo . assim pois examina<strong>do</strong> o pulso em tsukou (radial) examina<br />

se a energia de cada sistema funcional , <strong>do</strong>s órgãos das vísceras, e <strong>do</strong> sistema energético e<br />

atividade catabólica, anabólica <strong>do</strong> sistema metabólico.<br />

Há finalmente uma razão <strong>que</strong> não se pode subestimar, a tomada <strong>do</strong> pulso no punho é a<br />

mais fácil e a mais prática de se executar<br />

Exame de Pulso<br />

Trata-se de uma forma de diagnose <strong>que</strong> pode ser utilizada pelo iri<strong>do</strong>logista com vantagens<br />

semelhantes ao Ïrisdiagnose ; simples, econômico, prático, dan<strong>do</strong> ao examina<strong>do</strong>r uma relevante<br />

vantangem ao confirmar diagnóstico. Através de seus de<strong>do</strong>s busca tocar a artéria <strong>do</strong> paciente e<br />

examina as manifestações <strong>do</strong> pulso com o objetivo de confirmar a evolução da situação no órgão<br />

checa<strong>do</strong> : Agu<strong>do</strong>, Sub-agu<strong>do</strong>, Crônico, Degenerativo. Entre outras facetas <strong>que</strong> a Irisdiagnose,<br />

juntamente com o exame de pulso poderá mostrar, como a prática desta técnica , mostran<strong>do</strong> o<br />

grande valor para o diagnose complementar e na evolução <strong>do</strong> processo terapêutico quanto as<br />

condições a serem atendidas.


Do Méto<strong>do</strong><br />

Sobre a localização <strong>do</strong>s Sintomas e as lesões observadas no diagnose da Íris, vale lembrar<br />

<strong>que</strong> no decorrer <strong>do</strong>s tempos foram introduzidas algumas atitudes decisivas para confirmar e fechar<br />

o diagnóstico, recorren<strong>do</strong> aos especialistas, exames complementares, Exames laboratoriais,<br />

Cinésiologia, entre outros. Ficamos mais uma vez como no inicio , analisan<strong>do</strong> os microsistemas<br />

unin<strong>do</strong> o to<strong>do</strong> no um , macro e micro se complementan<strong>do</strong>.<br />

Em SU WEN uma das partes <strong>do</strong> HUANG DI NEIJING (Canon da Medicina Interna),<br />

está registra<strong>do</strong> o diagnóstico basea<strong>do</strong> no exame <strong>do</strong> pulso em to<strong>do</strong> o corpo , ou seja na Cabeça, nas<br />

Mãos e nos Pés. Alguns Médicos observam a CAROTIDA com esta finalidade , ex. Dr. Celso<br />

Batello <strong>que</strong> já me apresentou uma tabela por ele utilizada na sua pratica clínica. Vamos nos ater<br />

conforme foi dito antes no exame de pulso, iremos chamar este de PULSOLOGIA./IRIS soman<strong>do</strong><br />

mais uma técnica Milenar ao já excelente méto<strong>do</strong> de diagnose através da parte colorida <strong>do</strong> olho.<br />

Na prática clínica da Medicina Tradicional Chinesa está dividi<strong>do</strong> na seguinte forma:<br />

Mão direita - Pulmão/Intestino Grosso, Estômago/ Baço Pâncreas, circulação, sexo/Triplo<br />

a<strong>que</strong>ce<strong>do</strong>r.<br />

Mão Es<strong>que</strong>rda - Coração/Intestino Delga<strong>do</strong>, Fíga<strong>do</strong>/Vesícula Biliar, Rim/Bexiga = 12<br />

MEREDIANOS DA ACUPUNTURA<br />

Valemo-nos da lei <strong>do</strong>s 5 elementos para dar uma boa explicação de como transcorre se a<br />

interação das diversas síndromes <strong>que</strong> vem acometen<strong>do</strong> o homem nos <strong>último</strong>s 5000 anos.<br />

METODO DE EXAMINAR O PULSO (inicio <strong>do</strong> texto)<br />

Para os Pacientes infantis temos utiliza<strong>do</strong> somente o Polegar, distancian<strong>do</strong> levemente para<br />

localizar os três pulsos superficiais. Ao examinarmos os Pulsos temos usa<strong>do</strong> forças diferentes :<br />

Pressionar superficialmente, ligeiramente, levantan<strong>do</strong> e pressionan<strong>do</strong> até o osso, para examinar o<br />

Pulso profun<strong>do</strong>, pressiona-se com força média para localizar estes três pontos. O méto<strong>do</strong> mais<br />

eficaz é pressionan<strong>do</strong> os três ao mesmo tempo, com a mesma intensidade , a <strong>que</strong> podemos ter uma<br />

real tomada geral. Na prática clínica utilizo diferentes maneiras toman<strong>do</strong> mais ou menos 1600 p/p/<br />

ano. Observan<strong>do</strong> a trama <strong>do</strong> sistema nervoso poden<strong>do</strong> constatar diferentes modificações relatadas<br />

e catalogadas.<br />

OBSERVAÇÃO<br />

O exame de Pulso re<strong>que</strong>r silêncio e tranqüilidade. Se o paciente acaba de fazer exercícios,<br />

deverá descansar . Recomendação: perguntar sobre seu dia, trabalho, stress, etc.<br />

O méto<strong>do</strong> consiste em manter uma respiração tranqüila e centrar a atenção nos de<strong>do</strong>s .<br />

Segun<strong>do</strong> o costume da antigüidade deve-se examinar em cada sessão/consulta, mais de 50 batidas<br />

ou seja um minuto. o exame de pulso tem a finalidade de examinar: freqüência , ritmo , conteú<strong>do</strong> ,<br />

fluidez, amplitude .<br />

A observação deverá ser comparada com a Íris da maneira clássica observan<strong>do</strong> a<br />

qualidade da trança <strong>do</strong> sistema nervoso, qualidade tecidual, biótipo, reação pupilar. crescente o seu<br />

méto<strong>do</strong>. A íris e o pulso como fun<strong>do</strong> é Clinica e Psicológica (Rayd-model.) Iri<strong>do</strong>logia Alemã e ou.<br />

São observadas normalidades e anormalidades de acor<strong>do</strong> com as seguintes variantes :<br />

movimentação fisiológica, clima, situação e energia <strong>do</strong> Estômago, comparar com a área relativa<br />

na Íris. As condições são vinculadas à qualidade tecidual e modelo da trama <strong>do</strong> sistema nervoso.<br />

Ex.: quanto maior a largura/distal podemos dizer <strong>que</strong> haverá distancia entre os batimentos <strong>que</strong><br />

também poderemos realizar uma variação da pressão arterial. Verifica se a pupila para graduar o<br />

sistema nervoso, relaxa<strong>do</strong> ou tenso , entre outros.<br />

- pulso <strong>do</strong> sexo masculino é mais forte <strong>que</strong> no sexo feminino<br />

- pulso <strong>do</strong>s indivíduos magros e altos geralmente se observa mais superficial.<br />

- pulso sempre se torna mais rápi<strong>do</strong> após algum exercício.<br />

Obs: Alterações das quatro estações refletem influências<br />

17


1 - Pulso superficial (flutuante) - ligeira pressão - deficiência, baixa imunidade - <strong>do</strong>ença<br />

crônica por muito tempo -<br />

2 - Pulso disperso(superficial) - essência vital <strong>que</strong> esta se acaban<strong>do</strong>- verificar na Íris órgão<br />

de menor resistência : checar, rim/fíga<strong>do</strong><br />

3 - Pulso tambor - Perda excessiva de sangue - hemorragia interna - transpiração excessiva.<br />

verificar primeira zona/pele , sistema linfático - rim/pulmão<br />

4 - Pulso profun<strong>do</strong> - só se pode perceber profundamente - lesões no interior <strong>do</strong>s órgãos.<br />

procure as criptas crônicas e verifi<strong>que</strong> a vitalidade às 12horas na Íris, também manchas psóricas.<br />

5 - Pulso escondi<strong>do</strong> - tonturas - estancamento <strong>do</strong> sangue cho<strong>que</strong> / lesão cr crônica<br />

com ou sem sinais de <strong>do</strong>r .<br />

6 - Pulsação resistente - É um pulso forte como corda esticada. Lesão fechada, crônica ou<br />

degenerativa- Área <strong>do</strong> plexo solar , verificar hérnias no local divertícules, bolsas.<br />

7 - Pulso retarda<strong>do</strong> - -60 por minuto. - Baixa imunidade , <strong>do</strong>ença no interior <strong>do</strong> corpo,<br />

febre, tifóide, Íris com sinais de opacidade. material tóxico, medicamentoso,<br />

8 - pulso lento - Pulsa quatro vezes por respiração - Estômago/Baço Pâncreas, hipocloridria<br />

sistema lento de digestibilidade e assimilação.<br />

9 - Pulso rápi<strong>do</strong> - ultrapassa 5 vezes por respiração e a 90 batidas por minuto. - lesão<br />

crônica na área <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> - ou <strong>do</strong>ença longa .<br />

10 - Pulsação acelerada - + de 7 . por respiração - Rim / Pulmão verificar o esta<strong>do</strong><br />

emocional.<br />

11 - Pulso fraco - tsun, guan e chi - baixa energia para recuperação, baixa imunidade na Íris<br />

12 - Pulso forte - grande, cheio, tenso - tsun, guan e chi - fator patógeno resistente - Íris<br />

corrente perigo de infarto, Íris flor com embolsamento gastro intestinal = gases e <strong>do</strong>r<br />

13 - Pulso escorregadio - deslizan<strong>do</strong> - Mucosidade na área gastro intestinal e<br />

brônquios/pulmão.<br />

14 - Pulso flutuante - cambalean<strong>do</strong> - insuficiência de sangue - carência <strong>do</strong> mineral Rutina<br />

venosas em deficiência - ferro.<br />

15 - Pulso Fino - (pe<strong>que</strong>no) difícil de se perceber - baixa energia- síndromes causadas pela<br />

umidade - verificar na Íris Baço, Coração, Rim.<br />

16 - Pulso Vasto - grandes ondas - Calor interno, debilidade geral, Hemorragia ou Diarréia<br />

contínua , transa <strong>do</strong> sistema nervoso, debilidade <strong>do</strong> fator de resistência.<br />

17 - Pulso Corda - (como de um violão) <strong>do</strong>ença difícil de curar, disfunção de estômago e<br />

baço Pâncreas.<br />

18 - Pulso tenso e forte - área <strong>do</strong> Estômago - digestão difícil - Rádis Solares <strong>que</strong> partem da<br />

área digestiva - hiperacides.<br />

19 - Pulso duro - dilata<strong>do</strong>, denso, infla<strong>do</strong>. - perda de sangue ,excessos sexuais, aborto, e na<br />

metrorragia.<br />

20 - Pulso curto - rápi<strong>do</strong> com pausas regulares- hiperatividade <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> verificar duodeno<br />

e vesícula biliar. agu<strong>do</strong> ou sub-agu<strong>do</strong> nas áreas correspondentes no mapa da Íris<br />

21 - Pulso Intermitente - Pulso lento fraco , com pausas regulares. problemas somáticos,<br />

me<strong>do</strong>s , entorses devi<strong>do</strong> a má circulação , verificar as condições <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> <strong>que</strong> controla os tendões,<br />

Rim e áreas checadas para uma comparação <strong>do</strong>s sintomas e condições a serem atendidas.<br />

Concordância ou Oposição entre Pulso e Irisdiagnose<br />

O conceito de concordância e de oposição entre o pulso e a Irisdiagnose refere se a<br />

possível negação <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s sinais na Íris em concordância com o Pulso. Quase sempre o Pulso<br />

concorda com as condições a serem atendidas na Irisdiagnose e também algumas vezes observamos<br />

um oposição, o <strong>que</strong> muitas vezes acontece nos consultório o relata<strong>do</strong> pelo paciente não bate com o<br />

<strong>que</strong> observamos em sua Íris . O restante deixo <strong>que</strong> você mesmo possa descobrir , <strong>que</strong> seja nosso<br />

objetivo ensinar dia a dia um melhor caminho para a saúde da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> nos cercam.<br />

18


"Deve se sentir se o pulso está em movimento ou esta inativo, observan<strong>do</strong> com muita<br />

atenção. Quan<strong>do</strong> o pulso superior é profuso, então o seu impulso é forte; quan<strong>do</strong> o pulso inferior é<br />

profuso, indica flatulência. Quan<strong>do</strong> o pulso é irregular e trêmulo e as batidas ocorrem a intervalos<br />

irregulares, então a vida se definha... Quan<strong>do</strong> alguém toma um pulso extenso por um pulso breve...<br />

ou comete erros similares, é sinal de <strong>que</strong> a perícia foi por água abaixo." (NEIJING, CAP 17.<br />

"O PULSO FÉON: é como um vento fraco <strong>que</strong> inflama as penas da cauda de um pássaro,<br />

aturdin<strong>do</strong> e sussurran<strong>do</strong>; é como o vento <strong>do</strong> outono sopran<strong>do</strong> sobre as folhas; como a água <strong>que</strong><br />

move a mesma peça flutuante de madeira, para cima e para baixo..."<br />

"Se o pulso (profun<strong>do</strong> , terceira posição , a es<strong>que</strong>rda) <strong>do</strong>s rins estiver firma... resistente...<br />

estará normal. mas se tornar consistente, duro como uma pedra, então sobrevirá a morte..."(<br />

HUBBOTTER, PG. 179)<br />

Um médico perito nesta técnica , conhecimento é capas de chegar a um diagnose em<br />

<strong>que</strong>stão de minutos, sem mesmo chegar a falar com o paciente, ou ver a cor <strong>do</strong>s seus olhos. veria<br />

técnica e ciência. cito uma passagem <strong>do</strong> livro de FELIX MANN. quan<strong>do</strong> cita os pigmeus:<br />

Pigmeus achavam <strong>que</strong> os aviões eram magia. Estão certos pois existe uma certa magia<br />

entre a ciência e a arte.<br />

Um caminho melhor a saúde!<br />

19<br />

Dr.ª Regina Barbosa F. Soares<br />

A Iri<strong>do</strong>logia ( ciência <strong>que</strong> estuda a membrana colorida <strong>do</strong>s olhos ) , vem demonstran<strong>do</strong><br />

através <strong>do</strong>s tempos <strong>que</strong> a sua função não é somente verificar as alterações físicas <strong>que</strong> acometem<br />

uma pessoa. Por estar integrada na Medicina dita Holística, seu papel se estende a acompanhar os<br />

desvios e alterações psico emocionais <strong>que</strong> irão atuar no corpo físico das pessoas, determ<strong>do</strong> as<br />

<strong>do</strong>enças.<br />

Mais recentemente, estamos poden<strong>do</strong> verificar <strong>que</strong> a Iri<strong>do</strong>logia transcende completamente<br />

as formas. O alcance de seu poder diagnóstico, vai além da matéria, poden<strong>do</strong> nos trazer à luz da<br />

consciência entendimentos sobre fatos ou fases de nossas vidas, <strong>que</strong> muitas vezes se tornam<br />

repetitivos e muitas vezes não temos explicações plausívies para eles .<br />

A leitura Iri<strong>do</strong>lógica nos mostra também como é a personalidade básica de uma pessoa,<br />

através da qual ela manifesta e vivencia este mun<strong>do</strong>. Leva a um entendimento de quais seriam suas<br />

melhores possibilidades de atuação nesta vida e o <strong>que</strong> muitas vezes impede este movimento. Revela<br />

ainda quais os caracteres desse indivíduo <strong>que</strong> precisam ser aprimora<strong>do</strong>s e quais os <strong>que</strong> necessitam<br />

ser equilibra<strong>do</strong>s e redimensiona<strong>do</strong>s.<br />

Esta descoberta devemos ao pesquisa<strong>do</strong>r Dr. Denny Johnson, <strong>que</strong> alian<strong>do</strong> as técnicas pré<br />

existentes da Iri<strong>do</strong>logia a uma sensibilidade e intuição bastante desenvolvidas pode perceber <strong>que</strong><br />

esse antigo exame poderia nos mostrar bem mais <strong>do</strong> <strong>que</strong> as alterações <strong>que</strong> acometem o corpo físico<br />

de uma pessoa. A Iri<strong>do</strong>logia poderia revelar a Personalidade desta pessoa.<br />

A este méto<strong>do</strong>, Denny Johnson denominou de Modelo Rayid <strong>que</strong> significa: ray = raio : um<br />

fio de luz <strong>que</strong> sai de um ponto central e id : os níveis mais profun<strong>do</strong>s da mente. Esse méto<strong>do</strong> é<br />

volta<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> la<strong>do</strong> psíquico emocional das pessoas, nos revelan<strong>do</strong> as qualidades <strong>que</strong> os<br />

indivíduos possuem para realizarem sua tarefa de vida e os blo<strong>que</strong>ios <strong>que</strong> às vezes impedem<br />

essas qualidades de se manifestarem em sua plenitude.<br />

Vamos agora dar mais um passo nessa trajetória de auto conhecimento <strong>que</strong> a Iri<strong>do</strong>logia nos<br />

oferece:<br />

Sabemos <strong>que</strong> estamos vivencian<strong>do</strong> uma época de auto conhecimento para <strong>que</strong> possamos<br />

crescer mais rapidamente e com consciência sobre o nosso processo neste mun<strong>do</strong>. Para tanto


precisamos ter em mente nossos potenciais e os fatores <strong>que</strong> nos limitam. Exatamente a pergunta<br />

clássica: - O <strong>que</strong> é <strong>que</strong> estou fazen<strong>do</strong> aqui ?<br />

Vamos então falar de vida, <strong>do</strong> nosso posicionamento ante a ela. Vamos falar da história<br />

pessoal de cada um. Vamos falar de nossas lendas.<br />

Histórias e lendas não se limitam às formas, fogem <strong>do</strong>s conceitos pré estabeleci<strong>do</strong>s, não<br />

obedecem à uma cronologia e nem tem ao certo um lugar determina<strong>do</strong>. Embora transcendentes são<br />

facilmente entendíveis e aceitas por to<strong>do</strong>s os povos das mais variadas crenças e raças.<br />

A universalidade da Iri<strong>do</strong>logia tal como as lendas nos faz crer <strong>que</strong> ambas possam se<br />

expressar em uma linguagem global, entendível por to<strong>do</strong>s, com uma objetividade, simplicidade tal<br />

<strong>que</strong> dispensaria dúvidas ou explicações complicadas à sua temática.<br />

Esse é o objetivo <strong>do</strong> presente trabalho. Unin<strong>do</strong> a Iri<strong>do</strong>logia com a Mitologia Grega,<br />

<strong>que</strong>remos trazer, embasa<strong>do</strong> em uma linguagem simples, nosso posicionamento, nossas perspectivas,<br />

dúvidas, anseios, facilidades, caminhos e o principal : a contribuição <strong>que</strong> viemos <strong>do</strong>ar e o<br />

aprendiza<strong>do</strong> <strong>que</strong> viemos colher nessa vida.<br />

Didaticamente, a Íris nos mostra 4 personalidades básicas, de acor<strong>do</strong> com o Modelo Rayid<br />

e cada qual representa um mito e uma história a ser vivenciada.<br />

I - TIPO JÓIA<br />

O tipo JÓIA <strong>que</strong> são as pessoas <strong>que</strong> apresentam na superfície colorida <strong>do</strong> olho, manchas<br />

delimitadas. São indivíduos extremamente racionais, perfeccionistas, organiza<strong>do</strong>s, previsíveis.<br />

Detestam contratempos, desorganizações, mudanças bruscas. Estrutura<strong>do</strong>s, pensam muito antes de<br />

fazer ou dizer qual<strong>que</strong>r coisa. Tendem a se colocar de uma maneira clara e precisa. São intolerantes<br />

com pessoas fracas, irresponsáveis, emotivas, em fim com pessoas <strong>que</strong> fujam aos seus padrões.<br />

Críticos e muito exigentes consigo mesmo, muitas vezes se privam <strong>do</strong>s prazeres para cumprirem<br />

suas obrigações impecavelmente.<br />

Meticulosos, observa<strong>do</strong>res, inteligentes, competitivos, <strong>que</strong>rem ser os melhores em tu<strong>do</strong> o<br />

<strong>que</strong> fazem. Não gostam de perder , empregam sua astúcia intelectiva ao invés da força bruta para<br />

impor seus argumentos e pontos de vista. Realmente se julgam superiores aos outros tipos de<br />

personalidade.<br />

Apresentam uma capacidade inata para dirigir, comandar e controlar empresas, grupos e<br />

pessoas.<br />

Vieram contribuir ao mun<strong>do</strong> com sua forma organizada, estruturada, objetiva e conserva<strong>do</strong>ra<br />

de ser e agir. Dão uma sustentação equilibrada para a sociedade. Não fora as pessoas tipo<br />

Jóia, provavelmente o caos reinaria.<br />

Para esses indivíduos a linguagem intelectiva é fácil, compreensível e de seu total <strong>do</strong>mínio.<br />

A linguagem <strong>do</strong> corpo emocional, entretanto, por fugir muitas vezes de um compreensão linear e<br />

lógica, lhes é totalmente difícil de entender e por tanto, legada a planos inferiores.<br />

O aprendiza<strong>do</strong> dessas pessoas nesse mun<strong>do</strong> é justamente se conectar, aceitar, mesmo sem<br />

entender racionalmente, o seu la<strong>do</strong> emocional.<br />

E o <strong>que</strong> é o emocional senão um la<strong>do</strong> nosso , mutável, inexplicável, imprevisível, <strong>que</strong> foge<br />

a to<strong>do</strong> e qual<strong>que</strong>r padrão estabeleci<strong>do</strong>. Muitas vezes desorganiza<strong>do</strong>, incoerente para o racional, em<br />

fim complica<strong>do</strong> de ser aceito e absorvi<strong>do</strong> para pessoas tipo Jóia.<br />

Uma pessoa com essas características, <strong>que</strong> veio ao mun<strong>do</strong> contribuir para sua estruturação e<br />

organização e veio absorver deste, como aceitar e conviver com sua parte emocional, traz consigo<br />

um mito a ser vivencia<strong>do</strong> e uma lenda a ser repetida, repetida até ser aprendida.<br />

Na mitologia grega, a deusa <strong>que</strong> expressa com fidelidade o tipo Jóia é a Minerva ou Palas<br />

Atenas.<br />

Minerva era filha <strong>do</strong> grande Zeus, e sua mãe a mais prudente de todas as deusas.<br />

Apresentava as qualidades de seus pais : prudência e poder mental. Bon<strong>do</strong>sa sábia, combatente<br />

invencível, leal e magnânima, detestava crueldades e injustiças.<br />

20


Uma vez participou de uma disputa com Posei<strong>do</strong>n para ver <strong>que</strong>m seria o patrono da cidade<br />

de Atenas. A<strong>que</strong>le <strong>que</strong>m oferecesse um presente <strong>que</strong> o mora<strong>do</strong>res julgassem mais apropria<strong>do</strong>s para<br />

a cidade, ganharia o apadrinhamento desta. Posei<strong>do</strong>n ofereceu um lin<strong>do</strong> corcel invencível para<br />

conduzir os carros de guerra. A formosa e inteligente Minerva entretanto, ofereceu um ramo de<br />

Oliveira, significan<strong>do</strong> a paz. A força bruta de Posei<strong>do</strong>n contra a inteligência de Minerva.<br />

Obviamente Minerva venceu e por isso é também conhecida como Palas Atena por ser a protetora<br />

dessa cidade.<br />

Protegia os trabalhos da Indústria e da Arte. Foi, e foi ela <strong>que</strong>m inventou o torno <strong>do</strong> oleiro,<br />

o esquadro e a régua <strong>do</strong> carpinteiro, o ara<strong>do</strong> e a carroça <strong>do</strong> agricultor, e para o marinheiro inventou<br />

arte de recolher as velas e de esculpir as proas <strong>do</strong>s navios.<br />

Além de não entrar em uma disputa para perder, era perfeccionista, não admitin<strong>do</strong> críticas<br />

ao seu trabalho. Certa feita, uma mortal aldeã, chamada Aracne, pretendeu ser melhor <strong>que</strong> a<br />

Minerva em suas habilidades em tear. To<strong>do</strong>s sabiam ser a deusa a melhor tecelã e era ela <strong>que</strong><br />

ensinava a todas as mulheres, imortais ou não , essa arte.<br />

Portanto era uma verdadeira afronta às suas exímias habilidades alguém <strong>que</strong>rer ser melhor<br />

<strong>que</strong> ela. Partiu então Minerva para uma disputa com a simples aldeã, e ambas se puseram a tecer<br />

lin<strong>do</strong>s borda<strong>do</strong>s. Ao final, as obras de ambas estavam perfeitas e magníficas. Minerva não iria<br />

aceitar um empate e ter <strong>que</strong> reconhecer alguém tão boa quanto ela em qual<strong>que</strong>r ofício, inclusive na<br />

arte <strong>do</strong> tear. Além de rasgar toda o belo trabalho da Aracne, transformou-a em uma aranha, dizen<strong>do</strong><br />

a seguinte frase: - Sua vida de agora em diante será eternamente suspensa por um fio.<br />

Atena jamais se casou. Sempre em atividades intelectivas, ensinan<strong>do</strong>, ajudan<strong>do</strong>, protegen<strong>do</strong>,<br />

conservan<strong>do</strong>, estruturan<strong>do</strong>, disputan<strong>do</strong>, não teve tempo e nem <strong>que</strong>ria se ocupar e se<br />

preocupar com assuntos referentes ao coração<br />

As pessoas tipo Jóia, trazem em si o arquétipo desta inteligente Deusa com as suas muitas<br />

qualidades. Contribuem para o mun<strong>do</strong> com a sua organização, estratégia, perfeccionismo,<br />

estruturação e principalmente com a sua lógica e capacidade analítica.<br />

II - TIPO FLOR<br />

Outro padrão de personalidade descrito por Denny Johnson, é chama<strong>do</strong> FLOR. São pessoas<br />

<strong>que</strong> apresentam em sua estrutura iri<strong>do</strong>lógica, alterações nas fibras, onde estas apresentam em forma<br />

de margarida.<br />

A qualidade Flor significa sensibilidade, leveza, beleza, sensualidade, criatividade,<br />

imaginação, capacidade em sonhar.<br />

As pessoas <strong>que</strong> possuem essas características, são pre<strong>do</strong>minantemente emotivas, sensíveis.<br />

Possuem uma imaginação prodigiosa, muita facilidade em criar , se conectam com energias bastante<br />

sutis, por isso é muito comum estarem em uma posição "aérea ", com a cabeça no mun<strong>do</strong> da lua.<br />

Encantamento e fantasia não lhes faltam possuin<strong>do</strong> também o <strong>do</strong>m da leveza, da alegria,<br />

aonde <strong>que</strong>r <strong>que</strong> estejam, basta a sua presença para <strong>que</strong> o ambiente se torne menos denso, mais<br />

diáfano e fluí<strong>do</strong>.<br />

O mun<strong>do</strong> real lhes é muito pesa<strong>do</strong>, difícil de ser vivencia<strong>do</strong>, não se adequam à competições<br />

de qual<strong>que</strong>r natureza, como também não lhes é estimulante confrontos verbais, discussões e<br />

dissimulações. O trabalho mental, intelectivo intenso, lhes cansam em demasia, e os deixam<br />

completamente desenergiza<strong>do</strong>s. Perdem com facilidade a energia se tiverem <strong>que</strong> fazer ou resolver<br />

muitas coisas em um único dia, e nesses casos acabam por não fazer nenhuma delas.<br />

Tem muita dificuldade em materializar seus sonhos ou suas idéias. Devaneiam , ficam<br />

impregna<strong>do</strong>s pelas energias das esferas, <strong>que</strong> lhes trazem um mun<strong>do</strong> maravilhoso de fantasia e<br />

poesia, e nesse mun<strong>do</strong> é <strong>que</strong> geralmente <strong>que</strong>rem ficar. Se esquivam de ter <strong>que</strong> permanecer muito<br />

tempo em uma realidade muito densa, por isso <strong>que</strong> situações de <strong>do</strong>r e sofrimento, são por elas<br />

evita<strong>do</strong>s. Fogem, preferem largar tu<strong>do</strong>, ir embora a ter <strong>que</strong> permanecer vivencian<strong>do</strong> momentos tão<br />

difíceis e desgastantes.<br />

21


Ao contrário <strong>do</strong> tipo Jóia <strong>que</strong> empenham uma batalha e lutam para se sair vitoriosos, as<br />

pessoas tipo Flor se esquivam o quanto podem de enfrentar situações de confronto. Preferem estar<br />

em seu próprio mun<strong>do</strong>, contidas em suas fantasias a ter <strong>que</strong> estar continuamente numa realidade <strong>que</strong><br />

só lhes tragam trabalho árduo, cansaço mental e físico e nenhum prazer. Nessas situações podem<br />

a<strong>do</strong>ecer, o <strong>que</strong> é uma forma de se manterem afasta<strong>do</strong>s da <strong>do</strong>r.<br />

As pessoas tipo Flor também trazem um mito e uma lenda a serem vivencia<strong>do</strong>s para<br />

conseguir atingir o objetivo maior de sua vida <strong>que</strong> é incorporar na matéria o seu sonho, a sua<br />

fantasia, a sua leveza. Para tanto não podem permanecer apenas no mun<strong>do</strong> encanta<strong>do</strong>, mas devem<br />

saber transitar e mesmo permanecer no mun<strong>do</strong> real.<br />

A deusa <strong>que</strong>m melhor representa esse tipo de personalidade é a deusa da beleza<br />

AFRODITE OU VÊNUS.<br />

Afrodite nasceu de uma concha na beira <strong>do</strong> mar. Bela, formosa, suave, por onde passava<br />

deixava rastros de enlevo e alegria. Os deuses <strong>do</strong> Olimpo, bem como os mortais <strong>do</strong>s homens não<br />

resistiam a sua sedução . Pelos desejos <strong>que</strong> lhes fazia brotar, podia à vontade fazer nascer neles o<br />

amor.<br />

Reinava não só nos corações <strong>do</strong>s homens e <strong>do</strong>s Deuses como também em toda a natureza.<br />

Na terra regia o florescer luminoso e verdejante das multivariedades de espécies, e no mar<br />

mantinha a harmonia e o fulgor da beleza mais profunda das ondas<br />

O mun<strong>do</strong> de Afdrodite , é o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sonhos , carrega<strong>do</strong> de beleza e alegria e prazer.<br />

Deusa <strong>que</strong> sempre preferiu o conforto e as delícias <strong>do</strong> descanso ao trabalho árduo e rotineiro.<br />

Uma deusa com to<strong>do</strong>s esses predica<strong>do</strong>s, é claro <strong>que</strong> desperta a cobiça e o desejo <strong>do</strong>s<br />

homens e a inveja e o ciúmes das mulheres. As deusas Hera e Atena particularmente se deixaram<br />

envolver por essa invídia, in<strong>do</strong> então, as três competir para decidir <strong>que</strong>m era a mais bonita.<br />

Como no Olimpo os deuses não <strong>que</strong>riam se indispor com nenhuma delas, Zeus decidiu <strong>que</strong><br />

um ser humano deveria ser o juiz dessa disputa. Nomeou Paris, um pastor, para decidir o caso. <strong>Este</strong><br />

demorou muito para chegar a uma conclusão, pois todas eram realmente muito bonitas, mas<br />

finalmente decidiu entregar o prêmio: uma maçã, onde se lia "À MAIS BELA ", para Afrodite.<br />

Assim são as pessoas tipo Flor, sensuais, trabalhan<strong>do</strong> com o to<strong>que</strong>, com o visual, o som, o<br />

cheiro, o gosto, com tu<strong>do</strong> <strong>que</strong> desperte sua imaginação criativa. Pueris, não tem a maldade dentro de<br />

si , usam suas qualidades por puro prazer para obterem o <strong>que</strong> desejam e para se afastarem <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

muito concreto , frio e rígi<strong>do</strong>. Buscam a experiência <strong>do</strong> prazer sem aperceber ou ter a intenção de<br />

machucar o outro.<br />

A amplitude das emoções e <strong>do</strong>s sentimentos das pessoas tipo Flor, é muito mais intensa <strong>do</strong><br />

<strong>que</strong> em outras pessoas. Mesmo viven<strong>do</strong> profundamente suas emoções, estão susceptíveis de<br />

experimentar a <strong>do</strong>r.<br />

III- PONTA DE LANÇA<br />

A pessoa <strong>que</strong> apresentar na íris manchas delimitadas ( como no tipo Jóia ), juntamente com<br />

abertura em suas fibras ( como no tipo Flor ), é denominada Ponta de Lança.<br />

Representa uma personalidade irrequieta, inquiri<strong>do</strong>ra, curiosa e destemida. Está sempre<br />

corren<strong>do</strong>, não sabe esperar, e muito menos se sentir limitada ou comandada.<br />

Nasceram com a capacidade da transformação, da mudança, de alterar as estruturas , as<br />

normas e leis. Para tanto, possuem uma coragem , uma bravura e destemor inatos dificilmente<br />

encontra<strong>do</strong>s nos outros tipos.<br />

Detentores de um raciocínio rápi<strong>do</strong> e de uma inteligência privilegiada, conseguem em<br />

pouco tempo entender , discernir e elaborar qual<strong>que</strong>r contexto pelo qual se interessem.<br />

Sempre apressa<strong>do</strong>s, podem facilmente fazer várias coisas ao mesmo tempo, e esta<br />

diversificação é atraente para eles pois a palavra rotina lhes traz mal estar.<br />

Apreciam a vida ao ar livre, gostam de se sentir com espaço e liberdade. Lugares aperta<strong>do</strong>s,<br />

multidões, os fazem se sentir incomoda<strong>do</strong>s e sufoca<strong>do</strong>s.<br />

22


Detestam a subserviência a horários, preferin<strong>do</strong> trabalhar por conta própria, nas horas <strong>que</strong><br />

lhes pareçam mais adequadas. Ágeis e velozes, conseguem rapidamente resolver <strong>que</strong>stões e realizar<br />

tarefas <strong>que</strong> normalmente outras pessoas demorariam muito mais tempo.<br />

Estão sempre em movimento, fazen<strong>do</strong> coisas diferentes, <strong>que</strong>bran<strong>do</strong> tabus, conclaman<strong>do</strong><br />

mudanças , desafian<strong>do</strong> modelos estrutura<strong>do</strong>s e padroniza<strong>do</strong>s.<br />

Por todas essas qualidades, adquirem a cada conquista mais coragem e vontade de ir além,<br />

desafian<strong>do</strong> a tu<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s a qual<strong>que</strong>r preço. Para essa personalidade é difícil entender e absorver<br />

os limites , sejam eles quais forem.<br />

Possuem uma forma eloqüente e cativante no falar, e via de regra, levam as pessoas a<br />

pensar e agir da forma <strong>que</strong> lhes convém. Persuasivos, não gostam de ouvir um não como resposta, e<br />

não descansam até conseguir arrancar , mesmo <strong>que</strong> timidamente, um sim <strong>do</strong> seu interlocutor.<br />

Um mito <strong>que</strong> bem representa a personalidade Ponta de Lança é o Hermes ou Mercúrio.<br />

Chama<strong>do</strong> de Mensageiro <strong>do</strong>s Deuses, Hermes, era filho de Zeus e Maia (uma ninfa).<br />

Recém nasci<strong>do</strong>, livrou-se das fraldas e partiu para o estábulo <strong>do</strong> deus Apolo onde furtou<br />

uma manada. Para não deixar rastros, o inteligente deus amarrou folhagens nas patas <strong>do</strong>s bois, e<br />

posteriormente os escondeu em uma caverna.<br />

Abateu <strong>do</strong>is novilhos e os assou nas brasas de uma fogueira, não sem antes retirar-lhes as<br />

tripas e com elas fazer uma espécie de cordas. Prendeu-as então no casco vazio de uma tartaruga, e<br />

com essa criatividade e originalidade, inventou a Lira (instrumento símbolo das artes).<br />

Quan<strong>do</strong> Apolo, através da sua ciência da adivinhação , percebeu <strong>que</strong> Hermes é <strong>que</strong>m havia<br />

furta<strong>do</strong> o seu ga<strong>do</strong>, dirigiu-se para a caverna <strong>do</strong> jovem destemi<strong>do</strong>. <strong>Este</strong> ao ver o deus ira<strong>do</strong> , fingiu<br />

<strong>do</strong>rmir, mas não adiantou. Apolo o levou à presença de Zeus, para <strong>que</strong> esse o obrigasse a devolver<br />

o <strong>que</strong> havia rouba<strong>do</strong>.<br />

Apesar de negar insistentemente o furto, e tentar persuadir Zeus a acreditar em sua<br />

inocência, (é de convir <strong>que</strong> seria muito difícil conseguir este intento). Passou então o pe<strong>que</strong>no<br />

notável a usar de outra estratégia prometen<strong>do</strong> ao senhor <strong>do</strong> Olimpo ser seu mensageiro , defensor e<br />

não mais mentir.<br />

No retorno à caverna, devolveu a manada a Apolo, <strong>que</strong> ainda permanecia extremamente<br />

raivoso. Para acalmar a sua fúria, Mercúrio tocou com destreza a sua lira, encantan<strong>do</strong> e acalman<strong>do</strong><br />

Apolo, <strong>que</strong> lhe propôs trocar o divino instrumento pelo ga<strong>do</strong> rouba<strong>do</strong>, o <strong>que</strong> foi prontamente aceito<br />

pelo engenhoso inventor.<br />

Pouco tempo depois, enquanto pastoreava o seu rebanho, Hermes, encontrou uma flauta<br />

perdida. Usan<strong>do</strong> sua natural criatividade, cortou um pedaço de cana e fez uma flauta igual a <strong>que</strong><br />

encontrara. Apolo ao vislumbrar essa nova invenção , propôs trocar pelo seu caja<strong>do</strong> de ouro, <strong>que</strong> se<br />

tornou sua insígnia, e o título de deus <strong>do</strong>s pastores e guarda<strong>do</strong>res de ga<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim, Hermes<br />

aceitou o negócio, mas pediu lições de adivinhação, no <strong>que</strong> Apolo concor<strong>do</strong>u sagran<strong>do</strong> o rei <strong>do</strong><br />

Comércio, <strong>do</strong>s Ladrões e <strong>do</strong>s Caminhos.<br />

Deus viajante, predestina<strong>do</strong> a estar sempre de partida, para levar a to<strong>do</strong>s os lugares as<br />

mensagens de Zeus, Hermes tornou-se em conseqüência, o Deus <strong>que</strong> servia de guia aos homens em<br />

viagem e <strong>que</strong> protegia a segurança das vias de comunicação. Tornou-se também o deus da<br />

eloquência e da oratória.<br />

Para efetuar suas inúmeras tarefas e fazer jus aos seus muitos e bem atribuí<strong>do</strong>s títulos,<br />

precisava de um corpo sadio, ágil , elástico e rápi<strong>do</strong>. É representa<strong>do</strong> como um jovem vigoroso, de<br />

olhos vigilantes, pelos quais irradiam uma inteligência ativa e perspicaz. No seu elmo e calcanhares<br />

aparecem asas e em suas mãos o caduceu: bastão ala<strong>do</strong> em torno <strong>do</strong> qual se enroscam duas<br />

serpentes.<br />

To<strong>do</strong>s esses predica<strong>do</strong>s tornam uma pessoa com o mito de Hermes, privilegiada. Com a<br />

rapidez de um raio, conseguem desenvolver com maestria várias funções, o <strong>que</strong> lhes traz via de<br />

regra uma sensação de superioridade, um super poder interior , uma crença de <strong>que</strong> podem saltar por<br />

quais<strong>que</strong>r obstáculos , uma segurança de <strong>que</strong> podem ter os outros a seus pés e sob o seu jugo.<br />

Desbrava<strong>do</strong>res corajosos, se permitem ir bem distantes e trazer os mun<strong>do</strong>s longínquos com suas<br />

23


histórias e costumes, para povos <strong>que</strong> não tem a capacidade ou a intrepidez de ir além <strong>do</strong>s muros de<br />

suas cidades.<br />

IV- TIPO CORRENTE<br />

O quarto tipo de personalidade , denomina<strong>do</strong> Corrente, apresenta no seu estroma iridiano<br />

alterações <strong>que</strong> formam zonas ou faixas , aonde não existem fibras<br />

É uma pessoa com a característica pre<strong>do</strong>minante de servir a to<strong>do</strong>s <strong>que</strong> a cercam. Prontas a<br />

qual<strong>que</strong>r hora <strong>do</strong> dia e da noite para auxiliar <strong>que</strong>m as procurem e não medem esforços para servir<br />

este ou a<strong>que</strong>le sempre achan<strong>do</strong> <strong>que</strong> poderiam ter feito mais.<br />

Para poderem prestar essa ajuda possuem uma sensibilidade , uma intuição e percepção<br />

inatas e bastante apuradas. Sabem exatamente se estão ouvin<strong>do</strong> verdades ou mentiras de seus<br />

interlocutores e muitas vezes conseguem através <strong>do</strong> silencio das pessoas <strong>que</strong> as cercam, ouvir<br />

chama<strong>do</strong>s de ajuda, elas no entanto, duvidam de seus insights.<br />

Em qual<strong>que</strong>r profissão, exercerão via de regra, os serviços de assistentes sociais:<br />

emprestarão dinheiro, darão conselhos, em <strong>que</strong>stões litigiosas assumirão papel de intermediários,<br />

estarão incansavelmente à cabeceira de enfermos, enfim, atuarão no senti<strong>do</strong> de afastar os males e<br />

dar, conforto, paz , saúde e alegria para os <strong>que</strong> as cercam.<br />

A função desses nutri<strong>do</strong>res Correntes é trazer à luz as imagens <strong>do</strong> inconsciente, <strong>que</strong> eles<br />

percebem com nitidez, e com isso, exterminar as feras <strong>que</strong> habitam os mun<strong>do</strong>s das sombras<br />

causa<strong>do</strong>ras das discórdias, <strong>do</strong>enças , tristezas e derrotas.<br />

Por <strong>do</strong>arem muito de si, freqüentemente ficam esgota<strong>do</strong>s energicamente, e somente um<br />

contato mais amiúde com a natureza é <strong>que</strong> lhes dará o prana necessário para recuperar suas forças.<br />

O mito <strong>que</strong> bem representa essa personalidade , é o da Diana ou Ártemis.<br />

Filha de Zeus nasceu um dia antes de seu irmão Apolo, e ainda recém nascida , Ártemis já<br />

aju<strong>do</strong>u a sua mãe à dar à luz ao deus radioso <strong>do</strong> Sol.<br />

Compadecida das <strong>do</strong>res de sua mãe, pediu ao seu pai <strong>que</strong> não a forçasse a casar, preferin<strong>do</strong><br />

ir para os bos<strong>que</strong>s, armada de arco e flecha, com a missão auto imposta de perseguir e matar as<br />

feras lá existentes.<br />

Àrtemis era a Deusa da Lua, considerada a grande Doa<strong>do</strong>ra da Forma, <strong>do</strong>s <strong>do</strong>ns da<br />

intuição, <strong>do</strong>s sentimentos e <strong>do</strong>s instintos da nutrição.<br />

A luz da lua ilumina e revela os esconderijos onde durante o dia as feras se abrigam,<br />

mostra aos caminhantes os perigos das estradas, projeta a claridade necessária para <strong>que</strong> as<br />

sombras amedronta<strong>do</strong>ras se dispersem.<br />

Como deusa lunar, distribui o orvalho das noites, <strong>que</strong> nutre a vida e ajuda a brotar as<br />

plantas.<br />

Apesar de <strong>que</strong>rer se conservar virgem, não era imune à paixão. Um dia , se flagrou<br />

enamorada de um lin<strong>do</strong> jovem , Órion , <strong>que</strong> a fez pensar em se casar. Apolo, seu irmão, enciuma<strong>do</strong><br />

com esse arrebata<strong>do</strong>r sentimento da deusa para com o mancebo, resolveu interferir. Certa feita<br />

quan<strong>do</strong> Órion nadava bem distante da margem e sua cabeça parecia como um ponto escuro sobre as<br />

águas, Apolo, desafiou a destreza de sua irmã e a induziu a acertar com sua flecha, a<strong>que</strong>le alvo<br />

escuro e longínquo. A deusa lunar, dessa forma inocente, matou o seu ama<strong>do</strong>. Se aperceben<strong>do</strong><br />

desesperada <strong>do</strong> feito, suplicou a Zeus e conseguiu <strong>que</strong> Órion fosse transforma<strong>do</strong> em uma<br />

constelação.<br />

Ártemis era rápida para socorrer e proteger os <strong>que</strong> precisavam de sua ajuda, como por<br />

exemplo, Aretusa , uma bela jovem, sua segui<strong>do</strong>ra, <strong>que</strong> <strong>que</strong>ria permanecer virgem como a deusa<br />

<strong>que</strong> a<strong>do</strong>rava. Aretusa amava as caçadas e as caminhadas nas florestas, até <strong>que</strong> um dia, cansada e<br />

com muito calor, foi banhar-se em um riacho, quan<strong>do</strong> Alfeu, o deus <strong>do</strong> rio, apaixonou-se pela<br />

jovem, e passou a persegui-la. Tentou fugir <strong>do</strong> enamora<strong>do</strong>, mas em vão, pois ele estava sempre em<br />

seu encalço, e ela, não ten<strong>do</strong> como se livrar da perseguição incansável de Alfeu, pediu ajuda a<br />

Artemis , <strong>que</strong> prontamente a atendeu e a transformou em uma fonte.<br />

24


As personalidades Corrente, como as outras, também necessitam vivenciar determinadas<br />

experiências para crescer. Não podem só cuidar <strong>do</strong>s outros, necessitam olhar mais para si e ajudarse<br />

também, para tanto, precisam limitar a atenção <strong>que</strong> dispensam as pessoas, e ter a coragem de<br />

olhar de frente e enfrentar seus próprios dilemas , e não atuar como via de regra fazem, ou seja :<br />

desprezam os seus próprios problemas dizen<strong>do</strong> a si mesmas <strong>que</strong> primeiro, e o mais importante, é<br />

socorrer o próximo.<br />

Com este resumo, podemos perceber <strong>que</strong> a Iri<strong>do</strong>logia a cada dia consegue provar ser<br />

possível transcender as formas físicas, visíveis e palpáveis e demonstra com rara beleza, sutileza e<br />

confiabilidade as nuanças da nossa personalidade e de nossas emoções <strong>que</strong> regem a nossa vida; por<br />

conseguinte a Iri<strong>do</strong>logia tem se revela<strong>do</strong> principalmente na última década o único exame capaz de<br />

expressar de fato a nossa integridade, esclarecer pontos obscuros de nossa psi<strong>que</strong>, elucidar<br />

alterações em nossas emoções, explicar os motivos pelos quais temos <strong>que</strong> vivenciar determinadas<br />

experiências. Em fim , com o estu<strong>do</strong> da íris , aprendemos a crescer com consciência e isto significa<br />

bem mais <strong>do</strong> <strong>que</strong> viver, significa compreender a nossa vida .<br />

O SPAZIORISCHIO<br />

25<br />

Dr. Daniele Lo Rito<br />

O espaço é o substrato de todas nossas relações e de nossos intercâmbios. O<br />

SPAZIORISCHIO é defini<strong>do</strong> como a<strong>que</strong>le potencial ou condição atual de grande perigo para a<br />

saúde <strong>que</strong> segue o verificar de anomalias no espaço corporal.<br />

O spaziorischio define: " a condição (potencial ou atual) de grande perigo para a saúde <strong>que</strong><br />

segue o verificar de anomalias no espaço corporal.<br />

Com tal definição nós <strong>que</strong>remos mostrar a possibilidade de a<strong>do</strong>ecer um determina<strong>do</strong> espaço<br />

<strong>do</strong> corpo, ao invés <strong>que</strong> em outro, podem resguardar por exemplo o espaço torácico ao invés <strong>do</strong><br />

espaço pélvico.<br />

O espaço pode ter dividi<strong>do</strong> em exógeno e endógeno como podemos entender no primeiro<br />

caso, o espaço imediato ou invali<strong>do</strong> ao ambiente <strong>que</strong> circunda o nosso ser.<br />

O espaço imediato o ambiente <strong>que</strong> cerca nosso ser, e no espaço en<strong>do</strong>geno a<strong>que</strong>le liga<strong>do</strong> à<br />

presença de uma especialidade interior <strong>do</strong> próprio órgão e aparelhos (fíga<strong>do</strong>, pulmões, rins, etc…..)<br />

O Spaziorischio endógeno, a leitura deste risco espacial é feita a nível <strong>do</strong> O.P.I., enquanto a<br />

coluna vertebral leva o ritmo <strong>do</strong> espaço. Já o " chorda <strong>do</strong>rsalis " embrionário determina com sua<br />

forma vibracional a disposição e a forma <strong>do</strong>s órgãos. Eles também cooperam nesta atividade com<br />

outros mecanismos biológicos, nós nos referimos aos genes OMEOTICI. <strong>Este</strong>s genes contêm em si<br />

mesmo uma sucessão de instruções (omeo<strong>do</strong>minio ou Homeobox) capaz de regular a ativação e o<br />

inativação de outros genes. Nas primeiras fases de desenvolvimento este omeoticis de genes, diz:<br />

este é o cérebro, este é o tórax e assim vai. A informação genérica concerne uma estrutura complexa<br />

de uma porção grande <strong>do</strong> corpo, mas é importante para o especialista. Nós temos um imput genético<br />

<strong>que</strong> determina o desenvolvimento embrionário no espaço, caso contrário o cérebro poderá ser<br />

localiza<strong>do</strong> ao nível <strong>do</strong> abdômen ou realmente não estar presente para nada mesmo (anencefalia).<br />

Parece <strong>que</strong> a informação genética influencia no espaço, subseqüentemente para esta primeira<br />

desordem entram em ativação seqüencial – tempestade de outros genes, delegan<strong>do</strong> para a definição<br />

particular e específica. Deste mo<strong>do</strong> o cérebro será regula<strong>do</strong> por um omeotico de gene <strong>que</strong> determina<br />

especialidade, dentro da sucessão genética eles serão ativa<strong>do</strong>s em sucessão outros genes designaram<br />

ao desenvolvimento de áreas mais específicas. Acharemos o gene designa<strong>do</strong> à criação <strong>do</strong><br />

telencefalo e então outro para o diencenfalo, outra ainda para o mesencefalo. <strong>Este</strong> omeoticis de


genes são os arquitetos para o es<strong>que</strong>ma de base <strong>do</strong> edifício humano, a cabeça devem ser localizada<br />

no alto, a boca lateralmente, as pernas abaixo e assim vai.<br />

Observan<strong>do</strong> o O.P.I. <strong>do</strong> iride percebemos <strong>que</strong> traz a si mesmo a funcionalidade da coluna<br />

vertebral, disto nós subimos novamente para os centros de espaço-risco.<br />

E' ainda um trabalho experimental <strong>que</strong> merecerá correções e novo aporte diagnóstico, mas<br />

deseja dar outra contribuição a iri<strong>do</strong>logia.<br />

Descreveremos agora a zona de spaziorischio mais freqüentemente determina<strong>do</strong> no nosso<br />

trabalho, voluntariamente deixamos de la<strong>do</strong> os valores <strong>que</strong> não são encontra<strong>do</strong>s com freqüência<br />

significativa, não precursor de um trabalho futuro. O círculo da pupila nós o dividimos em 360°<br />

graus, nós consideramos os primeiros cento e oitenta graus partin<strong>do</strong> da hora 0 (frontal), estes 180°<br />

graus serão refleti<strong>do</strong>s de mo<strong>do</strong> correspondente no outro meio, os valores acha<strong>do</strong>s comparasse a<br />

metade nasal <strong>do</strong> <strong>que</strong> a<strong>que</strong>la temporal.<br />

Fazen<strong>do</strong> a correspondência entre as horas os graus são vistos <strong>que</strong> das 0h. as 6.00<br />

corresponde em graus de 0° a 180°. A semicircunferencia é dividida em 26 espaços de dimensões<br />

desiguais de acor<strong>do</strong> com os níveis de correspondência com a coluna cervical <strong>que</strong> é representa<strong>do</strong> a<br />

nível da extremidade dentro da pupila. Nós fazemos alguns exemplos relaciona<strong>do</strong>s à subdivisão <strong>do</strong>s<br />

espaços e o correspondente físico:<br />

12 (84,8° - 91°) FÍGADO Fíga<strong>do</strong><br />

Hepatite B-C<br />

<strong>Este</strong>atose hepática<br />

Anemia<br />

13 (91° - 97,2°) ESTOMAGO Gastrites de estômago agu<strong>do</strong> ou crônico<br />

Distúrbio digestivo<br />

Úlceras gástricas<br />

Câncer gástrico<br />

Polipose gástrica<br />

14 (97,2° - 103,4°) PÂNCREAS Pâncreas<br />

DUODENO Pancreatite<br />

Diabetes<br />

Duodenite<br />

Úlcera duodenal<br />

O homem também vive sua representação espacial no físico e no psíquico. Isto significa<br />

<strong>que</strong> possui um espaço para os sentimentos, onde coloca a simpatia ou a antipatia, o amor ou o ódio,<br />

a alegria ou a tristeza etc ...Isto determina o espaço psicoemocional, <strong>do</strong> qual nós fazemos um<br />

exemplo <strong>que</strong> corresponde aos espaços orgânicos cita<strong>do</strong> primeiro:<br />

Espaço 12 Raiva, revolta cada vez mais a si mesmo.<br />

Dificuldade para metabolizar as emoções e a distribuir.<br />

Realização de uma intenção.<br />

Espace 13 Preocupação.<br />

Nós seguramos toda emoção negativa.<br />

Força ou fra<strong>que</strong>za de si mesmo.<br />

Temer ficar velho.<br />

Habilidade para fazer, construir, destruir.<br />

Desejo de amor, não satisfeito.<br />

26


Espace 14 Discórdia nos sentimentos.<br />

Recusa o prazer.<br />

Dificuldade de expressar o próprio sentimento<br />

Tendência para acumular a <strong>do</strong>r e o sofrimento.<br />

Examinaremos os espaços e os sinais <strong>que</strong> podem apontar o espaço correspondente <strong>que</strong> vem<br />

a ser feri<strong>do</strong> a nível físico e emocional.<br />

TERAPIA EVOCATIVA CUTÂNEA<br />

27<br />

Dr. Daniele Lo Rito<br />

Esta técnica terapêutica nasceu seguida da descoberta da possibilidade de ler o tempo<br />

através da iri<strong>do</strong>logia, em 1990 descobrimos <strong>que</strong> a iride registra a idade <strong>do</strong> trauma passa<strong>do</strong>s e pela<br />

leitura <strong>do</strong>s sinais <strong>que</strong> eles interessam a extremidade da coroa <strong>que</strong> nós podemos navegar na idade<br />

exata. <strong>Este</strong> sistema denomina - se cronorischio.<br />

A matéria física <strong>do</strong> qual é composto o ser humano trás consigo a impressão <strong>do</strong> tempo, este é<br />

legível pelo introflessionis, os buracos e o discromies <strong>que</strong> alteram a extremidade da coroa. Para esta<br />

primeira descoberta segue a pergunta de qual é a utilidade de tal sistema, para <strong>que</strong> poderiam servir e<br />

como?<br />

Certamente é uma vantagem grande ter ti<strong>do</strong> o possibilita para ler o tempo no iride, mas<br />

seguramente nós poderíamos fazer algo a mais e aqui se chegou ao conceito da terapia pelo tempo.<br />

Em 1908 o Prof. Calligaris fez a primeira comunicação na "Metameria" sensível espinhal<br />

<strong>que</strong> mostra <strong>que</strong> a pele <strong>do</strong> homem apresenta para algumas linhas horizontal, vertical e oblíquo isso<br />

dividem a pele em numerosa quadricula<strong>do</strong>s(fig…..). Nestas linhas e nestes quadra<strong>do</strong>s ele mesmo<br />

acha uma correspondência com os esta<strong>do</strong>s de mente, com o órgão, com a idade, etc….. Assim se<br />

tece uma trama metamerica ancestral oculta e complexa com o possibilita de através de estimulação<br />

cutânea. Foi verifica<strong>do</strong> <strong>que</strong> é mais fácil para ter uma resposta à estimulação cutânea durante as<br />

variações climáticas, as menstruações, de acor<strong>do</strong> com as fases lunares, antes <strong>do</strong> sono e<br />

imediatamente depois de acordar, no silêncio, no isolamento, em ambientes pouco rui<strong>do</strong>sos e com<br />

pouca luz.<br />

O méto<strong>do</strong> de estimulação cutânea <strong>que</strong> usou consistiu no uso de um ponto fino metálico ou<br />

uma lasca de osso de tartaruga ou com a unha mesmo. Uma estimulação leve de 60 pontadas ao<br />

minuto em uma área de pele acerca de 1 cm. Observo <strong>que</strong> os fenômenos refleti<strong>do</strong>s em função da<br />

estimulação apareceram depois de alguns minutos desde o princípio da sessão e eles tiveram o seu<br />

máximo depois de ao re<strong>do</strong>r de 20 minutos.<br />

Notou <strong>que</strong> os reflexos psíquicos-somato, mas também <strong>do</strong>s reflexos psicossomáticos. Veio<br />

das áreas estimuladas ocorreu uma reação a nível psíquico ou emocional e das áreas estimuladas<br />

uma reação a nível somático, orgânico ou visceral. Isto nos leva para a consideração da<br />

correspondência entre a pele e as vísceras, ou vice-versa ( pensamos nas áreas da Cabeça).<br />

Notou - se <strong>que</strong> a estimulação lenta dava uma descarga na linha ou área, enquanto a<br />

estimulação rápida (200 excitações por minuto) deu uma paralisia correspondente físicas como<br />

psíquico.<br />

Na realidade na pele a memória inata é projetada, o passa<strong>do</strong>, o presente e talvez o futuro.


Estudan<strong>do</strong> estas publicações percebemos <strong>que</strong> o sistema tinha fundamento na estimulação de<br />

linhas e áreas inserida no quadra<strong>do</strong>, não levaram em consideração o conceito <strong>do</strong> círculo se não em<br />

casos raros. Então nós pensamos em projetar o círculo da idade, <strong>do</strong> irideo de cronorischio ao nível<br />

da pele. Assim conseguimos transportar a idade sobre a pele com a mesma disposição encontrada<br />

na iride com o nascimento da parte superior <strong>do</strong> circulo as 12 hs. A projeção <strong>do</strong> círculo da idade<br />

acontece em três níveis: (fig.……)<br />

1 - fronte - com ponto central na linha mediana da face e na metade da mesma fronte. O seu raio vai<br />

da metade da fronte até o ponto InnTrang.<br />

2 - externo - com o ponto central ao nível da linha mediana e na metade dele mesmo, e o raio é de<br />

ao re<strong>do</strong>r 4,5 cm.<br />

3 - abdômen – com ponto central, ao nível <strong>do</strong> umbigo e seu raio de 4,5 cm.<br />

Esta disposição em três áreas é o resulta<strong>do</strong> de um estu<strong>do</strong> vira<strong>do</strong> para o<br />

Projeção das áreas em conformidade e poderosa, tem outras áreas de projeção horizontal, oblíquo,<br />

mas estes têm um valor de correspondência diferente. Nós ficaremos no uso deste es<strong>que</strong>ma <strong>que</strong> se<br />

lembra <strong>que</strong> o círculo superior corresponde ao passa<strong>do</strong>, área racional e intelectual.<br />

O círculo mediano corresponde ao presente a área emocional.<br />

O círculo inferior corresponde ao futuro, para o instinto, para o impulso.<br />

Por<strong>que</strong> nós usamos este méto<strong>do</strong> de projeção cutânea?<br />

E' simplesmente deriva<strong>do</strong> da experiência, por ter verifica<strong>do</strong> mais a presença de um sinal no iride<br />

<strong>que</strong> corresponde a idade de 15 anos, como exemplo, e ter acha<strong>do</strong> a área corresponde cutânea <strong>que</strong><br />

estava <strong>do</strong>en<strong>do</strong> à pressão. Então este sistema de projeção, deriva<strong>do</strong> da experiência clínica, assim<br />

como derivou pela experiência na escolha para usar as três áreas principais de projeção cutânea para<br />

a estimulação.<br />

Por<strong>que</strong> nós escolhemos a pele como sistema terapêutico?<br />

Seguin<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s feitos com o Prof. Calligaris, de R. Steiner ele considera a pele é o reflexo <strong>do</strong><br />

cosmo, é o elemento <strong>que</strong> no futuro será fonte de terapia.<br />

A pele como elemento de separação entre o interior e o exterior, limita entre o físico e o não físico,<br />

por<strong>que</strong> o mo<strong>do</strong> de percepção, ao to<strong>que</strong>, leva as recordações da memória.<br />

Quais são as indicações para este tipo de terapia?<br />

a - deve ser o sinal ao nível <strong>do</strong> irideo, <strong>do</strong> trauma súbito.<br />

b - tem <strong>que</strong> ainda estar presente na memória viva, ativo, ele resguarda uma visão relativa a mesma<br />

idade evidenciada.<br />

c - A presença de um ponto <strong>do</strong>lori<strong>do</strong> pelo menos em um <strong>do</strong>s três níveis de projeção cutânea.<br />

d - O desejo <strong>do</strong> paciente para solucionar o conflito e juntamente a harmonia.<br />

e - A indicação respeitan<strong>do</strong>-se o trauma físico e emocional, com a intenção de preservar a própria<br />

existência. Caso contrário poderão viver no nível cutâneo da memória, e exercer uma irritação na<br />

espinha.<br />

Com esta técnica são evocadas algumas imagens, algumas sensações de sentimentos <strong>que</strong><br />

são ligadas a você mesmo. Até mesmo aparentemente podem concernir tempos e espaços<br />

diferentes.<br />

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS<br />

CRONORICHIO<br />

28


Abstract<br />

29<br />

Doroty Bermudes<br />

Marilena Angeli<br />

Carlos Magno Esscouto<br />

Celso Fernandes Batello<br />

The authors, looked for demonstrating the relation between individual biopatographic<br />

history, of both sexs, with meeted signals in the autonomic nervous wreath, through of the<br />

Cronorichio’s Method, where it seems that there is significant relation, of approximatelly 90% in<br />

both.<br />

Introdução<br />

O cronorichio trata-se de um méto<strong>do</strong> de avaliação <strong>do</strong>s olhos, cria<strong>do</strong> por Danielle<br />

Lorito, <strong>que</strong> analisa o tempo de risco <strong>do</strong> indivíduo, e se encontra impresso no colarete das Íris,<br />

retratan<strong>do</strong> a história biopatográfica deste mesmo indivíduo. Dada a importância <strong>do</strong> tema para<br />

melhor compreensão <strong>do</strong> Humano, os autores procuraram estabelecer a relação entre os sinais<br />

iri<strong>do</strong>lógicos e a história livre, para tentar confirmar a veracidade <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>.<br />

Pressuposto<br />

Iri<strong>do</strong>logia, significa o estu<strong>do</strong> da íris <strong>que</strong> vai desde a sua anatomia , fisiologia , histologia ,<br />

farmacologia, patologia até a possibilidade de se conhecer a constituição geral e parcial <strong>do</strong><br />

indivíduo, já <strong>que</strong> ambas estão representadas na íris. No entanto, para se obterem informações a<br />

respeito deste mesmo indivíduo, ten<strong>do</strong> como objetivo o entendimento da sua constituição, a melhor<br />

designação passa a ser IRISDIAGNOSE, conhecimento através da íris <strong>do</strong>s aspectos mental,<br />

psíquico e espiritual.( Celso Batello, l998)<br />

A Irisdiagnose estuda o ser humano e os animais como um to<strong>do</strong>, servin<strong>do</strong> como “a busca <strong>do</strong><br />

elo perdi<strong>do</strong>”, através da intersecção das diversas correntes <strong>do</strong> conhecimento humano. Quanto maior<br />

for o conhecimento <strong>do</strong> Universo, maior é a aplicação da Irisdiagnose. A Irisdiagnose é “o mun<strong>do</strong>”<br />

e nenhum outro méto<strong>do</strong> possibilita entender e compreender o indivíduo com tanta ri<strong>que</strong>za e sutileza<br />

como ela, pois o olho é, talvez, o microssistema orgânico <strong>que</strong> melhor traduz o ser como ele é.(Celso<br />

Batello, l998)<br />

A IRISDIAGNOSE é uma ciência - arte cujo méto<strong>do</strong> propedêutico permite, através da<br />

observação da íris, conhecer num da<strong>do</strong> momento, a constituicao geral e parcial <strong>do</strong> indivíduo, bem<br />

como os estágios evolutivos, agu<strong>do</strong>s, sub agu<strong>do</strong>, crônico e degenerativo das alterações <strong>que</strong><br />

acometem um ou mais órgãos, ou o organismo como um to<strong>do</strong>. Tu<strong>do</strong> isso se expressa e é refleti<strong>do</strong> na<br />

íris, através de uma topografia, onde cada órgão encontra-se representa<strong>do</strong> em um ou mais mapas<br />

iri<strong>do</strong>lógicos, permitin<strong>do</strong> uma abordagem completa <strong>do</strong> ser vivente.(Celso Batello, l998)<br />

Muito embora seja impossível estabelecer um diagnóstico, <strong>que</strong> pressupõe dar nomes às<br />

<strong>do</strong>enças, a Irisdiagnose funciona como um pré diagnóstico, onde a detecção <strong>do</strong>s órgãos de cho<strong>que</strong>,<br />

permite mais facilmente a elaboração <strong>do</strong> mesmo, através de exames complementares <strong>que</strong> venham a<br />

confirmar as suspeitas clínicas. (Celso Batello, l998)<br />

Cronorichio


O cronorichio etmologicamente (cronos= tempo + richio= risco), significa tempo de risco,<br />

ou seja, épocas da vida onde o indivíduo está mais propenso a sofrer a ação das noxas ou agentes<br />

agressores, tanto endógenos como externos, tal qual ou como se fosse um “biorritmo” estampa<strong>do</strong> na<br />

íris, mais precisamente na região topográfica correspondente ao Colarete ou Banda <strong>do</strong> Sistema<br />

Nervoso Autônomo ou Colarete.<br />

O méto<strong>do</strong> inédito foi cria<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong> por Danielle Lo Rito (1993), <strong>que</strong> observou <strong>que</strong><br />

os fatos <strong>que</strong> marcam a vida ficam registra<strong>do</strong>s na íris de forma indelével, servin<strong>do</strong> como informação<br />

para melhor se compreender o humano, sen<strong>do</strong> portanto, recurso valioso à disposição <strong>do</strong> iri<strong>do</strong>logista.<br />

Da terminologia cronorichio entendemos a condição (potencial e atual) de maior perigo<br />

(risco ou quantidade de risco), para a saúde, em segmento de verificação das anomalias<br />

quantitativas e/ou temporais na economia das funções biológicas ( Lo Rito, l993).<br />

Portanto, com este termo <strong>que</strong>remos indicar um perío<strong>do</strong> da vida de uma pessoa onde é<br />

possível <strong>que</strong> um fato físico ou psíquico determine uma alteração da função biológica a tal ponto de<br />

prever o surgimento de uma <strong>do</strong>ença. Com tal disfunção todavia não pretendemos introduzir o<br />

conceito da possibilidade de determinar através de uma análise da íris. A experiência até aqui<br />

obtida nos permite afirmar <strong>que</strong> a íris porta consigo um sinal de cronorichio físico e psíquico.<br />

Portanto há possibilidade <strong>do</strong> “quantum de riscos” se associar e se sobrepor ao “tempo de riscos”<br />

(Danielle Lo Rito, l993).<br />

Existe um Cronorichio Endógeno e um Exógeno, o primeiro parece ligar-se à ordem<br />

biológica profundamente correspondente:<br />

as zonas de debilidade constitucional;<br />

as alterações <strong>do</strong> eixo imunitário;<br />

os desequilíbrios <strong>do</strong> eixo <strong>do</strong> estresse;<br />

ao órgão ou as funções mais interessadas de um eixo patológico;<br />

a estrutura <strong>do</strong> campo mental;<br />

as ligações fundamentais <strong>do</strong> cérebro humano <strong>que</strong> se constitui antes <strong>do</strong> nascimento e<br />

estão prontas as sucessivas mudanças sinápticas, sujeitas aos processos de aprendizagem.<br />

Das integrações <strong>do</strong>s ciclos endógenos com os fatores ambientais nasce a capacidade<br />

adaptativa <strong>do</strong>s seres viventes<br />

O Cronorichio Exógeno é a dependência <strong>do</strong>s eventos sociais ou de fatores ambientais, quais<br />

sejam:<br />

• a perda afetiva<br />

• fatos traumáticos em acidentes<br />

• catástrofes naturais<br />

O fato piscofísico externo determina o desencadeamento da energia <strong>do</strong> “quantum de riscos”<br />

endógenos.<br />

O sangue toma o ritmo <strong>do</strong> Tempo, a coluna vertebral toma a<strong>que</strong>la <strong>do</strong> Espaço. Toda vez <strong>que</strong><br />

um trauma se manifestar na zona <strong>do</strong> tempo, provocará uma alteração mais ao nível da borda da<br />

coroa (B.C. ou Colarete), se ao invés disso aparecer na zona <strong>do</strong> Espaço, causará uma alteração mais<br />

ao nível de Orla Pupilar Interna (O P.I.).<br />

30


Tempo<br />

Espaço<br />

No Cronorichio o coração e a articulação parecem resultar e registrar o fato traumático <strong>que</strong><br />

poderá ficar vivo a nivel de B.C. ( Lo Rito, l993).<br />

Na íris a hora <strong>do</strong> nascimento fica impressa no colarete como se fosse 12 horas no relógico,<br />

<strong>que</strong> corresponde ao ponto zero. Partin<strong>do</strong> deste ponto zero e percorren<strong>do</strong> a circunferência em senti<strong>do</strong><br />

anti-horário a cada setor compreendi<strong>do</strong> no ângulo de 90 o . corresponderão 15 anos. A semicircunferência<br />

30 anos, a uma circunferência corresponderá 60 anos.<br />

60<br />

15 45<br />

A direção <strong>do</strong> cálculo (anti-horário) é válida seja para a íris direita, seja para a íris es<strong>que</strong>rda.<br />

Da experiência realizada se confirma <strong>que</strong> a direção anti-horária, a correspondência entre os graus e<br />

anos é mais real, não excluin<strong>do</strong> outra possibilidade de cálculo e de direcionalidade ( Lo Rito, l993).<br />

60<br />

7 52<br />

30<br />

15 45<br />

22 37<br />

30<br />

Para melhor se precisar a idade correta, deve-se proceder a divisão <strong>do</strong> colarete em 360 e<br />

fazer divisão equitativa ano a ano até 60 anos.<br />

31


Se uma pessoa supera 60 anos, se inicia um novo ciclo <strong>que</strong> se sobrepõe ao ¼ de círculo até<br />

75 anos e ao segun<strong>do</strong> quarto de círculo até os 90 anos. No calcular a idade na qual se verifica o<br />

trauma devemos perguntar se o nascimento <strong>do</strong> indivíduo aconteceu antes ou depois <strong>do</strong>s nove meses.<br />

( Lo Rito, l993)<br />

Supon<strong>do</strong> <strong>que</strong>, basea<strong>do</strong> no Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong> Dr. Lorito, seja possível identificar eventos<br />

ocorri<strong>do</strong>s durante a vida de um paciente, o presente trabalho propõe identificar fatos significativos,<br />

relaciona<strong>do</strong>s a determina<strong>do</strong>s momentos de vida e, <strong>que</strong> poderão ser confirma<strong>do</strong>s, confrontan<strong>do</strong><br />

com história biopatográfica <strong>do</strong> paciente. Uma vez correlacionadas as informações <strong>do</strong>s lau<strong>do</strong>s<br />

psiquiátricos, lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s desenhos e história livre <strong>do</strong>s pacientes, este estu<strong>do</strong> possibilita, à posteriori,<br />

confrontar to<strong>do</strong>s estes da<strong>do</strong>s com os lau<strong>do</strong>s psiquiátricos, por<strong>que</strong> parece existir uma ligação entre<br />

tais sinais e o início <strong>do</strong>s sintomas psíquicos.<br />

Justificativa<br />

Consideran<strong>do</strong> <strong>que</strong>, o méto<strong>do</strong> cronorichio determina o tempo em <strong>que</strong> ocorreram<br />

fatos significativos na vida <strong>do</strong> indivíduo, pela apresentação de sinais na banda <strong>do</strong> sistema nervoso<br />

autonônomo ou colarete, parecen<strong>do</strong> funcionar como um verdadeiro bioritmo humano; consideran<strong>do</strong><br />

<strong>que</strong> é possível interligar estes fatos com a sintomatologia <strong>do</strong> indivíduo; consideran<strong>do</strong> <strong>que</strong> pode<br />

haver alterações no eixo neuropsicoimunoendócrino, com inscrições detalhadas sobre a banda <strong>do</strong><br />

sistema nervoso autônomo ou colarete; consideran<strong>do</strong> <strong>que</strong> estes registros podem ser elucidativos a<br />

respeito de condições traumáticas, levan<strong>do</strong>-se em consideração a escolha de certos medicamentos,<br />

torna-se plenamente justificável a realização deste trabalho.<br />

Objetivo<br />

Estabelecer relações entre o méto<strong>do</strong> Cronorichio e a História Biopatográfica, através <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong> da íris e a história livre relatada pelos indivíduos estuda<strong>do</strong>s, e estabelecer condutas <strong>que</strong><br />

visem colaborar, através deste agente facilita<strong>do</strong>r, elucidar fatos, sentimentos, emoções e melhor<br />

compreender o indivíduo e buscar méto<strong>do</strong>s e critérios terapêuticos eficazes.<br />

Fatores Teóricos de Análise<br />

A maior parte <strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s estão relaciona<strong>do</strong>s com as glândulas<br />

endócrinas, notadamente a tireóide, participante da dinâmica <strong>do</strong> eixo psicoimunoneuroendócrino,<br />

corrobora<strong>do</strong> com a literatura científica à respeito.<br />

Amostragem<br />

A Amostragem total abrange 14 pacientes, sen<strong>do</strong> 7 mulheres e 7 homens (50% homens e<br />

50% mulheres), com da<strong>do</strong>s sobre idade(idade média = 40 anos p/ Homens e 44 p/Mulheres), cor,<br />

História Biopatográfica, escolaridade, religião, Análise Iri<strong>do</strong>lógica, avaliação pelo méto<strong>do</strong><br />

Cronorichio, significa<strong>do</strong> das diferentes lesões e estágios evolutivos <strong>do</strong>s mesmos, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> a<br />

história livre <strong>do</strong> Paciente no. 4 foi avariada. As amostragens foram divididas em <strong>do</strong>is grupos de<br />

controle, a seguir:<br />

1) Pacientes com diagnóstico psiquiátrico<br />

32


Casos/<br />

Nome<br />

Foram investiga<strong>do</strong>s 9 pacientes psiquiátricos, de ambos os sexos, na faixa etária<br />

entre 36 e 54 anos, interna<strong>do</strong>s e em regime de hospital-dia, inicia<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong><br />

semestre de 1999 e no primeiro semestre de 2000, em clínica psiquiátrica.<br />

Idades Diátese Cronorichio Lau<strong>do</strong>s<br />

Psiquiátricos<br />

1.Valquíria 42 2 evaginação<br />

aos 37 anos<br />

F.31.31-<br />

Transtorno<br />

Afetivo Bi-<br />

polar<br />

2.Ana Maria 55 3 47, 33 e 34 F.32.12-<br />

Episódio<br />

Depressivo<br />

Modera<strong>do</strong><br />

s/sintomas<br />

3.José<br />

Augusto<br />

somáticos<br />

37 2 3,4,8,15 e 22 F.39-<br />

Transtorno de<br />

humor afetivo<br />

não específico<br />

4.Renato 34 1 13,17,37 e 38 F.32- Episódio<br />

Depressivo<br />

F.41-Outros<br />

transtornos<br />

ansiosos<br />

F.44-<br />

Transtornos<br />

dissociativos<br />

5.Noemi 40 4 7,10,12,15,<br />

16,22,27,30 e<br />

37<br />

compulsivos<br />

F.44.7-<br />

Transtornos<br />

Dissociativos<br />

Mistos<br />

F.45.8-Outros<br />

transtornos<br />

somato-<br />

fórmicos<br />

6.Vera 53 1 18 e 19 F.33-<br />

Transtorno<br />

depressivo<br />

recorrente<br />

7.Sueli 41 1 22,24,41,42, F.32-Episódio<br />

43 e 46 Depressivo<br />

8.Leopol<strong>do</strong> 47 3 26,27,35 e 36 F.32-Episódio<br />

9.Miriam 39 3 13,14,22,37,<br />

45,46 e 47<br />

Depressivo<br />

F.31-<br />

Transtorno<br />

História<br />

Biopato-<br />

gráfica<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

33<br />

Lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

desenhos<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência


Casos Demais Áreas<br />

Cerebrais<br />

Glândulas<br />

Endócrinas<br />

Afetivo Bipolar<br />

Timo / Baço<br />

Órgãos<br />

Linfóides<br />

Banda <strong>do</strong><br />

SNA ou<br />

Colarete<br />

1 Valquíria ndn Hipófise ndn Desaparece o<br />

contorno<br />

próximo às<br />

7.00hs <strong>do</strong><br />

2 Ana Maria Vitalidade, Hipófise<br />

Tireóide /<br />

3 José<br />

Augusto<br />

Fala<br />

Adquirida<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego 5<br />

Senti<strong>do</strong>s<br />

4 Renato Equilíbrio e<br />

Sensório<br />

Locomoção<br />

5 Noemi Pressão <strong>do</strong><br />

Ego<br />

Pâncreas<br />

Hipófise<br />

Tireóide /<br />

Pâncreas<br />

Supra-renais<br />

Pâncreas,<br />

Supra-renais<br />

e Paratireóide<br />

Hipófise<br />

Tireóide e<br />

Supra-renais<br />

6 Vera Ego Tireóide,<br />

Paratireóide e<br />

Pâncreas<br />

7 Sueli Vitalidade Hipófise<br />

Tireóide,<br />

Paratireóide e<br />

Pâncreas<br />

Útero /<br />

Ovário Baço<br />

Supra-renal<br />

8 Leopol<strong>do</strong> ndn Paratireóide<br />

Testículo<br />

Próstata<br />

9 Miriam ndn Tireóide,<br />

Paratireóide e<br />

Pâncreas<br />

relógio<br />

Cronoríquio /<br />

Diátese<br />

Evaginação<br />

aos 37,<br />

invaginação<br />

ao 30 anos<br />

Diátese 2<br />

ndn Bulbo 47, 33 e 34<br />

Diáteses 3<br />

ndn<br />

ndn<br />

3, 4, 8, 15, 22<br />

Diátese 2<br />

ndn ndn 13, 17, 37 e<br />

38<br />

Diátese 1<br />

Baço ndn 7, 10, 12, 15,<br />

16, 22, 27, 30<br />

e 37<br />

ndn ndn<br />

Diátese 4<br />

18 e 19<br />

Diátese 1<br />

Baço ndn 22, 24, 41,<br />

42, 43, 46<br />

Diátese 1<br />

ndn ndn 26, 27, 35 e<br />

36<br />

Diátese 3<br />

Supra-renal ndn 13, 14, 22,<br />

37, 45, 46 e<br />

47<br />

Diátese 3<br />

Variáveis Estudadas: Alterações no Colarete ou Banda <strong>do</strong> Sistema Nervoso Autônomo<br />

ou Colarete e em função de história biopatográfica.<br />

34


Variáveis Fixas:<br />

Número de pacientes: 9, sen<strong>do</strong> 6 mulheres e 3 homens ( 66% de mulheres e 33% de<br />

homens), com da<strong>do</strong>s sobre idade ( idade média : 40 anos, para Homens e idade média 44 anos para<br />

as mulheres) , cor, história biopatográfica, cronoríchio, escolaridade, religião, mapa iri<strong>do</strong>lógico,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> a história livre <strong>do</strong> Paciente n. 4 foi avariada.<br />

HISTÓRIAS LIVRES<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

25 de Abril de 1999<br />

L.A.L.S. 46 anos. Nascimento: 08 / 11 / 1952, em Araraquara, São Paulo. Bancário, casa<strong>do</strong>.<br />

Tenho 3 filhos, 2 homens e 1 mulher. A 1ª filha tem 25 anos, o 2º filho tem 24 anos e é casa<strong>do</strong>, e o<br />

3º filho tem 18 anos. Estou de licença desde o dia 12 de Abril de 1999. Vim para cá afasta<strong>do</strong>,<br />

devi<strong>do</strong> a problemas possivelmente de stress e depressão. Já fui “gerente” da Caixa Econômica<br />

Federal e tive situações de muita tensão emocional, inclusive uma vez uns marginais assaltaram a<br />

agência da Caixa Econômica, ao la<strong>do</strong> da minha casa, na Américo Brasiliensis, e usaram armas<br />

pesadíssimas, granadas, maçarico, gás butano e fuzis pesa<strong>do</strong>s. Minha mulher e as crianças se<br />

assustaram. Um solda<strong>do</strong> foi balea<strong>do</strong>. Tive um assalto, roubo/furto na minha agência de Araraquara,<br />

tive <strong>que</strong> depor diversas vezes na Polícia Federal em São José <strong>do</strong> Rio Preto e fui pressiona<strong>do</strong> a<br />

depor. Tive <strong>que</strong> levar o vigilante dentro <strong>do</strong> meu carro. Fui trata<strong>do</strong> com cúmplice pela polícia, fi<strong>que</strong>i<br />

tenso e decepciona<strong>do</strong>. Funcionários da agência de Araraquara fizeram uma denúncia, acharam <strong>que</strong><br />

os mutuários não iam pagar o Programa de Financiamento Habitacional. Eu como gerente de<br />

produtos respondi a processo, de 1990 à 1991. Ficou a negatividade em cima da minha pessoa, fui<br />

muito visa<strong>do</strong>. Isto me causou muita tensão, fui mal trata<strong>do</strong> pela gerência. Tive problemas de saúde e<br />

fui trata<strong>do</strong> pela gerência como folga<strong>do</strong>. Uma vez minha mulher teve crise renal e fui interná-la. A<br />

gerência começou a <strong>que</strong>stionar-me: dá uma pinga com limão para ela, <strong>que</strong> ela sara. Foi um<br />

desrespeito às leis trabalhistas. Outra vez fiz uma cirurgia bucal com uma raspagem. A boca estava<br />

inchada, estava com febre e mesmo com a licença para tratamento tive <strong>que</strong> dar satisfação ao<br />

gerente. Sumiram meu atesta<strong>do</strong> e fi<strong>que</strong>i com 4 faltas injustificadas. Eu <strong>que</strong>ro superar todas estas<br />

crises. Não é admissível <strong>que</strong> a empresa me trate assim. Esta situação foi me causan<strong>do</strong> insegurança.<br />

Minha mulher estava com crise estomacal, quase desmaiada, quan<strong>do</strong> o gerente disse: tua mulher só<br />

fica <strong>do</strong>ente quan<strong>do</strong> você tem <strong>que</strong> vir trabalhar. O médico disse: temos <strong>que</strong> operá-la da Vesícula em<br />

6 horas, senão ela corre risco de vida. Fui suspenso por falta injustificada: esta injustiça vai tiran<strong>do</strong><br />

o ânimo. Quan<strong>do</strong> vim para São Paulo, em 20 de janeiro de 1999, tive mais uma falta injustificada,<br />

motivo: crise de <strong>do</strong>r na coluna, e estava sozinho atenden<strong>do</strong> o Serviço <strong>do</strong> FGTS <strong>do</strong>s inativos,<br />

estavam remodelan<strong>do</strong> e reforman<strong>do</strong>, o computa<strong>do</strong>r estava com falhas, a funcionária <strong>que</strong> me<br />

substituía não foi, tive crise de coluna. Uma época tive <strong>que</strong> pegar caixas pesadas com <strong>do</strong>cumentos<br />

da Caixa Econômica Estadual, quan<strong>do</strong> iniciaram as <strong>do</strong>res e os formigamentos nos braços e nas<br />

pernas e, descobri a escoliose. No dia 20 de janeiro de 1999 passei <strong>do</strong>s limites: minha coluna<br />

travou. Tomei Sirdalud, remédio <strong>que</strong> me deixa seda<strong>do</strong>, com muita sonolência. Tomei desde o dia 18<br />

e no dia 21 não acordei, fi<strong>que</strong>i seda<strong>do</strong>, <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong> o dia ( 21 ) to<strong>do</strong>, por orientação médica. Exagerei<br />

no dia 20 com a <strong>do</strong>se <strong>do</strong> remédio, acordei além <strong>do</strong> horário de trabalhar, fi<strong>que</strong>i com falta<br />

injustificada. O novo Gerente Geral de Araraquara, me inscreveu no programa de readaptação ao<br />

trabalho, para esta clínica <strong>que</strong> tem convênio com a FUNCEP. Sou filho único. A relação com a<br />

esposa é boa, composta de crises, mas atualmente vivemos em harmonia, eu ela e os filhos. A filha<br />

mais velha vai casar, e o filho <strong>do</strong> meio é casa<strong>do</strong>, e está bem ocupa<strong>do</strong> com a família. O caçula,<br />

atualmente está em boa companhia e fez supletivo este ano, no perío<strong>do</strong> da manhã. O 2º filho não<br />

<strong>que</strong>ria estudar. Qual o sentimento atual? Me sinto apreensivo em decorrência <strong>do</strong> aconteci<strong>do</strong>, mas<br />

tenho capacidade para retornar ao trabalho. Fiz uma cirurgia no músculo <strong>do</strong> olho direito, cirurgia de<br />

septo nasal, cirurgia no lábio superior. Internei uma vez por pneumonia, internei por acidente no<br />

35


aço direito ( em 1976 ), por um corte com vidro e internei por fratura da ulna direita em 1977.<br />

Hoje faz 13 dias <strong>que</strong> estou nesta clínica, usei neosine. Agora, o sono está bom.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.32 - Episódio Depressivo<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Frágil estruturação egóica. Apresenta grande habilidade emocional. Tem dificuldade de<br />

controlar suas emoções, poden<strong>do</strong> perder a noção de limites e a<strong>do</strong>tar atitudes descontroladas e<br />

impulsivas. Alto nível de ansiedade, o <strong>que</strong> pode conduzi-lo à episódios de desorganização psíquica.<br />

Busca de auto-afirmação e de identidade própria, com receio de se tornar indiferencia<strong>do</strong> nas<br />

relações. Pode a<strong>do</strong>tar condutas invasivas, dependentes e hostis em relação às pessoas,<br />

desenvolven<strong>do</strong> reações paranóides.<br />

( Personalidade limítrofe Borderline).<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

15 de Abril de 1999<br />

A . M. S. F. 54 anos . Nascimento: 2 de Março de 1945, em Ribeira de Pombal, Bahia.<br />

Há 5 anos meus 2 filhos gêmeos caçulas se envolveram em drogas. O pai deles teve<br />

derrame e faleceu. Estou numa luta muito grande, stressada, perdi peso, desidratada. Logo após o<br />

falecimento <strong>do</strong> pai, estes 2 filhos levaram um grupo no apartamento, eu não agüentei. Fui internada<br />

5X na Beneficência Portuguesa: estou trêmula, fi<strong>que</strong>i muito desidratada, tive crise de úlcera,<br />

taquicardia, mas estava “muito bem”. Tive cefaléia muito forte quan<strong>do</strong> recebia as injeções. Há mais<br />

de um ano perdi o apetite, me alimento por obrigação, estou muito cansada, stressada. Fui operada<br />

<strong>do</strong> seio em julho de 1998, por nódulo da mama es<strong>que</strong>rda. Estou com operação marcada para retirar<br />

um mioma uterino, mas estou fraca e lutan<strong>do</strong> para ficar boa. Faz 4 meses <strong>que</strong> meu mari<strong>do</strong> faleceu e<br />

ainda não abrimos o inventário. Tomo prozack e euforium. Está me atacan<strong>do</strong> o Estômago e a úlcera.<br />

O relacionamento entre os 4 filhos não é bom, não <strong>que</strong> eles não gostem de mim, mas temos gênios<br />

diferentes. A menina tinha 15 anos e muito agitada e já estava noiva <strong>do</strong> namora<strong>do</strong>. A 1ª filha tem 28<br />

anos, a 2ª filha 20 anos e os <strong>do</strong>is gêmeos tem 19 anos. Internou um filho no Rio de Janeiro e outro<br />

no Paraná, porém fugiram das clínicas. Um deles está trabalhan<strong>do</strong> em Ubatuba, o outro está aqui na<br />

Clínca <strong>do</strong> Dr. Jair. Os filhos já me deram muito trabalho. Eu só percebi o uso de drogas quan<strong>do</strong> eles<br />

estavam com 16 anos, porém, eles se iniciaram nas drogas, no litoral, aos 14 anos. Eles tinham<br />

cheiro de maconha, mas diziam <strong>que</strong> era “fumo de sabiá”. Eu e o pai deles encontramos um pacote<br />

com maconha. Em Ubatuba os filhos viraram surfistas, maconheiros e entraram no crack e cocaina.<br />

Quan<strong>do</strong> vieram para São paulo, internamos eles numa clínica em regime fecha<strong>do</strong>. Meu mari<strong>do</strong><br />

morreu de pneumonia e infecção urinária, após o AVC. Teve um estalo no ouvi<strong>do</strong>, fez ressonância<br />

magnética e confirmou o AVC. Perdeu a fala e os movimentos, teve hemorragia gástrica e ficou<br />

interna<strong>do</strong> 1 ano na Beneficência Portuguesa. Estava com muitas escaras. Quan<strong>do</strong> ele morreu fi<strong>que</strong>i<br />

fraca da cabeça. Internei por 6 dias no Hospital Carlos Chagas em Guarulhos e 1 dia no Hospital da<br />

Beneficência Portuguesa. Hoje sinto <strong>do</strong>r na nuca com rigidez, tremor <strong>do</strong> Sistema Nervoso,<br />

taquicardia. Sua mãe teve 18 filhos. A ressonância magnética experessou má circulação cerebral.<br />

Teve 3 úlceras, 1 hérnia de hiato e gastrite. Sou muito triste, tenho muita vontade de chorar, o único<br />

pensamento é o mari<strong>do</strong>, ele está presente, a gente não sabe o <strong>que</strong> é uma perda - e de repente está<br />

dentro <strong>do</strong> sofrimento. A vida antes era boa, cuidan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s filhos, com discussões familiares<br />

normais, mas ficava aborrecida com a droga <strong>que</strong> os filhos usavam.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F. 32.12 - Episódio Dpressivo Modera<strong>do</strong> Sem Sintomas Somáticos<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Grande imaturidade e empobrecimento na expressão afetivo-emocional.<br />

36


Insegura e instável emocionalmente, demonstra comprometimento no estabelecimento de<br />

contato com a realidade e na formação de vínculos e relações.<br />

Presença de sentimento de inadequação de formas bastante regredidas de adaptação.<br />

Tendência a atuar de mo<strong>do</strong> muito indiferencia<strong>do</strong> e infantiliza<strong>do</strong> nas relações e no trato de<br />

suas emoções<br />

Alguns aspectos de seu traça<strong>do</strong> sugerem rebaixamento da capacidade de compreensão, o<br />

<strong>que</strong> pode indicar também limitação intelectual, como sinais de organicidade, o <strong>que</strong> merecia uma<br />

investigação mais detalhada. .<br />

Personalidade limítrofe- borderline.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

15 de Abril de 1999<br />

S. A .C.. 40 anos, divorciada. Nascimento: 01/08/1958, em São Paulo. Seqüência <strong>do</strong>s<br />

irmãos: um irmão de 43 anos, Suely com 40 anos e uma irmã com 37 anos. Minha história é a<br />

seguinte: já estive aqui há 3 anos e ½ atrás quan<strong>do</strong> houve a separação. Vim de livre e espontânea<br />

vontade. Fiz terapia e hospital / dia e comecei a minha vida normalmente. No início foi muito difícil<br />

a separação. Meu amigo me chamava para jogar bingo. Gostei, me viciei e perdi toda dignidade e<br />

personalidade e, tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u. Só <strong>que</strong>ria ganhar e só perdia. Levei essa vida por 2 anos. Queria jogar<br />

mesmo não ten<strong>do</strong> dinheiro, fi<strong>que</strong>i deven<strong>do</strong> e sem saída, tomei veneno de rato. Tentei o suicídio,<br />

tentei por <strong>que</strong> não morri. Fui parar na UTI por 15 dias fazen<strong>do</strong> desintoxicação, em esta<strong>do</strong> de coma<br />

grau 3, quase morri, mas não me lembro de nada. Aí saí da UTI e vim direto para a clínica por<strong>que</strong> já<br />

tinha tenta<strong>do</strong> o suicídio e vim direto. Cheguei na terça-feira em franca recuperação. Perdi muito<br />

peso, em resumo é isso. Fi<strong>que</strong>i entubada e até amarrada pois estava muito agitada quan<strong>do</strong> acordei.<br />

Tomei cho<strong>que</strong> pela parada cardíaca, fi<strong>que</strong>i entre a vida e a morte, <strong>que</strong>m me contou foi meu irmão, e<br />

disse <strong>que</strong> eu nasci de novo, mas ele não quis me assustar. Não foi fácil, é horrível, mas o <strong>que</strong><br />

depender de mim nunca mais. Como se sentiu? Na UTI me senti péssima, horrível. Se<br />

arrependimento matasse estava frita. Comecei a dar valor a outras coisas, à minha cama, meu<br />

travesseiro. Hoje estou melhor por<strong>que</strong> vinha toman<strong>do</strong> medicamentos anti-depressivos. Ontem <strong>do</strong>rmi<br />

durante o dia. À noite não durmo, peço remédio para <strong>do</strong>rmir. Tomei dalma<strong>do</strong>rm e <strong>do</strong>rmi por 8<br />

horas, mas sem remédio não consigo. Hoje foi um <strong>do</strong>s melhores dias <strong>que</strong> passei. Sinto fra<strong>que</strong>za,<br />

perdi quase 5 Kg, e assim tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u quan<strong>do</strong> saí da UTI e fui para o quarto. Fi<strong>que</strong>i um tempo sem<br />

andar, as pernas estavam <strong>do</strong>loridas. A separação foi o maior ba<strong>que</strong>, meu casamento sóli<strong>do</strong> <strong>do</strong> dia<br />

para a noite, com pouco tempo o ex - mari<strong>do</strong> já tinha outra mulher. Achei <strong>que</strong> seria mais fácil ele<br />

admitir para o Dr. Jair. Agora não tem mais nada a ver. A minha vida hoje como se não tivesse<br />

casa<strong>do</strong> com ele, sem participação. Mas isso já foi supera<strong>do</strong>. Dois amigos da Caixa me convidaram<br />

para jogar. Cada dia ia um ou outro. Nuns 9 meses para cá fui to<strong>do</strong>s os dias. Os amigos deixaram,<br />

mas eu continuei. Às vezes eu matava o tempo ven<strong>do</strong> os outros jogarem. A gente saia da Caixa para<br />

jogar e quan<strong>do</strong> ganhava ficava alegre. Quan<strong>do</strong> perdia ficava triste. É um vício, quan<strong>do</strong> não vou<br />

sinto falta. Por exemplo, esses dias quan<strong>do</strong> não estou in<strong>do</strong> jogar, não sinto falta, é como se nunca<br />

tivesse i<strong>do</strong> num bingo. Estou deven<strong>do</strong> à uma empresa <strong>que</strong> eu trabalho e para algumas pessoas, mas<br />

não é uma quantia muito alta. Na Caixa, trabalho no Setor de Habitação, faço técnica de fomento.<br />

Tirei férias em 17 de fevereiro, por 20 dias e mais 12 dias de compensação, quase 50 dias, e<br />

também esses dias de licença. Já tinha i<strong>do</strong> com meu mari<strong>do</strong> ( ao bingo ) e não tinha gosta<strong>do</strong>. Não<br />

sei se pela facilidade, não ia fazer janta e tinha lanche, então matava o tempo. Tentei suicídio essa<br />

vez e preten<strong>do</strong> não fazer mais.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.32- Episódio Depressivo<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

37


Inibição e contenção emocional. Presença de mecanismos de repressão de seus sentimentos,<br />

o <strong>que</strong> a torna muito frágil no contato com a realidade.<br />

Grande necessidade de segurança e proteção. Apresenta sentimentos de inadequação e<br />

inferioridade; necessitan<strong>do</strong> da aprovação e aceitação <strong>do</strong> outro para poder se expressar.<br />

Demonstra mover energias para um processo de melhora e transformação de vida, mas se<br />

encontra sem sustentação emocional para isso.(Apego à situações <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> podem estar<br />

impedin<strong>do</strong> este fluxo de energia de forma mais satisfatória).<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

4 de Março de 1999<br />

V. B.S.A.S. Olha, eu não sei o <strong>que</strong> realmente ocorreu, e vem de uma infância com 13 anos<br />

comecei a trabalhar. Tive meu pai e minha mãe com Insuficiência Cardíaca, 7 anos depois <strong>do</strong> meu<br />

pai. Fiz o 2º grau completo e parei de estudar. Entrei numa empresa privada aos 16 anos, e com 17<br />

entrei na Caixa Econômica Federal. Após esse perío<strong>do</strong> comecei a ter problemas, <strong>do</strong>r de cabeça<br />

quase <strong>que</strong> diariamente. Achei <strong>que</strong> era a vida em si. Com 33 anos, cefaléia 3 à 4 horas por noite e<br />

trabalhava até 16 horas na CEF. Comecei a estudar, acho <strong>que</strong> tu<strong>do</strong> isso ocasionou esse problema e<br />

pedi a aposenta<strong>do</strong>ria. Conversei com a minha filha e ela comentou <strong>que</strong> poderia aposentar, <strong>que</strong><br />

poderia ter um derrame e ganhar mais e teria possibilidade de carreira. Tinha uma veia no braço.<br />

Em setembro pedi aposenta<strong>do</strong>ria e em outubro faliu a empresa <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> e a bica não tinha mais.<br />

Meu mari<strong>do</strong> começou a beber, mas não era agressivo, mas pegajoso. Duas filhas de 15 e 18 anos<br />

atualmente, ele abraçava e beijava e eu não gostava pelo fato de não ter isso e começou a dar<br />

problemas com a aposenta<strong>do</strong>ria. Quitei minha casa, tive dificuldades, a casa teve problemas, depois<br />

de algum tempo o salário diminuiu e peguei dinheiro empresta<strong>do</strong> e com a dívida fi<strong>que</strong>i <strong>do</strong>ente.<br />

Minha filha foi hospitalizada em março, toda noite ficava com a minha irmã. Eu estava<br />

desempregada. São 4 mulheres e 1 homem. 3 mulheres são casadas e a irmã caçula ficou <strong>do</strong>ente.<br />

Daí prá frente desencadearam outras coisas. A Mª Paula escorregou, bateu e <strong>que</strong>brou o joelho em<br />

maio/96. Depois em final de outubro senti mau. Em dezembro tive ferida no estômago só comia<br />

papinha, comecei a ficar desidratada. Não <strong>do</strong>rmia. Tentei o suicídio por 2 vezes. A filha mais velha<br />

foi <strong>que</strong>m entrou em contato com a CEF. Estou há 8 meses, direto, aqui na clínica. Nesse perío<strong>do</strong><br />

fi<strong>que</strong>i por <strong>que</strong> quis, saí sem medicação, e 3 vezes por semana Hospital / Dia. Briguei com o Dr. Jair<br />

e o <strong>que</strong> me ajuda é o grupo terapêutico. Achei <strong>que</strong> iria atrapalhar as minhas filhas. Uma delas não<br />

entrou na faculdade, só entrou em aula particular. Ela assumiu a casa. Depois de 4 meses saiu com o<br />

meu mari<strong>do</strong> para resolver os problemas. Tenho dívidas até 2001 e estou conseguin<strong>do</strong> quitar. Estou<br />

esperançosa e as coisas estão dan<strong>do</strong> continuidade. Quanto aos estu<strong>do</strong>s estão vin<strong>do</strong>, só estou dan<strong>do</strong><br />

lugar para explicações. O meu mari<strong>do</strong> parece <strong>que</strong> não conseguiu pagar totalmente, mas está melhor.<br />

Demorei tanto para me casar e ficava decepcionada comigo, ninguém conhece ninguém, me sentia<br />

culpada e desejava a pessoa, e to<strong>do</strong>s tem problemas. O grupo me ajuda e as semelhanças são<br />

aprendiza<strong>do</strong>s <strong>que</strong> temos para ir em frente. Como era a infância? Foi bem difícil com 6 anos meu pai<br />

teve um câncer pulmonar. Internou no Hospital por seis meses. Tirou o pulmão, viveu mais 14 anos,<br />

ficou forte, bonito até os 49 anos. A minha mãe precisou vender as coisas de dentro de casa. Meu<br />

avô não <strong>que</strong>ria o casamento, pois meu pai era 20 anos mais velho <strong>que</strong> ela. Minha mãe ficou sozinha,<br />

ganhava muito pouco e recebia a aposenta<strong>do</strong>ria na casa de aluguel. A mãe comprou um terreno e<br />

não precisou pagar 6 meses. Ela conheceu uma senhora <strong>que</strong> apresentou a casa <strong>do</strong> deputa<strong>do</strong>. Morava<br />

muito longe e ficava para <strong>do</strong>rmir na casa, por 3 à 4 vezes na semana e ficou 2 dias sem voltar.<br />

Aprendi a lavar roupa, cozinhar <strong>do</strong>ces, era a mais velha e não tinha muito tempo para brincar 5<br />

minutos. Usava lampião e lamparina, babava sentada. A mãe a<strong>do</strong>entada, com problemas de<br />

Insuficiência Cardíaca. Um médico achava <strong>que</strong> provavelmente teria <strong>do</strong>ença de chagas, mas não foi<br />

constata<strong>do</strong>. Como se sentiu com a morte da mãe? Muito difícil e com 17 anos eu e meu irmão<br />

assumimos a casa, a gente fazia a compra de casa. Foi difícil, estudava, só fiz o 2º. No ano <strong>que</strong> meu<br />

pai faleceu fi<strong>que</strong>i sem estudar, foi muito difícil lutar e chegar até o final. Tive um abcesso na área<br />

sacral, foi perfura<strong>do</strong> e trata<strong>do</strong> com antibióticos. Tinha 51 anos quan<strong>do</strong> a filha foi internada. Me senti<br />

38


muito difícil, fi<strong>que</strong>i quase louca e aí começou a desencadear as coisas. Sanatório, <strong>do</strong>ença <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>,<br />

bebida, perda <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>. Sempre fui uma pessoa submissa, deixava minha irmã fazer o <strong>que</strong> ela<br />

<strong>que</strong>ria. Em dezembro se casou e em fevereiro veio morar comigo, ela tomava conta da casa, eu<br />

gostei. Gerou atrito por ter discussão <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong> e minha irmã, ele falava mais alto. Agora estou<br />

muda, é diferente. Tive a 1ª filha com 36 anos. A 2ª filha eu não esperava, e aos 9 meses controlei.<br />

Dos 7 aos 9 meses fi<strong>que</strong>i de repouso. Dor de cabeça persistia e larguei o <strong>que</strong> estava fazen<strong>do</strong>.<br />

Atualmente faço inglês.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.31 - Transtorno Afetivo Bipolar<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Grande dificuldade em lidar com suas emoções e afetos, particularmente em situações <strong>que</strong><br />

não re<strong>que</strong>rer limites e o exercício de sua agressividade.<br />

Distanciamento da realidade. Pode apresentar preocupações acentuadas com o corpo, tanto<br />

à nível da sexualidade, como de distúrbios somáticos.<br />

Evidencia equilíbrio emocional muito instável, com refúgio na área de fantasia, o <strong>que</strong> pode<br />

torná-la inacessível ao contato quan<strong>do</strong> vivência situações de grande ansiedade e marcadas por<br />

conflitos. Nestas ocasiões pode-se mostrar “aparentemente” receptiva, mas isso pode ser superficial<br />

e funcionar defensivamente. (Mostra-se para evitar <strong>que</strong> se aproximem e a invadam, sem preservar<br />

sua identidade).<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

M,L. 38 anos. Nascimento em 11 de Abril de 1961, em São Paulo. Sou casada. Eu faço<br />

terapia há 17 anos. Vim a 1ª vez para esta clínica há 3 anos atrás, eu tinha <strong>do</strong>r no estômago. Não<br />

conseguia trabalhar direito. Fui para Poços de Caldas há 1 ano e ½ e não tive crise depressiva.<br />

Agora começou a sensação de depressão, estou usan<strong>do</strong> prozack. O psiquiatra me disse <strong>que</strong> deveria<br />

usá-lo até 6 meses após o desaparecimento <strong>do</strong>s sintomas. Lá, os sintomas desapareceram, eu voltei a<br />

trabalhar na Caixa. Estou na Clínica há 1 mês, eu já estou bem, e aqui é para <strong>que</strong>m está na crise.<br />

Quan<strong>do</strong> eu vim para a clínica, o médico perguntou se eu <strong>que</strong>ria tomar remédio, eu não quis e agora<br />

estou bem. Tenho um casal de filhos, as crianças moram com meus pais. A relação com o mari<strong>do</strong> é<br />

complicada, a gente quase não conversa, ele é muito fecha<strong>do</strong>, se eu vou morar com ele fico louca. A<br />

1ª crise em <strong>que</strong> eu vim para a clínica, foi logo depois da lua - de mel, ele não <strong>do</strong>rme, tem um super<br />

pi<strong>que</strong>, e é muito exigente, ele mora em São Paulo e eu em Minas. Ele não é o pai <strong>do</strong>s meus filhos, e<br />

não se envolve na escola das crianças. Aqui eu me sinto muito protegida, muito bem, eu prefiro<br />

estar aqui por<strong>que</strong> ninguém me cobra nada. Em Minas eu também sou bem tratada, mas eu acho <strong>que</strong><br />

eu atrapalho a vida <strong>do</strong>s outros. Cheguei na clínica com muita rapidez. Eu vou para a terapia de<br />

grupo, fazem palhaçada, eu es<strong>que</strong>ço meus problemas. Quan<strong>do</strong> volto os problemas estão lá, mas é<br />

bom para abaixar o pó das idéias. Pedi reativação da matrícula da faculdade. Não sei o <strong>que</strong> faço, se<br />

alugo minha casa lá ou se venho morar em São Paulo. No 1º final de semana fi<strong>que</strong>i internada. No 2º<br />

final de semana, fi<strong>que</strong>i só o sába<strong>do</strong> na casa <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong>, ele começou a me agitar. Tem 6 ou 7<br />

irmãos na casa da mãe dele, eu me senti um peso e voltei para a clínica. Ele não entende <strong>do</strong>ença<br />

nenhuma, muito menos a depressão. Um casal de amigos nossos nos convidaram para o almoço no<br />

<strong>do</strong>mingo e o homem está paraplégico, o meu mari<strong>do</strong> não liga, não visita. Ele não liga prá mim na<br />

clínica. Antes eu ficava magoada, hoje eu enten<strong>do</strong> <strong>que</strong> ele tem dificuldades e engole tu<strong>do</strong> - um dia<br />

vai explodir. A relação com meus pais não é boa - especialmente com a minha mãe. Acho <strong>que</strong> eles<br />

são ótimos, bons demais. A relação com o pai é assim: ele vai e dá, não é nada afetivo, ele me deu o<br />

carro, eletro<strong>do</strong>mésticos, ele dá as coisas, mas não abre o seu afeto, mas está aprenden<strong>do</strong> a ser mais<br />

atencioso comigo - ele tem a chave da minha casa - entra e pergunta se está tu<strong>do</strong> bem. A relação<br />

com minha mãe é difícil, ruim, de inveja. Ela <strong>que</strong>r viver a minha vida, ela tomou meus filhos. Prá<br />

eu não cometer um assassinato, eu deixo por isso mesmo, ela explica por<strong>que</strong> eu não tenho<br />

competência para ser mãe, <strong>que</strong> eu <strong>que</strong>ro educar os filhos de forma diferente <strong>do</strong> <strong>que</strong> ela educou. Na<br />

39


infância ela batia muito em mim. Tenho um irmão caçula, <strong>que</strong> eu sempre protegi, então eu<br />

apanhava de novo. Eu sempre enfrentei a minha mãe, com os netos ela <strong>que</strong>r dar tu<strong>do</strong>. Eu pergunto<br />

às crianças: vocês <strong>que</strong>rem ficar na casa da mamãe ou da vovó? Eles <strong>que</strong>rem ficar com a vó, a filha<br />

gosta de mim mas <strong>que</strong>r ficar com a vó, com casa nova e um quarto para cada um. O Henri<strong>que</strong> tem<br />

uma dificuldade de comunicação comigo. Quan<strong>do</strong> minha mãe tomou conta dele, ela blo<strong>que</strong>ou a<br />

comunicação dele comigo, mas a relação é boa. O pai verdadeiro <strong>do</strong>s filhos nunca vem. Uns anos<br />

antes saí de casa, foi um terror. Em 1984, tinha 19 anos e fui morar com um carioca. Moramos<br />

juntos 3 anos, a relação virou amizade, mas não tínhamos dinheiro para separação. Em São Paulo,<br />

ficamos moran<strong>do</strong> juntos. Depois conheci outro rapaz e comecei a namorar e tive convite para casar.<br />

Casei no civil, em 1986, com este homem. Fomos morar no Mato Grosso. Ele trabalhava com<br />

vendas. 40 dias após o casamento ele morreu. Ele havia me deixa<strong>do</strong> em Cuiabá. Ele e o rapaz <strong>que</strong><br />

trabalhava com ele, seguiram viagem e, na volta eles se acidentaram e ele morreu. Fi<strong>que</strong>i viuva.<br />

Fi<strong>que</strong>i na casa <strong>do</strong> Romero, <strong>que</strong> é um amigo nosso. A esposa dele é esteticista, igual a mim. O<br />

pessoal de São Paulo não sabia <strong>que</strong> eu fi<strong>que</strong>i em Cuiabá. Ligaram para a minha família - e foi o<br />

maior rolo pois eu não estava no veículo acidenta<strong>do</strong>. Na semana, liguei para São Paulo, e me<br />

disseram: volta prá casa <strong>que</strong> nós temos uma notícia prá você. Depois <strong>que</strong> me contaram, eu mesma<br />

fui, próximo de Cuiabá, resolver tu<strong>do</strong>: caixão, atesta<strong>do</strong> de óbito. A <strong>do</strong>cumentação <strong>que</strong>imou, o carro<br />

incendiou. Eu tinha 25 anos. Voltei para a casa <strong>do</strong>s meus pais, eu estava muito perdida, tu<strong>do</strong><br />

dependia <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong>, eu não quis trabalhar com o garimpo. Fi<strong>que</strong>i hibernan<strong>do</strong> 2 anos na casa<br />

<strong>do</strong>s meus pais, meio perdida. Em final de 1987, numa festa de estética, conheci um rapaz, namorei e<br />

ele é o pai <strong>do</strong>s meus filhos. É um cara legal, músico, muito louco, fumava um basea<strong>do</strong>, bebia<br />

demais, de bom coração e muito trabalha<strong>do</strong>r. Quan<strong>do</strong> tivemos o nosso primeiro filho, o Henri<strong>que</strong>,<br />

ele morou com meus pais. Ele <strong>que</strong> era separa<strong>do</strong> e tinha um filho. Ele se separou mesmo. Quan<strong>do</strong><br />

Henri<strong>que</strong> tinha 6 meses, eu entrei na Caixa, comprei apartamento e fomos morar juntos. Eu tenho<br />

gênio difícil, não quis saber da história de festa e festa, ele começou com drogas, cocaína, a coisa<br />

estava muito esquisita. Eu estudava Ciências Contábeis, ele perdeu o emprego como tapeceiro, e<br />

estava perden<strong>do</strong> a cada mês. Era muito ciumento, ia atrás de mim na Caixa ( região de Santo Amaro<br />

). De noite ele <strong>que</strong>brava tu<strong>do</strong>, me machucava, eu ia trabalhar com as mãos roxas e isto foi me<br />

“toman<strong>do</strong>” e eu perdi de ganhar uma boa função na Caixa. Um dia ele quase me matou, eu não<br />

sabia <strong>que</strong> era cocaína, eu pensava <strong>que</strong> era espiritismo. Ele não tinha mais mucosa no nariz,<br />

sangrava direto. Dei parte dele com corpo de delito. Eu tinha pavor dele, começamos a nos<br />

relacionar através da família e ele com advoga<strong>do</strong>s. Ele me violentou e eu engravidei da Letícia, eu<br />

não quis, não planejei. Com 1 mês fui para a casa <strong>do</strong>s meus pais, tive parto normal, conversava com<br />

a neném explican<strong>do</strong> a situação. Tive a Letícia e tive depressão pós - parto. Na infância, aos 5 anos,<br />

tentei suicídio. Peguei uma gillete <strong>do</strong> pai e ia cortar meus pulsos - cortei o sofá de curvim, novinho.<br />

Tinha feito eletroencefalograma pois chorava muito na aula. Nas depressões tomei muito diazepan e<br />

somálium. Comecei mesmo a tomar remédio logo após <strong>que</strong> meu mari<strong>do</strong> morreu. Uma vez tomei<br />

120 comprimi<strong>do</strong>s juntos, eu tinha 25 anos, mas por sorte, não tive nada. Apontei um revolver para o<br />

coração, mas atirei na parede, nesta mesma época. A última tentativa foi quan<strong>do</strong> comecei a namorar<br />

meu atual mari<strong>do</strong>, fui para o pronto socorro fazer lavagem estomacal. Mandei o pai <strong>do</strong>s meus filhos<br />

- desaparecer - senão eu o mataria. Vontade de morrer eu tenho, mas não vontade de me matar.<br />

Estava muito cansada, tinha vontade de sumir, e sumi. Em 1993, eu perdi a memória, não lembrava<br />

de nada, ficava na rua andan<strong>do</strong> e, comecei a faltar ao trabalho. Passei por um neurologista, fiz<br />

tomografia computa<strong>do</strong>rizada, deu tu<strong>do</strong> normal. O médico disse: é tu<strong>do</strong> psicológico, você precisa de<br />

um psiquiatra. Eu pensei <strong>que</strong> iam me amarrar, mas me deram o endereço <strong>do</strong> Dr. Eduar<strong>do</strong>. Entrei<br />

numa sala <strong>que</strong> faziam hipnose. Voltei na 6ª feira e comecei a fazer hipnose, comecei a <strong>do</strong>rmir e,<br />

voltei a trabalhar de novo. Deixei meus filhos com meus pais, aqui em São Paulo. Eu e meu atual<br />

mari<strong>do</strong> trabalhávamos na Caixa. Ele veio morar comigo no apartamento. Fomos para casa,<br />

namoramos 4 anos e casamos. Em 1995, com a mistura <strong>do</strong> cheiro de tinta, eu tive <strong>do</strong>r no estômago e<br />

vim para a clínica. Internei 1 mês e voltei a trabalhar. Eu sinto necessidade de sentar e planejar - ele<br />

comprou a casa sem me consultar - estamos numa dívida enorme - a gente não consegue se entender<br />

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- ele alugou a casa e foi morar nos fun<strong>do</strong>s da casa da mãe dele. Na prática, estamos separa<strong>do</strong>s. Eu<br />

me casei 2 vezes. Eu tenho certeza de <strong>que</strong> vou me curar desta depressão, mas eu preten<strong>do</strong> terminar a<br />

faculdade, estou aguardan<strong>do</strong> resposta de lá. Na fase em <strong>que</strong> comecei a me tratar, comparan<strong>do</strong>, hoje<br />

tem muito mais recursos. O prozack foi muito bom prá mim, eu vou conseguir sim - estou<br />

descobrin<strong>do</strong> coisas <strong>do</strong> início da minha vida. Quan<strong>do</strong> saio com meu mari<strong>do</strong> - eu como<br />

compulsivamente, eu tenho fome - ele não me deixa comer bombom, e eu preciso comer - percebi<br />

<strong>que</strong> me sinto muito inferiorizada perto dele - estou gorda, acabada. Quebrei a idéia de casal, eu é<br />

<strong>que</strong> estou <strong>do</strong>ente - e <strong>que</strong> preciso me tratar - deixei de <strong>que</strong>rer dar certo - desliguei. Falei para meus<br />

filhos: ou vocês vem morar comigo e fazer tu<strong>do</strong> como eu <strong>que</strong>ro ou fi<strong>que</strong>m na casa da vovó. Eu<br />

estou organizan<strong>do</strong> a minha vida. Sou a 1ª filha. Tenho uma irmã mais nova, <strong>que</strong> era muito egoísta,<br />

tu<strong>do</strong> era para ela - fui acostuman<strong>do</strong> a perder tu<strong>do</strong>.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.31- Transtorno Afetivo Bipolar<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Apresenta sinais de imaturidade e fragilidade emocional. Demonstra formas mais<br />

regredi<strong>do</strong>s de se relacionar e de lidar com a realidade.<br />

Estruturação psíquica empobrecida a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> atitudes estereotipadas para se adaptar ao<br />

convívio.<br />

Ansiosa, busca aceitação e aprovação nos vínculos <strong>que</strong> estabelece.<br />

Suas expectativas de realização têm uma forte carga emocional, embora fi<strong>que</strong>m mais<br />

restritas à área de fantasia e não tenham expressão em seu cotidiano.<br />

É afetiva no contato e se sente muito fragilizada diante <strong>do</strong> outro. Muito receio em não ser<br />

aceita dentro das situações vividas, acaba toman<strong>do</strong> a atitude <strong>do</strong> outro como modelo.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

R.A.M. A História livre deste paciente foi extraviada<br />

Lau<strong>do</strong>Psiquiátrico: F.32 - Episódio Depressivo<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos - Alto nível de ansiedade e labilidade emocional. Demonstra elevada<br />

tensão interior em função de dificuldade de lidar com sua grande sensibilidade e os conflitos vin<strong>do</strong>s<br />

para se adaptar à realidade.<br />

É “toma<strong>do</strong>” por suas emoções e tem dificuldade de organiza-las e expressa-las.<br />

Teme a possibilidade de ficar indiferencia<strong>do</strong> nas relações. Oscila entre a dependência e a<br />

rebeldia em suas relações.<br />

Demonstra apego à situações conflitivas <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, <strong>que</strong> o impedem de direcionar sua<br />

energia para conquistas atuais .<br />

Apresenta bom recursos internos, embora estes aparecem sub-utiliza<strong>do</strong>s dispersos ou<br />

utiliza<strong>do</strong>s impulsivamente.<br />

Revela temor em relação a sua agressividade, recean<strong>do</strong> expressá-la de mo<strong>do</strong> descontrola<strong>do</strong><br />

e indiferencia<strong>do</strong>.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

J.A.M.M.F. 36 anos, nasci em 25 de 10 de 1962, em Pirajuí. Sempre tive vida superativa,<br />

fiz duas faculdades, trabalhava muito. Tive “momentos de loucura” <strong>que</strong> conseguia superar. Entrei<br />

na Caixa, casei e o stress se acumulou... separei após 7 anos. Na caixa trabalhava com publicidade.<br />

Surtei por 10 dias e fui interna<strong>do</strong>, em 1997. No final de 1998 tive alta em Bauru, e surtei<br />

novamente. Agora consigo identificar a <strong>do</strong>ença e os sintomas. Uso tegretol. A <strong>do</strong>ença incapacita<br />

para o trabalho, estou inseguro quanto ao futuro, mesmo se eu me aposentar. Analisan<strong>do</strong> o<br />

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cotidiano, hoje estou sem fantasias e vejo <strong>que</strong> não iria realizar quase nada <strong>do</strong> <strong>que</strong> fantasiei. Me sinto<br />

deprimi<strong>do</strong> com tu<strong>do</strong>. Tive hepatite há 18 anos. Uso cocaína e maconha socialmente. Usei guaraná<br />

em pó, 4 vezes por dia, durante 10 anos. Depois da hepatite a alimentação e a bebida nunca mais<br />

foram as mesmas. Fumo. No 1º surto, minha ex-mulher me trouxe para esta clínica por uma<br />

semana: foi traumatizante. Louco é o <strong>que</strong> você não <strong>que</strong>r ser! Me senti carimba<strong>do</strong>, depois superei o<br />

preconceito, por<strong>que</strong> o me<strong>do</strong> da loucura é muito grande. Estou pleitean<strong>do</strong> a aposenta<strong>do</strong>ria, estou sem<br />

perspectiva. Era caixa e não conseguia me concentrar. Por não trabalhar e pelo tratamento, me sinto<br />

deprimi<strong>do</strong>. Distúrbio bipolar, afetivo. Fico louco por não conseguir uma realidade comum. Crio<br />

fantasias <strong>que</strong> estrapolam a lógica e é tu<strong>do</strong> diferente das outras pessoas. Ocorreu 3 vezes a perda de<br />

referência. A ex-mulher me trouxe para cá e assumiu diante da família. Tomo 1 tegretol e tenho<br />

muito sono. Qual<strong>que</strong>r remédio dá efeito residual grande: o corpo piora, não elimina os resíduos das<br />

substâncias. O tegretol diminuiu a minha qualidade de vida. Faço hospital / dia 2 vezes por semana,<br />

terapia, arte-terapia e grupos. Meu pai foi muito repressor, a educação foi rígida. Houve muitas<br />

brigas com pai e mãe. Hoje a relação é distante. A mãe e a avó moram em Baurú. Quan<strong>do</strong> uso<br />

carbolítio fico de cama por 5 dias. Vim sozinho para São Paulo. Fui vende<strong>do</strong>r de livro, bancário e<br />

me formei em jornalismo. Tive uma vida muito desregrada, com muita mulher, muita droga. Nesta<br />

fase entrei na Caixa Econômica. Casei. Sa<strong>que</strong>i <strong>que</strong> to<strong>do</strong>s os planos e desejos não estavam<br />

acontecen<strong>do</strong>, era tu<strong>do</strong> fantasia, e a ansiedade começou a subir. Quan<strong>do</strong> me tornei auditor da Caixa,<br />

em 25 de outubro de 1997, surtei, fi<strong>que</strong>i angustia<strong>do</strong> e triste, o sentimento foi: “eu nunca mais vou<br />

sair desta empresa, nunca mais vou fazer coisas ousadas”.<br />

Atualmente, tenho conforto, mas não tenho perspectiva nenhuma de vida. Não uso coca -<br />

cola, nem guaraná em pó, nada em <strong>que</strong> eu possa me sabotar. Quan<strong>do</strong> surto faço muita bobagem,<br />

agri<strong>do</strong> pensan<strong>do</strong> <strong>que</strong> estou agradan<strong>do</strong>. Depois tenho sentmento de culpa, fico triste por lembrar tu<strong>do</strong><br />

depois. Não há indícios antes de surtar. Falan<strong>do</strong> sobre ufologia, conversava com pessoas na<br />

Internet... achei <strong>que</strong> tive um contato telepático com o sol... Casei em 1989, aos 28 anos, e separei<br />

em 1997, ao 34 anos.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.39- Transtorno de humor afetivo não específico<br />

Lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s desenhos<br />

Superficialidade e distanciamento na expressão de emoções. Alto nível de ansiedade.<br />

Grande insegurança e rigidez nos contatos pessoais.<br />

Apresenta acentuada inibição de seus sentimentos e formas de expressá-los.<br />

Conti<strong>do</strong>, tími<strong>do</strong> e muito receoso nas relações interpessoais; utiliza muito de sua energia se<br />

protegen<strong>do</strong> e se retrain<strong>do</strong>, o <strong>que</strong> empobrece suas relações.<br />

Busca adaptar-se às situações a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> atitudes mais formais e aceitáveis, perden<strong>do</strong> sua<br />

naturalidade e possibilidade de expressão mais criativas.<br />

Pronuncia<strong>do</strong>s sentimentos de solidão e afastamento.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

N.P.C. 39 anos. Nascimento em 07 de Junho de 1960. Primeiro fi<strong>que</strong>i com pneumonia,<br />

tenho lupus eritematoso e tomo uma injeção para tirar a <strong>do</strong>r. Fi<strong>que</strong>i estressada e fui transferida para<br />

o Hospital da Mulher. Discuti com o médico, eu não <strong>que</strong>ria ficar lá... Tomava <strong>do</strong>lantina para tirar a<br />

<strong>do</strong>r: “Dor nas juntas, tu<strong>do</strong> incha<strong>do</strong>, tenho lupus há 9 anos”. Há 4 anos tomo <strong>do</strong>lantina quan<strong>do</strong> tenho<br />

muita <strong>do</strong>r. Tenho bronquite asmática também. Fez um mês <strong>que</strong> estou aqui com o Jair. Tenho minha<br />

mãe e 7 irmãos: 5 mulheres e 2 homens. Minha mãe tem 75 anos . É a 3ª mulher. O pai separou da<br />

mãe, teve 4 filhos, 1 morreu, e depois de mim nasceram 2 mulheres e depois 1 homem. Fui<br />

aposentada por incoordenação, trabalhei em casa de família, babá, enfim, nunca fi<strong>que</strong>i<br />

desempregada, e depois <strong>que</strong> fi<strong>que</strong>i <strong>do</strong>ente entrei na Caixa e me aposentei. Só fi<strong>que</strong>i internada por<br />

42


onquite, só faço serviço em casa... Tomo diazepan, fenergan, dipirona e não resolve nada. Usei<br />

tramal, estou sofren<strong>do</strong> prá caramba. Gostava <strong>do</strong> namora<strong>do</strong>, ele tinha várias mulheres... eu descobri,<br />

não comia nem bebia nada, virei um “palito”, vivia choran<strong>do</strong>... Em 1 de Julho de 1999 tive uma<br />

pneumonia e infecção urinária. Fui para o hospital da mulher e tive problema de convênio, entrei na<br />

justiça e ganhei. Usava <strong>do</strong>lantina e o Convênio achou <strong>que</strong> era para me drogar. Passei por uma<br />

médica <strong>que</strong> me man<strong>do</strong>u para o Hospital São Luis, a Ambulância trouxe e me deixou aqui na<br />

Clínica. Liguei para minha mãe e disse aonde eu vim parar. Fi<strong>que</strong>i no maior desespero e liguei para<br />

minha mãe, vai fazer 2 meses <strong>que</strong> estou aqui, agora no dia 4. Hoje estou mais ou menos, estou<br />

acordada desde as 4 horas da manhã, perdi o sono duas noites, não sei o <strong>que</strong> está acontecen<strong>do</strong>. Só.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.44.7 - Transtornos Dissociativos Mistos<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Desenhos<br />

Alto nível de ansiedade, <strong>que</strong> busca controlar de forma rígida.<br />

Insegurança nas relações e vínculos. Necessidade de aceitação e de acolhimento faz com<br />

<strong>que</strong> iniba a expressão de suas emoções.<br />

Pode, por vezes, se refugiar em fantasias e idealizações para não se frustrar diante da<br />

realidade.<br />

Prejuízo na capacidade de se relacionar afetivamente.<br />

Inibição da realização de seu potencial, em função da maior insegurança e mecanismo da<br />

aprovação.<br />

Ode se mostrar mais dependente <strong>do</strong>s vínculos afetivos, embora não se entregue a eles.<br />

Demonstra imaturidade e labilidade emocional.<br />

Personalidade limítrofe - Borderline.<br />

Historia <strong>do</strong> Paciente<br />

V. R. S. 41 anos, nascimento em 2 de Junho de 1958, às 13:10 horas, em São Paulo. Tel.<br />

267.8260. Sou separada há 11 anos, tenho um filho de 13 anos. Comecei a ter crise de depressão. O<br />

psiquiatra da Caixa só tinha ambulatorial. Procurei um lugar onde tivesse terapia, então liguei nesta<br />

clínica. Eu não sabia <strong>que</strong> era uma clínica para hospital / dia. Eu estava muito mal, fi<strong>que</strong>i internada<br />

15 dias. Fui para fazer hospital / dia , mas já fazem 3 anos, e neste tempo voltei ao trabalho duas<br />

vezes, mas precisei me afastar estas 2 vezes de novo. Esse negócio de depressão vou te falar,<br />

trabalho numa agência <strong>que</strong> eu não gostava, tinha muito serviço, muita gente e não tinha janela nem<br />

ar condiciona<strong>do</strong>... até hoje sonho com lugar cheio de gente, fecha<strong>do</strong>... eu acor<strong>do</strong> com falta de ar,<br />

toda suada, eu acredito <strong>que</strong> aqui veio o meu desequilíbrio. Depois, quan<strong>do</strong> minha mãe morreu, há 6<br />

anos, chorei bastante e não mais o <strong>que</strong> falar... Eu tenho Lupus, e quan<strong>do</strong> tive meu filho tive <strong>do</strong>res<br />

nos braços e nas mãos, aí parou... quan<strong>do</strong> minha mãe morreu eu tive outra gravidez e passei mau e<br />

<strong>do</strong>ía tu<strong>do</strong>, tive problema no emprego e fiz o aborto. O filho não foi planeja<strong>do</strong>, meu namora<strong>do</strong> era<br />

mais novo, além <strong>do</strong> <strong>que</strong> meu filho e meu pai não iriam entender. E com esse problema de saúde<br />

tomei muito remédio anti - depressivo para <strong>do</strong>rmir, estava muito deprimida, <strong>que</strong>ria <strong>do</strong>rmir, mas<br />

sentia muita <strong>do</strong>r nas articulações. Há um ano e ½ descobri <strong>que</strong> era Lupus. Toda vez <strong>que</strong> menstruo<br />

tenho <strong>do</strong>res e não <strong>que</strong>ro tomar remédio por<strong>que</strong> é corticóide e aí vem a depressão junto. A mãe e a<br />

irmã tiveram Lupus. Atualmente estou de licença. Meu faleceu há 15 dias atrás, estou muito triste,<br />

está esquisito, não está? Ele teve câncer de próstata e foi para intervenção cirúrgica de cálculo<br />

biliar, complicou com pneumonia, atacou o fíga<strong>do</strong> e faleceu. A mãe faleceu de um ata<strong>que</strong> cardíaco.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.33 - Transtorno Depressivo Recorrente<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Desenhos<br />

Apresenta dificuldade pronunciadas de lidar com suas emoções e afetividade. O contato<br />

com a realidade é marca<strong>do</strong> por atitudes de esquiva, distanciamento e hostilidade.<br />

43


Grande contenção de energia; represamento da agressividade, <strong>que</strong> pode se expressar de<br />

forma abrupta e impulsiva.<br />

Falta de flexibilidade e de mobilidade nas relações, procuran<strong>do</strong> manter o controle rígi<strong>do</strong><br />

sobre suas emoções.<br />

Apareceu evidências de comprometimento na realização de seu potencial, <strong>que</strong> aparece<br />

conti<strong>do</strong>. Revela-se sensível ao contato com o outro (impacto), o <strong>que</strong> pode justificar sua esquiva nas<br />

relações e na demonstração de afetos. Pode apresentar tendência a racionalização como mecanismo<br />

de defesa frente aos conflitos.<br />

Empobrecimento <strong>do</strong> potencial emocional, sem muitos canais de expressão. Busca de<br />

controle emocional sobre as situações vividas e os afetos. Dificuldades de relacionamento, com<br />

tendência ao afastamento nas relações. Temor em relação à agressividade. Pode estar sujeita à<br />

“explosões emocionais”. Personalidade limítrofe - Borderline.<br />

2) Grupo controle escolhi<strong>do</strong>s aleatoriamente<br />

10.Alexandre 39 12A 13,14,<br />

15, A17,30 A<br />

32 E 38<br />

11.Marcelo 42 6,15,16,17,<br />

18,22,27,29<br />

,30,<br />

31,<br />

32a34,38,4<br />

5,47,49,52e<br />

12.Silvana 38 10,14,16,17<br />

,24,26,28,3<br />

0,33,35,37,<br />

41,45, 47 e<br />

13.Pedro 43 2,3,9,16 a<br />

18,30,37,39<br />

,<br />

41,<br />

58<br />

59<br />

45 e 47<br />

14.José Elias 38 15,21 a<br />

23,32,37,38<br />

, e 45<br />

Casos Demais Áreas<br />

Cerebrais<br />

10. Alexandre “Arco Senil”,<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego,<br />

Equilíbrio<br />

Glândulas<br />

Endócrinas<br />

Hipófise,<br />

Pâncreas,<br />

Testículos,<br />

Tireóide ,<br />

Supra-Renal<br />

Timo / Baço<br />

Órgãos<br />

Linfóides<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

Banda <strong>do</strong><br />

SNA ou<br />

Colarete<br />

ndn 12,13 Pétalas,<br />

14, 15 a 17,30<br />

a 32, e 38 -<br />

Petálas<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

vide<br />

sequência<br />

Cronoríquio/<br />

Diátese<br />

2,13 Pétalas,<br />

14, 15 a 17,30<br />

a 32, e 388<br />

Petálas<br />

Diátese 3<br />

44


11.Marcelo Vitalidade/<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego, Fala<br />

Adquirida e<br />

Equilíbrio<br />

12.Silvana Mente Inata,<br />

Sensório<br />

Locomoção,<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego, 5<br />

senti<strong>do</strong>s,<br />

Equilíbrio<br />

13.Pedro Pressão <strong>do</strong><br />

Ego,<br />

Sexualidade<br />

Mental, 5<br />

Senti<strong>do</strong>s e<br />

Mente Inata<br />

14.José Elias Mente Inata,<br />

“Arco Senil”<br />

Hipófise<br />

Tireóide<br />

Hipófise,<br />

Ovário,<br />

Pâncreas,<br />

Supra-Renal,<br />

Mama<br />

Hipófise,<br />

Tireóide,<br />

Supra-Renal<br />

ndn 6 anos, Rádio<br />

Solar, Pétala -<br />

de 15 a 18,<br />

22,27,29,30,<br />

31- solução<br />

de<br />

continuidade<br />

- 32 a 34,<br />

38,45,47,49,5<br />

2,58 Rádios<br />

Solares<br />

Rosário<br />

Linfático,<br />

Apêndice<br />

10,14,16,17,2<br />

6,28,30,33,35<br />

,37,45,47,59<br />

Pétala - 24,41<br />

- Mancha<br />

Psórica<br />

ndn 2,3,9,16,17,1<br />

8,30, 37, 41,<br />

45, 47 -<br />

Rádios<br />

Solares, 39 -<br />

Lesão<br />

Fechada<br />

Pâncreas ndn 15, 21 a 23,<br />

32, 37, 38, 45<br />

- Pétalas.<br />

6 anos, Rádio<br />

Solar, Pétala -<br />

de 15 a 18,<br />

22,27,29,30,<br />

31- solução<br />

de<br />

continuidade<br />

- 32 a 34,<br />

38,45,47,49,5<br />

2,58 Rádios<br />

Solares<br />

Diátese 1 p/ 4<br />

10,14,16,17,2<br />

6,28,30,33,35<br />

,37,45,47,59<br />

Pétala - 24,41<br />

- Mancha<br />

Psórica<br />

Diátese 4<br />

2,3,9,16,17,1<br />

8,30,37,41,<br />

45,47 -<br />

Rádios<br />

Solares,39 -<br />

Lesão<br />

Fechada<br />

Diátese 4<br />

15, 21 a 23,<br />

32, 37, 38, 45<br />

- Pétalas.<br />

Diátese 3<br />

HISTÓRIAS LIVRES<br />

1) A . A .<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

Matemático<br />

Minha História é complicada. Trabalho desde 15 anos, já fiz um milhão de coisas . Morei<br />

fora de São Paulo em Campo Grande, fui noivo oficialmente durante <strong>do</strong>is anos e meio. Depois<br />

desmanchei, pra mim não deu certo e voltei em 94 para São Paulo, comecei tu<strong>do</strong> de novo, minha<br />

vida pessoal e profissional. Hoje estou muito bem, vamos dizer psicologicamente , mentalmente<br />

melhoran<strong>do</strong>.<br />

Análise <strong>do</strong> desenho<br />

Afastamento e distanciamento da realidade. Precariedade nos estabelecimentos de relações<br />

interpessoais. Dificuldade de controle das emoções.a realidade é temida, tanto quanto suas reações<br />

emocionais, <strong>que</strong> podem ter um caráter hostil e agressivo.<br />

Sentimentos de inadequação e paralisia diante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> podem gerar alto nível de<br />

ansiedade.<br />

45


Refúgio na área de fantasia, tenden<strong>do</strong> a idealizar relações e a traçar objetivos inatingíveis,<br />

geran<strong>do</strong> frustração e recolhimento afetivo.<br />

Dificuldade de organizar e canalizar suas energias; ressaltamento de emoções inibe seu<br />

potencial de expressão e realização.<br />

Presença de necessidade de expansão de vínculos, entretanto oscila entre o isolamento e as<br />

escolhas solitárias e uma forma mais invasiva e voraz de aproximação <strong>do</strong> outros.<br />

2) M.M.G<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

42 anos, Administração<br />

Eu nasci em 1958, me lembro da minha existência com 4 anos, antes não me lembro.<br />

Lembro da minha casa, fui cuida<strong>do</strong> pelos meus avós e não com meus pais. Minha avó<br />

faleceu bem ce<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> eu tinha 5 para 6 anos . Minha avó faleceu em meus braços, ela chegou<br />

<strong>do</strong> trabalho e faleceu. Fi<strong>que</strong>i com meu avô, minha mãe veio morar quan<strong>do</strong> eu tinha 10 anos , junto<br />

com a minha irmã . Até 6 anos com meus avós , <strong>do</strong>s 6 aos 10 com meu avô e depois com minha<br />

mãe. A relação com minha mãe não era próxima . Mais tarde fui para a<strong>do</strong>lescência era regrada.<br />

Fui para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s fi<strong>que</strong>i durante 9 meses, uma gestação, minha mãe ficou co<br />

câncer e voltei para ficar com ela <strong>do</strong>is meses, pois ela faleceu.<br />

Fi<strong>que</strong>i com meu avô e com minha irmã. Minha irmã foi para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Fui para a<br />

faculdade e meu avô faleceu com 22anos, fi<strong>que</strong>i sozinho. Fi<strong>que</strong>i treis anos sozinho, uma namorada<br />

aqui, ali e conheci uma mulher , regime peca<strong>do</strong>, comcubinato por <strong>do</strong>is anos, ia me casar só no civil.<br />

Fi<strong>que</strong>i casa<strong>do</strong> de 7 a 8 anos casa<strong>do</strong>s. Vim morar em São Paulo, pois morava no Rio, era muito<br />

feliz. Me separei com 34 anos tumultua<strong>do</strong>, tive outra mulher. Entrei em uma nova relação e fi<strong>que</strong>i<br />

um ano, muito conturba<strong>do</strong>, muitas mudanças em tu<strong>do</strong> só não no sexo. Mudei de profissão, de<br />

emprego, fui a<strong>do</strong>lescente tardio. Brin<strong>que</strong>i inconseqüentemente . No nível intelectual me desenvolvi<br />

e fez um bummmm. Depois de três a quatro anos conturba<strong>do</strong> <strong>do</strong>s 34 aos 39 anos, perío<strong>do</strong> também<br />

conturba<strong>do</strong>. Minha vida dá um livro, um romance, gibi, tem mulher tem drama. Tem tu<strong>do</strong> de um<br />

livro denso. Aí abri minha empresa e recomecei a minha vida emocional e profissional.<br />

Drogas, bebidas não sempre controle da vida. Bebia socialmente, com as drogas tinha me<strong>do</strong><br />

de perder o controle , alienação.<br />

Montei minha empresa nos <strong>último</strong>s três anos recomecei a minha vida . Recomecei por<strong>que</strong><br />

mudei e tornei-me mais leve.<br />

Era duro comigo mesmo. Preocupações no passa<strong>do</strong> , com grana hoje e mais leve. O material<br />

não é tão importante.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Instável e frágil <strong>do</strong> ponto de vista egóico. Enorme contenção de afetos; presença de<br />

sentimentos de angústia e ansiedade. Distanciamento da realidade. Grande esforço para a<br />

manutenção de seu equilíbrio e de adaptação nas relações. Tími<strong>do</strong> e receoso no contacto<br />

interpessoal. Auto-estima rebaixada e sentimentos de inadequação e inferioridade.<br />

Podem ocorrer sentimentos persecutórios, <strong>que</strong> acentuam seu recolhimento e<br />

contenção na expressão de afetos.<br />

Demonstra certa infantilidade no estabelecimento de vínculos, temen<strong>do</strong> situações de<br />

aban<strong>do</strong>no.<br />

anos.<br />

3)S.C.A<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

Publicitária<br />

Bom eu sou a filha mais velha, meu irmão quan<strong>do</strong> tinha quatro anos e minha irmã com 6<br />

46


Minha família teve uma vida difícil de grana. Meus pais brigavam como ção, entre eles,<br />

enfim a minha avó sempre morou com a gente desde meu irmão nasceu a pessoa melhor <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

. A nona é uma pessoa super importante com relação a afetividade eu aprendi com ela. com os<br />

meus pais também. Ela é uma figura muito importante - nona. Tenho uma filha de 13 anos <strong>que</strong> é<br />

maravilhosa, uma relação tranqüila. Hoje aprendi o limite até onde eu vou, até onde eu deixo eles<br />

virem. Não achei a direção profissional, isso é <strong>que</strong> eu <strong>que</strong>ro fazer, não estou feliz , faço quinhentas<br />

coisas.<br />

Estou pa<strong>que</strong>ran<strong>do</strong> um moço interessante primeiros passos, um novo Amor. Só.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Insegurança. Grande necessidade de apoio e aprovação<br />

Evidenciam-se imaturidade e carência afetivas e o desejo de acolhimento. Pode<br />

estabelecer relações de dependências com as pessoas <strong>que</strong> a cercam. Alterna movimentos de<br />

exposição e recolhimento de forma intensa e acentuada diante da realidade.<br />

Equilíbrio emocional frágil; sensível, desorganiza-se na expressão de seus sentimentos,<br />

tenden<strong>do</strong> a encobrí-los e/ou camuflá-los. Demonstra necessidade de maior consistência e<br />

acolhimento em seus vínculos.<br />

4) P.R.M.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

zela<strong>do</strong>r<br />

Eu até acho <strong>que</strong> minha vida é desburocratizada, muito simples.<br />

Vim com 18 anos, em 1976 para São Paulo e aí aconteceu em termos de atribulações muito<br />

poucas. Eu mudei pouco de trabalho, muito em poucas firmas. De 1976 trabalhei quatro anos numa<br />

firma, seis meses em outra e trêis anos em outra e treze nessa daí. Só não tive muitas alterações.<br />

Nesse intervalo aconteceu um desagradável acidente, veio um colega de Minas e <strong>que</strong>ria<br />

conhecer São Paulo. Eu estava muito cansa<strong>do</strong> e não <strong>que</strong>ria ir ao Jardim Miriam, mas fui e nesse<br />

bairro nós estavamos passean<strong>do</strong> e chegou uns caras para assaltar , esses caras jogou esse colega na<br />

avenida Cupece e ele foi atropela<strong>do</strong> e eu escapei corren<strong>do</strong> desses caras. Fui socorrer esse meu<br />

colega e ele já estava morto. Fui para agradar e aconteceu essa fatalidade, a família dele me culpou<br />

e foi muito chato. Eu tinha mais menos 30 anos.<br />

Perda da minha mãe quan<strong>do</strong> tinha 39 anos. Ela já sofria de pressão alta, deu derrame e<br />

achei <strong>que</strong> nunca ia perder alguém, é muito desagradável.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Presença de alto nível de ansiedade; receoso e arredio no contacto interpessoal,<br />

pronuncia<strong>do</strong> movimento de introversão, o <strong>que</strong> pode dificultar seu contacto com a realidade, em<br />

termos de tomadas de atitudes, iniciativas e expressão de sentimentos.<br />

Evidencia-se o apego ao passa<strong>do</strong>, o afastamento de cont6acto afetivo mais rico, o <strong>que</strong><br />

sugere uma modalidade esquiva e depressiva de relação com o mun<strong>do</strong>.<br />

Grande sensibilidade, sem canais adequa<strong>do</strong>s de expressão e realização. Acentua<strong>do</strong>s<br />

sentimentos de inadequação e busca de refúgio na área da fantasia.<br />

5) J.E.C.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

zela<strong>do</strong>r<br />

38 anos, zela<strong>do</strong>r<br />

Eu nasci na Paraíba, minha infância foi sofrida, meu pai deixou minha mãe quan<strong>do</strong> eu tinha<br />

4 anos, cresci nessa , sempre a gente tem a gente guarda, essa falta de um pai. O <strong>que</strong> teria <strong>que</strong> falar<br />

mais? Quer saber agora, eu acho <strong>que</strong> até agora foi um pouco sofri<strong>do</strong>, agora já superei essa crise.<br />

47


Conheci minha esposa, com a gente foi muita atribulação, com muito ciúmes, tanto da parte dela<br />

como da minha. Graças a Deus está bem.<br />

Vim para São Paulo, vim morar com minha tia e fi<strong>que</strong>i com <strong>do</strong>is anos. Vim para São Paulo<br />

com 23 par 24 anos.<br />

A<strong>do</strong>lescente gostava de futebol, de beber e só.<br />

Preocupação com a bebida, se teria continua<strong>do</strong>, teria morri<strong>do</strong>. Hoje não bebo mais.<br />

Fi<strong>que</strong>i trabalhan<strong>do</strong> com a minha tia <strong>do</strong>is anos e daí fui procurar outro serviço para ser<br />

registra<strong>do</strong> e tive <strong>que</strong> sair dela e fui morar só.<br />

Surgiu um trabalho num prédio na avenida Nove de Julho e passou <strong>do</strong>is anos, foi bom.<br />

Comecei a caminhada de prédio em prédio só.<br />

Minha esposa foi casada, conheci ela através <strong>do</strong> serviço <strong>que</strong> trabalhamos juntos. Ela se<br />

separou e nos casamos, com 25 anos.<br />

Com 32 anos a<strong>do</strong>tou uma criança, era bebê com 40 dias de vida.<br />

Só está acontecen<strong>do</strong> coisa boa.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Grande fragilidade egóica e labilidade emocional.<br />

Dificuldades pronunciadas de adaptação. Prejuízos no contacto com a realidade e nas<br />

relações interpessoais.<br />

Mecanismos de defesa frente ao mun<strong>do</strong> são frágeis e mais primitivos. Instável<br />

emocionalmente; pode apresentar formalismo e estereotipias no comportamento em busca de uma<br />

“pseu<strong>do</strong>-adaptação” à realidade.<br />

Necessidade de aceitação e auto-afirmação às custas de um grande gasto de energias.<br />

Rigidez no estabelecimento de relações com empobrecimento na expressão de afeto.<br />

2) Grupo controle escolhi<strong>do</strong>s aleatoriamente, sem nenhuma referência diagnóstica .<br />

1) A . A .<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

Matemático<br />

Minha História é complicada. Trabalho desde 15 anos, já fiz um milhão de coisas . Morei<br />

fora de São Paulo em Campo Grande, fui noivo oficialmente durante <strong>do</strong>is anos e meio. Depois<br />

desmanchei, pra mim não deu certo e voltei em 94 para São Paulo, comecei tu<strong>do</strong> de novo, minha<br />

vida pessoal e profissional. Hoje estou muito bem, vamos dizer psicologicamente , mentalmente<br />

melhoran<strong>do</strong>.<br />

Análise <strong>do</strong> desenho<br />

Afastamento e distanciamento da realidade. Precariedade nos estabelecimentos de relações<br />

interpessoais. Dificuldade de controle das emoções.a realidade é temida, tanto quanto suas reações<br />

emocionais, <strong>que</strong> podem ter um caráter hostil e agressivo.<br />

Sentimentos de inadequação e paralisia diante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> podem gerar alto nível de<br />

ansiedade.<br />

Refúgio na área de fantasia, tenden<strong>do</strong> a idealizar relações e a traçar objetivos inatingíveis,<br />

geran<strong>do</strong> frustração e recolhimento afetivo.<br />

Dificuldade de organizar e canalizar suas energias; ressaltamento de emoções inibe seu<br />

potencial de expressão e realização.<br />

Presença de necessidade de expansão de vínculos, entretanto oscila entre o isolamento e as<br />

escolhas solitárias e uma forma mais invasiva e voraz de aproximação <strong>do</strong> outros.<br />

2) M.M.G<br />

48


História <strong>do</strong> Paciente<br />

42 anos, Administração<br />

Eu nasci em 1958, me lembro da minha existência com 4 anos, antes não me lembro.<br />

Lembro da minha casa, fui cuida<strong>do</strong> pelos meus avós e não com meus pais. Minha avó<br />

faleceu bem ce<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> eu tinha 5 para 6 anos . Minha avó faleceu em meus braços, ela chegou<br />

<strong>do</strong> trabalho e faleceu. Fi<strong>que</strong>i com meu avô, minha mãe veio morar quan<strong>do</strong> eu tinha 10 anos , junto<br />

com a minha irmã . Até 6 anos com meus avós , <strong>do</strong>s 6 aos 10 com meu avô e depois com minha<br />

mãe. A relação com minha mãe não era próxima . Mais tarde fui para a<strong>do</strong>lescência era regrada.<br />

Fui para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s fi<strong>que</strong>i durante 9 meses, uma gestação, minha mãe ficou co<br />

câncer e voltei para ficar com ela <strong>do</strong>is meses, pois ela faleceu.<br />

Fi<strong>que</strong>i com meu avô e com minha irmã. Minha irmã foi para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Fui para a<br />

faculdade e meu avô faleceu com 22anos, fi<strong>que</strong>i sozinho. Fi<strong>que</strong>i treis anos sozinho, uma namorada<br />

aqui, ali e conheci uma mulher , regime peca<strong>do</strong>, comcubinato por <strong>do</strong>is anos, ia me casar só no civil.<br />

Fi<strong>que</strong>i casa<strong>do</strong> de 7 a 8 anos casa<strong>do</strong>s. Vim morar em São Paulo, pois morava no Rio, era muito<br />

feliz. Me separei com 34 anos tumultua<strong>do</strong>, tive outra mulher. Entrei em uma nova relação e fi<strong>que</strong>i<br />

um ano, muito conturba<strong>do</strong>, muitas mudanças em tu<strong>do</strong> só não no sexo. Mudei de profissão, de<br />

emprego, fui a<strong>do</strong>lescente tardio. Brin<strong>que</strong>i inconseqüentemente . No nível intelectual me desenvolvi<br />

e fez um bummmm. Depois de três a quatro anos conturba<strong>do</strong> <strong>do</strong>s 34 aos 39 anos, perío<strong>do</strong> também<br />

conturba<strong>do</strong>. Minha vida dá um livro, um romance, gibi, tem mulher tem drama. Tem tu<strong>do</strong> de um<br />

livro denso. Aí abri minha empresa e recomecei a minha vida emocional e profissional.<br />

Drogas, bebidas não sempre controle da vida. Bebia socialmente, com as drogas tinha me<strong>do</strong><br />

de perder o controle , alienação.<br />

Montei minha empresa nos <strong>último</strong>s três anos recomecei a minha vida . Recomecei por<strong>que</strong><br />

mudei e tornei-me mais leve.<br />

Era duro comigo mesmo. Preocupações no passa<strong>do</strong> , com grana hoje e mais leve. O material<br />

não é tão importante.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Instável e frágil <strong>do</strong> ponto de vista egóico. Enorme contenção de afetos; presença de<br />

sentimentos de angústia e ansiedade. Distanciamento da realidade. Grande esforço para a<br />

manutenção de seu equilíbrio e de adaptação nas relações. Tími<strong>do</strong> e receoso no contacto<br />

interpessoal. Auto-estima rebaixada e sentimentos de inadequação e inferioridade.<br />

Podem ocorrer sentimentos persecutórios, <strong>que</strong> acentuam seu recolhimento e contenção na<br />

expressão de afetos.<br />

Demonstra certa infantilidade no estabelecimento de vínculos, temen<strong>do</strong> situações de<br />

aban<strong>do</strong>no.<br />

anos.<br />

3)S.C.A<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

Publicitária<br />

Bom eu sou a filha mais velha, meu irmão quan<strong>do</strong> tinha quatro anos e minha irmã com 6<br />

Minha família teve uma vida difícil de grana. Meus pais brigavam como ção, entre eles,<br />

enfim a minha avó sempre morou com a gente desde meu irmão nasceu a pessoa melhor <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

. A nona é uma pessoa super importante com relação a afetividade eu aprendi com ela. com os<br />

meus pais também. Ela é uma figura muito importante - nona. Tenho uma filha de 13 anos <strong>que</strong> é<br />

maravilhosa, uma relação tranqüila. Hoje aprendi o limite até onde eu vou, até onde eu deixo eles<br />

virem. Não achei a direção profissional, isso é <strong>que</strong> eu <strong>que</strong>ro fazer, não estou feliz , faço quinhentas<br />

coisas.<br />

Estou pa<strong>que</strong>ran<strong>do</strong> um moço interessante primeiros passos, um novo Amor. Só.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

49


Insegurança. Grande necessidade de apoio e aprovação<br />

Evidenciam-se imaturidade e carência afetivas e o desejo de acolhimento. Pode estabelecer<br />

relações de dependências com as pessoas <strong>que</strong> a cercam. Alterna movimentos de exposição e<br />

recolhimento de forma intensa e acentuada diante da realidade.<br />

Equilíbrio emocional frágil; sensível, desorganiza-se na expressão de seus sentimentos,<br />

tenden<strong>do</strong> a encobrí-los e/ou camuflá-los. Demonstra necessidade de maior consistência e<br />

acolhimento em seus vínculos.<br />

4) P.R.M.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

zela<strong>do</strong>r<br />

Eu até acho <strong>que</strong> minha vida é desburocratizada, muito simples.<br />

Vim com 18 anos, em 1976 para São Paulo e aí aconteceu em termos de atribulações muito<br />

poucas. Eu mudei pouco de trabalho, muito em poucas firmas. De 1976 trabalhei quatro anos numa<br />

firma, seis meses em outra e trêis anos em outra e treze nessa daí. Só não tive muitas alterações.<br />

Nesse intervalo aconteceu um desagradável acidente, veio um colega de Minas e <strong>que</strong>ria<br />

conhecer São Paulo. Eu estava muito cansa<strong>do</strong> e não <strong>que</strong>ria ir ao Jardim Miriam, mas fui e nesse<br />

bairro nós estavamos passean<strong>do</strong> e chegou uns caras para assaltar , esses caras jogou esse colega na<br />

avenida Cupece e ele foi atropela<strong>do</strong> e eu escapei corren<strong>do</strong> desses caras. Fui socorrer esse meu<br />

colega e ele já estava morto. Fui para agradar e aconteceu essa fatalidade, a família dele me culpou<br />

e foi muito chato. Eu tinha mais menos 30 anos.<br />

Perda da minha mãe quan<strong>do</strong> tinha 39 anos. Ela já sofria de pressão alta, deu derrame e<br />

achei <strong>que</strong> nunca ia perder alguém, é muito desagradável.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Presença de alto nível de ansiedade; receoso e arredio no contacto interpessoal,<br />

pronuncia<strong>do</strong> movimento de introversão, o <strong>que</strong> pode dificultar seu contacto com a realidade, em<br />

termos de tomadas de atitudes, iniciativas e expressão de sentimentos.<br />

Evidencia-se o apego ao passa<strong>do</strong>, o afastamento de cont6acto afetivo mais rico, o <strong>que</strong><br />

sugere uma modalidade esquiva e depressiva de relação com o mun<strong>do</strong>.<br />

Grande sensibilidade, sem canais adequa<strong>do</strong>s de expressão e realização. Acentua<strong>do</strong>s<br />

sentimentos de inadequação e busca de refúgio na área da fantasia.<br />

5) J.E.C.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

zela<strong>do</strong>r<br />

38 anos, zela<strong>do</strong>r<br />

Eu nasci na Paraíba, minha infância foi sofrida, meu pai deixou minha mãe quan<strong>do</strong> eu tinha<br />

4 anos, cresci nessa , sempre a gente tem a gente guarda, essa falta de um pai. O <strong>que</strong> teria <strong>que</strong> falar<br />

mais? Quer saber agora, eu acho <strong>que</strong> até agora foi um pouco sofri<strong>do</strong>, agora já superei essa crise.<br />

Conheci minha esposa, com a gente foi muita atribulação, com muito ciúmes, tanto da parte dela<br />

como da minha. Graças a Deus está bem.<br />

Vim para São Paulo, vim morar com minha tia e fi<strong>que</strong>i com <strong>do</strong>is anos. Vim para São Paulo<br />

com 23 par 24 anos.<br />

A<strong>do</strong>lescente gostava de futebol, de beber e só.<br />

Preocupação com a bebida, se teria continua<strong>do</strong>, teria morri<strong>do</strong>. Hoje não bebo mais.<br />

Fi<strong>que</strong>i trabalhan<strong>do</strong> com a minha tia <strong>do</strong>is anos e daí fui procurar outro serviço para ser<br />

registra<strong>do</strong> e tive <strong>que</strong> sair dela e fui morar só.<br />

Surgiu um trabalho num prédio na avenida Nove de Julho e passou <strong>do</strong>is anos, foi bom.<br />

Comecei a caminhada de prédio em prédio só.<br />

50


Minha esposa foi casada, conheci ela através <strong>do</strong> serviço <strong>que</strong> trabalhamos juntos. Ela se<br />

separou e nos casamos, com 25 anos.<br />

Com 32 anos a<strong>do</strong>tou uma criança, era bebê com 40 dias de vida.<br />

Só está acontecen<strong>do</strong> coisa boa.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Grande fragilidade egóica e labilidade emocional.<br />

Dificuldades pronunciadas de adaptação. Prejuízos no contacto com a realidade e nas<br />

relações interpessoais.<br />

Mecanismos de defesa frente ao mun<strong>do</strong> são frágeis e mais primitivos. Instável<br />

emocionalmente; pode apresentar formalismo e estereotipias no comportamento em busca de uma<br />

“pseu<strong>do</strong>-adaptação” à realidade.<br />

Necessidade de aceitação e auto-afirmação às custas de um grande gasto de energias.<br />

Rigidez no estabelecimento de relações com empobrecimento na expressão de afeto.<br />

Meto<strong>do</strong>logia<br />

Procurou-se investigar os pacientes, através de história livre hannemaniana, colhen<strong>do</strong><br />

“ipsis literis” os da<strong>do</strong>s relata<strong>do</strong>s pelo paciente, proceden<strong>do</strong> ao exame bilateral das íris de to<strong>do</strong>s os<br />

pacientes e estabelecen<strong>do</strong> a relação desta história com as Áreas Cerebrais <strong>do</strong> Mapa Iri<strong>do</strong>lógico,<br />

comuns a to<strong>do</strong>s os pacientes, bem como com os desenhos da figura humana e desenho livre.<br />

Procedeu-se à filmagem <strong>do</strong>s olhos através de vídeoimagem, com equipamento especializa<strong>do</strong><br />

Iriscan, vídeo e TV monitor. Os pacientes foram escolhi<strong>do</strong>s aleatoriamente, sem nenhuma<br />

referência diagnóstica. Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> duplo-cego, composto de três abordagens diferentes<br />

sobre o mesmo grupo amostra.<br />

Conclusão<br />

O estu<strong>do</strong> em <strong>que</strong>stão estabeleceu relação clara entre os acha<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos e os<br />

sintomas apresenta<strong>do</strong>s pelos pacientes depressivos, plenamente compatíveis com a história clínica,<br />

bem como as figuras <strong>do</strong>s desenhos, e os Lau<strong>do</strong>s Psiquiátricos, <strong>que</strong> demonstraram concordância com<br />

os sinais e datas cronológicas observa<strong>do</strong>s na banda <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo ou colarete.<br />

Tal trabalho dá indicações de <strong>que</strong> parece existir realmente, nestes casos, to<strong>do</strong><br />

comprometimento <strong>do</strong> eixo psicoimunoneuroendócrino, abrin<strong>do</strong>, destarte, um le<strong>que</strong> de<br />

possibilidades para se atuar profilática, preventiva e curativamente, associan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> o <strong>que</strong> de<br />

clássico existe soma<strong>do</strong> à esta nova perspectiva.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, analisou-se as diferentes íris de to<strong>do</strong>s os pacientes, constatan<strong>do</strong>-se <strong>que</strong> em<br />

90% das amostras encontrou-se sinais topográficos sobre a banda <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo ou<br />

colarete, como sinal comum. Os lau<strong>do</strong>s da interpretação <strong>do</strong>s desenhos da figura humana e desenhos<br />

livre resultaram coincidentes com eventos relata<strong>do</strong>s na história livre inclusive com as datas<br />

cronológicas indicadas no exame iri<strong>do</strong>lógico.<br />

Palavras Chaves Key Words<br />

Cronorichio Cronorichio<br />

Biopatografia Biopathographic<br />

Iri<strong>do</strong>logia Iri<strong>do</strong>logy<br />

Banda <strong>do</strong> Sistema Nervoso Autônomo<br />

ou Colarete<br />

Autonomic Nervous Wreath In the Iris<br />

51


Unitermos<br />

Biopatografia: como o próprio nome indica: bio = vida, pathos = <strong>do</strong>ença e graphia =<br />

gravar. Trata-se de fatores <strong>que</strong> aconteceram, marcan<strong>do</strong> a vida <strong>do</strong> indivíduo, fazen<strong>do</strong>-o a<strong>do</strong>ecer.<br />

Deflexão: Movimento de abertura ou expansão da banda <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo ou<br />

colarete em determinadas áreas, denotan<strong>do</strong> fenômenos simpáticos, por exemplo, na área <strong>do</strong> coração,<br />

gera taquicardia.<br />

Inflexão: Movimento de fechamento ou retração da banda <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo ou<br />

colarete em determinadas áreas, denotan<strong>do</strong> fenômenos parassimpáticos, por exemplo, na área <strong>do</strong><br />

coração, gera bradicardia.<br />

Cronoríchio: Méto<strong>do</strong> de avaliacão da íris cria<strong>do</strong> por Daniele Lorito, <strong>que</strong> analisa o tempo de<br />

risco <strong>do</strong> indivíduo <strong>que</strong> se encontra impresso na banda <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo ou colarete.<br />

Diátese, segun<strong>do</strong> Trousseau, é uma predisposição congênita ou adquirida, porém essencial e<br />

invariavelmente crônica, em virtude da qual se produzem alterações múltiplas na forma, porém<br />

únicas na essência.<br />

Autores:<br />

Doroty Bermudes - Psicológa, Pós Graduada <strong>do</strong> Curso de Irisdiagnose na FACIS/IBEHE.<br />

Marilena Angeli - Psicanalista, Professora, Parapsicologa, Espec. Hipnologia, Mestranda<br />

de Pós-Graduação em Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose no FACIS/IBEHE.<br />

Carlos Magno Esscouto - Fisioterapeuta, Professor no Curso de Pós-Graduação em<br />

Acupuntura na FACIS/IBEHE.<br />

Celso Fernandes Batello - Médico Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Curso de Pós-Graduação em Iri<strong>do</strong>logiairisdiagnose<br />

na Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo, Mestran<strong>do</strong> de Homeopatia na<br />

FACIS/IBEHE.<br />

Revisão da Literatura<br />

* Aaron T. Beck, A John Rush, Brian F. Shaw, Gary Emery, Terapia Cognitiva da<br />

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52


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53


O FÍGADO E A ÍRIS: ASPECTOS FÍSICOS, PSÍQUICOS E MÍTICOS<br />

Doroty Bermudes*<br />

Marilena Angelin**<br />

Celso Batello***<br />

Resumo<br />

O Estu<strong>do</strong> em <strong>que</strong>stão procurou relacionar o simbolismo <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> através da Iri<strong>do</strong>logia<br />

somática, confrontada com o Méto<strong>do</strong> Ray-id de avaliação psíquica da Iris, uma vez existirem<br />

<strong>do</strong>is mapas topográficos iri<strong>do</strong>lógicos distintos.<br />

Por superposição de ambos os mapas, a área <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> corresponde à Área 2, ou seja,<br />

<strong>do</strong> Perdão, na Mapa Ray-Id.<br />

Com este estu<strong>do</strong> procurou-se ampliar o entendimento <strong>do</strong> humano, sob o ponto de vista<br />

mitológico Greco-Romano e da sabe<strong>do</strong>ria das Antigas Tradições, tais como Egípicia, Chinesa,<br />

e Judaico-Cristã, entre outras, tentan<strong>do</strong> proporcionar mais subsídios à Psicossomática, onde o<br />

olho, particularmente a íris, parece funcionar como micro-sistema, ou um verdadeiro banco de<br />

da<strong>do</strong>s sobre o indivíduo<br />

Abstract<br />

This study tried to relate the simbolism of liver through of Somatic Iri<strong>do</strong>logy,<br />

confronting with the Ray-Id method of Iris psychical avaliation, as there are two topographic<br />

distincts iri<strong>do</strong>logic charts.<br />

Through this study we tried to ampliate the knowledge of Human Being, at the point<br />

of view of the Greeck Roman Culture and the knowledge of the Anti<strong>que</strong> Traditions, as the<br />

Egypcian, and Irish and Cristhian, and others, trying to propose mor subsides to the<br />

somatopsychology, where the eye, particularly the iris, seem to work as micro-system, or as a<br />

trully bank of informations about the human being<br />

O FÍGADO E SEUS MITOS<br />

Aspectos físicos e psíquicos representa<strong>do</strong>s nas íris <strong>do</strong>s olhos<br />

1. Introdução<br />

Muito se tem procura<strong>do</strong> demonstrar sobre a ação somatopsíquica ou, ainda, sobre a<br />

psicossomática <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> no ser humano. Haja vista a plêiade <strong>do</strong>s ditos e crenças populares de<br />

todas as culturas, em todas as épocas e lugares, como por exemplo, “ficar verde de raiva”,<br />

“desopilar o fíga<strong>do</strong>” e ainda “vou comer o seu fíga<strong>do</strong>”.<br />

Cervantes, no seu livro Dom Quixote de La Mancha, I, XXVII cita: “estaba enamora<strong>do</strong><br />

hasta los higa<strong>do</strong>s”. Para a Acupuntura, Medicina Tradicional Chinesa, a sede da Alma Etérea<br />

está localizada no Fíga<strong>do</strong>. Na simbologia grega antiga, o fíga<strong>do</strong> estava relaciona<strong>do</strong> com a<br />

“visão”, fato este <strong>que</strong> coincide com a Medicina Tradicional Chinesa, assim como nesta mesma<br />

China Antiga, costumava-se comer o fíga<strong>do</strong> <strong>do</strong> inimigo, e não fazê-lo seria duvidar de sua<br />

coragem. <strong>Este</strong> ato significava também assimilar a coragem deste inimigo, por isso o fíga<strong>do</strong><br />

está associa<strong>do</strong> à coragem e destemor. Já na Mitologia Tupi ou Nheengatu, piá ou peá significa<br />

fíga<strong>do</strong> ou coração.<br />

É muito comum na cultura brasileira o indivíduo dizer <strong>que</strong> “sofre” <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>, sem <strong>que</strong><br />

este fato ou esta <strong>que</strong>ixa encontre eco entre os profissionais de saúde, funcionan<strong>do</strong> mais como<br />

crendice, <strong>do</strong> <strong>que</strong> algo <strong>que</strong> realmente deva ser leva<strong>do</strong> em consideração. Algo semelhante<br />

ocorreu com o coração há aproximadamente duas décadas, quan<strong>do</strong> inexistia os recursos<br />

propedêuticos atuais no <strong>que</strong> se refere às <strong>que</strong>ixas físicas e psíquicas, onde se dizia <strong>que</strong> era<br />

imaginação <strong>do</strong> paciente e <strong>que</strong> hoje sabe-se tratar, muitas vezes, de prolapso de valva mitral ou,<br />

54


ainda, até pouco tempo, desconhecia-se <strong>que</strong> o coração também funciona como um órgão<br />

endócrino, <strong>que</strong> secreta um fator natriurético, quan<strong>do</strong> o conteú<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> pode ameaçar o<br />

continente. Será <strong>que</strong> se sabe tu<strong>do</strong> a respeito <strong>do</strong> organismo, ou ainda, será <strong>que</strong> muito falta para<br />

ser desenvolvi<strong>do</strong> a respeito?<br />

Regina Soares, no seu livro “Os Olhos <strong>do</strong>s Deuses”, sobre Iri<strong>do</strong>logia, cita o fíga<strong>do</strong><br />

relaciona<strong>do</strong> ao mito de Prometeu e Epimeteu. Na mitologia grega Prometeu foi puni<strong>do</strong> por<br />

Zeus por ter leva<strong>do</strong> o Fogo ( a Mente ) à Humanidade. sem <strong>que</strong> a mesma estivesse preparada.<br />

Como castigo, Prometeu foi acorrenta<strong>do</strong> ao cume de uma montanha, e to<strong>do</strong>s os dias a Águia<br />

lhe devorava o Fíga<strong>do</strong>. No entanto, como Prometeu era imortal cada noite o fíga<strong>do</strong> voltava a<br />

crescer.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, procurou-se estabelecer uma relação entre a Iri<strong>do</strong>logia e a Mitologia<br />

Grega. Existem <strong>do</strong>is mapas topográficos na Iri<strong>do</strong>logia: um somático e outro psíquico onde se<br />

demonstrará “à posteriori”, <strong>que</strong> a área correspondente, entre outras, ao Fíga<strong>do</strong>, no mapa<br />

somático, corresponde justamente à área <strong>do</strong> Perdão no mapa topográfico psíquico.<br />

No méto<strong>do</strong> Ray-id de Iri<strong>do</strong>logia Psíquica, Denny Johnson, cria<strong>do</strong>r <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> refere<br />

<strong>que</strong> os processos de cura devem passar, necessariamente, pela resolução das dificuldades<br />

relacionadas à área <strong>do</strong> Perdão, o <strong>que</strong> confirma relações estabelecidas no Conhecimento da<br />

Antigas Tradições, com o Fíga<strong>do</strong>.<br />

Com o exposto neste primeira abordagem fica uma <strong>que</strong>stão:<br />

- Por <strong>que</strong> tanta ênfase ao fíga<strong>do</strong> ao longo das eras e <strong>do</strong>s tempos? Existe algo de real<br />

neste senti<strong>do</strong>? Por <strong>que</strong> a maioria <strong>do</strong>s brasileiros diz <strong>que</strong> sofre <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>? Deve o médico assim<br />

como os psicoterapeutas levar em consideração tal <strong>que</strong>ixa? Será <strong>que</strong> mesmo hoje se sabe tu<strong>do</strong><br />

sobre este grande laboratório humano <strong>que</strong> é o fíga<strong>do</strong>? Existe realmente a associação entre o<br />

fíga<strong>do</strong> e os sintomas psíquicos? Por<strong>que</strong> então a dissociação das <strong>que</strong>ixas, sentimentos e imagens<br />

a elas liga<strong>do</strong>s? Será <strong>que</strong> não deve ser tomada em relação às mesmas uma postura diferente e<br />

atitudes éticas, valorizan<strong>do</strong>-se estas <strong>que</strong>ixas?<br />

São estas indagações <strong>que</strong> tentaremos responder, neste trabalho, à luz da Iri<strong>do</strong>logia<br />

associada à Psicologia Analítica, no senti<strong>do</strong> de se contribuir, ainda mais, para um melhor<br />

entendimento <strong>do</strong> psicossomático ( em seus campos, fenômenos e expressão), com o intento de<br />

se contribuir para melhorar eventuais sofrimentos humanos liga<strong>do</strong>s à esta temática, seja<br />

preventiva ou terapeuticamente, sejam físicos ou psíquicos.<br />

2. Pressuposto<br />

A Iri<strong>do</strong>logia é um méto<strong>do</strong> propedêutico <strong>que</strong> permite, através da observação da íris,<br />

conhecer num da<strong>do</strong> momento, a constituição geral e parcial <strong>do</strong> indivíduo, bem como os<br />

estágios evolutivos agu<strong>do</strong>, subagu<strong>do</strong>, crônico e degenerativo das alterações <strong>que</strong> acometem um<br />

ou mais órgãos ou o organismo como um to<strong>do</strong>. Por constituição geral compreende como sen<strong>do</strong><br />

“o conjunto de caracteres morfológicos e funcionais de um indivíduo num da<strong>do</strong> momento de<br />

sua vida. (Maffei-1978) Já por constituição parcial compreende-se o órgão de cho<strong>que</strong> ou<br />

“minoris resistentiae”, ou seja, a<strong>que</strong>le ou a<strong>que</strong>les órgãos <strong>que</strong> não completaram adequadamente<br />

o seu desenvolvimento embriológico, funcionan<strong>do</strong> como verdadeiros “Calcanhares de<br />

Aquiles”, onde houver um desequilíbrio emocional ou orgânico, estes irão arcar com as<br />

conseqüências de tal desequilíbrio, justifican<strong>do</strong> o axioma organicista <strong>que</strong> diz: “Ninguém fica<br />

<strong>do</strong>ente <strong>do</strong> <strong>que</strong> <strong>que</strong>r, e sim <strong>do</strong> <strong>que</strong> pode”. Isto leva ao entendimento de <strong>que</strong> existe uma escolha<br />

ainda <strong>que</strong> abstrata ou inconsciente no indivíduo <strong>que</strong> o predispõe a determina<strong>do</strong>s males<br />

psíquicos e fisicos, assim como há limites estabeleci<strong>do</strong>s demonstra<strong>do</strong>s nos orgãos de cho<strong>que</strong> .<br />

Tais debilidades, se expressam e são refletidas na íris, através de uma topografia, onde cada<br />

órgão encontra-se representa<strong>do</strong> em um ou mais mapas iri<strong>do</strong>lógicos, permitin<strong>do</strong> uma abordagem<br />

abrangente <strong>do</strong> ser humano.<br />

55


A Iri<strong>do</strong>logia funciona como um “pré-diagnóstico”, onde a detecção <strong>do</strong>s órgãos de<br />

cho<strong>que</strong> permite mais facilmente a elaboração <strong>do</strong> diagnóstico propriamente dito, e incluin<strong>do</strong>-se<br />

exames complementares <strong>que</strong> venham a confirmar as suspeitas clínicas, agin<strong>do</strong>, portanto, como<br />

um agente facilita<strong>do</strong>r para se chegar ao diagnóstico clínico correto.<br />

Segue um mapa iri<strong>do</strong>lógico:<br />

MAPA<br />

Observan<strong>do</strong>-se o mapa pode-se notar <strong>que</strong> a íris direita reflete a hemimetade direita e,<br />

por conseqüente, a íris es<strong>que</strong>rda reflete a hemimetade es<strong>que</strong>rda <strong>do</strong> organismo humano.<br />

Convém observar a posição <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> situa<strong>do</strong> próximo às 8 horas na íris direita e da<br />

sua imagem em espelho Pâncreas e Baço na íris es<strong>que</strong>rda, próximo às 4 horas como se fosse<br />

um marca<strong>do</strong>r de um relógio no mapa topográfico, posto <strong>que</strong> estas áreas são objetos deste<br />

trabalho.<br />

Pode-se dizer <strong>que</strong> o mapa em <strong>que</strong>stão revela o soma <strong>do</strong> indivíduo, muito embora as<br />

áreas cerebrais topográficas na íris forneçam substratos orgânicos para manifestações psíquicas<br />

- entretanto, como foge <strong>do</strong> escopo deste trabalho, fica apenas como citação para demonstrar<br />

<strong>que</strong> também é possível se fazer relações psíquicas com as referidas áreas “per si”.<br />

Existe, entretanto, o méto<strong>do</strong> Ray Id (ray=raio + id=inconsciente), de avaliação da íris<br />

<strong>que</strong> enfoca o psiquismo <strong>do</strong> indivíduo.<br />

Trata-se de uma abordagem <strong>que</strong> possui uma mapa totalmente distinto <strong>do</strong> anterior<br />

utilizan<strong>do</strong>-se como chave de análise tanto a Psicanálise como a Psicologia Analítica, sem<br />

prejuízo de ambas, uma vez <strong>que</strong> da mesma maneira <strong>que</strong> “a Medicina é uma só, o <strong>que</strong> diferem<br />

entre si, são, tão somente, as técnicas e méto<strong>do</strong>s terapêuticos (Celso Batello-l998), por<strong>que</strong> os<br />

autores da mesma maneira preconizam <strong>que</strong> “a psicologia é uma só, o <strong>que</strong> variam são os<br />

enfo<strong>que</strong>s e as abordagens, embora visem o humano em seu equilíbrio , os paradigmas e visões<br />

sobre o Homem se diferenciam dan<strong>do</strong> a técnica e a terapia escolhida” ( os autores ), mesmo<br />

por<strong>que</strong> segun<strong>do</strong> Einstein: “Todas as religiões, todas as artes e todas as ciências são ramos de<br />

uma mesma árvore, onde estas aspirações visam ao enobrecimento da vida humana, elevan<strong>do</strong>-a<br />

acima das esferas da existência puramente material e conduzin<strong>do</strong> o indivíduo para a liberdade”.<br />

Tal afirmativa demonstra <strong>que</strong>, mesmo com objetivos diferentes as finalidades são<br />

convergentes, porém manten<strong>do</strong> as suas vertentes diferentes. O conceito de Einstein aponta para<br />

a complementariedade numa ordem complexa e não de igualdade, <strong>que</strong> pode obscurecer a<br />

importância das diferenças.<br />

O méto<strong>do</strong> Ray Id permite avaliar o <strong>que</strong> Denny Johnson, cria<strong>do</strong>r <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>, define<br />

como Padrões Básicos, Introversão, Extroversão, Pre<strong>do</strong>minância Hemisférica Cerebral e Áreas<br />

Específicas de Psiquismo, entre as quais se abordará a área 2 <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> mapa, <strong>que</strong> Johnson<br />

designa como sen<strong>do</strong> a Área <strong>do</strong> Perdão, <strong>que</strong> possui atribuições psíquicas específicas, como se<br />

colocará posteriormente.<br />

Segue o Mapa Ray Id.<br />

MAPA RAY ID<br />

56


Observar <strong>que</strong> trata-se de uma imagem topográfica em espelho, onde a íris direita<br />

representa as relações masculinas e, por conseguinte, a íris es<strong>que</strong>rda representa as relações<br />

femininas, isto é, a mesma área específica recebe influência distinta deste ou da<strong>que</strong>le mo<strong>do</strong>,<br />

conforme a íris em <strong>que</strong> se acha situada.<br />

Os autores procuram partir <strong>do</strong> pressuposto <strong>do</strong> princípio de Holismo de <strong>que</strong> as partes<br />

fazem parte <strong>do</strong> to<strong>do</strong>, e <strong>que</strong> se melhorar o to<strong>do</strong> melhoram-se as partes, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> <strong>que</strong> se<br />

melhorarem as partes melhora-se o to<strong>do</strong>, porém <strong>que</strong> o to<strong>do</strong> é maior <strong>que</strong> a simples soma das<br />

partes, portanto a melhora de um órgãos com to<strong>do</strong> o seu simbolismo pode redundar na melhora<br />

<strong>do</strong> humano.<br />

A seguir, para efeito de esclarecimento, segue o significa<strong>do</strong> da área 2 <strong>do</strong> mapa Ray Id,<br />

onde no aspecto positivo a área <strong>do</strong> Perdão reflete: capacidade de receber amor, manifestações<br />

de criatividade e capacidade sociais, planejamento, liderança, venturoso, independente,<br />

paciência, humanitário, observa<strong>do</strong>r e responsável. Já no seu aspecto negativo esta área pode<br />

refletir me<strong>do</strong> <strong>do</strong> fracasso, tendência a ser mártir e masoquista, ao vício, à manipulação,<br />

autoflagelação, ansiedade e inquietude.<br />

O tema a ser desenvolvi<strong>do</strong> procura demonstrar a relação da psi<strong>que</strong> (sentimentos)<br />

relaciona<strong>do</strong>s com os “órgãos de cho<strong>que</strong>” <strong>que</strong> encontram representações topográficas na íris.<br />

Podemos assim trazer uma contribuição importante no mo<strong>do</strong> de se “ver” o humano e, a partir<br />

daí, se propor algo <strong>que</strong> acresça, no senti<strong>do</strong> de incrementar ainda mais as condutas <strong>que</strong><br />

reequilibrem o indivíduo em to<strong>do</strong>s os níveis possíveis e de buscar uma redimensão na<br />

compreensão <strong>do</strong>s caminhos <strong>do</strong> Humano, através da correlação com o universo simbólico.<br />

Os autores escolheram como ponto de partida para este entendimento a área n.º 2 <strong>do</strong><br />

mapa Ray Id, qual seja à <strong>do</strong> Perdão, <strong>que</strong> interseccionada com o mapa clássico somático,<br />

resultou na área <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> com a sua representação física e simbólica para o humano.<br />

É interessante reafirmar <strong>que</strong> as imagens em espelho da área topográfica na íris es<strong>que</strong>rda<br />

é justamente a área <strong>do</strong> Baço Pâncreas, <strong>que</strong> é confirmada pelos dizeres de Platão, no Trata<strong>do</strong><br />

Enigmas e Mistérios <strong>do</strong> Universo, ou Timeu e Criteas, no capítulo “Alma Apetitiva” <strong>que</strong> diz:<br />

“No <strong>que</strong> tange à estrutura da víscera vizinha ao fíga<strong>do</strong>, o baço, a sua posição, ele foi forma<strong>do</strong><br />

à es<strong>que</strong>rda <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>, e por sua causa. É a fim de mantê-lo sempre claro e níti<strong>do</strong>, como uma<br />

substância constantemente pronta a fazer o papel de espelho <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> e própria para receber<br />

impressões. Por esta causa, quan<strong>do</strong> as impurezas se produzem no fíga<strong>do</strong> pelo efeito das<br />

<strong>do</strong>enças <strong>do</strong> corpo, a porosidade <strong>do</strong> baço as purifica, receben<strong>do</strong>-as todas, pois ele as absorve,<br />

por ser o seu teci<strong>do</strong> oco e exangue. Daí vem <strong>que</strong>, quan<strong>do</strong> ele se locupleta dessa impureza,<br />

incha e se torna volumoso e interiormente malsão. Em seguida, quan<strong>do</strong> o corpo é purga<strong>do</strong>,<br />

desincha e retoma o seu volume primitivo”.<br />

3. Aspectos estruturais e dinâmicos <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong><br />

3.1. Anatomia<br />

O fíga<strong>do</strong> é o maior órgão <strong>do</strong> organismo. Está situa<strong>do</strong> pre<strong>do</strong>minantemente no la<strong>do</strong><br />

direito <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>mem, sob o diafragma. Possui uma cor par<strong>do</strong>-avermelhada e pesa<br />

aproximadamente 1,800 kg. Seu tamanho é de aproximadamente 22 cm, 17cm e 10 cm através<br />

de sua parte mais larga.<br />

Segun<strong>do</strong> os capítulos referente ao Fíga<strong>do</strong> na Enciclopédia Medicina e Saúde, Edit.<br />

Abril, l970, a unidade funcional básica <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> é o lóbulo hepático, uma estrutura cilíndrica<br />

com vários milímetros de comprimento e de 0,8 a 2 mm de diâmetro. O Fíga<strong>do</strong> humano contém<br />

50.000 a 100.000 lóbulos. O lóbulo hepático se forma em torno de uma veia central, como raios<br />

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de uma roda. Cada placa hepática tem geralmente a espessura de duas células, e entre as células<br />

adjacentes localizam-se os pe<strong>que</strong>nos canalículos biliares, os quais desembocam nos condutos<br />

biliares terminais <strong>que</strong> se formam nos septos, entre os lóbulos hepáticos adjacentes.<br />

3.2. Funções<br />

Exerce múltiplas funções trata-se de um <strong>do</strong>s órgãos maiores <strong>do</strong> corpo humano. É o<br />

elemento central <strong>do</strong> metabolismo intermediário ou, para deixar clara a imagem, o laboratório<br />

<strong>do</strong> corpo. São tantas e tão variadas funções, <strong>que</strong> é impossível separar suas ações das <strong>do</strong>s<br />

outros sistemas orgânicos. O fíga<strong>do</strong> opera como órgão individualiza<strong>do</strong>.<br />

As funções principais <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> mencionadas na Enciclopédia Medicina e Saúde,<br />

editada em l970, podem ser divididas em :<br />

1) Armazenagem de energia: o fíga<strong>do</strong> produz glicogênio (ami<strong>do</strong>) e o armazena (cerca<br />

de quinhentas calorias por quilo). Simultaneamente, os carbohidratos são transforma<strong>do</strong>s em<br />

gordura e armazena<strong>do</strong>s em depósitos de gordura por to<strong>do</strong> o corpo.<br />

2) Geração de energia: com os aminoáci<strong>do</strong>s e os componentes gordurosos ingeri<strong>do</strong>s<br />

nos alimentos, o fíga<strong>do</strong> produz glicose ( = energia). Toda essa gordura vai para o fíga<strong>do</strong> e pode<br />

ser usa<strong>do</strong> e <strong>que</strong>imada para produzir energia.<br />

3) Metabolismo da albumina: além de sintetizar aminoáci<strong>do</strong>s, o fíga<strong>do</strong>, também, é<br />

capaz de sintetizar outros. Assim se torna um órgão de ligação entre a albumina (proteína) <strong>do</strong>s<br />

reinos animal e vegetal, <strong>que</strong> constitui a nossa alimentação, e a proteína humana. Os vários tipos<br />

de proteína são por certo bastante diferentes entre si, no entanto, os componentes <strong>que</strong> formam<br />

as proteínas - os aminoáci<strong>do</strong>s - são universais. (A título de analogia, uma grande variedade de<br />

tipos de casa individuais - as proteínas - podem ser construídas com os mesmos tijolos - os<br />

aminoáci<strong>do</strong>s). As diferenças específicas entre a proteína vegetal, a animal e a humana são as<br />

funções <strong>do</strong>s vários padrões em <strong>que</strong> os aminoáci<strong>do</strong>s são organiza<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> a seqüência exata<br />

codificada no ADN.<br />

4) Formação e destruição <strong>do</strong>s glóbulos vermelhos e<br />

5) Desintoxicação: tanto as toxinas <strong>do</strong> próprio corpo como as outras procedências são<br />

desativadas no fíga<strong>do</strong> e solubilizadas, para serem eliminadas através da vesícula biliar e <strong>do</strong>s<br />

rins. Além disso, a bilirrubina (um sub-produto da decomposição das células vermelhas <strong>do</strong><br />

sangue, a hemoglobina) - (operação termodinâmica) tem de ser transformada pelo fíga<strong>do</strong> numa<br />

substância <strong>que</strong> possa ser eliminada. Qual<strong>que</strong>r interrupção desse processo provoca icterícia.<br />

Finalmente, o fíga<strong>do</strong> sintetiza a uréia <strong>que</strong> é excretada através <strong>do</strong>s rins. ( Enciclopédia Medicina<br />

e Saúde, l970)<br />

4. Interpretação Simbólica<br />

O Suwen, Trata<strong>do</strong> Básico da Medicina Tradicional Chinesa, atribui ao fíga<strong>do</strong> o sabor<br />

amargo e a cor verde. O fíga<strong>do</strong>, diz esse trata<strong>do</strong>, é o gera<strong>do</strong>r de forças; ele é o general <strong>que</strong><br />

elabora os planos, e a vesícula biliar é o juiz <strong>que</strong> decide e condena. Gera<strong>do</strong>r de forças e, ao<br />

mesmo tempo, gera<strong>do</strong>r da cólera e da coragem, e das virtudes guerreiras em geral.<br />

Jean Chevalier e Alain Gheerbrant , no Dicionário de Símbolos, 1906 nos fala <strong>do</strong><br />

fíga<strong>do</strong> visto sob vários pontos de vista, de acor<strong>do</strong> com varia<strong>do</strong>s locais e culturas.Nas línguas <strong>do</strong><br />

Extremo Oriente, numerosas expressões significam o fíga<strong>do</strong> - mas, sobretu<strong>do</strong>, o fel - <strong>que</strong> têm,<br />

ao mesmo tempo, o senti<strong>do</strong> de coragem. A acepção de amargura é igualmente conhecida na<br />

Europa; algumas vezes, também como alegria.<br />

Na China antiga, costumava-se comer o fíga<strong>do</strong> <strong>do</strong>s inimigos; não fazê-lo seria duvidar<br />

de sua coragem. Esse ato significava também assimilar a coragem <strong>do</strong>s inimigos O mesmo se<br />

passava em todas as culturas antigas americanas, ( Incas, Astecas, Toltecas e Maias) <strong>que</strong><br />

comiam o fíga<strong>do</strong> <strong>do</strong> inimigo para angariar-lhe a coragem.. Usava-se o fel das lebres na<br />

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fundição das espadas. Kong-yin abriu o próprio ventre para substituir seu fíga<strong>do</strong> pelo fíga<strong>do</strong> de<br />

seu senhor, morto em combate.<br />

No Kampuchera (Camboja), no Laos e no Champa, costumava-se preservar to<strong>do</strong>s os<br />

anos uma certa porção de fel humano, obti<strong>do</strong> por meio de sutis agressões: esse fel era usa<strong>do</strong> na<br />

preparação de uma beberagem <strong>que</strong> se dava aos chefes, e servia para esfregar a cabeça <strong>do</strong>s<br />

elefantes de guerra.” - ( para lhes passar estratégias.)<br />

Dentro da Astrologia, da Mitologia Antigas e hoje da Antroposofia, o Fíga<strong>do</strong> é<br />

regi<strong>do</strong> por Júpiter e o entendimento maior sobre o Mito <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> e de Júpiter temos <strong>que</strong><br />

nos reportar ao Mito de Prometeu e Epimeteu em sua ligação o Zeus <strong>do</strong> Olimpo)<br />

Mito de Prometeu - O fíga<strong>do</strong> de Prometeu está como a sede <strong>do</strong>s desejos. A águia<br />

representa a Vontade (Atma) - ela vem retirar <strong>do</strong>s desejos o <strong>que</strong> é útil à Vontade. Vem unir<br />

o desejos sãos à Vontade Maior. A vontade retira <strong>do</strong>s desejos o <strong>que</strong> é de Atma. (Céus).<br />

Prometeu segun<strong>do</strong> a Mitologia Grega, foi o Grande Herói, <strong>do</strong> qual descende a<br />

Humanidade na Terra, a 4 a . Raça da Humanidade na Terra <strong>que</strong> passou a ter a chispa divina, a<br />

consciência, o fogo mental, atributos então apenas <strong>do</strong>s seres divinos, <strong>que</strong> graças a Prometeu,<br />

filho de um Titã de Jápeto com Clímene passou a residir nos <strong>que</strong> habitavam a Terra. Prometeu<br />

não aquilatou o merecimento e o preparo da Humanidade para atingir o Fogo, ou a<br />

Consciência (<strong>que</strong> representa responsabilidade e justiça) e sem aquilatar as consequências<br />

advindas de tal feito da natureza, o fato é <strong>que</strong> a “Humanidade” de então não dirigiu essa Luz de<br />

<strong>que</strong> dispunha em harmonia a Luz <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> Divino, seus desejos não eram conduzi<strong>do</strong>s a<br />

ideais, portanto seus desejos e metas não estavam em Harmonia com a Vontade de Atma, com<br />

os Leis de Equilíbrio Universal) . Falta-lhe moderação, ainda <strong>que</strong> seus ideais sejam de amor.<br />

Contu<strong>do</strong> seu irmão, sua contra-parte Epimeteu, deixou-se enganar pela ilusão, pela sedução<br />

de Pan<strong>do</strong>ra. Zeus, então, para impor os limites necessários aos homens desenfrea<strong>do</strong>s, resolveu<br />

castigar o responsável. Enviou Prometeu para o mais alto cume de Cáucaso (uma região<br />

montanhosa da Rússia), e ordenou <strong>que</strong> Hefestos (o deus <strong>do</strong> fogo) o acorrentasse ao roche<strong>do</strong>. Lá<br />

permaneceu o jovem aventureiro por 30 anos, solitário, sem repouso, exposto às intempéries <strong>do</strong><br />

tempo, sem poder se mexer. Como se não bastasse, uma águia to<strong>do</strong>s os dias comia o seu<br />

fíga<strong>do</strong>, (assento das paixões) e levava aos céus, para Atma, e à noite, voltava a crescer. Apolo,<br />

Zeus, Héfestos e Quiron então se aproximaram de Prometeu e fizeram com <strong>que</strong> os desejos<br />

<strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> se convertam em ideais <strong>do</strong> To<strong>do</strong>, forman<strong>do</strong> então um pacto ou aliança. Daí por<strong>que</strong> a<br />

Águia, símbolo de sabe<strong>do</strong>ria, leva para Atma, para os céus o <strong>que</strong> de bom <strong>do</strong>s desejos, podem<br />

se converter em Vontade Superior e segue-se a demonstração de <strong>que</strong> ele voltará a crescer,<br />

por<strong>que</strong> o fíga<strong>do</strong> está servin<strong>do</strong> de lin<strong>que</strong> entre os desejos <strong>do</strong> Homem e à Vontade <strong>do</strong> To<strong>do</strong>, e<br />

<strong>que</strong> esta Vontade, pode residir nele.<br />

O fíga<strong>do</strong> é o elo de ligação entre o corpo físico e o mun<strong>do</strong> psíquico ( individual e<br />

coletivo) Alquimista, o transmuta<strong>do</strong>r - é nele <strong>que</strong> todas as emoções se descarregam e nele<br />

todas as emoções se equlibram, e, a partir disto, muda os radicais. Trabalha as operações<br />

termo-dinâmicas Órgão de impacto - assume o papel <strong>do</strong> astral no físico. Tem correspondência<br />

com o etero fisico astral, por isto está em estreita relação com a Tela Atômica conhecida e<br />

estudada pelos Físicos da Atualidade e pela Teosofia... É responsável pelas visões e sonhos<br />

noturnos. O fíga<strong>do</strong> determina o equilíbrio entre o tempo <strong>do</strong>s sonhos e o tempo da vigília. Seu<br />

trabalho é fazer ver a parte essencial das coisas e fazer lin<strong>que</strong> entre o corpo físico e o psíquico,<br />

individual e coletivo. Platão em “A República” coloca <strong>que</strong> os Deuses vêm o futuro direto. O<br />

fíga<strong>do</strong> foi cria<strong>do</strong> para poder-se ver através dele, o futuro. O Fíga<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong> pela<br />

Psicosomatologia e Antroposofia como preserva<strong>do</strong>r das toxinas psíquicas e regula<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

equilíbrio geral, e por isto mesmo <strong>do</strong>mina os sonhos. Na Cultura Hebraica, o fíga<strong>do</strong> é<br />

representa<strong>do</strong> pela palavra o “Caved”, e ela significa ao mesmo tempo peso, potência e ri<strong>que</strong>za<br />

( atributos de Júpiter. Júpiter negativo no Tema Natal, revela <strong>que</strong> o Nativo apresenta falta de<br />

moderação, ideais eleva<strong>do</strong>s demais para se concretizarem, idéias exageradas, ambição<br />

desmedida. A mensagem de Júpiter diz <strong>que</strong> não é a conquista ou produto final <strong>do</strong> deseja<strong>do</strong>,<br />

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<strong>que</strong> traz os aborrecimentos, mas o <strong>que</strong> fará com a conquista ou com o produto final. (Marysol<br />

González e Geraldyn Waxkowsky - Astrologia Carmica Básica - El pasa<strong>do</strong> y el presente)<br />

5. Abordagem <strong>do</strong> Problema<br />

O valor mítico <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> e sua representação na Iri<strong>do</strong>logia Somática Clássica,<br />

associada ao méto<strong>do</strong> Ray Id de avaliação psíquica, está relaciona<strong>do</strong> ao Perdão, como já visto<br />

anteriormente.<br />

Ocorre <strong>que</strong> através <strong>do</strong> mapa iri<strong>do</strong>lógico somático com informações sobre os “órgãos de<br />

cho<strong>que</strong>” <strong>do</strong> indivíduo e em se conhecen<strong>do</strong> quais sejam, pode-se montar uma estratégia<br />

psicossomática com o intento de se restabelecer a harmonia <strong>do</strong> humano, no caso escolheu-se o<br />

Fíga<strong>do</strong> dada a sua ri<strong>que</strong>za de descrição ao longo das eras e das civilizações. Na Sabe<strong>do</strong>ria das<br />

Antigas Tradições diz-se <strong>que</strong> o Fíga<strong>do</strong> está relaciona<strong>do</strong> à adaptação <strong>do</strong> humano frente às mais<br />

diversas situações. O per<strong>do</strong>ar, porventura, também não é uma adaptação, à medida <strong>que</strong> se<br />

transforma o sentimento?<br />

Finalmente, Platão em Timeu e Criteas, no capítulo Alma Apetitiva cita:<br />

....“A parte da alma <strong>que</strong> tem o apetite <strong>do</strong> comer e <strong>do</strong> beber, e de tu<strong>do</strong> <strong>que</strong> o corpo tem<br />

necessidade natural, os deuses alojaram na região <strong>que</strong> se estende depois <strong>do</strong> diafragma, e <strong>que</strong> é<br />

limitada pelo umbigo. Em to<strong>do</strong> este espaço organizaram uma como <strong>que</strong> manje<strong>do</strong>ura para a<br />

nutrição <strong>do</strong> corpo. E lá ligaram esta parte da alma, como uma besta <strong>que</strong> deve ser bem<br />

alimentada, para a preservação da espécie humana. É então a fim de <strong>que</strong>, sacian<strong>do</strong>-se sempre<br />

perto de sua manje<strong>do</strong>ura, situada o mais longe possível da parte <strong>que</strong> delibera, e causan<strong>do</strong>-lhe<br />

o mínimo possível de transtorno e ruí<strong>do</strong>, pode deixar essa parte mestra em paz, sobretu<strong>do</strong><br />

quanto ao <strong>que</strong> concerne o bem <strong>do</strong> conjunto das partes <strong>do</strong> corpo; é, digo, por esta razão, <strong>que</strong><br />

lhe designaram um tal lugar. Bem sabiam <strong>que</strong> ela nunca poderia escutar a razão, e <strong>que</strong> se, por<br />

vezes, poder-lhe-ia chegar qual<strong>que</strong>r sentimento, jamais lhe seria natural prestar atenção às<br />

razões, e <strong>que</strong>, constantemente, não fosse o fíga<strong>do</strong>, noite e dia, esta alma seria principalmente<br />

guiada por visões e fantasmas. Em virtude dessas considerações, um deus inventou para ela a<br />

estrutura <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> e colocou-a no lugar <strong>que</strong> lhe foi feito. Fez o fíga<strong>do</strong> liso, espesso, brilhante,<br />

conten<strong>do</strong> a <strong>do</strong>çura e o amargor; e a veemência <strong>do</strong>s pensamentos vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> intelecto vem ter<br />

sobre ele como sobre um espelho, <strong>que</strong> recebe raios e deixa aparecer as imagens. Por isto, o<br />

intelecto surpreende o fíga<strong>do</strong>. Fre<strong>que</strong>ntemente, utilizan<strong>do</strong> para este efeito o amargor <strong>do</strong><br />

fíga<strong>do</strong>, ele lhe apresenta visões assusta<strong>do</strong>ras; sutilmente mistura a acidez em to<strong>do</strong> o fíga<strong>do</strong>; faz<br />

aparecer cores de bile, ou então o contrai e o torna inteiramente rugoso e coberto de estrias.<br />

Outras vezes, ao contrário, encurva e contrai o lobo, e faz os canais colé<strong>do</strong><strong>que</strong>s deixarem sua<br />

posição retilínea; opila e fecha as saídas provocan<strong>do</strong> sofrimentos e náuseas. Outras vezes<br />

ainda, um sopro ligeiro e suave vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> intelecto esboça sobre os fíga<strong>do</strong> os espectros da<br />

natureza contrária aos primeiros e apazigua seu amargor, pois este sopro só afeta e se prende<br />

ao <strong>que</strong> é de natureza oposta. Utilizan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>çura <strong>que</strong> o próprio fíga<strong>do</strong>, encerra, recompõe e<br />

liberta todas as suas porções planas e lisas. Torna assim alegre e serena a parte da alma<br />

alojada em torno <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>. Durante a noite, acalma-a e a torna capaz, durante o sono, de<br />

usar a adivinhação, pois não participa nem <strong>do</strong>s raciocínios, nem da reflexão”.<br />

Desintoxicação: a capacidade de desintoxicação <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> pressupõe uma<br />

possibilidade de discriminar e avaliar, pois a desintoxicação se torna impossível quan<strong>do</strong> não se<br />

consegue separar o <strong>que</strong> é nocivo <strong>do</strong> <strong>que</strong> não é. Portanto, distúrbios hepáticos sugerem<br />

problemas de avaliação e valorização, indicam incapacidade de optar pelo <strong>que</strong> é útil ou inútil (<br />

nutrição ou veneno? ) e re<strong>que</strong>r isto no plano físico/material/alimentar, como no<br />

comportamental, intelectual e na postura interior. Portanto, distúrbios hepáticos são a<br />

demonstração de conflitos e desarmonia de separação, avaliação ( discernimento). Enquanto<br />

se é capaz de avaliar o <strong>que</strong> serve, o <strong>que</strong> não serve, e souber até <strong>que</strong> ponto pode-se processar e<br />

digerir os alimentos, nunca surgirá o problema de “cometer excesso”. O fíga<strong>do</strong> só a<strong>do</strong>ece<br />

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devi<strong>do</strong> aos excessos <strong>que</strong> se comete: demasiada gordura, comer demais, beber em excesso,<br />

tomar drogas de forma exagerada, etc. O fíga<strong>do</strong> também reage, além da qualidade, também à<br />

quantidade <strong>do</strong> <strong>que</strong> se assimila ( de alimento ) e de formas astrais, ou emocionais, <strong>do</strong>s desejos<br />

instintivos animais , enfim <strong>do</strong>s desejos, as quais o psiquismo não pode agüentar. Um fíga<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>ente mostra <strong>que</strong> a pessoa está assimilan<strong>do</strong> algo em demasia ( absorver tu<strong>do</strong> <strong>que</strong> para ele é<br />

prazer, desejo) - algo <strong>que</strong> ultrapassa sua capacidade de elaboração; mostra a falta de<br />

moderação, idéias exageradas de expansão e ideais eleva<strong>do</strong>s demais. (Thorwald Dethlefsen, A<br />

Doença como Caminho, l994)<br />

Portanto o fíga<strong>do</strong> somente a<strong>do</strong>ece quan<strong>do</strong> não se tem capacidade de processar,<br />

reciclar, o <strong>que</strong> se assimila, tanto em nutrição, quanto em pensamentos e emoções. É<br />

interessante notar <strong>que</strong> a ambição desmedida, principalmente a <strong>que</strong> é voltada apenas para o<br />

Ego, ou apenas para si mesmo, acarreta <strong>que</strong> o fim obti<strong>do</strong>, ou o bem não se processa, ou seja,<br />

não se recicla, não passa pelos demais, não se divide para multiplicar-se - o fim não atinge<br />

sua plena função; não estabelece, enfim a Harmonia com o To<strong>do</strong> - o mesmo com os alimentos,<br />

o <strong>que</strong> não se digere, e o <strong>que</strong> não se recicla se volta contra si mesmo, por sua inutilidade<br />

global.<br />

O fíga<strong>do</strong> tem a ver com o <strong>que</strong>rer, com o desejo, por isto denomina<strong>do</strong> por todas as<br />

ciências da antigüidade como a sede <strong>do</strong>s desejos, Kama, (ciência Hindu) assentamento <strong>do</strong><br />

corpo de desejos e da alma etérea ( parte da alma relaciona<strong>do</strong> ao etero físico - físico e<br />

eletromagnetismo animal) . O <strong>que</strong>rer demais gera uma reação <strong>que</strong> visa o equilíbrio - o <strong>que</strong>rer<br />

de menos. É assim <strong>que</strong> o fíga<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> fica “<strong>do</strong>ente” faz com <strong>que</strong> a pessoa, demonstre perda<br />

total de energia, perde a potência sexual, perde o desejo até pela própria vida, perde a noção <strong>do</strong><br />

aqui-agora, perde o apetite por comida ou bebida. Portanto a causa moral da “<strong>do</strong>ença” é não<br />

saber a qualidade e a quantidade <strong>do</strong> <strong>que</strong> se <strong>que</strong>r. Com isto, a pessoa, para se preservar, ou para<br />

moderar a <strong>do</strong>r <strong>que</strong> pode acompanhar a “<strong>do</strong>ença” começa a controlar seus pensamentos,<br />

emoções e paixões por<strong>que</strong> é avisada pelo seu próprio fíga<strong>do</strong> <strong>que</strong> eles estão lhe fazen<strong>do</strong> mal -<br />

como também começará a comer apenas o necessário e melhorará a qualidade <strong>do</strong> <strong>que</strong> come.<br />

Segun<strong>do</strong> o autor acima, ”O fíga<strong>do</strong> extrai a proteína animal e vegetal <strong>do</strong>s alimentos <strong>que</strong><br />

ingerimos, alteran<strong>do</strong> a organização espacial das moléculas <strong>do</strong>s aminoáci<strong>do</strong>s. Em outras<br />

palavras, enquanto retém os componentes isola<strong>do</strong>s de formação individual (os aminoáci<strong>do</strong>s), o<br />

fíga<strong>do</strong> altera o mo<strong>do</strong> como os mesmos são estrutura<strong>do</strong>s no espaço, provocan<strong>do</strong> um salto<br />

qualitativo, e, por conseguinte, um salto evolutivo <strong>do</strong> reino vegetal e animal, para o reino<br />

humano”.<br />

Isto se dá a nível físico, o mesmo se dá com relação ao <strong>que</strong> assimilamos e digerimos<br />

no nível mental e emocional. Na Medicina socrática ou pré-socrática, a qualidade de vida<br />

estava diretamente dependente e relacionada com a relação <strong>do</strong> Homem com seu entorno,<br />

também, é claro com o papel social <strong>que</strong> desempenha. À medida <strong>que</strong> ele sabe assimilar,<br />

discernir ou digerir e distribuir torna-se um canal entre o animal e o humano, e no caminho da<br />

evolução para o Divino.<br />

A pessoa <strong>que</strong> sofre <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>, ou <strong>que</strong> tem problemas com o per<strong>do</strong>ar, deve fazer a si<br />

mesma as seguintes perguntas, segun<strong>do</strong> aula proferida pelo Prof. Michel Echeni<strong>que</strong> Isasa, no<br />

Curso “Caminho <strong>do</strong> Êxito” e “Como vencer a Solidão”, bem como no Encontro Anual de<br />

Medicina Comportamental, realiza<strong>do</strong> no Tenesse-EUA no dia 06.04.2000:<br />

1- Quais foram os motivos internos e externos <strong>que</strong> me impedem de fazer avaliações<br />

diárias sobre mim mesmo?<br />

2- O <strong>que</strong> me impede muitas vezes de fazer um discernimento correto entre o <strong>que</strong> é<br />

bom para mim e para to<strong>do</strong>s, e o <strong>que</strong> não é bom nem para mim ou para o to<strong>do</strong>?<br />

3- Em <strong>que</strong> senti<strong>do</strong> an<strong>do</strong> cometen<strong>do</strong> excessos? Até <strong>que</strong> ponto estou “voan<strong>do</strong> alto<br />

demais” (idéias de grandeza) e onde venho ultrapassan<strong>do</strong> os limites”?<br />

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4- Acaso me preocupo comigo mesmo e com ao âmbito da minha “religio”, de minha<br />

religação com a fonte primordial? Ou o mun<strong>do</strong> da multiplicidade está impedin<strong>do</strong> minha<br />

percepção intuitiva? Os temas filosóficos ocupam uma parte muito pe<strong>que</strong>na na minha vida?<br />

5- Volto meu ser para o externo, para o social, para a grande família universal?<br />

Pode-se considerar simplesmente como acaso, o fato da Igreja Católica, neste final<br />

de <strong>milênio</strong>, ter escolhi<strong>do</strong> o ano 2.000, como sen<strong>do</strong> o Ano Mundial <strong>do</strong> Perdão?<br />

O Perdão<br />

Como já menciona<strong>do</strong> no mapa Ray Id, existe a área correspondente ao Perdão. Quan<strong>do</strong><br />

o indivíduo apresenta algum sinal nesta área, pode denotar atitudes tanto positivas quanto<br />

negativas. Como positivas menciona-se: a capacidade de receber amor, criatividade,<br />

independência, senso humanitário, poder de observação, responsabilidade, liderança,<br />

capacidade de planejamentos sociais. Já no aspecto negativo pode ocorrer: me<strong>do</strong> <strong>do</strong> fracasso,<br />

ressentimento, tendência a ser mártir, masoquismo, ansiedade, auto flagelação, inquietude e<br />

tornar-se um indivíduo manipula<strong>do</strong>r. Cria<strong>do</strong>r <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Ray Id, Denny Johnson, refere <strong>que</strong><br />

para se usar melhor os potenciais de todas as demais áreas o indivíduo deve passar pelo perdão<br />

sincero, posto <strong>que</strong> somente assim pode-se tornar um ser verdadeiramente livre e fazer uma auto<br />

avaliação de si mesmo. Rabin Casarjian, em sua obra “O Livro <strong>do</strong> Perdão” diz: “Per<strong>do</strong>ar não é<br />

aprovar comportamentos negativos, tantos os seus quanto de outras pessoas. O perdão não<br />

impede de agir para mudar uma situação ou para proteger direitos de si ou de terceiros.<br />

Per<strong>do</strong>ar não é fingir <strong>que</strong> está tu<strong>do</strong> bem. Às vezes, a diferença entre o verdadeiro perdão e<br />

negar ou reprimir a raiva e a mágoa (reações naturais de auto preservação), pode ser enganosa e<br />

confusa”. No Encontro Anual de Medicina Comportamental, realiza<strong>do</strong> no Tenesse-EUA no dia<br />

06.04.2000 foi exibida a Cartilha de Como Per<strong>do</strong>ar, elaborada a partir de pesquisas efetuadas<br />

em 107 indivíduos para averiguar-se quais as maiores dificuldades em per<strong>do</strong>ar<br />

Regras básicas para se trabalhar o Perdão:<br />

1)“Nem pense em abafar ou guardar raiva - reaja ao insulto!<br />

2) A pessoa deve fazer a escolha - per<strong>do</strong>ar implica em tomar a decisão<br />

conscientemente.<br />

3) Fazer um exercício difícil porém não impossível - Procure isolar, separar a pessoa<br />

<strong>do</strong> <strong>que</strong> ela fez de mal a você<br />

4) Ter em mente <strong>que</strong> es<strong>que</strong>cimento não é per<strong>do</strong>ar e <strong>que</strong> o perdão não implica<br />

necessariamente em reconciliação e <strong>que</strong> o perdão nos liberta <strong>do</strong>s sofrimentos <strong>que</strong> a mágoa e a<br />

raiva trazem juntos.<br />

5. Justificativa<br />

O presente trabalho procura encontrar na importância <strong>do</strong> órgão Fíga<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s<br />

tempos e das eras, na maioria das civilizações, a sua relação com o humano visan<strong>do</strong> o<br />

entendimento da sua totalidade passan<strong>do</strong> pelos aspectos físicos, filosóficos, míticos e psíquicos,<br />

para <strong>que</strong> esta compreensão possa ocorrer.<br />

Muito embora, ocorram citações à respeito <strong>do</strong> tema nas diferentes civilizações, fato<br />

este <strong>que</strong> já justifica esta busca de relações entre o Fíga<strong>do</strong> e os aspectos anteriormente<br />

aborda<strong>do</strong>s a<strong>do</strong>tou-se para efeito didático e pedagógico, todas as informações sobre a<br />

referências da Antigüidade sobre o Perdão sob o ponto de vista <strong>do</strong>s Filósofos anteriores à Era<br />

Crista, e <strong>que</strong> coincide com os preceitos orientais Budistas, bem como sob o ponto de vista<br />

Cristão - as suas conotações mais detalhadas sobre o perdão em cada indivíduo poderão ser<br />

vistas na íris em cada pessoa, posto <strong>que</strong> o Perdão deve ser algo individual e para atingir este<br />

desiderato ocorrem desafios próprios existenciais internos <strong>que</strong> podem ser refleti<strong>do</strong>s em áreas<br />

específicas situadas na íris .<br />

62


Com base nos conhecimentos iri<strong>do</strong>lógicos, pode-se, por exemplo, estimular este<br />

processo de per<strong>do</strong>ar, através <strong>do</strong> Méto<strong>do</strong> Ray Id, motivan<strong>do</strong> o indivíduo a a<strong>do</strong>tar as atitudes<br />

positivas da área <strong>do</strong> Perdão. Já a luz da Iri<strong>do</strong>logia Somática Clássica, pode-se melhorar a<br />

função deste órgão e conse<strong>que</strong>ntemente interferem favoravelmente nos processos psíquicos <strong>do</strong><br />

indivíduos, além da Medicina Tradicional Chinesa, através de Acupuntura e Fitoterapia, podese<br />

modular a função deste órgão redundan<strong>do</strong> na referida melhora física e psíquica <strong>do</strong> humano.<br />

A introdução e a possível detecção <strong>do</strong> órgão de cho<strong>que</strong> através <strong>do</strong> exame iri<strong>do</strong>lógico<br />

permite se estabelecer a estratégia psíquica e física, talvez mais adequada para se agir um<br />

pouco mais favoravelmente, tanto psíquica como psiquicamente sobre o humano.<br />

6. Objetivo<br />

<strong>Este</strong> trabalho objetiva estabelecer a relação entre o Fíga<strong>do</strong> e o humano através <strong>do</strong> Mito<br />

e <strong>do</strong> Rito o <strong>que</strong> este órgão sempre representou para a humanidade ao longo das eras em muitas<br />

civilizações. Para a consecução deste intento utilizou-se tanto a Iri<strong>do</strong>logia Psíquica como a<br />

Somática, uma vez <strong>que</strong> ambas possuem mapas topográficos próprios, a<strong>que</strong>la refletin<strong>do</strong> áreas<br />

específicas <strong>do</strong> psiquismo e esta áreas topográficas de to<strong>do</strong>s os órgãos humanos. Neste senti<strong>do</strong> o<br />

escopo <strong>do</strong> trabalho visou tentar estabelecer a relação existente entre o referi<strong>do</strong> órgão e a atitude<br />

de Per<strong>do</strong>ar, primeiramente à luz <strong>do</strong> Mito Judaico Cristão, estabelecen<strong>do</strong>-se “a posteriori”,<br />

algumas relações com outros mitos da Sabe<strong>do</strong>ria das Antigas Tradições, <strong>que</strong> o consideram,<br />

talvez, o mais importante órgão <strong>do</strong> ser humano.<br />

Parece existir algo neste senti<strong>do</strong>, entretanto deve-se aprofundar, ainda mais, este<br />

estu<strong>do</strong>, tanto na referida área <strong>do</strong> Fíga<strong>do</strong> e Perdão, como também nas demais áreas de ambos os<br />

mapas, posto <strong>que</strong> pode resultar em algo benéfico para o humano.<br />

7. Meto<strong>do</strong>logia<br />

A meto<strong>do</strong>logia consistiu em Revisão bibliográfica onde se procurou levantar da<strong>do</strong>s<br />

sobre os assuntos menciona<strong>do</strong>s, ou seja, sobre o Fíga<strong>do</strong> e seus aspectos anatômicos,<br />

fisiopatológicos, bem como os seus aspectos míticos e a sua influência sobre o psiquismo<br />

humano em várias civilizações ao longo <strong>do</strong>s tempos.<br />

8. Conclusão<br />

<strong>Este</strong> é um trabalho <strong>que</strong> está em aberto, entretanto parece haver uma relação com o<br />

órgão. Fíga<strong>do</strong> com o psiquismo humano, exemplifican<strong>do</strong> pelos conhecimentos mitológicos,<br />

sobre este grande e vital laboratórios <strong>do</strong> organismo.<br />

A Iri<strong>do</strong>logia Psíquica, bem como a somática clássica, através da detecção de<br />

prováveis “órgãos de cho<strong>que</strong>”, e seus aspecto psíquicos, podem contribuir sobremaneira para<br />

uma melhor compreensão <strong>do</strong> ser humano, poden<strong>do</strong> estabelecer uma ponte para se compreender,<br />

ainda mais, a psicossomática.<br />

O fíga<strong>do</strong> talvez um <strong>do</strong>s mais importantes orgãos, merece uma abordagem, como sen<strong>do</strong><br />

quiçá o elo entre o corpo físico e o mun<strong>do</strong> psíquico, tanto individual como coletivo. Parece<br />

funcionar ainda, como um transmuta<strong>do</strong>r posto <strong>que</strong> as várias antigas tradições, é ele <strong>que</strong><br />

amortece todas as emoções equilibran<strong>do</strong>-as de tal sorte, <strong>que</strong> resultam numa “homeostase”<br />

psíquica. Principalmente através <strong>do</strong> onírico, resultan<strong>do</strong> no equilíbrio entre o estar acorda<strong>do</strong>,<br />

<strong>que</strong> é a vigília e o sonhar, fatores de extrema importância para o equilíbrio psíquico <strong>do</strong><br />

Humano. Segun<strong>do</strong> Platão, em “A República o fíga<strong>do</strong> foi cria<strong>do</strong> pelos Deuses, para o simples<br />

mortal poder ver através dele o futuro.<br />

Porém, como já menciona<strong>do</strong>, em momento algum se pretendeu esgotar o tema, muito<br />

pelo contrário, está em aberto para críticas e sugestões, com intuito de se tentar contribuir, um<br />

pouco mais, para esta compreensão tão buscada, a respeito <strong>do</strong> Humano.<br />

63


Autores:<br />

*Psicóloga Pós-Graduada <strong>do</strong> Curso de Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose na FACIS/IBEHE.<br />

**Psicanalista, Parapsicóloga, Mestranda de Pós-Graduação em Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose no<br />

FACIS/IBEHE.<br />

*** Médico Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Curso de Pós-Graduação em Iri<strong>do</strong>logia-Irisdiagnose e <strong>do</strong><br />

Ambulatório de Iri<strong>do</strong>logia Psíquica da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo<br />

(FACIS/IBEHE), Mestran<strong>do</strong> em Homeopatia pelo FACIS/IBEHE.<br />

Revisão Bibliográfica<br />

O livro de Ouro da Medicina Chinesa - Edit. Objetiva<br />

Batello, Celso Fernandes, Iri<strong>do</strong>logia e Irisdiagnose, O <strong>que</strong> os Olhos Podem Revelar, e<br />

Mapa - Editora Ground,1999<br />

Brennan, Barbara A. Mãos de Luz<br />

Blavatsky, H. P. Glossário Teosófico 2 a . Ed. Editora Ground, 1997<br />

Calvin, S. Hall e Vernon, J. Nordby - Introdução à Psicologia Junguiana Ed. Cultrix<br />

l992/l993<br />

Campbell, Joseph - O Poder <strong>do</strong> Mito 1 a . Ed. Palas Atenas, l990<br />

Campos, Dinah Martins de Souza Campos Edit. Vozes, 1981<br />

Casarjian, Robin O Livro <strong>do</strong> Perdão, 8 a . Ed. Rocco, l999<br />

Chevalier, Jean - Dicionário de Símbolos, Ed. José Olympio, 1992<br />

Dahlke, Rudiger - A Doença como Linguagem da Alma Ed. Cultrix, 1991<br />

Dahlke, Rudiger, Dethlefsen Thorwald - A Doença como Caminho, Ed. Cultrix l994<br />

Diel, Paul. - O Simbolismo na Mitologia Grega Edit. Attar, 1991<br />

Ellek Edith e Gerônima Aznar.- Reconstruin<strong>do</strong> uma vida Ed. Ágora<br />

Fadman, James e Frager, Robert - Teorias da Personalidade Edit. Harbra, 1979<br />

Hillman, James. - A Busca Interior em Psicologia e Religião, Ed. Paulus, 3 a . Ed. l985<br />

Jensen, Bernard. The Science and Practice of Iri<strong>do</strong>logy, California, Bernard Jensen<br />

Published, l985<br />

Johnson, Denny, O Olho Revela, Uma Introdução ao Méto<strong>do</strong> Rayid de Interpretação da<br />

Íris, Editora Ground, 2ª Edição, 1984<br />

Jung, C.J. - Psicologia e Alquimia Edit. Vozes, 1875/1991<br />

Jung, C.J. - Símbolos da Transformação Edit. Vozes, 1973<br />

Leloup, Jean Ives - O Corpo e seus Símbolos Ed. Vozes, 2 a . Ed. l998<br />

Lexikon, Herder - Dicionário de Símbolos, Edit. Cultrix, l994<br />

Powell, Arthur E. O Duplo Etéreo Edit. O Pensamento<br />

Ramos, Denize Gimenes - A Psi<strong>que</strong> <strong>do</strong> Corpo, Sumus Editorial l994<br />

Ramos, Denize Gimenes - A Psi<strong>que</strong> <strong>do</strong> Coração Edit. Cultrix l995<br />

Whitmont, Edward C. - A Busca <strong>do</strong> Símbolo Ed. Cultrix l998/1999<br />

Wolman, Benjamin B.( Organiza<strong>do</strong>r ) - Técnicas Psicanalíticas Edit. Imago, 1977<br />

64<br />

DEPRESSÃO<br />

Uma Abordagem Iri<strong>do</strong>lógica<br />

Doroty Bermudes *<br />

Marilena Angeli **<br />

Carlos Magno Scouto ***<br />

Celso Fernandes Batello ****<br />

Agradecimentos


Nossos mais sinceros agradecimentos à Mestra Márcia Yole Turrini Coutinho, especialista<br />

em Psicologia Junguiana, Consultora e Psicóloga Hospitalar e Mestre da Pontifícia Universidade<br />

Católica, <strong>que</strong> muito aju<strong>do</strong>u em todas as análises nos desenhos livres e da figura humana, por sua<br />

sempre disponibilidade e atenção.<br />

Nossos agradecimentos ao médico psiquiatra, Dr. Jair Lourenço da Silva, <strong>que</strong> gentilmente<br />

cedeu os lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pacientes examina<strong>do</strong>s em sua clínica.<br />

Resumo<br />

<strong>Este</strong> estu<strong>do</strong> aborda manifestações e reações psíquicas da depressão, consideran<strong>do</strong> a<br />

Iri<strong>do</strong>logia como uma fonte de informações sobre o psiquismo, através de sinais da<strong>do</strong>s pelas áreas<br />

cerebrais <strong>do</strong> Mapa de Bernard Jensen.<br />

<strong>Este</strong> mapa permite a possibilidade de verificar, através da observação deste<br />

microsistema, sinais registra<strong>do</strong>s em áreas cerebrais específicas, relaciona<strong>do</strong>s com esta<strong>do</strong>s defini<strong>do</strong>s<br />

de depressão. Neste trabalho, foi observada a área cerebral da Mente Inata, como um fator comum.<br />

A Mente Inata abrange fenômenos obsessivos compulsivos, como a Esquizofrenia e tendências<br />

suicidas. Neste trabalho, infere-se <strong>que</strong> esta área topográfica está também relacionada com duas<br />

outras <strong>do</strong>enças mentais e endógenas, quais sejam: distúrbio bipolar e epilepsia, assim como<br />

fenômenos neuróticos.<br />

É possível observar a implicação <strong>do</strong> eixo neuroimunopsicoendócrino das<br />

mencionadas estruturas, quan<strong>do</strong> se avalia a Iris <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s na pesquisa.<br />

Abstract<br />

This study relates manifestations and psiquics reactions of the depression, considering the<br />

Iri<strong>do</strong>logy as a source of informations about the psiquism, through signals given by brain areas of<br />

the Bernard Jensen’s Map<br />

. This map permit the possibility of verify, through observation of this micro sistem,<br />

registered signals in specific brain areas, relationed with definide depression states. In this work,<br />

was observed the cerebral area of Inherent Mind, as a common factor The Inherent Mind<br />

concerns obsessives compulsives phenomenons, as Exquizophreny and Suicidal Tendences. In<br />

this work it can conclude that this topografic area is also relacioned to both others mental and<br />

en<strong>do</strong>genal illness, that are: the bipolar disorder and epilepsy as neurotic phenomenons.<br />

It is possible observe the implication of the neuroimmunopsicoen<strong>do</strong>crine axis of<br />

the mentioned structures, when studing the íris in envolved individual of the research.<br />

Identificação de Sinais Iri<strong>do</strong>lógicos comuns<br />

em pacientes com Depressão<br />

Abordagem <strong>do</strong> Problema<br />

DEPRESSÃO<br />

Muito recentemente a depressão era classificada como reativa ou endógena . Acreditava-se<br />

<strong>que</strong> a depressão reativa era causada por um determina<strong>do</strong> episódio. A pessoa tornava-se deprimida<br />

em reação ao <strong>que</strong> acontecia em sua vida , como luto, <strong>do</strong>ença grave, demissão <strong>do</strong> emprego etc.<br />

A depressão endógena era a <strong>que</strong> acontecia sem razão óbvia: de acor<strong>do</strong> com o <strong>que</strong> a pessoa<br />

conseguia se lembrar, nada havia aconteci<strong>do</strong> para fazê-la deprimida. Endógena significa “vir de<br />

dentro”, e acreditava-se <strong>que</strong> essas depressões se deviam a mudanças bioquímicas dentro <strong>do</strong> corpo,<br />

65


embora ninguém soubesse com certeza o <strong>que</strong> as provocava. Essas definições são úteis: A depressão<br />

é uma forma <strong>do</strong> <strong>que</strong> se conhece como um transtorno afetivo ou de humor, por<strong>que</strong> está<br />

primariamente ligada a uma mudança de disposição de humor.<br />

Consideran<strong>do</strong> <strong>que</strong> uma grande parte da população apresenta manifestações e reações<br />

psíquicas de cunho depressivo; consideran<strong>do</strong> ainda <strong>que</strong> a Iri<strong>do</strong>logia / Irisdiagnose fornecem<br />

informações <strong>do</strong> psiquismo através de sinais forneci<strong>do</strong>s pelas áreas cerebrais <strong>do</strong> mapa Jensen, os<br />

autores procuraram investigar as relações entre tais fenômenos depressivos e os sinais iri<strong>do</strong>lógicos.<br />

Pressuposto<br />

Embora as áreas cerebrais <strong>do</strong> mapa iri<strong>do</strong>lógico somático em momento algum representem a<br />

divisão neuroanatômica clássica, as subdivisões propostas por Bernard Jensen fornecem<br />

informações importantíssimas para melhor se compreender o humano, tanto física como<br />

psiquicamente, poden<strong>do</strong> servir de elo com a psicossomática. Particularmente notou-se <strong>que</strong> a divisão<br />

topográfica da mente inata aparece significativamente como sen<strong>do</strong> uma área comum nestes<br />

pacientes. Neste senti<strong>do</strong>, os autores partiram <strong>do</strong> pressuposto de <strong>que</strong> deve haver uma relação de<br />

significância entre os fenômenos depressivos e os sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s nesta área,<br />

possibilitan<strong>do</strong>, além da simples detecção ou confirmação deste da<strong>do</strong>, buscar fundamentar e<br />

incrementar a utilização da abordagem iri<strong>do</strong>lógica adequada e concernente à área da Mente Inata,<br />

no acompanhamento e definição de conduta junto <strong>do</strong>s pacientes.<br />

Iri<strong>do</strong>logia, significa o estu<strong>do</strong> da íris <strong>que</strong> vai desde a sua anatomia , fisiologia , histologia ,<br />

farmacologia, patologia até a possibilidade de se conhecer a constituição geral e parcial <strong>do</strong><br />

indivíduo, já <strong>que</strong> ambas estão representadas na íris. No entanto, para se obterem informações a<br />

respeito deste mesmo indivíduo, ten<strong>do</strong> como objetivo o entendimento da sua constituição, a melhor<br />

designação passa a ser IRISDIAGNOSE, conhecimento através da íris <strong>do</strong>s aspectos mental,<br />

psíquico e espiritual.<br />

A Irisdiagnose estuda o ser humano e os animais como um to<strong>do</strong>, servin<strong>do</strong> como “a busca <strong>do</strong><br />

elo perdi<strong>do</strong>”, através da intersecção das diversas correntes <strong>do</strong> conhecimento humano. Quanto maior<br />

for o conhecimento <strong>do</strong> Universo, maior é a aplicação da Irisdiagnose. A Irisdiagnose é “o mun<strong>do</strong>”<br />

e nenhum outro méto<strong>do</strong> possibilita entender e compreender o indivíduo com tanta ri<strong>que</strong>za e sutileza<br />

como ela, pois o olho é, talvez, o microssistema orgânico <strong>que</strong> melhor traduz o ser como ele é.<br />

A IRISDIAGNOSE é uma ciência - arte cujo méto<strong>do</strong> propedêutico permite, através da<br />

observação da íris, conhecer num da<strong>do</strong> momento, a constituicao geral e parcial <strong>do</strong> indivíduo, bem<br />

como os estágios evolutivos, agu<strong>do</strong>s, sub agu<strong>do</strong>, crônico e degenerativo das alterações <strong>que</strong><br />

acometem um ou mais órgãos, ou o organismo como um to<strong>do</strong>. Tu<strong>do</strong> isso se expressa e é refleti<strong>do</strong> na<br />

íris, através de uma topografia, onde cada órgão encontra-se representa<strong>do</strong> em um ou mais mapas<br />

iri<strong>do</strong>lógicos, permitin<strong>do</strong> uma abordagem completa <strong>do</strong> ser vivente.<br />

Muito embora seja impossível estabelecer um diagnóstico, <strong>que</strong> pressupõe dar nomes às<br />

<strong>do</strong>enças, a Irisdiagnose funciona como um pré diagnóstico, onde a detecção <strong>do</strong>s órgãos de cho<strong>que</strong>,<br />

permite mais facilmente a elaboração <strong>do</strong> mesmo, através de exames complementares <strong>que</strong> venham a<br />

confirmar as suspeitas clínicas.<br />

Mapa Jensen<br />

Áreas Cerebrais<br />

Cronorichio<br />

66


O cronorichio etmologicamente (cronos= tempo + richio= risco), significa tempo de risco,<br />

ou seja, épocas da vida onde o indivíduo está mais propenso a sofrer a ação das noxas ou agentes<br />

agressores, tanto endógenos como externos, tal qual ou como se fosse um “biorritmo” estampa<strong>do</strong> na<br />

íris, mais precisamente na região topográfica correspondente ao Colarete ou Banda <strong>do</strong> Sistema<br />

Nervoso Autônomo ou Colarete.<br />

O méto<strong>do</strong> inédito foi cria<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong> por Danielle Lo Rito (1993), <strong>que</strong> observou <strong>que</strong><br />

os fatos <strong>que</strong> marcam a vida ficam registra<strong>do</strong>s na íris de forma indelével, servin<strong>do</strong> como informação<br />

para melhor se compreender o humano, sen<strong>do</strong> portanto, recurso valioso à disposição <strong>do</strong> iri<strong>do</strong>logista.<br />

Da terminologia cronorichio entendemos a condição (potencial e atual) de maior perigo<br />

(risco ou quantidade de risco), para a saúde, em segmento de verificação das anomalias<br />

quantitativas e/ou temporais na economia das funções biológicas ( Lo Rito, l993).<br />

Portanto, com este termo <strong>que</strong>remos indicar um perío<strong>do</strong> da vida de uma pessoa onde é<br />

possível <strong>que</strong> um fato físico ou psíquico determine uma alteração da função biológica a tal ponto de<br />

prever o surgimento de uma <strong>do</strong>ença. Com tal disfunção todavia não pretendemos introduzir o<br />

conceito da possibilidade de determinar através de uma análise da íris. A experiência até aqui<br />

obtida nos permite afirmar <strong>que</strong> a íris porta consigo um sinal de cronorichio físico e psíquico.<br />

Portanto há possibilidade <strong>do</strong> “quantum de riscos” se associar e se sobrepor ao “tempo de riscos”<br />

(Danielle Lo Rito, l993).<br />

Existe um Cronorichio Endógeno e um Exógeno, o primeiro parece ligar-se à ordem<br />

biológica profundamente correspondente:<br />

as zonas de debilidade constitucional;<br />

as alterações <strong>do</strong> eixo imunitário;<br />

os desequilíbrios <strong>do</strong> eixo <strong>do</strong> estresse;<br />

ao órgão ou as funções mais interessadas de um eixo patológico;<br />

a estrutura <strong>do</strong> campo mental;<br />

as ligações fundamentais <strong>do</strong> cérebro humano <strong>que</strong> se constitui antes <strong>do</strong> nascimento e<br />

estão prontas as sucessivas mudanças sinápticas, sujeitas aos processos de aprendizagem.<br />

Das integrações <strong>do</strong>s ciclos endógenos com os fatores ambientais nasce a capacidade<br />

adaptativa <strong>do</strong>s seres viventes.<br />

O Cronorichio Exógeno é a dependência <strong>do</strong>s eventos sociais ou de fatores ambientais, quais<br />

sejam:<br />

• a perda afetiva<br />

• fatos traumáticos em acidentes<br />

• catástrofes naturais<br />

O fato piscofísico externo determina o desencadeamento da energia <strong>do</strong> “quantum de riscos”<br />

endógenos.<br />

O sangue toma o ritmo <strong>do</strong> Tempo, a coluna vertebral toma a<strong>que</strong>la <strong>do</strong> Espaço. Toda vez <strong>que</strong><br />

um trauma se manifestar na zona <strong>do</strong> tempo, provocará uma alteração mais ao nível da borda da<br />

coroa (B.C. ou Colarete), se ao invés disso aparecer na zona <strong>do</strong> Espaço, causará uma alteração mais<br />

ao nível de Orla Pupilar Interna (O P.I.).<br />

Tempo<br />

67


Espaço<br />

No Cronorichio o coração e a articulação parecem resultar e registrar o fato traumático <strong>que</strong><br />

poderá ficar vivo a nivel de B.C. ( Lo Rito, l993).<br />

Na íris a hora <strong>do</strong> nascimento fica impressa no colarete como se fosse 12 horas no relógico,<br />

<strong>que</strong> corresponde ao ponto zero. Partin<strong>do</strong> deste ponto zero e percorren<strong>do</strong> a circunferência em senti<strong>do</strong><br />

anti-horário a cada setor compreendi<strong>do</strong> no ângulo de 90 o . corresponderão 15 anos. A semicircunferência<br />

30 anos, a uma circunferência corresponderá 60 anos.<br />

60<br />

15 45<br />

A direção <strong>do</strong> cálculo (anti-horário) é válida seja para a íris direita, seja para a íris es<strong>que</strong>rda.<br />

Da experiência realizada se confirma <strong>que</strong> a direção anti-horária, a correspondência entre os graus e<br />

anos é mais real, não excluin<strong>do</strong> outra possibilidade de cálculo e de direcionalidade ( Lo Rito, l993).<br />

60<br />

30<br />

7 52<br />

15 45<br />

22 37<br />

30<br />

Para melhor se precisar a idade correta, deve-se proceder a divisão <strong>do</strong> colarete em 360 e<br />

fazer divisão equitativa ano a ano até 60 anos.<br />

Se uma pessoa supera 60 anos, se inicia um novo ciclo <strong>que</strong> se sobrepõe ao ¼ de círculo até<br />

75 anos e ao segun<strong>do</strong> quarto de círculo até os 90 anos. No calcular a idade na qual se verifica o<br />

trauma devemos perguntar se o nascimento <strong>do</strong> indivíduo aconteceu antes ou depois <strong>do</strong>s nove meses.<br />

( Lo Rito, l993)<br />

Depressão<br />

1) Definições<br />

68


Segun<strong>do</strong> Lehmann, 1959, “depressão” comporta pelo menos três significa<strong>do</strong>s. Pode referirse<br />

a um sintoma, a uma síndrome e também a uma entidade nosológica. O elemento semiológico<br />

elementar é um aspecto fenomenológico caracteriza<strong>do</strong> por um distúrbio, um abatimento <strong>do</strong> humor (<br />

timia ), <strong>que</strong> se torna triste. Ao re<strong>do</strong>r deste sintoma, agrupam-se outros sintomas <strong>que</strong> podem<br />

justificar a descrição de síndromes e mesmo de entidades patológicas. Não é possível reduzirmos a<br />

síndrome a uma “depressão” de natureza fisiológica, pois na depressão biológica o blo<strong>que</strong>io<br />

fisiológico pode ser apenas parcial, enquanto as outras funções parecem estar em esta<strong>do</strong> de<br />

superexcitação. Em suma, a depressão não pode ser explicada por simples depressões das funções<br />

biológicas, pois no conjunto observamos <strong>que</strong> o Sistema Nervoso Simpático encontra-se excita<strong>do</strong><br />

enquanto o Sistema Nervoso Parassimpático está, de mo<strong>do</strong> contrário, inibi<strong>do</strong>. De qual<strong>que</strong>r forma,<br />

seja como conseqüência ou como simples associação, encontramos associa<strong>do</strong>s aos distúrbios <strong>do</strong><br />

humor <strong>do</strong>is outros fenômenos: a inibição e o sofrimento moral.<br />

A inibição é um tipo de freio ou de lentificação <strong>do</strong>s processos psíquicos <strong>que</strong> reduz o campo<br />

da consciência e o interesse, fechan<strong>do</strong> o indivíduo em si mesmo, e levan<strong>do</strong>-o a fugir <strong>do</strong>s mesmos,<br />

evitan<strong>do</strong> relacionar-se. Subjetivamente, o <strong>do</strong>ente sente lassidão moral, dificuldade para pensar, para<br />

evocar ( distúrbios de memória ) e fadiga psíquica. Paralelamente sente astenia psíquica e<br />

lentificação da atividade motora <strong>que</strong> se associam a <strong>do</strong>eças somáticas diversas, relacionadas com<br />

perturbações neurovegetativas sempre perceptíveis. A reação de inibição pode ser normal no<br />

indivíduo são após um acontecimento muito penoso ( luto normal ).<br />

O sofrimento moral, exprime-se de uma forma mais elementar por uma autodepreciação<br />

<strong>que</strong> pode encaminhar-se muito rapidamente para uma auto-acusação, autopunição ou um sentimento<br />

de culpa. A fenomenologia <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s depressivos, em especial o sintoma de auto-acusação, é<br />

determinada por um fator cultural, já <strong>que</strong> em comunidades primitivas da África ( Stainbrook, 1954 )<br />

este sintoma é quase ausente. A auto-acusação e a <strong>do</strong>r moral pertenceriam, pois, a uma<br />

sintomatologia secundária da depressão. De qual<strong>que</strong>r forma, devemos observar a importância <strong>do</strong>s<br />

distúrbios somáticos: cefaléias, <strong>do</strong>res diversas, sensações de asfixia, palpitações cardíacas, <strong>do</strong>res<br />

vertebrais ou articulares, distúrbios digestivos, constipação, etc... É possível <strong>que</strong> esses distúrbios<br />

assumam uma tal importância <strong>que</strong> o esta<strong>do</strong> depressivo seja camufla<strong>do</strong> pelas <strong>que</strong>ixas somáticas.<br />

2. Formas<br />

A crise de melancolia e suas formas clínicas constituem o quadro mais típico da depressão.<br />

Os melancólicos pertencem ao grupo <strong>do</strong>s maníaco-depressivos. Atualmente a ciência pretende<br />

classificar esses esta<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> as circunstâncias <strong>do</strong> seu aparecimento e também consideran<strong>do</strong><br />

alguns outros elementos, principalmente sua semiologia. Assim, além da crise melancólica<br />

sintomática da psicose maníaco-depressiva endógena, observamos o desencadear de crises<br />

depressivas <strong>que</strong> ocorrem sob a influência de fatores exógenos ( emoções, esgotamento, conflitos,<br />

isto é, acontecimentos provenientes <strong>do</strong> meio ), porém expressan<strong>do</strong> <strong>que</strong> as crises advém favorecidas<br />

por uma predisposição da personalidade de base, como se a tolerância às tensões estivesse<br />

diminuída nestes indivíduos.<br />

As depressões de esgotamento são as depressões desencadeadas por fatores psicogênicos,<br />

<strong>que</strong> não atuam por um trauma único, mas exercem um esta<strong>do</strong> permanente de estresse.<br />

A depressão involutiva é a crise depressiva característica por ser desencadeada pela<br />

primeira vez num perío<strong>do</strong> avança<strong>do</strong> da vida, comumente a senectude.Vemos <strong>que</strong> a imensa gama<br />

desses esta<strong>do</strong>s depressivos distribui-se em torno de <strong>do</strong>is grupos extremos: as grandes crises de<br />

melancolia endógena e as crises de depressão neurótica <strong>que</strong> resultam da descompensação de uma<br />

estrutura neurótica anterior.<br />

Os esta<strong>do</strong>s depressivos sintomáticos de uma psicose ou de uma afecção orgânica são os<br />

<strong>que</strong> devem considerar, além da personalidade pré - mórbida subjacente, o processo psicótico sobre o<br />

qual evolui a crise depressiva ou <strong>que</strong> inicia o quadro clínico. O esta<strong>do</strong> depressivo é a manifestação<br />

69


de uma psicose, atribuin<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> depressivo apenas o valor de um episódio. A psicose mais<br />

comum neste caso é uma esquizofrenia, porém pode se referir a outras psicoses com delírio crônico,<br />

delírio de perseguição melancólica, paralisia geral, epilepsia, confusão mental estuporosa, etc...<br />

No caso da esquizofrenia, o exame clínico - principalmente o neurológico - e o paraclínico<br />

mostram a existência deum processo orgânico <strong>que</strong> pode ter uma atuação etiológica essencial; são as<br />

depressões sintomáticas de uma afecção orgânica: lesões cerebrais por tumor, distúrbios<br />

vasculares, atrofias neuronais, meningoencefalites, arteriosclerose, aterosclerose, hipoxemia,<br />

intoxicações, perturbações metabólicas ou endócrinas, tuberculose, câncer, colagenose e também as<br />

depressões secundárias ao puerpério, aos tratamentos de desintoxicação nos alcoólatras e nos<br />

toxicômanos e em algumas terapêuticas medicamentosas ( reserpina, etc... ).<br />

3.As crises de melancolia.<br />

Segun<strong>do</strong> Aaron Beck, 1982, a crise de melancolia, <strong>que</strong> contrasta quase <strong>que</strong> totalmente com<br />

a mania, é um esta<strong>do</strong> de depressão intensa vivencia<strong>do</strong> com um sentimento de sofrimento moral e<br />

caracteriza<strong>do</strong> pela lentificação e pela inibição das funções psíquicas e psicomotoras.<br />

3.1. Histórico.<br />

O termo melancolia foi emprega<strong>do</strong> por Hipócrates com senti<strong>do</strong>s bastante diversos. Desde o<br />

Renascimento, a melancolia designava um tipo de “loucura parcial” <strong>que</strong> se opunha aos distúrbios<br />

gerais da inteligência mas <strong>que</strong> não implicava obrigatoriamente em tristeza. Os esta<strong>do</strong>s depressivos<br />

assim “isola<strong>do</strong>s” foram então integra<strong>do</strong>s numa psicose bem caracterizada por sua evolução: a<br />

loucura de dupla forma ( Baillarger, 1854 ), a loucura circular ( Falret, 1854 ) ou a psicose<br />

depressiva ( Kraepelin, 1899 ). A partir <strong>do</strong> final <strong>do</strong> século XIX os estu<strong>do</strong>s sobre a melancolia<br />

relacionavam-se a seu aspecto biológico e à herança. A melancolia, em sua forma sintomática da<br />

psicose maníaco - depressiva, tornou-se o protótipo da psicose “degenerativa” “constitucional” ou<br />

ainda “endógena”. Paralelo aos estu<strong>do</strong>s biológicos e neurofisiológicos, a melancolia foi objeto de<br />

análises psicológicas por parte <strong>do</strong>s psicanalistas ( K. Abraham, 1911; Sigmund Freud, 1915, etc... )<br />

e <strong>do</strong>s fenomenologistas ( Minkowski, Strauss, etc... ). Porém, diversos fatos demostraram <strong>que</strong> o<br />

humor depende de um mecanismo complexo <strong>do</strong> qual participam as interações hipotalamocorticais (<br />

Delay ). Por outro la<strong>do</strong>, favorecen<strong>do</strong> as confrontações farmacológicas e clínicas, a regulação tímica<br />

tem si<strong>do</strong> atualmente objeto de uma massa considerável de trabalhos sobre o papel fisiológico e<br />

fisiopatológico das monoaminas cerebrais ( serotonina e catecolaminas ), sen<strong>do</strong> portanto,<br />

impossível, neste momento, fazer uma síntese satisfatória e coerente. A depressão melancólica é<br />

devida à perturbações <strong>do</strong> metabolismo cerebral, com modificação <strong>do</strong> teor de catecolaminas livres ao<br />

nível das sinapses.<br />

3.2. Circunstâncias de aparecimento.<br />

A crise pode aparecer em qual<strong>que</strong>r idade, porém sua freqüência é maior no perío<strong>do</strong> de<br />

involução. As mulheres são atingidas com mais freqüência <strong>que</strong> os homens. Os fatores genéticos e o<br />

biotipo pícnico ( Kretschmer ) têm a mesma importância <strong>que</strong> na mania, constituin<strong>do</strong> os mesmos<br />

traços distintos da <strong>do</strong>ença. A crise pode ocorrer sem causa nem ocasião aparente, porém, podem<br />

haver causas desencadeantes como um cho<strong>que</strong> emocional ( luto, infidelidade <strong>do</strong> parceiro,<br />

sentimento de aban<strong>do</strong>no, perda da situação, perda de dinheiro, etc... ) ou em uma situação de<br />

conflito ( conflitos familiares, situação de frustração, etc... ). Por vezes o perío<strong>do</strong> depressivo foi<br />

precedi<strong>do</strong> por circunstâncias debilitantes ( puerpério, <strong>do</strong>ença infecciosa, intervenção cirúrgica,<br />

esgotamento, etc... ). Para Kielholz, os fatores exógenos desempenham um papel desencadeante em<br />

24% das crises.<br />

70


3.3. Perío<strong>do</strong> de esta<strong>do</strong>.<br />

3.3.1. A apresentação é bem característica. O melancólico permanece senta<strong>do</strong>, imóvel, com<br />

o corpo <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>, a cabeça fletida; seu rosto é páli<strong>do</strong> e traz a máscara da tristeza. Os traços caem, os<br />

olhos são bem abertos, o olhar é fixo, a testa está franzida, as sobrancelhas também franzidas e o<br />

<strong>do</strong>ente abati<strong>do</strong> também não fala, só geme ou chora.<br />

3.3.2. A inibição e a abulia.<br />

O melancólico se sente impotente para <strong>que</strong>rer e se aban<strong>do</strong>na à inércia. A astenia <strong>do</strong> início<br />

atinge um tal grau <strong>que</strong> o <strong>do</strong>ente não tem se<strong>que</strong>r força para se mover, apenas para se vestir. A<br />

inibição psíquica é o sintoma mais constante. A redução global de todas as forças <strong>que</strong> orientam o<br />

campo da consciência constitui-se num tipo de paralisia psíquica; a ideação é lenta, as associações<br />

são difíceis, a evocação é penosa, a síntese mental é impossível, o esforço mental sustenta<strong>do</strong><br />

também é impossível; a atenção concentra-se nos temas melancólicos sem poder separar-se deles; a<br />

percepção <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> exterior permanece quase <strong>que</strong> exata, embora algo obscurecida. Parece ao<br />

<strong>do</strong>ente <strong>que</strong> ele vive em uma atmosfera fria, longínqua e irreal. A linguagem está blo<strong>que</strong>ada por esta<br />

inibição, as frases são raras e monossilábicas.<br />

3.3.3. Os sentimentos depressivos.<br />

O <strong>do</strong>ente sente sempre um esta<strong>do</strong> de tristeza profunda, <strong>que</strong> invade mais ou menos to<strong>do</strong> o<br />

campo de sua consciência. Tem dificuldade para exprimir seu sofrimento moral, <strong>que</strong> é feito de<br />

sentimentos fortes e vagos, de aborrecimento, de desgosto, de desencorajamento, de desespero e de<br />

lamentações. A tristeza é vital, monótona, profunda, resistente às solicitações exteriores. A<br />

“cinestesia” penosa, o conjunto das sensações internas <strong>que</strong> são o fundamento da experiência<br />

sensível, está perturbada e o <strong>do</strong>ente sente um mal-estar vago, difuso, um sentimento de<br />

insegurança. Tem uma impressão bastante penosa de auto-depreciação, de impotência, de<br />

incapacidade, de improdutividade, não apenas no campo da ação, devi<strong>do</strong> à inibição psíquica e<br />

motora, mas também no terreno moral. Sente uma impressão desespera<strong>do</strong>ra de anestesia afetiva;<br />

recrimina-se por não poder amar como antes, por estar como <strong>que</strong> “embota<strong>do</strong>” em seus sentimentos.<br />

O pessimismo não se exprime sempre por uma idéia ou por um sentimento preciso, mas constitui<br />

uma orientação geral da consciência para a infelicidade e a culpa: o futuro está blo<strong>que</strong>a<strong>do</strong>, o<br />

indivíduo não obterá nada, seja lá o <strong>que</strong> for <strong>que</strong> ele faça, não será nunca per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>, nada de bom lhe<br />

acontecerá. <strong>Este</strong> sentimento de depreciação básica, <strong>que</strong> visa sobretu<strong>do</strong> o próprio indivíduo, é a auto<br />

- acusação. Ele se acusa das faltas das quais a maioria é insignificante ( indelicadezas mínimas,<br />

declarações fiscais insuficientes, faltas sexuais, etc... ); declara ter si<strong>do</strong> sempre um homem<br />

desonesto, ter ofendi<strong>do</strong> a Deus. Tem idéias de indignidade: sente-se indigno de qual<strong>que</strong>r estima,<br />

desonra<strong>do</strong>, condena<strong>do</strong> ( sentimento de culpa e vergonha ). A hipocondria, isto é, sentir-se ao<br />

mesmo tempo o temor e o desejo da <strong>do</strong>ença, se integra de mo<strong>do</strong> bastante natural à consciência<br />

melancólica, salvo quanto a um ponto: ele se sente putrefato, contagioso, pestilento, afirman<strong>do</strong> <strong>que</strong><br />

é culpa<strong>do</strong>.<br />

3.3.4. O desejo e a busca da morte.<br />

São constantes na consciência melancólica. A rejeição <strong>do</strong> alimento, desde a simples falta de<br />

apetite até a resistência mais desesperada a qual<strong>que</strong>r alimentação, é a expressão lancinante e<br />

obstinada. Constantemente o melancólico procura não somente se aban<strong>do</strong>nar à morte mas também a<br />

procura: o suicídio é obsessivo, imagina<strong>do</strong> sem cessar, deseja<strong>do</strong> sem cessar, busca<strong>do</strong> sem cessar.<br />

Ele é ao mesmo tempo considera<strong>do</strong> como uma obrigação, um castigo necessário e uma solução. A<br />

possibilidade <strong>do</strong> suicídio coloca qual<strong>que</strong>r melancólico em perigo de morte. Se nem to<strong>do</strong>s os<br />

71


melancólicos tentam suicidar-se, quase to<strong>do</strong>s pensam apenas na morte. As primeiras horas da<br />

manhã são certamente os momentos mais temíveis.<br />

3.3.5. Exame físico.<br />

Os distúrbios digestivos são constantes. Observamos anorexia, náuseas, esta<strong>do</strong> saburroso<br />

das vias digestivas, constipação ou episódios de diarréia. Os distúrbios hepatobiliares, <strong>que</strong><br />

inspiraram historicamente a etimologia da afecção ( biles negra ), não têm habitualmente uma<br />

expressão clinica evidente, deven<strong>do</strong> ser pesquisa<strong>do</strong>s. O exame cardiovascular mostra perturbações<br />

<strong>do</strong> pulso e da pressão arterial. Segun<strong>do</strong> o tipo de melancolia, podemos observar a hipotonia vascular<br />

nas formas estuporosas e a hipertonia nas formas ansiosas. A amenorreía é habitual. O exame<br />

neurológico mostra às vezes, uma diminuição <strong>do</strong>s reflexos, hipotonia muscular e hipoestesia. Os<br />

distúrbios neurovegetativos são freqüentes, seja no senti<strong>do</strong> de uma reação estressante<br />

adrenalinérgica.<br />

4. Evolução.<br />

A crise de melancolia evolui espontaneamente em seis ou sete meses. Esta duração pode ser<br />

abreviada pelas terapêuticas atuais. A crise geralmente termina como começou, isto é bastante<br />

lentamente. Durante a convalescença notam-se perigosas oscilações <strong>do</strong> humor e recaídas<br />

imprevistas. É durante estes “hiatos de melancolia” <strong>que</strong> deveremos ser especialmente vigilantes<br />

quanto às tendências suicidas. A intervenção terapêutica é, às vezes, espetacular, não sen<strong>do</strong> raro <strong>que</strong><br />

assistamos à surpresa quase divertida <strong>do</strong> melancólico <strong>que</strong> sai de seu pesadelo e se pergunta como<br />

pôde crer estar condena<strong>do</strong> e ter senti<strong>do</strong> desejo de morrer. O retorno <strong>do</strong> sono e <strong>do</strong> apetite e o ganho<br />

de peso são sinais capitais de retorno ao equilíbrio.<br />

5. Formas Clínicas Semiológicas.<br />

5.1. A depressão melancólica simples.<br />

A inibição <strong>do</strong>mina, há tendência à inatividade, o paciente está astênico e fatiga<strong>do</strong>. O<br />

sofrimento moral está reduzi<strong>do</strong>, às vezes ausente. O <strong>do</strong>ente sofre de uma impotência penosa e de<br />

uma improdutividade intelectual; sente-se <strong>do</strong>ente e tem necessidade de consolo. Os autores antigos<br />

designavam este esta<strong>do</strong> com o nome de melancolia com consciência.<br />

5.2. A melancolia estuporosa.<br />

A inibição psicomotora atinge aqui o seu máximo. O <strong>do</strong>ente está absolutamente imóvel: não<br />

fala, não come, não faz qual<strong>que</strong>r gesto ou movimento. O seu rosto está fixa<strong>do</strong> em uma expressão de<br />

<strong>do</strong>r e de desespero. Esta mímica de tristeza permite o diagnóstico diferencial com outras formas de<br />

estupor.<br />

5.3. A melancolia ansiosa.<br />

Se caracteriza essencialmente pela preponderância da agitação ansiosa, pela intensidade <strong>do</strong><br />

me<strong>do</strong> <strong>que</strong> é vivencia<strong>do</strong> como um verdadeiro pânico. O <strong>do</strong>ente inquieto sente necessidade de mudar<br />

de lugar, bate na cabeça, no peito, torce as mãos, lamenta-se, soluça, geme e suplica. Os tormentos<br />

o levam a fugir, a procurar a morte ( idéias de suicídio constantes e ativas ).<br />

5.4. A melancolia delirante.<br />

O aspecto delirante se sobressai. As “idéias delirantes” melancólicas foram magistralmente<br />

estudadas por Seglas, <strong>que</strong> observou as seguintes características:<br />

a . São de tonalidade afetiva penosa;<br />

b . São monótonas e o <strong>do</strong>ente repete sempre as mesmas idéias delirantes;<br />

c . São pobres, isto é, a idéia delirante não se desenvolve em construções intelectuais, são<br />

mais ricas em emoção <strong>do</strong> <strong>que</strong> em conteú<strong>do</strong> ideativo.<br />

72


d . São passivos: o <strong>do</strong>ente aceita com inércia ou desespero todas as suas infelicidades como<br />

uma fatalidade acabrunhante.<br />

e . São divergentes ou centrífugas, isto é, estendem-se progressivamente para a pessoa<br />

próxima e para o ambiente.<br />

f . São delírios <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> ( lamentações, remorsos ) ou <strong>do</strong> futuro ( ansiedade, temores ).<br />

As ilusões são freqüentes, enquanto as alucinações “verdadeiras” são raras. Acontece muito<br />

freqüentemente <strong>que</strong> o melancólico se sinta ameaça<strong>do</strong>, possuí<strong>do</strong> ou invadi<strong>do</strong> pelas forças <strong>do</strong> mal,<br />

poden<strong>do</strong> ser observada toda a gama de pseu<strong>do</strong>-alucinações psíquicas e psicomotoras ( Seglas ).<br />

Os temas delirantes da melancolia podem ser classificadas em diversos grupos:<br />

a . As idéias de culpa consistem em idéias de falta, de peca<strong>do</strong> ou de mácula <strong>que</strong> se<br />

exprimem por um sentimento de indignidade ou por um sentimento de remorso ( auto-acusação ). A<br />

este delírio de culpa corresponde a espera <strong>do</strong> castigo ( idéias de expiação, de condenação ).<br />

b . As idéias de frustração ( idéias de ruínas, de luto ). Trata-se menos de uma falta <strong>que</strong> de<br />

uma infelicidade ( a perda de um ente <strong>que</strong>ri<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s bens, da fortuna ).<br />

c . As idéias hipocondríacas, de transformação e de negação corporais. Queixa-se de não<br />

ter um corpo como to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, sente-se vazio, os intestinos estão blo<strong>que</strong>a<strong>do</strong>s, o coração está<br />

gela<strong>do</strong> ou não existe mais.<br />

d . As idéias de influência, de <strong>do</strong>minação e de possessão. À alteração e à degradação <strong>do</strong><br />

corpo se somam os sentimentos de depreciação moral: os <strong>do</strong>entes sentem <strong>que</strong> seu espírito está vazio<br />

são incapazes de <strong>que</strong>rer, de agir. Às vezes crêem-se influencia<strong>do</strong>s, possuí<strong>do</strong>s ( demonopatia ), e<br />

às vezes se sentem habita<strong>do</strong>s por um animal ( zoopatia ).<br />

e . As idéias de negação. Todas as idéias precedentes culminam, às vezes, em um tema: a<br />

negação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, <strong>do</strong> corpo, da vida ou da morte. A síndrome de Cotard ( idéias de condenação,<br />

de imortalidade e de negação ) raramente está completa nessas melancolias agudas; porém, algumas<br />

idéias delirantes <strong>que</strong> a compõem são observadas bastante freqüentemente, principalmente as idéias<br />

de negação de órgãos.<br />

5.5. Os esta<strong>do</strong>s mistos maníaco-depressivos. O esta<strong>do</strong> misto mistura os sintomas da<br />

melancolia e os da excitação (turbulência, perplexidade, agitação, irritabilidade, etc. ).<br />

5.6. As formas monossintomáticas<br />

( Logre e Longuet, 1937; J. J. Lopez-IborAliño, 1972 ), nas quais as crises se reduzem a um<br />

único ou a diversos ( formas oligossintomáticas ) sintomas ou equivalentes psicossomáticos.<br />

6. Formas Clínicas Evolutivas<br />

6.1. A melancolia crônica simples.<br />

Ocorre após uma crise aguda <strong>que</strong> se eterniza ou em seguida a diversas crises, <strong>que</strong> vão se<br />

aproximan<strong>do</strong> e permanecem incompletas ou precárias. Quan<strong>do</strong> os sintomas se fixam, o sofrimento<br />

moral é atenua<strong>do</strong>, a atividade torna-se estereotipada e em geral surge um leve debilitamento<br />

intelectual.<br />

6.2. Os delírios crônicos melancólicos.<br />

A organização de um delírio crônico secundário à melancolia é um conceito clássico (<br />

Griesinger, Seglas, Lalanne, Bessière, etc... ). Encontramos estas formas de depressão nos esta<strong>do</strong>s<br />

depressivos sintomáticos de um processo psicótico.<br />

7. As Crises Neuróticas de Depressão<br />

Engloba o vasto grupo de esta<strong>do</strong>s depressivos neuróticos ou reativos situa<strong>do</strong>s nos níveis de<br />

estrutura mais eleva<strong>do</strong>s, onde, de maneira geral, a experiência de tristeza vivenciada está mais<br />

integrada aos acontecimentos atuais e mais relacionada aos conflitos <strong>do</strong> paciente.<br />

73


7.1. Circunstâncias de Aparecimento<br />

As crises depressivas ocorrem geralmente após experiências vivenciadas como uma<br />

frustração: decepção, luto, perda de estima, aban<strong>do</strong>no, etc... Em suma, tanto na “frustração <strong>do</strong> amor<br />

<strong>que</strong> se espera, quanto na <strong>do</strong>r <strong>do</strong> amor <strong>que</strong> se dá, em <strong>que</strong> é sempre um sofrimento não amar ou não<br />

mais poder amar” ( Nacht, 1963 ), ou ainda em todas as situações <strong>que</strong> fazem ressurgir um<br />

sentimento de insegurança mais ou menos reprimi<strong>do</strong> e até então mais ou menos compensa<strong>do</strong>.<br />

Es<strong>que</strong>maticamente, recordamos <strong>que</strong> a frustração engendra a agressividade, a qual engendra a culpa,<br />

o temor de perder a estima e a afeição <strong>do</strong> outro e finalmente a agressividade com tendência a se<br />

voltar contra o próprio indivíduo. Admitir este mecanismo e, por conseqüência, esta pre-disposição,<br />

é admitir também uma personalidade neurótica de base. Para os psicanalistas, a origem da neurose<br />

remontaria ao perío<strong>do</strong> edipiano, conflito intrapsíquico de origem sexual entre as pulsões edipianas e<br />

os componentes proibi<strong>do</strong>res. Resulta daí o temor e a angústia de castração. A relação <strong>do</strong> neurótico<br />

com o outro, <strong>que</strong> permanece erotizada, é também alterada em relação ao seu próprio ego. Resultará<br />

disto um sentimento de insegurança permanente no seu relacionamento com os outros. Se a origem<br />

da perturbação da personalidade é anterior em seu desenvolvimento, provocará então a constituição<br />

de um esta<strong>do</strong>-limite. Após um trauma afetivo, como por exemplo a separação da mãe, será<br />

provoca<strong>do</strong> um temor de perder o apoio seguro, mas não de errar sexualmente como no caso <strong>do</strong>s<br />

esta<strong>do</strong>s neuróticos propriamente ditos. Esta origem implica essencialmente um tipo de<br />

relacionamento com o outro basea<strong>do</strong> em uma imensa necessidade de dependência <strong>do</strong> outro, para<br />

buscar e conservar uma segurança. A crise pode se manifestar na infância, é a depressão analítica<br />

descrita por Spitz em crianças de 6 à 8 meses separadas de sua mãe durante um perío<strong>do</strong> suficiente.<br />

7.2. As Particularidades Semiológicas das Depressões Neuróticas<br />

Descrevemos os sintomas da depressão neurótica e <strong>do</strong>s sintomas da depressão <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>slimites<br />

assinalan<strong>do</strong> as características semiológicas mais particulares a cada uma delas.<br />

A depressão vital, <strong>que</strong> descrevemos na depressão endógena, reveste-se aqui de uma<br />

tonalidade afetiva muito mais próxima <strong>do</strong> sentimento de tristeza reativa normal.<br />

A ansiedade é geralmente intensa, espetacular e, por vezes, mesmo um pouco teatral,<br />

colorida por traços neuróticos subjacentes, em primeiro plano os traços histéricos. O <strong>do</strong>ente<br />

recrimina-se, como na melancolia, mas ele também <strong>que</strong>r <strong>que</strong> o escutemos, <strong>que</strong> ele se <strong>que</strong>ixe e <strong>que</strong><br />

nós o consolemos, necessitan<strong>do</strong> pois de uma relação de dependência e de apoio <strong>que</strong> é bastante<br />

característica. Paralelamente, ele acusa os outros e a sorte muito mais <strong>do</strong> <strong>que</strong> a si mesmo. Queixa-se<br />

desesperadamente de seu esta<strong>do</strong> físico e de seu aspecto psíquico, de sua astenia, de sua fadiga<br />

insuperável e para<strong>do</strong>xal, pois quanto menos ele é ativo, mais se sente cansa<strong>do</strong> e impotente. <strong>Este</strong><br />

sentimento de impotência parece estar situa<strong>do</strong> bem no centro da consciência <strong>do</strong> deprimi<strong>do</strong><br />

neurótico, <strong>que</strong> a projeta em sua necessidade de ajuda ambígua, exprimin<strong>do</strong> a impotência <strong>do</strong> médico<br />

para curá-lo, a impotência <strong>do</strong>s medicamentos <strong>que</strong> são prescritos para ele, etc... Contu<strong>do</strong>, a<br />

necessidade <strong>que</strong> esses pacientes têm de se apoiar no outro é particularmente característica <strong>do</strong>s<br />

esta<strong>do</strong>s-limites, e sua avidez afetiva pode assumir um caráter tirânico e agressivo em relação aos<br />

<strong>que</strong> o rodeiam. São mais sensíveis às influências <strong>do</strong> meio <strong>que</strong> o melancólico. Algumas palavras de<br />

reconforto podem melhorar por alguns instantes a reação depressiva. O fun<strong>do</strong> desta depressão está<br />

relacionada à uma ferida narcísica pelo aban<strong>do</strong>no senti<strong>do</strong> pela perda <strong>do</strong> objeto de seu investimento<br />

ou pela desvalorização desse objeto ( pessoa ou ideal ). O comportamento é pseu<strong>do</strong> - suicida, isto é,<br />

há uma “chantagem” <strong>do</strong> suicídio. A lentificação psicomotora é muito mais discreta e permite uma<br />

expressão mais dramática da ansiedade e das <strong>que</strong>ixas <strong>do</strong> <strong>do</strong>ente, bem como <strong>do</strong>s distúrbios<br />

funcionais histeriformes, das preocupações obssessivas e das fobias.<br />

Crise de Melancolia Esta<strong>do</strong> depressivo neurótico<br />

74


( tipo “endógeno” )<br />

Etiopatogenia Herança<br />

Fatores Constitucionais<br />

Organogênese<br />

Semiologia Comportamento auto-agressivo<br />

(suicídio )<br />

Delírio de auto-acusação<br />

Sentimentos de depressão “vital”<br />

Insônia<br />

Análise Estrutural Ruptura com a realidade<br />

Falta de contato afetivo<br />

Crise separada <strong>do</strong> continuum<br />

da existência<br />

75<br />

Anomalias <strong>do</strong> desenvolvimento afetivo<br />

Fatores situacionais<br />

Psicogênese<br />

Comportamento pseu<strong>do</strong>-suicida<br />

Complexo de inferioridade ou de<br />

frustração<br />

Sentimentos complexos de angústia<br />

Conservação <strong>do</strong> sono<br />

Projeção na realidade<br />

Procura <strong>do</strong> contato<br />

Continuidade da crise com<br />

a organização neurótica<br />

da personalidade<br />

Psicanálise Regressão maciça ao estádio oral Regressão parcial ao estadio genital<br />

Terapêutica Boa resposta aos eletrocho<strong>que</strong>s<br />

e aos antidepressivos<br />

Fracassos <strong>do</strong>s tratamentos de<br />

Eletrocho<strong>que</strong><br />

Indicação da psicoterapia<br />

e <strong>do</strong>s ansiolíticos<br />

7.2.1. A depressão no obsessivo.<br />

O parentesco entre o maníaco-depressivo e o obsessivo é clássico. Admite-se atualmente,<br />

<strong>que</strong> o esta<strong>do</strong> depressivo ocorre muito mais raramente em um obsessivo <strong>do</strong> <strong>que</strong> em um histérico,<br />

ten<strong>do</strong> o obsessivo em geral, um sistema de defesa muito mais organiza<strong>do</strong> contra suas pulsões<br />

agressivas e libidinais, manten<strong>do</strong> sempre de alguma forma o objeto à distância.<br />

7.2.2. Depressão de inferioridade.<br />

É a particularidade da frustração <strong>do</strong> objeto <strong>que</strong> constitui esta forma de depressão neurótica<br />

( Pasche, 1958 ). A perda <strong>do</strong> objeto pode ser a perda de um valor moral <strong>que</strong> se desintegra, como a<br />

<strong>que</strong> foi sentida por alguns franceses <strong>que</strong> se suicidaram após a <strong>que</strong>da de 1940, ou a perda de um<br />

personagem idealiza<strong>do</strong>, “de um í<strong>do</strong>lo”, ou, ainda, a frustração pode ser devida a um acontecimento<br />

de ordem geral na qual o indivíduo se encontra envolvi<strong>do</strong>. Numa depressão em <strong>que</strong> há uma<br />

organização neurótica de base<br />

( advinda de uma infância inferiorizada ), predispõe a tomar uma consciência intolerável de<br />

sua inferioridade, colocan<strong>do</strong>-o frente a uma situação e a um objeto <strong>que</strong> evo<strong>que</strong> uma superioridade<br />

inalcançável.<br />

Portanto, é muito mais a motivação imaginária desta frustração <strong>do</strong> <strong>que</strong> a frustração sofrida<br />

<strong>que</strong> não deixa mais ao indivíduo qual<strong>que</strong>r possibilidade de investimento positivo ou negativo,<br />

qual<strong>que</strong>r possibilidade de amar ou de odiar. Ele vive uma situação sem esperança e sem futuro(o<br />

<strong>que</strong> lembra , digamos de passagem, a lentificação <strong>do</strong> movimento temporal para o futuro, <strong>que</strong><br />

constitui a trama de toda consciência ).<br />

7.3. Particularidades Psicométricas e Terapêuticas<br />

A distinção entre a depressão neurótica e a melancolia baseada em critérios objetivos foi<br />

objeto de diversos trabalhos relaciona<strong>do</strong>s com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes mentais. O teste de<br />

Rorschach deu lugar a muitas publicações contraditórias ( Pichot ). Como da<strong>do</strong> váli<strong>do</strong>, podemos<br />

considerar <strong>que</strong> as depressões endógenas não fornecem, em geral, respostas cinestésicas enquanto<br />

estão normais ou aumentadas nas depressões neuróticas.


Também têm si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong>s esforços para encontrar méto<strong>do</strong>s de medidas objetivas <strong>do</strong>s<br />

sintomas, tanto para o observa<strong>do</strong>r quanto para o <strong>do</strong>ente. No primeiro caso, a avaliação quantitativa<br />

<strong>do</strong>s sintomas com a ajuda da escala de Wittenborn permitiu, por estu<strong>do</strong>s estatísticos e utilizan<strong>do</strong> a<br />

análise fatorial, determinar os grupamentos de sintomas clínicos <strong>que</strong> confirmam a diferença<br />

sintomática <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is tipos de depressão.<br />

Também tentou-se uma avaliação <strong>do</strong>s sintomas e de sua intensidade submeten<strong>do</strong> o <strong>do</strong>ente a<br />

<strong>que</strong>stionários: escala Depressão <strong>do</strong> Inventário de Personalidade Multifásico de Minnesota,<br />

<strong>que</strong>stionário de Depressão de Beck ( Delay, Pichot, Lemperière e Mirouze, 1963 ) etc... A<br />

estimativa quantitativa da intensidade dasintomatologia subjetiva da depressão por estes méto<strong>do</strong>s<br />

guarda um valor significativo limita<strong>do</strong>, porém to<strong>do</strong>s eles parecem confirmar a independência<br />

relativa das depressões neuróticas e das depressões endógenas. Porém, é a reação às terapêuticas<br />

anti-depressivas <strong>que</strong> geralmente se considera como o teste determinante, <strong>que</strong> permite afirmar a<br />

independência da depressão neurótica e da depressão melancólica endógena. Em suma , as<br />

depressões neuróticas reagem menos - e às vezes não reagem - aos tratamentos de cho<strong>que</strong> e aos<br />

anti-depressivos.<br />

7.3.1. As depressões reativas.<br />

Teoricamente, o termo depressão reativa deve ser aplica<strong>do</strong> a uma depressão estreitamente<br />

ligada a um acontecimento <strong>do</strong>loroso, mas <strong>que</strong> tenha uma intensidade e duração <strong>que</strong> não são<br />

proporcionais aos acontecimentos.<br />

Se <strong>que</strong>remos distingüir as depressões reativas das depressões neuróticas, é preciso excluir<br />

todas as reações depressivas <strong>que</strong> ocorrem sobre um fun<strong>do</strong> neurótico evidente ou simplesmente<br />

revelável. É o tipo de depressão <strong>que</strong> ocorre em indivíduos frágeis , <strong>que</strong> não tem confiança em si<br />

mesmos, pouco expansivos, muito escrupulosos, geralmente passivos e astênicos e <strong>que</strong> mostram,<br />

desde sua juventude, uma sensibilidade anormal, além de possuírem uma constituição<br />

leptossomática nitidamente pre<strong>do</strong>minante, contrariamente ao tipo e à constituição <strong>do</strong> maníacodepressivo.<br />

O estu<strong>do</strong> atento das circunstâncias <strong>do</strong> aparecimento de uma depressão reativa mostra<br />

constantemente <strong>que</strong> o trauma psicológico não é único, mas <strong>que</strong> a causa desencadeante aparente, à<br />

qual parece <strong>que</strong> podemos atribuir o esta<strong>do</strong> depressivo, está associada a condições de vida e a um<br />

mo<strong>do</strong> de existência, no momento em <strong>que</strong> este acontecimento ocorre, <strong>que</strong> desempenham um papel<br />

essencial.<br />

7.3.2. As depressões de esgotamento.<br />

É uma forma particular de depressão reativa <strong>que</strong> ocorre em seguida a um esgotamento<br />

emocional prolonga<strong>do</strong> ou repeti<strong>do</strong>. O acontecimento estressante é mais um conflito permanente da<br />

ordem familiar, profissional, moral, porém em qual<strong>que</strong>r caso as tensões emocionais envolvidas<br />

estão estreitamente ligadas ao meio no qual vive o <strong>do</strong>ente. Uma forma particular dessas depressões<br />

de esgotamento ocorre nos homens sobrecarrega<strong>do</strong>s por responsabilidades <strong>que</strong> ultrapassam suas<br />

possibilidades: chefes de empresa, políticos, etc... ( forma astênica da “<strong>do</strong>ença <strong>do</strong>s executivos” ).<br />

Kielholz individualizou a sintomatologia: ansiedade, preocupações hipocondríacas, astenia,<br />

desconfiança e explosões afetivas inadequadas.<br />

Porém, sistematicamente, nesses homens da faixa <strong>do</strong>s 50 anos <strong>que</strong> vêm consultar devi<strong>do</strong> a<br />

um esta<strong>do</strong> depressivo, quais<strong>que</strong>r <strong>que</strong> sejam as razões invocadas, determina<strong>do</strong>s exames somáticos se<br />

impõem: pressão arterial, fíga<strong>do</strong> e aparelho digestivo, próstata e exame cardiovascular com<br />

eletrocardiograma. No aspecto laboratorial, <strong>do</strong>sagens <strong>do</strong> colesterol e das lipoproteínas, taxa de<br />

uréia, pesquisa da filtração glomerular <strong>do</strong> rim e <strong>do</strong>sagem da glicemia.Encontramos sempre nestes<br />

indivíduos, uma personalidade sensível, em geral imatura, escrupulosa, com tendências para a<br />

76


introversão, o isolamento e <strong>que</strong> possuem relações sociais difíceis e <strong>que</strong> engendram neles o temor, a<br />

incerteza, a desconfiança e um sentimento de insegurança.<br />

7.3.3. A noção de depressão neurótica ou reativa latente.<br />

Apresenta grande polimorfismo em relação às melancolias endógenas. A estrutura<br />

depressiva neurótica pode dissimular-se sob síndromes clínicas variadas: síndromes hipocondríacas,<br />

esta<strong>do</strong>s neuróticos proteiformes obsessivos ou histéricos, principalmente, distúrbios <strong>do</strong> caráter,<br />

esta<strong>do</strong>s astênicos, equivalentes psicossomáticos, etc..., suja evidenciação pode ser feita por uma<br />

análise psicológica profunda da personalidade, mas também e principalmente pelos resulta<strong>do</strong>s, às<br />

vezes inespera<strong>do</strong>s, da quimioterapia antidepressiva <strong>que</strong> revela sua natureza.<br />

7.4. As Depressões Crônicas<br />

São esta<strong>do</strong>s dura<strong>do</strong>uros, não-evolutivos e rebeldes <strong>que</strong> são verdeiras formas de existência<br />

depressiva, corresponden<strong>do</strong> aos “psicopatas depressivos” de K. Schneider. A personalidade destes<br />

indivíduos apresenta uma “tonalidade afetiva dura<strong>do</strong>uramente sombria de todas as experiências<br />

vitais”, um pessimismo vital diante da vida <strong>que</strong> se exprime em particular pelas meditações<br />

tristonhas e pelas apreensões hipocondríacas. Essas personalidades depressivas podem se associar a<br />

to<strong>do</strong>s os tipos de “traços de caráter” e, assim, podemos descrever uma infinidade de variedades:<br />

excitáveis, astênicos, egoístas, altruístas, toxicômanos, etc... Porém K. Schneider insiste no fato de<br />

<strong>que</strong> estes depressivos são às vezes difíceis de reconhecer em razão da camuflagem de sua<br />

verdadeira personalidade, feita com atitudes socias engana<strong>do</strong>res: hipertimia, hiperatividade,<br />

esnobismos multiformes, etc...<br />

<strong>Este</strong>s esta<strong>do</strong>s depressivos crônicos se imbricam com elementos das síndromes clássicas de<br />

astenia crônica: a neurastenia de Beárd ( 1869 ) e a psicastenia de Janet ( 1903 ) descritas em um<br />

tempo em <strong>que</strong> as referências psicopatológicas eram bastante diferentes das nossas.<br />

7.5. Os Esta<strong>do</strong>s Depressivos Sintomáticos<br />

O exame psiquiátrico diferencial permite distingüir traços clínicos de uma depressão banal<br />

ou de uma afecção orgânica dissimulada sob uma síndrome depressiva.<br />

7.5.1. Os Esta<strong>do</strong>s Depressivos Sintomáticos de uma Psicose<br />

A maioria das psicoses crônicas, podem se iniciar por uma crise depressiva aguda, como é o<br />

caso <strong>do</strong>s delírios crônicos e da esquizofrenia.<br />

Muitos delírios crônicos de perseguição iniciam-se classicamente por uma fase depressiva<br />

antes da sistematização <strong>do</strong> delírio. Observou-se <strong>que</strong> o melancólico persegui<strong>do</strong> está mais inclina<strong>do</strong><br />

para a auto-agressão <strong>do</strong> <strong>que</strong> para a heteroagressão. A crença de estar sen<strong>do</strong> persegui<strong>do</strong> pela polícia<br />

ou de ter má reputação é, antes de mais nada, um temor exagera<strong>do</strong>. Um delírio hipocondríaco pode<br />

também evoluir para uma fase melancólica, com o <strong>do</strong>ente exprimin<strong>do</strong> preocupações obsessivas e<br />

<strong>que</strong> se renovam sem cessar, inquietudes concernentes à sua saúde física manifestadas sob formas de<br />

gemi<strong>do</strong>s estereotipa<strong>do</strong>s, distúrbios funcionais diversos e incessantemente exprimi<strong>do</strong>s.<br />

Porém, o delírio sistemático secundário mais característico da melancolia é o delírio da<br />

negação ou síndrome de Cotard. Compreende em sua forma típica idéias de negação ( o <strong>do</strong>ente<br />

nega a existência de seus órgãos, chega mesmo a negar a existência de seu corpo, <strong>do</strong>s seus pais, <strong>do</strong>s<br />

seus amigos, da morte, <strong>do</strong>s lugares, <strong>do</strong> tempo, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ), às quais se associam as idéias de<br />

imortalidade ( ele se julga condena<strong>do</strong> a não morrer para sofrer eternamente ) e as idéias de<br />

enormidade ( julga, por exemplo, <strong>que</strong> seu corpo se infla desmesuradamente e invade o universo ).<br />

77


Provavelmente, são alguns episódios de esquizofrenia <strong>que</strong> dificultam o diagnóstico<br />

diferencial com um episódio depressivo simples. São os esta<strong>do</strong>s depressivos atípicos, <strong>que</strong> já<br />

citamos, <strong>que</strong> podem não apenas se constituir no início de um processo esquizofrênico, mas também<br />

demarcar sua evolução. É por este motivo <strong>que</strong>, quan<strong>do</strong> em presença de qual<strong>que</strong>r esta<strong>do</strong> depressivo -<br />

tristeza, inércia, idéias e tentativas de suicídio, idéias de culpa, delírio hipocondríaco, etc... -<br />

apresenta<strong>do</strong> em um indivíduo jovem, devemos pesquisar os sinais da série esquizofrênica:<br />

apragmatismo, autismo, distúrbios <strong>do</strong> curso <strong>do</strong> pensamento, dissociação, blo<strong>que</strong>ios, estereotipia,<br />

empobrecimento da emotividade, mau contato afetivo, ambivalência, alucinações, atos<br />

inexplicáveis e bizarros, etc... Geralmente o quadro clínico está menos centra<strong>do</strong> na angústia, sen<strong>do</strong><br />

esta às vezes ausente e, em geral, para<strong>do</strong>xal (mistura de indiferença e de sentimento depressivo). Os<br />

sintomas da série catatônica (negativismo, impulsos, etc... ) imprimem ao quadro clínico a<br />

atipicidade da depressão. Devemos investigar com cuida<strong>do</strong> o desinteresse, a oposição, a atitude<br />

fechada, o apragmatismo, a indecisão, as atitudes estuporosas e as inibições <strong>que</strong> pertencem à<br />

hebefrenocatatonia e <strong>que</strong> podem dar a impressão de uma síndrome depressiva banal. Observou-se<br />

recentemente a transformação de esta<strong>do</strong>s esquizofrênicos em esta<strong>do</strong>s melancólicos sob a influência<br />

das quimioterapias atuais, isto em geral desde o tratamento de ata<strong>que</strong>.<br />

Os esta<strong>do</strong>s depressivos constituem os episódios psicopáticos agu<strong>do</strong>s, muito freqüentes nos<br />

epiléticos. Estas crises depressivas podem ser de curta duração, às vezes de algumas horas, poden<strong>do</strong><br />

ser também muito mais longas, assumin<strong>do</strong> o aspecto de um esta<strong>do</strong> de pessimismo, de hipocondria,<br />

de uma atitude tristonha e de protesto. Em to<strong>do</strong>s os casos devemos temer o suicídio. O<br />

aparecimento súbito da crise depressiva e sua evolução relativamente rápida, o estu<strong>do</strong> da<br />

personalidade anterior, o caráter epiléptico, as crises convulsivas e os distúrbios da consciência<br />

devem levar a <strong>que</strong> recorramos eventualmente ao eletroencefalograma, à pneumoencefalografia ou à<br />

angiografia cerebral, para confirmar o diagnóstico.<br />

7.5.2. Os Esta<strong>do</strong>s Depressivos Sintomáticos das Afecções Cerebrais infecciosas e<br />

Metabólicas<br />

Uma síndrome depressiva, ou modificações disfóricas <strong>do</strong> humor podem ser encontradas no<br />

curso de todas as afecções orgânicas. É fundamental um exame completo de to<strong>do</strong> o indivíduo<br />

deprimi<strong>do</strong>. O fato de <strong>que</strong> a síndrome possa responder favoravelmente ao tratamento anti-depressivo<br />

não-específico não constitui um argumento contra a etiologia orgânica.<br />

As principais afecções orgânicas <strong>do</strong> sistema nervoso central, suscetíveis de provocar um<br />

esta<strong>do</strong> depressivo, são os tumores cerebrais, as meningoencefalites sifilicas, a encefalite epidêmica,<br />

a esclerose em placa, etc... Da mesma forma, uma síndrome depressiva pode se desenvolver após<br />

um traumatismo craniano e não é raro, neste caso, <strong>que</strong> observemos elementos depressivos<br />

associa<strong>do</strong>s a elementos neuróticos pós-traumáticos.<br />

Inumeráveis trabalhos tentaram estabelecer uma ligação entre a crise melancólica e a<br />

patologia endócrina. Entretanto, é bastante difícil fazer-se uma idéia clara <strong>do</strong> fator hormonal nas<br />

melancolias e nos esta<strong>do</strong>s depressivos <strong>que</strong> se produzem no curso de afecções como a da glândula<br />

tireóide ou após uma tireoidectomia, na patologia hormonal sexual ( menopausa, castração,<br />

puerpério, hiperfoliculinemia, etc... ) ou no curso de síndromes diencefaloipofisárias e córticosupra-renais.<br />

Entretanto, embora possuamos uma massa de fatos clínicos em <strong>que</strong> podemos<br />

relacionar um desequilíbrio hormonal e o esta<strong>do</strong> depressivo, nenhum mecanismo fisiopatológico foi<br />

ainda defini<strong>do</strong>.<br />

O mesmo podemos dizer no <strong>que</strong> se refere às formas sintomáticas de afecções gerais<br />

(afecções sangüíneas, cardíacas, renais e vasculares, icterícia, cirroses, neoplasias, convalescença de<br />

<strong>do</strong>enças infecciosas, etc... ). Alguns esta<strong>do</strong>s depressivos nos quais a causa pode facilmente passar<br />

desapercebida, são os esta<strong>do</strong>s depressivos em geral acompanha<strong>do</strong>s de irritabilidade e de ansiedade<br />

78


provoca<strong>do</strong>s por um tratamento de desintoxicação nos alcoólatras, nos toxicômanos ( morfina,<br />

barbitúricos, anfetaminas, etc.).<br />

Alguns esta<strong>do</strong>s depressivos ocorrem bastante freqüentemente durante a convalescença de<br />

<strong>do</strong>enças infecciosas, da gripe e das hepatites.Na senilidade ou pré-senilidade, a arteriosclerose e a<br />

aterosclerose cerebrais podem evoluir durante muito tempo com os traços de uma síndrome<br />

depressiva, bem como uma depressão pode ser a forma de início da demência senil.<br />

Notamos ainda alguns esta<strong>do</strong>s depressivos iatrogênicos consecutivos os tratamentos de<br />

emagrecimento, aos tratamentos com os hipotensores ( principalmente a reserpina ), à<br />

corticoterapia, os antituberculosos, a L-<strong>do</strong>pa, aos contraceptivos orais, etc... e aos neurolépticos.<br />

Quanto a esses <strong>último</strong>s, tem-se insisti<strong>do</strong> - principalmente Midenet e Lambert ( 1972 ) - sobre os<br />

distúrbios depressivos, com as possibilidades de suicídios não sen<strong>do</strong> excepcionais durante os<br />

tratamentos neurolépticos, sobretu<strong>do</strong> com os neurolépticos retard. O aparecimento dessas<br />

depressões secundárias é talvez mais complexo <strong>que</strong> uma simples relação de causa e efeito, salvo no<br />

caso da reserpina, <strong>que</strong> tem uma ação específica “depressiva”.<br />

7.6. Diagnóstico<br />

A distinção <strong>do</strong>s diferentes esta<strong>do</strong>s depressivos será feita com o auxílio de um exame<br />

sistemático, no qual pesquisaremos cuida<strong>do</strong>samente: as circunstâncias <strong>do</strong> aparecimento da crise, a<br />

análise da situação vital penosa na qual ela apareceu, as predisposições da personalidade através<br />

de um estu<strong>do</strong> da personalidade anterior e <strong>do</strong>s antecedentes hereditários, a semiologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

moral, da inibição, da angústia e <strong>do</strong> comportamento suicida, a investigação da atipicidade e da<br />

discordância <strong>do</strong>s sintomas por um exame médico completo, clínico e paraclínico e, mais<br />

particularmente, por um exame neurológico <strong>que</strong> compreenda, eventualmente, uma punção lombar e<br />

um eletroencefalograma, enfim pela prova <strong>do</strong> tratamento com os anti-depressivos.<br />

Segun<strong>do</strong> Lehmann, 1959, “depressão” comporta pelo menos três significa<strong>do</strong>s. Pode referirse<br />

a um sintoma, a uma síndrome e também a uma entidade nosológica. O elemento semiológico<br />

elementar é um aspecto fenomenológico caracteriza<strong>do</strong> por um distúrbio, um abatimento <strong>do</strong> humor (<br />

timia ), <strong>que</strong> se torna triste. Ao re<strong>do</strong>r deste sintoma, agrupam-se outros sintomas <strong>que</strong> podem<br />

justificar a descrição de síndromes e mesmo de entidades patológicas. Não é possível reduzirmos a<br />

síndrome a uma “depressão” de natureza fisiológica pois, na depressão biológica o blo<strong>que</strong>io<br />

fisiológico pode ser apenas parcial, enquanto as outras funções parecem estar em esta<strong>do</strong> de<br />

superexcitação. Em suma, a depressão não pode ser explicada por simples depressões das funções<br />

biológicas, pois no conjunto observamos <strong>que</strong> o Sistema Nervoso Simpático encontra-se excita<strong>do</strong><br />

enquanto o Sistema Nervoso Parassimpático está, de mo<strong>do</strong> contrário, inibi<strong>do</strong>.<br />

De qual<strong>que</strong>r forma, seja como conseqüência ou como simples associação, encontramos<br />

relaciona<strong>do</strong>s aos distúrbios <strong>do</strong> humor <strong>do</strong>is outros fenômenos: a inibição e o sofrimento moral.<br />

A inibição é um tipo de freio ou de lentificação <strong>do</strong>s processos psíquicos <strong>que</strong> reduz o campo<br />

da consciência e o interesse, fechan<strong>do</strong> o indivíduo em si mesmo, e levan<strong>do</strong>-o a fugir outros,<br />

evitan<strong>do</strong> relacionar-se. Subjetivamente, o <strong>do</strong>ente sente lassidão moral, dificuldade para pensar, para<br />

evocar ( distúrbios de memória ) e fadiga psíquica. Paralelamente sente astenia psíquica e<br />

lentificação da atividade motora <strong>que</strong> se associam a <strong>do</strong>enças somáticas diversas, relacionadas com<br />

perturbações neurovegetativas sempre perceptíveis. A reação de inibição pode ser normal no<br />

indivíduo são após um acontecimento muito penoso ( luto normal ).<br />

O sofrimento moral, exprime-se de uma forma mais elementar por uma autodepreciação<br />

<strong>que</strong> pode encaminhar-se muito rapidamente para uma auto-acusação, autopunição ou um sentimento<br />

de culpa. A fenomenologia <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s depressivos, em especial o sintoma de auto-acusação, é<br />

determinada por um fator cultural, já <strong>que</strong> em comunidades primitivas da África ( Stainbrook, 1954 )<br />

este sintoma é quase ausente. A auto-acusação e a <strong>do</strong>r moral pertenceriam, pois, a uma<br />

sintomatologia secundária da depressão.<br />

De qual<strong>que</strong>r forma, devemos observar a importância <strong>do</strong>s distúrbios somáticos: cefaléias,<br />

<strong>do</strong>res diversas, sensações de asfixia, palpitações cardíacas, <strong>do</strong>res vertebrais ou articulares,<br />

79


distúrbios digestivos, constipação, etc... É possível <strong>que</strong> esses distúrbios assumam uma tal<br />

importância <strong>que</strong> o esta<strong>do</strong> depressivo seja camufla<strong>do</strong> pelas <strong>que</strong>ixas somáticas.<br />

A crise de melancolia e suas formas clínicas constituem o quadro mais típico da depressão.<br />

Os melancólicos pertencem ao grupo <strong>do</strong>s maníaco-depressivos. Atualmente a ciência pretende<br />

classificar esses esta<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> as circunstâncias <strong>do</strong> seu aparecimento e também consideran<strong>do</strong><br />

alguns outros elementos, principalmente sua semiologia. Assim, além da crise melancólica<br />

sintomática da psicose maníaco-depressiva endógena, observamos o desencadear de crises<br />

depressivas <strong>que</strong> ocorrem sob a influência de fatores exógenos ( emoções, esgotamento, conflitos,<br />

isto é, acontecimentos provenientes <strong>do</strong> meio ), porém expressan<strong>do</strong> <strong>que</strong> as crises advém favorecidas<br />

por uma predisposição da personalidade de base, como se a tolerância às tensões estivesse<br />

diminuída nestes indivíduos.<br />

As depressões de esgotamento são as depressões desencadeadas por fatores psicogênicos,<br />

<strong>que</strong> não atuam por um trauma único, mas exercem um esta<strong>do</strong> permanente de estresse.<br />

A depressão involutiva é a crise depressiva característica por ser desencadeada pela<br />

primeira vez num perío<strong>do</strong> avança<strong>do</strong> da vida, comumente a senectude.<br />

Vemos <strong>que</strong> a imensa gama desses esta<strong>do</strong>s depressivos distribui-se em torno de <strong>do</strong>is grupos<br />

extremos: as grandes crises de melancolia endógena e as crises de depressão neurótica <strong>que</strong> resultam<br />

da descompensação de uma estrutura neurótica anterior.<br />

Os esta<strong>do</strong>s depressivos sintomáticos de uma psicose ou de uma afecção orgânica são os<br />

<strong>que</strong> devem considerar, além da personalidade pré - mórbida subjacente, o processo psicótico sobre o<br />

qual evolui evolui a crise depressiva ou <strong>que</strong> inicia o quadro clínico. O esta<strong>do</strong> depressivo é a<br />

manifestação de uma psicose, atribuin<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> depressivo apenas o valor de um episódio. A<br />

psicose mais comum neste caso é uma esquizofrenia, porém pode se referir a outras psicoses com<br />

delírio crônico, delírio de perseguição melancólica, paralisia geral, epilepsia, confusão mental<br />

estuporosa, etc...<br />

No caso da esquizofrenia, o exame clínico - principalmente o neurológico - e o paraclínico<br />

mostram a existência de um processo orgânico <strong>que</strong> pode ter uma atuação etiológica essencial; são as<br />

depressões sintomáticas de uma afecção orgânica: lesões cerebrais por tumor, distúrbios<br />

vasculares, atrofias neuronais, meningoencefalites, arteriosclerose, aterosclerose, hipoxemia,<br />

intoxicações, perturbações metabólicas ou endócrinas, tuberculose, câncer, colagenose e também as<br />

depressões secundárias ao puerpério, aos tratamentos de desintoxicação nos alcoólatras e nos<br />

toxicômanos e em algumas terapêuticas medicamentosas ( reserpina, etc.).<br />

A crise de melancolia, <strong>que</strong> contrasta quase <strong>que</strong> totalmente com a mania, é um esta<strong>do</strong> de<br />

depressão intensa vivencia<strong>do</strong> com um sentimento de sofrimento moral e caracteriza<strong>do</strong> pela<br />

lentificação e pela inibição das funções psíquicas e psicomotoras.<br />

A seguir, ainda, segun<strong>do</strong> Lehmann, expõe-se o quadro sinótico diferencial entre a crise de<br />

melancolia e esta<strong>do</strong> depressivo neurótico.<br />

Crise de Melancolia<br />

( tipo “endógeno” )<br />

Etiopatogenia Herança<br />

Fatores Constitucionais<br />

Organogênese<br />

Semiologia Comportamento<br />

( suicídio )<br />

auto-agressivo<br />

Delírio de auto-acusação<br />

Sentimentos de depressão “vital”<br />

Insônia<br />

80<br />

Esta<strong>do</strong> depressivo neurótico<br />

Anomalias <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

afetivo<br />

Fatores situacionais<br />

Psicogênese<br />

Comportamento pseu<strong>do</strong>-suicida<br />

Complexo de inferioridade ou de<br />

frustração<br />

Sentimentos complexos de<br />

angústia Conservação <strong>do</strong> sono<br />

Análise Estrutural Ruptura com a realidade Projeção na realidade


Falta de contato afetivo<br />

Crise separada <strong>do</strong> continuum<br />

da existência<br />

Todas as citações referentes à melancolia pertencem a Aaron Beck, 1982.<br />

Justificativa<br />

81<br />

Procura <strong>do</strong> contato<br />

Continuidade da crise com<br />

a organização neurótica<br />

da personalidade<br />

Diante de tal possibilidade, a realização deste trabalho é desejável e plenamente justificável,<br />

principalmente no <strong>que</strong> se refere ao aspecto preventivo na gênese <strong>do</strong> fenômeno depressivo, uma vez<br />

<strong>que</strong> a identificação de qual<strong>que</strong>r sinal iri<strong>do</strong>lógico nesta área denota <strong>que</strong> se trata de “locus minoris<br />

resistentiae” <strong>do</strong> indivíduo, porisso a detecção precoce de sinais na área da mente inata leva, ou<br />

melhor, pode levar o psicoterapeuta a a<strong>do</strong>tar uma abordagem profilática psíquica ou mesmo<br />

medicamentosa, como por exemplo nos casos de eventuais fenômenos relativos à serotonina. Claro<br />

<strong>que</strong> a extensão e a compreensão de tal fenômeno relaciona<strong>do</strong> à sinais da mente inata gera, abre<br />

expectativas ou ainda pode gerar, infinitas ilações à respeito da finalidade deste trabalho.<br />

Objetivo<br />

O presente trabalho tem a finalidade de uma vez investigada, detectada e aprofundada a<br />

relação entre as alterações nos sinais da mente inata, relacione os fenômenos depressivos, a<strong>do</strong>te<br />

medidas tanto profiláticas quanto curativas: reportan<strong>do</strong>-se aos dizeres de Maffei *: “ninguém fica<br />

<strong>do</strong>ente <strong>do</strong> <strong>que</strong> <strong>que</strong>r, mas <strong>do</strong> <strong>que</strong> pode”..., fato corrobora<strong>do</strong> de <strong>que</strong> a simples detecção de tal área<br />

topográfica iri<strong>do</strong>lógica reflete ser área cerebral “minoris resistentiae”, <strong>que</strong> dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

estímulo interno ou externo pode desencadear, através <strong>do</strong> eixo psicoimunoneuroendócrino,<br />

fenômenos depressivos.<br />

Fatores Teóricos de Análise<br />

Correlaciona-se a maior parte <strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s com as glândulas<br />

endócrinas, notadamente a tireóide, como participantes da dinâmica <strong>do</strong> eixo<br />

psicoimunoneuroendócrino, corrobora<strong>do</strong> com a literatura científica à respeito.<br />

Seguem gráfico e lau<strong>do</strong>s de desenhos livres de figuras humanas, bem como os lau<strong>do</strong>s<br />

psiquiátricos, correlacionan<strong>do</strong> os acha<strong>do</strong>s iri<strong>do</strong>lógicos referentes às íris estudadas.<br />

Amostragem<br />

A Amostragem total abrange 14 pacientes, sen<strong>do</strong> 7 mulheres e 7 homens (50% homens e<br />

50% mulheres), com da<strong>do</strong>s sobre idade(idade média = 40 anos p/ Homens e 44 p/Mulheres), cor,<br />

História Biopatográfica, escolaridade, religião, Análise Iri<strong>do</strong>lógica, avaliação pelo méto<strong>do</strong><br />

Cronorichio, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> a história livre <strong>do</strong> Paciente no. 4 foi avariada. As amostragens foram<br />

divididas em <strong>do</strong>is grupos de controle, a seguir:<br />

1) Pacientes com diagnóstico psiquiátrico<br />

Foram investiga<strong>do</strong>s 9 pacientes psiquiátricos, de ambos os sexos, na faixa etária<br />

entre 36 e 54 anos, interna<strong>do</strong>s e em regime de hospital-dia, inicia<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong><br />

semestre de 1999 e no primeiro semestre de 2000, em clínica psiquiátrica.


Casos/ Idades Diátese Cronorichio Lau<strong>do</strong>s História Lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

Nome<br />

Psiquiátricos Biopatográfica desenhos<br />

1. 2 2 evaginação F.31.31- vide sequência vide<br />

Valquíria<br />

aos 37 anos Transtorno<br />

Afetivo Bipolar<br />

sequência<br />

2.Ana 5 3 47, 33 e 34 F.32.12- vide sequência vide<br />

Maria<br />

Episódio<br />

Depressivo<br />

Modera<strong>do</strong><br />

s/sintomas<br />

somáticos<br />

sequência<br />

3.José 7 2 3,4,8,15 e 22 F.39- vide sequência vide<br />

Augusto<br />

Transtorno de<br />

humor afetivo<br />

não específico<br />

sequência<br />

4.Renato 4 1 13,17,37 e 38 F.32- Episódio vide sequência vide<br />

Depressivo<br />

F.41-Outros<br />

transtornos<br />

ansiosos<br />

F.44-<br />

Transtornos<br />

dissociativos<br />

compulsivos<br />

sequência<br />

5.Noemi 0 4 7,10,12,15,1 F.44.7- vide sequência vide<br />

6,22,27,30 e Transtornos<br />

sequência<br />

37<br />

Dissociativos<br />

Mistos<br />

F.45.8-Outros<br />

transtornos<br />

somatofórmicos<br />

6.Vera 3 1 18 e 19 F.33- vide sequência vide<br />

Transtorno<br />

depressivo<br />

recorrente<br />

sequência<br />

7.Sueli 1 1 22,24,41,42, F.32-Episódio vide sequência vide<br />

43e 46 Depressivo<br />

sequência<br />

8. 7 3 26,27,35 e 36 F.32-Episódio vide sequência vide<br />

Leopol<strong>do</strong><br />

Depressivo<br />

sequência<br />

9.Miriam 39 3 13,14,22,37, F.31- vide sequência vide<br />

45,46 e 47 Transtorno<br />

Afetivo Bipolar<br />

sequência<br />

82


Casos Demais Áreas<br />

Cerebrais<br />

Glândulas<br />

Endócrinas<br />

Timo / Baço<br />

Órgãos<br />

Linfóides<br />

Banda <strong>do</strong><br />

SNA ou<br />

Colarete<br />

1 Valquíria ndn Hipófise ndn Desaparece o<br />

contorno<br />

próximo às<br />

7.00hs <strong>do</strong><br />

2 Ana Maria Vitalidade, Hipófise<br />

Tireóide /<br />

3 José<br />

Augusto<br />

Fala<br />

Adquirida<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego<br />

5 Senti<strong>do</strong>s<br />

4 Renato Equilíbrio e<br />

Sensório<br />

Locomoção<br />

5 Noemi Pressão <strong>do</strong><br />

Ego<br />

Pâncreas<br />

Hipófise<br />

Tireóide /<br />

Pâncreas<br />

Supra-renais<br />

Pâncreas,<br />

Supra-renais<br />

e Paratireóide<br />

Hipófise<br />

Tireóide e<br />

Supra-renais<br />

6 Vera Ego Tireóide,<br />

Paratireóide e<br />

Pâncreas<br />

7 Sueli Vitalidade Hipófise<br />

Tireóide,<br />

Paratireóide e<br />

Pâncreas<br />

Útero /<br />

Ovário Baço<br />

Supra<br />

-renal<br />

8 Leopol<strong>do</strong> ndn Paratireóide<br />

Testículo<br />

Próstata<br />

9 Miriam ndn Tireóide,<br />

Paratireóide e<br />

Pâncreas<br />

ndn<br />

ndn<br />

relógio<br />

Bulbo<br />

Cronoríquio /<br />

Diátese<br />

Evaginação<br />

aos 37,<br />

invaginação<br />

ao 30 anos<br />

Diátese 2<br />

47, 33 e 34<br />

Diáteses 3<br />

ndn 3, 4, 8, 15, 22<br />

Diátese 2<br />

ndn ndn 13, 17, 37 e<br />

38<br />

Diátese 1<br />

Baço ndn 7, 10, 12, 15,<br />

16, 22, 27, 30<br />

e 37<br />

ndn ndn<br />

Diátese 4<br />

18 e 19<br />

Diátese 1<br />

Baço ndn 22, 24, 41,<br />

42, 43, 46<br />

Diátese 1<br />

ndn ndn 26, 27, 35 e<br />

36<br />

Diátese 3<br />

Supra-renal ndn 13, 14, 22,<br />

37, 45, 46 e<br />

47<br />

Diátese 3<br />

Variáveis Estudadas:<br />

Características da depressão, características da íris: forma, cor e tamanho.<br />

Variáveis Fixas:<br />

Número de pacientes: 9, sen<strong>do</strong> 6 mulheres e 3 homens ( 66% de mulheres e 33% de<br />

homens), com da<strong>do</strong>s sobre idade ( idade média : 40 anos, para Homens e idade média 44 anos para<br />

as mulheres), cor, história biopatográfica, cronoríchio, escolaridade, religião, mapa iri<strong>do</strong>lógico,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> a história livre <strong>do</strong> Paciente n. 4 foi avariada.<br />

83


HISTÓRIAS LIVRES<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

25 de Abril de 1999<br />

L.A.L.S. 46 anos. Nascimento: 08 / 11 / 1952, em Araraquara, São Paulo. Bancário, casa<strong>do</strong>.<br />

Tenho 3 filhos, 2 homens e 1 mulher. A 1ª filha tem 25 anos, o 2º filho tem 24 anos e é casa<strong>do</strong>, e o<br />

3º filho tem 18 anos. Estou de licença desde o dia 12 de Abril de 1999. Vim para cá afasta<strong>do</strong>,<br />

devi<strong>do</strong> a problemas possivelmente de stress e depressão. Já fui “gerente” da Caixa Econômica<br />

Federal e tive situações de muita tensão emocional, inclusive uma vez uns marginais assaltaram a<br />

agência da Caixa Econômica, ao la<strong>do</strong> da minha casa, na Américo Brasiliensis, e usaram armas<br />

pesadíssimas, granadas, maçarico, gás butano e fuzis pesa<strong>do</strong>s. Minha mulher e as crianças se<br />

assustaram. Um solda<strong>do</strong> foi balea<strong>do</strong>. Tive um assalto, roubo/furto na minha agência de Araraquara,<br />

tive <strong>que</strong> depor diversas vezes na Polícia Federal em São José <strong>do</strong> Rio Preto e fui pressiona<strong>do</strong> a<br />

depor. Tive <strong>que</strong> levar o vigilante dentro <strong>do</strong> meu carro. Fui trata<strong>do</strong> com cúmplice pela polícia, fi<strong>que</strong>i<br />

tenso e decepciona<strong>do</strong>. Funcionários da agência de Araraquara fizeram uma denúncia, acharam <strong>que</strong><br />

os mutuários não iam pagar o Programa de Financiamento Habitacional. Eu como gerente de<br />

produtos respondi a processo, de 1990 à 1991. Ficou a negatividade em cima da minha pessoa, fui<br />

muito visa<strong>do</strong>. Isto me causou muita tensão, fui mal trata<strong>do</strong> pela gerência. Tive problemas de saúde e<br />

fui trata<strong>do</strong> pela gerência como folga<strong>do</strong>. Uma vez minha mulher teve crise renal e fui interná-la. A<br />

gerência começou a <strong>que</strong>stionar-me: dá uma pinga com limão para ela, <strong>que</strong> ela sara. Foi um<br />

desrespeito às leis trabalhistas. Outra vez fiz uma cirurgia bucal com uma raspagem. A boca estava<br />

inchada, estava com febre e mesmo com a licença para tratamento tive <strong>que</strong> dar satisfação ao<br />

gerente. Sumiram meu atesta<strong>do</strong> e fi<strong>que</strong>i com 4 faltas injustificadas. Eu <strong>que</strong>ro superar todas estas<br />

crises. Não é admissível <strong>que</strong> a empresa me trate assim. Esta situação foi me causan<strong>do</strong> insegurança.<br />

Minha mulher estava com crise estomacal, quase desmaiada, quan<strong>do</strong> o gerente disse: tua mulher só<br />

fica <strong>do</strong>ente quan<strong>do</strong> você tem <strong>que</strong> vir trabalhar. O médico disse: temos <strong>que</strong> operá-la da Vesícula em<br />

6 horas, senão ela corre risco de vida. Fui suspenso por falta injustificada: esta injustiça vai tiran<strong>do</strong><br />

o ânimo. Quan<strong>do</strong> vim para São Paulo, em 20 de janeiro de 1999, tive mais uma falta injustificada,<br />

motivo: crise de <strong>do</strong>r na coluna, e estava sozinho atenden<strong>do</strong> o Serviço <strong>do</strong> FGTS <strong>do</strong>s inativos,<br />

estavam remodelan<strong>do</strong> e reforman<strong>do</strong>, o computa<strong>do</strong>r estava com falhas, a funcionária <strong>que</strong> me<br />

substituía não foi, tive crise de coluna. Uma época tive <strong>que</strong> pegar caixas pesadas com <strong>do</strong>cumentos<br />

da Caixa Econômica Estadual, quan<strong>do</strong> iniciaram as <strong>do</strong>res e os formigamentos nos braços e nas<br />

pernas e, descobri a escoliose. No dia 20 de janeiro de 1999 passei <strong>do</strong>s limites: minha coluna<br />

travou. Tomei Sirdalud, remédio <strong>que</strong> me deixa seda<strong>do</strong>, com muita sonolência. Tomei desde o dia 18<br />

e no dia 21 não acordei, fi<strong>que</strong>i seda<strong>do</strong>, <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong> o dia ( 21 ) to<strong>do</strong>, por orientação médica. Exagerei<br />

no dia 20 com a <strong>do</strong>se <strong>do</strong> remédio, acordei além <strong>do</strong> horário de trabalhar, fi<strong>que</strong>i com falta<br />

injustificada. O novo Gerente Geral de Araraquara, me inscreveu no programa de readaptação ao<br />

trabalho, para esta clínica <strong>que</strong> tem convênio com a FUNCEP. Sou filho único. A relação com a<br />

esposa é boa, composta de crises, mas atualmente vivemos em harmonia, eu ela e os filhos. A filha<br />

mais velha vai casar, e o filho <strong>do</strong> meio é casa<strong>do</strong>, e está bem ocupa<strong>do</strong> com a família. O caçula,<br />

atualmente está em boa companhia e fez supletivo este ano, no perío<strong>do</strong> da manhã. O 2º filho não<br />

<strong>que</strong>ria estudar. Qual o sentimento atual? Me sinto apreensivo em decorrência <strong>do</strong> aconteci<strong>do</strong>, mas<br />

tenho capacidade para retornar ao trabalho. Fiz uma cirurgia no músculo <strong>do</strong> olho direito, cirurgia de<br />

septo nasal, cirurgia no lábio superior. Internei uma vez por pneumonia, internei por acidente no<br />

braço direito ( em 1976 ), por um corte com vidro e internei por fratura da ulna direita em 1977.<br />

Hoje faz 13 dias <strong>que</strong> estou nesta clínica, usei neosine. Agora, o sono está bom.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.32 - Episódio Depressivo<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos - Frágil estruturação egóica. Apresenta grande habilidade emocional.<br />

Tem dificuldade de controlar suas emoções, poden<strong>do</strong> perder a noção de limites e a<strong>do</strong>tar atitudes<br />

84


descontroladas e impulsivas. Alto nível de ansiedade, o <strong>que</strong> pode conduzi-lo à episódios de<br />

desorganização psíquica.<br />

Busca de auto-afirmação e de identidade própria, com receio de se tornar indiferencia<strong>do</strong> nas<br />

relações. Pode a<strong>do</strong>tar condutas invasivas, dependentes e hostis em relação às pessoas,<br />

desenvolven<strong>do</strong> reações paranóides.<br />

( Personalidade limítrofe Borderline).<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

15 de Abril de 1999<br />

A . M. S. F. 54 anos . Nascimento: 2 de Março de 1945, em Ribeira de Pombal, Bahia.<br />

Há 5 anos meus 2 filhos gêmeos caçulas se envolveram em drogas. O pai deles teve<br />

derrame e faleceu. Estou numa luta muito grande, stressada, perdi peso, desidratada. Logo após o<br />

falecimento <strong>do</strong> pai, estes 2 filhos levaram um grupo no apartamento, eu não agüentei. Fui internada<br />

5X na Beneficência Portuguesa: estou trêmula, fi<strong>que</strong>i muito desidratada, tive crise de úlcera,<br />

taquicardia, mas estava “muito bem”. Tive cefaléia muito forte quan<strong>do</strong> recebia as injeções. Há mais<br />

de um ano perdi o apetite, me alimento por obrigação, estou muito cansada, stressada. Fui operada<br />

<strong>do</strong> seio em julho de 1998, por nódulo da mama es<strong>que</strong>rda. Estou com operação marcada para retirar<br />

um mioma uterino, mas estou fraca e lutan<strong>do</strong> para ficar boa. Faz 4 meses <strong>que</strong> meu mari<strong>do</strong> faleceu e<br />

ainda não abrimos o inventário. Tomo prozack e euforium. Está me atacan<strong>do</strong> o Estômago e a úlcera.<br />

O relacionamento entre os 4 filhos não é bom, não <strong>que</strong> eles não gostem de mim, mas temos gênios<br />

diferentes. A menina tinha 15 anos e muito agitada e já estava noiva <strong>do</strong> namora<strong>do</strong>. A 1ª filha tem 28<br />

anos, a 2ª filha 20 anos e os <strong>do</strong>is gêmeos tem 19 anos. Internou um filho no Rio de Janeiro e outro<br />

no Paraná, porém fugiram das clínicas. Um deles está trabalhan<strong>do</strong> em Ubatuba, o outro está aqui na<br />

Clínca <strong>do</strong> Dr. Jair. Os filhos já me deram muito trabalho. Eu só percebi o uso de drogas quan<strong>do</strong> eles<br />

estavam com 16 anos, porém, eles se iniciaram nas drogas, no litoral, aos 14 anos. Eles tinham<br />

cheiro de maconha, mas diziam <strong>que</strong> era “fumo de sabiá”. Eu e o pai deles encontramos um pacote<br />

com maconha. Em Ubatuba os filhos viraram surfistas, maconheiros e entraram no crack e cocaina.<br />

Quan<strong>do</strong> vieram para São paulo, internamos eles numa clínica em regime fecha<strong>do</strong>. Meu mari<strong>do</strong><br />

morreu de pneumonia e infecção urinária, após o AVC. Teve um estalo no ouvi<strong>do</strong>, fez ressonância<br />

magnética e confirmou o AVC. Perdeu a fala e os movimentos, teve hemorragia gástrica e ficou<br />

interna<strong>do</strong> 1 ano na Beneficência Portuguesa. Estava com muitas escaras. Quan<strong>do</strong> ele morreu fi<strong>que</strong>i<br />

fraca da cabeça. Internei por 6 dias no Hospital Carlos Chagas em Guarulhos e 1 dia no Hospital da<br />

Beneficência Portuguesa. Hoje sinto <strong>do</strong>r na nuca com rigidez, tremor <strong>do</strong> Sistema Nervoso,<br />

taquicardia. Sua mãe teve 18 filhos. A ressonância magnética experessou má circulação cerebral.<br />

Teve 3 úlceras, 1 hérnia de hiato e gastrite. Sou muito triste, tenho muita vontade de chorar, o único<br />

pensamento é o mari<strong>do</strong>, ele está presente, a gente não sabe o <strong>que</strong> é uma perda - e de repente está<br />

dentro <strong>do</strong> sofrimento. A vida antes era boa, cuidan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s filhos, com discussões familiares<br />

normais, mas ficava aborrecida com a droga <strong>que</strong> os filhos usavam.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F. 32.12 - Episódio Dpressivo Modera<strong>do</strong> Sem Sintomas Somáticos<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Grande imaturidade e empobrecimento na expressão afetivo-emocional.<br />

Insegura e instável emocionalmente, demonstra comprometimento no estabelecimento de<br />

contato com a realidade e na formação de vínculos e relações.<br />

Presença de sentimento de inadequação de formas bastante regredidas de adaptação.<br />

Tendência a atuar de mo<strong>do</strong> muito indiferencia<strong>do</strong> e infantiliza<strong>do</strong> nas relações e no trato de<br />

suas emoções<br />

85


Alguns aspectos de seu traça<strong>do</strong> sugerem rebaixamento da capacidade de compreensão, o<br />

<strong>que</strong> pode indicar também limitação intelectual, como sinais de organicidade, o <strong>que</strong> merecia uma<br />

investigação mais detalhada. .<br />

Personalidade limítrofe- borderline.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

15 de Abril de 1999<br />

S. A .C.. 40 anos, divorciada. Nascimento: 01/08/1958, em São Paulo. Seqüência <strong>do</strong>s<br />

irmãos: um irmão de 43 anos, Suely com 40 anos e uma irmã com 37 anos. Minha história é a<br />

seguinte: já estive aqui há 3 anos e ½ atrás quan<strong>do</strong> houve a separação. Vim de livre e espontânea<br />

vontade. Fiz terapia e hospital / dia e comecei a minha vida normalmente. No início foi muito difícil<br />

a separação. Meu amigo me chamava para jogar bingo. Gostei, me viciei e perdi toda dignidade e<br />

personalidade e, tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u. Só <strong>que</strong>ria ganhar e só perdia. Levei essa vida por 2 anos. Queria jogar<br />

mesmo não ten<strong>do</strong> dinheiro, fi<strong>que</strong>i deven<strong>do</strong> e sem saída, tomei veneno de rato. Tentei o suicídio,<br />

tentei por <strong>que</strong> não morri. Fui parar na UTI por 15 dias fazen<strong>do</strong> desintoxicação, em esta<strong>do</strong> de coma<br />

grau 3, quase morri, mas não me lembro de nada. Aí saí da UTI e vim direto para a clínica por<strong>que</strong> já<br />

tinha tenta<strong>do</strong> o suicídio e vim direto. Cheguei na terça-feira em franca recuperação. Perdi muito<br />

peso, em resumo é isso. Fi<strong>que</strong>i entubada e até amarrada pois estava muito agitada quan<strong>do</strong> acordei.<br />

Tomei cho<strong>que</strong> pela parada cardíaca, fi<strong>que</strong>i entre a vida e a morte, <strong>que</strong>m me contou foi meu irmão, e<br />

disse <strong>que</strong> eu nasci de novo, mas ele não quis me assustar. Não foi fácil, é horrível, mas o <strong>que</strong><br />

depender de mim nunca mais. Como se sentiu? Na UTI me senti péssima, horrível. Se<br />

arrependimento matasse estava frita. Comecei a dar valor a outras coisas, à minha cama, meu<br />

travesseiro. Hoje estou melhor por<strong>que</strong> vinha toman<strong>do</strong> medicamentos anti-depressivos. Ontem <strong>do</strong>rmi<br />

durante o dia. À noite não durmo, peço remédio para <strong>do</strong>rmir. Tomei dalma<strong>do</strong>rm e <strong>do</strong>rmi por 8<br />

horas, mas sem remédio não consigo. Hoje foi um <strong>do</strong>s melhores dias <strong>que</strong> passei. Sinto fra<strong>que</strong>za,<br />

perdi quase 5 Kg, e assim tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u quan<strong>do</strong> saí da UTI e fui para o quarto. Fi<strong>que</strong>i um tempo sem<br />

andar, as pernas estavam <strong>do</strong>loridas. A separação foi o maior ba<strong>que</strong>, meu casamento sóli<strong>do</strong> <strong>do</strong> dia<br />

para a noite, com pouco tempo o ex - mari<strong>do</strong> já tinha outra mulher. Achei <strong>que</strong> seria mais fácil ele<br />

admitir para o Dr. Jair. Agora não tem mais nada a ver. A minha vida hoje como se não tivesse<br />

casa<strong>do</strong> com ele, sem participação. Mas isso já foi supera<strong>do</strong>. Dois amigos da Caixa me convidaram<br />

para jogar. Cada dia ia um ou outro. Nuns 9 meses para cá fui to<strong>do</strong>s os dias. Os amigos deixaram,<br />

mas eu continuei. Às vezes eu matava o tempo ven<strong>do</strong> os outros jogarem. A gente saia da Caixa para<br />

jogar e quan<strong>do</strong> ganhava ficava alegre. Quan<strong>do</strong> perdia ficava triste. É um vício, quan<strong>do</strong> não vou<br />

sinto falta. Por exemplo, esses dias quan<strong>do</strong> não estou in<strong>do</strong> jogar, não sinto falta, é como se nunca<br />

tivesse i<strong>do</strong> num bingo. Estou deven<strong>do</strong> à uma empresa <strong>que</strong> eu trabalho e para algumas pessoas, mas<br />

não é uma quantia muito alta. Na Caixa, trabalho no Setor de Habitação, faço técnica de fomento.<br />

Tirei férias em 17 de fevereiro, por 20 dias e mais 12 dias de compensação, quase 50 dias, e<br />

também esses dias de licença. Já tinha i<strong>do</strong> com meu mari<strong>do</strong> ( ao bingo ) e não tinha gosta<strong>do</strong>. Não<br />

sei se pela facilidade, não ia fazer janta e tinha lanche, então matava o tempo. Tentei suicídio essa<br />

vez e preten<strong>do</strong> não fazer mais.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.32- Episódio Depressivo<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Inibição e contenção emocional. Presença de mecanismos de repressão de seus sentimentos,<br />

o <strong>que</strong> a torna muito frágil no contato com a realidade.<br />

Grande necessidade de segurança e proteção. Apresenta sentimentos de inadequação e<br />

inferioridade; necessitan<strong>do</strong> da aprovação e aceitação <strong>do</strong> outro para poder se expressar.<br />

86


Demonstra mover energias para um processo de melhora e transformação de vida, mas se<br />

encontra sem sustentação emocional para isso.(Apego à situações <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> podem estar<br />

impedin<strong>do</strong> este fluxo de energia de forma mais satisfatória).<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

4 de Março de 1999<br />

V. B.S.A.S. Olha, eu não sei o <strong>que</strong> realmente ocorreu, e vem de uma infância com 13 anos<br />

comecei a trabalhar. Tive meu pai e minha mãe com Insuficiência Cardíaca, 7 anos depois <strong>do</strong> meu<br />

pai. Fiz o 2º grau completo e parei de estudar. Entrei numa empresa privada aos 16 anos, e com 17<br />

entrei na Caixa Econômica Federal. Após esse perío<strong>do</strong> comecei a ter problemas, <strong>do</strong>r de cabeça<br />

quase <strong>que</strong> diariamente. Achei <strong>que</strong> era a vida em si. Com 33 anos, cefaléia 3 à 4 horas por noite e<br />

trabalhava até 16 horas na CEF. Comecei a estudar, acho <strong>que</strong> tu<strong>do</strong> isso ocasionou esse problema e<br />

pedi a aposenta<strong>do</strong>ria. Conversei com a minha filha e ela comentou <strong>que</strong> poderia aposentar, <strong>que</strong><br />

poderia ter um derrame e ganhar mais e teria possibilidade de carreira. Tinha uma veia no braço.<br />

Em setembro pedi aposenta<strong>do</strong>ria e em outubro faliu a empresa <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> e a bica não tinha mais.<br />

Meu mari<strong>do</strong> começou a beber, mas não era agressivo, mas pegajoso. Duas filhas de 15 e 18 anos<br />

atualmente, ele abraçava e beijava e eu não gostava pelo fato de não ter isso e começou a dar<br />

problemas com a aposenta<strong>do</strong>ria. Quitei minha casa, tive dificuldades, a casa teve problemas, depois<br />

de algum tempo o salário diminuiu e peguei dinheiro empresta<strong>do</strong> e com a dívida fi<strong>que</strong>i <strong>do</strong>ente.<br />

Minha filha foi hospitalizada em março, toda noite ficava com a minha irmã. Eu estava<br />

desempregada. São 4 mulheres e 1 homem. 3 mulheres são casadas e a irmã caçula ficou <strong>do</strong>ente.<br />

Daí prá frente desencadearam outras coisas. A Mª Paula escorregou, bateu e <strong>que</strong>brou o joelho em<br />

maio/96. Depois em final de outubro senti mau. Em dezembro tive ferida no estômago só comia<br />

papinha, comecei a ficar desidratada. Não <strong>do</strong>rmia. Tentei o suicídio por 2 vezes. A filha mais velha<br />

foi <strong>que</strong>m entrou em contato com a CEF. Estou há 8 meses, direto, aqui na clínica. Nesse perío<strong>do</strong><br />

fi<strong>que</strong>i por <strong>que</strong> quis, saí sem medicação, e 3 vezes por semana Hospital / Dia. Briguei com o Dr. Jair<br />

e o <strong>que</strong> me ajuda é o grupo terapêutico. Achei <strong>que</strong> iria atrapalhar as minhas filhas. Uma delas não<br />

entrou na faculdade, só entrou em aula particular. Ela assumiu a casa. Depois de 4 meses saiu com o<br />

meu mari<strong>do</strong> para resolver os problemas. Tenho dívidas até 2001 e estou conseguin<strong>do</strong> quitar. Estou<br />

esperançosa e as coisas estão dan<strong>do</strong> continuidade. Quanto aos estu<strong>do</strong>s estão vin<strong>do</strong>, só estou dan<strong>do</strong><br />

lugar para explicações. O meu mari<strong>do</strong> parece <strong>que</strong> não conseguiu pagar totalmente, mas está melhor.<br />

Demorei tanto para me casar e ficava decepcionada comigo, ninguém conhece ninguém, me sentia<br />

culpada e desejava a pessoa, e to<strong>do</strong>s tem problemas. O grupo me ajuda e as semelhanças são<br />

aprendiza<strong>do</strong>s <strong>que</strong> temos para ir em frente. Como era a infância? Foi bem difícil com 6 anos meu pai<br />

teve um câncer pulmonar. Internou no Hospital por seis meses. Tirou o pulmão, viveu mais 14 anos,<br />

ficou forte, bonito até os 49 anos. A minha mãe precisou vender as coisas de dentro de casa. Meu<br />

avô não <strong>que</strong>ria o casamento, pois meu pai era 20 anos mais velho <strong>que</strong> ela. Minha mãe ficou sozinha,<br />

ganhava muito pouco e recebia a aposenta<strong>do</strong>ria na casa de aluguel. A mãe comprou um terreno e<br />

não precisou pagar 6 meses. Ela conheceu uma senhora <strong>que</strong> apresentou a casa <strong>do</strong> deputa<strong>do</strong>. Morava<br />

muito longe e ficava para <strong>do</strong>rmir na casa, por 3 à 4 vezes na semana e ficou 2 dias sem voltar.<br />

Aprendi a lavar roupa, cozinhar <strong>do</strong>ces, era a mais velha e não tinha muito tempo para brincar 5<br />

minutos. Usava lampião e lamparina, babava sentada. A mãe a<strong>do</strong>entada, com problemas de<br />

Insuficiência Cardíaca. Um médico achava <strong>que</strong> provavelmente teria <strong>do</strong>ença de chagas, mas não foi<br />

constata<strong>do</strong>. Como se sentiu com a morte da mãe? Muito difícil e com 17 anos eu e meu irmão<br />

assumimos a casa, a gente fazia a compra de casa. Foi difícil, estudava, só fiz o 2º. No ano <strong>que</strong> meu<br />

pai faleceu fi<strong>que</strong>i sem estudar, foi muito difícil lutar e chegar até o final. Tive um abcesso na área<br />

sacral, foi perfura<strong>do</strong> e trata<strong>do</strong> com antibióticos. Tinha 51 anos quan<strong>do</strong> a filha foi internada. Me senti<br />

muito difícil, fi<strong>que</strong>i quase louca e aí começou a desencadear as coisas. Sanatório, <strong>do</strong>ença <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>,<br />

bebida, perda <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>. Sempre fui uma pessoa submissa, deixava minha irmã fazer o <strong>que</strong> ela<br />

<strong>que</strong>ria. Em dezembro se casou e em fevereiro veio morar comigo, ela tomava conta da casa, eu<br />

gostei. Gerou atrito por ter discussão <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong> e minha irmã, ele falava mais alto. Agora estou<br />

87


muda, é diferente. Tive a 1ª filha com 36 anos. A 2ª filha eu não esperava, e aos 9 meses controlei.<br />

Dos 7 aos 9 meses fi<strong>que</strong>i de repouso. Dor de cabeça persistia e larguei o <strong>que</strong> estava fazen<strong>do</strong>.<br />

Atualmente faço inglês.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.31 - Transtorno Afetivo Bipolar<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Grande dificuldade em lidar com suas emoções e afetos, particularmente em situações <strong>que</strong><br />

não re<strong>que</strong>rer limites e o exercício de sua agressividade.<br />

Distanciamento da realidade. Pode apresentar preocupações acentuadas com o corpo, tanto<br />

à nível da sexualidade, como de distúrbios somáticos.<br />

Evidencia equilíbrio emocional muito instável, com refúgio na área de fantasia, o <strong>que</strong> pode<br />

torná-la inacessível ao contato quan<strong>do</strong> vivência situações de grande ansiedade e marcadas por<br />

conflitos. Nestas ocasiões pode-se mostrar “aparentemente” receptiva, mas isso pode ser superficial<br />

e funcionar defensivamente. (Mostra-se para evitar <strong>que</strong> se aproximem e a invadam, sem preservar<br />

sua identidade).<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

M,L. 38 anos. Nascimento em 11 de Abril de 1961, em São Paulo. Sou casada. Eu faço<br />

terapia há 17 anos. Vim a 1ª vez para esta clínica há 3 anos atrás, eu tinha <strong>do</strong>r no estômago. Não<br />

conseguia trabalhar direito. Fui para Poços de Caldas há 1 ano e ½ e não tive crise depressiva.<br />

Agora começou a sensação de depressão, estou usan<strong>do</strong> prozack. O psiquiatra me disse <strong>que</strong> deveria<br />

usá-lo até 6 meses após o desaparecimento <strong>do</strong>s sintomas. Lá, os sintomas desapareceram, eu voltei a<br />

trabalhar na Caixa. Estou na Clínica há 1 mês, eu já estou bem, e aqui é para <strong>que</strong>m está na crise.<br />

Quan<strong>do</strong> eu vim para a clínica, o médico perguntou se eu <strong>que</strong>ria tomar remédio, eu não quis e agora<br />

estou bem. Tenho um casal de filhos, as crianças moram com meus pais. A relação com o mari<strong>do</strong> é<br />

complicada, a gente quase não conversa, ele é muito fecha<strong>do</strong>, se eu vou morar com ele fico louca. A<br />

1ª crise em <strong>que</strong> eu vim para a clínica, foi logo depois da lua - de mel, ele não <strong>do</strong>rme, tem um super<br />

pi<strong>que</strong>, e é muito exigente, ele mora em São Paulo e eu em Minas. Ele não é o pai <strong>do</strong>s meus filhos, e<br />

não se envolve na escola das crianças. Aqui eu me sinto muito protegida, muito bem, eu prefiro<br />

estar aqui por<strong>que</strong> ninguém me cobra nada. Em Minas eu também sou bem tratada, mas eu acho <strong>que</strong><br />

eu atrapalho a vida <strong>do</strong>s outros. Cheguei na clínica com muita rapidez. Eu vou para a terapia de<br />

grupo, fazem palhaçada, eu es<strong>que</strong>ço meus problemas. Quan<strong>do</strong> volto os problemas estão lá, mas é<br />

bom para abaixar o pó das idéias. Pedi reativação da matrícula da faculdade. Não sei o <strong>que</strong> faço, se<br />

alugo minha casa lá ou se venho morar em São Paulo. No 1º final de semana fi<strong>que</strong>i internada. No 2º<br />

final de semana, fi<strong>que</strong>i só o sába<strong>do</strong> na casa <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong>, ele começou a me agitar. Tem 6 ou 7<br />

irmãos na casa da mãe dele, eu me senti um peso e voltei para a clínica. Ele não entende <strong>do</strong>ença<br />

nenhuma, muito menos a depressão. Um casal de amigos nossos nos convidaram para o almoço no<br />

<strong>do</strong>mingo e o homem está paraplégico, o meu mari<strong>do</strong> não liga, não visita. Ele não liga prá mim na<br />

clínica. Antes eu ficava magoada, hoje eu enten<strong>do</strong> <strong>que</strong> ele tem dificuldades e engole tu<strong>do</strong> - um dia<br />

vai explodir. A relação com meus pais não é boa - especialmente com a minha mãe. Acho <strong>que</strong> eles<br />

são ótimos, bons demais. A relação com o pai é assim: ele vai e dá, não é nada afetivo, ele me deu o<br />

carro, eletro<strong>do</strong>mésticos, ele dá as coisas, mas não abre o seu afeto, mas está aprenden<strong>do</strong> a ser mais<br />

atencioso comigo - ele tem a chave da minha casa - entra e pergunta se está tu<strong>do</strong> bem. A relação<br />

com minha mãe é difícil, ruim, de inveja. Ela <strong>que</strong>r viver a minha vida, ela tomou meus filhos. Prá<br />

eu não cometer um assassinato, eu deixo por isso mesmo, ela explica por<strong>que</strong> eu não tenho<br />

competência para ser mãe, <strong>que</strong> eu <strong>que</strong>ro educar os filhos de forma diferente <strong>do</strong> <strong>que</strong> ela educou. Na<br />

infância ela batia muito em mim. Tenho um irmão caçula, <strong>que</strong> eu sempre protegi, então eu<br />

apanhava de novo. Eu sempre enfrentei a minha mãe, com os netos ela <strong>que</strong>r dar tu<strong>do</strong>. Eu pergunto<br />

às crianças: vocês <strong>que</strong>rem ficar na casa da mamãe ou da vovó? Eles <strong>que</strong>rem ficar com a vó, a filha<br />

88


gosta de mim mas <strong>que</strong>r ficar com a vó, com casa nova e um quarto para cada um. O Henri<strong>que</strong> tem<br />

uma dificuldade de comunicação comigo. Quan<strong>do</strong> minha mãe tomou conta dele, ela blo<strong>que</strong>ou a<br />

comunicação dele comigo, mas a relação é boa. O pai verdadeiro <strong>do</strong>s filhos nunca vem. Uns anos<br />

antes saí de casa, foi um terror. Em 1984, tinha 19 anos e fui morar com um carioca. Moramos<br />

juntos 3 anos, a relação virou amizade, mas não tínhamos dinheiro para separação. Em São Paulo,<br />

ficamos moran<strong>do</strong> juntos. Depois conheci outro rapaz e comecei a namorar e tive convite para casar.<br />

Casei no civil, em 1986, com este homem. Fomos morar no Mato Grosso. Ele trabalhava com<br />

vendas. 40 dias após o casamento ele morreu. Ele havia me deixa<strong>do</strong> em Cuiabá. Ele e o rapaz <strong>que</strong><br />

trabalhava com ele, seguiram viagem e, na volta eles se acidentaram e ele morreu. Fi<strong>que</strong>i viuva.<br />

Fi<strong>que</strong>i na casa <strong>do</strong> Romero, <strong>que</strong> é um amigo nosso. A esposa dele é esteticista, igual a mim. O<br />

pessoal de São Paulo não sabia <strong>que</strong> eu fi<strong>que</strong>i em Cuiabá. Ligaram para a minha família - e foi o<br />

maior rolo pois eu não estava no veículo acidenta<strong>do</strong>. Na semana, liguei para São Paulo, e me<br />

disseram: volta prá casa <strong>que</strong> nós temos uma notícia prá você. Depois <strong>que</strong> me contaram, eu mesma<br />

fui, próximo de Cuiabá, resolver tu<strong>do</strong>: caixão, atesta<strong>do</strong> de óbito. A <strong>do</strong>cumentação <strong>que</strong>imou, o carro<br />

incendiou. Eu tinha 25 anos. Voltei para a casa <strong>do</strong>s meus pais, eu estava muito perdida, tu<strong>do</strong><br />

dependia <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong>, eu não quis trabalhar com o garimpo. Fi<strong>que</strong>i hibernan<strong>do</strong> 2 anos na casa<br />

<strong>do</strong>s meus pais, meio perdida. Em final de 1987, numa festa de estética, conheci um rapaz, namorei e<br />

ele é o pai <strong>do</strong>s meus filhos. É um cara legal, músico, muito louco, fumava um basea<strong>do</strong>, bebia<br />

demais, de bom coração e muito trabalha<strong>do</strong>r. Quan<strong>do</strong> tivemos o nosso primeiro filho, o Henri<strong>que</strong>,<br />

ele morou com meus pais. Ele <strong>que</strong> era separa<strong>do</strong> e tinha um filho. Ele se separou mesmo. Quan<strong>do</strong><br />

Henri<strong>que</strong> tinha 6 meses, eu entrei na Caixa, comprei apartamento e fomos morar juntos. Eu tenho<br />

gênio difícil, não quis saber da história de festa e festa, ele começou com drogas, cocaína, a coisa<br />

estava muito esquisita. Eu estudava Ciências Contábeis, ele perdeu o emprego como tapeceiro, e<br />

estava perden<strong>do</strong> a cada mês. Era muito ciumento, ia atrás de mim na Caixa (região de Santo Amaro<br />

). De noite ele <strong>que</strong>brava tu<strong>do</strong>, me machucava, eu ia trabalhar com as mãos roxas e isto foi me<br />

“toman<strong>do</strong>” e eu perdi de ganhar uma boa função na Caixa. Um dia ele quase me matou, eu não<br />

sabia <strong>que</strong> era cocaína, eu pensava <strong>que</strong> era espiritismo. Ele não tinha mais mucosa no nariz,<br />

sangrava direto. Dei parte dele com corpo de delito. Eu tinha pavor dele, começamos a nos<br />

relacionar através da família e ele com advoga<strong>do</strong>s. Ele me violentou e eu engravidei da Letícia, eu<br />

não quis, não planejei. Com 1 mês fui para a casa <strong>do</strong>s meus pais, tive parto normal, conversava com<br />

a neném explican<strong>do</strong> a situação. Tive a Letícia e tive depressão pós - parto. Na infância, aos 5 anos,<br />

tentei suicídio. Peguei uma gillete <strong>do</strong> pai e ia cortar meus pulsos - cortei o sofá de curvim, novinho.<br />

Tinha feito eletroencefalograma pois chorava muito na aula. Nas depressões tomei muito diazepan e<br />

somálium. Comecei mesmo a tomar remédio logo após <strong>que</strong> meu mari<strong>do</strong> morreu. Uma vez tomei<br />

120 comprimi<strong>do</strong>s juntos, eu tinha 25 anos, mas por sorte, não tive nada. Apontei um revolver para o<br />

coração, mas atirei na parede, nesta mesma época. A última tentativa foi quan<strong>do</strong> comecei a namorar<br />

meu atual mari<strong>do</strong>, fui para o pronto socorro fazer lavagem estomacal. Mandei o pai <strong>do</strong>s meus filhos<br />

- desaparecer - senão eu o mataria. Vontade de morrer eu tenho, mas não vontade de me matar.<br />

Estava muito cansada, tinha vontade de sumir, e sumi. Em 1993, eu perdi a memória, não lembrava<br />

de nada, ficava na rua andan<strong>do</strong> e, comecei a faltar ao trabalho. Passei por um neurologista, fiz<br />

tomografia computa<strong>do</strong>rizada, deu tu<strong>do</strong> normal. O médico disse: é tu<strong>do</strong> psicológico, você precisa de<br />

um psiquiatra. Eu pensei <strong>que</strong> iam me amarrar, mas me deram o endereço <strong>do</strong> Dr. Eduar<strong>do</strong>. Entrei<br />

numa sala <strong>que</strong> faziam hipnose. Voltei na 6ª feira e comecei a fazer hipnose, comecei a <strong>do</strong>rmir e,<br />

voltei a trabalhar de novo. Deixei meus filhos com meus pais, aqui em São Paulo. Eu e meu atual<br />

mari<strong>do</strong> trabalhávamos na Caixa. Ele veio morar comigo no apartamento. Fomos para casa,<br />

namoramos 4 anos e casamos. Em 1995, com a mistura <strong>do</strong> cheiro de tinta, eu tive <strong>do</strong>r no estômago e<br />

vim para a clínica. Internei 1 mês e voltei a trabalhar. Eu sinto necessidade de sentar e planejar - ele<br />

comprou a casa sem me consultar - estamos numa dívida enorme - a gente não consegue se entender<br />

- ele alugou a casa e foi morar nos fun<strong>do</strong>s da casa da mãe dele. Na prática, estamos separa<strong>do</strong>s. Eu<br />

me casei 2 vezes. Eu tenho certeza de <strong>que</strong> vou me curar desta depressão, mas eu preten<strong>do</strong> terminar a<br />

faculdade, estou aguardan<strong>do</strong> resposta de lá. Na fase em <strong>que</strong> comecei a me tratar, comparan<strong>do</strong>, hoje<br />

89


tem muito mais recursos. O prozack foi muito bom prá mim, eu vou conseguir sim - estou<br />

descobrin<strong>do</strong> coisas <strong>do</strong> início da minha vida. Quan<strong>do</strong> saio com meu mari<strong>do</strong> - eu como<br />

compulsivamente, eu tenho fome - ele não me deixa comer bombom, e eu preciso comer - percebi<br />

<strong>que</strong> me sinto muito inferiorizada perto dele - estou gorda, acabada. Quebrei a idéia de casal, eu é<br />

<strong>que</strong> estou <strong>do</strong>ente - e <strong>que</strong> preciso me tratar - deixei de <strong>que</strong>rer dar certo - desliguei. Falei para meus<br />

filhos: ou vocês vem morar comigo e fazer tu<strong>do</strong> como eu <strong>que</strong>ro ou fi<strong>que</strong>m na casa da vovó. Eu<br />

estou organizan<strong>do</strong> a minha vida. Sou a 1ª filha. Tenho uma irmã mais nova, <strong>que</strong> era muito egoísta,<br />

tu<strong>do</strong> era para ela - fui acostuman<strong>do</strong> a perder tu<strong>do</strong>.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.31- Transtorno Afetivo Bipolar<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos<br />

Apresenta sinais de imaturidade e fragilidade emocional. Demonstra formas mais<br />

regredi<strong>do</strong>s de se relacionar e de lidar com a realidade.<br />

Estruturação psíquica empobrecida a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> atitudes estereotipadas para se adaptar ao<br />

convívio.<br />

Ansiosa, busca aceitação e aprovação nos vínculos <strong>que</strong> estabelece.<br />

Suas expectativas de realização têm uma forte carga emocional, embora fi<strong>que</strong>m mais<br />

restritas à área de fantasia e não tenham expressão em seu cotidiano.<br />

É afetiva no contato e se sente muito fragilizada diante <strong>do</strong> outro. Muito receio em não ser<br />

aceita dentro das situações vividas, acaba toman<strong>do</strong> a atitude <strong>do</strong> outro como modelo.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

R.A.M. A História livre deste paciente foi extraviada<br />

Lau<strong>do</strong>Psiquiátrico: F.32 - Episódio Depressivo<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s desenhos - Alto nível de ansiedade e labilidade emocional. Demonstra elevada<br />

tensão interior em função de dificuldade de lidar com sua grande sensibilidade e os conflitos vin<strong>do</strong>s<br />

para se adaptar à realidade.<br />

É “toma<strong>do</strong>” por suas emoções e tem dificuldade de organiza-las e expressa-las.<br />

Teme a possibilidade de ficar indiferencia<strong>do</strong> nas relações. Oscila entre a dependência e a<br />

rebeldia em suas relações.<br />

Demonstra apego à situações conflitivas <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, <strong>que</strong> o impedem de direcionar sua<br />

energia para conquistas atuais .<br />

Apresenta bom recursos internos, embora estes aparecem sub-utiliza<strong>do</strong>s dispersos ou<br />

utiliza<strong>do</strong>s impulsivamente.<br />

Revela temor em relação a sua agressividade, recean<strong>do</strong> expressá-la de mo<strong>do</strong> descontrola<strong>do</strong><br />

e indiferencia<strong>do</strong>.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

J.A.M.M.F. 36 anos, nasci em 25 de 10 de 1962, em Pirajuí. Sempre tive vida superativa,<br />

fiz duas faculdades, trabalhava muito. Tive “momentos de loucura” <strong>que</strong> conseguia superar. Entrei<br />

na Caixa, casei e o stress se acumulou... separei após 7 anos. Na caixa trabalhava com publicidade.<br />

Surtei por 10 dias e fui interna<strong>do</strong>, em 1997. No final de 1998 tive alta em Bauru, e surtei<br />

novamente. Agora consigo identificar a <strong>do</strong>ença e os sintomas. Uso tegretol. A <strong>do</strong>ença incapacita<br />

para o trabalho, estou inseguro quanto ao futuro, mesmo se eu me aposentar. Analisan<strong>do</strong> o<br />

cotidiano, hoje estou sem fantasias e vejo <strong>que</strong> não iria realizar quase nada <strong>do</strong> <strong>que</strong> fantasiei. Me sinto<br />

deprimi<strong>do</strong> com tu<strong>do</strong>. Tive hepatite há 18 anos. Uso cocaína e maconha socialmente. Usei guaraná<br />

em pó, 4 vezes por dia, durante 10 anos. Depois da hepatite a alimentação e a bebida nunca mais<br />

90


foram as mesmas. Fumo. No 1º surto, minha ex-mulher me trouxe para esta clínica por uma<br />

semana: foi traumatizante. Louco é o <strong>que</strong> você não <strong>que</strong>r ser! Me senti carimba<strong>do</strong>, depois superei o<br />

preconceito, por<strong>que</strong> o me<strong>do</strong> da loucura é muito grande. Estou pleitean<strong>do</strong> a aposenta<strong>do</strong>ria, estou sem<br />

perspectiva. Era caixa e não conseguia me concentrar. Por não trabalhar e pelo tratamento, me sinto<br />

deprimi<strong>do</strong>. Distúrbio bipolar, afetivo. Fico louco por não conseguir uma realidade comum. Crio<br />

fantasias <strong>que</strong> estrapolam a lógica e é tu<strong>do</strong> diferente das outras pessoas. Ocorreu 3 vezes a perda de<br />

referência. A ex-mulher me trouxe para cá e assumiu diante da família. Tomo 1 tegretol e tenho<br />

muito sono. Qual<strong>que</strong>r remédio dá efeito residual grande: o corpo piora, não elimina os resíduos das<br />

substâncias. O tegretol diminuiu a minha qualidade de vida. Faço hospital / dia 2 vezes por semana,<br />

terapia, arte-terapia e grupos. Meu pai foi muito repressor, a educação foi rígida. Houve muitas<br />

brigas com pai e mãe. Hoje a relação é distante. A mãe e a avó moram em Baurú. Quan<strong>do</strong> uso<br />

carbolítio fico de cama por 5 dias. Vim sozinho para São Paulo. Fui vende<strong>do</strong>r de livro, bancário e<br />

me formei em jornalismo. Tive uma vida muito desregrada, com muita mulher, muita droga. Nesta<br />

fase entrei na Caixa Econômica. Casei. Sa<strong>que</strong>i <strong>que</strong> to<strong>do</strong>s os planos e desejos não estavam<br />

acontecen<strong>do</strong>, era tu<strong>do</strong> fantasia, e a ansiedade começou a subir. Quan<strong>do</strong> me tornei auditor da Caixa,<br />

em 25 de outubro de 1997, surtei, fi<strong>que</strong>i angustia<strong>do</strong> e triste, o sentimento foi: “eu nunca mais vou<br />

sair desta empresa, nunca mais vou fazer coisas ousadas”.<br />

Atualmente, tenho conforto, mas não tenho perspectiva nenhuma de vida. Não uso coca -<br />

cola, nem guaraná em pó, nada em <strong>que</strong> eu possa me sabotar. Quan<strong>do</strong> surto faço muita bobagem,<br />

agri<strong>do</strong> pensan<strong>do</strong> <strong>que</strong> estou agradan<strong>do</strong>. Depois tenho sentmento de culpa, fico triste por lembrar tu<strong>do</strong><br />

depois. Não há indícios antes de surtar. Falan<strong>do</strong> sobre ufologia, conversava com pessoas na<br />

Internet... achei <strong>que</strong> tive um contato telepático com o sol... Casei em 1989, aos 28 anos, e separei<br />

em 1997, ao 34 anos.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.39- Transtorno de humor afetivo não específico<br />

Lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s desenhos<br />

Superficialidade e distanciamento na expressão de emoções. Alto nível de ansiedade.<br />

Grande insegurança e rigidez nos contatos pessoais.<br />

Apresenta acentuada inibição de seus sentimentos e formas de expressá-los.<br />

Conti<strong>do</strong>, tími<strong>do</strong> e muito receoso nas relações interpessoais; utiliza muito de sua energia se<br />

protegen<strong>do</strong> e se retrain<strong>do</strong>, o <strong>que</strong> empobrece suas relações.<br />

Busca adaptar-se às situações a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> atitudes mais formais e aceitáveis, perden<strong>do</strong> sua<br />

naturalidade e possibilidade de expressão mais criativas.<br />

Pronuncia<strong>do</strong>s sentimentos de solidão e afastamento.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

N.P.C. 39 anos. Nascimento em 07 de Junho de 1960. Primeiro fi<strong>que</strong>i com pneumonia,<br />

tenho lupus eritematoso e tomo uma injeção para tirar a <strong>do</strong>r. Fi<strong>que</strong>i estressada e fui transferida para<br />

o Hospital da Mulher. Discuti com o médico, eu não <strong>que</strong>ria ficar lá... Tomava <strong>do</strong>lantina para tirar a<br />

<strong>do</strong>r: “Dor nas juntas, tu<strong>do</strong> incha<strong>do</strong>, tenho lupus há 9 anos”. Há 4 anos tomo <strong>do</strong>lantina quan<strong>do</strong> tenho<br />

muita <strong>do</strong>r. Tenho bronquite asmática também. Fez um mês <strong>que</strong> estou aqui com o Jair. Tenho minha<br />

mãe e 7 irmãos: 5 mulheres e 2 homens. Minha mãe tem 75 anos . É a 3ª mulher. O pai separou da<br />

mãe, teve 4 filhos, 1 morreu, e depois de mim nasceram 2 mulheres e depois 1 homem. Fui<br />

aposentada por incoordenação, trabalhei em casa de família, babá, enfim, nunca fi<strong>que</strong>i<br />

desempregada, e depois <strong>que</strong> fi<strong>que</strong>i <strong>do</strong>ente entrei na Caixa e me aposentei. Só fi<strong>que</strong>i internada por<br />

bronquite, só faço serviço em casa... Tomo diazepan, fenergan, dipirona e não resolve nada. Usei<br />

tramal, estou sofren<strong>do</strong> prá caramba. Gostava <strong>do</strong> namora<strong>do</strong>, ele tinha várias mulheres... eu descobri,<br />

não comia nem bebia nada, virei um “palito”, vivia choran<strong>do</strong>... Em 1 de Julho de 1999 tive uma<br />

pneumonia e infecção urinária. Fui para o hospital da mulher e tive problema de convênio, entrei na<br />

91


justiça e ganhei. Usava <strong>do</strong>lantina e o Convênio achou <strong>que</strong> era para me drogar. Passei por uma<br />

médica <strong>que</strong> me man<strong>do</strong>u para o Hospital São Luis, a Ambulância trouxe e me deixou aqui na<br />

Clínica. Liguei para minha mãe e disse aonde eu vim parar. Fi<strong>que</strong>i no maior desespero e liguei para<br />

minha mãe, vai fazer 2 meses <strong>que</strong> estou aqui, agora no dia 4. Hoje estou mais ou menos, estou<br />

acordada desde as 4 horas da manhã, perdi o sono duas noites, não sei o <strong>que</strong> está acontecen<strong>do</strong>. Só.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.44.7 - Transtornos Dissociativos Mistos<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Desenhos - Alto nível de ansiedade, <strong>que</strong> busca controlar de forma rígida.<br />

Insegurança nas relações e vínculos. Necessidade de aceitação e de acolhimento faz com<br />

<strong>que</strong> iniba a expressão de suas emoções.<br />

Pode, por vezes, se refugiar em fantasias e idealizações para não se frustrar diante da<br />

realidade.<br />

Prejuízo na capacidade de se relacionar afetivamente.<br />

Inibição da realização de seu potencial, em função da maior insegurança e mecanismo da<br />

aprovação.<br />

Ode se mostrar mais dependente <strong>do</strong>s vínculos afetivos, embora não se entregue a eles.<br />

Demonstra imaturidade e labilidade emocional.<br />

Personalidade limítrofe - Borderline.<br />

Historia <strong>do</strong> Paciente<br />

V. R. S. 41 anos, nascimento em 2 de Junho de 1958, às 13:10 horas, em São Paulo. Tel.<br />

267.8260. Sou separada há 11 anos, tenho um filho de 13 anos. Comecei a ter crise de depressão. O<br />

psiquiatra da Caixa só tinha ambulatorial. Procurei um lugar onde tivesse terapia, então liguei nesta<br />

clínica. Eu não sabia <strong>que</strong> era uma clínica para hospital / dia. Eu estava muito mal, fi<strong>que</strong>i internada<br />

15 dias. Fui para fazer hospital / dia , mas já fazem 3 anos, e neste tempo voltei ao trabalho duas<br />

vezes, mas precisei me afastar estas 2 vezes de novo. Esse negócio de depressão vou te falar,<br />

trabalho numa agência <strong>que</strong> eu não gostava, tinha muito serviço, muita gente e não tinha janela nem<br />

ar condiciona<strong>do</strong>... até hoje sonho com lugar cheio de gente, fecha<strong>do</strong>... eu acor<strong>do</strong> com falta de ar,<br />

toda suada, eu acredito <strong>que</strong> aqui veio o meu desequilíbrio. Depois, quan<strong>do</strong> minha mãe morreu, há 6<br />

anos, chorei bastante e não mais o <strong>que</strong> falar... Eu tenho Lupus, e quan<strong>do</strong> tive meu filho tive <strong>do</strong>res<br />

nos braços e nas mãos, aí parou... quan<strong>do</strong> minha mãe morreu eu tive outra gravidez e passei mau e<br />

<strong>do</strong>ía tu<strong>do</strong>, tive problema no emprego e fiz o aborto. O filho não foi planeja<strong>do</strong>, meu namora<strong>do</strong> era<br />

mais novo, além <strong>do</strong> <strong>que</strong> meu filho e meu pai não iriam entender. E com esse problema de saúde<br />

tomei muito remédio anti - depressivo para <strong>do</strong>rmir, estava muito deprimida, <strong>que</strong>ria <strong>do</strong>rmir, mas<br />

sentia muita <strong>do</strong>r nas articulações. Há um ano e ½ descobri <strong>que</strong> era Lupus. Toda vez <strong>que</strong> menstruo<br />

tenho <strong>do</strong>res e não <strong>que</strong>ro tomar remédio por<strong>que</strong> é corticóide e aí vem a depressão junto. A mãe e a<br />

irmã tiveram Lupus. Atualmente estou de licença. Meu faleceu há 15 dias atrás, estou muito triste,<br />

está esquisito, não está? Ele teve câncer de próstata e foi para intervenção cirúrgica de cálculo<br />

biliar, complicou com pneumonia, atacou o fíga<strong>do</strong> e faleceu. A mãe faleceu de um ata<strong>que</strong> cardíaco.<br />

Lau<strong>do</strong> Psiquiátrico: F.33 - Transtorno Depressivo Recorrente<br />

Lau<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Desenhos<br />

Apresenta dificuldade pronunciadas de lidar com suas emoções e afetividade. O contato<br />

com a realidade é marca<strong>do</strong> por atitudes de esquiva, distanciamento e hostilidade.<br />

Grande contenção de energia; represamento da agressividade, <strong>que</strong> pode se expressar de<br />

forma abrupta e impulsiva.<br />

Falta de flexibilidade e de mobilidade nas relações, procuran<strong>do</strong> manter o controle rígi<strong>do</strong><br />

sobre suas emoções.<br />

92


Apareceu evidências de comprometimento na realização de seu potencial, <strong>que</strong> aparece<br />

conti<strong>do</strong>. Revela-se sensível ao contato com o outro (impacto), o <strong>que</strong> pode justificar sua esquiva nas<br />

relações e na demonstração de afetos. Pode apresentar tendência a racionalização como mecanismo<br />

de defesa frente aos conflitos.<br />

Empobrecimento <strong>do</strong> potencial emocional, sem muitos canais de expressão. Busca de<br />

controle emocional sobre as situações vividas e os afetos. Dificuldades de relacionamento, com<br />

tendência ao afastamento nas relações. Temor em relação à agressividade. Pode estar sujeita à<br />

“explosões emocionais”. Personalidade limítrofe - Borderline.<br />

2) Grupo controle escolhi<strong>do</strong>s aleatoriamente<br />

Casos/ Idades Diátese Cronorichio Lau<strong>do</strong> História Lau<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

Nome<br />

Psiquiátrico Biopatográfica desenhos<br />

10.<br />

12 A 13,14,<br />

Alexandre 39 3 15 A17,30 A<br />

ndn vide sequência vide<br />

sequência<br />

11.<br />

32 E 38<br />

6,15,16,17,1 ndn vide sequência vide<br />

Marcelo<br />

8,22,27,29,<br />

sequência<br />

42 4 30, 31, 32 a<br />

34, 38, 45,<br />

47, 49, 52 e<br />

58<br />

10,14,16,17,<br />

vide sequência vide<br />

12.Silvana 38 4 24,26,28,30,<br />

33,35,37,41,<br />

45,<br />

47 e 59<br />

ndn<br />

sequência<br />

2,3,9,16 a<br />

vide sequência vide<br />

13.Pedro 43 4 18,30,37,39,<br />

41,45 e 47<br />

ndn<br />

sequência<br />

15,21 a<br />

vide sequência vide<br />

14.José 38 3 23,32,37,38, ndn<br />

sequência<br />

Elias<br />

e 45<br />

Casos Demais Áreas<br />

Cerebrais<br />

10. Alexandre “Arco Senil”,<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego,<br />

Equilíbrio<br />

11.Marcelo Vitalidade/Pr<br />

essão <strong>do</strong> Ego,<br />

Fala<br />

Adquirida e<br />

Equilíbrio<br />

Glândulas<br />

Endócrinas<br />

Hipófise,<br />

Pâncreas,<br />

Testículos,<br />

Tireóide ,<br />

Supra-Renal<br />

Hipófise<br />

Tireóide<br />

Timo / Baço<br />

Órgãos<br />

Linfóides<br />

Banda <strong>do</strong><br />

SNA ou<br />

Colarete<br />

ndn 12,13 Pétalas,<br />

14, 15 a 17,30<br />

a 32, e 38 -<br />

Petálas<br />

ndn 6 anos, Rádio<br />

Solar, Pétala -<br />

de 15 a 18,<br />

22,27,29,30,<br />

31- solução<br />

de<br />

continuidade<br />

- 32 a 34,<br />

Cronoríquio/<br />

Diátese<br />

2,13 Pétalas,<br />

14, 15 a 17,30<br />

a 32, e 388<br />

Petálas<br />

Diátese 3<br />

6 anos, Rádio<br />

Solar, Pétala -<br />

de 15 a 18,<br />

22,27,29,30,<br />

31- solução<br />

de<br />

continuidade<br />

- 32 a 34,<br />

93


12.Silvana Mente Inata,<br />

Sensório<br />

Locomoção,<br />

Pressão <strong>do</strong><br />

Ego,<br />

5 senti<strong>do</strong>s,<br />

Equilíbrio<br />

13.Pedro Pressão <strong>do</strong><br />

Ego,<br />

Sexualidade<br />

Mental, 5<br />

Senti<strong>do</strong>s e<br />

Mente Inata<br />

14.José Elias Mente Inata<br />

“Arco Senil”<br />

Hipófise,<br />

Ovário,<br />

Pâncreas,<br />

Supra-Renal,<br />

Mama<br />

Hipófise,<br />

Tireóide,<br />

Supra-Renal<br />

Rosário<br />

Linfático,<br />

Apêndice<br />

38,45,47,49,5<br />

2,58 Rádios<br />

Solares<br />

10,14,16,17,2<br />

6,28,30,33,35<br />

,37,45,47,59<br />

Pétala - 24,41<br />

- Mancha<br />

Psórica<br />

ndn 2,3,9,16,17,1<br />

8, 30,<br />

37, 41, 45, 47<br />

- Rádios<br />

Solares,39 -<br />

Lesão<br />

Fechada<br />

Pâncreas ndn 15,21 a 23,<br />

32, 37, 38, 45<br />

- Pétalas.<br />

Variáveis Estudadas - Características da íris: forma, cor e tamanho<br />

38,45,47,49,5<br />

2,58 Rádios<br />

Solares<br />

Diátese 1 p/ 4<br />

10,14,16,17,2<br />

6,28,30,33,35<br />

,37,45,47,59<br />

Pétala - 24,41<br />

- Mancha<br />

Psórica<br />

Diátese 4<br />

2,3,9,16,17,1<br />

8,30,<br />

37,41,45,47 -<br />

Rádios<br />

Solares,39 -<br />

Lesão<br />

Fechada<br />

Diátese 4<br />

15,21 a 23,<br />

32, 37, 38, 45<br />

- Pétalas.<br />

Diátese 3<br />

Variáveis Fixas: Número de pacientes: 1 mulher e 3 homens (33% de mulheres e 66%) de<br />

homens), com da<strong>do</strong>s sobre idade ( idade média : 40 anos, para Homens e idade média ano para as<br />

mulheres), cor, história biopatográfica, cronoríchio, escolaridade, religião, mapa iri<strong>do</strong>lógico, sen<strong>do</strong><br />

<strong>que</strong> a história livre <strong>do</strong> Paciente n. 4 foi avariada.<br />

HISTÓRIAS LIVRES<br />

1) A . A .<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

Matemático<br />

Minha História é complicada. Trabalho desde 15 anos, já fiz um milhão de coisas . Morei<br />

fora de São Paulo em Campo Grande, fui noivo oficialmente durante <strong>do</strong>is anos e meio. Depois<br />

desmanchei, pra mim não deu certo e voltei em 94 para São Paulo, comecei tu<strong>do</strong> de novo, minha<br />

vida pessoal e profissional. Hoje estou muito bem, vamos dizer psicologicamente , mentalmente<br />

melhoran<strong>do</strong>.<br />

Análise <strong>do</strong> desenho<br />

Afastamento e distanciamento da realidade. Precariedade nos estabelecimentos de relações<br />

interpessoais. Dificuldade de controle das emoções.a realidade é temida, tanto quanto suas reações<br />

emocionais, <strong>que</strong> podem ter um caráter hostil e agressivo.<br />

Sentimentos de inadequação e paralisia diante <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> podem gerar alto nível de<br />

ansiedade.<br />

Refúgio na área de fantasia, tenden<strong>do</strong> a idealizar relações e a traçar objetivos inatingíveis,<br />

geran<strong>do</strong> frustração e recolhimento afetivo.<br />

94


Dificuldade de organizar e canalizar suas energias; ressaltamento de emoções inibe seu<br />

potencial de expressão e realização.<br />

Presença de necessidade de expansão de vínculos, entretanto oscila entre o isolamento e as<br />

escolhas solitárias e uma forma mais invasiva e voraz de aproximação <strong>do</strong> outros.<br />

2) M.M.G<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

42 anos, Administração<br />

Eu nasci em 1958, me lembro da minha existência com 4 anos, antes não me lembro.<br />

Lembro da minha casa, fui cuida<strong>do</strong> pelos meus avós e não com meus pais. Minha avó<br />

faleceu bem ce<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> eu tinha 5 para 6 anos . Minha avó faleceu em meus braços, ela chegou<br />

<strong>do</strong> trabalho e faleceu. Fi<strong>que</strong>i com meu avô, minha mãe veio morar quan<strong>do</strong> eu tinha 10 anos , junto<br />

com a minha irmã . Até 6 anos com meus avós , <strong>do</strong>s 6 aos 10 com meu avô e depois com minha<br />

mãe. A relação com minha mãe não era próxima . Mais tarde fui para a<strong>do</strong>lescência era regrada.<br />

Fui para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s fi<strong>que</strong>i durante 9 meses, uma gestação, minha mãe ficou co<br />

câncer e voltei para ficar com ela <strong>do</strong>is meses, pois ela faleceu.<br />

Fi<strong>que</strong>i com meu avô e com minha irmã. Minha irmã foi para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Fui para a<br />

faculdade e meu avô faleceu com 22anos, fi<strong>que</strong>i sozinho. Fi<strong>que</strong>i treis anos sozinho, uma namorada<br />

aqui, ali e conheci uma mulher , regime peca<strong>do</strong>, comcubinato por <strong>do</strong>is anos, ia me casar só no civil.<br />

Fi<strong>que</strong>i casa<strong>do</strong> de 7 a 8 anos casa<strong>do</strong>s. Vim morar em São Paulo, pois morava no Rio, era muito<br />

feliz. Me separei com 34 anos tumultua<strong>do</strong>, tive outra mulher. Entrei em uma nova relação e fi<strong>que</strong>i<br />

um ano, muito conturba<strong>do</strong>, muitas mudanças em tu<strong>do</strong> só não no sexo. Mudei de profissão, de<br />

emprego, fui a<strong>do</strong>lescente tardio. Brin<strong>que</strong>i inconseqüentemente . No nível intelectual me desenvolvi<br />

e fez um bummmm. Depois de três a quatro anos conturba<strong>do</strong> <strong>do</strong>s 34 aos 39 anos, perío<strong>do</strong> também<br />

conturba<strong>do</strong>. Minha vida dá um livro, um romance, gibi, tem mulher tem drama. Tem tu<strong>do</strong> de um<br />

livro denso. Aí abri minha empresa e recomecei a minha vida emocional e profissional.<br />

Drogas, bebidas não sempre controle da vida. Bebia socialmente, com as drogas tinha me<strong>do</strong><br />

de perder o controle , alienação.<br />

Montei minha empresa nos <strong>último</strong>s três anos recomecei a minha vida . Recomecei por<strong>que</strong><br />

mudei e tornei-me mais leve.<br />

Era duro comigo mesmo. Preocupações no passa<strong>do</strong> , com grana hoje e mais leve. O material<br />

não é tão importante.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Instável e frágil <strong>do</strong> ponto de vista egóico. Enorme contenção de afetos; presença de<br />

sentimentos de angústia e ansiedade. Distanciamento da realidade. Grande esforço para a<br />

manutenção de seu equilíbrio e de adaptação nas relações. Tími<strong>do</strong> e receoso no contacto<br />

interpessoal. Auto-estima rebaixada e sentimentos de inadequação e inferioridade.<br />

Podem ocorrer sentimentos persecutórios, <strong>que</strong> acentuam seu recolhimento e contenção na<br />

expressão de afetos.<br />

Demonstra certa infantilidade no estabelecimento de vínculos, temen<strong>do</strong> situações de<br />

aban<strong>do</strong>no.<br />

anos.<br />

3)S.C.A<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

Publicitária<br />

Bom eu sou a filha mais velha, meu irmão quan<strong>do</strong> tinha quatro anos e minha irmã com 6<br />

Minha família teve uma vida difícil de grana. Meus pais brigavam como ção, entre eles,<br />

enfim a minha avó sempre morou com a gente desde meu irmão nasceu a pessoa melhor <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

95


. A nona é uma pessoa super importante com relação a afetividade eu aprendi com ela. com os<br />

meus pais também. Ela é uma figura muito importante - nona. Tenho uma filha de 13 anos <strong>que</strong> é<br />

maravilhosa, uma relação tranqüila. Hoje aprendi o limite até onde eu vou, até onde eu deixo eles<br />

virem. Não achei a direção profissional, isso é <strong>que</strong> eu <strong>que</strong>ro fazer, não estou feliz , faço quinhentas<br />

coisas.<br />

Estou pa<strong>que</strong>ran<strong>do</strong> um moço interessante primeiros passos, um novo Amor. Só.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Insegurança. Grande necessidade de apoio e aprovação<br />

Evidenciam-se imaturidade e carência afetivas e o desejo de acolhimento. Pode estabelecer<br />

relações de dependências com as pessoas <strong>que</strong> a cercam. Alterna movimentos de exposição e<br />

recolhimento de forma intensa e acentuada diante da realidade.<br />

Equilíbrio emocional frágil; sensível, desorganiza-se na expressão de seus sentimentos,<br />

tenden<strong>do</strong> a encobrí-los e/ou camuflá-los. Demonstra necessidade de maior consistência e<br />

acolhimento em seus vínculos.<br />

4) P.R.M.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

zela<strong>do</strong>r<br />

Eu até acho <strong>que</strong> minha vida é desburocratizada, muito simples.<br />

Vim com 18 anos, em 1976 para São Paulo e aí aconteceu em termos de atribulações muito<br />

poucas. Eu mudei pouco de trabalho, muito em poucas firmas. De 1976 trabalhei quatro anos numa<br />

firma, seis meses em outra e trêis anos em outra e treze nessa daí. Só não tive muitas alterações.<br />

Nesse intervalo aconteceu um desagradável acidente, veio um colega de Minas e <strong>que</strong>ria<br />

conhecer São Paulo. Eu estava muito cansa<strong>do</strong> e não <strong>que</strong>ria ir ao Jardim Miriam, mas fui e nesse<br />

bairro nós estavamos passean<strong>do</strong> e chegou uns caras para assaltar , esses caras jogou esse colega na<br />

avenida Cupece e ele foi atropela<strong>do</strong> e eu escapei corren<strong>do</strong> desses caras. Fui socorrer esse meu<br />

colega e ele já estava morto. Fui para agradar e aconteceu essa fatalidade, a família dele me culpou<br />

e foi muito chato. Eu tinha mais menos 30 anos.<br />

Perda da minha mãe quan<strong>do</strong> tinha 39 anos. Ela já sofria de pressão alta, deu derrame e<br />

achei <strong>que</strong> nunca ia perder alguém, é muito desagradável.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Presença de alto nível de ansiedade; receoso e arredio no contacto interpessoal,<br />

pronuncia<strong>do</strong> movimento de introversão, o <strong>que</strong> pode dificultar seu contacto com a realidade, em<br />

termos de tomadas de atitudes, iniciativas e expressão de sentimentos.<br />

Evidencia-se o apego ao passa<strong>do</strong>, o afastamento de cont6acto afetivo mais rico, o <strong>que</strong><br />

sugere uma modalidade esquiva e depressiva de relação com o mun<strong>do</strong>.<br />

Grande sensibilidade, sem canais adequa<strong>do</strong>s de expressão e realização. Acentua<strong>do</strong>s<br />

sentimentos de inadequação e busca de refúgio na área da fantasia.<br />

5) J.E.C.<br />

História <strong>do</strong> Paciente<br />

zela<strong>do</strong>r<br />

38 anos, zela<strong>do</strong>r<br />

Eu nasci na Paraíba, minha infância foi sofrida, meu pai deixou minha mãe quan<strong>do</strong> eu tinha<br />

4 anos, cresci nessa , sempre a gente tem a gente guarda, essa falta de um pai. O <strong>que</strong> teria <strong>que</strong> falar<br />

mais? Quer saber agora, eu acho <strong>que</strong> até agora foi um pouco sofri<strong>do</strong>, agora já superei essa crise.<br />

Conheci minha esposa, com a gente foi muita atribulação, com muito ciúmes, tanto da parte dela<br />

como da minha. Graças a Deus está bem.<br />

96


Vim para São Paulo, vim morar com minha tia e fi<strong>que</strong>i com <strong>do</strong>is anos. Vim para São Paulo<br />

com 23 par 24 anos.<br />

A<strong>do</strong>lescente gostava de futebol, de beber e só.<br />

Preocupação com a bebida, se teria continua<strong>do</strong>, teria morri<strong>do</strong>. Hoje não bebo mais.<br />

Fi<strong>que</strong>i trabalhan<strong>do</strong> com a minha tia <strong>do</strong>is anos e daí fui procurar outro serviço para ser<br />

registra<strong>do</strong> e tive <strong>que</strong> sair dela e fui morar só.<br />

Surgiu um trabalho num prédio na avenida Nove de Julho e passou <strong>do</strong>is anos, foi bom.<br />

Comecei a caminhada de prédio em prédio só.<br />

Minha esposa foi casada, conheci ela através <strong>do</strong> serviço <strong>que</strong> trabalhamos juntos. Ela se<br />

separou e nos casamos, com 25 anos.<br />

Com 32 anos a<strong>do</strong>tou uma criança, era bebê com 40 dias de vida.<br />

Só está acontecen<strong>do</strong> coisa boa.<br />

Análise <strong>do</strong> Desenho<br />

Grande fragilidade egóica e labilidade emocional.<br />

Dificuldades pronunciadas de adaptação. Prejuízos no contacto com a realidade e nas<br />

relações interpessoais.<br />

Mecanismos de defesa frente ao mun<strong>do</strong> são frágeis e mais primitivos. Instável<br />

emocionalmente; pode apresentar formalismo e estereotipias no comportamento em busca de uma<br />

“pseu<strong>do</strong>-adaptação” à realidade.<br />

Necessidade de aceitação e auto-afirmação às custas de um grande gasto de energias.<br />

Rigidez no estabelecimento de relações com empobrecimento na expressão de afeto.<br />

Meto<strong>do</strong>logia:<br />

Procurou-se investigar os pacientes, através de história livre hannemaniana, colhen<strong>do</strong><br />

“ipsis literis” os da<strong>do</strong>s relata<strong>do</strong>s pelo paciente, proceden<strong>do</strong> ao exame bilateral das íris de to<strong>do</strong>s os<br />

pacientes e estabelecen<strong>do</strong> a relação desta história com as Áreas Cerebrais <strong>do</strong> Mapa Iri<strong>do</strong>lógico,<br />

comuns a to<strong>do</strong>s os pacientes, bem como com os desenhos da figura humana e desenho livre.<br />

Procedeu-se à filmagem <strong>do</strong>s olhos através de vídeoimagem, com equipamento especializa<strong>do</strong><br />

Iriscan, vídeo e TV monitor. Os pacientes foram escolhi<strong>do</strong>s aleatoriamente, sem nenhuma<br />

referência diagnóstica. Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> duplo-cego, composto de três abordagens diferentes<br />

sobre o mesmo grupo amostra. O estu<strong>do</strong> possibilita, à posteriori, confrontar to<strong>do</strong>s estes da<strong>do</strong>s com<br />

os lau<strong>do</strong>s psiquiátricos, por<strong>que</strong> parece existir uma ligação entre tais áreas cerebrais e os sintomas<br />

psíquicos.<br />

Conclusão<br />

O estu<strong>do</strong> em <strong>que</strong>stão estabeleceu relação clara entre os acha<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos e os<br />

sintomas apresenta<strong>do</strong>s pelos pacientes depressivos, plenamente compatíveis com a história clínica,<br />

bem como as figuras <strong>do</strong>s desenhos, e os Lau<strong>do</strong>s Psiquiátricos, <strong>que</strong> demonstraram concordância com<br />

os referi<strong>do</strong>s fenômenos depressivos.<br />

Tal trabalho dá indicações de <strong>que</strong> parece existir realmente, nestes casos, to<strong>do</strong><br />

comprometimento <strong>do</strong> eixo psicoimunoneuroendócrino, abrin<strong>do</strong>, destarte, um le<strong>que</strong> de<br />

possibilidades para se atuar profilática, preventiva e curativamente, associan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> o <strong>que</strong> de<br />

clássico existe soma<strong>do</strong> à esta nova perspectiva. Uma vez identificadas tais áreas pode-se proceder<br />

aos cuida<strong>do</strong>s necessários para beneficiar o humano <strong>que</strong> potencialmente possa apresentar os<br />

fenômenos depressivos até aqui discuti<strong>do</strong>s. “A íris é o mun<strong>do</strong>” e tanto quanto mais se souber a<br />

respeito <strong>do</strong> humano, maior a aplicabilidade na iri<strong>do</strong>logia.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, analisou-se as diferentes íris de to<strong>do</strong>s os pacientes, constatan<strong>do</strong>-se <strong>que</strong> em<br />

90% das amostras encontrou-se a área cerebral da mente inata, como área comum. Os lau<strong>do</strong>s da<br />

97


interpretação <strong>do</strong>s desenhos da figura humana e desenhos livre resultaram sugestivos de processos<br />

depressivos, <strong>que</strong> foram confirma<strong>do</strong>s, posteriormente, pelos lau<strong>do</strong>s psiquiátricos <strong>que</strong> indicaram 90%<br />

da amostra com processos depressivos.<br />

O grupo controle constituí<strong>do</strong> por seis indivíduos, apresentou <strong>do</strong>is casos onde ocorreram<br />

registros de sinais na área da Mente Inata, <strong>que</strong> pela análise <strong>do</strong>s desenhos livres e figuras humanas<br />

constatou-se fatores psicológicos compatíveis com os referi<strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos, perfazen<strong>do</strong> o<br />

total significativo de concordância entre os sinais das íris e análises <strong>do</strong>s desenhos, denotan<strong>do</strong> a<br />

eficácia <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>. O grupo controle, por razões óbvias, deixou-se de emitir os lau<strong>do</strong>s<br />

psiquiátricos.<br />

Pode-se inferir <strong>que</strong> a imensa maioria <strong>do</strong>s pacientes apresentaram processos depressivos,<br />

contu<strong>do</strong> se considerar-se <strong>que</strong> a área topográfica da mente inata também se refere à esquizofrenia,<br />

segun<strong>do</strong> Jensen, amplia-se ainda mais a abrangência deste estu<strong>do</strong>, principalmente se levar-se em<br />

consideração as demais <strong>do</strong>enças endógenas tais como o distúrbio bipolar e a epilepsia, <strong>que</strong><br />

aparecem como precursoras ou como resultantes de processos depressivos. Os distúrbios neuróticos<br />

também podem ser enquadra<strong>do</strong>s na área da mente inata.<br />

Os autores em momento algum pretenderam esgotar o assunto, muito pelo contrário,<br />

intentaram somente levantar a <strong>que</strong>stão para ser melhor discutida por a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> se interessam pelo<br />

assunto.<br />

Palavras Chaves Key Words<br />

Depressão Depression<br />

Diátese Diatesis<br />

Iri<strong>do</strong>logia Iri<strong>do</strong>logy<br />

IrisDiagnose IrisDiagnosis<br />

Cronoríchio Cronorichio<br />

Unitermos<br />

Deflexão: Movimento de abertura ou expansão <strong>do</strong> colarete em determinadas áreas,<br />

denotan<strong>do</strong> fenômenos simpáticos, por exemplo, na área <strong>do</strong> coração, gera taquicardia.<br />

Inflexão: Movimento de fechamento ou retração <strong>do</strong> colarete em determinadas áreas,<br />

denotan<strong>do</strong> fenômenos parassimpáticos, por exemplo, na área <strong>do</strong> coração, gera bradicardia.<br />

Cronoríchio: Méto<strong>do</strong> de avaliacão da íris cria<strong>do</strong> por Daniele Lorito, <strong>que</strong> analisa o tempo de<br />

risco <strong>do</strong> indivíduo <strong>que</strong> se encontra impresso no colarete.<br />

Diátese, segun<strong>do</strong> Trousseau, é uma predisposição congênita ou adquirida, porém essencial e<br />

invariavelmente crônica, em virtude da qual se produzem alterações múltiplas na forma, porém<br />

únicas na essência.<br />

Autores:<br />

* Doroty Bermudes - Psicóloga Pós-Graduada <strong>do</strong> Curso de Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose na<br />

FACIS/IBEHE.<br />

** Marilena Angeli - Psicanalista, Parapsicóloga, Mestranda de Pós-Graduação em<br />

Iri<strong>do</strong>logia-IrisDiagnose no FACIS/IBEHE.<br />

*** Carlos Magno Scouto - Fisioterapeuta, Professor <strong>do</strong> Curso Pós-Graduação em<br />

Acupuntura no FACIS/IBEHE.<br />

**** Celso Batello - Médico Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Curso de Pós Graduação de Iri<strong>do</strong>logia-<br />

Irisdiagnose da Faculdade de Ciências da Saúde de S.Paulo - Mestran<strong>do</strong> de Homeopatia<br />

(FACIS/IBEHE).<br />

98


Revisão da Literatura<br />

* Aaron T. Beck, A John Rush, Brian F. Shaw, Gary Emery, Terapia Cognitiva da<br />

Depressão, Zahar Editores, Rio de Janeiro, l982<br />

* ACKERMANN, Albert Dardanelli. Iri<strong>do</strong>logia Moderna Ilustrada. Editora Cabal, Madrid,<br />

1982.<br />

* Batello, Celso Fernandes, Iri<strong>do</strong>logia e Irisdiagnose, O <strong>que</strong> os Olhos Podem Revelar,<br />

Editora Ground, 1ª Edição, 1999<br />

* Breton Sue, Depressão - Esclarecen<strong>do</strong> Suas Dúvidas, Ágora 1996, São Paulo<br />

* Brunini, C. Aforismos de Hipócrates S. P. Typos, 1998.<br />

* Dahlke, Rudiger - A Doença como linguagem da Alma, Edit. Cultrix., SP. l991<br />

* Dahlke, Rudiger, Dethlefesen Thorwald - a Doença como Caminho, Ed. Cultrix, SP.<br />

1994<br />

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Iris Diagnosis, l982.<br />

* Demar<strong>que</strong>, D. Semiologia Homeopática Buernos Aires, Ediciones Marecel, l978.<br />

* Duprat, H. A Teroria e a Técnica da Homeopatia, R. J. , Olimpica Editora, l974<br />

* Johnson, Denny, O Olho Revela, Uma Introdução ao Méto<strong>do</strong> Rayid de Interpretação da<br />

Íris, Editora Ground, 2ª Edição, 1984.<br />

* Fadman, James e Frager, Robert - Torias da Personalidade, Edit. Harbra, SP l979<br />

* Ferrandiz, V.L. Iri<strong>do</strong>diagnosis. Ediciones CEDEL, Barcelona, 1981.<br />

* Gazolla, Flavio. Curso de Iri<strong>do</strong>logia, Cómo Leer El Esta<strong>do</strong> de Salud En El Íris. Editorial<br />

de Vecchi, Barcelona, 1994.<br />

* Henri, EY, P. Bernard e C. Brisset, Manual de Psiquiatria, Ed. Masson <strong>do</strong> Brasil Ltda. 2 a .<br />

Edição, 1985, Brasil.<br />

* Ivaldi, M. Iri<strong>do</strong>logia - L’occhio specchio della salute, Milano, Italy Editiorium, l993<br />

* Jausas, G. Trata<strong>do</strong> de Iri<strong>do</strong>logia Médica. Madrid, Las Mil e Unas Ediciones, l982<br />

* Jensen, Bernard. The Science and Practice of Iri<strong>do</strong>logy, California, Bernard Jensen<br />

Published, l985<br />

* Johnson, D. What the Eyes Reveals; An Introduction in The Ray-Id Method of Iris<br />

Interpretation EUA., Rayid Publications, l984<br />

* Jurasunas, Serge e Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Pacheco. Iri<strong>do</strong>logia, Um Diagnóstico Natural. Editora<br />

Copyart, Tubarão, 1995.<br />

* Jurasunas, S. Iri<strong>do</strong>logia - Um Diagnóstico Natural. S.C. Copiart, l995<br />

* Kossak, R.ª 1000 Conceitos em Homeopatia. S. P. , Elcid l984<br />

* Leloup, Jean Ives- O Corpo e seus Simbolos Ed. Vozes, SP. 2 a . Ed. l998<br />

* Lo Rito, D. II Cronoschio - Nueve Acquisiozione in Iri<strong>do</strong>logia, Italy Editorium, 1993<br />

* Maffei, W.E, Os Fundamentos da Medicina. 2. Ed. S.P. Artes Médicas, l978<br />

* Ramos, Denize Gimenes - A Psi<strong>que</strong> <strong>do</strong> Corpo, Sumus Editorial, SP.l994<br />

* ramos, Denize Gimenes - A Psi<strong>que</strong> <strong>do</strong> Coração, Edit. Cultrix, SP. l995<br />

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* Spoerri , T. H. Compêndio de Psiquiatria, Editora Artes Médicas.<br />

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* Vander. Diagnóstico por el Iris y otros Signos de Las enfermidades, Barcelona. Ediciones<br />

Adrian Vand Der Cut, l972<br />

* Vannier, L. et al. Le diagnostic des maladies per les yeux. 4 ed. Paris, G. Doin, l957<br />

99


TRABALHANDO COM O ROSÁRIO LINFÁTICO<br />

100<br />

Dilma de Carvalho


SUMÁRIO<br />

Trabalho experimental científico <strong>do</strong> sistema circular da íris e <strong>do</strong>s sinais linfáticos em forma<br />

de rosário; cataloga<strong>do</strong> através <strong>do</strong> hemisfério direito <strong>do</strong> cérebro e <strong>do</strong> pêndulo como instrumento<br />

auxiliar.<br />

Busca promover maior compreensão da capacidade <strong>do</strong> ser, da <strong>do</strong>r, da evolução espiritual e<br />

psicológica <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> rosário linfático ou mesmo <strong>do</strong>s terapeutas.<br />

Foi pesquisada toda área circular da íris e cada sinal distinto está analisa<strong>do</strong> conforme o<br />

marca<strong>do</strong>r de um relógio.<br />

Foram analisadas as marcas linfáticas, os esta<strong>do</strong>s psico-emocionais causa<strong>do</strong>res das<br />

disfunções, algumas especificações sobre a origem genética, além de acrescentar forma alternativa<br />

de compreender e fazer uma leitura <strong>do</strong> sistema e rosário linfático.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Neste trabalho está sen<strong>do</strong> apresentada esta pesquisa científica sobre o rosário linfático<br />

refleti<strong>do</strong> na íris e as suas condições psicossomáticas. Há informações sobre como efetivar uma<br />

leitura, como entender e decifrar alguns aspectos da íris, os perío<strong>do</strong>s críticos da vida pessoal, os<br />

padrões de comportamento pelas marcas <strong>que</strong> os traumas imprimiram e o <strong>que</strong> elas significam em cor<br />

e densidade, além <strong>do</strong>s processos psico-emocionais cíclicos. É uma pesquisa inédita <strong>que</strong> poderá ser<br />

acrescentada a outros trabalhos pesquisa<strong>do</strong>s.<br />

O rosário linfático é localiza<strong>do</strong> na íris através da presença de lesões semelhantes a nuvens,<br />

ou flocos de neve, subjacente à sua periferia e assemelha-se a um anel ou rosário. Em linguagem<br />

médica recebe o nome de “pontos de feixe <strong>do</strong>s raios de luz”.<br />

Pela interação da sensibilidade, integram uma sociedade composta pelos moldes de<br />

instituições criadas arbitrariamente, captan<strong>do</strong> as densas forças mentais da população através desses<br />

radares e passan<strong>do</strong> a representar, automaticamente, procedimentos simula<strong>do</strong>s sob a atuação dessas<br />

energias.<br />

No processo denomina<strong>do</strong> introjeção, <strong>que</strong> é um mecanismo de defesa, por meio <strong>do</strong> qual as<br />

pessoas atribuem a si mesmas as qualidades <strong>do</strong>s outros, fazem o papel <strong>do</strong> artista famoso, <strong>do</strong>s<br />

personagens e <strong>do</strong>s padrões sociais <strong>do</strong>s indivíduos de sucesso. Por muito tempo alimentam a ilusão<br />

de serem esses arquétipos, vivencia<strong>do</strong>-os inconscientemente; esses porta<strong>do</strong>res são pessoas<br />

hipersensíveis <strong>que</strong> assimilam as idéias criativas e ainda os personagens introjeta<strong>do</strong>s através da<br />

consciência coletiva.<br />

Ao identificarmos os porta<strong>do</strong>res deste rosário percebemos <strong>que</strong> em seu cotidiano têm sempre<br />

uma expressão de agra<strong>do</strong> e um sorriso nos lábios, especialmente por<strong>que</strong> estão sempre se colocan<strong>do</strong><br />

no lugar das pessoas e buscam “só fazer ao outro aquilo <strong>que</strong> gostariam de receber”.<br />

101


Estas criaturas jamais podem ser vistas apenas como porta<strong>do</strong>ras de problemas linfáticos,<br />

pois são seres humanos com uma essência vibrante <strong>que</strong> promoveram esses valores. Perguntam-se<br />

alguns: os bebês já nascem com essas marcas? Seriam provenientes <strong>do</strong>s processos linfáticos<br />

maternos? Poderia ser uma proposta de vida? Ou ainda: seria a reminiscência de um processo da<br />

ancestralidade terrena, ou espiritual? Cabe aos iridólogos, pesquisa<strong>do</strong>res, buscar complementar este<br />

trabalho inicia<strong>do</strong> por Denny Johnson e <strong>que</strong> vem sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong> por outros estudiosos <strong>do</strong> ramo.<br />

Nós buscamos apenas acrescentar mais informações, através da radiestesia e diante de um potencial<br />

<strong>que</strong> percebemos a possibilidade de ser explora<strong>do</strong> e aprofunda<strong>do</strong>.<br />

As maiores dificuldades e desconforto são controlar ou aprisionar os próprios sentimentos e<br />

emoções, julgar os outros ou mesmo serem julga<strong>do</strong>s. Acreditam no indivíduo como força de<br />

evolução da sociedade, sen<strong>do</strong> a palavra suficiente em qual<strong>que</strong>r intercâmbio. Procuram contribuir<br />

para a instalação de uma nova era de relações entre os homens, estudan<strong>do</strong> e pratican<strong>do</strong> meios<br />

alternativos para viver melhor e também para o bem estar das pessoas. Acreditam <strong>que</strong> a civilização<br />

<strong>do</strong>minante <strong>do</strong> planeta tem capacidade para encontrar a felicidade, substituin<strong>do</strong> os valores<br />

materialistas e machistas, por SER apenas mais humanos e passan<strong>do</strong> a compartilhar as próprias<br />

realizações.<br />

Quan<strong>do</strong> os flocos brancos se sedimentam na borda da íris significa tendência a quadros<br />

febris, processos de irritabilidade com as pessoas e maior interação com as <strong>que</strong>stões sutis <strong>do</strong> ego.<br />

Rosários mais adentra<strong>do</strong>s significam problemas mais traumáticos e muito antigos. Flocos mais<br />

claros sempre são demonstrativos de processos psicofísicos agu<strong>do</strong>s, ao passo <strong>que</strong> os mais amarelos<br />

vão demonstrar processos crônicos.<br />

Em seqüência horária, a partir da íris direita, especificamos cada hora para facilitar a<br />

localização <strong>do</strong>s aspectos. Apresentamos também as bases da Polaridade Hemisférica, para melhor<br />

compreensão <strong>do</strong> ser humano.<br />

CAPÍTULO I<br />

1 - POLARIDADE HEMISFÉRICA<br />

O ser humano sabe de tu<strong>do</strong> o <strong>que</strong> o rodeia, mesmo <strong>que</strong> esse entendimento seja inexato e<br />

imperfeito. A sua sabe<strong>do</strong>ria é limitada pelo corpo físico, pelas formas mentais criadas, pelo<br />

pensamento e pelo ego <strong>que</strong> nada sabe (mas cria, pensa, age), e <strong>que</strong> é a parte mais importante para o<br />

crescimento espiritual <strong>do</strong> homem na Terra.<br />

O ego faz parte <strong>do</strong> hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>; a sabe<strong>do</strong>ria e consciências espirituais estão ligadas<br />

ao hemisfério direito. O ego recolhe apenas o essencial das qualidades morais e da compreensão de<br />

cada aprendiza<strong>do</strong> durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> em <strong>que</strong> se acha no corpo físico. Como um trabalha<strong>do</strong>r,<br />

está sempre ocupa<strong>do</strong> em assimilar as experiências ou em digeri-las. É preciso educá-lo, e para isso<br />

acontecem as situações necessárias.<br />

As pessoas entendem pouco das próprias emoções, mesmo saben<strong>do</strong> <strong>que</strong> são necessárias ao<br />

aprendiza<strong>do</strong>, ao crescimento psíquico e espiritual. A consciência <strong>do</strong> ser humano se dá quan<strong>do</strong> há a<br />

unificação <strong>do</strong> hemisfério direito com o es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> (<strong>do</strong> ego com a sabe<strong>do</strong>ria da alma), <strong>do</strong> mental com<br />

o emocional, representan<strong>do</strong> um equilíbrio espiritual. Valem to<strong>do</strong>s os esforços para <strong>que</strong> haja a<br />

unificação ou equilíbrio <strong>do</strong> hemisfério direito com o es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> em um nível de pura<br />

consciência.Vale a tentativa de se manifestar com consciência corporal e redirecionar as<br />

necessidades psico-emocionais.<br />

Particularizan<strong>do</strong> os hemisférios, ou cada la<strong>do</strong> <strong>do</strong> cérebro, nós temos as seguintes<br />

especificações:<br />

1.1. Hemisfério direito: o cérebro direito é feminino, tem maior ligação com a mãe e com as<br />

mulheres, é aparentemente dependente, está relaciona<strong>do</strong> ao processo de separação e às idéias<br />

renova<strong>do</strong>ras. As pessoas <strong>que</strong> estão mais ligadas ao hemisfério direito são pessoas filosóficas,<br />

complacentes, <strong>do</strong>a<strong>do</strong>ras, emocionais e românticas. Dóceis, francas e meigas, são acessíveis aos<br />

102


outros, seus gestos são significativos e abrangentes e facilmente transcendem. Há mais marcas <strong>do</strong><br />

la<strong>do</strong> es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>, especialmente na área <strong>do</strong>s olhos e o vinco entre as sobrancelhas se apresenta maior.<br />

O ombro es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> é menos proeminente e as pessoas levam suas bolsas ou pacotes constantemente<br />

desse la<strong>do</strong>. São criativas e inova<strong>do</strong>ras, porém com tendência a evitar responsabilidades práticas;<br />

dificilmente se organizam, e precisam de secretários de hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> para efetivar seu<br />

trabalho. Muitos desprezam o financeiro acreditan<strong>do</strong> <strong>que</strong> não devem forçar a própria natureza e se<br />

desequilibram no próprio orçamento por falta de praticidade e conhecimento <strong>do</strong> potencial em criar<br />

as próprias realidades. São atraí<strong>do</strong>s para trabalhos como artes, representações teatrais etc.,<br />

especialmente por trabalhar a própria essência interior.<br />

Desenvolver o hemisfério direito significa melhorar a qualidade <strong>do</strong>s pensamentos, tornar-se<br />

mais emocional, mais humano, mais digno, ter compreensão melhor da espiritualidade e buscar o<br />

processo meditativo.<br />

1.2. Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: o hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> é masculino, tem maior ligação com o pai, exerce<br />

forte liderança na família, tem tendência a ser franco, sem suprimir seus fortes talentos analíticos e<br />

manten<strong>do</strong> sua personalidade junto de si; cristaliza a abstração <strong>do</strong> cérebro direito por<strong>que</strong> é através da<br />

sua praticidade <strong>que</strong> torna as situações reais. As pessoas de hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> são dinâmicas e<br />

transformam os sonhos <strong>do</strong>s criativos e dispersivos de hemisfério direito em efetiva praticidade, pois<br />

são funcionais e interessa<strong>do</strong>s em estruturas materiais e organizacionais. As mudanças são lentas e<br />

são propensos a debater novos conceitos até <strong>que</strong> estejam seguros das evidências, desafian<strong>do</strong> e<br />

avalian<strong>do</strong> condições e possibilidades. Seus movimentos são bruscos, têm tendência à agitação<br />

motora, à depressão e a processos obsessivos; há dificuldade em se libertar de culpa e das classes<br />

inferiores.<br />

Há uma ligação energética com o cérebro es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>, o sistema nervoso central e o<br />

autônomo, o plexo solar, a tireóide, a laringe, o nariz, os brônquios, o diafragma, os pulmões, as<br />

costelas, o sangue venoso, a pele e o processo da <strong>do</strong>r. Recentes pesquisas afirmam <strong>que</strong> há interrelação<br />

entre a matéria física e o espírito invisível da mente <strong>que</strong> se espelha ou se retrata no outro<br />

sem o controle da própria consciência.<br />

CAPÍTULO II<br />

2. A ÍRIS HOLOGRÁFICA<br />

2.1 - Entre 0 hora e 01 hora: quan<strong>do</strong> em desequilíbrio emocional se sente fraco e sem forças,<br />

como se estivesse sem energias para atuar em seu próprio mun<strong>do</strong>. O exagero emocional é um esta<strong>do</strong><br />

<strong>que</strong> promove a atuação de toxinas no próprio corpo e qual<strong>que</strong>r alimento antinatural ingeri<strong>do</strong> tem o<br />

potencial de intoxicar como um duplo veneno. A sua maior ansiedade é no autocontrole para tornarse<br />

perfeito, compara-se o tempo to<strong>do</strong> e <strong>que</strong>r ter atitudes impecáveis; quan<strong>do</strong> culpa<strong>do</strong>, suas células<br />

vibram no negativismo da auto-acusação, aumenta a angústia, a ansiedade e provoca grandes<br />

estragos na estrutura psicofísica.<br />

Preocupa-se em equilibrar a temperatura <strong>do</strong> corpo, especialmente quan<strong>do</strong> tem a sensação de<br />

<strong>que</strong> está retroceden<strong>do</strong> em algo de grande importância em sua vida. <strong>Este</strong> porta<strong>do</strong>r tem necessidade<br />

de ajudar os outros, especialmente em suas necessidades de cura, além de compartilhar suas alegrias<br />

e descobertas. Como pacientes procuram soluções em vez de mergulhar em depressão, mas o pânico<br />

pode afetar os resulta<strong>do</strong>s.<br />

2.1.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: este porta<strong>do</strong>r está transforman<strong>do</strong> gradualmente a si mesmo e a sua<br />

família, de uma forma natural, por<strong>que</strong> já está adquirin<strong>do</strong> a verdadeira fé na Ordem <strong>do</strong> Universo.<br />

103


2.1.2 - Hemisfério direito: esta pessoa está buscan<strong>do</strong> ser reconhecida como uma celebridade ou<br />

autoridade, demonstran<strong>do</strong> o mau uso <strong>do</strong> poder <strong>que</strong> tem nas mãos devi<strong>do</strong> à sua concentração no eu e<br />

na tentativa de ser conhecida como uma pessoa melhor.<br />

Sua ansiedade poderá causar <strong>do</strong>res ou cansaço no pescoço e, ainda, afetar um ou ambos os<br />

ombros e braços. Poderá causar <strong>do</strong>r na parte interior <strong>do</strong> tórax, imitan<strong>do</strong> a angina, ou <strong>do</strong>r e ardência<br />

na sua parte posterior, também imitan<strong>do</strong> fibrosite. <strong>Este</strong>s sintomas não aparecem to<strong>do</strong>s de uma vez, e<br />

nem sempre, mas o paciente poderá sofrer mais de um em determinadas ocasiões e fazê-los<br />

desaparecer depois de praticar alguns movimentos corretivos repeti<strong>do</strong>s.<br />

A pele se relaciona com o sistema linfático e o circulatório, mas o aumento de pelos pelo<br />

corpo é resulta<strong>do</strong> de distúrbios da digestão. As marcas linfáticas desta hora estão relacionadas às<br />

dificuldades digestivas <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>, baço, pâncreas e estômago justifican<strong>do</strong>, por exemplo, alterações<br />

como unhas em relógio, mas nem sempre se cronificam, também, outros órgãos.<br />

2.2 - Entre 01 e 02 horas – (mais freqüente à 1h45min): a compressão física é motivo de grande<br />

cansaço, e às vezes, pior <strong>que</strong> a própria <strong>do</strong>r. À medida <strong>que</strong> aumenta a pressão periférica, proveniente<br />

<strong>do</strong> peso <strong>do</strong> corpo, da tensão emocional e expectativa pessimista <strong>do</strong> futuro, causa uma enorme<br />

compressão atrás <strong>do</strong> pescoço ou das espáduas, ou mesmo nos ombros. Assim, uma discopatia<br />

cervical ou torácica, nas espáduas ou um pouco mais abaixo, ou mesmo um disco lombar pode gerar<br />

sobrecarga nos rins, nas nádegas e até nas pernas, a ponto de impossibilitar a pessoa de firmar-se<br />

em pé. É essencial verificar as condições <strong>do</strong> pé ou perna oposta, pois possivelmente há uma<br />

sinalização nesse setor.<br />

Esta é a principal marca <strong>que</strong> aponta para sensibilidades fisiológicas a substâncias químicas,<br />

drogas, etc., sen<strong>do</strong> o estigma da alergia, especialmente se a marca “escorrer” verticalmente ao longo<br />

das fibras.<br />

O sistema circulatório trabalha irregularmente, por isso o sangue sobe facilmente à cabeça e<br />

com freqüência tem ata<strong>que</strong>s de impropérios. Há grande necessidade de ouvir sobre a vida <strong>do</strong>s<br />

mestres, especialmente de Jesus, e essa fé, frágil em sua convicção, tem necessidade de se fixar na<br />

certeza absoluta de <strong>que</strong> o homem não está joga<strong>do</strong> no meio dum caos fatalista, mas <strong>que</strong> a própria<br />

vida é presidida por um ser superior e <strong>que</strong> todas as dificuldades são impulsos ao crescimento<br />

espiritual.<br />

2.2.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: mediante expiação alinhada nos quadros de enfermidade e tristeza<br />

<strong>que</strong> começam <strong>do</strong> berço, a evolução se define a partir de realizações e esperanças <strong>que</strong> se des<strong>do</strong>bram<br />

na primeira infância; talvez seja um milagre não ter morri<strong>do</strong>, mas a partir desse acontecimento<br />

pode-se valorizar mais a própria vida e suas experiências.<br />

Esta pessoa se considera com poderes limita<strong>do</strong>s diante <strong>do</strong> potencial divinamente cria<strong>do</strong> e<br />

consciente através <strong>do</strong>s processos comparativos. Em horas específicas de mau humor, e embora não<br />

culmine em atos extremos, extravasa a sua fúria e o seu ódio em fulminantes injúrias direcionadas<br />

às pessoas, o <strong>que</strong> constantemente gera inimizades. Essas atitudes, tão mais fortes quanto os<br />

sentimentos de impotência e necessidade de exercer controle, vão minan<strong>do</strong> as estruturas<br />

psicofísicas, até o ponto de exercer blo<strong>que</strong>ios. Propaga <strong>que</strong> a nossa justiça social não funciona, <strong>que</strong><br />

tu<strong>do</strong> é quase sempre uma injustiça, geran<strong>do</strong> intoxicação psíquica nas pessoas ao seu re<strong>do</strong>r.<br />

2.2.2 - Hemisfério direito: para esta criatura, e em seu bom humor, há sempre dificuldade em<br />

vislumbrar uma situação melhor <strong>que</strong> em suas condições originais anteriores, embora possa se<br />

afastar mais e mais da própria diretriz. <strong>Este</strong> objetivo (ou falta dele) pode ser motiva<strong>do</strong> pela<br />

dificuldade profissional e financeira, além da ligação ao mental consciente intoxica<strong>do</strong>. Preocupa-se,<br />

teoricamente, em corrigir qual<strong>que</strong>r desequilíbrio na estrutura física molecular, mas sabe <strong>que</strong> a<br />

maioria das patologias está acompanhada por alterações da composição bioquímica <strong>do</strong> organismo e<br />

<strong>que</strong> uma correção nutricional promoveria o restabelecimento interno e parcial <strong>do</strong> metabolismo, mas<br />

grande parte delas se<strong>que</strong>r consegue tentar.<br />

104


2.3 - Entre 02 e 03 horas – nesse horário parece haver duas chaves gerais: uma <strong>que</strong> incita à<br />

atividade exagerada e outra <strong>que</strong> o leva à passividade; e <strong>que</strong> basta ligar ou desligar o fluxo de energia<br />

para <strong>que</strong> haja somatização <strong>do</strong> corpo emocional. Cenas de oscilações de humor e reclamações são<br />

comuns e se repetem. Há invasões por toda parte, ou seja, o porta<strong>do</strong>r ultrapassa os limites <strong>do</strong>s<br />

outros, mas não aceita a violação de seu território físico, pois sente como invasão de<br />

privacidade.Questiona interiormente to<strong>do</strong>s esses limites e o <strong>que</strong> ele mesmo está produzin<strong>do</strong> em<br />

favor <strong>do</strong>s outros. Quer ser bom, mas não deixa de ser uma criatura carente, medrosa, <strong>que</strong> tem<br />

grandes dificuldades com as emoções, os sentimentos e as próprias limitações.<br />

Faz um esforço especial para reduzir a tensão por me<strong>do</strong> de <strong>do</strong>enças <strong>que</strong> permitem ao<br />

organismo rejeitar a si mesmo, tais como depressão, diabete, lúpus e câncer, ou mesmo sofrer de<br />

ata<strong>que</strong>s cardíacos, porém reagem como um miserável candidato à pena, choramingan<strong>do</strong> durante<br />

perío<strong>do</strong>s em <strong>que</strong> os fluxos de energia são passivos ou baixos.<br />

2.3.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> psico-emocional <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r poderá haver<br />

troca e movimento de energia vital, como num processo interativo de to<strong>do</strong>s os órgãos, <strong>que</strong> leva a<br />

uma coordenação e um equilíbrio fisiológico normal. Ele tenta se despertar das pesadas cadeias da<br />

materialidade, embora de forma impaciente, na tentativa de conseguir uma efetiva libertação.<br />

2.3.2 - Hemisfério direito: Quan<strong>do</strong> criança gosta de andar nas pontas <strong>do</strong>s pés, mas quan<strong>do</strong> dá<br />

vontade, também sabe pisar forte. Não é muito crescida, a cabeça é um tanto grande e os membros<br />

são ágeis. As forças são inerentes ao <strong>que</strong> podem criar e movimentam formas de pensamento.<br />

Consegue movimentar os orienta<strong>do</strong>res a acreditarem e se nutrirem dessas forças para ensinar com<br />

proveito. Conquista corações, mesmo da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> usam as palavras torpes para educá-lo. Irrita-se<br />

facilmente, mas melhora também com rapidez. Tem dificuldade de concentração, mas a sua<br />

abstração é altamente criativa e proveitosa.<br />

São melhores <strong>do</strong> <strong>que</strong> aparentam ser e exercem uma liderança com respeito pela liberdade<br />

e autonomia das outras pessoas. A saúde é frágil, haven<strong>do</strong> tendência a distúrbio cardiovascular e<br />

leucemia. Para resolver a situação, inicialmente é necessário buscar se manifestar de forma<br />

harmônica e equilibrada; usan<strong>do</strong> seu próprio poder com sabe<strong>do</strong>ria e escolhen<strong>do</strong> conscientemente<br />

vivenciar a alegria com a energia vibrante <strong>do</strong> amor.<br />

2.4 - Entre 03 e 04 horas – Na região <strong>do</strong> abdômen, brônquios e pulmão, há grande possibilidade de<br />

infiltração de gordura e isto, acresci<strong>do</strong> <strong>do</strong> peso <strong>do</strong>s intestinos obstipa<strong>do</strong>s, puxa as vértebras<br />

lombares para baixo, provocan<strong>do</strong> leve pressão e <strong>do</strong>res. Pessoas com músculos fracos <strong>do</strong> abdômen<br />

estão sujeitas a algum tipo de discopatia. Há forte tendência a se apoiar nos calcanhares e gerar<br />

<strong>do</strong>res também na coluna lombar. É necessário praticar exercícios físicos, incluin<strong>do</strong> levantamento de<br />

pesos; maior consumo de vitamina D e cálcio, ou mesmo fitoterapia específica para desenvolver os<br />

ossos.<br />

Para este porta<strong>do</strong>r, o sofrimento <strong>que</strong> considera estar toman<strong>do</strong> para si, com absoluta<br />

liberdade de escolha, promove a contemplação de tu<strong>do</strong> com indiferença e menosprezo. A pessoa se<br />

torna auto-indulgente ou se coloca como mártir em aspectos sociais ou familiares específicos.<br />

Existe facilidade em criar condicionamentos de dúvida em relação a aspectos afetivos,<br />

especialmente na área de rejeição e por simples motivo. Alguns desses sentimentos podem ficar<br />

sepulta<strong>do</strong>s no inconsciente, sen<strong>do</strong> essencial traze-los ao nível da consciência.<br />

2.4.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: os exemplos ou influências <strong>que</strong> receberam diretamente “<strong>do</strong>s<br />

estaciona<strong>do</strong>s”, na infância, podem tê-los torna<strong>do</strong> mais conscientes <strong>do</strong> <strong>que</strong> o movimento educativo<br />

sem função, imposto por muito tempo; porém, em alguns casos, criou um aspecto contraditório<br />

gera<strong>do</strong>r de polaridades divergentes e <strong>que</strong>, mesmo trabalhan<strong>do</strong> adequada e terapeuticamente, pode<br />

durar longo perío<strong>do</strong> ou talvez a vida toda.<br />

105


Tipos de edema linfático com uma ampla margem de maus resulta<strong>do</strong>s são de pessoas <strong>que</strong><br />

freqüentemente são fumantes, bebem muito e têm maus hábitos alimentares. Já outras “comem” a si<br />

mesmas através <strong>do</strong> próprio trabalho; seria de estranhar <strong>que</strong> o estômago não fizesse a mesma coisa, e<br />

o corpo to<strong>do</strong> não decidisse também acompanhá-los.<br />

2.4.2 - Hemisfério direito: quan<strong>do</strong> amarelas essas marcas indicam, geralmente, <strong>que</strong> a pessoa deseja<br />

ser uma espécie de lente amplia<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s hábitos da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> a precederam, tal qual eles <strong>que</strong> por<br />

sua vez já o foram, de seus antecessores, numa cadeia psico-emocional, social e fisiológica.<br />

Tornam-se repetitivos, pouco criativos em seus valores familiares, de conduta moral irregular e<br />

avanço espiritual pe<strong>que</strong>no. Quan<strong>do</strong> existem rosários grandes e claros há indicação de <strong>do</strong>r nos ossos<br />

<strong>do</strong>s braços e juntas, inclusive reumatismo, úlcera e abscesso. Via de regra demonstra<br />

comportamento compulsivo; tem necessidade de ingerir estimulante, debilidade e tendências<br />

hereditárias ao alcoolismo.<br />

Esta pessoa é perspicaz, tem capacidade de dirigir a atenção para os detalhes enquanto<br />

mantém a visão <strong>do</strong>s problemas e suas generalidades, porém em épocas de maior desequilíbrio<br />

familiar ou grupal isso poderá gerar implicâncias ou sofrimentos desnecessários, atrain<strong>do</strong> situações<br />

cíclicas complicadas e onde mais acontecem esses processos é através da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> mantêm<br />

convivência.<br />

2.5 - Entre 04 e 05 horas – sabemos <strong>que</strong> aqui encontramos as mãos, os braços e particularmente a<br />

sua pele; e ainda o baço, o diafragma, os testículos ou ovários, mas há um forte comprometimento<br />

<strong>que</strong> se estende para as outras partes <strong>do</strong> corpo.<br />

Gosta de ter um nome comum, vida comunitária, mas é uma pessoa colérica e muitas vezes<br />

se expressa gesticulan<strong>do</strong>; tem as mãos excessivamente frias ou <strong>que</strong>ntes e o olhar inquisi<strong>do</strong>r. Uma<br />

voz interna lhe diz <strong>que</strong> há muito mais coisas em seu interior <strong>do</strong> <strong>que</strong> a profusão de sentimentos<br />

internos, mas ele não dá ouvi<strong>do</strong>. Sabe <strong>que</strong> pode lidar com todas as coisas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> comércio, da<br />

indústria, da política, da ciência comercial, da técnica avançada em cibernética, ou mesmo qual<strong>que</strong>r<br />

profissão honesta, sem se apegar a nenhuma delas, ou possuir objeto algum. Seus momentos de<br />

impaciência podem durar alguns longos minutos, ou apenas o suficiente para trazer à tona os seus<br />

ata<strong>que</strong>s de grandiosidade e estragar alguns trabalhos humanitários já realiza<strong>do</strong>s. Quan<strong>do</strong> muito<br />

intoxica<strong>do</strong> gesticula, vocifera e espanta as pessoas. É de um pessimismo feroz e agressivo por<strong>que</strong><br />

vive impregna<strong>do</strong> <strong>do</strong> vírus da incompreensão.<br />

Ao se permitir uma desintoxicação geral e um direcionamento mais espiritual pode acessar,<br />

com facilidade, os níveis mais altos da criatividade e expressão em trabalhos divinamente<br />

inspira<strong>do</strong>s. Vale ressaltar <strong>que</strong> o processo da compreensão pode também ser reverti<strong>do</strong> através <strong>do</strong><br />

tempo e maturidade.<br />

2.5.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: Essa pessoa faz muito para ajudar os outros, mas não está disposta a<br />

fazer sacrifícios demais. A mãe exerceu grande influência sobre ele, e alguns porta<strong>do</strong>res podem<br />

viver à sombra dela. Se forem encontradas marcas menos centralizadas sinaliza uma pessoa com<br />

maior desequilíbrio psico-emocional, ou seja, oscilação de humor, irritabilidade muito forte e fases<br />

de inapetência sexual.<br />

Os processos emocionais <strong>que</strong> vivencia são agressivos ao organismo, resultam em estresse<br />

oxidativo e ainda representam um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e os sistemas<br />

antioxidantes <strong>que</strong> o mantêm sob o jugo <strong>do</strong>s prazeres ou vícios alimentares. Em alguns casos<br />

corresponde a uma disfunção <strong>do</strong> sistema imunológico, <strong>que</strong> facilita e aumenta os riscos de se<br />

contraírem <strong>do</strong>enças.<br />

Seriam altamente benéficas as meditações periódicas, mesmo <strong>que</strong> a pessoa não conseguisse<br />

plenamente, pois poderia funcionar como exercícios de relaxamento e uma visualização <strong>do</strong> processo<br />

de espiritualização.<br />

106


2.5.2 - Hemisfério direito: em vários casos pode ser apontada como irresponsável, mas grande<br />

parte dessa manifestação se deve às dificuldades em lidar com o la<strong>do</strong> prático e financeiro, além de<br />

se envolver com amigos, clubes ou sindicatos. Há grandes chances de se tornar um líder<br />

comunitário, ou de parti<strong>do</strong>s rebeldes, mas a justiça interna <strong>que</strong> o movimenta também o leva a se<br />

excluir da corrupção <strong>que</strong> facilmente envolve esses cargos.<br />

Algumas emoções descontroladas como me<strong>do</strong>s ou temores são suficientes para provocar<br />

problemas como bronquite, vertigens ou mesmo distúrbios intestinais e <strong>do</strong> apetite, com fome<br />

exagerada ou anorexia. Há tendência tanto à exacerbação quanto frieza periódicas, e através destas<br />

condições o porta<strong>do</strong>r pode facilmente ter contratempos e atrair situações desagradáveis. Parte<br />

dessas dificuldades são provenientes <strong>do</strong> excesso de plasma no sangue; há tendência a suspirar pelo<br />

acúmulo de gás carbônico <strong>que</strong> o porta<strong>do</strong>r insiste em manter internaliza<strong>do</strong> pela respiração<br />

inadequada <strong>que</strong> exerce.<br />

2.6 - Entre 05 e 06 horas – nesta área específica vamos localizar os problemas causa<strong>do</strong>s pela<br />

menstruação, desde tensões pré-menstruais até gestações complicadas, por problemas glandulares,<br />

especialmente os perío<strong>do</strong>s de oscilações hormonais. Quanto mais forte ou maiores as contas <strong>do</strong><br />

rosário mais acentua<strong>do</strong> será o problema e desta maneira marcam indícios, também, de ser um<br />

porta<strong>do</strong>r de aids.<br />

Através desta região da íris podemos avaliar como o porta<strong>do</strong>r se relaciona com a alegria, o<br />

la<strong>do</strong> profissional e seus aspectos artísticos latentes. Flocos mais claros significam tendências a<br />

frustrações ou depressões sazonais, menos energia vital e pouca vontade de movimentar-se.<br />

Profissionaliza-se com dificuldades, quase sempre por enfra<strong>que</strong>cimento físico e falta de motivação,<br />

porém passa a sentir maior alegria pelo trabalho, mas apenas quan<strong>do</strong> não está buscan<strong>do</strong> a paixão.<br />

Aqui estão delimitadas as diferenças térmicas e internas <strong>do</strong> corpo; flocos muito claros<br />

demonstram <strong>que</strong> o corpo tende à temperatura mais baixa. O processo de <strong>que</strong> está impregna<strong>do</strong> na<br />

individualidade pessoal se mantém contaminan<strong>do</strong> o to<strong>do</strong> por fazer parte da inteligência <strong>do</strong> ego e<br />

promove sofrimento por culpa. A pessoa se torna extremamente vulnerável por haver uma forte<br />

interação, abstração e criação no poder energético das formas-pensamento, e <strong>que</strong> no perío<strong>do</strong> de<br />

gestação tiveram muita força. Quan<strong>do</strong> há flocos amarela<strong>do</strong>s vamos encontrar uma temperatura<br />

interna mais alta, um temperamento crítico e necessidade de controlar os outros (especialmente o<br />

parceiro ou a família). Cada pessoa tem seu processo intransferível, sen<strong>do</strong> as distorções inerentes<br />

ativadas na infância e exercen<strong>do</strong> ainda uma determinada tarefa em relação aos pais e a si próprio.<br />

Não es<strong>que</strong>çamos <strong>que</strong> é a área <strong>que</strong> delimita o setor da procriação.<br />

2.6.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: muitas destas pessoas se expressaram na a<strong>do</strong>lescência através de<br />

diários ou poesias ou ainda com álbuns de fotografias <strong>do</strong>s acontecimentos felizes e <strong>que</strong> fazem<br />

<strong>que</strong>stão de mostrar aos outros. Muitas estão dispostas a ouvir e aceitar conselhos, especialmente<br />

quan<strong>do</strong> se referem ao desenvolvimento da sua própria evolução, e se associam, com facilidade, a<br />

grupos cujo objetivo declara<strong>do</strong> é a melhoria interior.<br />

As emoções liberadas são absorvidas pela estrutura física através de processos individuais.<br />

Situações difíceis podem desencadear choro, tristeza ou depressão, ou ainda tremor ou <strong>do</strong>ença como<br />

resposta. O processo pode ser descrito como inteligência ativa, como por exemplo, o fato de uma<br />

pessoa próxima cometer um ato imoral, contrarian<strong>do</strong> seu sistema interior de conceitos (ou<br />

preconceitos) e inconscientemente punir o outro com alguma <strong>do</strong>ença.<br />

Quan<strong>do</strong> as partes emocional e mental promovem o equilíbrio físico, ele decide se será ou<br />

não absorvi<strong>do</strong> pelos outros corpos utilizan<strong>do</strong> a inteligência ativa, disciplina, memória, julgamento e<br />

discriminação para avaliar e processar as informações; afinal, sente <strong>que</strong> pode decidir.<br />

2.6.2 - Hemisfério direito: nesta marca da íris há duas categorias de toxinas sobrecarregadas, uma<br />

por drenagem linfática, efetuan<strong>do</strong>-se através <strong>do</strong> processo da desintoxicação provocada e a outra,<br />

realizada por um curso natural da conscientização e <strong>do</strong>s processos psico-emocionais. Os anseios<br />

107


desta criatura são fixa<strong>do</strong>s no nível de expressão da satisfação <strong>do</strong> eu e demonstra<strong>do</strong>s através das<br />

manifestações <strong>do</strong> corpo, como peito estufa<strong>do</strong>, ou encolhi<strong>do</strong>, problema de hemorróidas e feridas ou<br />

cãibras nas pernas. A carência de berílio pode levar a lesões hepáticas <strong>que</strong> têm uma interface com a<br />

absorção de cobre, a distribuição no teci<strong>do</strong> e as dificuldades nos órgãos marca<strong>do</strong>s nesta parte da<br />

íris.Também há ligações com o processo <strong>do</strong> sono, tanto excesso quanto falta.<br />

Há manifestações coléricas bem características, tal como a imagem de “fincar o pé com<br />

tamanha força no solo <strong>que</strong> se afunda até a metade <strong>do</strong> corpo”. Não é de estranhar <strong>que</strong> os guerreiros<br />

mais famosos das frentes de batalha fossem de temperamento colérico. É o calor da sua vontade <strong>que</strong><br />

conduz a própria energia de coman<strong>do</strong> e liderança incendia<strong>do</strong>s por uma chama intensa <strong>do</strong> <strong>que</strong>rer. Há<br />

uma interligação <strong>do</strong> fogo interno com o ato de agir, tanto benéfica quanto negativamente, e ainda a<br />

determinação, força e perseverança.<br />

2.7 - Entre 06 e 07 horas - com interesse e dificuldade constante essa pessoa se prende no controle<br />

<strong>que</strong> exercera sobre si mesmo. O desenvolvimento interno da consciência superior facilita a própria<br />

cura, especialmente por levar a conseguir conciliar as áreas de atrito com os objetivos propostos.<br />

Expõe-se a situações ridículas por se tornar extremamente egoísta na busca <strong>do</strong> prazer. Promove<br />

movimentos dramáticos (de <strong>do</strong>enças), na forma de chantagem emocional, ou outra situação externa<br />

como uma prostração intensa e repentina. Por outro la<strong>do</strong> conserva a elasticidade juvenil e não se<br />

torna dependente <strong>do</strong> <strong>que</strong> os outros fazem ou deixam de fazer, sen<strong>do</strong> uma energia pessoal<br />

patrocinada para o próprio desenvolvimento interno e em seu próprio bem.<br />

Grande percentagem <strong>do</strong>s seus processos crônicos de saúde são deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s aditivos<br />

alimentares, exercen<strong>do</strong> uma forte ligação com os áci<strong>do</strong>s biliares e as obstruções periódicas <strong>do</strong><br />

circuito baço/pâncreas; além de <strong>que</strong> o cólon representa um papel vital no destino dessa pessoa.<br />

2.7.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: esta pessoa é muito otimista, social, fala com simpatia e evita<br />

discussões. As notícias agradáveis e os convites são muitos, e quan<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong>s gosta de gastar e<br />

idealizar cenas românticas. Quer movimentos, elogia para agradar e sempre <strong>que</strong> isso acontece<br />

permanece instável por algum tempo. É sempre diplomática e consegue enxergar o ponto de vista<br />

<strong>do</strong>s outros; é hipersensível e tem grande refinamento e elegância natural.<br />

Marcas mais amareladas indicam redução <strong>do</strong> cálcio sistêmico, <strong>do</strong>rmência nas pernas, lesões<br />

hepáticas, renais, anemia e aumento <strong>do</strong> colesterol. Quan<strong>do</strong> as marcas são mais claras constatam-se<br />

quadros agu<strong>do</strong>s com <strong>do</strong>res, irritabilidades, dificuldades com o processo de convivência,<br />

especialmente conjugal e tensão emocional. Há necessidade de praticar exercícios de respiração<br />

profunda, visualização de cores, e o uso da terapia floral sistematicamente.<br />

2.7.2 - Hemisfério direito: existe uma inadaptabilidade sexual, como se fosse um produto de<br />

aprendiza<strong>do</strong> erra<strong>do</strong>, onde o sexo é associa<strong>do</strong> ao me<strong>do</strong> e à tensão. Há necessidade de reaprender a<br />

eliminar os temores sexuais em processo passo a passo, como ser leva<strong>do</strong> a estágios de relaxamento<br />

muscular voluntário e em seguida rever as condições <strong>do</strong>s relacionamentos anteriores; a modificação<br />

depende de cada processo individual, porém to<strong>do</strong>s eles precisam trabalhar a remoção <strong>do</strong>s me<strong>do</strong>s<br />

implanta<strong>do</strong>s por práticas erradas. São indivíduos <strong>que</strong> conhecem de perto a importância da bondade<br />

e da educação devidas às pessoas, se <strong>do</strong>an<strong>do</strong> na espera de causar excelente imagem, embora tentem<br />

não esperar retribuição.<br />

<strong>Este</strong> processo é visto como uma indicação literal da atividade de vida e um padrão de saúde<br />

<strong>que</strong> obedece a alguma seqüência bastante lógica, especialmente se puderem acompanhar os<br />

estágios, até à causa de origem em <strong>que</strong> os sentimentos de apatia, desesperança ou desânimo<br />

provocarão uma redução de toda atividade vital <strong>do</strong> corpo. Será uma <strong>que</strong>stão de qual forma de<br />

<strong>do</strong>ença se instala primeiro, quan<strong>do</strong> chegamos a dar um nome a ela; e em geral são muitas.<br />

2.8 - Entre 07 e 08 horas – o sistema psicofísico <strong>do</strong> indivíduo, comprometi<strong>do</strong> por toxinas ou<br />

miasmas se dá mediante o reconhecimento da crítica e da culpa, ou por sentir a diferença entre pré-<br />

108


consciência e a influência psico-emocional em curso, pois a presença de rosário significa <strong>que</strong> a sua<br />

energia livre foi transformada em energia presa. As emoções viram toxinas e estas se transformam<br />

em processos miasmáticos, como num esta<strong>do</strong> pré-consciente traumático incorpora<strong>do</strong> à<br />

personalidade. Alguns miasmas podem permanecer imutáveis, enquanto <strong>que</strong> outros são trabalha<strong>do</strong>s<br />

facilmente; depende da vontade interna <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r. No desenvolvimento da consciência<br />

incorporam-se a ela novas impressões <strong>que</strong> podem ser catalogadas como rejeição, me<strong>do</strong> de solidão e<br />

avaliações pessoais através da autocrítica.<br />

O terapeuta pode confirmar estas informações ou os <strong>que</strong>stionamentos nessa hora, pois lá<br />

estão gravadas as dificuldades <strong>do</strong> eu inferior; seus me<strong>do</strong>s e temores fortes e arraiga<strong>do</strong>s, seus<br />

<strong>que</strong>stionamentos íntimos e profun<strong>do</strong>s. Observe toda a região e não apenas os flocos <strong>do</strong> rosário<br />

existentes lá.<br />

Flocos mais brancos significam processos mais transcendentes e quan<strong>do</strong> escorrem pelas<br />

fibras da íris catalogamos como negociações internas em torno da auto-estima baixa. Muco<br />

amarela<strong>do</strong> demonstra dificuldade em aban<strong>do</strong>nar velhos padrões de “ego i<strong>do</strong>latria”.<br />

2.8.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: <strong>que</strong>m tem este tipo de marca na íris só permanece fiel enquanto<br />

houver a possibilidade de obter lucros ou vantagens. Valoriza e defende sua privacidade e consegue<br />

ser muito interessante. È um joga<strong>do</strong>r nato <strong>que</strong> consegue cuidar de vários trabalhos ou projetos ao<br />

mesmo tempo. É pessoa inquieta, tem sede de sabe<strong>do</strong>ria como uma criança bem-<strong>do</strong>tada e mesmo se<br />

estiver com idade avançada vai tentar ter os mesmos interesses ou voar tão alto como em sua<br />

juventude.<br />

2.8.2 - Hemisfério direito: esta é uma pessoa <strong>que</strong> precisa desenvolver e despertar o poder interior<br />

de autocura, integran<strong>do</strong> a vitalidade etérica à consciência espiritual e ainda reunir forças, superan<strong>do</strong><br />

o processo de apatia e resignação. Especificamente temos um porta<strong>do</strong>r sempre envolvi<strong>do</strong> pelos<br />

noticiários de jornal, revista, rádio e televisão e, num processo de compaixão, torna-se apático ou<br />

depressivo por não poder ajudar, mediante situações de crise, ou mesmo se descobrin<strong>do</strong> um patriota<br />

(ou bairrista), localizan<strong>do</strong>-se em condição desfavorável e se sentin<strong>do</strong> impossibilita<strong>do</strong> de servir às<br />

pessoas.<br />

2.9 - Entre 08 e 09 horas – nada <strong>do</strong> <strong>que</strong> essa pessoa critica veementemente no exterior se<br />

encontrará em sua intimidade, pois acredita <strong>que</strong> o ambiente em <strong>que</strong> vivemos é, na verdade, um<br />

espelho onde se vê exata e realmente como somos. Pode-se fazer uma analogia entre o <strong>que</strong> é<br />

mostra<strong>do</strong> nessa íris, sua falta de visão interna para observar as coisas como realmente são e sua<br />

dificuldade em se impulsionar evolutivamente. Está se limitan<strong>do</strong> por preconceitos e idéias errôneas<br />

<strong>que</strong> podem se expandir, bem como se expandiriam as idéias positivas. Quan<strong>do</strong> em um olho<br />

feminino deve-se ter maiores cuida<strong>do</strong>s, pois causa perturbações pelo sexo oposto, desordens<br />

emocionais, amores românticos e a pedir favores a pessoas de posição.<br />

A falta de cálcio poderá aumentar as deficiências e as contraturas musculares, assim como a<br />

mediação na transmissão nervosa, <strong>que</strong> por sua vez aumenta a dificuldade <strong>do</strong> processo psicoemocional<br />

<strong>que</strong> o acompanha. São necessárias quantidades adequadas de vitamina D para <strong>que</strong> haja<br />

melhor absorção desse suprimento.<br />

2.9.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: as marcas são mais comuns nos olhos femininos e principalmente<br />

<strong>que</strong> se pode perceber grande quantidade de reclamações como enxa<strong>que</strong>cas, <strong>do</strong>res, tonturas, perda da<br />

memória e problemas de visão.Também os desarranjos digestivos, <strong>que</strong> se estendem pelas partes<br />

altas ou baixas <strong>do</strong> organismo.<br />

Para esta criatura não existe ainda uma indicação correta, pois em seu desespero de cura<br />

atrai pessoas <strong>que</strong> indicam tratamento terapêutico inadequa<strong>do</strong>. <strong>Este</strong> fato é deriva<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo<br />

energético <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r deste rosário <strong>que</strong> se encontra indefini<strong>do</strong> internamente, se vai continuar com<br />

109


chantagens emocionais às pessoas próximas, se fazen<strong>do</strong> de vítima, ou mesmo de aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>, ou se<br />

<strong>que</strong>r se curar verdadeiramente.<br />

2.9.2 - Hemisfério direito: esta criatura ainda não sabe <strong>que</strong> o sofrimento liberta o homem <strong>do</strong> peso<br />

morto da matéria, pois ele sofre também a <strong>do</strong>r de uma inconformação quase colérica. Há uma certa<br />

excitabilidade <strong>do</strong>s órgãos sensitivos, <strong>que</strong> são, na realidade, postos avança<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sistema nervoso;<br />

daí estar sempre sen<strong>do</strong> aponta<strong>do</strong> como nervoso e agita<strong>do</strong>. A receptividade trêmula <strong>do</strong>s nervos, para<br />

tu<strong>do</strong> <strong>que</strong> o rodeia é um traço importante <strong>do</strong> seu caráter; haven<strong>do</strong> uma ligação forte entre a condição<br />

<strong>do</strong>s nervos, a musicalidade e o processo de respirar erradamente; porém os <strong>do</strong>ns artísticos podem se<br />

expressar de diferentes formas.<br />

Há necessidade de trabalhar com os assuntos emocionais mal resolvi<strong>do</strong>s, relativos ao pai, e<br />

tentar se ver na criança <strong>que</strong> não tem dimensão de tempo e espaço concretamente, pois somente<br />

quan<strong>do</strong> tomar posse plenamente <strong>do</strong> eu superior, através <strong>do</strong> ego, é <strong>que</strong> poderá prescindir deles e<br />

alcançar o seu eu verdadeiro e despoja<strong>do</strong>.<br />

2.10 - Entre 09 e 10 horas – podem-se encontrar pontos de diferentes condições, tamanhos e<br />

irregularmente distribuí<strong>do</strong>s na íris, e, quan<strong>do</strong> isto acontece, uma obstrução <strong>do</strong> fluxo da linfa é<br />

possível. É comum nesta área encontrar a situação definida como crônica.<br />

Periodicamente pode haver crises de cura difíceis, <strong>que</strong> acontecem por causa <strong>do</strong>s empecilhos<br />

humanos e emocionais como autocrítica, autojulgamento e angústia, por sentir <strong>que</strong> está faltan<strong>do</strong><br />

com maior ajuda ao próximo. Estas pessoas estão “marcadas” por<strong>que</strong> vieram para ensinar e servir.<br />

São pessoas <strong>que</strong> buscam dar uma contribuição ao mun<strong>do</strong> para <strong>que</strong> ele se torne melhor <strong>do</strong><br />

<strong>que</strong> é e estão direcionadas ao processo de elevar a percepção consciente.<br />

2.10.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: há grande necessidade de variedade em suplementos nutricionais e<br />

uma alimentação especialmente saudável por<strong>que</strong> é uma condição indicativa de suprimento<br />

vitamínico deficiente e de não conseguir combater o acúmulo de toxinas na área intestinal <strong>que</strong><br />

possam ocorrer e liga<strong>do</strong>s a: anticoncepcionais, cloranfenicol, colchicina, fenitoína, hidróxi<strong>do</strong> de<br />

alumínio, neomicina, penicilina, primi<strong>do</strong>na ou sulfonamidas.<br />

É uma pessoa com <strong>do</strong>ns especiais, canaliza<strong>do</strong>s através de um processo de interiorização no<br />

Eu Superior e <strong>que</strong> tem potencial para ajudar as pessoas de alguma forma.<br />

2.10.2 - Hemisfério direito: é uma indicação de grande fra<strong>que</strong>za tecidual e dificuldade<br />

regenerativa, devi<strong>do</strong> ao acúmulo de toxinas, geralmente associa<strong>do</strong> a drogas ingeridas pela mãe<br />

durante a gestação e permanecen<strong>do</strong> na esfera psicofísica da pessoa. O metabolismo regenera<strong>do</strong>r é<br />

mais lento e <strong>do</strong>loroso quanto mais amarelas forem as marcas, e no processo da desintoxicação elas<br />

vão clarean<strong>do</strong> à medida <strong>que</strong> forem sen<strong>do</strong> debeladas.<br />

Essa pessoa tem um anseio íntimo <strong>que</strong> vai além <strong>do</strong> anseio pela satisfação emocional e<br />

criativa. Existe uma percepção internalizada de <strong>que</strong> é preciso haver um esta<strong>do</strong> de consciência ainda<br />

mais satisfatório e uma capacidade maior e melhor de viver a vida.<br />

2.11 - Entre 10 e 11 horas – nesta hora vamos localizar criaturas amáveis, compassivas, místicas,<br />

dadas a reclusão e capazes de exagerar no auto-sacrifício, especialmente por haver perspectiva<br />

religiosa. Têm <strong>do</strong>ns artísticos, são criativos, sensíveis, porém vulneráveis. Captam as idéias com<br />

rapidez, e, quan<strong>do</strong> percebem a necessidade de serem mais maleáveis, passam a encarar a vida como<br />

se fosse uma espécie de jogo. Não gostam de ser <strong>do</strong>minadas por ninguém, com freqüência desistem<br />

<strong>do</strong>s projetos inicia<strong>do</strong>s e se <strong>que</strong>ixam muito em vez de criar coragem moral.<br />

Pela cor apresentada nas marcas pode-se perceber a anormalidade funcional <strong>do</strong> organismo.<br />

A cor mais clara indica <strong>que</strong> o processo emocional interno está muito acelera<strong>do</strong> e <strong>que</strong> as funções de<br />

nutrição e eliminação estão se alteran<strong>do</strong> de forma inconveniente. Quan<strong>do</strong> a tonalidade se apresenta<br />

muito amarelada, significa <strong>que</strong> há febre <strong>do</strong> aparelho digestivo e <strong>que</strong> está transforman<strong>do</strong> em<br />

110


putrefação o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> estômago e <strong>do</strong> intestino, alteran<strong>do</strong>, também as funções de nutrição e<br />

eliminação <strong>do</strong>s pulmões e da pele.<br />

2.11.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: é uma pessoa <strong>que</strong> se preocupa essencialmente com o processo da<br />

assimilação <strong>do</strong>s nutrientes, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> as <strong>que</strong>stões alimentares são sempre prioritárias, o <strong>que</strong> ajuda a<br />

superar alguns <strong>do</strong>s processos patológicos adquiri<strong>do</strong>s, pois as intoxicações por alumínio tiram <strong>do</strong><br />

paciente as forças <strong>que</strong> durante longo tempo ele procurou restaurar.<br />

Esta contaminação ambiental foi adquirida através da mãe no perío<strong>do</strong> de gestação, trazen<strong>do</strong><br />

dificuldades nutricionais, debilidades, pe<strong>que</strong>na reserva de minerais e má nutrição em calorias<br />

protéicas; sen<strong>do</strong> um quadro <strong>que</strong> ocasionou, na infância, muita fra<strong>que</strong>za e sofrimento.<br />

É um ser espontâneo, criativo, brincalhão, sensível, reativo e emocional fisicamente, cheio<br />

de prazer, deslumbramento e amor; porém tem consciência da necessidade de trabalhar a sua<br />

criança irresponsável, egocêntrica, supersticiosa, exigente, dependente, imatura e não<br />

discriminativa. Se as marcas forem claras é <strong>que</strong> também está se trabalhan<strong>do</strong> a partir de todas as suas<br />

qualidades.<br />

2.11.2 - Hemisfério direito: esta é uma pessoa <strong>que</strong> se valoriza, <strong>que</strong>r seja com coisas de natureza<br />

material, <strong>que</strong>r seja de ordem afetiva. Sua força é alimentada pela energia vital <strong>que</strong> flui desimpedida<br />

e se des<strong>do</strong>bra a partir <strong>do</strong> “pulso forte”. Uma pessoa com este tipo de sinal considera a sua atuação<br />

material uma mera fase transitória para experiências mais elevadas; e como atua no mun<strong>do</strong> de<br />

forma criativa, também tenta alcançar o céu apoderan<strong>do</strong>-se de algo <strong>que</strong> não conhece com os<br />

senti<strong>do</strong>s.<br />

Houve perfuração de septo nasal através de intoxicação por minerais pesa<strong>do</strong>s durante a<br />

gestação, acarretan<strong>do</strong> esfriamento <strong>do</strong>s pulmões e geran<strong>do</strong> algumas conseqüências como pneumonia,<br />

ou outros, em alguma época da vida.<br />

2.12 - Entre 11 e 12 horas – esta é uma pessoa <strong>que</strong> tem segurança para assumir responsabilidades,<br />

é empreende<strong>do</strong>ra e eficiente; descarrega a libi<strong>do</strong> no trabalho ou bem escondida, ou ainda de forma<br />

religiosa ou mística, porém não gosta de se expor. Alguns podem manter relações estranhas com<br />

pessoas comprometidas. Atua na comunidade, gosta de fazer contatos com grupos, organizações em<br />

viagens, faz conhecimentos e <strong>que</strong>r tirar vantagens. Atrai pessoas complicadas, sofre, ilude e se acha<br />

incompreendida, mas aceita e se sacrifica no processo da resignação. Encanta-se com gurus ou<br />

mestres. Fala muito bem e se expressa com movimentos; é pessoa curiosa, percebe tu<strong>do</strong>, preocupase,<br />

comete indiscrição e tem pressa.<br />

Tem propensão à retenção de líqui<strong>do</strong>s, por disfunção celular ou problemas renais, geran<strong>do</strong><br />

tendência à obesidade. Deve ter cuida<strong>do</strong> com a taxa de açúcar no sangue e procurar ingerir apenas<br />

alimentos naturais, sobretu<strong>do</strong> sem restringir seu campo. Produtos tóxicos eleva<strong>do</strong>s podem ser os<br />

responsáveis por interferir na captação <strong>do</strong>s minerais essenciais e da carência de áci<strong>do</strong> no estômago.<br />

2.12.1 - Hemisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>: aí há indicação da necessidade de realizar algum trabalho para o<br />

público, ou diante dele, ou alguma atividade humanitária relacionada com o bem-estar das pessoas.<br />

Exerce atração em indivíduos temperamentais ou desequilibra<strong>do</strong>s e sua amabilidade e humildade<br />

podem torná-lo um pólo magnetiza<strong>do</strong>r, além <strong>do</strong> fato de rejeitar pessoas com estranha aparência,<br />

pois tanto o próprio ambiente quanto as pessoas precisam ser limpas e bonitas.<br />

Ten<strong>do</strong> uma apurada sintonia com seu corpo, em geral essa pessoa sente quan<strong>do</strong> está prestes<br />

a apresentar uma crise de cura ou <strong>do</strong>ença psicossomática. Como resulta<strong>do</strong>, há forte tendência a<br />

distúrbios nervosos com conseqüências físicas, mais especificamente no sistema nervoso<br />

vegetativo, seqüelas psíquicas <strong>que</strong> acentuam vários esta<strong>do</strong>s emocionais como depressão, ansiedade,<br />

instabilidade nervosa e dispersão.<br />

2.12.2 - Hemisfério direito: este ser humano é amável, simpático e inquieto com o conforto e bemestar<br />

<strong>do</strong>s outros. A disposição desta marca indica <strong>que</strong> é um enfermeiro dedica<strong>do</strong>, além de ser<br />

também bom cura<strong>do</strong>r magnético, especialmente a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> buscam acender o positivo <strong>do</strong>s outros.<br />

111


Os não moralmente desenvolvi<strong>do</strong>s são sujeitos a muitas tentações. A inquietação e a ansiedade os<br />

enfra<strong>que</strong>cem, tornan<strong>do</strong>-os muito facilmente influenciáveis. Sua espiritualização vem pelos inimigos<br />

e adversários, especialmente por<strong>que</strong> promove uma reação positiva de observar os pontos<br />

vulneráveis a serem trabalha<strong>do</strong>s e os favoráveis aos próprios impulsos criativos.<br />

A rede <strong>do</strong> sistema nervoso os direciona à percepção de <strong>que</strong> ao ficar <strong>do</strong>ente deve se curar por<br />

meios naturais e se reconciliar com o Cosmos através <strong>do</strong> perdão, viven<strong>do</strong> a vida de mo<strong>do</strong> correto e<br />

se conectan<strong>do</strong> com as forças positivas internas.<br />

CONCLUINDO A PESQUISA<br />

Para efetivar esta pesquisa foram necessários isolamento, meditação e muito trabalho. Para<br />

confirmar foi preciso buscar da<strong>do</strong>s estatísticos através <strong>do</strong> processo entre erro e acerto de toda<br />

pesquisa científica, especialmente a<strong>que</strong>las relacionadas às <strong>que</strong>stões <strong>do</strong> pensamento e das emoções,<br />

onde o ser humano se torna tão importante quanto seus próprios sentimentos. As estatísticas<br />

comprovaram a maioria <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s cataloga<strong>do</strong>s e então me permiti a apresentação desta, por se tratar<br />

de uma pesquisa experimental e saber <strong>que</strong> os membros desta equipe podem facilmente confirmá-la<br />

através <strong>do</strong> conhecimento adquiri<strong>do</strong>.<br />

Para facilitar a recuperação <strong>do</strong> paciente, é essencial trabalhar a origem psico-emocional<br />

levan<strong>do</strong>-o a se conscientizar sobre o seu processo de hipersensibilidade psicofísica abrangente.<br />

Muitos porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> rosário sofrem de um comprometimento generaliza<strong>do</strong> e parcial ao mesmo<br />

tempo <strong>que</strong> dificilmente conseguem recuperar as habilidades perdidas, fican<strong>do</strong> desespera<strong>do</strong>s e<br />

semiparalisa<strong>do</strong>s. Houve várias comprovações <strong>que</strong> o tratamento específico das essências florais<br />

ajuda esses pacientes a recuperar suas funções psicológicas por promoverem tranqüilidade, bemestar<br />

geral, facilidades para lidar com as pessoas e com as próprias emoções, confiança em uma<br />

vida e melhor adaptação às necessidades de mudanças. Há maior criatividade para viver,<br />

discernimento e energia para vencer os obstáculos; entendimento, compreensão e compaixão;<br />

liberação <strong>do</strong>s me<strong>do</strong>s, temores e traumas; direcionamento profissional, autoconfiança interior,<br />

capacidade para resolver problemas ou se isolar deles; e ainda gerar empatia pelos sentimentos <strong>do</strong>s<br />

outros; patrocinar expressão criativa e capacidade de projetar com energia sua voz e seus atos.<br />

Os aspectos estampa<strong>do</strong>s em áreas menos ativas acusam os <strong>que</strong> estão registra<strong>do</strong>s em outra<br />

região da íris (por polaridade oposta e comparan<strong>do</strong> as duas) e <strong>que</strong> normalmente são mais ativas.<br />

Quan<strong>do</strong> a pessoa consegue fechar todas as informações, importantes <strong>que</strong>stões podem ser resolvidas;<br />

porém, ficam trabalhadas apenas em níveis preliminares, precisan<strong>do</strong> manter uma conduta<br />

equilibrada, pois as estruturas físicas programadas pelo DNA são determinadas mediante os padrões<br />

transgeracionais e kármicos de uma proposta interna e intransferível. Uma vez nessa cadeia de<br />

programações nos rendamos a ela e façamos o melhor por nós mesmos. As áreas menos ativas da<br />

íris serão reativadas em momento oportuno e idade específica.<br />

Por outro la<strong>do</strong> os aspectos podem ser analisa<strong>do</strong>s como num processo de progressão.<br />

Começan<strong>do</strong> pela íris direita, pelo la<strong>do</strong> es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>, às 9 horas, e vai giran<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> anti-horário;<br />

em cada aspecto pode ser avaliada também a idade <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r da íris. A idade final (em média)<br />

seria de 80 anos e cada hora confere com 06 anos. No sexto ano começa o processo de se adequar à<br />

nova fase, forman<strong>do</strong>-se nova estrutura psicológica, novo direcionamento. No perío<strong>do</strong> entre uma<br />

linha fictícia e outra, temos (entre seis meses e um ano) um perío<strong>do</strong> de <strong>que</strong>stionamentos interiores,<br />

determinan<strong>do</strong> o fluxo <strong>do</strong>s próximos seis anos, sen<strong>do</strong> os perío<strong>do</strong>s mais direciona<strong>do</strong>s ao processo de<br />

escolha e livre-arbítrio. Essas dúvidas internas são originadas de um amadurecimento superficial e<br />

resta, neste caso, a busca <strong>do</strong>s valores espirituais <strong>que</strong> facilita a própria diretriz.<br />

Os aspectos mais fortes ou de maior toxidez podem ser analisa<strong>do</strong>s como os perío<strong>do</strong>s, ou<br />

anos, de maiores dificuldades, com seus testes mais difíceis, os processos de escolha e<br />

especialmente os perío<strong>do</strong>s de temperamento menos atuante. A<strong>que</strong>les <strong>que</strong> se tornam mais<br />

impregna<strong>do</strong>s podem ser constata<strong>do</strong>s como os perío<strong>do</strong>s em <strong>que</strong> as pessoas não conseguem se<br />

desprender ou desapegar das pessoas, das situações ou mesmo <strong>do</strong> la<strong>do</strong> material. Pode-se usar um<br />

112


pouco das informações sobre os aspectos da esclera <strong>que</strong> pode dar uma análise geral atualizada <strong>do</strong><br />

comportamento da pessoa. O aspecto da transa <strong>do</strong> sistema intestinal e nervoso, inclusive pela<br />

distância <strong>que</strong> se encontra da pupila, vai determinar a densidade de cada temperamento com suas<br />

variações de comportamento, atitudes, sentimentos e como vivencia as próprias emoções.<br />

A íris es<strong>que</strong>rda mostra o potencial latente e as situações <strong>que</strong> precisam ser trabalhadas; a íris<br />

direita mostra nossas barreiras e dificuldades, e ainda como estamos lidan<strong>do</strong> com nossas<br />

experiências de vida. Os aspectos podem ser avalia<strong>do</strong>s mediante a localização de outros aspectos <strong>do</strong><br />

vetor e segun<strong>do</strong> as dificuldades, ou irregularidades: várias linhas, por exemplo, revelam a<br />

necessidade de sustentar as próprias emoções; lesões fechadas especificam as áreas em <strong>que</strong> há<br />

temores reincidentes; as lesões abertas indicam preocupações e me<strong>do</strong>s acentua<strong>do</strong>s e as asas de<br />

borboletas mostram, na área em <strong>que</strong> as fibras se juntam para bifurcar, a instalação de uma obstrução<br />

psico-neuro-imunológica, <strong>que</strong> constantemente faz grandes estragos no corpo físico por desviar o<br />

fluxo positivo de energia, levan<strong>do</strong> a obstáculos temporários ou periódicos. Quan<strong>do</strong> aparecem<br />

marcas linfáticas, ou contas <strong>do</strong> rosário, considere as situações ainda mais difíceis; haven<strong>do</strong><br />

necessidade de maiores orientações, principalmente alimentares.<br />

Praticamente to<strong>do</strong>s nós temos alguma marca <strong>que</strong> poderíamos denominar como alerta<br />

linfático e <strong>que</strong> se manifesta de forma semelhante a <strong>do</strong> rosário, pois estão basicamente relaciona<strong>do</strong>s<br />

com os processos emocionais gera<strong>do</strong>res de disfunções da linfa, ou seja, nas situações em <strong>que</strong> nos<br />

envolvemos com as <strong>que</strong>stões psico-emocionais <strong>que</strong> originam os distúrbios linfáticos, <strong>que</strong> são: ficam<br />

armazenadas as informações <strong>que</strong> representaram, para nós, as experiências da infância, o lar de<br />

origem e as atitudes ali existentes; a primeira impressão <strong>que</strong> percebemos causar nos outros e o<br />

processo de percepção e auto-avaliação através desse contato; bem como as primeiras condições da<br />

vida comunitária em família, escola, amigos; as ações e reações, atitudes e conseqüências,<br />

especialmente as mais traumáticas entre 02 e 05 anos.<br />

A realização das funções psico-emocionais e nervosas tais como a vontade, o pensamento e<br />

o sistema neuro-vegetativo, recebem excitações e transmitem respostas, regulan<strong>do</strong> os processos<br />

vitais da consciência, bem como o da nutrição e de to<strong>do</strong> envolvimento de metabolização e ainda<br />

aumentan<strong>do</strong> ou desenvolven<strong>do</strong> melhor a intuição.<br />

A sensibilidade intuitiva está um passo à frente da ciência e ela não pode negar fatos<br />

concretos; deve prová-los e tentar explicá-los.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

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Curso Iri<strong>do</strong>logia – UNIPAZ – 1997;<br />

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• HODEN, Huberto – Setas na Encruzilhada – Freitas Bastos – SP – 1967 – 1 a Edição;<br />

113


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6 a Edição;<br />

• SIEGEL, Bernie S. - Amor, Medicina e Milagres – Best Seller – Rio - 1989 – 10 a Edição;<br />

• WEILL, Pierre e TOMPAKOW, Roland – O corpo fala – Vozes – RJ – 47 a Edição;<br />

• CHOPRA, Deepack, Conexão Saúde - Nova Cultural – 1987 – 10 a . Edição;<br />

• REUBEN, Dr. David – Dieta para Salvar a Vida – Círculo <strong>do</strong> Livro – 1975 - 10 a Edição;<br />

• TIERRA, Michael, Dr – Terapia Biomagnética e Fitoterapia – Pensamento – SP – 2000 –<br />

9ª.Edição;<br />

• CARVALHO, Paulo Roberto Carlos de – Medicina Ortomolecular – Nova Era – RJ – 2000 – 1 a<br />

Edição;<br />

• COOPER, Dr. Kenneth H. – Terapias nutricionais avançadas – Record – RJ – 1999;<br />

• KUMARIS – Raja Yoga Brahma, centro – Apostila das Palestras sobre Saúde, Corpo e Mente –<br />

SP – 1992;<br />

• HESENGA, Susan – O Eu sem Defesas – Cultrix – SP – 1999 – 9 a Edição.<br />

ESTUDO IRIDOLÓGICO EM PACIENTES PORTADORES DE PATOLOGIAS CÁRDIO-<br />

CIRCULATÓRIAS DO AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA DO HOSPITAL SÃO<br />

FRANCISCO, BRASÍLIA, DF<br />

Dra Liane Beringhs, Dra Gisele Labate, Prof.Horley Lusar<strong>do</strong><br />

Instituto de Homeopatia e Medicina Integrativa – Brasília D.F.<br />

114


Resumo<br />

O presente trabalho tem como objetivo avaliar as correlações entre a observação das<br />

características das íris de pacientes com alterações de funções ligadas ao aparelho cárdiocirculatório,<br />

à luz da Iri<strong>do</strong>logia, comparan<strong>do</strong>-as com os da<strong>do</strong>s clínicos das diferentes patologias<br />

cardíacas. Procuran<strong>do</strong> estabelecer uma ponte entre a linguagem clínica e a linguagem iri<strong>do</strong>lógica,<br />

ponderan<strong>do</strong> a respeito <strong>do</strong> auxilio in<strong>que</strong>stionável da Iri<strong>do</strong>logia na compreensão da dinâmica de<br />

instalação e progressão <strong>do</strong>s desequilíbrios orgânicos. Além de estabelecer uma ponte entre estas<br />

linguagens buscamos demonstrar <strong>que</strong> a presença de sinais iri<strong>do</strong>lógicos específicos, nas áreas<br />

correlacionadas com o sistema cárdio-circulatório pode validar o uso da Iri<strong>do</strong>logia como ferramenta<br />

semiotécnica de valor para a clínica de forma geral.<br />

Introdução<br />

<strong>Este</strong> trabalho foi desenvolvi<strong>do</strong> no ambulatório de cardiologia <strong>do</strong> Hospital São Francisco,<br />

Ceilândia, DF, Brasília, DF.<br />

Em primeiro lugar é importante lembrar as diferenças nos parâmetros de avaliação de<br />

pacientes <strong>do</strong> ponto de vista mecanicista-cartesiano e <strong>do</strong> ponto de vista quântico, onde, no primeiro<br />

caso, nosso enfo<strong>que</strong> está na <strong>do</strong>ença e, no segun<strong>do</strong>, o enfo<strong>que</strong> está no paciente como um to<strong>do</strong>.<br />

Devemos salientar <strong>que</strong>, quan<strong>do</strong> propomos a avaliação iri<strong>do</strong>lógica como feramente semiotécnica,<br />

não estamos excluin<strong>do</strong> a importância da visão alopática <strong>do</strong> paciente, mas sim incluin<strong>do</strong> novos<br />

parâmetros de avaliação e compreensão <strong>do</strong> ser humano de forma global. A Iri<strong>do</strong>logia não vê apenas<br />

a patologia instalada em determina<strong>do</strong> órgão ou sistema, neste caso o cárdio-circulatório, mas sim<br />

como uma unidade integrada de função, onde o desequilíbrio em cada segmento funcional altera o<br />

to<strong>do</strong>. Por essa razão procuramos compreender a dinâmica global.<br />

Algumas teorias embasam uma visão sistêmica, a visão de <strong>que</strong> o to<strong>do</strong> se reflete na parte e<br />

de <strong>que</strong> esta está contida no to<strong>do</strong> (Teoria Holográfica), como as inerconexões na natureza humana e<br />

universal, de Hermes Trimegisto com o micro e o macrocosmo. É justamente este o papel da<br />

observação iri<strong>do</strong>lógica como fonte de da<strong>do</strong>s para a compreensão da dinâmica orgânica individual,<br />

onde a íris (microcosmo) está refletin<strong>do</strong> a dinâmica de funcionamento <strong>do</strong> indivíduo como um to<strong>do</strong><br />

(macrocosmo). A saúde, portanto, não é uma condição estática, mas um equilíbrio dinâmico de<br />

processos regula<strong>do</strong>res biologicamente e ciberneticamente controla<strong>do</strong>s, bem como de fatores<br />

funcionais estruturais e genéticos <strong>que</strong> reagem constantemente a mudanças internas e externas.<br />

Sabemos <strong>que</strong> as estruturas <strong>que</strong> compõem o globo ocular (por terem sua origem<br />

embriológica associada à formação da goteira neural, sen<strong>do</strong> inicialmente um brotamento <strong>do</strong> <strong>que</strong><br />

mais tarde vem a se tornar o lobo frontal <strong>do</strong> cérebro) mantêm conexões neurais e circulatórias com<br />

estas estruturas na vida extra-uterina. Por ser a íris amplamente vascularizada e enervada, podemos<br />

observar reflexamente, à distância, os fenômenos ativos <strong>que</strong> ocorrem em outros órgãos e teci<strong>do</strong>s,<br />

bem como suas fragilidades constitucionais. Desde a Grécia antiga os olhos eram considera<strong>do</strong>s os<br />

espelhos da alma, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong> próprio Hipócrates este aforismo.<br />

Para comprovarmos esta visão, é de fundamental importância <strong>que</strong> observemos<br />

exaustivamente as informações contidas na íris e as comparemos com aspectos clínicos bem<br />

defini<strong>do</strong>s, visan<strong>do</strong> o estabelecimento de correlações <strong>que</strong> nos levem a compreender de forma mais<br />

clara a dinâmica orgânica de cada paciente e das diversas patologias, de acor<strong>do</strong> com a nomenclatura<br />

iri<strong>do</strong>lógica clássica e a descrição das lesões na íris, assim como correlacioná-las às áreas clássicas<br />

<strong>do</strong> mapeamento iri<strong>do</strong>lógico em relação aos desequilíbrios cárdio-circulatórios .<br />

Meto<strong>do</strong>logia<br />

115


Foram fotografadas as íris de 51 pacientes <strong>do</strong> ambulatório de cardiologia <strong>do</strong> Hospital São<br />

Francisco no perío<strong>do</strong> de 29/03/2000 a 17/05/2000, sen<strong>do</strong> 16 <strong>do</strong> sexo masculino e 35 <strong>do</strong> sexo<br />

feminino.<br />

Posteriormente foram elas analisadas <strong>do</strong> ponto de vista iri<strong>do</strong>lógico, levantan<strong>do</strong>-se a<br />

presença de sinais iri<strong>do</strong>lógicos compatíveis com desequilíbrio <strong>do</strong> sistema cárdio-circulatório. Usouse<br />

como parâmetro o mapa iri<strong>do</strong>lógico abaixo representa<strong>do</strong>, avalian<strong>do</strong>-se a presença de sinais<br />

iri<strong>do</strong>lógicos nas seguintes áreas:<br />

• Coração<br />

• Circulação Arterial e Venosa<br />

• Medula Oblonga (Tronco Cerebral)<br />

• Trança <strong>do</strong> SNA (Colarete) na região relativa ao coração<br />

Após tal levantamento foram levanta<strong>do</strong>s os prontuários <strong>do</strong>s mesmos pacientes e<br />

pesquisa<strong>do</strong>s sob o ponto de vista clínico, recolhen<strong>do</strong>-se os da<strong>do</strong>s clínico-semiológicos compatíveis<br />

com patologias cárdio-circulatórias.<br />

Finalmente estabeleceram-se correlações entre a linguagem de análise <strong>do</strong>s sinais<br />

iri<strong>do</strong>lógicos e a abordagem clínica <strong>do</strong>s pacientes.<br />

O mapa utiliza<strong>do</strong> para a avaliação iri<strong>do</strong>lógica foi desenvolvi<strong>do</strong> por Leonard Mehlmauer,HP,<br />

em 1996, a partir <strong>do</strong>s mapas <strong>do</strong>s Drs. Joseph Deck e Bernard Jensen.<br />

116


Resulta<strong>do</strong>s<br />

De 51 pacientes observa<strong>do</strong>s, 16 <strong>do</strong> sexo masculino e 35 <strong>do</strong> sexo feminino, apresentaram em<br />

sua maioria mais de um sinal ou sintoma de comprometimento da função cárdio-circulatória ao<br />

exame clínico e laboratorial, e to<strong>do</strong>s apresentaram mais de um sinal iri<strong>do</strong>lógico simultaneamente,<br />

nas diversas regiões iri<strong>do</strong>lógicas analisadas, sen<strong>do</strong> compatível a avaliação iri<strong>do</strong>lógica com a<br />

avaliação clínica.<br />

Tabela de sinais e sintomas relaciona<strong>do</strong>s com a função cárdio-circulatória <strong>do</strong>s pacientes de<br />

acor<strong>do</strong> com o sexo<br />

Sinais e Sintomas Masculino Feminino<br />

Hipertensão 11 68,75% 32 91,42%<br />

Hipercolesterolemia 4 25,00% 13 37,14%<br />

ICC 1 6,25% 4 11,42%<br />

Arritmia cardíaca 3 18,75% 6 17.14%<br />

Blo<strong>que</strong>io de ramo D 1 6,25% 1 2,85%<br />

Blo<strong>que</strong>io de ramo E 0 0,00% 3 8,57%<br />

Hemiblo<strong>que</strong>io Anterior E 1 6,25% 0 0,00%<br />

Blo<strong>que</strong>io AV 1 º Grau 0 0,00% 1 2,85%<br />

Sobr. Câmaras E 2 12,5% 2 5,71%<br />

Sobr. Átrio E 2 12,5% 3 8,57%<br />

Sobr. Ventrículo E 1 6,25% 4 11,42%<br />

Sobr. Câmaras Direitas 0 0,00% 1 2,85%<br />

IAM 4 25,00% 0 0,00%<br />

Chagas 1 6,25% 1 2,85%<br />

Prolapso Mitral 0 0,00% 1 2,85%<br />

Insuficiência Mitral 0 0,00% 3 8,57%<br />

Sopro Sistólico FM 0 0,00% 2 5,71%<br />

Fibrose Septal 1 6,25% 0 0,00%<br />

Alteração de Repolarização 0 0,00% 1 2,85%<br />

Taquicardia 1 6,25% 2 5,71%<br />

Bradicardia 0 0,00% 3 8,57%<br />

Sinais iri<strong>do</strong>lógicos presentes nos pacientes <strong>do</strong> Ambulatório de Cardiologia <strong>do</strong> Hospital São<br />

Francisco<br />

Sinal iri<strong>do</strong>lógico Íris D Íris E<br />

Anel de Ca - Colesterol 38 74,50% 38 74,50%<br />

Má Perfusão de Extremidades 3 5,88% 3 5,88%<br />

Congestão Venosa 30 58,82% 30 58,82%<br />

Lesão Fechada Crônica em Coração 28 54,90% 24 47,05%<br />

Lesão Fechada Aguda em Coração 5 9,80% 5 9,80%<br />

Lesão Aberta Crônica em Coração 3 5,88% 3 5,88%<br />

Lesão em Asa de Borboleta em Coração 3 5,88% 4 7,84%<br />

Mancha Psórica em Coração 2 3,92% 2 3,92%<br />

Anéis de Stress em Coração 12 23,52% 8 15,86%<br />

117


Radii Solaris em Coração 3 5,88% 5 9,80%<br />

TSNA Apagada em Coração 17 33,33% 15 29,41%<br />

TSNA Rompida em Coração 6 11,76% 6 11,76%<br />

TSNA Irritação Aguda em Coração 5 9,80% 7 13,72%<br />

TSNA Dilatada em Coração 12 23,52% 14 27,45%<br />

TSNA Espástica em Coração 15 29,41% 19 37,25%<br />

Síndrome Medula - Coração 25 49,01% 28 54,90%<br />

Radii Solaris em Medula 12 23,52% 18 35,52%<br />

Lesão Fechada Crônica em Medula 13 25,49% 12 23,52%<br />

Lesão Aberta Crônica em Medula 6 11,76% 5 9,80%<br />

Anéis de Stress em Medula 7 13,72% 6 11,76%<br />

Descrição <strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s e sua repercussão na dinâmica <strong>do</strong> organismo<br />

Sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s na área correlacionada ao coração no mapa iri<strong>do</strong>lógico<br />

Lesão fechada aguda em área cardíaca<br />

Caracteriza-se pela abertura no teci<strong>do</strong> da íris, na região correspondente à área cardíaca, <strong>que</strong><br />

demonstra fragilidade genética no teci<strong>do</strong> cardíaco, sen<strong>do</strong> a lesão fechada totalmente circundada<br />

pelo estroma iridal este. A lesão tem geralmente o formato amen<strong>do</strong>a<strong>do</strong>, e não existe saída fácil para<br />

o material tóxico. Por essa razão, é de acesso terapêutico mais difícil. Tem irrigação e drenagem<br />

dificultadas e suprimento nervoso deficiente. Os processos agu<strong>do</strong>s aparecem como áreas<br />

esbranquiçadas onde o teci<strong>do</strong> iridal está levanta<strong>do</strong>. Estão sempre liga<strong>do</strong>s à hiperatividade tecidual.<br />

Os sinais agu<strong>do</strong>s são representa<strong>do</strong>s por uma coloração branca, e traduzem um aumento <strong>do</strong><br />

metabolismo nos teci<strong>do</strong>s <strong>que</strong> compõem a estrutura cardíaca, onde há um maior consumo de<br />

nutrientes, ou energia de cura, dirigi<strong>do</strong>s para se tentar vencer a agressão <strong>que</strong> esta sofren<strong>do</strong>. Neste<br />

processo se produzem substâncias ácidas, muco e radicais livres. É um esta<strong>do</strong> hiper-reativo, onde<br />

ocorrem fenômenos agu<strong>do</strong>s pela exacerbação das funções <strong>do</strong> órgão. É o início <strong>do</strong> processo de<br />

desequilíbrio funcional, sen<strong>do</strong> geralmente desencadea<strong>do</strong> pelas condições <strong>do</strong> meio (noxa) atuan<strong>do</strong><br />

sobre a fragilidade genética.<br />

Lesão fechada crônica em área cardíaca<br />

A lesão fechada caracteriza-se pela abertura no teci<strong>do</strong> da íris, geralmente em formato<br />

amen<strong>do</strong>a<strong>do</strong> ou circular, sen<strong>do</strong> totalmente circundada por este, na região correspondente à área<br />

cardíaca, o <strong>que</strong> demonstra fragilidade genética no teci<strong>do</strong> cardíaco. Por ser fechada, trata-se de uma<br />

condição circunscrita, onde não existe saída fácil para o material tóxico e radicais livres. Tem<br />

irrigação e drenagem dificultadas, suprimento nervoso deficitário e, geneticamente, é um órgão de<br />

cho<strong>que</strong>. O estadiamento crônico deste tipo de lesão denota já um processo de lesão celular inicial e<br />

ainda reversível e supressão de função metabólica em andamento. Existe uma hipofunção de teci<strong>do</strong>,<br />

resultante de déficit de irrigação e drenagem, bem como diminuição <strong>do</strong> aporte nervoso no teci<strong>do</strong> ou<br />

órgão em <strong>que</strong>stão. Estas lesões aparecem como áreas de coloração cinza escuro e o teci<strong>do</strong> iridal tem<br />

depressão bem visível. Estão sempre ligadas à baixa atividade tecidual, o <strong>que</strong> implica em uma<br />

eliminação deficiente de substâncias tóxicas oriundas de catabolismo, além da dificuldade de<br />

absorção e retenção de nutrientes como nas fases aguda ou sub-aguda, Nessa fase, ocorrem<br />

importantes alterações vásculo-nervosas, promoven<strong>do</strong> o aparecimento de disfunções teciduais mais<br />

graves. As células de defesa e os nutrientes chegam com maior dificuldade a esse sistema já lesa<strong>do</strong><br />

118


e a eliminação de dejetos tóxicos é insuficiente, o <strong>que</strong> acaba por sobrecarregar as células e os<br />

teci<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong> ao comprometimento funcional <strong>do</strong> órgão.<br />

Lesão aberta crônica em área cardíaca<br />

Esse tipo de lesão se caracteriza por aberturas no teci<strong>do</strong> da íris, forman<strong>do</strong>, assim, portas<br />

para os intestinos ou para a pele. É uma lesão de mais fácil acesso terapêutico e tem melhor<br />

irrigação e drenagem, facilitan<strong>do</strong> assim a retirada das impurezas <strong>do</strong> local. Indica fra<strong>que</strong>za<br />

hereditária <strong>do</strong> órgão ou teci<strong>do</strong> correspondente. O estadiamento crônico desse tipo de lesão denota já<br />

um processo de lesão celular inicial e ainda reversível e supressão de função metabólica em<br />

andamento. Existe uma hipofunção de teci<strong>do</strong>, resultante de déficit de irrigação e drenagem bem<br />

como diminuição <strong>do</strong> aporte nervoso no teci<strong>do</strong> ou órgão em <strong>que</strong>stão. Aparecem como áreas de<br />

coloração cinza escuro e o teci<strong>do</strong> iridal tem depressão bem visível. Estão sempre ligadas à baixa<br />

atividade tecidual, e implicam em uma deficiência na eliminação de substâncias tóxicas oriundas de<br />

catabolismo, além da dificuldade de absorção e retenção de nutrientes como nas fases aguda ou subaguda,.<br />

Nessa fase, ocorrem importantes alterações vásculo-nervosas, promoven<strong>do</strong> o aparecimento<br />

de disfunções teciduais mais graves. As células de defesa e os nutrientes chegam a esse sistema já<br />

lesa<strong>do</strong> com maior dificuldade e a eliminação de dejetos tóxicos é insuficiente, o <strong>que</strong> acaba por<br />

sobrecarregar as células e os teci<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong> a comprometimento funcional <strong>do</strong> órgão. Por ser uma<br />

lesão aberta, normalmente tem um melhor prognóstico <strong>que</strong> a lesão fechada.<br />

Lesão em asa de borboleta crônica em área cardíaca<br />

O caso de lesão recebe este nome quan<strong>do</strong> se compõe de 3 ou 4 lesões pe<strong>que</strong>nas<br />

amen<strong>do</strong>adas e juntas, situadas <strong>do</strong> la<strong>do</strong> interior e exterior da banda <strong>do</strong> Sistema Nervoso Autônomo.<br />

Indica grande fragilidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, com tendência a acúmulo extremo de toxinas na região<br />

intestinal e descarregadas no órgão em <strong>que</strong>stão, com grande formação de radicais livres e<br />

substâncias lesivas ao teci<strong>do</strong> cardíaco. Área de difícil reconstrução, por causa de deficiência no<br />

suprimento nervoso e da geneticamente pobre circulação. Existe uma hipofunção de teci<strong>do</strong>,<br />

resultante de déficit de irrigação e drenagem, bem como diminuição <strong>do</strong> aporte nervoso no teci<strong>do</strong><br />

cardíaco. A condição de cronicidade em uma região de síndrome neuro-genética aparece como<br />

coloração cinza escuro e o teci<strong>do</strong> iridal tem depressão bem visível. Estão sempre liga<strong>do</strong>s à baixa<br />

atividade tecidual e implicam em eliminação deficiente de substâncias tóxicas oriundas de<br />

catabolismo, além da dificuldade de absorção e retenção de nutrientes como nas fases aguda ou subaguda.<br />

Nessa fase, ocorrem alterações vásculo-nervosas importantes, promoven<strong>do</strong> o aparecimento<br />

de disfunções teciduais mais graves no sistema já lesa<strong>do</strong>, onde a eliminação de dejetos tóxicos é<br />

insuficiente e o impulso nervoso está profundamente comprometi<strong>do</strong>, o <strong>que</strong> acaba por sobrecarregar<br />

as células e os teci<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong> a um comprometimento funcional praticamente irreversível <strong>do</strong><br />

órgão. A lesão em asa de borboleta ou Sd. neuro-genética normalmente tem um prognóstico ruim<br />

em comparação com a lesão fechada.<br />

V) Mancha psórica em área cardíaca<br />

Caso <strong>que</strong> apresenta áreas pe<strong>que</strong>nas de coloração densa marrom, de formato varia<strong>do</strong>. Na<br />

região correspondente à área cardíaca, podem ser únicas ou múltiplas. Indicam áreas de extrema<br />

fra<strong>que</strong>za tecidual, devi<strong>do</strong> ao acúmulo de toxinas, geralmente associa<strong>do</strong> a drogas depositadas, <strong>que</strong>r<br />

hereditariamente ou não. Geralmente, há cicatrização. Quanto menor e mais escura, maior a<br />

concentração tóxica e a fragilidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>. Muitas vezes tem um caráter de comprometimento<br />

119


das funções ligadas a imunidade e alergias, e caracteriza uma região hipersensível <strong>do</strong> ponto de vista<br />

bioquímico.<br />

VI) Radii solaris em área cardíaca<br />

Presença de sulcos radiais no teci<strong>do</strong> da íris na região relacionada ao coração. Esses sulcos<br />

estão relaciona<strong>do</strong>s à descarga de toxinas e radicais livres provenientes da digestão nos teci<strong>do</strong>s<br />

relaciona<strong>do</strong>s com as áreas por onde o Radii Solaris passa. Sua coloração e profundidade estão<br />

relacionadas com a quantidade de toxinas descarregadas. São classifica<strong>do</strong>s em: Radii Solaris Major,<br />

quan<strong>do</strong> saem da região intestinal e vão até a pele; e Radii Solaris Minor, quan<strong>do</strong> saem da região<br />

intestinal e vão até qual<strong>que</strong>r outro órgão antes da pele.<br />

VII) Concentração e <strong>que</strong>bra de vários anéis de stress em área cardíaca<br />

Arcos ou anéis concêntricos de diferentes graus de acuidade (quanto mais claros, mais<br />

agu<strong>do</strong>s e intensos). Representam ansiedade, stress, agitação com tendência à somatização no<br />

sistema cárdio-circulatório. Tem como reflexos rigidez, restrição <strong>do</strong> suprimento sangüíneo e<br />

nervoso <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s. Quanto maior o número, mais agu<strong>do</strong>s, e, com maior número de <strong>que</strong>bras, mais<br />

intenso o grau de ansiedade e stress descarrega<strong>do</strong>s sobre a função cárdio-circulatória (espasmo<br />

neurovascular).<br />

Sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s na trança <strong>do</strong> SNA em contato com a área correlacionada ao<br />

coração no mapa iri<strong>do</strong>lógico<br />

Trança de SNA em área cardíaca apagada<br />

O apagamento <strong>do</strong> colarete representa tendência a astenia e hipofunção cardíaca, por<br />

esgotamento das reservas de neurotransmissores <strong>do</strong> sistema nervoso autônomo, em especial no<br />

miocárdio. Pode haver alternância de fases aparentemente normais e outras de função deprimida.<br />

Trança de SNA em área cardíaca rompida<br />

Quan<strong>do</strong> a trança <strong>do</strong> SNA encontra-se rompida, é indicação de fragilidade genética no<br />

suprimento nervoso <strong>que</strong> regula a função cardíaca, haven<strong>do</strong> uma diminuição ou alteração<br />

significativa na qualidade <strong>do</strong> impulso nervoso <strong>que</strong> chega até o órgão, alteran<strong>do</strong> assim sua função<br />

elétrica por blo<strong>que</strong>io da transmissão energética.<br />

Trança de SNA em área cardíaca com irritação aguda<br />

Indica vigência de processo agu<strong>do</strong> nas áreas, órgãos e funções correlacionadas à área<br />

cardíaca, por excesso de estímulo nervoso pelo sistema nervoso autônomo. Tem como<br />

características o aumento <strong>do</strong> catabolismo nos teci<strong>do</strong>s (nutrientes consumi<strong>do</strong>s rapidamente),<br />

descarga elétrica alterada, hiperatividade tecidual, excesso de formação de radicais livres,<br />

suprimento nervoso em processo de stress crônico e exaustão.<br />

Trança de SNA em área cardíaca dilatada<br />

Indica excesso de função <strong>do</strong> sistema nervoso simpático, com ação reflexa no sistema<br />

cárdio-circulatório.<br />

120


Trança de SNA em área cardíaca espástica<br />

Indica excesso de função <strong>do</strong> sistema nervoso parassimpático, com ação reflexa no sistema<br />

cárdio-circulatório. Excesso de estímulo vagal.<br />

Sinais iri<strong>do</strong>lógicos associa<strong>do</strong>s à Síndrome Medula-Coração encontra<strong>do</strong>s na área<br />

correlacionada à medula oblonga no mapa iri<strong>do</strong>lógico<br />

Síndrome Medula-Coração<br />

É caracterizada pela presença simultânea de sinais iri<strong>do</strong>lógicos na região <strong>do</strong> mapa<br />

correspondente ao Tronco Cerebral e à área iri<strong>do</strong>lógica correspondente ao coração. Indica extrema<br />

fragilidade da função cardíaca associada a uma função irregular da área central responsável pela<br />

regulação das funções vitais. <strong>Este</strong> tipo de síndrome é responsável por alterações das mais variadas e<br />

atípicas em relação à função cárdio-circulatória, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo de sinal encontra<strong>do</strong> em ambas<br />

e da combinação de efeitos sistêmicos entre eles.<br />

1) Lesão fechada crônica em área de medula<br />

Caracteriza-se por abertura arre<strong>do</strong>ndada ou amen<strong>do</strong>ada no estroma da íris referente à região<br />

da medula oblonga; por representar uma situação de encapsulamento, não existe saída fácil para o<br />

material tóxico produzi<strong>do</strong> neste local . A lesão leva, muitas vezes, à diminuição <strong>do</strong> impulso nervoso<br />

<strong>que</strong> regula as funções vitais, comprometen<strong>do</strong>-as significativamente.<br />

2) Lesão aberta crônica em área de medula<br />

Esse tipo de lesão se caracteriza por aberturas no teci<strong>do</strong> da íris, forman<strong>do</strong>, assim, portas <strong>que</strong><br />

podem ser canais para os intestinos ou para a pele. É uma lesão de mais fácil acesso terapêutico e<br />

tem melhor irrigação e drenagem, facilitan<strong>do</strong>, assim, a retirada das impurezas <strong>do</strong> local. Indica<br />

fra<strong>que</strong>za hereditária <strong>do</strong> órgão ou teci<strong>do</strong> correspondente.<br />

3) Radi Solaris em área de medula<br />

Presença de sulcos radiais no teci<strong>do</strong> da íris na região relacionada à medula. <strong>Este</strong>s sulcos<br />

estão relaciona<strong>do</strong>s com a descarga de toxinas e radicais livres provenientes da digestão nos teci<strong>do</strong>s<br />

relaciona<strong>do</strong>s às funções da medula oblonga. Sua coloração e profundidade estão relacionadas com a<br />

quantidade de toxinas descarregadas, descarga essa <strong>que</strong> leva ao desequilíbrio da função elétrica<br />

ligada ao impulso nervoso regula<strong>do</strong>r das funções vitais, proveniente <strong>do</strong> tronco cerebral. São<br />

classifica<strong>do</strong>s em: Radii Solaris Major, quan<strong>do</strong> saem da região intestinal e vão até a pele; e Radii<br />

Solaris Minor, quan<strong>do</strong> saem da região intestinal e vão até qual<strong>que</strong>r outro órgão antes da pele.<br />

4) Concentração e <strong>que</strong>bra de vários anéis de stress em área de medula<br />

Arcos ou anéis concêntricos de diferentes graus de acuidade (quanto mais claros, mais<br />

agu<strong>do</strong>s e intensos). Representam ansiedade, stress e agitação, com tendência à somatização no<br />

impulso nervoso proveniente da medula oblonga. Têm como reflexo rigidez e restrição <strong>do</strong><br />

suprimento sangüíneo e nervoso <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s. Quanto maior o seu número, mais agu<strong>do</strong>s, e quanto<br />

maior o número de <strong>que</strong>bras, mais intenso o grau de ansiedade e stress descarrega<strong>do</strong> sobre o<br />

suprimento nervoso <strong>que</strong> alimenta a função cárdio-circulatória (espasmo neurovascular).<br />

Arterial<br />

Sinais iri<strong>do</strong>lógicos relativos a função circulatória<br />

121


Anel de Cálcio – Colesterol<br />

Caracteriza-se por um arco branco ou amarela<strong>do</strong> na região entre a íris e a esclera. O arco<br />

mais esbranquiça<strong>do</strong> indica excesso <strong>do</strong>s íons Sódio ou Cálcio nos teci<strong>do</strong>s. Quan<strong>do</strong> o arco se encontra<br />

mais amarela<strong>do</strong>, indica excesso de gorduras (colesterol e triglicerídios) nos teci<strong>do</strong>s. Esse depósito<br />

ocorre por aumento excessivo da sua concentração na corrente sangüínea. Geralmente, são<br />

associa<strong>do</strong>s a moléstias <strong>que</strong> atacam to<strong>do</strong> o organismo ao mesmo tempo, como, por exemplo,<br />

aterosclerose e hipertensão arterial. A presença de Sódio e Cálcio decorre, geralmente, da ingestão<br />

excessiva destes íons de procedência inorgânica devi<strong>do</strong> a uma alimentação incorreta. No caso das<br />

gorduras, pode ocorrer por falha metabólica, ingestão excessiva ou ambos. Ambas as ocorrências<br />

conduzem à má circulação e má oxigenação local, conduzin<strong>do</strong> à baixa vitalidade.<br />

Má perfusão de extremidades<br />

Anel leitoso, esbranquiça<strong>do</strong>, ou opalescente em volta da íris, na região <strong>do</strong> limbo, <strong>que</strong> indica<br />

déficit de perfusão, geralmente associa<strong>do</strong> ao envelhecimento <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s na região por onde ele<br />

passa. Indica déficit da oxigenação e nutrição <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s em <strong>que</strong>stão e deficiência arterial.<br />

Venoso<br />

Congestão venosa<br />

Apresenta-se com o halo azula<strong>do</strong> na região de transição entre a íris e a esclera, indican<strong>do</strong><br />

oxigenação deficiente, anemia e má circulação nas extremidades (cabeça e membros), por falta de<br />

boa capacidade muscular, originan<strong>do</strong> varizes e difícil acesso <strong>do</strong> sangue arterial às regiões mais altas<br />

<strong>do</strong> corpo.<br />

Conclusão<br />

A Iri<strong>do</strong>logia como ferramenta semiotécnica apresenta aspéctos de grande valor como<br />

auxiliar no processo diagnóstico, poden<strong>do</strong> mostrar claramente a definição e diferenciação das<br />

características constitucionais individuais, visíveis nos formas e colorações presentes no estroma<br />

iridal processan<strong>do</strong> uma avaliação a respeito <strong>do</strong> grau de integridade de determina<strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, varian<strong>do</strong><br />

de acor<strong>do</strong> com as fragilidades genéticas. <strong>Este</strong> tipo de avaliação auxilia no processo da avaliação<br />

clínica <strong>do</strong> organismo, por facilitar a compreensão <strong>do</strong> comportamento individual perante o processo<br />

de a<strong>do</strong>ecimento ( perda <strong>do</strong> equilíbrio Homeostático) em seus mais varia<strong>do</strong>s aspectos.<br />

Após a observação detalhada da íris <strong>do</strong>s 51 pacientes, observou-se <strong>que</strong> to<strong>do</strong>s apresentavam<br />

alterações iri<strong>do</strong>lógicas correlacionadas com desequilíbrios cárdio-circulatórios em varia<strong>do</strong>s graus.<br />

Poden<strong>do</strong> a avaliação Iri<strong>do</strong>lógica ser útil como ferramenta semiotécnica, especialmente na<br />

compreensão da dinâmica individual da evolução clínica das patologias.<br />

Podemos afirmar <strong>que</strong> os sinais iri<strong>do</strong>lógicos encontra<strong>do</strong>s na análise topográfica,<br />

relaciona<strong>do</strong>s a distúrbios cárdio-circulatórios são observa<strong>do</strong>s em diversas regiões da íris <strong>que</strong><br />

anatômica e fisiologicamente tem correlações com a função cardio-circulatória, como área<br />

iri<strong>do</strong>lógica relacionada ao coração, área iri<strong>do</strong>lógica correlacionada ao impulso nervoso proveniente<br />

<strong>do</strong> SNA para o coração, área iri<strong>do</strong>lógica <strong>que</strong> representa centro de regulação das funções vitais no<br />

tronco cerebral. Poden<strong>do</strong> as manifestações clínicas individuais ser avaliadas e compreendidas, além<br />

<strong>do</strong>s critérios clínicos convencionais, também através da avaliação iri<strong>do</strong>lógica, por ser esta técnica<br />

ligada a visão <strong>do</strong> to<strong>do</strong>.<br />

1. Ber<strong>do</strong>nces,JL:<br />

Bibliografia<br />

122


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Ed. Integral – Barcelona – 1994<br />

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3. JausasG.: Iri<strong>do</strong>logy Renovée<br />

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Escondi<strong>do</strong> – 1982<br />

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Avery Publishing Group Inc.- Los Angeles - 1988<br />

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Itália – 1983 – vol. I<br />

9. Roux A.: La Salud por al Iris<br />

Ed. Edaf – Madrid – 1986<br />

123


O REGISTRO BIOPSICOLÓGICO DOS ANTEPASSADOS MANIFESTADO NO PERFIL<br />

IRIDOLÓGICO ATUAL<br />

Autora: Maria Aparecida <strong>do</strong>s Santos<br />

Co-autora: Andréa Martins Gonçalves<br />

“É necessário ir longe, rio acima, para localizar o tributário ou galho específico da árvore<br />

familiar <strong>que</strong> é a fonte <strong>do</strong> aparente obstáculo <strong>que</strong> percebemos agora, na vida deste homem, como<br />

um pedaço de madeira esperan<strong>do</strong> para atravanca-lo na sua corrida na praia” .<br />

Denny Johnson<br />

SUMÁRIO<br />

O quanto as emoções interferem no comportamento orgânico é motivo de estu<strong>do</strong> e pesquisa em<br />

to<strong>do</strong>s os setores da área de saúde e não é de hoje.<br />

O <strong>que</strong> justificam somatizações com prejuízos orgânicos graves e uma causa emocional<br />

aparentemente sem consistência de dramaticidade?<br />

De onde vêm tais emoções, com capacidade tal de desestruturar severamente um organismo?<br />

Onde é encontrada a raiz emocional de cada um?<br />

Estas perguntas pairam sobre as almas de pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>.<br />

“É necessário ir longe, rio acima, para localizar o tributário ou galho específico da árvore familiar<br />

<strong>que</strong> é a fonte <strong>do</strong> aparente obstáculo <strong>que</strong> percebemos agora, na vida deste homem, como um pedaço<br />

de madeira esperan<strong>do</strong> para atravanca-lo na sua corrida na praia”.<br />

Denny Johnson mostrou nas palavras acima, <strong>que</strong> abordan<strong>do</strong> o veio familiar e descobrin<strong>do</strong> o galho<br />

específico da árvore familiar, podemos encontrar justificativas para as fragilidades emocionais de<br />

cada um. É de tão grande importância a abordagem geracional, <strong>que</strong> o mestre , hoje em dia, aborda<br />

em seus seminários, apenas este assunto: “Árvore Genealógica e Seqüência de Filhos”.<br />

Título deste trabalho:<br />

“O Registro Biopsicológico <strong>do</strong>s Antepassa<strong>do</strong>s Manifesta<strong>do</strong> no Perfil Iri<strong>do</strong>lógico Atual”<br />

Proposta deste trabalho:<br />

O trabalho vem com a intenção de mostrar:<br />

1. Que através da irisdiagnose chega-se a árvore genealógica, ao gatilho familiar, às histórias<br />

vividas pelos antepassa<strong>do</strong>s, <strong>que</strong> influenciam o comportamento, o fluxo emocional, o organismo e<br />

justificam somatizações orgânicas onde não encontram-se razões emocionais com consistência de<br />

dramaticidade na vida atual.<br />

124


2. Trabalhos em biologia animal, onde pesquisa<strong>do</strong>res demonstram a influência de fatos e<br />

interferências emocionais em comportamentos de gerações futuras, leva-nos a traçar um paralelo<br />

<strong>que</strong> ajuda na justificativa da mesma influência em seres-humanos.<br />

3. Uma descoberta científica no mun<strong>do</strong> da física, mudan<strong>do</strong> o conceito sobre a velocidade da luz e as<br />

conseqüentes mudanças em relação a projeção da luz, traz a tona reflexões e justificativas mais<br />

consistente sobre as terapêuticas vibracionais , dentre elas meditação e homeopatia, usadas por<br />

Denny Johnson no trabalho sobre os antepassa<strong>do</strong>s e as influências quatro gerações para trás e quatro<br />

gerações para frente.<br />

4. Alguns casos, para a demonstração da conexão com a árvore genealógica e influência nos sinais<br />

iri<strong>do</strong>lógicos atuais , justifican<strong>do</strong> desequilíbrios orgânicos, comportamentos e emoções não<br />

compreendidas, concluem a intenção primeira.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O papel <strong>do</strong>s pais, avós e bisa-avós na vida de cada pessoa passa muito singelamente na influência e<br />

carga genética quan<strong>do</strong> se fala de semelhança física, <strong>do</strong>enças classificadas como hereditárias e as<br />

vezes em algum <strong>do</strong>m artístico. Muito pouco se comenta (pouco se acredita) sobre esta influência<br />

também vir a ser justificativa para o emocional e comportamental <strong>do</strong> indivíduo.<br />

Denny Johnson coloca esta influência como sen<strong>do</strong> o principal gatilho para a auto-compreensão e<br />

para o equilíbrio <strong>do</strong>s relacionamentos afetivos, familiares ou não, quan<strong>do</strong> observa:<br />

“ Cada fio de influência negativa transgeracional cria hábitos destorci<strong>do</strong>s e auto-limitantes de<br />

pensamento, sentimento ou função física. A mente foi ferida e empenada, o corpo desliga<strong>do</strong>, os<br />

meridianos obstruí<strong>do</strong>s. A resposta desenvolvida em defesa a esta <strong>do</strong>r ou nos torna mais agressivos,<br />

ou amortece nossas respostas, quan<strong>do</strong> esse problema específico surge.” *<br />

Por diversas vezes deparamos em nossas análises iri<strong>do</strong>lógicas com <strong>que</strong>stionamentos como:<br />

“- Por <strong>que</strong> sinto isto? Qual a justificativa para eu sentir o <strong>que</strong> sinto?”<br />

Existem casos em <strong>que</strong> os dramas emocionas senti<strong>do</strong>s pela pessoa não encontram origem e portanto,<br />

justificativas na sua história de vida. Mas, as emoções conturbadas existem e podem ser a janela<br />

por onde toda sua vida foi observada e construída, <strong>do</strong>minan<strong>do</strong> o seu comportamento, seus<br />

relacionamentos.<br />

Nesses casos, somente subin<strong>do</strong> árvore genealógica acima , encontraremos a origem e a justificativa<br />

nas histórias vividas pelos antepassa<strong>do</strong>s desta pessoa, cujo veio foi conecta<strong>do</strong>. E curioso é, <strong>que</strong>,<br />

quanto mais atrás formos, mais vezes encontraremos a mesma história sen<strong>do</strong> revivida. E natural é,<br />

<strong>que</strong>, se não cortarmos esta conexão com a <strong>do</strong>r emocional <strong>que</strong> faz parte da família, estes sentimentos<br />

passarão para as futuras gerações e natural <strong>que</strong> fatos aconteçam com justificativas, atrain<strong>do</strong> a<br />

mesma <strong>do</strong>r (influência negativa trasgeracional).<br />

A mesma linha de pensamento pode ser continuada quan<strong>do</strong> acontecem desequilíbrios orgânicos<br />

severos, como em uma <strong>do</strong>ença auto-imune e não encontramos razões emocionais e nem marcas<br />

hereditárias <strong>que</strong> justificariam a agressão a uma determinada área orgânica. Se formos procurar na<br />

árvore genealógica e no galho familiar ao qual esta pessoa pertence , encontraremos a origem e<br />

histórias vividas o suficiente para <strong>que</strong> nesta geração um fato simples possa conectar esta pessoa<br />

com toda a <strong>do</strong>r familiar e gerar um drama vivencia<strong>do</strong> no organismo. E tu<strong>do</strong> isto sem consciência.<br />

Por <strong>que</strong> trazer a tona as histórias <strong>do</strong>s antepassa<strong>do</strong>s?<br />

É interessante notar <strong>que</strong> quan<strong>do</strong> as pessoas passam a falar sobre seus antepassa<strong>do</strong>s, após termos<br />

conecta<strong>do</strong>-os ao veio familiar <strong>do</strong> qual oriundam suas <strong>do</strong>res, nós não estamos falan<strong>do</strong> ou reven<strong>do</strong><br />

diretamente sua história de vida e por conseqüência suas <strong>do</strong>res, tornan<strong>do</strong>-se mais fácil as<br />

lembranças e os comentários sobre o <strong>que</strong> a família viveu. E, como uma luz <strong>que</strong> aparece para clarear<br />

uma sala escura, eles mesmos fazem as ligações e a leitura de suas origens emocionais e trazem<br />

para a consciência importantes informações <strong>que</strong> passam a ser pontos de reflexões a respeito de suas<br />

<strong>do</strong>res.<br />

125


1. Sabemos <strong>que</strong> uma vez tornan<strong>do</strong>-se consciente as origens emocionais de um problema, mais de<br />

50% das conseqüências orgânicas (somatizações) tendem a desaparecer.<br />

2. Sabemos <strong>que</strong> é mais produtivo para as diagnoses iri<strong>do</strong>lógicas com abordagem emocional, <strong>que</strong> as<br />

conexões sejam produzidas pela própria pessoa e não pelo terapeuta, levan<strong>do</strong> adiante as reflexões e<br />

consciências curativas.<br />

Capítulo I<br />

COMO EMOÇÕES INTERFEREM DIRETAMENTE NO EQUILÍBRIO ORGÂNICO?<br />

O dr. Bernard Siegel, cirurgião americano especialista em câncer, faz em seu livro “Amor ,<br />

Medicina e Milagres”, referências às ligações <strong>do</strong>s sofrimentos emocionais e “vícios”<br />

comportamentais nos relacionamentos afetivos de seus pacientes <strong>que</strong> podem tê-los leva<strong>do</strong>s ao<br />

câncer. E continua, mostran<strong>do</strong> <strong>que</strong> também os esta<strong>do</strong>s emocionais de pacientes em tratamento<br />

quimioterápico, interferem em sua recuperação.<br />

A dra. Susan Andrews, americana formada em Harvard, PHD em Bio-Psicologia, conferencista<br />

<strong>do</strong> Congresso Holístico Internacional 1998 – SP, convidada por Pierre Weiel (reitor da<br />

Universidade da Paz – Brasília –Brasil), explica em seu texto “Sabe<strong>do</strong>ria Es<strong>que</strong>cida” a relação<br />

mente/corpo, através da teoria da origem bio-química da emoção, como sen<strong>do</strong> a emoção uma<br />

“agitação da mente”. Ocorre a agitação <strong>do</strong> corpo mental, consciente e/ou inconsciente, levan<strong>do</strong> a<br />

super ou sub estimulação endócrina, a super ou sub secreção de hormônios, interrelacionan<strong>do</strong>os<br />

através de uma vasta e intrincada rede de comunicação de moléculas polipeptídeos chama<strong>do</strong>s<br />

neurotransmissores, com o sistema nervoso, com o sistema imunológico, levan<strong>do</strong><br />

conseqüentemente a expressões emocionais (sentimentos), expressões comportamentais e a<br />

interferência no esta<strong>do</strong> orgânico geral. “Como a Dra.Pert admite: para entender essas<br />

surpreendentes descobertas na pesquisa mente/corpo,devemos mergulhar profundamente nas<br />

nossas imaginações para dentro da confusa complexidade <strong>do</strong> nosso nível celular,um <strong>do</strong>mínio <strong>que</strong><br />

cerca de dez mil neurologistas através <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> estão diligentemente exploran<strong>do</strong>,ansiosos por<br />

isolar a base bioquímica <strong>do</strong> pensamento .O foco de boa parte da pesquisa e uma complexa<br />

molécula chamada polipeptídeo,um longo cordão de aminoáci<strong>do</strong>”...”Algumas das dezenas de<br />

milhares desses polipeptídeos produzi<strong>do</strong>s no corpo são por tanto, chama<strong>do</strong>s neurotransmissores,<br />

por<strong>que</strong> desse mo<strong>do</strong>,eles auxiliam os nervos a transmitir mensagens não somente entre as células<br />

adjacentes,mas para as partes mais longínquas <strong>do</strong> corpo.” “Quan<strong>do</strong> nos sentimos<br />

aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s,literalmente cada célula <strong>do</strong> nosso corpo esta sen<strong>do</strong> toca<strong>do</strong> pelo neurotransmissor<br />

da tristeza;nosso fíga<strong>do</strong> está triste,nosso estômago está triste,nossa pele está triste.”<br />

Sobre este tema, no livro “Freud – Vida e Obra” o autor Carlos <strong>Este</strong>van refere-se: “Os<br />

cientistas anteriores a Freud davam verias explicações para <strong>do</strong>enças mentais, como no caso, a<br />

neurose.<br />

A locomotiva pode ter para<strong>do</strong>, por exemplo, por<strong>que</strong> uma peça <strong>que</strong>brou. É o <strong>que</strong> se dá quan<strong>do</strong><br />

há uma lesão no organismo. Pode acontecer também <strong>que</strong> falte água ou falte carvão, ou seja, uma<br />

deficiência orgânica qual<strong>que</strong>r, faz com <strong>que</strong> a locomotiva não seja alimentada de energia como<br />

deveria ser.<br />

O ponto de vista de Freud era diferente. Para ele o psiquismo não deve ser compara<strong>do</strong> a uma<br />

locomotiva, mas sim a duas locomotivas. Em nosso psiquismo há duas locomotivas, funcionan<strong>do</strong> ao<br />

mesmo tempo. Suponhamos <strong>que</strong> as duas estão andan<strong>do</strong> sobre o mesmo trilho, em senti<strong>do</strong>s opostos.<br />

Chega um momento em <strong>que</strong> elas acabam fican<strong>do</strong> uma contra a outra e nenhuma das duas pode<br />

continuar andan<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> a locomotiva para, e é isso <strong>que</strong> acontece. Uma locomotiva paralisa a<br />

outra, por<strong>que</strong> as duas estão fazen<strong>do</strong> forças com direção contrária.<br />

As explicações <strong>do</strong>s outros cientistas baseiam-se na idéia de <strong>que</strong> a locomotiva parava por falta<br />

de alguma coisa: falta de uma peça, falta de água, falta de carvão. O corpo deixava de fornecer ao<br />

psiquismo alguma coisa de <strong>que</strong> ele precisava para funcionar. Para Freud, entretanto, o mais<br />

126


importante não é esta idéia de falta, mas a idéia de luta, a idéia de conflito entre duas forças opostas.<br />

Assim, a causa mais importante das neuroses para Freud é a existência de algum conflito interno<br />

entre as forças psíquicas <strong>que</strong> constituem o nosso psiquismo.<br />

Evidentemente Freud aceitava a idéia de <strong>que</strong> muitas neuroses podem ter sua origem em fatores<br />

orgânicos. Por exemplo: ele combatia a tese de <strong>que</strong> a hereditariedade fosse a única causa das<br />

neuroses, mais compreendia perfeitamente <strong>que</strong> ela podia ser uma das causas: se uma criança<br />

descende de pais sifilíticos, é evidente <strong>que</strong> essa hereditariedade deve ser levada em consideração em<br />

uma das causas <strong>que</strong> pode provocar uma neurose posterior. A mesma coisa pode se dizer das<br />

intoxicações e <strong>do</strong>enças infecciosas. Essas perturbações orgânicas podem enfra<strong>que</strong>cer o psiquismo e<br />

favorecer o aparecimento de uma neurose.”<br />

Denny Johnson refere-se a isto explican<strong>do</strong> <strong>que</strong> “qual<strong>que</strong>r substância <strong>que</strong> altera temporariamente<br />

ou permanentemente nossa bioquímica interna, pode alterar a maneira pela qual nossa<br />

personalidade se expressa, e a maneira pela qual experienciamos a vida.<br />

Esta<strong>do</strong>s emocionais (por exemplo: ira reprimida) podem aparentemente criar uma disfunção de<br />

órgão, porém, em muitos casos ambos são causa<strong>do</strong>s por desequilíbrios minerais e sais celulares. A<br />

predisposição para uma deficiência mineral particular é freqüentemente geneticamente<br />

predeterminada, codifica<strong>do</strong> no DNA, o qual pode ser visto ou imagina<strong>do</strong> como um mecanismo<br />

cristalino <strong>que</strong> emite mensagens vibratórias para to<strong>do</strong>s os outros cristais no corpo, alteran<strong>do</strong> suas<br />

expressões. Os padrões <strong>do</strong> DNA são estabeleci<strong>do</strong>s nas gerações prévias. Fazen<strong>do</strong> aí uma ligação<br />

lógica entre as emoções presentes e os antepassa<strong>do</strong>s”.<br />

Capítulo II<br />

COMO AS EMOÇÕES ATUAIS PODEM ESTAR CONECTADAS ÀS HISTÓRIAS VIVIDAS PELOS<br />

ANTEPASSADOS?<br />

Além <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s acima por Denny Johnson, encontramos um paralelo na Biologia.<br />

Trabalhos em biologia-animal mostram <strong>que</strong> os animais trazem em seu código genético informações<br />

emocionais transgeracionais e <strong>que</strong> isto pode ser visto em diversas espécies diferentes.<br />

1.Aves <strong>que</strong> vivem em ilhas virgens, onde o preda<strong>do</strong>r homem ainda não pisou, quan<strong>do</strong> em contato<br />

com o homem não sentem-se ameaça<strong>do</strong>s por ele (pois não tem registro de predação).<br />

2.Tartarugas marinhas acompanhadas pelo PROJETO TAMAR (Praia <strong>do</strong> Forte – Salva<strong>do</strong>r – Ba)<br />

mostram em seu comportamento emocional <strong>que</strong> trazem informações gravadas previamente, pois,<br />

“elas realizam migrações, retornan<strong>do</strong> à mesma praia de origem para desovar”.<br />

3. “O salmão nasce nos rios, passa de um a três anos para descender ao mar, onde permanece até<br />

alcançar a maturidade sexual, em uns quatro anos, momento em <strong>que</strong> sobem os rios, até o lugar mais<br />

alto para desovar” conta dr. Julio Coll Morales em seu livro “Acuicultura Marina Animal”<br />

(Madrid).<br />

4. To<strong>do</strong>s os meios de comunicação relatam publicamente as dificuldades <strong>que</strong> biólogos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong> encontram para preservar as espécies quan<strong>do</strong> em cativeiro, mesmo sen<strong>do</strong> reproduzi<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o<br />

meio-ambiente (temperatura, luz, alimento, etc) , existe um imenso vácuo e os animais não<br />

procriam; o cativeiro traumatiza os animais e quan<strong>do</strong> procriam, as próximas gerações já nascem<br />

com comportamento altera<strong>do</strong> em relação aos da sua espécie.<br />

Comentário<br />

Verifican<strong>do</strong> e buscan<strong>do</strong> as histórias vividas pelos antepassa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s nossos clientes encontramos<br />

to<strong>do</strong>s os sofrimentos causa<strong>do</strong>res e gera<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s sofrimentos atuais. Tais marcas vêm identificadas<br />

na íris através <strong>do</strong>s sinais iri<strong>do</strong>lógicos. Dentro da iri<strong>do</strong>logia comportamental, usan<strong>do</strong> o mapa Rayid<br />

como o ponto de partida para as perguntas <strong>que</strong> levarão às conexões com o galho genético onde<br />

127


existe o registro da <strong>do</strong>r original da família, encontraremos os me<strong>do</strong>s primais <strong>que</strong> geram estímulos<br />

para as emoções atuais, <strong>que</strong> geram comportamentos atuais e desequilíbrios psicossomáticos.<br />

Capítulo III<br />

ONDE ENCONTRAMOS A “RAIZ” EMOCIONAL DO POVO BRASILEIRO?<br />

Povo calmo, amoroso, comunicativo e muitas vezes ti<strong>do</strong> como passivo diante de atos políticos <strong>que</strong><br />

são considera<strong>do</strong>s revoltantes, fruto de uma miscigenação de raças, índios, portugueses, africanos,<br />

espanhóis, holandeses, italianos, japoneses, poloneses, alemães, árabes, hebreus e muitos outros. Se,<br />

para cada brasileiro, membro ativo de uma jovem nação de 500 anos , for pergunta<strong>do</strong> sobre qual é a<br />

sua origem , em alguma geração anterior, <strong>que</strong> poderá ser a primeira , segunda, terceira ou quarta,<br />

contará com a vinda de um imigrante para este país.<br />

Quais foram as condições históricas e emocionais <strong>que</strong> fizeram uma pessoa aban<strong>do</strong>nar o seu país de<br />

origem , às vezes toda a família e muitas vezes deixar para traz to<strong>do</strong>s os seus bens?<br />

Em quais condições fizeram esta viagem? Quais acontecimentos tiveram durante a viagem?<br />

O <strong>que</strong> sentiram os imigrantes em terra nova, sem falar a língua nativa? Como foram trata<strong>do</strong>s? O <strong>que</strong><br />

sentiram? Como foi a evolução das gerações até chegar a esta de hoje?<br />

Buscan<strong>do</strong> estes sentimentos, nos da<strong>do</strong>s colhi<strong>do</strong>s nas histórias <strong>do</strong>s antepassa<strong>do</strong>s de pessoas de<br />

origem migratória diferentes , pude encontrar da<strong>do</strong>s substanciais conectan<strong>do</strong>-os aos sentimentos de<br />

profun<strong>do</strong> me<strong>do</strong>, perda, revolta e rejeição. Registra<strong>do</strong>s nas íris destas pessoas nos dias atuais.<br />

Através de sinais iri<strong>do</strong>lógicos marca<strong>do</strong>s nas íris das gerações atuais, analisan<strong>do</strong> estes sinais através<br />

<strong>do</strong> Mapa Rayd, levan<strong>do</strong> estes sentimentos para os antepassa<strong>do</strong>s, encontramos a “raiz” emocional de<br />

cada um, dentro das histórias vividas pelos antepassa<strong>do</strong>s, geran<strong>do</strong> comportamentos e sentimentos<br />

muitas vezes sem justificativas nas <strong>do</strong>res vividas nesta geração.<br />

Os comportamentos gera<strong>do</strong>s pelas histórias emocionais gravadas transgeracionalmente, na sua<br />

maioria, inconsciente, mostram a relação <strong>que</strong> existe entre a “fama” <strong>do</strong> povo brasileiro e as histórias<br />

emocionais vividas antes ainda da colonização deste país.<br />

1. Um povo <strong>que</strong> usa a sua carência afetiva e seu me<strong>do</strong> de perdas e separações para ser um povo<br />

muito mais amoroso, afetuoso, acolhe<strong>do</strong>r e criativo.<br />

2. Um povo <strong>que</strong> pelos antepassa<strong>do</strong>s terem vivencia<strong>do</strong> sofrimentos das guerras e destruições em<br />

seus países de origem e terem “fugi<strong>do</strong>” destes conflitos, nas gerações posteriores já evitam repetir<br />

as guerras.<br />

3. Um povo <strong>que</strong> por terem chega<strong>do</strong> ao limite da luta pela sobrevivência e da reconstrução de suas<br />

vidas, chegam a ter muita capacidade de resistência para viver as dificuldades políticas e<br />

econômicas. Rin<strong>do</strong> e cantan<strong>do</strong>.<br />

4. O me<strong>do</strong> da crítica e a busca <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong> seu valor (amor) levam este povo a<br />

des<strong>do</strong>brarem-se em seus obstáculos e cresceram.<br />

Alguns sucumbem às <strong>do</strong>res gravadas nos seus inconscientes, talvez por não conhecerem as suas<br />

origens ou por não ter si<strong>do</strong> enfoca<strong>do</strong> a <strong>do</strong>r, como forma positiva gera<strong>do</strong>ra de potenciais encobertos<br />

e de força-vital, aumentan<strong>do</strong> sua auto-estima.<br />

A grande maioria são grandes guerreiros da vida <strong>que</strong> construíram uma nação , <strong>que</strong> conseguem<br />

destacarem-se em suas profissões, mentes brilhantes <strong>que</strong> buscam as informações gravadas dentro<br />

de si para respostas de problemas <strong>que</strong> parecem insolúveis. Guerreiros <strong>que</strong> são reconheci<strong>do</strong>s<br />

internacionalmente pela criatividade, inteligência e versatilidade.<br />

Um por vez!<br />

Nas íris <strong>que</strong> avaliamos encontramos uma <strong>que</strong>ixa , dentro desta <strong>que</strong>ixa encontramos uma história,<br />

dentro desta história encontramos a “raiz emocional transgeracional” . Partin<strong>do</strong> daí encontraremos,<br />

128


então a compreensão ao sabermos como cada membro da família reagiu diante desta <strong>do</strong>r<br />

inconsciente, como se co-relacionaram e como se relacionaram com seus amigos e com a vida.<br />

O organismo vai reagin<strong>do</strong> junto com as emoções gravadas, vividas e como a pessoa reage a estas.<br />

Como dissemos acima, alguns sucumbem e podem demonstrar esta <strong>do</strong>r através de desequilíbrios<br />

psicossomáticos, através de <strong>do</strong>enças imunodepressoras, através de <strong>do</strong>enças psiquiátricas, através de<br />

entregar-se ao vício <strong>do</strong> álcool ou das drogas. Poderemos refletir mais sobre isto no capítulo sobre<br />

“Alguns Casos”.<br />

O Padrão Ar<strong>que</strong>típico (Modelo Rayid) original da íris de cada um também pode influenciar em<br />

como cada um reage às dificuldades incoscientes e conscientes. É importante notar <strong>que</strong> quan<strong>do</strong><br />

uma pessoa foge das características comportamentais de seu Padrão, a energia-vital baixa muito, ela<br />

não tem contato com a sua força e tende mais a sucumbir de <strong>do</strong>enças físicas.<br />

E, de uma única íris analisada, poderemos buscar informações dentro da visão transgeracional e<br />

compreendermos muito melhor o por<strong>que</strong> de sentimentos, de comportamentos e o por<strong>que</strong> das<br />

<strong>do</strong>enças psicossomáticas ou não.<br />

Capítulo IV<br />

TERAPÊUTICAS USADAS<br />

Nós precisamos e podemos cuidar das <strong>do</strong>res emocionais <strong>do</strong>s nossos antepassa<strong>do</strong>s, através de nós<br />

mesmos, assim, estaremos libertan<strong>do</strong>-nos de padrões emocionais existentes na árvore familiar.<br />

Conhecen<strong>do</strong> nossas histórias e as “raízes emocionais transgeracionais” fica muito mais fácil<br />

encontrarmos diretamente qual o galho da árvore o qual precisa ser corrigi<strong>do</strong>. Os tratamentos<br />

sugeri<strong>do</strong>s são inúmeros e de linhas variadas.<br />

Como exemplo a Homeopatia em altas dinamizações, <strong>que</strong> atuarão em locais sutis da mente<br />

inconsciente.<br />

O médico homeopata, professor <strong>do</strong> curso de homeopatia da Santa Casa de Misericórdia – RJ. Dr.<br />

Mauro Farto, comentou-me <strong>que</strong> “muitas vezes os homeopatas buscam informações nas histórias <strong>do</strong>s<br />

antepassa<strong>do</strong>s de um paciente, medican<strong>do</strong> homeopaticamente a <strong>do</strong>r <strong>do</strong> antepassa<strong>do</strong> , na pessoa atual<br />

e os resulta<strong>do</strong>s positivos aparecem”.<br />

“A homeopatia tem a capacidade de influenciar os efeitos <strong>do</strong>s padrões transgeracionais”.<br />

Denny Johnson<br />

Terapias Florais (Bach, Australianos, Californianos ou Brasileiros), trazem a proposta de<br />

atingir e aliviar o inconsciente de forma sutil.<br />

Meditação traz a proposta de treinar o corpo mental e deixar o indivíduo claramente enfoca<strong>do</strong> e<br />

aberto, atento aos sinais <strong>que</strong> vêm da influência transgeracional e transmuta-lo nas práticas<br />

meditativas.<br />

Rituais de Perdão como os sugeri<strong>do</strong>s por Denny Johnson, onde a proposta é transmutar uma<br />

situação problemática, conectan<strong>do</strong>-se a um poder superior, onde por elevação da mente a um nível<br />

vibracional superior e sutil, pode-se atingir o objetivo proposto.<br />

Aparelhos com propostas vibracionais, como a Cama Fotônica, <strong>que</strong> usa as cores (cromoterapia), os<br />

cristais lapida<strong>do</strong>s funcionan<strong>do</strong> como um laser sobre os chakras emitin<strong>do</strong> uma freqüência<br />

previamente estudada por físicos.<br />

A aplicação de sais minerais podem modificar comportamentos se pensarmos na explicação dada<br />

quan<strong>do</strong> se analisou de onde vêm as emoções, ligan<strong>do</strong>-as a influência mental <strong>que</strong> secreta hormônios<br />

e gera emoções.<br />

Comentário<br />

É difícil para grande maioria <strong>do</strong>s ocidentais acreditar em qual<strong>que</strong>r tratamento vibracional, mas,<br />

recentemente tivemos uma descoberta na física <strong>que</strong> poderá mudar a forma de pensar <strong>do</strong> próprio<br />

129


mun<strong>do</strong> científico e <strong>que</strong> pode auxiliar a linha de pensamento de to<strong>do</strong> este trabalho, e das formas<br />

terapêuticas descritas acima.<br />

“Cientistas rompem a velocidade da luz”. Por Eduar<strong>do</strong> Castor Borgonovi, agência Esta<strong>do</strong> de São<br />

Paulo.<br />

“Esta pode ser a mais importante descoberta científica de to<strong>do</strong>s os tempos e pode provar <strong>que</strong> o<br />

tempo é circular e eterno”.<br />

“O experimento foi realiza<strong>do</strong> na Universidade de Princeton, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, lidera<strong>do</strong> pelo dr. Lijun<br />

Wang, pesquisa<strong>do</strong>r e professor. Ele emitiu um raio de luz na direção de uma câmara preenchida<br />

com gás Césio especialmente trata<strong>do</strong>. Antes <strong>que</strong> a luz tivesse entra<strong>do</strong> completamente na câmara, ela<br />

já havia, também , cruza<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o seu destino e viajou, ainda , por cerca de 18 metros dentro <strong>do</strong><br />

laboratório. Isto é, a luz passou a existir em <strong>do</strong>is lugares ao mesmo tempo: um feixe caminhan<strong>do</strong><br />

para a câmara, enquanto uma parte dele, acelerada, já havia percorri<strong>do</strong> toda a câmara e saí<strong>do</strong> dela.<br />

Um fenômeno absolutamente incompreensível para nós, porém cientificamente comprova<strong>do</strong> e<br />

várias vezes testa<strong>do</strong>”.<br />

“Na Itália, outro grupo de físicos anuncia estar prestes a romper a barreira da velocidade da luz.<br />

Eles são pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Conselho nacional de Pesquisas da Itália e afirmam ter consegui<strong>do</strong><br />

propagar microondas a uma velocidade 25% superior à da luz. O grupo afirma <strong>que</strong> isso pode provar<br />

a possibilidade teórica de transmitir informação mais rápi<strong>do</strong> <strong>que</strong> a luz”.<br />

“A ciência moderna está começan<strong>do</strong> a perceber <strong>que</strong> as partículas subatômicas aparentemente<br />

existem em pelo menos <strong>do</strong>is lugares ao mesmo tempo sem fazer distinção entre espaço e tempo”.<br />

“Em resumo, estamos diante da possibilidade prática de conseguir explicações científicas sobre<br />

temas <strong>que</strong> até agora se limitavam ao terreno das filosofias, ficção ou religiões como viagens no<br />

tempo, telepatia, universos paralelos, existência e imortalidade da alma e muitos outros”. -<br />

Dr.Guenter Nimtz, da Universidade de Colônia, Alemanha, especialista no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s campos,<br />

ouvi<strong>do</strong> pelo jornal londrino “Sunday Times”.<br />

Capítulo V<br />

Caso 1.<br />

ALGUNS CASOS<br />

L. C. F. - homem - 52 anos - Posto de Saúde Santa Rosa<br />

Queixa Principal<br />

Colesterol alto, <strong>do</strong>res nas pernas, fadiga e tristeza.<br />

Iri<strong>do</strong>logia<br />

Padrão Corrente-Gema, Herança Genética Paterna, mancha psorica na área 01 e 03 (mapa Rayid).<br />

Comentário<br />

A área 01 é a área chamada de CRIAÇÃO, localizada na altura de pulmão, é a área cujo me<strong>do</strong> de<br />

perdas gera<strong>do</strong> pela carência afetiva, gera “<strong>do</strong>r na alma”. A área 03, chamada GRAÇA, localizada<br />

na altura <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>, também está relacioanada ao senso de justiça forte, poden<strong>do</strong> haver maior<br />

demonstração de revolta, íra e da explosão da emoção raiva.<br />

Perguntei a ele sobre o senso de justiça forte na família <strong>do</strong> pai e a resposta foi negativa, disse-me<br />

<strong>que</strong> o pai era uma pessoa muito calma e ele também.<br />

Subi, então, árvore genealógica acima e perguntei sobre o avô e as lembranças foram surgin<strong>do</strong><br />

elucidan<strong>do</strong> o caso. “No interior, tinha o tenente Guaraci, o meu avô trabalhava para ele. Ele era<br />

chama<strong>do</strong> para resolver problemas. Quan<strong>do</strong> um homem fazia mal a uma moça o meu avô era <strong>que</strong>m<br />

130


ia até conversar com o “cabloco” e fazia ele casar. Meu avô era muito bravo. Trabalhava na roça,<br />

bebia muito e to<strong>do</strong>s os irmãos também eram brigões de matarem uns aos outros.<br />

Meu avô quan<strong>do</strong> ficou viúvo, casou-se com uma mulher muito brava, o meu pai tinha 03 anos e<br />

contava <strong>que</strong> a madrasta colocava os entea<strong>do</strong>s para <strong>do</strong>rmir fora de casa e quan<strong>do</strong> meu avô chegava<br />

da rua se ele “estivesse bom” ele colocava as crianças para dentro e se estivesse bêba<strong>do</strong> batia mais<br />

nas crianças.<br />

O meu pai me criou desde os seis meses de idade, quan<strong>do</strong> minha mãe veio falecer. Ele foi um herói.<br />

Só lembro de ter apanha<strong>do</strong> duas vezes na minha vida.”<br />

<strong>Este</strong> é um caso bem típico, de pessoas simples, onde vinjan<strong>do</strong> apenas três gerações encontramos a<br />

<strong>do</strong>r deste homem. Os ira<strong>do</strong>s fizeram tanto os antepassa<strong>do</strong>s sofrerem <strong>que</strong> seu pai comportou-se de<br />

forma contrária com os seus. O pai veio falecer Há três meses de infarto, após derrame. O avô teve<br />

derrame e o meu cliente mostra anel senil prematuro e aplanação superior de pupila, além da<br />

mancha psorica no fíga<strong>do</strong> (órgão responsável pelo metabolismo <strong>do</strong> colesterol ).<br />

Caso 2.<br />

Indra - mulher - 35 anos<br />

Queixa Pricipal<br />

Porta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> vírus HIV<br />

Iri<strong>do</strong>logia (Rayid)<br />

Padrão Gema, com anéis de realização, manchas psoricas nas área 01, 03, 04, 09,10 e 41.<br />

Herança Genética Paterna.<br />

Comentários<br />

A área 01 , CRIAÇÃO traz a sensibilidade expressa em me<strong>do</strong> de perdas e carência afetiva. A área<br />

03 , GRAÇA, traz a íra, revolta e hostilidade. A área 04, REALIZAÇÃO, área de senso de justiça<br />

forte, manifesta-se como competição e desejo de abundância. A área 09, NASCER, demonstra a<br />

necessidade de ser aceito. A área 41, IDEAIS, positivamente traz inspiração e idealismo, quan<strong>do</strong> em<br />

desequilíbrio leva a pensamentos caóticos, impráticos e a vida se torna uma bagunça.<br />

“Avô paterno espanhol, tinha loja de ferragem no Chile, tinha muito dinheiro, derrepente perdeu<br />

tu<strong>do</strong>, pois foi traí<strong>do</strong> por um primo e entrou em falência. Meu avô assinava che<strong>que</strong> em branco para<br />

as pessoas. Tinha uma casa enorme com vários objetos de valor. Teve <strong>que</strong> vender tu<strong>do</strong> para pagar<br />

dívidas e não agüentou a falência e infartou.<br />

Meu pai (com o mesmo <strong>do</strong> avô), foi interna<strong>do</strong> em um colégio “Padres de Jesus”, por<strong>que</strong> meu avô<br />

trabalhava muito e não tinha tempo para cuidar <strong>do</strong>s filhos. Lá ficou até os 15 anos, depois disso<br />

saiu <strong>do</strong> internato e entrou para o mun<strong>do</strong> das drogas pesadas (anfetamina). Ele tinha problemas de<br />

coração e infartou quan<strong>do</strong> eu tinha 2 anos de idade. Minha mãe, então, me deixou na casa da minha<br />

avó paterna e ela me colocou em um internato, apesar <strong>do</strong> meu pai ainda quan<strong>do</strong> vio pedir para a<br />

minha mãe para <strong>que</strong> ela nunca internasse um filho, mesmo se um dia as coisas estivessem ruins,<br />

pois ele havia sofri<strong>do</strong> muito no internato.<br />

Sempre quis ter uma mãe carinhosa, <strong>que</strong> cuidasse de mim, a minha mãe achava <strong>que</strong> eu <strong>que</strong>ria uma<br />

mãe “careta”, minha mãe não me ligava a mínima. Minha avó materna me tirou <strong>do</strong> orfanato quan<strong>do</strong><br />

eu tinha 5 anos. O meu avô materno um dia saiu de casa para viajar e nunca mais voltou. E eu fi<strong>que</strong>i<br />

rolan<strong>do</strong> de casa em casa.”<br />

As conexões com a história da família paterna, onde estão localizadas as Gemas mostram a origem<br />

de um sofrimento transgeracional. Não conhecemos a história da infância <strong>do</strong> avô, mas, todas as<br />

áreas marcadas na íris da moça leva-nos em pensar <strong>que</strong> “trataríamos” a <strong>do</strong>r <strong>do</strong> avô, as <strong>do</strong>res <strong>do</strong> pai,<br />

<strong>que</strong> são reflexos nas <strong>do</strong>res dela. E as histórias se repetem na vida dela, potencializan<strong>do</strong> ainda mais<br />

as <strong>do</strong>res da família.<br />

131


Caso 3.<br />

O caso de R. Bachner está sen<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> em outro trabalho complementar a este, em forma<br />

de PAINEL explicativo com o título “Registros Históricos e Biopsicológicos na Árvore<br />

Genealógica <strong>do</strong>s Bachner e os Sinais Iri<strong>do</strong>lógicos Atuais”.<br />

CONCLUSÃO<br />

Existe muito mais a ser revela<strong>do</strong> e cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>que</strong> apresenta uma íris atual e uma <strong>que</strong>ixa.<br />

Nós precisamos e podemos cuidar das <strong>do</strong>res <strong>do</strong>s nossos antepassa<strong>do</strong>s, através de nós mesmos,<br />

por<strong>que</strong> elas interferem em to<strong>do</strong>s os níveis de nossa vida.<br />

As investigações subin<strong>do</strong> árvore genealógica acima, traz a luz o caminho a ser percorri<strong>do</strong> tanto para<br />

os profissionais <strong>que</strong> estão colaboran<strong>do</strong> com a evolução da pessoa <strong>que</strong> o procura, quanto para a<br />

própria pessoa <strong>que</strong> busca , para qual se abre um caminho a ser percorri<strong>do</strong>, de forma liberta<strong>do</strong>ra,<br />

acertiva e definitiva.<br />

A meto<strong>do</strong>logia terapêutica a ser empregada vai depender da linha de pensamento de cada<br />

profissional e vai depender <strong>do</strong> <strong>que</strong> busca a pessoa e a qual linha ela mais se adapta. O próprio<br />

inconsciente da pessoa busca seu tempo e faz as conexões.<br />

Denny Johnson sempre comentou em curar e libertar quatro gerações atrás e quatro gerações para<br />

frente. Nos seminários sobre “Árvore Genealógica e Seqüência de Filhos” ele sempre mostra como<br />

os fatos ocorri<strong>do</strong>s em gerações passadas costumam repetirem-se. E <strong>que</strong> somente libertan<strong>do</strong> os<br />

antepassa<strong>do</strong>s, suas <strong>do</strong>res e curan<strong>do</strong>-os no presente através <strong>do</strong> familiar (cuja íris está sen<strong>do</strong><br />

estudada), é <strong>que</strong> estaremos livres, soltos para construirmos nossos relacionamentos e encararmos a<br />

vida de forma mais suave e amorosa.<br />

O respeito a nossa história e às histórias <strong>do</strong>s nossos antepassa<strong>do</strong>s, o perdão basea<strong>do</strong> na compreensão<br />

<strong>do</strong> amor é curativo de feridas abertas. O profissional <strong>que</strong> faz a conexão com a árvore genealógica e<br />

abre caminho para a cura sutil também o faz basea<strong>do</strong> no respeito e no amor.<br />

“Eu agora, amorosamente liberto to<strong>do</strong> controle mental negativo <strong>do</strong> la<strong>do</strong> paterno da minha família,<br />

conheci<strong>do</strong>s e desconheci<strong>do</strong>s a mim, incluin<strong>do</strong> a ira e a crítica de quatro gerações no passa<strong>do</strong> e para<br />

quatro gerações no futuro. Isto agora me permite ser livre e aberto, para vivenciar meu verdadeiro<br />

ser, e poder experienciar as vibrações <strong>do</strong> verdadeiro sentimento. Eu faço tu<strong>do</strong> isto em nome <strong>do</strong><br />

amor.”<br />

Denny Johnson - um ritual.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Livros:<br />

JOHNSON, Denny. O Olho Revela<br />

VALVERDE, Regina. Os Olhos <strong>do</strong>s Deuses<br />

Ed. Ground – SP - 1997<br />

BATELLO, Celso. Iri<strong>do</strong>logia e Irisdiagnose<br />

Ed. Ground – SP – 1999<br />

BATELLO, Celso e outros autores. Iri<strong>do</strong>logia Total<br />

Ed. Ground – SP<br />

MORALES, Julio Coll. Acuicultura Marina Animal<br />

Ed. Mundi-Prensa – Madrid – 1986 – 2ª edição<br />

BARNERS, Robert D. Zoologia Geral<br />

Ed. Interamericana – RJ – 1985 – 6ª edição<br />

132


STORER, Tracy I. Zoologia Geral<br />

Ed.Nacional – SP – 1978 – 4ª edição<br />

Apostilas:<br />

JOHNSON e KHALSA, Denny e Gurudevi S. Curso de Rayid, Despertan<strong>do</strong> os Dons <strong>do</strong>s Filhos e<br />

Reprogramação <strong>do</strong> Incosciente. – Associação Brasileira de Iri<strong>do</strong>logia e Naturopatia - Copyright<br />

1996<br />

MATT, Paul L. Manual Unidade Emissão Fotônica<br />

Copyright 1999<br />

Revistas:<br />

Iri<strong>do</strong>logia Hoje nº1 – Associação Brasileira de Iri<strong>do</strong>logia e Naturopatia - Abril - 1992<br />

Artigo de Jornal:<br />

BORGONOVI, Eduar<strong>do</strong> C. Cientistas rompem a velocidade da luz.<br />

Agência Esta<strong>do</strong> – SP – Folha de Londrina<br />

11/06/2000 – pág.11<br />

Pesquisa na Internet<br />

O <strong>que</strong> são as Tartarugas Marinhas?<br />

http://orbita.starmedia.com/turtles<br />

Lobos<br />

http://www.geocities.com/capecanaveral/lab/1615/lobos<br />

133


OS ARQUÉTIPOS COMO REVISORES DE PARADIGMAS SÓCIO–CULTURAIS E<br />

HARMONIZADOR NA DINÂMICA DE CASAIS<br />

Janete Batistela e Maria Aparecida <strong>do</strong>s Santos<br />

SUMÁRIO<br />

O presente trabalho demonstra de <strong>que</strong> forma o conhecimento acerca <strong>do</strong>s Arquétipos visualiza<strong>do</strong>s<br />

através da Íris nos pode servir para rever conceitos e padrões sócio – culturais, bem como ainda,<br />

utilizar estes conteú<strong>do</strong>s revistos, para melhorar o conhecimento acerca <strong>do</strong> ser humano, servin<strong>do</strong><br />

assim, para diluir conflitos e restabelecer a harmonia entre casais.<br />

Os Arquétipos como Revisores de Paradigmas Sócio–Culturais e Harmoniza<strong>do</strong>r na Dinâmica de<br />

Casais<br />

O trabalho aqui apresenta<strong>do</strong> pretende lançar visão no contexto social e cultural da atualidade,<br />

principalmente nos conceitos e formas - padrões em <strong>que</strong> o homem e a mulher estão inseri<strong>do</strong>s.<br />

Na nossa experiência terapêutica pudemos verificar <strong>que</strong> a aplicação <strong>do</strong>s “conteú<strong>do</strong>s<br />

ar<strong>que</strong>tipais” em consultório, nos resultou em uma ferramenta muito importante, por ser biológica e<br />

natural, não construída pelo ser humano, nos serviu como revisor e elucida<strong>do</strong>r para nossos<br />

pacientes, principalmente <strong>do</strong>s padrões: ”HOMEM FORTE E ESTRUTURADO” e “MULHER<br />

BELA ADORMECIDA, singela e delicada”, extremos estes, <strong>que</strong>, diante <strong>do</strong> Arquétipo – Flor,<br />

quan<strong>do</strong> localiza<strong>do</strong> no ser humano masculino e no Arquétipo – Gema no ser humano feminino,<br />

podem resultar em conflitos existenciais.<br />

Segun<strong>do</strong> Dr. Denny Johnson 85% <strong>do</strong>s seres humanos com “Padrões Ar<strong>que</strong>tipais”- Flor<br />

possuem ao nascer pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Hemisfério Cerebral Direito (H.C.D.) e verificou – se<br />

<strong>que</strong> existe um afastamento desta utilização para o Hemisfério Cerebral Es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> (H.C.E.).<br />

Nós acreditamos, até o presente momento <strong>que</strong> o afastamento desta característica de uso <strong>do</strong> (<br />

H.C.D.) pelo Arquétipo – Flor masculino e <strong>do</strong> afastamento <strong>do</strong> (H.C.E.) pelo Arquétipo – Gema<br />

feminino, se deve à:<br />

a) Padrões sócio – culturais<br />

Quan<strong>do</strong> criança, nós recebemos orientações e somos modela<strong>do</strong>s na forma de nos comportar,<br />

nos brin<strong>que</strong><strong>do</strong>s, nas brincadeiras inclusive nos direcionamentos para a profissão.<br />

Não raro encontramos jovens com excelentes <strong>do</strong>ns para arte ou outras áreas de criação<br />

buscan<strong>do</strong> a área exata, a Engenharia Civil, por exemplo.<br />

Também observamos jovens com conflitos na escolha da profissão devi<strong>do</strong> às orientações de<br />

cursos ditos mais femininos, ou mesmo com conflitos internos devi<strong>do</strong> às regras de conduta feminina<br />

como: “os afazeres <strong>do</strong>mésticos”, tarefas estas <strong>que</strong> executa até com perfeição, mas não como ideal<br />

de vida.<br />

b) Defesa de traumas<br />

Não raro observamos na infância uma menina com pai ou irmão severos ou abusivos. O ódio<br />

ou ressentimentos fazem com <strong>que</strong> se afaste da linha de atração normal e se ligue a um parceiro com<br />

relação dificultosa com mulheres.<br />

c) Ignorância de sua história<br />

Observamos também <strong>que</strong> a defesa e a fulga se dão por não se ter a visão da “história da<br />

família” e por conseguinte da sua própria vida.<br />

134


A história <strong>do</strong>s traumas na família se repetem ao longo das gerações e não raro continuamos a<br />

repeti-la. A perfeita orientação pode elucidar a história possibilita sair da cadeia de relações em <strong>que</strong><br />

se está inseri<strong>do</strong> sem mais haver a necessidade da “Defesa <strong>do</strong>s Traumas”, mais da vivência de suas<br />

“Verdadeiras Características”. Sen<strong>do</strong> possível a volta de seu alinhamento enquanto ser humano,<br />

principalmente quan<strong>do</strong> a “Memória <strong>do</strong> Sofrimento” for transformada em “Memória de<br />

Aprendizagem”<br />

Enfim, o auto conhecimento e a visualização da necessidade da “sua história” para a maturação<br />

e saída da “História de Sofrimentos” são necessários para alcançar a verdadeira função e realização<br />

<strong>do</strong> indivíduo.<br />

Quan<strong>do</strong> isto não ocorre, o <strong>que</strong> resulta deste processo é a perda da Energia Vital, a falta da<br />

compreensão de seus processos e o afastamento das suas funções existenciais.<br />

Quan<strong>do</strong> um Padrão – Gema feminino executa o desvio para o H.C.D., ocorre a desvinculação<br />

das funções vitais orgânicas <strong>do</strong> la<strong>do</strong> comanda<strong>do</strong> por este hemisfério, a <strong>que</strong>da de Energia Vital e a<br />

não vinculaçào atrativa coerente com o Arquétipo complementar.<br />

Tanto o homem quanto a mulher sofrem devi<strong>do</strong> aos padrões culturais e designações<br />

comportamentais extremas e pré – formadas.<br />

Segun<strong>do</strong> Dr. Denny Johnson os Arquétipos são atraí<strong>do</strong>s justamente pelas suas naturezas<br />

opostas<br />

“Os relacionamentos se baseiam na “Atração <strong>do</strong>s Opostos”. “Quan<strong>do</strong> corretamente<br />

reconheci<strong>do</strong>s e ativamente expressos, estes opostos nos elevam pela escada da vida como braços e<br />

pernas escalan<strong>do</strong> os degraus rumo ao nosso destino sincero”.<br />

Essas naturezas de oposição podem ser:<br />

I) Padrões Ar<strong>que</strong>tipais:<br />

Para <strong>que</strong>m não tem conhecimento ou não pode verificar em consultório é muito importante<br />

observar as características <strong>do</strong>s Arquétipos e as suas respectivas forças atrativas.<br />

Segun<strong>do</strong> o Dr. Denny Johnson o Arquétipo Gema atrai o Arquétipo Flor e o Corrente o<br />

Agita<strong>do</strong>r.<br />

O Arquétipo Gema é atraí<strong>do</strong> pela sensibilidade e o aspecto carinhoso <strong>do</strong> Arquétipo Flor <strong>que</strong><br />

vivência e emoção e o Arquétipo Flor é atraí<strong>do</strong> pela segurança e estruturação <strong>que</strong> o Arquétipo<br />

Gema possibilita, pois vive na razão. Ambos caminharão para o equilíbrio entre a emoção e a<br />

razão.<br />

II) Uso <strong>do</strong> Hemisfério Cerebral:<br />

O hemisfério Cerebral Es<strong>que</strong>r<strong>do</strong> atrai o Hemisfério Cerebral Direito.<br />

As características complementares de utilização <strong>do</strong>s hemisférios cerebrais por parte <strong>do</strong>s<br />

Arquétipos fortalecem as suas respectivas atrações.<br />

III) Sofrimentos Idênticos:<br />

Observamos <strong>que</strong> a história de vida <strong>do</strong>s cônjuges <strong>que</strong> verdadeiramente foram atraí<strong>do</strong>s como<br />

casal, passaram por histórias de sofrimentos semelhantes .<br />

É muito lógico observar <strong>que</strong> o afastamento das características primárias, como defesa,<br />

atingem o potencial vital e a Bioressonância de “Atração pelo Oposto” se vê dificultada e a<br />

harmonização entre o casal é atingida principalmente por <strong>que</strong> primeiramente, como indivíduo, já<br />

está afetada.<br />

Quan<strong>do</strong> porém, um casal, homem Flor H.C.D. e mulher Gema H.C.E. são atraí<strong>do</strong>s e<br />

devidamente orienta<strong>do</strong>s, ambos podem fluir e se completar no relacionamento compreenden<strong>do</strong> as<br />

características de ambos e como elas são curativas nos traumas anteriores.<br />

Portanto a orientação terapêutica, com base no conhecimento das características ar<strong>que</strong>tipais e<br />

comportamentais pode – se chegar ao centramento e compreensão das características <strong>do</strong> ser<br />

humano em <strong>que</strong>stão bem como na compreensão <strong>do</strong> casal acerca das características de cada um<br />

harmonizan<strong>do</strong> e evitan<strong>do</strong> uma separação por falta de compreensão humanística da função<br />

existencial de cada um.<br />

135


CONCLUSÃO<br />

Observamos <strong>que</strong> ao utilizarmos a aplicação prática <strong>do</strong>s “conteú<strong>do</strong>s ar<strong>que</strong>tipais”, pudemos<br />

auxiliar os pacientes no seu auto – conhecimento e na dinâmica de casais pudemos restabelecer a<br />

harmonia entre os cônjuges, visto <strong>que</strong> cada um independentemente de ser masculino ou feminino,<br />

pode entender suas verdadeiras características e usufruir melhor delas, se respeitan<strong>do</strong> e<br />

principalmente respeitan<strong>do</strong> a característica básica <strong>do</strong> seu companheiro, independentemente <strong>do</strong><br />

padrão apreendi<strong>do</strong> pela sociedade em <strong>que</strong> vive, evitan<strong>do</strong> assim uma separação e possibilitan<strong>do</strong> a<br />

vivência plena <strong>do</strong> amor e carinho entre ambos.<br />

BIBLIOGRAFIA:<br />

(a) livros<br />

BATELLO,C. Iri<strong>do</strong>logia e Irisdiagnose.<br />

Ed. Ground<br />

JENSEN,B. Ciência y Prática de la Iri<strong>do</strong>logia.<br />

Ed. YUG<br />

BERDONCES, J. El Gran Libro de la Iri<strong>do</strong>logia.<br />

Ed. Integral<br />

BONTEMPO, M. Bases Fundamentais <strong>do</strong> Irisdiagnóstico<br />

Ed. Ground<br />

BATELLO, C. Iri<strong>do</strong>logia, O <strong>que</strong> os Olhos Podem Revelar.<br />

Ed. Ground<br />

JENKINS, J. The Eyes Have It, Introdution to Iri<strong>do</strong>logy.<br />

Ed. Autor<br />

KRIEG, T. Fundamental Basics of Irisdiagnosis<br />

Ed. L.N. Fowler & Co.<br />

LAZAETA, M. Medicina Natural ao Alcance de To<strong>do</strong>s.<br />

Ed. Hemmus<br />

STANWAY, A. Guia geral da Medicina Alternativa.<br />

Ed. Xenon<br />

JENSEN, B. Manual Naturista Del Dr. Jensen.<br />

Ed. Xenon<br />

(b) apostila<br />

KHALSA,G. Apostila Rayid da Associação Brasileira de Iri<strong>do</strong>logia e Naturopatia.<br />

136


TIPO SANGUÍNEO E A RELAÇÃO IRIDOLÓGICA BIOMOLECULAR<br />

Adalton Vilhena Stracci N.D.<br />

Pesquisa e <strong>do</strong>cumentação Clínica Laboratorial em Iri<strong>do</strong>logia Biomolecular na correlação Tipo<br />

Sanguíneo e a Ánalise Celular in vivo<br />

(Teste Metabólico Sanguíneo)<br />

Centro de Pesquisas de Iri<strong>do</strong>logia Biomolecular<br />

IRIDOLOGIA BIOMOLECULAR<br />

TIPO SANGÜÍNEO E ANÁLISE CELULAR IN VIVO<br />

Há muitos a agradecer, pois nenhuma pesquisa científica é solitária.<br />

137


Ao longo <strong>do</strong> caminho, fui orienta<strong>do</strong>, inspira<strong>do</strong> e apoia<strong>do</strong> por todas as pessoas <strong>que</strong> em mim<br />

confiaram. Agradeço aos extraordinários pacientes <strong>que</strong>, em busca de saúde e felicidade, honraramme<br />

com sua confiança.<br />

Na iri<strong>do</strong>logia, busco sempre <strong>do</strong>cumentar meus acha<strong>do</strong>s (sinais) mais relevantes <strong>que</strong> são<br />

compatíveis com uma <strong>do</strong>cumentação clínica de exames laboratoriais. Isto tem enri<strong>que</strong>ci<strong>do</strong> toda a<br />

clínica desenvolvida em 20 anos de labor no estu<strong>do</strong> iri<strong>do</strong>lógico. Muitas vezes me deparei com uma<br />

excelente análise da íris, com várias confirmações e havia erra<strong>do</strong> no tratamento. Sempre <strong>que</strong>stionei<br />

isto, pois se a base de uma medicina naturopática é a nutrição, por <strong>que</strong> determina<strong>do</strong> paciente se<br />

recuperava e outro não se dava bem?<br />

Até <strong>que</strong> pude ter acesso ao trabalho e pesquisa <strong>do</strong> Dr. Peter J. D’Adamo, quan<strong>do</strong> ele diz: “O<br />

tipo sangüíneo é a chave <strong>que</strong> abre a porta para os mistérios da saúde, <strong>do</strong>ença, longevidade, vigor<br />

físico e força emocional.” É ele <strong>que</strong> determina a suscetibilidade a <strong>do</strong>ença, o tipo de alimento <strong>que</strong> se<br />

deve comer e quais os exercícios <strong>que</strong> são apropria<strong>do</strong>s. Ele é um fator <strong>que</strong> influi em nosso nível de<br />

energia, na eficiência com <strong>que</strong> <strong>que</strong>imamos calorias, em nossa reação emocional ao estresse e talvez<br />

mesmo em nossa personalidade.<br />

Comecei a descobrir atualmente uma maneira de usar o tipo sangüíneo como uma<br />

impressão digital celular e a fazermos a conexão de riscos de saúde em cada tipo sangüíneo na<br />

relação da topografia iridal, ou melhor, bus<strong>que</strong>i to<strong>do</strong>s os sistemas e órgãos relaciona<strong>do</strong>s na íris para<br />

cada tipo sangüíneo em seus riscos de saúde. Fi<strong>que</strong>i surpreso com esta constatação, <strong>que</strong> acabei<br />

desenvolven<strong>do</strong> extensa <strong>do</strong>cumentação clínica iri<strong>do</strong>lógica e análises da biomolecular, desde<br />

mineralogramas capilares até a observação de lectinas tóxicas hemo-aglutinantes na relação<br />

produção de energia. Na seqüência demonstrarei casos com fotos da íris e análise de sangue,<br />

tira<strong>do</strong>s pelo vídeo printer. Minha preocupação foi buscar precisão de análises procuran<strong>do</strong> organizar<br />

de forma perfeita a relação tipo sangüíneo e iri<strong>do</strong>logia. Uma das correlações mais importantes foi a<br />

análise da íris hipo estomacal e tipo sangüíneo A., e, tipo O e a relação estômago hiper. A medida<br />

<strong>que</strong> fui compreenden<strong>do</strong> esta relação pude acertar e ajustar melhor a dieta e verificar mudanças na<br />

produção de energia de cada paciente. Não <strong>que</strong>ro ser categórico em afirmar <strong>que</strong> to<strong>do</strong>s os riscos de<br />

saúde serão encontra<strong>do</strong>s em sinais na íris, porém, a medida <strong>que</strong> desenvolvo esta nova parte da<br />

ciência, posso me aproximar de uma análise iri<strong>do</strong>lógica mais compatível com a realidade clínica <strong>do</strong><br />

paciente.<br />

Tentei colocar um méto<strong>do</strong> objetivo de avaliação para confirmar meus acha<strong>do</strong>s aprimoran<strong>do</strong><br />

microcâmeras, lupas e adaptações em microscópicos para íris e análise <strong>do</strong> sangue. Desenvolvi<br />

decorrer <strong>do</strong>s anos um verdadeiro laboratório de iri<strong>do</strong>logia biomolecular para observar e <strong>do</strong>cumentar<br />

fotograficamente toda essa relação <strong>do</strong> tipo sangüíneo, seus riscos de saúde e os sinais na íris.<br />

Seu plano de tipo sangüíneo permite-lhe ajustar a informação sobre saúde e nutrição a seu<br />

perfil biológico exato. E falta ainda conhecer através da íris as debilidades inerentes, o grau de<br />

intoxicação <strong>do</strong> Tracto Gastro Intestinal, a subatividade ou hiperatividade de sistemas e órgãos e o<br />

nível de stress através <strong>do</strong>s anéis nervosos. É dessa forma <strong>que</strong> se completa a análise e planejamento<br />

terapêutico. A iri<strong>do</strong>logia, por sua vez, indican<strong>do</strong> o terreno estrutural, se forte ou fraco e riscos <strong>do</strong><br />

tipo sangüíneo <strong>que</strong> poderiam ter ti<strong>do</strong> influência na potencialização <strong>do</strong>s sintomas com agravamentos<br />

mais rápi<strong>do</strong>s de patologias se instalan<strong>do</strong>.<br />

Gostaria de colocar um pouco de filosofia e agradecimento a essas novas pesquisas:<br />

“Entre as luzes da sabe<strong>do</strong>ria da cura, o tipo sangüíneo superou to<strong>do</strong>s os sistemas de cura.<br />

Encontrei no tipo sangüíneo e na iri<strong>do</strong>logia a resposta para muitos encontrarem a energia e a cura”.<br />

Estou colhen<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>que</strong> me ajudarão a confirmar ou rejeitar minhas conclusões<br />

(raciocínio).<br />

Lectinas: A Conexão Dietética na Relação Iri<strong>do</strong>logia Biomolecular In Vivo<br />

138


Uma reação química ocorre entre seu sangue e os alimentos <strong>que</strong> você come. Essa reação faz<br />

parte de sua herança genética. É estranho mas verdadeiro <strong>que</strong> hoje, no final <strong>do</strong> século vinte, seus<br />

sistemas digestivo e imunológico ainda mantenham preferência pelos alimentos <strong>que</strong> seus ancestrais<br />

com o mesmo tipo de sangue comiam.<br />

Sabemos disso devi<strong>do</strong> a um fator chama<strong>do</strong> lectina. As lectinas, abundantes e variadas<br />

proteínas encontradas nos alimentos, têm propriedades de aglutinação <strong>que</strong> afetam seu sangue. As<br />

lectinas são um poderoso meio de <strong>que</strong> dispõem os organismos da natureza para se unirem a outros<br />

organismos. Grandes quantidades de germes, e mesmo nosso próprio sistema imunológico, usam<br />

essa supercola em seu benefício. Por exemplo, as células <strong>do</strong>s ductos biliares de nosso fíga<strong>do</strong> têm<br />

lectinas em suas superfícies para ajudá-las a capturar bactérias e parasitas. Bactérias e outros<br />

micróbios têm lectinas em suas superfícies também, <strong>que</strong> funcionam como ventosas, para <strong>que</strong><br />

possam se fixar às escorregadias mucosas <strong>que</strong> revestem o corpo. Muitas vezes as lectinas utilizadas<br />

por vírus ou bactérias são próprias para um tipo de sangue, tornan<strong>do</strong>-se uma persistente peste para<br />

pessoas com esse tipo sangüíneo.<br />

O mesmo acontece, também, com as lectinas <strong>do</strong>s alimentos. Em termos simples, quan<strong>do</strong><br />

você come um alimento <strong>que</strong> contém lectinas protéicas incompatíveis com o antígeno de seu tipo de<br />

sangue, as lectinas atingem um órgão ou sistema corporal (rins, fíga<strong>do</strong>, cérebro, estômago, etc.) e<br />

começam a aglutinar células sangüíneas nessa área.<br />

Muitas lectinas <strong>do</strong>s alimentos têm características <strong>que</strong> são bastante semelhantes ao antígeno<br />

de um certo tipo de sangue para torná-lo um “inimigo” de outro. Por exemplo, o leite tem<br />

qualidades semelhantes ao tipo B; se uma pessoa com tipo A o toma, seu sistema imediatamente<br />

inicia o processo de aglutinação para rejeitá-lo.<br />

Eis um exemplo de como uma lectina aglutina no corpo. Digamos <strong>que</strong> uma pessoa de tipo<br />

A come um prato de feijão. O feijão é digeri<strong>do</strong> no estômago por meio de um processo de hidrólise<br />

ácida. Contu<strong>do</strong>, a proteína lectínica resiste à hidrólise ácida. Não é digerida, permanece intacta e<br />

pode interagir diretamente com a membrana <strong>que</strong> reveste o estômago ou os intestinos, ou ser<br />

absorvida pela corrente sangüínea juntamente com os nutrientes digeri<strong>do</strong>s <strong>do</strong> feijão. Lectinas<br />

diferentes atingem diferentes órgãos e sistemas <strong>do</strong> corpo. Uma vez <strong>que</strong> se estabelece em<br />

algum local <strong>do</strong> corpo, a proteína lectínica intacta produz um efeito magnético nas células dessa<br />

área. Ela aglutina essas células, <strong>que</strong> passam a ser alvo de destruição, como se também fossem<br />

invasores estranhos. Essa aglutinação pode causar síndrome de irritação intestinal ou cirrose<br />

hepática, ou blo<strong>que</strong>ar o fluxo <strong>do</strong> sangue nos rins – para citar apenas alguns <strong>do</strong>s efeitos,<br />

conse<strong>que</strong>ntemente a energia diminui, observe o centro de vitalidade na iris.<br />

Felizmente, a maior parte de lectinas encontradas na dieta não é tão letal, embora possa<br />

causar vários problemas, principalmente se forem lectinas específicas de um determina<strong>do</strong> tipo de<br />

sangue. Na maioria das vezes nosso sistema imunológico nos protege das lectinas. Noventa e cinco<br />

por cento das <strong>que</strong> absorvemos em nossa dieta são eliminadas por nosso corpo. Mas pelo menos<br />

cinco por cento das <strong>que</strong> ingerimos são filtradas para corrente sangüínea, onde reagem com as<br />

células vermelhas e brancas <strong>do</strong> sangue e as destroem. As ações das lectinas no aparelho digestivo<br />

podem ser mais radicais. Muitas vezes provocam violenta inflamação na sensível mucosa intestinal<br />

e sua<br />

ação aglutinante pode parecer uma alergia alimentar. Mesmo uma quantidade mínima de lectina é<br />

capaz de aglutinar um grande número de células se um determina<strong>do</strong> tipo de sangue for reativo.<br />

Isso não <strong>que</strong>r dizer <strong>que</strong> você deve temer os efeitos de to<strong>do</strong>s os alimentos <strong>que</strong> come. Afinal<br />

de contas, as lectinas são amplamente abundantes em legumes, frutos <strong>do</strong> mar, grãos e verduras. É<br />

difícil passar sem elas. O importante é evitar as <strong>que</strong> aglutinam suas células – determinadas pelo tipo<br />

de sangue. Por exemplo, o glúten, a mais comum lectina <strong>do</strong> trigo e outros grãos, cola-se na mucosa<br />

<strong>do</strong> intestino grosso, causan<strong>do</strong> substancial inflamação e irritação <strong>do</strong>lorosa em pessoas de alguns tipos<br />

de sangue – principalmente O.<br />

O teci<strong>do</strong> nervoso é em regra muito sensível ao efeito aglutinante das lectinas <strong>do</strong>s alimentos.<br />

Isso pode explicar por <strong>que</strong> alguns pesquisa<strong>do</strong>res acham <strong>que</strong> dietas antialérgicas podem ser benéficas<br />

139


no tratamento de alguns tipos de <strong>do</strong>ença nervosas, como a hiperatividade. Pesquisa<strong>do</strong>res russos<br />

observaram <strong>que</strong> o cérebro <strong>do</strong>s esquizofrênicos é mais sensível à fixação de certas lectinas de<br />

alimentos comuns.<br />

Depois de entender o mecanismo das lectinas tóxicas, posso agora olhar para a íris no<br />

centro da vitalidade, e determinar a <strong>que</strong> velocidade próxima se encontra to<strong>do</strong> o metabolismo.<br />

Quanto mais lectinas tóxicas para cada tipo de sangue posso procurar inflamações sejam elas<br />

agudas, sub-agudas, crônicas e degenerativas. A única forma de reverter o processo inflamatório é a<br />

conscientização de meu paciente para uma mudança de seus alimentos específicos. Dan<strong>do</strong> esta boa<br />

idéia ao paciente posso observar na íris as mudanças das nuances e manchas, <strong>que</strong> claream.<br />

Quan<strong>do</strong> os teci<strong>do</strong>s estão limpan<strong>do</strong>, não estou descobrin<strong>do</strong> nada de novo na Iri<strong>do</strong>logia,<br />

apenas correlacionan<strong>do</strong> sinais na íris e alterações morfológicas no teste metabólico sangüíneo.<br />

Checar os órgãos mais suceptíveis às lectinas tóxicas, avança mais meu raciocínio clínico<br />

sobre <strong>que</strong> nível de gravidade estou lidan<strong>do</strong> e como posso planejar toda estratégia terapêutica.<br />

Desvendar to<strong>do</strong>s esses mecanismos me dá maior acuidade clínica para ajudar meu paciente a<br />

encontrar mais energia e a cura.<br />

Um excelente diagnóstico, <strong>que</strong> rastreie profundamente as causas, nos torna um instrumento<br />

de bons resulta<strong>do</strong>s.<br />

TIPO O Íris E – Mama (Segue anexo mamografia bilateral:<br />

Presença de um nódulo retro-mamilar de limites precisos<br />

e regulares com 6 mm de diâmetro na mama es<strong>que</strong>rda.)<br />

Estômago com sinais de focos irritativos compatível com<br />

H.P. (segue anexo relatório de en<strong>do</strong>scopia, confirma<strong>do</strong> por<br />

teste de usease positivo)<br />

Obs.: Paciente autorizou a exposição <strong>do</strong>s exames para<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> trabalho.<br />

TIPO O 1ª Consulta<br />

Análise celular in vivo<br />

Cristais de uréia<br />

TIPO B Masc. – P.A. Alta – En<strong>do</strong>limax nana<br />

Síndrome da Fadiga Crônica<br />

Tomou mais de 300 c de Zocor<br />

TIPO B Masc. – Queixa Principal – Memória Fraca<br />

Come muito frango – Renite Alérgica<br />

Intestino Tóxico<br />

TIPO A.B. Masc. - Hemoaglutinação <strong>do</strong>s Glóbulos Vermelhos<br />

Estressa<strong>do</strong><br />

TIPO A.B. Feminino – 72 anos<br />

- Desgaste <strong>do</strong> fêmur es<strong>que</strong>r<strong>do</strong><br />

- Osteoporose / usa muito anti-inflamatórios<br />

- Condição reumática<br />

- Obesidade moderada<br />

Foto da Íris – Aumento de 100x<br />

140


1º - Irís Direita – Coluna M.P.<br />

2º - Irís Es<strong>que</strong>rda – Fêmur M.P.<br />

3º - Irís Es<strong>que</strong>rda – Coluna<br />

4º - Irís Direita – Fíga<strong>do</strong> / Vesícula<br />

TIPO A.B. Acidez Estomacal – Come muito açúcar<br />

Disbiose Intestinal<br />

Dores de cabeça<br />

TIPO A P.S.A. – 5,0 nnl – 52 anos<br />

Sente dificuldade para urinar<br />

Ejaculação Dolorosa<br />

TIPO A 61 anos – Masculino – Diabetes – Daomil<br />

Cataratas – Insônia<br />

TIPO A Feminino – Mioma – T.G.I. Tóxico<br />

- Muitos gases e ab<strong>do</strong>men dilata<strong>do</strong><br />

- Depressão – Memória Fraca<br />

- Menstruação excessiva com <strong>do</strong>res de cabeça e cansaço<br />

TIPO O Feminino – Câncer de Mama – Mastectomizada<br />

Metástase de Intestino grosso<br />

- Invivo -> Muito aglutina<strong>do</strong> – Lectinas Tóxicas<br />

TIPO A.B. Feminino – Família com talassemia<br />

Intestino tóxico<br />

Possível atividade parasítica<br />

TIPO A Dentista – Masculino<br />

Faixa de metais pesa<strong>do</strong>s alta – M.P. Testículo E.<br />

TIPO A Feminino – 84 anos<br />

(1ª foto) - Placa Heterogênica tóxica<br />

- Pigmento esverdea<strong>do</strong><br />

- Íris com anel de sódio<br />

(2ª foto) - Pigmento esverdea<strong>do</strong><br />

(3ª foto) - Placa Heterogênica Tóxica<br />

TIPO O Feminino – 53 anos<br />

- Nódulo na mama<br />

- Placa aglutinada por hormo premelle.<br />

- Toma anti-inflamatório para <strong>do</strong>res nas juntas<br />

- Halo hepático<br />

TIPO A 64 anos – Faixa Lipídica devi<strong>do</strong> a embalagem azul da manteiga.<br />

- Células vermelhas aglutinadas<br />

- Periferia gota in vitro mais escura<br />

141


TIPO A Masculino – 77 anos – Síndrome <strong>do</strong> cólon irritável<br />

- Hipertrofia Prostática<br />

- Disbiose Intestinal<br />

TIPO O Feminino – Artrite Reumatóide<br />

M.P. Lumbar – Sempre com <strong>do</strong>res<br />

TIPO O Feminino – Ptoses Transversal – 32 anos<br />

Disbiose Intestinal<br />

TIPO O Masculino – 37 anos – Diabetes – Cegueira<br />

Devi<strong>do</strong> uso exagera<strong>do</strong> de cal<strong>do</strong> de cana<br />

TIPO O Masculino – 57 anos – Tumor pulmão<br />

- Aglutinação para Lectinas Tóxicas<br />

- L. Fechada forma arre<strong>do</strong>ndada<br />

- L. Fechada circular pe<strong>que</strong>na na área <strong>do</strong> pulmão direito<br />

TIPO O Masculino – 46 anos – H.I.V. Positivo<br />

- Faz apenas controle +/- 10 anos com alimentação natural<br />

- Uso diário de 2 copos de suco verde orgânico<br />

- Suplementação completa Biomolecular<br />

TIPO O Feminino – Chocólatra<br />

- T.G.I. muito tóxico<br />

- Halo hepático – Sistema de filtragem sobrecarrega<strong>do</strong><br />

- Sinal na íris de pigmento uterogênico<br />

TIPO O Feminino – 43 anos – Gordura Saturada (Salsicha) em<br />

hemoaglutinação<br />

ÍRIS<br />

Alimentos contrários ao tipo sangüíneo, suas lectinas tóxicas, poderão formar inflamações,<br />

e, se persistirmos, encontraremos debilidades inerentes observadas na íris, onde se instalaram essas<br />

lectinas. O processo geral de produção de energia é impedi<strong>do</strong>, o sistema de eliminação começa a<br />

trabalhar muito e acabamos baixan<strong>do</strong> nossa resistência e imunidade. Criamos sintomas comen<strong>do</strong><br />

alimentos nocivos, com suas lectinas tóxicas. Favorecemos os fatores de riscos relaciona<strong>do</strong>s ao tipo<br />

sanguíneo e incrementamos desordens funcionais, inflamações e células aglutinadas sem a função<br />

de produzir energia sobre os sistemas e órgãos com fra<strong>que</strong>zas inerentes, <strong>que</strong> na íris aparecem como<br />

fibras e trabéculos tortuosos e espaça<strong>do</strong>s.<br />

É preciso fazer uso dessa conexão para se tirar conclusões.<br />

Bus<strong>que</strong>i <strong>do</strong>cumentar ao máximo e correlacionar os vários exames laboratoriais.<br />

Quan<strong>do</strong> relato Halo Hepático em análise celular in vitro, procuro na íris área hepática<br />

segun<strong>do</strong> Dr. Bradford e Dr. Serge Jurassanas. O halo hepático define um fíga<strong>do</strong> exausto e<br />

sobrecarrega<strong>do</strong> com alguma substância tóxica. O tipo A é o mais vulnerável por seu risco de saúde<br />

e desordem <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> e vesícula.<br />

Prefiro um excelente e claro raciocínio de uma análise rastrea<strong>do</strong>ra, <strong>do</strong> <strong>que</strong> dar um<br />

diagnóstico final, pois mesmo o halo hepático assintomático é interessante em determina<strong>do</strong>s<br />

142


conjuntos de processos de desordem funcional para medir as transaminases e concluir com<br />

possíveis hepatologias.<br />

Vivemos numa época anima<strong>do</strong>ra para a iri<strong>do</strong>logia. Finalmente a ciência médica moderna<br />

desenvolveu as ferramentas analíticas e os conhecimentos básicos para entendermos os mecanismos<br />

da sabe<strong>do</strong>ria iri<strong>do</strong>lógica e todas as suas conexões <strong>que</strong> favoreçam uma realidade na análise e<br />

diagnóstico.<br />

Segue casos com <strong>do</strong>cumentação clínica laboratorial.<br />

Equipamentos utiliza<strong>do</strong>s:<br />

2 Microscópios (Lupa) para íris, com Fibra Ótica e Filtro Azul<br />

Vídeo Printed J.V.C. (Captação e fotografia)<br />

2 IRISCAM aumento 20x e 40x<br />

Microscópio Coleman com Câmara Sansung – Resolução 460 linhas para capturas e fotos de<br />

imagens <strong>do</strong> teste metabólico sanguíneo (in vitro e in vivo)<br />

ACUTREND – para colesterol, triglicéridas e glicemia<br />

To<strong>do</strong>s os pacientes fotografa<strong>do</strong>s autorizam a exposição de suas fotos e exames clínicos.<br />

TIPO A Feminino - 47 anos / hemorragia uterina<br />

Mancha Psórica área <strong>do</strong> útero. Análise celular in vitro com processo oxidativo<br />

grave e compatível com distúrbios <strong>do</strong> baixo ab<strong>do</strong>men.<br />

TIPO A Masculino – 5 anos / Verruga viral<br />

Irirs E – Área de boca com pigmentos mais escuros.<br />

Análise in Vitro – Halo Hepático<br />

TIPO A Íris D – Masculino<br />

Fíga<strong>do</strong> com hepatomegalia e infiltração gordurosa – Tiróide subativa.<br />

Íris E<br />

HEPATITE B – Hepatomegalia com infiltração gordurosa. Já teve sífilis.<br />

TIPO A 1ª consulta – Bilirrubina Alta Hepatomegalia leve com possível <strong>Este</strong>atose.<br />

Esplenomegalia leve. Desinteresse sexual.<br />

2ª consulta<br />

L.F. Fíga<strong>do</strong> com sinais de limpeza.<br />

Formação<br />

Medicina Preventiva Natural (Curso Extensivo)<br />

Academia Naturopática Redesa - Guatemala<br />

Especialização em Nutrologia<br />

Academia Naturopática Redesa – Guatemala<br />

Curso de Aperfeiçoamento em Iri<strong>do</strong>logia Holística e Teste Metabólico Sanguíneo – Espanha<br />

/Portugal<br />

Premiação<br />

Medalha de Honra ao Mérito Prof. Alberto Sabin, concedida pela Sociedade Cívica Cultural<br />

Brasileira pelas investigações e pesquisas científicas em favor <strong>do</strong> biodesenvolvimento humano.<br />

Somam-se 21 anos de dedicada pesquisa em iri<strong>do</strong>logia laboratorial.<br />

143


<strong>Este</strong> trabalho representa uma porção de coisas para mim, inclusive compromisso e<br />

dedicação.<br />

Gostaria de agradecer à<strong>que</strong>la vóz interior <strong>que</strong> tem me guia<strong>do</strong> na vida, dan<strong>do</strong>-me inspiração,<br />

força e humildade.<br />

Desejo a to<strong>do</strong>s <strong>que</strong> coordenam este Congresso: Vitalidade, Vigor e Paz.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1. Células Sanguíneas<br />

Barbara J. Bailu<br />

2. Microscopic Peripheral Blood Analysis Program<br />

Robert W. Bradford<br />

3. Manual de Técnicas Hematológicas<br />

Vallada<br />

4. Radicais Livres em Patologia Humana<br />

Helion Povoa<br />

5. Revolução Antienvelhecimento<br />

Timothy J. Smith, M. D.<br />

6. O Segun<strong>do</strong> Cérebro<br />

Michael D. Gershon M. D.<br />

7. Medicina Interna<br />

Harrison<br />

8. Enciclopédia da Medicina Natural<br />

Michael Murray e Joseph Pizzorno<br />

9. IRIDOLOGY - Cience and Pratic in the Healing Arts<br />

Bernard Jansen, D. C., N. D.<br />

10. IRIDOLOGIA MODERNA ILUSTRADA<br />

Dardanelli<br />

11. IRIDOLOGIA ATUALIZADA<br />

D. F. J. Gausa<br />

2ª Foto Células Vermelhas aglutinadas in vivo<br />

Baixa de leucócitos e glóbulos vermelhos.<br />

CASOS EM DOCUMENTAÇÃO CLÍNICA LABORATORIAL<br />

TIPO A 5 anos – Verruga viral na ponta da língua<br />

(possível contato com cão). De<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pés com pus.<br />

21 dias após tratamento com dieta <strong>do</strong><br />

tipo sanguíneo e uso Agrisept L (concentra<strong>do</strong><br />

da casca e sementes <strong>do</strong> limão – Altamente Biogênico).<br />

Uso 4 gotas via oral e aplicação com cotonete<br />

Sobre verruga da língua.<br />

Íris D Inflamação aguda perna/pés<br />

Íris E Área da língua – Intestino e adjacências tóxicas com<br />

Pigmentos de teci<strong>do</strong> frágil.<br />

144


RAYID<br />

Sequência <strong>do</strong>s Filhos<br />

A personalidade é determinada pela genética.<br />

145<br />

Gerosn Santos<br />

Quan<strong>do</strong> se pergunta a um pai ou mãe de determinadas crianças você ouvirá <strong>que</strong> cada<br />

uma das crianças veio para este mun<strong>do</strong> com uma personalidade distinta.<br />

Embora fatores ambientais na infância possam ter uma influência significativa na<br />

maneira pela qual a personalidade da criança é expressa, as suas experiências na infância não<br />

foram a origem da sua personalidade.<br />

O conjunto <strong>do</strong>s traços comportamentais <strong>que</strong> você pensa serem tão unicamentes seus<br />

são, em sua maior parte, simplesmente variações de um padrão existente na sua árvore<br />

genealógica.<br />

Geneticamente, cada indivíduo é uma combinação de programas fisiológicos e<br />

comporamentais herda<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus ancestrais. Embora cada indivíduo tenha a oportunidade<br />

de exercer seu livre arbítrio, a maior parte das pessoas têm dificuldades de se desembaraçar<br />

das influências invisíveis das gerações anteriores.<br />

Muitas dessas influências estão longe de serem benígnas. Alguns <strong>do</strong>s aspéctos<br />

herda<strong>do</strong>s são decididamente contra-poducentes em termos <strong>do</strong> desenvolvimento geral a nível<br />

emocional e psíquico.<br />

Conhecer a ordem de nascimento de cada criança é de grande importância para<br />

dispertar a verdadeira genealidade <strong>que</strong> está dentro de cada criança, pois todas são perfeitas.<br />

A ordem de nascimento determina as qualidades, os <strong>do</strong>ns e as potencialidades<br />

herdadas, e de <strong>que</strong> la<strong>do</strong> da família vem tais qualidades.<br />

Se é um primeiro filho ele tem <strong>do</strong>ns e qualidades bem diferentes de um segun<strong>do</strong><br />

filho, tanto no corpo físico como psíquico e reações bem distintas, conse<strong>que</strong>ntemente<br />

personalidades diferentes.<br />

Se é uma primeira filha há uma diferença nitidamente notável da Segunda filha.<br />

A diferença se dá por<strong>que</strong> cada criança <strong>que</strong> nasce traz a bagagem genética e<br />

emocional de ancetrais diferentes. Há uma sequência sagrada até a Sexta criança. Se existir<br />

mais <strong>que</strong> seis filhos o sétimo passa a iniciar ouro ciclo de seis. Veja o es<strong>que</strong>ma de uma<br />

árvore genealógica abaixo.<br />

Veja figura abaixo.<br />

Tanto as toxinas quanto o ouro têm suas origens em algum lugar na árvore<br />

genealógica. Cada indivíduo tem uma linha diferente. O veneno da negatividade não<br />

resolvida em uma geração precedete influencia a to<strong>do</strong>s no presente e pecisa ser anula<strong>do</strong>. E<br />

esta negatividade pode ter si<strong>do</strong> um estupro, alcoolismo, câncer,enfarto, etc. É útil saber de<br />

qual afluente o veneno vem, de maneira <strong>que</strong> você possa viajar de volta para a<strong>que</strong>le lugar na<br />

sua mente e limpá-lo. Similarmente é útil conhecer <strong>que</strong> linha ou <strong>que</strong> galho da árvore é<br />

responsável para depositar as pepitas preciosas neste es<strong>que</strong>ma, ou seja a alegria, júbilo, paz,<br />

força, compaixão,perdão, justiça, beleza, saúde etc...


Encontrar a fonte <strong>do</strong>s metais preciosos na árvore genética é despertar em cada<br />

indivíduo a sua verdadeira genealidade e é o <strong>que</strong> irá lhe dar a sua veradeira essência<br />

amplian<strong>do</strong> a sua consciência.<br />

A IRIS é um mapa preciso das toxinas específicas e <strong>do</strong>s metais preciosos <strong>que</strong> estão<br />

fluin<strong>do</strong> para a<strong>que</strong>la pessoa. A estrutura da iris, as posições específicas e as funções <strong>do</strong>s<br />

hemisférios cerebrais são como um detector de metal altamente preciso ou um instrumento<br />

químico, <strong>que</strong> podem ser usa<strong>do</strong>s para localizar a origem destes traços compotamentais<br />

específicos.<br />

O es<strong>que</strong>ma abaixo comprova a influência transgeracional.<br />

A mãe é uma primeira filha, e em conversa com ela<br />

Não soube me confirmar se a sua avó era uma primeira filha, no entanto me relatou<br />

<strong>que</strong> a sua avó, tanto quanto a sua mãe foram mulheres muito autoritárias e <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>ras em<br />

extremos. Esta mãe trouxe a sua primeira filha para consultar comigo com alguns problemas<br />

de saúde e comportamentos , ou seja ela é Lésbica e a mãe está desesperada. Idade da filha<br />

(24 anos).<br />

Veja os padrões das iris da mãe e da filha. Ambas são primeiras filhas.<br />

Veja as iris:<br />

IRIS DA MÃE<br />

IRIS DA FILHA<br />

Observa-se um padrão muito mental o <strong>que</strong> evidencia uma polarização <strong>do</strong> hemisfério<br />

es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>, ou seja influencias TRANSGERACIONAIS, tres ou quatro gerações empurran<strong>do</strong><br />

para o emisfério es<strong>que</strong>r<strong>do</strong>, a inconsciência atrai uma necessidade e cria uma afinidade<br />

feminina para trazer devolta para o cérebro direito, porém tu<strong>do</strong> isto é inconsciente.<br />

Quan<strong>do</strong> ísto é coloca<strong>do</strong> diante <strong>do</strong> paciente a sua consciência é ampliada a família é<br />

beneficiada com o crescer da consciência e a mente tende a ir para o seu equilíbrio.<br />

É prazeroso dispertar a genealidade em cada paciente com esta técnica <strong>do</strong> ampliar da<br />

consciência.<br />

A paciente em <strong>que</strong>stão está em tratamento e com muitos resulta<strong>do</strong>s positivos. Melhoran<strong>do</strong><br />

não apenas a sua sexualidade, como também sua saúde, relacionamentos, trabalho e família.<br />

Vamos melhorar o mun<strong>do</strong>, esta é nossa missão.<br />

TRABALHO APRESENTADO POR :<br />

GERSON SANTOS<br />

IRIDOLOGISTA<br />

BEL. SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO AMERICANO DE TEOLOGIA-SALT<br />

RAYD INTERNACIONAL C/ DENNY JOHNSON<br />

ESTUDANTE DE NUTRIÇÃO<br />

PESQUISADOR DE IRIDOLOGIA E COMPORTAMENTO HUMANO.<br />

146


SINAIS IRIDOLÓGICOS RELACIONADOS ÀS<br />

AÇÕES TERAPÊUTICAS DAS PLANTAS BRASILEIRAS<br />

Protocolo Biotipológico na Seleção <strong>do</strong>s<br />

Recursos Fitoterápicos<br />

Carlos Magno Esscouto<br />

Ana Cristina Secco Vianna<br />

Abordagem <strong>do</strong> Problema<br />

Consideran<strong>do</strong> as constantes falhas terapêuticas e as respostas inadequadas <strong>do</strong> sistema químico<br />

sintetiza<strong>do</strong> de medicamentos no Brasil, consideran<strong>do</strong> o crescente interesse <strong>do</strong>s pacientes e das<br />

pessoas por medicamentos advin<strong>do</strong>s da natureza, de fácil assimilação, gera<strong>do</strong>res de mínimos efeitos<br />

colaterais, e capazes de dar respostas clínicas globais para sintomas orgânicos, mentais e<br />

emocionais, consideran<strong>do</strong> ainda a necessidade de usarmos os recursos terapêuticos regionais e de<br />

baixo custo aos pacientes, consideran<strong>do</strong> as diversas pesquisas em Universidades Brasileiras sobre o<br />

uso de plantas medicinais regionais, com o intuito de resolver as "lacunas" não preenchidas pelo<br />

medicamentos tradicionais, consideran<strong>do</strong> <strong>que</strong> na última década, além <strong>do</strong> uso popular, é crescente o<br />

uso das plantas medicinais em clínicas de emagrecimento, consultórios médicos, em ambulatórios<br />

médicos de diversas prefeituras brasileiras, em creches e também em empresas voltadas para a<br />

Qualidade de Vida de seus funcionários, consideran<strong>do</strong> <strong>que</strong> a Irisdiagnose / Iri<strong>do</strong>logia é uma ciência<br />

com corpo teórico estabeleci<strong>do</strong>, capaz de fornecer informações sobre o metabolismo de to<strong>do</strong> o<br />

organismo, as áreas de menor resistência e os sítios de intoxicação e retenção de resíduos, uma vez<br />

<strong>que</strong> o Mapa Iri<strong>do</strong>lógico representa anatomica e funcionalmente to<strong>do</strong>s os sistemas orgânicos,<br />

teci<strong>do</strong>s, glândulas, etc..., os autores procederam um estu<strong>do</strong> duplo cego buscan<strong>do</strong> relacionar<br />

modificações globais sobre as áreas iri<strong>do</strong>lógicos encontradas, com os Benefícios Terapêuticos das<br />

Plantas Medicinais Brasileiras sobre sintomas orgânicos, mentais e emocionais.<br />

147


Pressuposto<br />

Ainda <strong>que</strong> nos pareça algo empírico o uso de plantas medicinais para tratar distúrbios orgânicos,<br />

mentais e energéticos, e de <strong>que</strong> a Nova Ciência da Irisdiagnose seja um terreno ainda um tanto<br />

impalpável, parece haver uma íntima relação entre as idéias de Constituição e Diáteses afirmadas<br />

pela Irisdiagnose e as Ações fisiológicas e psicológicas desencadeadas pela administração destas<br />

plantas medicinais. Os autores partiram <strong>do</strong> pressusposto de <strong>que</strong> é possível monitorar a escolha<br />

correta da planta, a <strong>do</strong>sificação e a freqüência de seu uso, através da prévia observação e análise da<br />

íris humana, delinean<strong>do</strong> uma expectativa de bom prognóstico clínico, psíquico e energético.<br />

Justificativa<br />

Diante destas possíveis relações, a realização deste trabalho é justificável, principalmente em<br />

função de despertar a consciência individual e coletiva para tratamentos não invasivos, não<br />

intoxicantes e de baixo custo, permitin<strong>do</strong> uma abordagem física, mental e psíquica de Qualidade de<br />

Vida, em função, também, de <strong>que</strong> a flora brasileira é rica em princípios terapêuticos consagra<strong>do</strong>s e<br />

aceitos popularmente e, também, ao nível Oficial pelo Ministério da Saúde, capazes de criar ações<br />

de autopreservação, com produção de resíduos biodegradáveis, em função <strong>do</strong>s excelentes efeitos<br />

biológicos das plantas sobre a saúde humana, e das observações clínicas relacionadas às mudanças<br />

de sintomas e das alterações sobre diversos sinais iri<strong>do</strong>lógicos pré - existentes.<br />

Fatores Teóricos de Análise<br />

1. Aprofundar conceitualmente os Principais Sinais e Lesões na Íris e seus significa<strong>do</strong>s<br />

2. Correlacionar a Atividade Farmacológica das Plantas Medicinais, interligan<strong>do</strong> sua Ação rápida e<br />

eficaz na mutação <strong>do</strong>s sintomas mentais, orgânicos e emocionais com alterações anátomo -<br />

fisiológicas da íris humana<br />

3. Correlacionar a história biopatográfica com os sinais iri<strong>do</strong>lógicos acha<strong>do</strong>s.<br />

Variáveis Móveis:<br />

Características das Disfunções Orgânicas, Psíquicas e / ou Energéticas, Características da Íris:<br />

forma, cor e tamanho<br />

Variáveis Fixas:<br />

Idade ( entre 17 e 60 anos ), cor, Extratos de Plantas Medicinais Brasileiras, história biopatográfica,<br />

cronoríschio, escolaridade, Mapa Iri<strong>do</strong>lógico, Significa<strong>do</strong>s das Diferentes Lesões e Estágios<br />

Evolutivos <strong>do</strong>s mesmos, história clínica com os respectivos lau<strong>do</strong>s, filmagem através de equipo<br />

especializa<strong>do</strong> em vídeoimagem, Vídeo e TV Monitor<br />

Objetivo<br />

<strong>Este</strong> trabalho tem a finalidade de quantificar as informações e interpretar os acha<strong>do</strong>s Iri<strong>do</strong>lógicos<br />

para a escolha de um Medicamento Fitoterápico Brasileiro, capaz de exercer simultaneamente<br />

Ações Bioquímicas, Energéticas e Psíquicas; Apresentar um Perfil da IrisDiagnose Orgânica e<br />

Psíquica relacionada com os sintomas das Síndromes da Medicina Chinesa e com a escolha <strong>do</strong>s<br />

Princípios Ativos <strong>do</strong>s Fitoterápicos; Apresentar as Ações Primária, Secundária e Reflexa <strong>do</strong>s<br />

Medicamentos Fitoterápicos sobre Órgãos, Vísceras, Glândulas, etc...; Apresentar os Desequilíbrios<br />

Mentais / Psíquicos relaciona<strong>do</strong>s à Força Vital <strong>do</strong> Medicamento Fitoterápico e Demonstrar as<br />

Ações Mentais Terapêuticas da Planta Medicinal escolhida, basea<strong>do</strong> nas Áreas <strong>do</strong> Rayid.<br />

Revisão da Literatura<br />

* Horto de Plantas Medicinais anexo ao Hospital de Apoio Albert Sabin. Rua S/N Km 1, Ro<strong>do</strong>via<br />

ES 289, Aeroporto - Cachoeiro de Itapemirim - ES. ( 027 ) 522.6924. Secretaria Municipal de<br />

Saúde e Assistência Social / Secretaria Municipal de Educação.<br />

* Sistemática de Plantas invasoras. Ed. Agronômica<br />

* Plantane, Arri Lorenzzi, Plantas daninhas <strong>do</strong> Brasil e Árvores <strong>do</strong> Brasil. Ed. Nova Odema.<br />

* Alimentação Alternativa: Plantas e Ervas comestíveis. Mirtes Brandão, Ed. Globo.<br />

* Sociedade EcoVital. Rua Solda<strong>do</strong> José Alves de Abreu, 604, Caçapava - S.P. CEP: 12.280-000,<br />

com Denise Novaes.<br />

* Brünning, Professor Jaime, A Saúde Brota da Natureza. Ed. Universitária.<br />

148


* 6.460 Receitas Botânicas, Plantas Medicinais, Manual Amplia<strong>do</strong>: Irmão Cirilo. ASSESOAR:<br />

Associação de Estu<strong>do</strong>s, Orientação e Assistência Rural. Cx. Postal 124 ( 0465 ) 22-1354 . Av. Gen.<br />

Osório, 50 - CEP: 85.600 - Francisco Beltrão - PR. Juvenato La Salle, Cx. Postal 108 ( 0465 )<br />

22.1945 - CEP: 85.600 - Francisco Beltrão - PR.<br />

* Astrologia em Fitoterapia, Cupeper<br />

* Heindel, Max, Mensagem das estrelas, Ed. Pensamento.<br />

* Plantar e Colher, John Seymour, Ed. Martins Fontes<br />

* Ervas Daninhas na Alimentação, Mitezi Brandão, EPAMIG, Ed. Globo.<br />

* Plantas Medicinais, Secretaria Municipal de Saúde, Prefeitura de Vitória, Espírito Santo. ( 027 )<br />

223. 6113 - Maira Coelho Silva e Rio Novo <strong>do</strong> Sul ( 027 ) 533.1175<br />

* Uma Farmácia no fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> quintal, Revista Globo Ciência, novembro de 1996.<br />

* A Cura com as plantas <strong>do</strong>s Orixás, Revista Globo Ciência, julho de 1998.<br />

* Revista Viva Mais, encarte da Revista Brasileira de Terapia Floral.<br />

* Documentação da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, 1983.<br />

* Levantamento das Espécies Medicinais encontradas no Brasil e sua Classificação segun<strong>do</strong> a<br />

Medicina Tradicional Chinesa, Disciplina de Fitoterapia, Roberto Leal Boorhem, IARJ, 1991.<br />

* Os Astros e seus Elementos Mágicos, Transcrição e Comentários de Marilena Angelin.<br />

* Botsaris, Alexandros Spyros, Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras, Editora Ícone, 1995.<br />

* Huibers, Jaap, Curar o Fíga<strong>do</strong> com as Plantas Medicinais, Hemus Editora Ltda, 1983, Holanda<br />

* Huibers, Jaap, Como Curar o Estômago com as Plantas Medicinais, Hemus Editora Ltda, 1983,<br />

Holanda<br />

* Huibers, Jaap, Dormir Bem com as Plantas Medicinais, Hemus Editora Ltda, 1983, Holanda<br />

* Huibers, Jaap, Plantas Medicinais Contra o "Stress", Hemus Editora Ltda, 1983, Holanda<br />

* Huibers, Jaap, As Plantas Medicinais e o Coração, Hemus Editora Ltda, 1983, Holanda<br />

* Huibers, Jaap, Vencer a Ansiedade com as Plantas Medicinais, Hemus Editora Ltda, 1983,<br />

Holanda<br />

* Aleixo, Joel, Essencias Florais Brasileiras, Editora Ground, 3ª Edição, 1995, São Paulo.<br />

* Birabén, Victória, Aromaterapia, O Poder Terapêutico <strong>do</strong>s Óleos Essenciais, Editora Gente,<br />

Argentina.<br />

* Johnson, Denny, O Olho Revela, Uma Introdução ao Méto<strong>do</strong> Rayid de Interpretação da Íris,<br />

Editora Ground, 2ª Edição, 1984.<br />

* Batello, Celso. Iri<strong>do</strong>logia, O Que Os Olhos Podem Revelar. Editora Ground, São Paulo, 1994.<br />

* Batello, Celso Fernandes, Iri<strong>do</strong>logia Total, Uma Abordagem Multidisciplinar, Editora Ground, 2ª<br />

Edição, 1996.<br />

* Batello, Celso Fernandes, Pareschi, Clay, Mapas de Irisdiagnose, Editora Ground, 1997.<br />

* Batello, Celso Fernandes, Iri<strong>do</strong>logia e Irisdiagnose, O <strong>que</strong> os Olhos Podem Revelar, Editora<br />

Ground, 1ª Edição, 1999.<br />

* ACKERMANN, Albert Dardanelli. Iri<strong>do</strong>logia Moderna Ilustrada. Editora Cabal, Madrid, 1982.<br />

* FERRANDIZ, Dr. V.L. Iri<strong>do</strong>diagnosis. Ediciones CEDEL, Barcelona, 1981.<br />

* GAZZOLA, Flavio. Curso de Iri<strong>do</strong>logia, Cómo Leer El Esta<strong>do</strong> de Salud En El Íris. Editorial de<br />

Vecchi, Barcelona, 1994.<br />

* JURASUNAS, Serge e Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Pacheco. Iri<strong>do</strong>logia, Um Diagnóstico Natural. Editora Copyart,<br />

Tubarão, 1995.<br />

Conclusão<br />

O estu<strong>do</strong> em <strong>que</strong>stão apresentou critérios para a Sistematização na Escolha de determinadas Plantas<br />

Medicinais Brasileiras, A Forma de Administração e a Dosificação, basea<strong>do</strong> nos Princípios Ativos<br />

destas plantas, na prévia observação e análise detalhadas da íris humana como instrumento<br />

propedêutico, e na percepção <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s mentais emana<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> uso destas plantas, geran<strong>do</strong><br />

elaborações de raciocícios clínico - metabólico - endócrinos, fisiológicos e fisiopatológicos,<br />

permitin<strong>do</strong> a compreensão das aplicações terapêuticas, muito além das receitas clássicas sobre<br />

tratamentos caseiros.<br />

149


O uso da alopatia sintetizada, e suas constantes falhas terapêuticas, tem dividi<strong>do</strong> a opinião das<br />

pessoas a respeito da melhor medicação para cuidar de suas enfermidades. A flora brasileira, rica<br />

em princípios terapêuticos e biológicos para a saúde humana, está sen<strong>do</strong> descoberta por empresas,<br />

hospitais, centros comunitários, postos de saúde e diversos setores da sociedade com espírito<br />

futurista, empreende<strong>do</strong>r. O objetivo desse trabalho é, portanto, demonstrar a importância das<br />

Plantas Medicinais Brasileiras como Recurso Terapêutico Natural, capaz de recuperar a vitalidade e<br />

o bem - estar e, atuar energeticamente sobre Síndromes Complexas, caracterizadas na Medicina<br />

Tradicional Chinesa. Somente através <strong>do</strong> despertar da consciência pela vida e no resgate da<br />

sabe<strong>do</strong>ria popular poderemos encontrar uma dimensão mais profunda para a solução <strong>do</strong> stress, da<br />

ansiedade, as <strong>do</strong>res e principalmente a solidão humana.<br />

Amostra:<br />

Grupo Duplo Cego:<br />

* 1 grupo ( de patologias semelhantes ) usan<strong>do</strong> os Fitodinamiza<strong>do</strong>s<br />

* 1 grupo ( de patologias semelhantes ) usan<strong>do</strong> placebo<br />

Cronograma: 12 meses<br />

Etapas / Meses 2º Semestre/ 99 1º Semestre de 2000<br />

Revisão de Literatura<br />

Coleta de Da<strong>do</strong>s<br />

Análise de Da<strong>do</strong>s<br />

Elaboração e Relatório<br />

Digitação / Revisão<br />

Previsão Orçamentária:<br />

Discriminação Preço Unitário Preço Total<br />

Material de consumo ( droga vegetal ), vidros para os<br />

medicamentos, fitas de vídeo, papel, sulfite, tinta de<br />

impressora, combustível, serviço de terceiros, 100 cópias<br />

xérox, revisão de português, 5 encadernações<br />

Total Geral<br />

150


1 INTRODUÇÃO<br />

151<br />

O TRIMENSIONAL NAS SETE CORES DO ARCO-ÍRIS<br />

Marilene Rodrigues Simões<br />

O pensamento da era Newtoniana, <strong>que</strong> considera o ser humano apenas como um corpo<br />

constituí<strong>do</strong> de ossos, músculos e órgãos controla<strong>do</strong>s pelo cérebro, como se fosse uma máquina<br />

perfeita e complexa na qual um órgão <strong>do</strong>ente nada mais é <strong>do</strong> <strong>que</strong> uma peça <strong>que</strong> <strong>que</strong>brou e necessita<br />

de reparo, ainda hoje é compartilha<strong>do</strong> pela medicina tradicional.<br />

No entanto, sabe-se <strong>que</strong> nada é apenas físico, linear e finito. Toda experiência física vem<br />

acompanhada de uma reação emocional, da mesma forma <strong>que</strong> a <strong>do</strong>ença chega não apenas pela<br />

falência de um órgão, mas, também, pela predisposição emocional <strong>que</strong> facilita o corpo a<strong>do</strong>ecer.<br />

Assim, a <strong>do</strong>ença passa a ser vista não apenas de maneira física, mas holística, ou seja, passa-se a ter<br />

uma visão conjunta de mente e corpo. Seria o mesmo <strong>que</strong> dizer <strong>que</strong> esta máquina tem uma “alma”<br />

<strong>que</strong> alimenta, <strong>que</strong> emite desejo e sensações em cada órgão. É a energia vital existente em to<strong>do</strong>s os<br />

seres vivos, chamada pelos médicos chineses e japoneses de “chi” ou “ki”.<br />

Na mitologia grega, Íris era considerada a deusa <strong>do</strong> arco-íris e mensageira das potências<br />

existentes no Universo. Como ser integrante deste macrocosmo esta mensageira vem mostrar<br />

simbolicamente as potências deste Universo dentro de nós.Temos a força <strong>do</strong> sol (Yang) e a força da<br />

lua (Ying) interagin<strong>do</strong> de forma a manter o equilíbrio <strong>do</strong> nosso macrocosmo <strong>que</strong> é o nosso corpo.<br />

Estas forças em equilíbrio ou desequilíbrio deixam seus sinais através <strong>do</strong> nosso microssistema, <strong>que</strong><br />

é o nosso olho, como um lago ele reflete toda a nossa imagem interior. Se existe a força <strong>do</strong> sol e da<br />

lua dentro <strong>do</strong> ser humano, por <strong>que</strong> não ter a potência <strong>do</strong> arco-íris agin<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong> nosso<br />

macrossitema, permitin<strong>do</strong> ser visto seu reflexo através da nossa íris?<br />

Na natureza o arco-íris é composto de sete cores e esta potência no homem revela-se por<br />

meio <strong>do</strong>s sete centros existentes em seu ser, denomina<strong>do</strong>s de Chakras. Neles concentra-se energia<br />

sutil <strong>que</strong> passa para os plexos orgânicos, sen<strong>do</strong> conduzida por to<strong>do</strong> organismo pelo sistema nervoso.<br />

Quan<strong>do</strong> existe uma harmonia entre os vários aspectos da personalidade, a energia sutil flui<br />

livremente como uma bela melodia. Esta energia sutil juntamente com o campo físico e emocional<br />

formam um conjunto extremamente integra<strong>do</strong>s e correlaciona<strong>do</strong>s entre si, <strong>que</strong> pode ser concebi<strong>do</strong><br />

como uma grade tridimensional. Compreenden<strong>do</strong> o tridimensional através <strong>do</strong>s centros sutis é<br />

fortalecer a visão holística <strong>do</strong> ser, uma vez <strong>que</strong> estes centros funcionam como transmissores e<br />

transforma<strong>do</strong>res de energia, vibran<strong>do</strong> em uma determinada freqüência e trazen<strong>do</strong> consigo o<br />

pre<strong>do</strong>mínio de uma cor eles passam a atuar como uma ponte entre os <strong>do</strong>is campos já cita<strong>do</strong>s<br />

(físico/emocional).<br />

Reconhecen<strong>do</strong> a disfunção de um determina<strong>do</strong> centro sutil pelos sinais registra<strong>do</strong>s na íris,<br />

tem-se mais clareza para detectar o escoamento desta energia desordenada <strong>que</strong> danifica to<strong>do</strong> o<br />

sistema. Observan<strong>do</strong>-se isso a tempo mais fácil será para alterar seu trajeto no senti<strong>do</strong> da<br />

autointegração.<br />

<strong>Este</strong> trabalho será conduzi<strong>do</strong> de forma a integrar a ciência da Irisdiagnose, com seus<br />

mapas já existentes (mapas <strong>do</strong>s órgãos e o mapa Ray id), com um terceiro mapa composto das sete


cores <strong>do</strong> arco-íris, apresentan<strong>do</strong>-os topograficamente, o <strong>que</strong>, na realidade, representa as diferentes<br />

vibrações <strong>do</strong>s sete campos por onde circula a energia sutil, de forma <strong>que</strong> passa demonstrar sua<br />

estreita relação com os mapas cita<strong>do</strong>s.<br />

A interposição <strong>do</strong> terceiro mapa sugere uma simples analogia para elucidar a correlação.<br />

Se tu<strong>do</strong> no Universo tem sua própria vibração, as células, os órgãos e músculos irão vibrar em uma<br />

determinada cor e freqüência, com um determina<strong>do</strong> som.<br />

Vamos dizer <strong>que</strong> o Universo emite uma música regida por um grande maestro onipotente<br />

e onipresente. Conhecen<strong>do</strong> o som de cada instrumento, ele sabe quan<strong>do</strong> um deles está desafina<strong>do</strong>.<br />

Apenas um instrumento desafina<strong>do</strong> é suficiente para deixar toda or<strong>que</strong>stra perdida. Assim é o corpo<br />

humano, este universo interior <strong>que</strong> é regi<strong>do</strong> por uma or<strong>que</strong>stra fabulosa, cada órgão bem como cada<br />

instrumento tem um som a emanar, tem uma vibração e uma cor a despertar.<br />

A música <strong>que</strong> cada ser compõe é como se fosse sua personalidade, os instrumentos são<br />

seus órgãos e seus pensamentos. Então, desafinar é o mesmo <strong>que</strong> a<strong>do</strong>ecer e, através <strong>do</strong>s sinais<br />

impressos na íris, o homem fica saben<strong>do</strong> onde se perdeu.<br />

Partin<strong>do</strong> desta correlação pressupõe-se <strong>que</strong> cada órgão está topograficamente registra<strong>do</strong><br />

na íris, por<strong>que</strong> ele vibra em uma determinada freqüência, emitin<strong>do</strong> esta vibração até chegar este<br />

reflexo na íris, imprimin<strong>do</strong> não só o órgão, mas uma cor e uma emoção da mesma vibração,<br />

exemplo disso é a localização <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> <strong>que</strong> corresponde no mapa Ray id a área <strong>do</strong> perdão, e <strong>que</strong> na<br />

medicina chinesa corresponde ao órgão depositário da raiva.<br />

O desenvolvimento deste tema tem o intuito de ajudar os profissionais da área de saúde a<br />

ampliar o entendimento deste ser humano tão complexo. A visão de <strong>que</strong> o ser também é constituí<strong>do</strong><br />

de centros sutis, oferece contribuição para o surgimento de novos pontos de vista a respeito da<br />

saúde e da <strong>do</strong>ença, uma vez <strong>que</strong> a mente humana é a parte mais sensível, quanto maior for seu<br />

entendimento maior a chance <strong>do</strong> profissional ter eficácia no tratamento a ser aplica<strong>do</strong>.<br />

2 AS CORES E OS POVOS ANTIGOS<br />

Os seres humanos não vivem sem a luz. Como as plantas, os animais dependem da luz <strong>do</strong><br />

sol para sobreviver.<br />

Nossos ancestrais pouco podiam saber sobre o funcionamento <strong>do</strong> Universo, mas<br />

procuravam estar em harmonia com ele através das divindades, vinculan<strong>do</strong>-as com as cores, pois<br />

sabiam <strong>que</strong> a cor é a manifestação da luz.<br />

Viviam grande parte <strong>do</strong> tempo aprecian<strong>do</strong> a natureza, buscan<strong>do</strong> o equilíbrio <strong>do</strong> seu físico<br />

por intermédio das diferentes cores encontradas nos alimentos, como também usavam as cores para<br />

acalmar o espírito com problemas. Nas pinturas das cavernas <strong>que</strong> resistiram ao tempo notam-se <strong>que</strong><br />

as mulheres eram desenhadas moen<strong>do</strong> malaguetas verdes e aplicavam-nas nos olhos.<br />

A cor vermelha era bastante usada nos afrescos, simbolizan<strong>do</strong> o fogo, o sangue e o perigo.<br />

Pintavam o corpo <strong>do</strong>s mortos com a cor vermelha significan<strong>do</strong> sua energia vital. Interessante<br />

observar <strong>que</strong> hoje na cromoterapia o vermelho representa a cor da energia vital.<br />

Nas culturas antigas não havia separação entre a cura física de um ritual espiritual,<br />

diferente da tendência <strong>do</strong> nosso tempo, pois existe a dicotomia entre mente e corpo. As cores eram<br />

integradas nessas atividades desde o preparo <strong>do</strong> ungüento colori<strong>do</strong> posto sobre o corpo <strong>do</strong> <strong>do</strong>ente<br />

até o teci<strong>do</strong> <strong>que</strong> o cobria.<br />

No Egito, as cores eram muito utilizadas nos amuletos, na arte, na mumificação com belas<br />

máscaras. A icterícia era curada com berilo amarelo. Porém, na China antiga, o “pulso com aspecto<br />

avermelha<strong>do</strong>” era interpreta<strong>do</strong> como indicação de um entorpecimento <strong>do</strong> coração.<br />

Todas as divindades <strong>que</strong> representavam a luz eram associadas com as cores. Atena, filha<br />

de Zeus, usava um roupão de ouro, Maomé o verde, Buda o amarelo ou o ouro.<br />

2.1 Como as Cores Afetam ao Ser Humano<br />

152


As cores afetam profundamente ao ser humano e tem-se um mo<strong>do</strong> de expressar o conforto<br />

ou o desconforto <strong>que</strong> elas nos causam. Utiliza-se a cor até para descrever um esta<strong>do</strong> emocional<br />

como, por exemplo, falar <strong>que</strong> se está roxo de vergonha ou vermelho de raiva. No entanto, a vida<br />

agitada <strong>que</strong> se vive atualmente não se percebe o quanto às cores afetam ao homem.<br />

Só no momento <strong>que</strong> se começa a despertar os senti<strong>do</strong>s para a beleza das cores é <strong>que</strong> se<br />

percebe sua influência. Passa-se a observar um dia chuvoso e cinzento de inverno quan<strong>do</strong> as cores<br />

quase não aparecem.<br />

<strong>Este</strong> fator facilita o desencadeamento de uma certa melancolia, até mesmo, depressão,<br />

tornan<strong>do</strong>-se mais difícil ocorrer quan<strong>do</strong> se está numa estação na qual as flores, o pôr <strong>do</strong> sol, a luz da<br />

lua estão presentes.<br />

Em pessoas de países cujo inverno é longo e sem oscilações, nota-se a manifestação<br />

entusiasmada sobre as cores quan<strong>do</strong> chegam em um lugar <strong>que</strong> esteja na primavera. Isto vem<br />

reforçar <strong>que</strong> assim como as plantas vão perden<strong>do</strong> a cor se ficarem muito tempo sem receber a luz <strong>do</strong><br />

sol, o ser humano vai perden<strong>do</strong> sua vivacidade. As pesquisas demonstram alto nível de depressão<br />

em países onde as pessoas passam por inverno rigoroso. Cada mudança <strong>que</strong> ocorre, seja de tempo<br />

ou de estações, atinge diretamente o pensar, o sentir e o agir.<br />

Nos tempos atuais, o ramo de publicidade sabe trabalhar com esta variável <strong>que</strong> a cor<br />

proporciona, estimulan<strong>do</strong> o tempo to<strong>do</strong> o subconsciente <strong>do</strong> homem. O marketing desenvolvi<strong>do</strong> para<br />

uma determinada propaganda é detalhadamente estuda<strong>do</strong> quanto à cor <strong>que</strong> será apresentada, pois o<br />

velho dita<strong>do</strong> de <strong>que</strong> primeiro come-se com os olhos, é pura verdade. Sabe-se <strong>que</strong> o laranja é muito<br />

usa<strong>do</strong> nas cadeias de lanchonetes, por<strong>que</strong> estimula o apetite. O <strong>do</strong>no de restaurante <strong>que</strong> <strong>que</strong>r ter uma<br />

clientela de consumo rápi<strong>do</strong> irá explorar o vermelho e jamais o azul ou rosa em sua decoração, pois<br />

elas estimulam o relaxamento e acalma. O azul só será recomenda<strong>do</strong> ao comerciante <strong>que</strong> optar por<br />

uma clientela muitas vezes pe<strong>que</strong>na, mas assídua.<br />

Segun<strong>do</strong> WAUTERS e THOMPSON (1997, p.17), “pesquisas feitas no Instituto de<br />

Pesquisa da Cor em Santa Bárbara, Califórnia, observou <strong>que</strong> apresentamos um a reação<br />

en<strong>do</strong>craniana hereditária automática às cores, e é geralmente aceito <strong>que</strong> as células de nosso corpo, e<br />

não apenas nossa percepção visual, reagem à luz e às cores de uma maneira inconsciente, mas<br />

geneticamente programada. Portanto, certas cores e combinações de cores estimulam as partes mais<br />

primitivas de nosso sistema sensitivo, o mesencéfalo límbico primitivo, <strong>que</strong> regula as funções<br />

básicas <strong>do</strong> corpo como a temperatura, a fome e a libi<strong>do</strong>, e envia o tipo de reação de <strong>que</strong><br />

precisávamos em tempos antigos para sobreviver; raiva, agressão, e o instinto de lutar ou fugir, ou<br />

assumir uma atitude protetora.”<br />

Assim, a evolução da humanidade, com esta reação celular em nível de mesencéfalo,<br />

passa de uma vibração primitiva para uma mais evoluída, ou seja, seria o mesmo <strong>que</strong> dizer <strong>que</strong> o ser<br />

humano passou da era da caça, na qual a pre<strong>do</strong>minância era o vermelho, para a evolução em busca<br />

de mais oportunidades de lazer, expressão artística em <strong>que</strong> pre<strong>do</strong>mina o azul.<br />

Desta forma, a humanidade está a to<strong>do</strong> o momento exposta às vibrações das cores <strong>que</strong><br />

consciente ou inconscientemente influenciam o nosso sentir. Não é por acaso <strong>que</strong> a cor <strong>do</strong> nosso<br />

sangue é vermelho. A cor <strong>que</strong> tem o maior comprimento de onda <strong>do</strong> espectro, representa o fogo, a<br />

vitalidade é o sangue, <strong>que</strong> é o responsável pela ativação energética <strong>do</strong> nosso corpo.<br />

Nossos ancestrais sabiam muito bem <strong>que</strong> as cores os afetavam, por isso procuravam<br />

sempre estar próximos da natureza, buscan<strong>do</strong> o equilíbrio e trazen<strong>do</strong> para o uso diário o alimento<br />

necessário com suas cores para repor a energia perdida, cultivan<strong>do</strong> este hábito das cor até em suas<br />

vestimentas.<br />

3 A FÍSICA DAS CORES<br />

Sabe-se <strong>que</strong> a luz <strong>que</strong> é visível aos nossos olhos é apenas uma pe<strong>que</strong>na parte da energia<br />

radiante <strong>que</strong> vai das ondas <strong>do</strong> rádio até os raios X e os gama, ten<strong>do</strong> em comum a velocidade<br />

(comprimento da onda em anexo p.22).<br />

153


Os físicos chamam este conjunto de espectro eletromagnético, <strong>que</strong> por sua vez é dividi<strong>do</strong><br />

em várias faixas, diferenciadas pelo comprimento e vibração das ondas. A faixa visível da luz<br />

chama-se espectro da luz, composta pelas sete cores <strong>do</strong> arco-íris, passan<strong>do</strong> da vibração de onda<br />

mais baixa a mais alta, seguin<strong>do</strong> a seqüência: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul claro, azul<br />

escuro, lilás.<br />

Partin<strong>do</strong> das ondas de menor freqüência e subin<strong>do</strong> até escalas de maior freqüência tem-se<br />

o seguinte es<strong>que</strong>ma <strong>do</strong> espectro eletromagnético.<br />

Quanto maior for o comprimento de onda menor será sua freqüência, isto é, sua vibração,<br />

partin<strong>do</strong> das ondas de comprimento mais longo tem-se as ondas de rádio, televisão. Em seguida,<br />

subin<strong>do</strong> a escala vêm as ondas infravermelhas invisíveis mais usadas em aparelhos para tirar<br />

fotografias onde se têm placas sensíveis a essa onda.<br />

A próxima faixa de onda já atinge os raios X, amplamente usa<strong>do</strong>s na medicina para<br />

auxiliar em diagnósticos, poden<strong>do</strong> ser um raio X simples, por exemplo, para fotografar uma coluna<br />

vertebral ou até os raios X duros, a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> têm a capacidade de destruir as células <strong>do</strong> corpo<br />

físico (raios usa<strong>do</strong>s para tratamento de câncer).<br />

Quase no final da escala temos ainda os raios gama, conforme WILLS (1992, p.13), “Os<br />

raios gamas foram descobertos por Pierre e Marie Curie no começo <strong>do</strong> século. Trata-se de raios<br />

especialmente penetrantes emiti<strong>do</strong>s por uma substância radiativa como o rádio, usa<strong>do</strong>s em especial<br />

no tratamento de tumores cancerosos.”<br />

No topo da escala, encontram-se os raios cósmicos com ondas de menor comprimento <strong>que</strong><br />

pouco se sabe sobre eles, apenas <strong>que</strong> são forma<strong>do</strong>s fora da atmosfera terrestre.<br />

Nessa escala apresentada, este trabalho irá se ater na faixa relacionada ao espectro das<br />

cores invisíveis e sua influência nos campos físico, emocional e sutil (chakras), uma vez <strong>que</strong> é<br />

prova<strong>do</strong> cientificamente <strong>que</strong> uma luz é fundamental para o desenvolvimento e crescimento das<br />

plantas, constata-se isso com o processo da fotossíntese (perda = luz, suntheses = produção). As<br />

plantas são verdes por<strong>que</strong> absorvem ondas desta faixa <strong>do</strong> espectro de cor. Se lhes forem tirada a luz<br />

elas não crescem e morrem. Certamente há razões para afirmar <strong>que</strong> as cores também devem afetar o<br />

ser humano, pois a ciência reconhece e usa as ondas eletromagnéticas abaixo e acima <strong>do</strong> espectro<br />

para tratar de <strong>do</strong>enças.<br />

Isaac Newton no século XVIII foi o primeiro cientista a explicar os senti<strong>do</strong>s das cores.<br />

Antes da sua descoberta acreditava-se <strong>que</strong> as cores eram algo inerente ao objeto, sua teoria, então,<br />

veio provar o contrário, <strong>que</strong> a luz <strong>do</strong> sol sobre o objeto determinava a cor.<br />

Ele observou <strong>que</strong> a luz branca pode ser decomposta em faixas de ondas de comprimentos<br />

e vibrações diferentes, produzin<strong>do</strong> uma determinada cor.<br />

Seu experimento baseou-se na colocação de um prisma de vidro sob a luz <strong>do</strong> sol quan<strong>do</strong><br />

pode observar <strong>que</strong> o feixe de luz ao atravessar o prisma dispersava-se em sete ondas de raios<br />

colori<strong>do</strong>s, forman<strong>do</strong>, assim, as sete cores <strong>do</strong> arco-íris.<br />

O arco-íris é um fenômeno <strong>que</strong> a natureza oferece ao ser humano de indescritível beleza,<br />

no qual ocorre a dispersão da luz, ou seja, o arco-íris sempre aparece depois de um perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> sol<br />

<strong>que</strong>nte segui<strong>do</strong> de chuva.<br />

Como existe uma grande quantidade de gotas de água suspensa na atmosfera, a luz penetra<br />

nelas como se fossem minúsculos prismas, refratan<strong>do</strong>, desta forma, as cores <strong>que</strong> dão os aspectos de<br />

faixas longas pelo horizonte, exatamente por ser um número muito grande de gotas.<br />

Newton tentou decompor as sete cores em outras colocan<strong>do</strong> um segun<strong>do</strong> prisma no<br />

percurso da luz projetada, para sua surpresa, descobre <strong>que</strong> os feixes de luz batem e se transformam<br />

novamente em luz branca. Conclui-se <strong>que</strong> não há outras cores básicas no Universo senão as sete<br />

cores já conhecidas, caso contrário não voltariam ao branco.<br />

Segun<strong>do</strong> WANTERS e THOMPSON (1997, p.6), “Os curandeiros de muitas culturas<br />

antigas, como os praticantes da cura espiritual <strong>do</strong> Egito, da Índia e da China, conheciam a natureza<br />

essencialmente sétupla das cores.”<br />

154


Muito provavelmente os antigos discerniam o mistério <strong>que</strong> compõe cada cor e, por isso,<br />

utilizavam-na tão bem no emprego da cura. Esse mistério passa a ser esclareci<strong>do</strong> com a teoria de<br />

Newton, com a qual demonstra, através <strong>do</strong> espectro visível, <strong>que</strong> cada cor tem um comprimento de<br />

onda <strong>que</strong> a faz vibrar com uma determinada freqüência, por isso é <strong>que</strong> temos a sensação de <strong>que</strong> o<br />

vermelho é mais <strong>que</strong>nte <strong>do</strong> <strong>que</strong> o azul.<br />

Pressupõe-se, deste mo<strong>do</strong>, <strong>que</strong> a cor não passa apenas pela visão, esta vibração, <strong>que</strong> é<br />

recebida pelos olhos, tem na verdade um impacto sobre to<strong>do</strong>s os órgãos físicos, <strong>que</strong> reagem as<br />

vibrações das cores.<br />

4 A INTERAÇÃO ENTRE A VIBRAÇÃO DAS CORES E A ENERGIA DO CORPO<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio de <strong>que</strong> tu<strong>do</strong> no universo vibra em determinadas freqüências, a<br />

vibração de uma cor não poderia passar apenas pela nossa visão. Ela terá um impacto no corpo em<br />

sua totalidade, principalmente, no órgão <strong>que</strong> vibra com a mesma freqüência desta cor, bem como a<br />

vibração da cor corresponde a uma nota musical.<br />

Segun<strong>do</strong> Klotsche (1997, p. 79), “Todas as células <strong>do</strong> corpo tem características<br />

semelhantes à das membranas o <strong>que</strong> as permite atuar como receptoras de som. Assim como to<strong>do</strong>s os<br />

organismos vivos, o nosso corpo é um biooscila<strong>do</strong>r vivo, e se assemelha aos aparelhos recepta<strong>do</strong>res<br />

de cristal (como em qual<strong>que</strong>r aparelho de rádio ou televisão) quanto à sua capacidade de absorver as<br />

vibrações <strong>do</strong> som (audível ou não). Uma série de bilhões e bilhões de partículas atômicas<br />

vibratórias <strong>que</strong> formam nossas células ressoam à chegada das vibrações sonoras. Cada parte <strong>do</strong><br />

corpo (células, teci<strong>do</strong>s, órgãos) tem sua própria reação em freqüência.”<br />

Desta forma, embora em nível mental pode-se blo<strong>que</strong>ar a chegada de um som passan<strong>do</strong><br />

despercebi<strong>do</strong> aos ouvi<strong>do</strong>s humanos ou aos olhos, no caso de uma cor, em nível celular isso não<br />

ocorre, por<strong>que</strong> o corpo está imerso na vibração deste grande Universo, pois ele é parte <strong>do</strong> to<strong>do</strong>, logo<br />

não tem como não vibra em nível das células.<br />

A amplitude deste pensamento é fundamental para o entendimento vibracional de to<strong>do</strong> um<br />

universo “iri<strong>do</strong>lógico”.<br />

De Newton chegamos a Einstein, mas ainda hoje a ciência moderna mantém o padrão<br />

mental da era Newtoniana. Ignoran<strong>do</strong> a natureza energética <strong>do</strong> homem fica muito difícil falar sobre<br />

meridianos de acupuntura e, mais ainda, falar sobre os sete centros sutis, “chakras”.<br />

Segun<strong>do</strong> Gerber (1988 p, 37), “Existe um aspecto da Jesuologia humana <strong>que</strong> os médicos<br />

ainda não compreenderam e <strong>que</strong> relutam em reconhecer. A conexão invisível entre o corpo físico e<br />

as forças sutis <strong>do</strong> espírito detém a chave para a compreensão <strong>do</strong>s relacionamentos internos entre<br />

matéria e energia.”<br />

Deste mo<strong>do</strong>, para chegar ao reconhecimento as forças sutis também tem <strong>que</strong> fazer por<br />

uma caminhada longa e necessária. Newton foi o início, a abertura para este caminho, com ele foi<br />

possível observar o aspecto das cores e medir suas freqüências e vibrações. O conceito de como<br />

funciona o Universo, de forma observável e reparável, influenciou, conseqüentemente, o pensar de<br />

uma época e também da Medicina. Nota-se o reflexo deste pensamento quan<strong>do</strong> se trata um <strong>do</strong>ente<br />

com remédio. O medicamento atua diretamente sobre o órgão <strong>que</strong> está em mau funcionamento,<br />

apenas a peça <strong>que</strong>brada é restaurada e não o to<strong>do</strong>.<br />

A teoria Newtoniana conseguiu provar <strong>que</strong> o to<strong>do</strong> se torna previsível quan<strong>do</strong> se regula às<br />

várias partes materiais, mas ela não conseguiu ser aplicada no <strong>que</strong> se refere à eletricidade e ao<br />

magnetismo, isto significa <strong>que</strong> uma parte da teoria não se encaixa para explicar fontes mais sutis de<br />

energia <strong>que</strong> não é imediatamente observável.<br />

Einstein com sua célebre equação E = MC 2 , energia é igual a matéria, seja a massa<br />

acelerada pelo quadra<strong>do</strong> da velocidade da luz (c 2 ) transforma-se em energia, demonstra <strong>que</strong> a base<br />

da natureza é energia.<br />

Assim falar <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> ou <strong>do</strong> coração é mesmo <strong>que</strong> falar <strong>que</strong> eles têm uma massa “x” <strong>que</strong> é<br />

igualmente um “x” de energia.<br />

155


Para uma pe<strong>que</strong>nina partícula de a matéria converter-se em energia ela terá <strong>que</strong> passar a<br />

vibrar em uma outra freqüência mais elevada, pois passa <strong>do</strong> visível para o invisível. Toma-se como<br />

exemplo disso a partícula de urânio (matéria), quan<strong>do</strong> transformada em energia pode vir a destruir<br />

uma cidade inteira, como já foi demonstra<strong>do</strong> pela bomba atômica.<br />

Segun<strong>do</strong> Gerber (1988, p 48), “A dualidade onda/partícula das partículas subatômicas,<br />

como os elétrons é um reflexo da relação entre matéria e energia, estudada, primeiramente por<br />

Einstein, no início deste século e sintetizada pela sua famosa equação E=m 2 . Sabe-se atualmente<br />

<strong>que</strong> a matéria e energia são intercambiáveis e interconversíveis. Isto significa <strong>que</strong> se pode não<br />

apenas converter matéria em energia mas <strong>que</strong> também é possível converter energia em matéria.<br />

Vista a partir <strong>do</strong> nível microcósmico, toda matéria é luz congelada.”<br />

Partin<strong>do</strong> deste conceito se toda matéria é luz e o ser humano é parte deste to<strong>do</strong>, é,<br />

também, partículas desta luz congelada.<br />

Se seguirmos o pensamento de Newton a Einstein e por analogia estender à área da<br />

Iri<strong>do</strong>logia pode-se pressupor <strong>que</strong> o ser é luz congelada, ou seja, este ser ao começar a viver começa<br />

registra suas emoções, começa a vibrar seu arco-íris interior, ou melhor, seus sete pontos sutis por<br />

onde passam a energia, os “chakras”, com suas sete cores correspondentes, esta correspondência<br />

<strong>que</strong> se faz pela mesma forma de vibrar.<br />

Para Newton, o prisma passa a ser a própria íris, a transparência <strong>do</strong> ser vibracional <strong>que</strong><br />

somos, vai refletir no olho, como uma janela colocada propositalmente para <strong>que</strong> se possa olhar para<br />

dentro de sua casa, com um olhar tridimensional (físico, emocional e o sutil).<br />

Segun<strong>do</strong> Batello (1999, p. 18), “Liljguist afirmava <strong>que</strong> a íris é formada por inúmeras<br />

fibras nervosas (hoje comprovadas), <strong>que</strong> recebem as informações de to<strong>do</strong> o sistema nervoso,<br />

proveniente <strong>do</strong> restante <strong>do</strong> organismo, o <strong>que</strong> fazia <strong>do</strong> olho o “espelho da alma” e, também, a<br />

“janela <strong>do</strong> corpo”, por onde se pode “ver” a constituição <strong>do</strong> indivíduo.”<br />

Ora, como espelho da alma e janela <strong>do</strong> corpo pressupõe-se <strong>que</strong> não só os chackras estão<br />

impressos na íris pela vibração <strong>que</strong> eles emanam, como também os registro <strong>do</strong>s órgãos<br />

topograficamente coraliza<strong>do</strong>s no mapa-orgânico. Então, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio <strong>que</strong> E=mc 2 a massa<br />

de um órgão, por exemplo, acelera<strong>do</strong> pela velocidade da luz ao quadra<strong>do</strong> (c 2 ), esta luz representada<br />

pela energia vital, ou melhor, a luz angelada <strong>que</strong> habita dentro <strong>do</strong> ser, irá vibrar em tal intensidade<br />

<strong>que</strong> por sua vez também registrará no prisma sua vibração como órgão, como massa <strong>que</strong> se<br />

transformou em energia.<br />

Da mesma forma, acontece com o mapa Ray id teoricamente, mas sim por<strong>que</strong> a vibração<br />

da<strong>que</strong>la determinada emoção está na mesma freqüência <strong>que</strong> a<strong>que</strong>le órgão representa<strong>do</strong><br />

topograficamente.<br />

Toma-se, como exemplo, o fíga<strong>do</strong>. Situa<strong>do</strong> às 8 horas no mapa organismo ten<strong>do</strong> como<br />

área correspondente no mapa Ray id o setor lateral inferior correlato às emoções sociais, onde a<br />

área <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong> é representada pela emoção ligada ao perdão.<br />

Entretanto, fíga<strong>do</strong>, por sua vez, na Medicina chinesa é o depositário simbólico <strong>do</strong><br />

sentimento da raiva, o <strong>que</strong> leva a supor <strong>que</strong> o restabelecimento energético deste órgão<br />

comprometi<strong>do</strong> passará pelo aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> perdão, eliminan<strong>do</strong>, assim, a vibração da energia da<br />

raiva nele contida.<br />

Em nível sutil o fíga<strong>do</strong> está localiza<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong> centro cuja energia é a mais poderosa,<br />

o centro da energia sexual, <strong>que</strong> por sua vez traz a força da energia da criação, da transformação<br />

pessoal. Esta força propulsora levará a transmutar a energia da raiva para um pólo mais positivo<br />

como, por exemplo, a canalização para os relacionamentos interpessoais mais agradáveis.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, pressupõe-se <strong>que</strong> o registro topográfico dá-se pelo reflexo vibracional <strong>que</strong> o<br />

órgão a distância emite, conseqüentemente, a estreita ligação entre os três mapas (mapa orgânico,<br />

mapa ray id e o mapa <strong>do</strong>s chakras) ocorre por<strong>que</strong> as três partes deste to<strong>do</strong> vibram na mesma<br />

freqüência, os órgãos também deixam sinais impressos como forma de mostrar o <strong>que</strong> está<br />

acontecen<strong>do</strong>, tal qual na or<strong>que</strong>stra, cujos instrumentos desafina<strong>do</strong>s deixam a sinfonia<br />

desarmonisada. Isto é verifica<strong>do</strong> na Iri<strong>do</strong>logia, através <strong>do</strong>s sinais <strong>que</strong> recebe uma denominação de<br />

156


estágios evolutivos, compreenden<strong>do</strong> uma escala de quatro degraus <strong>que</strong> vai <strong>do</strong> sinal agu<strong>do</strong>,<br />

subagu<strong>do</strong>, crônico e degenerativo, curiosamente cada um também associa<strong>do</strong> a uma coloração.<br />

À medida <strong>que</strong> vai haven<strong>do</strong> uma união <strong>do</strong>s três mapas, cresce a possibilidade de entenderse<br />

esta escala evolutiva, <strong>que</strong> pode passar de um sinal físico até chegar no entendimento deste sinal<br />

na esfera <strong>do</strong> sutil.<br />

Segun<strong>do</strong> RAJNEESH (1978, p. 83), “Se você observar o mun<strong>do</strong> moderno da física, ficará<br />

surpreso. Os velhos tempos de teorias claras e definidas passaram; os tempos de Darwm, Newton,<br />

Edesen, já se foram. A verdade expladece com Einstein, Heisenberg, Pauli, Nills Zohr, Planck, e os<br />

físicos se parecem cada vez mais com metafísicos; cada vez mais poesia e menos prova. Quan<strong>do</strong><br />

mais fun<strong>do</strong> os cientistas entram no mun<strong>do</strong> da física, mas eles ficam surpresos em perceber <strong>que</strong> a<br />

nossa lógica é irrelevante. A realidade é mais <strong>que</strong> a nossa lógica, é muito mais. Nossa lógica é<br />

apenas um pe<strong>que</strong>no pedaço de terra <strong>que</strong> desbastamos.”<br />

A proposta de sincronicidade <strong>do</strong>s sete centro sutis com os mapas ray-id e mapa orgânica<br />

será demonstrada nas tabelas apresentadas à seguir na qual o êxito <strong>do</strong> entendimento da influência<br />

das setes cores <strong>do</strong> arco-íris deve-se ao fato de estimularem significativamente os principais chakras<br />

<strong>do</strong> corpo humano, relaciona<strong>do</strong>s diretamente com as principais glândulas endócrinas.<br />

5 CONCLUSÃO<br />

A premissa aqui apresentada sobre a sincronicidade <strong>do</strong> reflexo vibracional <strong>do</strong>s sete<br />

centros sutis com os mapas já existentes foi demonstrada através das tabelas apresentadas, em<br />

anexo, nas quais se pode verificar a unidade entre as áreas.<br />

Esta premissa pode ainda estar muito longe de ser aceita pela classe médica, mas o<br />

importante é <strong>que</strong> a demonstração da união vibracional entre as partes reforça ainda mais o conceito<br />

de <strong>que</strong> os distúrbios <strong>do</strong> sistema físico <strong>do</strong> nosso corpo são regi<strong>do</strong>s por processos tão sutis de energia<br />

a ponto de serem praticamente não-físicos no senso comum da expressão.<br />

Assim, o pressuposto desenvolvi<strong>do</strong> neste trabalho de <strong>que</strong> somos seres de luz congelada e<br />

<strong>que</strong> esta luz pela vibração vem ser refletida no nosso prisma sutil, no caso a íris, desmarcan<strong>do</strong> os<br />

sete centros com suas sete cores, vem a ser compatível com a posição encontrada nas planilhas.<br />

A primeira constatação importante <strong>do</strong> tridimensional e <strong>que</strong> esta leva a um novo conceito<br />

sobre o processo de <strong>do</strong>ença, o <strong>que</strong> supõe <strong>que</strong> ela possa existir durante muitos anos no campo sutil,<br />

no campo emocional sem se manifestar no físico.<br />

Uma segunda constatação é <strong>que</strong> o padrão de relacionamento harmonioso em to<strong>do</strong> o<br />

Universo é basea<strong>do</strong> em leis com princípios matemáticos e musicais ao invés de mecânicos também<br />

se constata no ser humano, a saúde é vista como um processo harmonioso de interações e interrelacionamentos<br />

delica<strong>do</strong>s entre os diversos níveis <strong>do</strong> corpo, das emoções e <strong>do</strong> espírito.<br />

O tridimensional sugere <strong>que</strong> cada um deles é indispensável e <strong>que</strong> um <strong>do</strong>no em qual<strong>que</strong>r<br />

um <strong>do</strong>s níveis resulta em fra<strong>que</strong>za ou <strong>do</strong>ença, poden<strong>do</strong> então falar da <strong>do</strong>ença como um esta<strong>do</strong>,<br />

desafina<strong>do</strong> desta sinfonia <strong>que</strong> é o ser humano.<br />

Com a demonstração topográfica <strong>do</strong>s chakras cabe daqui para frente abrir campo para o<br />

estu<strong>do</strong> da escala evolutiva <strong>do</strong>s sinais em nível de interpretação energética, ou seja, qual é o nível da<br />

escala evolutiva (agu<strong>do</strong>, subagu<strong>do</strong>, crômico e degenerativo) <strong>que</strong> simbolicamente representará o<br />

excesso de energia ou a sua saturação.<br />

A descoberta <strong>do</strong>s sete centros sutis na íris reportará a um próximo desafio, de como serão<br />

trata<strong>do</strong>s estes sinais <strong>que</strong> se registrarão na íris em determina<strong>do</strong> chakras, este desafio irá re<strong>que</strong>rer uma<br />

abordagem de duas etapas: a primeira em se tratan<strong>do</strong> de campo sutil este problema tem origem<br />

muito profunda; e a segunda o excesso ou a saturação de energia em um determina<strong>do</strong> chakra irá<br />

afetar <strong>que</strong> parte <strong>do</strong> corpo, uma vez <strong>que</strong> pela lei da compensação o registro de um sinal nem sempre<br />

revela o sistema na região afetada.<br />

Quanto mais campo se abrir para o estu<strong>do</strong> mais se percebe a vastidão deste ser humano,<br />

deixan<strong>do</strong> a única certeza de <strong>que</strong> nascemos sadios e ficamos <strong>do</strong>entes. Doentes por não cultivar o<br />

157


nosso espírito, por não burilar a nossa mente e por <strong>último</strong> <strong>do</strong>entes <strong>do</strong> corpo por deixarmos de fazer<br />

tu<strong>do</strong> isso.<br />

Acredita-se <strong>que</strong> o interesse pelo estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> ser sutil, seja a chave para devolver a ele o ser<br />

saudável. Espera-se <strong>que</strong> esta pe<strong>que</strong>na contribuição seja útil a pesquisas futuras e <strong>que</strong> surjam muitas<br />

pessoas da área da saúde interessadas em aperfeiçoá-la.<br />

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA<br />

BATELLO, Celso, F. Iri<strong>do</strong>logia e Irisdiagnose – O <strong>que</strong> olhos podem revelar. Grorend, 1999.<br />

BACH, Edward. Os remédios florais <strong>do</strong> Dr. Bach. São Paulo : Pensamentos, 1995.<br />

BRENNAN, Bárbara Ann. Mãos de Luz. São Paulo : Pensamento,1996.<br />

CHOPIA. Deepak. A cura quântica. Best Seller, 1989.<br />

GERBER, Richard. Medicina Vibracional. Cultrix , 1998.<br />

1992.<br />

GOLLMAN, Daniel. Emoções <strong>que</strong> curam. Rocco, 1997.<br />

HIRSCH, Sonia. Manual <strong>do</strong> Herói. Correcotia.<br />

Johnon, O olho revela. São Paulo : Groeend, 1992.<br />

KARAGULLA, Ihafica M. D.; KUNZ Dora Van Gelder. Os chacras e os campos de Energia<br />

Humanos. São Paulo : Pensamentos, 1989.<br />

KLOTSCHE, Charles. A medicina da cor. São Paulo - Editora Pensamentos Ltda, 1989.<br />

PAGNAMENTA, Neeresch F. Cromoterapia para Crianças. Madras , 1995.<br />

RAJNEESH, Shree, Bhagwan. A divina melodia. Chiltrix, 1992.<br />

SHARAMEN, Shalila; BAGINSKI, Bo<strong>do</strong> J. CHAKRAS – Mandalas e Vitalidade e Poder. São<br />

Paulo : Pensamentos, 1997.<br />

VALCAPELLI. Cromoterapia – A cor e você. C Roka, 1994.<br />

WANTERS, Ambika; THOMPSON, Gerry. Fundamento de Cromoterapia.Avatar, 1998.<br />

WILLS, Pauline. Manual de Reflexoloiga e Cromoterapia. São Paulo : Pensamentos, 1992.<br />

ANEXOS<br />

158


159


160


PAINÉIS<br />

IRIDOLOGIA COMO MÉTODO COMPLEMANTAR DE DIAGNOSE<br />

Autor: Moacir Martins<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Ricar<strong>do</strong> Saraiva Goldman<br />

Co-autores: Sandra Regina de Souza Melo Martins<br />

Agda Maria de Moura Pinto Antonio<br />

Introdução<br />

O méto<strong>do</strong> de diagnose através <strong>do</strong> exame da íris, apesar de ser uma técnica muito antiga no Brasil,<br />

na o<strong>do</strong>ntologia ainda é um procedimento a ser estuda<strong>do</strong>.<br />

Do <strong>que</strong> se tem conhecimento os primórdios desta técnica constam <strong>do</strong>s papiros da Babilônia.<br />

Atualmente, há várias correntes na Iri<strong>do</strong>logia, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> podemos encontrá-la na Alemanha, Itália,<br />

Portugal, França, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Argentina e no Brasil, entre outros lugares. No Brasil há um<br />

curso de pós-graduação a título de especialização.<br />

Apesar <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> não ser de conhecimento amplo, existem pessoas dispostas a cientificá-lo para<br />

ser utiliza<strong>do</strong> como prática clínica.<br />

Esse méto<strong>do</strong> no nosso país, na área o<strong>do</strong>ntológica, tende a ser um passo pioneiro, pois não se tem<br />

conhecimento de trabalhos realiza<strong>do</strong>s nesta área.<br />

Assim, por<strong>que</strong> pensar em relacionar em uma pesquisa de Dor e Disfunção Oro Fascial procedente<br />

de <strong>que</strong>ixa na região da Articulação Temporo Mandibular com Irisdiagnose? Podemos ousar dizer,<br />

<strong>que</strong> para a Dor Oro Fascial ser uma <strong>que</strong>ixa freqüente no consultório o<strong>do</strong>ntológico, com origens<br />

diversas, nossa pesquisa visa verificar se há sinais correspondentes <strong>que</strong> indi<strong>que</strong>m tais problemas na<br />

íris <strong>do</strong> paciente sofre<strong>do</strong>r desta síndrome, já <strong>que</strong> o Dr. Bernard Jensen conceitua <strong>que</strong> "a Iri<strong>do</strong>logia é<br />

uma ciência <strong>que</strong> não faz diagnóstico mas <strong>que</strong> pressupõe os graus de inflamação <strong>do</strong> organismo, ou<br />

seja, os estágios agu<strong>do</strong>, subagu<strong>do</strong>, crônico e degenerativo em <strong>que</strong> se encontram os diferentes<br />

órgãos, bem como as suas debilidades.<br />

Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> segun<strong>do</strong> o Dr. Celso F. Batello "ao examinarmos uma íris, devemos levar em conta sua<br />

cor, lesões e textura, <strong>que</strong> são dadas pela forma e disposição de suas fibras radiadas. Quanto mais<br />

forte e próximas elas estiverem, mais forte será a constituição de <strong>que</strong>m a possuir".<br />

Objetivo Geral<br />

Estudar se há relação entre disfunção de ATM com <strong>do</strong>r e a Síndrome da Dor e Disfunção<br />

Miofascial e as áreas existentes na íris <strong>que</strong> correspondem a região de boca (mapa condensa<strong>do</strong>), as<br />

quais denotem sinais nas fibras da íris. Verificar a partir da análise da íris (mapa Rayid) as <strong>que</strong>stões<br />

emocionais <strong>que</strong> podem ser desencadeantes na Síndrome da Dor e Disfunção Miofascial.<br />

Casuística<br />

A amostragem foi composta por 30 pacientes de ambos os sexos, na faixa etária de 15 a 70 anos,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> somente foram excluí<strong>do</strong>s pacientes com casos em <strong>que</strong> impossibilitavam a análise da íris<br />

inteira (glaucoma).<br />

Os pacientes <strong>que</strong> foram aceitos para pesquisa, passaram por uma avaliação clínica o<strong>do</strong>ntológica<br />

(UMESP), onde foi detectada a Síndrome da Dor e Disfunção Miofascial. Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> o exame<br />

161


clínico era composto por anamnese e palpação <strong>do</strong>s músculos específicos relativos a Síndrome<br />

(masséter, esternoclei<strong>do</strong>mastoídeo).<br />

Na seqüência o paciente passou por uma entrevista psicológica aberta com <strong>que</strong>ixa livre, a fim de<br />

detectar o núcleo da problemática emocional <strong>do</strong> mesmo. Após esse procedimento o mesmo<br />

submeteu-se a uma análise da íris, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> o processo se deu pela captura da imagem da íris por<br />

scanner específico (Iriscan - Castells) o qual levou a imagem para um software específico (Vídeo<br />

Diagnose Pró), onde a definição da imagem permitiu uma análise a partir de <strong>do</strong>is mapas distintos,<br />

um <strong>que</strong> permite a diagnose de sintomas físicos (Mapa Condensa<strong>do</strong> - Batello, C.F. & Pareschi) e<br />

outro a diagnose da dinâmica Psíquica ( Mapa Rayid - Johnson, D.).<br />

Análise<br />

Num segun<strong>do</strong> momento, o exame clínico o<strong>do</strong>ntológico foi compara<strong>do</strong> com a análise da íris<br />

(segun<strong>do</strong> mapa condensa<strong>do</strong>), sen<strong>do</strong> detecta<strong>do</strong> um sinal correspondente a região de boca e anéis de<br />

tensão, o <strong>que</strong> indica a correlação entre a <strong>que</strong>ixa <strong>do</strong> paciente e a análise da íris.<br />

O mesmo se deu na avaliação psicológica, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> foi percebi<strong>do</strong> tanto no exame da íris, quanto<br />

na entrevista aberta <strong>que</strong> o núcleo de problemática emocional <strong>do</strong> paciente com a Síndrome da Dor e<br />

Disfunção Miofascial, refere-se a dificuldade de suportar perdas, pressão interna e externa,<br />

dificuldade de lidar com situações rotineiras, com necessidade de estar sempre estabelecen<strong>do</strong><br />

mudanças, com alto grau de exigência de si mesmo, demonstran<strong>do</strong> rigidez egóica, e desta forma<br />

somatizan<strong>do</strong>.<br />

Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> para manter a fidedignidade da avaliação, houve um supervisor especialista na área, Dr.<br />

Celso Fernandes Batello, médico e iri<strong>do</strong>logista, professor e coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> curso de pós-graduação<br />

em Irisdiagnose.<br />

Procedimento<br />

O tratamento indica<strong>do</strong> aos pacientes foi a utilização de placa de relaxamento (confeccionada em<br />

resina acrílica, executada pelo mesmo profissional a fim de se obter uma padronização).<br />

Sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> os ajustes das mesmas foram realizadas em várias etapas: 1.º ajuste após uma semana da<br />

instalação da mesma, 2.º ajuste com a mesma periodicidade, o 3.º ajuste passou a ser quinzenal, 4.º<br />

ajuste se deu 21 dias ao <strong>último</strong> ajuste, sen<strong>do</strong> <strong>que</strong> <strong>do</strong> 5.º em diante ocorreu mensalmente até <strong>que</strong> a<br />

<strong>que</strong>ixa inicial seja sanada.<br />

Concomitantemente o mesmo foi encaminha<strong>do</strong> para fisioterapia. Assim como também, foi<br />

conscientiza<strong>do</strong> numa entrevista psicológica devolutiva da dinâmica emocional desencadeante <strong>do</strong><br />

quadro.<br />

Resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />

A pesquisa encontra-se em andamento, contu<strong>do</strong> já se pode perceber <strong>que</strong> com a intervenção<br />

realizada com os tratamentos indica<strong>do</strong>s, demonstrou-se <strong>que</strong> os pacientes vem relatan<strong>do</strong> um quadro<br />

de melhora na dinâmica física (eliminação das <strong>do</strong>res) e psíquica.<br />

Bibliografia<br />

BATELLO, C. F., Iri<strong>do</strong>logia: O <strong>que</strong> os Olhos Podem Revelar, S.P. Ground 1994.<br />

BATELLO, C. F. & PARESCHI, C. Mapa de Irisdiagnose,S.P.Ground,1997.<br />

GUYTON, A. C., Trata<strong>do</strong> de Fisiologia Médica, 4a Ed. R. J. Guanabara Koogan,1973.<br />

JENSEN, B., Iri<strong>do</strong>logy, The Science and Practice in the Healingart, California Bernard Jensen<br />

Publisher, 1982.<br />

JOHNSON, D., What the Eyes Reveals an Introduction to the Rayis Method of iris<br />

Interpretation,1984.<br />

O olho Revela, S.P., Ground, 1992.<br />

162


“REGISTROS HISTÓRICOS NA ÁRVORE GENEALÓGICA DOS BACHNER E OS<br />

SINAIS IRIDOLÓGICOS ATUAIS”<br />

Autora: Maria Aparecida <strong>do</strong>s Santos<br />

Co-autora: Rebecca Bachner<br />

“É necessário ir longe, rio acima, para localizar o tributário ou galho específico da árvore<br />

familiar <strong>que</strong> é a fonte <strong>do</strong> aparente obstáculo <strong>que</strong> percebemos agora, na vida deste homem, como<br />

um pedaço de madeira esperan<strong>do</strong> para atravanca-lo na sua corrida na praia.”<br />

Denny Johnson<br />

SUMÁRIO<br />

<strong>Este</strong> trabalho, em forma de PAINEL DEMONSTRATIVO, traz a verdadeira saga de uma<br />

família, os Bachner, dentro de uma viagem através da árvore genealógica da família.<br />

É demonstra<strong>do</strong> a partir de fatos ocorri<strong>do</strong>s na história política <strong>mundial</strong>, vivi<strong>do</strong>s pela família,<br />

influencian<strong>do</strong> mudanças em suas vidas, influencian<strong>do</strong> sua emoções e condições de sobrevivência,<br />

desde o perío<strong>do</strong> de 1800 na Polônia até os dia atuais no Brasil.<br />

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O PAINEL DEMONSTRATIVO traz imagens de fatos históricos, imagens através de<br />

fotografias da família nas épocas <strong>do</strong>s fatos históricos e imagens das íris de membros de 3 gerações,<br />

colhidas atualmente.<br />

Traça um paralelo entre os sinais iri<strong>do</strong>lógicos e as emoções vividas nas gerações passadas<br />

(influência transgeracional).<br />

Família Paterna<br />

HISTÓRICO FAMILIAR<br />

Foi um perío<strong>do</strong> onde saiu-se de uma atividade estritamente agrícola para o início da industrialização<br />

na Europa, entre 1870 a 1914.Entre a Polônia e a Alemanha, houve 39 guerras civis.Polônia<br />

possuía grandes reservas de carvão, cobre, enxofre e gás natural, elementos fundamentais para o<br />

desenvolvimento industrial da Alemanha. A recessão econômica assolou por diversos momentos a<br />

Europa e obrigou, neste perío<strong>do</strong>,um grande número de deslocamentos demográficos, provocan<strong>do</strong><br />

emigrações e migrações mundiais.<br />

Concomitantemente, houve a ascensão <strong>do</strong> nacionalismo na Europa no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre<br />

1800 a 1914. Geran<strong>do</strong> distúrbios e desavenças entre diversos países..Houve um conflito entre a<br />

Rússia e a Polônia, onde os “progroms”eram ameaça<strong>do</strong>res a comunidade judaíca.A igreja incitava o<br />

povo a atacar os judeus e conseqüentemente amealhava seus bens.O idioma, a religião, as idéias,<br />

passam a fazer diferenças, culminan<strong>do</strong> com a Primeira Guerra Mundial em 1914.<br />

Além disso, o mun<strong>do</strong> sofreu com a Grande Depressão entre 1929 a 1939.<br />

Com este cenário de fun<strong>do</strong>, onde os valores, conceitos,impérios e territórios eram <strong>que</strong>stiona<strong>do</strong>s,<br />

modifica<strong>do</strong>s. Vivia-se um momento de transição. E a transição por si só gera insegurança. O<br />

desconheci<strong>do</strong> se aproxima, trazen<strong>do</strong> o me<strong>do</strong>.<br />

Meu bisavô, Abraham Bachner,natural da Polônia, era músico, violinista. Nesta época o músico, era<br />

um profissional muito requisita<strong>do</strong> e respeita<strong>do</strong>.A vida artística no século passa<strong>do</strong> era<br />

valorizadíssima.Os concertos, óperas, músicas de câmara, recitais, bailes, restaurantes, cafés, enfim,<br />

a vida social girava em torno da música.Teve 15 filhos.<br />

Maksymilian, assim como seus irmãos, tiveram uma formação musical erudita, recebida de seu pai.<br />

Meu avô paterno, Maksymilian Bachner, l892 –1979, era natural da Polônia, de Auswityn,<br />

posteriormente chamada pelos alemães de Auschwitz.<br />

Optou pelo violino.A música foi sempre sua grande paixão.E, ela lhe deu o sustento, quan<strong>do</strong> mais<br />

precisou.<br />

Estu<strong>do</strong>u em Berlim na Alemanha.Lá havia a melhor universidade de medicina Especializou-se,<br />

assim como seus irmãos, em o<strong>do</strong>ntologia.<br />

To<strong>do</strong>s eram músicos e dentistas.<br />

Durante a noite, tocava nos cafés.Desta forma, mantinha sustento.<br />

Contraiu a terrível gripe espanhola, e perdeu um pulmão, pouco antes <strong>do</strong>s anos 20.<br />

Mas em meio a tu<strong>do</strong> isto...<br />

Após concluir seus estu<strong>do</strong>s retornou à Polônia e abriu um consultório dentário e um laboratório de<br />

prótese dentária, em Katowice. Era uma cidade próspera. O desenvolvimento havia chega<strong>do</strong>. As<br />

minas de carvão, a ferrovia, as indústrias, traziam muitos clientes. Os negócios<br />

prosperavam.Maksymilian chama seu irmão para auxilia-lo e abre uma outra clínica.<br />

Certo dia, num final de semana, vai à uma festa em Nikolai, cidade situada a 16km de Katowice. Lá<br />

conhece sua futura esposa, Ruth Ehrenhaus.<br />

De origem alemã, residin<strong>do</strong> com seus pais Zigfrid e Olga Ehrenhaus, na região da Cracóvia,<br />

Polônia.<br />

Proprietários de uma grande loja de departamentos.Os melhores cristais, pratarias, brin<strong>que</strong><strong>do</strong>s e<br />

vestimentas eram adquiri<strong>do</strong>s lá, e tornavam o Natal, mais alegre e feliz.<br />

164


Após o casamento, resolveram residir em Katowice.Os negócios iam bem.Tinham uma linda<br />

residência e a necessidade de ter filhos surgiu.<br />

Assim em quatro de agosto de 1931, nasceu Franciszek Henryk Bachner, num clima de incertezas,<br />

dúvidas e inseguranças com relação ao futuro. Num momento onde imperavam a Depressão<br />

Econômica, a ditadura Pilsudski (regime de coronéis) (1926-1935), os movimentos grevistas<br />

envolven<strong>do</strong> camponeses e operários e milhares de desemprega<strong>do</strong>s das indústrias.<br />

Sete anos depois, 18-09-1938, nasce sua irmã Mariane Bachner.<br />

A chegada <strong>do</strong> bebê mal pode ser brindada, pois, em outubro <strong>do</strong> mesmo ano, a Alemanha anexa a<br />

Áustria e desmembra a Tcheco-Eslováquia.<br />

Ao perceber a movimentação <strong>do</strong>s alemães, Maksymiliam, pressentiu <strong>que</strong> o próximo país a ser<br />

invadi<strong>do</strong> seria a Polônia. E em setembro de 1939, Polônia foi invadida pelos alemães pelo leste e<br />

pelos russos no oeste. Tornou-se um território dividi<strong>do</strong>.<br />

Havia racionamento de tu<strong>do</strong> na Polônia.Gasolina, <strong>que</strong>rosene, combustível eram escassos na<strong>que</strong>les<br />

tempos.<br />

Makszymiliam possuía um Ford 29. E ,como em seu consultório havia álcool. Abasteceu seu carro<br />

com álcool. Fugiu com a família, Ruth, Franco e Marianne, uma sobrinha e a babá em direção à<br />

Rússia.<br />

Quan<strong>do</strong> partiram, dirigiram-se à casa de uns tios, mas já os encontraram mortos, enforca<strong>do</strong>s em<br />

frente a casa e seus bens sa<strong>que</strong>a<strong>do</strong>s pela população. Neste momento, o caos havia se<br />

instaura<strong>do</strong>.Animosidades antigas tiveram a oportunidade de sobressair e a vingança se instaurou.<br />

Muitos inocentes, judeus ou não, tiveram suas vidas ceifadas ou sua liberdade tomada.Seus bens<br />

apropria<strong>do</strong>s, seus amores impedi<strong>do</strong>s de se concretizar.<br />

Foram aprisiona<strong>do</strong>s, pelos russos e leva<strong>do</strong>s para campo de concentração na Sibéria.Por ironia <strong>do</strong><br />

destino, devemos dizer <strong>que</strong> foi sua sorte. Passaram muita fome e frio.<br />

A ração diária, de um pãozinho por dia, quan<strong>do</strong> tinha; era reduzida a metade para alimentar a irmã<br />

<strong>que</strong> chorava de fome.<br />

A desnutrição provocava muitos distúrbios de saúde. As <strong>do</strong>enças dizimavam a população <strong>do</strong>s<br />

campos, fazen<strong>do</strong> por si só o trabalho desagradável <strong>do</strong> extermínio. A truculência com <strong>que</strong> eram<br />

trata<strong>do</strong>s, abatiam, psicologicamente os mais frágeis.<br />

Não havia medicação, condições de higiene, calor para se defender <strong>do</strong> rigoroso inverno.<br />

Só os mais fortes é <strong>que</strong> conseguiam sobreviver.<br />

A Alemanha em 1940, invade o território russo.Diante <strong>do</strong> avanço das tropas inimigas, a população é<br />

empurrada para a parte oriental russa.<br />

Foram conduzi<strong>do</strong>s para o Cazaquistão, na cidade de Dzhambul. Lá minha avó, Ruth, contraiu tifo.<br />

<strong>Este</strong>ve à beira da morte, mas sobreviveu. As crianças, Franco e Marianne, cresceram neste<br />

ambiente.<br />

Certa vez, a esposa <strong>do</strong> capitão de campo, a<strong>do</strong>eceu. Meu avô, como médico, foi chama<strong>do</strong>.<br />

Sem medicações e com os parcos recursos, para salvar a vida da esposa <strong>do</strong> oficial, arriscou-se<br />

numa cirurgia, onde teve de extrair um pulmão da senhora em <strong>que</strong>stão.<br />

Ela se salvou.<br />

A guerra chegou ao fim. Os russos invadiram a Alemanha e aguardaram por dias a chegada <strong>do</strong>s<br />

alia<strong>do</strong>s.<br />

Durante a fuga Maksymiliam, Ruth, Franciszek, Marianne, a sobrinha e a babá.<br />

O pior perío<strong>do</strong> da história foi este. O pós-guerra! Terra de ninguém. Acusações, mortes,<br />

apropriações indébitas, tu<strong>do</strong> ocorria de uma forma desordenada e caótica.<br />

As atrocidades cometidas durante a guerra eram agora, trazidas a público, chocan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s com a<br />

bestialidade da guerra e a crueldade <strong>que</strong> o homem pôde chegar. Vimos um la<strong>do</strong> sombrio da<br />

humanidade e de nós mesmos.<br />

Abriram-se os portões <strong>do</strong>s campos de concentração e a população não sabia e também não tinha<br />

para onde ir.<br />

165


Max <strong>que</strong>ria retornar à Polônia, mas os russos não <strong>que</strong>riam conceder os vistos e os <strong>do</strong>cumentos.<br />

Ofereciam a cidadania russa. Max recusou insistentemente.Foi manti<strong>do</strong> preso.<br />

Sem <strong>do</strong>cumentos não havia como sobreviver no pós-guerra.<br />

O capitão de campo interveio com uma proposta.Requisitou os cuida<strong>do</strong>s de Max a um grupo de<br />

crianças polonesas órfãs, <strong>que</strong> , sen<strong>do</strong> um peso “morto” ou muitas bocas para alimentar,deveriam<br />

retornar à Polônia.<br />

<strong>Este</strong> ato de gratidão, propiciou o resgate da liberdade, da esperança, e <strong>do</strong> futuro.<br />

Em pleno inverno de 1946, chegam a Polônia. Famintos, descalços, e sem roupas apropriadas para<br />

suportar a neve e o frio.<br />

Os corpos cobertos de feridas, devi<strong>do</strong> a severa desnutrição.Franciszek, chega mancan<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> Max se encontrava preso, os russos colocaram Franciszek num caminhão junto com outras<br />

pessoas para leva-los a frentes de trabalho.Se eles se separassem, talvez nunca mais se<br />

vissem.Diante <strong>do</strong> perigos, com o caminhão em movimento, salta machucan<strong>do</strong> sua perna e<br />

retornan<strong>do</strong> ao convívio <strong>do</strong>s seus, principalmente , na ausência <strong>do</strong> pai.<br />

Em Katowice, são acolhi<strong>do</strong>s pela ex-secretária Max.São alerta<strong>do</strong>s a não reveindicarem seus bens,<br />

pois os conflitos terminavam em morte.<br />

Franciszek é encaminha<strong>do</strong> ao médico e o diagnóstico é tuberculose óssea.Permanece hospitaliza<strong>do</strong><br />

durante um bom tempo.O pai acredita <strong>que</strong> o filho não sobreviverá, assim como os<br />

médicos.Franciszek pede ao pai para <strong>que</strong> quan<strong>do</strong> venha visita-lo traga pão.<br />

Tinha fome!<br />

Aos poucos o diagnóstico foi altera<strong>do</strong>.Ao recuperar o peso, as feridas começavam a cicatrizar, os<br />

furúnculos desapareciam e engessaram sua perna, perceben<strong>do</strong> um desvio no quadril, oriun<strong>do</strong> da<br />

<strong>que</strong>da.<br />

Neste meio tempo, Max busca por notícias <strong>do</strong>s parentes.Aos poucos as notícias vão chegan<strong>do</strong>, e,<br />

não são nada boas.Pais, sogros, irmãos, tios, tias, sobrinhos, sobrinhas...mortos!Auschwitz engoliu a<br />

to<strong>do</strong>s!<br />

Finalmente localiza seu irmão Isi<strong>do</strong>ro.Havia esta<strong>do</strong> com a esposa no Gueto de Varsóvia.<br />

Fugiram pelos canos de esgoto, por muitos dias.Tia Manhúcia, era muito astuta e salvou a vida <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is. Conseguiram chegar a Moravcostra e após a guerra retornaram para reencontrar a família.<br />

Descobrem através da Cruz Vermelha, <strong>que</strong> um outro irmão de Max , Sammy,se encontrava no<br />

Uruguai, e Harry na Inglaterra. <strong>Este</strong> mu<strong>do</strong>u de nome e nacionalidade para poder sobreviver à<br />

guerra.Uma irmã de Ruth, no Canadá.<br />

Urgia pensar no futuro e na segurança da família.A instabilidade na Europa era grande.<br />

Isi<strong>do</strong>ro, decide fixar residência na Tcheco-Eslováquia. Abre seu consultório e alguns anos mais<br />

tarde vem a falecer de câncer.Manhúcia vive até os 95 anos. Sempre alegre e jovial.<br />

Max e Ruth resolvem deixar a Europa e procuram asilo no Uruguai. Para tal, necessitam da<br />

intervenção de Sammy, <strong>que</strong> lhes deveria assegurar a residência e a possibilidade de emprego. Os<br />

tramites legais são morosos.Finalmente conseguem o passaporte polonês.Vão para França, em 2 de<br />

janeiro de l948, pedem autorização para o Serviço de Emigração e lá ficam aguardan<strong>do</strong> a<br />

<strong>do</strong>cumentação vinda <strong>do</strong> Uruguai.<br />

Finalmente, em fevereiro de 48 recebem a autorização e o visto permanente uruguaio. Embarcam no<br />

navio Formose, em abril de 48.<br />

Uma nova etapa se inicia.<br />

São acolhi<strong>do</strong>s pelo irmão, Sammy.Uma grande barreira precisa ser superada para se conseguir um<br />

emprego, o idioma.<br />

Franciszek começa a trabalhar, aos 17 anos, aprenden<strong>do</strong> mais um idioma, e desta forma passa a<br />

ensinar seus familiares.<br />

A situação ainda é difícil.Max necessita aprender o idioma, para prestar um exame <strong>que</strong> lhe conferirá<br />

o exercício da profissão no Uruguai.<br />

Abre seu consultório e lentamente vai amplian<strong>do</strong> a clientela.<br />

166


Em 1953, Franciszek resolve tentar a vida no Brasil. Os pais já podiam se sustentar, Marianne<br />

estava encaminhada profissionalmente, a situação econômica estabilizou.<br />

Era hora de dar início a sua vida.<br />

Aqui chegan<strong>do</strong>, encontrou seu tio Harry, <strong>que</strong> se fixou com a família em São Paulo. Começou a<br />

trabalhar, fazer amigos, namorar, e logo após conheceu Donaria.<br />

Casaram-se e retornam ao Uruguai, onde a esposa é apresentada a família.<br />

A primeira filha nasce no Brasil e seguem viagem para Israel, onde nascem os gêmeos.<br />

Devi<strong>do</strong> ao acidente ocorri<strong>do</strong> com sua filha mais velha, são encaminha<strong>do</strong>s à diversos cirurgiões na<br />

Europa.Os planos de permanecer em Israel são altera<strong>do</strong>s, pois alguns <strong>do</strong>s melhores cirurgiões<br />

plásticos e ortopédicos se encontravam no Brasil.São encaminha<strong>do</strong>s pela consulesa de Israel<br />

Antonieta Feffer. Decidiu-se instalar as bases no Brasil.<br />

Recomeçar, mais uma vez.<br />

Franco, por falar fluentemente 8 idiomas, foi chama<strong>do</strong> por um patrício para trabalhar com vendas.<br />

Com seu espírito jovem e alegre, sempre contan<strong>do</strong> piadas, ajudan<strong>do</strong> conversan<strong>do</strong> muito com as<br />

pessoas progrediu rapidamente.<br />

Nasce seu quarto filho. No ano seguinte sua mãe Ruth, vêm a falecer, em 14/7/1966 aos 61 anos, de<br />

derrame. Como estávamos num perío<strong>do</strong> de ditadura militar e ele com passaporte polonês, teve<br />

problemas para embarcar.<br />

Quan<strong>do</strong> conseguiu desembaraçar a papelada sua mãe já havia si<strong>do</strong> enterrada. Resolveu <strong>que</strong> se<br />

naturalizaria brasileiro e passa a se chamar Francisco Enri<strong>que</strong> Bachner, pois seu pai já tinha idade e<br />

na linha sucessória poderia ser o próximo.<br />

É um pai maravilhoso. Participa de tu<strong>do</strong> com os filhos tornan<strong>do</strong>-se um grande amigo.<br />

A filha Beatriz Bachner, mais nova, casa-se primeiro. E como o mari<strong>do</strong> é estrangeiro, foram viver<br />

no exterior.<br />

Os filhos vão se casan<strong>do</strong> e os netos vão demoran<strong>do</strong> a chegar. To<strong>do</strong>s demoram de seis à sete anos<br />

para terem seus filhos.<br />

Seu filho caçula vem a falecer com vinte e quatro anos de AIDS.<br />

Após a perda desenvolve catarata e é cirurgia<strong>do</strong>.<br />

Sempre teve pressão alta, áci<strong>do</strong> úrico e cólica de rins.<br />

Certa vez, teve <strong>que</strong> bombardear as pedras com laser.Teve uma hemorragia e foi socorri<strong>do</strong> a tempo.<br />

É curioso estabelecer a seguinte relação. Após a morte da esposa em 1966, Max desenvolve uma<br />

catarata e é cirurgia<strong>do</strong>. Num momento de perda emocional os <strong>do</strong>is , pai e filho fragilizam a visão.<br />

Família Materna<br />

Martha Kitoff nasceu em Kiev, Rússia, em 29/06/1910.<br />

Perío<strong>do</strong> histórico:<br />

O governo russo iniciou um programa de industrialização <strong>que</strong> priorizou as ferrovias para<br />

aperfeiçoar a defesa e reforçar a posição da Rússia na Europa, além de melhorar o transporte de<br />

pessoas e merca<strong>do</strong>rias. A meta principal era facilitar o deslocamento de tropas para as fronteiras.<br />

O programa facilitou a migração de regiões superpovoadas da Rússia central para o oeste da<br />

Sibéria, assim como a ida de camponeses para as áreas urbanas, amplian<strong>do</strong> o proletaria<strong>do</strong> industrial.<br />

A população urbana cresceu de 6 milhões para 18,6 milhões entre 1863 e 1914, devi<strong>do</strong> as indústrias<br />

têxteis e metalúrgicas.<br />

Uma transformação econômica dessa dimensão, num país atrasa<strong>do</strong>, produziu descontentamento<br />

social e político.<br />

A insatisfação <strong>do</strong>s camponeses continuou e aumentaram os impostos e a pressão sobre a<br />

comercialização. Os trabalha<strong>do</strong>res passaram a protestar contra os baixos salários e péssimas<br />

condições de trabalho.Os parti<strong>do</strong>s revolucionários exploram a situação e novas classes profissionais<br />

exigiram uma reforma política.Depois da derrota na Guerra Russo Japonesa, esse mal-estar<br />

culminou com a revolução de 1905.<br />

167


O czar NicolauII teve <strong>que</strong> criar um parlamento e o primeiro-ministro Stolpyn fez várias<br />

reformas.Em 1914 a Rússia foi arrasada pela Primeira Guerra Mundial.Após três anos de inépcia<br />

política e militar e uma economia estrangulada provocaram a <strong>que</strong>da da dinastia Romanov. Em 1917<br />

explode a Revolução Russa.A fome transformou exigências salariais em greve geral e filas de pão<br />

em protesto. O caos se instaurou. Havia um “duplo poder” ao se constituir um governo alternativo.<br />

Lideres sovietes,menchevi<strong>que</strong>s,modera<strong>do</strong>s ,socialistas revolucionários passam a integrar o governo<br />

apoia<strong>do</strong>s pelos bolchevi<strong>que</strong>s.<br />

Os bolchevi<strong>que</strong>s deram o golpe em 1918, e tomam o poder.<br />

Alemanha exigiu territórios para a volta da paz e aceitar o novo governo.Lênin tenta ganhar tempo,<br />

mas os russos brancos, apoia<strong>do</strong>s pelas potências estrangeiras, atacaram a jovem República<br />

Soviética. Após três anos de guerra civil os bolchevi<strong>que</strong>s saíram vitoriosos, mas com alto preço:<br />

cerca de 13 milhões de mortos na guerra e de fome; destruição da economia; e substituição da<br />

moeda pelo comércio de escambo.Neste perío<strong>do</strong> houve muitos tumultos e só em 1925 os níveis de<br />

produção agrícola e industrial <strong>do</strong> pós-guerra se recuperam.Internamente, há ainda muitos acertos<br />

políticos e em 1929 temos a Grande Depressão, <strong>que</strong> dura até 1939 e a Segunda Grande Guerra.<br />

Martha Kitoff, nasceu neste contexto histórico de descontentamento social e político e de constantes<br />

guerras e revoluções. Filha de camponeses e de uma família numerosa. Era a caçula e temporona.Os<br />

irmão bem mais velhos, cuidavam da propriedade.<br />

Martha completou 4 anos de idade em 26/6/1914. Estamos no ano de 1914. Os confiscos de<br />

alimentos e de produções agrícolas são freqüentes. Mal dá para abastecer a família para a passagem<br />

<strong>do</strong> inverno.Em agosto deste ano chegam notícias deasalenta<strong>do</strong>ras. A Rússia entraria numa nova<br />

guerra.To<strong>do</strong>s se preparam para trabalhar mais e tentar tirar da terra mais frutos. Mas, na<strong>que</strong>le<br />

mesmo fatídico mês e ano, a propriedade recebe visitantes inespera<strong>do</strong>s.É o exército <strong>que</strong> vem levar<br />

os filhos para a guerra. São leva<strong>do</strong>s a força. Os pais imploram. Necessitam <strong>do</strong>s filhos para alimentar<br />

o povo, o exército! Quem vai plantar e colher?<br />

Os lamentos não são ouvi<strong>do</strong>s. Os filhos mal tiveram tempo de se despedir. O cho<strong>que</strong> foi tão grande<br />

para a matriarca <strong>que</strong> ela falece na<strong>que</strong>le dia. Martha perde seus irmãos, a mãe e o aconchego da<br />

família. Restam-lhe duas irmãs e o pai, inconsolável.<br />

Nunca mais viu seus irmãos. Anastácia, sua irmã, casa-se com um oficial <strong>do</strong> exercito e vão morar<br />

um Kaunas. Seu pai vem a falecer e Martha passa a morar com sua irmã Anastácia e sua outra<br />

irmã.<br />

A Revolução Russa traz grandes preocupações e tumultos.O exercito está dividi<strong>do</strong> e o cunha<strong>do</strong><br />

decide levar a família para um lugar seguro na Alemanha. Anastácia já tinha <strong>do</strong>is filhos pe<strong>que</strong>nos e<br />

Martha sai como filha dela. A outra irmã decide ficar ,pois já estava noiva de um rapaz.<br />

Permanecem trabalhan<strong>do</strong> na Alemanha. Mas, a instabilidade na Europa é grande. Decidem juntar<br />

dinheiro e prosseguir viagem.Ouvem falar <strong>do</strong> Novo Mun<strong>do</strong> e resolvem arriscar uma nova vida no<br />

Brasil <strong>que</strong> facilitava a entrada de imigrantes, pois necessitava de mão de obra.<br />

A viagem de navio foi longa e desconfortante. Uma epidemia de sarampo levou o filho caçula de<br />

Anastácia.O navio permaneceu em quarentena. Ao desembarcarem no Porto de Antonina, no<br />

Paraná, foram encaminha<strong>do</strong>s de trem as fazendas de café.<br />

Aqui tu<strong>do</strong> era muito rudimentar e desprovi<strong>do</strong> <strong>do</strong> conforto pobre <strong>que</strong> os camponeses tinham em suas<br />

terras. A adaptação foi difícil. Aprender o idioma também.<br />

Na fazenda, conhece um imigrante português, José Joaquim e se casa.Tem quatro filhos : Esther<br />

28/07/29; Donaria 06/02/33; Nelson 29/07/35; Oswal<strong>do</strong> 17/04/37.<br />

Deixam a fazenda em 1931 e vem morar em São Paulo.Abrem uma tinturaria no bairro <strong>do</strong> Paraíso,<br />

na rua Tutóia, e criam os filhos ai.<br />

Em agosto de 1985, Martha vem a falecer. Havia-se diagnostica<strong>do</strong> um tumor na região es<strong>que</strong>rda <strong>do</strong><br />

abdômen, próximo ao baço.<br />

Martha nunca gostou <strong>do</strong> mês de agosto. Dizia <strong>que</strong> só coisas ruins aconteciam neste mês. Sua mãe<br />

faleceu, seus irmãos foram leva<strong>do</strong>s e ela veio a falecer em 11/08/1985.<br />

168


Pai: José Joaquim<br />

Nasceu em Portugal, na região de Talhas em Mace<strong>do</strong> de Cavalheiros em 20/03/1906.<br />

Família de 5 irmãos (Maria Conceição; José Joaquim; Manuel <strong>do</strong> Nascimento; Isabel da Conceição;<br />

Francisco Joaquim de Moraes). Possuíam uma propriedade rural e viviam da terra.<br />

José Joaquim era coroinha na igreja local. Durante uma missa, foi repreendi<strong>do</strong> pelo padre com uma<br />

vara de marmelo. Recebeu várias chicotadas, por algo <strong>que</strong> não fez. Ao ser agredi<strong>do</strong>, em público<br />

insultou o padre.<br />

Para a época, foi um ato <strong>que</strong> levou a excomungação da família. A represália passou a refletir na<br />

venda <strong>do</strong>s produtos produzi<strong>do</strong>s culminan<strong>do</strong> na saída da família de Portugal.<br />

Ao chegar ao Brasil, foi trabalhar numa fazenda de café onde após um tempo se casou com Martha<br />

Kiloff.<br />

A sua mãe Adelaide, se casou novamente e teve mais um filho(Antonio), após o falecimento <strong>do</strong><br />

pai.<br />

José Joaquim, era o primeiro filho homem, e tomou para si a responsabilidade das duas famílias, a<br />

<strong>que</strong> ele constituiu e a de origem.<br />

Aju<strong>do</strong>u cada um <strong>do</strong>s irmãos com trabalho, construção de casa, dinheiro, etc...<br />

No ano de 1970 sua mãe Adelaide veio a falecer e neste mesmo ano morre seu filho caçula<br />

(Nelson) com problema de coração.<br />

Tem uma saúde muito boa, sempre fez tratamentos naturistas, mas começa a se <strong>que</strong>ixar de <strong>do</strong>res no<br />

estômago.A bebida sempre foi sua grande companheira. Nunca foi de beber outras bebidas senão<br />

cerveja. Seus <strong>do</strong>is filhos, sofrem diversas internações devi<strong>do</strong> ao alcoolismo.O caçula vem a falecer.<br />

Descobre-se uma úlcera. Submete-se a uma cirurgia. Recupera-se bem.<br />

Em agosto de 1985, sua esposa vem a falecer. A partir daí sua saúde torna-se frágil.<br />

Desfaz-se de sua casa e isola-se num sitio.Volta a sentir muitas <strong>do</strong>res na região ab<strong>do</strong>minal e se<br />

recusa a to<strong>do</strong> tipo de tratamento médico, com muito custo é interna<strong>do</strong> e vem a falecer em 19/06/88.<br />

Donaria de Jesus Bachner<br />

Nasceu em 06/02/1933<br />

É a segunda filha. Estu<strong>do</strong>u até a quarta série, pois seu pai impediu-a de continuar seus estu<strong>do</strong>s.<br />

Somente os filhos homens é <strong>que</strong> precisavam estudar e eles não quiseram.<br />

Passou desde ce<strong>do</strong> a trabalhar com o pai e a ser reconhecida pelo “fazer”.<br />

Muito magra, apresentou problemas de tireóide na pré a<strong>do</strong>lescência. Tratou-se com médico<br />

naturista. A menarca surgiu aos dezoito anos. Seu ciclo menstrual sempre foi muito iregular. Casouse<br />

aos vinte e três anos com Francisco Enri<strong>que</strong> Bachner. Teve um aborto, provoca<strong>do</strong> por erro<br />

médico. Em seguida faz um longo tratamento onde engravida e segue adiante com a gravidez.<br />

Resolveram tentar a vida fora <strong>do</strong> país. Franco segue viagem para estabelecer as bases para <strong>que</strong> a<br />

mudança ocorra. Donaria permanece pois sua gravidez está muito adiantada , e não foi permiti<strong>do</strong><br />

seu embar<strong>que</strong>.Durante esse tempo em <strong>que</strong> aguarda a chegada <strong>do</strong> bebê, e está mais sensível e<br />

fragilizada, ouve constantemente <strong>que</strong> ele não virá pois tem outras mulheres fora. É casa<strong>do</strong> no<br />

exterior e engravi<strong>do</strong>u e fugiu. Que nunca mais verá a cara <strong>do</strong> maridinho. Que foi incompetente para<br />

assegurar um casamento.<br />

Franco retorna para nos buscar e seguimos viagem. Israel encontra-se em desenvolvimento. Faz 10<br />

anos <strong>que</strong> se constituiu o Esta<strong>do</strong> de Israel, e , <strong>que</strong> os judeus de to<strong>do</strong>s os paises concentram seus<br />

esforços na construção de uma nação onde possam viver em liberdade.<br />

Os kibuttz são a melhor solução para a colonização e guarda das fronteiras.Fomos viver no Kibuttz<br />

Methzilott, próximo à fronteira com a Jordânia.<br />

A<strong>do</strong>ravam a vida lá, apesar de conviverem com o perigo constantemente. Eram ataca<strong>do</strong>s até quan<strong>do</strong><br />

aravam os campos. Por outro la<strong>do</strong> aprendia-se muito.<br />

Donaria engravida novamente. Desta vez, um casal de gêmeos. No dia em <strong>que</strong> os bebês nascem, um<br />

ousa<strong>do</strong> atenta<strong>do</strong> árabe, atinge a casa onde residiam. Sua filha Rebeca, a babá e algumas crianças<br />

<strong>que</strong> lá se encontravam, são atingidas pela explosão de uma granada incendiária. To<strong>do</strong>s sofrem<br />

169


<strong>que</strong>imaduras graves. Rebeca se encontra entre a vida e a morte no hospital. No mesmo hospital<br />

onde Donaria está trazen<strong>do</strong> a vida duas crianças.<br />

É uma situação traumática. A orientação médica é <strong>que</strong> cuide <strong>do</strong>s bebês, pois havia risco de vida<br />

para a filha.<br />

Família de Marcos Lepiscopo<br />

História Paterna<br />

Avós:<br />

Giuseppe Lepiscopo<br />

Nasceu em Regalbuto Sicília Itália casa<strong>do</strong> com Carmella Bonavoglia. Veio ao Brasil como<br />

imigrante e instalou-se como comerciante.<br />

Trabalhava com merca<strong>do</strong>rias importadas como azeitona, azeite etc...<br />

Teve sete filhos: Maria, Natal, Vicente, Carmelo,Victor,Salva<strong>do</strong>r e Carmela.<br />

Quan<strong>do</strong> a última filha nasceu, a esposa morreu.A criança pesava mais de cinco quilos.<br />

Suspeita-se <strong>que</strong> Carmella Bonavoglia sofria de Diabettes.<br />

A última menina foi dada para uma família amiga <strong>que</strong> não podia ter filhos e foi a<strong>do</strong>tada por eles na<br />

condição de nunca ser revelada a verdadeira identidade, apesar de morarem no mesmo bairro.<br />

Após um tempo, com to<strong>do</strong>s os filhos para criar, resolveu casar-se novamente.<br />

A nova madrasta colocou to<strong>do</strong>s os filhos homens para fora de casa.<br />

Desta união resultou mais um filho.<br />

Giuseppe, foi perden<strong>do</strong> o gosto pela vida ven<strong>do</strong> seus filhos separa<strong>do</strong>s.Foi perden<strong>do</strong> o controle <strong>do</strong>s<br />

negócios e veio a falecer de um colapso cardíaco.<br />

Pai : Victor Lepiscopo<br />

Com a morte da mãe, a separação da irmã recém nascida, o casamento <strong>do</strong> pai e a expulsão da casa<br />

paterna. Uma grande reviravolta na vida. Sem teto e dinheiro, ou a <strong>que</strong>m recorrer, foram buscar<br />

abrigo nos canos de esgoto ou água de uma construção próxima. Em plena recessão econômica,<br />

emprego não se encontrava.<br />

Para sobreviverem, faziam “bicos”por um prato de comida. Ou quan<strong>do</strong> estes faltavam, o jeito era<br />

roubar uma galinha <strong>do</strong> vale <strong>do</strong> Anhangabaú, <strong>que</strong> antigamente só havia chácaras.<br />

E ficar aguardan<strong>do</strong> <strong>que</strong> o leiteiro entregasse o pão e o leite nas mansões <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong>s Ingleses, para<br />

saciarem a fome.<br />

Em sua casa nunca faltou comida, a fartura e a bondade eram qualidades italianas.<br />

As massas eram preparadas pela mãe e pretos ou brancos, ricos ou pobres eram chama<strong>do</strong>s para se<br />

sentarem à mesa e compartilhar com a família a comida e a conversa.<br />

E com esse espírito, apesar de todas as adversidades, carregou consigo. Cuidan<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s,<br />

inclusive <strong>do</strong>s irmãos durante toda a vida e orientan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s <strong>que</strong> encontrava.<br />

Consegue um emprego na prefeitura. Sua vida muda substancialmente. Conhece Antonieta Aníbal<br />

Carneiro com então 16 anos e namoram um longo tempo até se casarem.<br />

Teve <strong>do</strong>is filhos com uma diferença de 5 anos entre um e outro.<br />

Fumou durante mais de 30 anos e ao se aposentar, foi diagnostica<strong>do</strong> um Enfisema pulmonar.Parou<br />

de fumar.<br />

Surgiu um pouco mais tarde diabetes. Não conseguia manter o regime alimentar e passou a<br />

depender da insulina. Veio a falecer após a cirurgia de ponte de safena.<br />

To<strong>do</strong>s os irmãos vieram a falecer por motivos cardíacos.<br />

Mãe: Antonieta Aníbal Lepiscopo, mãe de Marcos Lepiscopo, casada com Victor Lepiscopo.<br />

170


Filha de João Carneiro imigrante português e Modesta Coccielo imigrante italiana, é a filha mais<br />

caçula de três irmãos.Apresentan<strong>do</strong> uma diferença de 12 anos <strong>do</strong> irmão <strong>do</strong> meio.<br />

Seu pai veio a falecer quan<strong>do</strong> tinha 11 meses. Sua mãe faleceu quan<strong>do</strong> tinha 3 anos.<br />

Não se lembra <strong>do</strong>s pais. Foi criada pelos irmãos.<br />

Foi sempre muito submissa. Medrosa.Hipocondríaca.<br />

Problema de tireóide, hipertensão, cólicas renais, etc...<br />

Irmão : Maurício Lepiscopo<br />

Filho mais velho <strong>do</strong> casal.Como era muito chorão, a mãe o levava para jogar pedrinhas no rio e se<br />

distrair. Ele <strong>que</strong>ria <strong>que</strong> ela colocasse as lágrimas dentro da canequinha e ela fazia e faz suas<br />

vontades até hoje.<br />

Aos 13 anos resolveu <strong>que</strong> não ia mais estudar.Foi trabalhar no Tribunal De Justiça.<br />

Foi muito rebelde, impulsivo, na a<strong>do</strong>lescência.<br />

Teve uma namorada <strong>que</strong> se suici<strong>do</strong>u por<strong>que</strong> ele havia desmancha<strong>do</strong> o namoro.<br />

Namorou durante anos e se casou com sua atual esposa, Eva Maria Ramos Lepiscopo.<br />

Como pai, tem <strong>do</strong>is filhos, um casal.<br />

Nunca conseguiu se fixar profissionalmente, fez mil cursos e não atuou em nenhum.<br />

Tem muitos me<strong>do</strong>s.Até de trovão e relâmpagos.<br />

É uma pessoa sensível, afetiva, humana. Capaz de se <strong>do</strong>ar e ajudar <strong>que</strong>m <strong>que</strong>r <strong>que</strong> seja.<br />

Saúde boa, teve uma bronquite na infância <strong>que</strong> curou com natação e banho frio, <strong>que</strong> toma até hoje.<br />

Marcos Lepiscopo<br />

Segun<strong>do</strong> filho <strong>do</strong> casal, Victor e Antonieta Lepiscopo. Nasceu em 7/12/57.<br />

Maurício contava com cinco anos e meio.<br />

Quan<strong>do</strong> bebê foi muito tranquilo. Era uma criança tímida, calada.Ficava ven<strong>do</strong> as outras crianças<br />

brincarem em cima <strong>do</strong> muro e não se relacionava com elas, apesar da insistência <strong>do</strong>s pais.<br />

Durante `a noite, acordava aos prantos, fora de si, corren<strong>do</strong> em direção à porta.Quan<strong>do</strong> os pais iam<br />

socorre-lo, gritava ainda mais, dizen<strong>do</strong>: “Quero meus pais! Vocês não são meus pais!”<br />

Victor, em seu papel de pai, passava a noite em claro com o filho no colo, mostran<strong>do</strong> a imagem de<br />

são José, tentan<strong>do</strong> acalmar o filho.<br />

Isso ocorria quase diariamente. Os pais resolveram procurar ajuda médica.<br />

Marcos foi conduzi<strong>do</strong> ao hospital. Fez inúmeros exames. Passou em consulta com psiquiatra<br />

infantil e finalmente o pai resolveu buscar ajuda num centro espírita. Após um trabalho espiritual as<br />

crises cessaram. Passou a se relacionar com as crianças, mas a sensação de nunca pertencer ao<br />

núcleo familiar sempre se perpetuou. O pai o levava constantemente ao centro espírita.<br />

Marcos sempre foi muito curioso, possuía um espírito investigativo e costumava desmontar os<br />

objetos para ver como funcionava.<br />

Um tio, <strong>que</strong> viajou muito, pois trabalhou em navios, costumava sentar com as crianças e ensina-los<br />

a montar com sucata, barquinho à vapor com lata de graxa de sapato, rádio de Galeno, etc...<br />

Sempre foi bem nos estu<strong>do</strong>s ao contrário <strong>do</strong> irmão <strong>que</strong> resolve parar de estudar aos 13 anos de<br />

idade.<br />

Seu irmão Maurício, passa a dar muito trabalho para os pais. Chega tarde da noite em casa. As<br />

preocupações e discussões aumentavam. Para poupar os pais <strong>do</strong>s dissabores, assume uma<br />

a<strong>do</strong>lescência certinha e longe de confusão. Além disso a família passa por inúmeras dificuldades<br />

econômicas. Mas seu pai, Victor, sempre foi muito luta<strong>do</strong>r, e, engrossava o orçamento <strong>do</strong>méstico<br />

venden<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>rias paralelamente. Nunca aceitou o cargo de chefia <strong>que</strong> foi ofereci<strong>do</strong> inúmeras<br />

vezes na prefeitura.<br />

171


Marcos resolve trabalhar em uma loja de disco. Trabalho <strong>que</strong> a<strong>do</strong>ra, pois sempre gostou muito de<br />

música. Conhecia nomes, datas, histórico, estilos musicais, etc. Passou a efetuar as compras de<br />

produtos da loja, e administra-la melhor <strong>que</strong> o próprio <strong>do</strong>no.<br />

Afastar-se <strong>do</strong> ambiente <strong>do</strong>méstico, era um alívio para ele. Mas continuava não enxergan<strong>do</strong><br />

perspectivas para si.<br />

Em 1977, cursan<strong>do</strong> o 3º colegial, conhece sua atual esposa Rebeca.<br />

Sua vida toma outros rumos e perspectivas à partir daí.<br />

Começaram a cursar a faculdade em 1979. Optaram por Pedagogia.<br />

Não era o <strong>que</strong> ele <strong>que</strong>ria fazer, mas a condição financeira não permitia <strong>que</strong> se dedicasse num<br />

perío<strong>do</strong> integral durante cinco anos fora da cidade.<br />

Em dezembro de 1979, casou-se com Rebeca Bachner Lepiscopo.<br />

Continuaram estudan<strong>do</strong> e trabalhan<strong>do</strong>.<br />

Trabalhava numa multinacional durante o dia e à noite lecionava em escola pública.<br />

Iniciou um curso de especialização em Psicodrama.<br />

Em 1981, foi chama<strong>do</strong> para desenvolver um trabalho pedagógico na Itautec.<br />

Empresa <strong>que</strong> iniciou o trabalho com computa<strong>do</strong>res de pe<strong>que</strong>no porte, os Pcs.<br />

Foi um aprendiza<strong>do</strong> importantíssimo, pois começou a juntar o pedagógico com o instrumental e<br />

administrativo.<br />

Em 1983, foi convida<strong>do</strong> a desenvolver um trabalho para o Colégio Pueri Domus. Montou o<br />

laboratório de informática e desenvolveu o “Projeto logo”. Basea<strong>do</strong> na teoria de Jean Piaget e<br />

Seymour Papert. Um projeto inova<strong>do</strong>r onde se alia os computa<strong>do</strong>res à educação, onde à criança dá<br />

ordens a uma tartaruga e ela executa. Para tal, a criança necessita desenvolver conceitos<br />

matemáticos, etc... para poder operar.<br />

Passa a dar consultoria a outras escolas e expandir o trabalho para as escolas <strong>do</strong> interior de São<br />

Paulo.<br />

Escreve seu primeiro livro, HotLogo – Primeiros Passos – Coleção MSX – Editora Aleph.<br />

Em 1985 nasce seu primeiro filho, Caio Bachner Lepiscopo. E em 1989, nasce o segun<strong>do</strong> filho<br />

Nathan Bachner Lepiscopo.<br />

Em 1987, é convida<strong>do</strong> para trabalhar no Senac, implantan<strong>do</strong> a área de informática na capital e no<br />

interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.Desenvolve o projeto, seleciona, contrata e treina professores capacitan<strong>do</strong>-os a<br />

lecionar e saber usar a nova ferramenta educacional.<br />

Quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> caminho sozinho, resolve assumir uma área falida. Era a área de comunicação.<br />

Resolve transformar num Centro de Comunicação e Artes. O curso de fotografia, <strong>que</strong> era destina<strong>do</strong><br />

a fotógrafos de casamento e fotos 3x4, foi extinto e transforma<strong>do</strong> num arroja<strong>do</strong> curso de fotografia<br />

artística, jornalística, médica, fotografia digital, intercâmbio internacional com universidades<br />

americanas, etc...Culminan<strong>do</strong> com um prédio arroja<strong>do</strong>, e a criação da primeira Faculdade de<br />

Fotografia <strong>do</strong> Brasil com exames pela PUC.<br />

Lançou o Cd-rom História da Fotografia (1840-1960) pela Editora Senac.<br />

Autor da exposição fotográfica de Alberto Korda, sobre Che Guevara.<br />

Em 1999, é convida<strong>do</strong> a desenvolver o mesmo trabalho no Senac <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Assim <strong>que</strong><br />

iniciou o trabalho, foi chama<strong>do</strong> para assumir a área de desenvolvimento estratégico das unidades<br />

especializadas e conseqüentemente promover uma modificação maior nas estruturas da instituição.<br />

Paralelamente ao desenvolvimento profissional, veio trabalhan<strong>do</strong>-se emocionalmente e<br />

psicologicamente. Superan<strong>do</strong> e eliminan<strong>do</strong> os fantasmas <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e se libertan<strong>do</strong> de conceitos<br />

culturais e emocionais lesivos ao desenvolvimento harmonioso de qual<strong>que</strong>r ser humano.<br />

Caio Bachner Lepiscopo<br />

26/07/1985 idade atual 15 anos<br />

Filho primogênito <strong>do</strong> casal Marcos Lepiscopo e Rebeca Bachner Lepiscopo.<br />

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Manifestou-se um desenvolvimento psicomotor precoce. Fixou a cabeça aos <strong>do</strong>is meses, sentou-se<br />

sem apoio aos quatro meses, saiu andan<strong>do</strong> aos nove meses. Não engatinhou.<br />

Aprendeu sozinho e escrevia seu nome aos três anos, assim como sabia ver as horas e controlar o<br />

tempo através dela.<br />

Aos cinco anos já lia, sem freqüentar a escola. Desenha muito bem e é muito criativo. Interessa-se<br />

por tu<strong>do</strong> e tem muita facilidade no aprendiza<strong>do</strong>. Principalmente em assuntos relaciona<strong>do</strong>s com as<br />

áreas humanas.<br />

Atividades esportivas como andar, andar de bicicleta, mountain bike, escotismo, traking e skate,<br />

são suas especialidades. A<strong>do</strong>ra aventuras e explorações.<br />

Ganhou um concurso de fotografia promovi<strong>do</strong> pela Fuji Film na terceira série. Fez curso de desenho<br />

e escultura com a artista Eva Funari. No palco, é um artista aplaudidíssimo.<br />

Por sua exacerbada sensibilidade, <strong>do</strong>mina com muita facilidade assuntos filosóficos. Leitura é seu<br />

hobby. É muito crítico e não gosta de perder. Os valores humanos são profun<strong>do</strong>s, geran<strong>do</strong> conflitos<br />

com os relacionamentos estabeleci<strong>do</strong>s, onde a “falta de ética” <strong>do</strong>s colegas o incomoda demais.<br />

Geran<strong>do</strong> conflito ou desvalorização de seus potenciais.<br />

Fornece todas as informações a respeito de Cds ou filmes. É capaz de dizer com precisão o nome<br />

<strong>do</strong>s diretores, atores, músicos, da<strong>do</strong>s históricos, ano de produção, grava<strong>do</strong>ras, etc, assim como seu<br />

pai. É interessante ressaltar <strong>que</strong> Caio apresenta uma herança genética paterna.<br />

Nathan Bachner Lepiscopo<br />

28/07/1989 idade atual: 11 anos<br />

Nathan, diferentemente <strong>do</strong> irmão, apresenta uma herança genética materna. É uma criança muito<br />

observa<strong>do</strong>ra. Não se expõe com facilidade a ambientes ou pessoas <strong>que</strong> não conhece. Num primeiro<br />

momento, to<strong>do</strong>s dirão <strong>que</strong> é uma criança tímida. Le<strong>do</strong> engano. É extroverti<strong>do</strong>, brincalhão, risonho,<br />

sagaz, astuto, ágil com as palavras, piadista e muito sedutor. Desconfia<strong>do</strong> “não entra de gaiato no<br />

navio”.<br />

Seu hobby predileto é cozinhar. Maksymiliam e Franciszek (bisavô e avô) são exímios cozinheiros.<br />

Possui um raciocínio lógico matemático desenvolvidíssimo. Gosta de jogos, principalmente xadrez.<br />

Nos esportes se destaca na natação, principalmente no mergulho, onde já disputou e ganhou<br />

diversas competições.<br />

É determina<strong>do</strong>, organizadíssimo, persistente e ansioso. Consegue o <strong>que</strong> <strong>que</strong>r e não desiste diante de<br />

obstáculos. É muito afetuoso, carinhoso e necessita de contato físico, como abraços e beijos<br />

constantes. Franciszek costuma dizer <strong>que</strong> cada dia <strong>que</strong> passa ele vê o pai no neto. Os mesmos<br />

trejeitos, as mesmas manhas, os cuida<strong>do</strong>s pessoais, etc...<br />

Rebeca Bachner Lepiscopo<br />

25/08/1957 idade atual: 43 anos<br />

Nasceu no Brasil. Aos <strong>do</strong>is meses partiu com a família num navio rumo a Europa e posteriormente<br />

Israel. Instalaram-se no Kibbutz Methzilot, próximo à fronteira com a Jordânia. Com um ano e meio<br />

sofre um acidente provoca<strong>do</strong> por um atenta<strong>do</strong> terrorista.<br />

Sofre <strong>que</strong>imaduras de quarto grau na perna direita. Fica internada por muito tempo no hospital. No<br />

mesmo dia <strong>do</strong> acidente, nascem seus irmãos: Daniel e Beatriz Bachner.<br />

Não admitia a presença da mãe no hospital. Gritava e ordenava as enfermeiras: “Tirem a<strong>que</strong>la<br />

mulher daqui!” Só aceitava a presença <strong>do</strong> pai. Demorou pra <strong>que</strong> aceitasse a mãe.<br />

Teve muitos ciúmes <strong>do</strong>s irmãos, pois quan<strong>do</strong> retornou, estes já eram grandes e haviam toma<strong>do</strong> seu<br />

espaço.<br />

Os pais foram em busca <strong>do</strong>s melhores cirurgiões na Europa. Na área ortopédica e de cirurgia<br />

plástica os melhores se encontravam no Brasil. Vieram por indicação de médicos ingleses. Fixaram<br />

residência no Brasil, mas continuavam viajan<strong>do</strong> e fazen<strong>do</strong> cirurgias no exterior, quan<strong>do</strong> eram<br />

solicitadas pelos especialistas.<br />

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Aprendeu diversos idiomas e teve <strong>que</strong> se adaptar a culturas e situações diferentes.<br />

Casou-se em 1979 com Marcos Lepiscopo teve <strong>do</strong>is filhos: Caio e Nathan B. Lepiscopo.<br />

Formou-se em Pedagogia, Orientação Educacional, Psicopedagoga, Terapeuta Corporal e Floral.<br />

Administra cursos de auto-conhecimento e orientação para pais.<br />

Comentário<br />

Rebeca apresenta lacuna na área 2 (Perdão). Localizada na área <strong>do</strong> fíga<strong>do</strong>, área de senso de<br />

justiça forte, geran<strong>do</strong> capacidade de envolvimento em causas sociais, liderança, gosta pela aventura.<br />

O me<strong>do</strong> da traição, raiva e revolta são fortes emoções aqui registradas, geran<strong>do</strong> suspeitas<br />

constantes. Estas emoções também aparecem nas gerações passadas e está marcada nas íris<br />

gravadas atualmente.<br />

Pedi <strong>que</strong> comentasse sobre seus sentimentos em relação a esta área: “Na história familiar, tanto<br />

materna, quanto paterna, tanto a minha história de vida passada, observo registros constantes de<br />

traição. Confiar no outro, nas situações, não fazem parte da minha personalidade. Confio<br />

desconfian<strong>do</strong>. Observo tu<strong>do</strong>. Os mínimos detalhes das ações e atitudes das pessoas, <strong>do</strong>s<br />

movimentos políticos, ações econômicas, etc... Sou de família de origem judaica. Meus<br />

antepassa<strong>do</strong>s perderam tu<strong>do</strong> <strong>que</strong> possuíam, não só bens materiais, mas como a dignidade, a vida, os<br />

direitos, os filhos, e a liberdade, inclusive de expressão.<br />

Não é algo <strong>que</strong> ocorreu só na segunda grande guerra, nos campos de concentração, mas algo<br />

<strong>que</strong> aconteceu em diversas outras situações no passa<strong>do</strong> onde às perseguições nunca cessaram.<br />

Ocorreu comigo em minha família em 1959. Nossa casa em Israel foi alvo de um atenta<strong>do</strong><br />

terrorista. Perdemos tu<strong>do</strong>. Nossa casa ardeu até as cinzas.Sofri <strong>que</strong>imaduras de quarto grau, me<br />

submeti a 45 cirurgias, onde transplantavam de mi mesma o material de enxerto. Sobrevivemos. E<br />

recomeçamos tu<strong>do</strong> novamente, só <strong>que</strong> mais fortaleci<strong>do</strong>s com a situação.<br />

Acredito <strong>que</strong> somos como uma árvore, quanto mais se poda, mais forte e melhores frutos dá.<br />

Em virtude de acontecimentos pregressos, envolvo-me em causas sociais, e, desde criança percebo<br />

minha liderança. Estou constantemente a frente de grupos, trazen<strong>do</strong> reflexões e propostas novas,<br />

pois, a vida é uma grande aventura para se viver, vencer e vencer-se.”<br />

Sua íris apresenta ainda lacunas (pétalas) nas áreas 5 (REPARTIR), área 6<br />

(INDEPENDÊCIA), na área 9 (NASCER), na área 12 (CONSTITUIR), na área 17 (CONFIANÇA),<br />

na área 18 (INFÂNCIA), na área 23 (SOLIDÃO), na área 28 (VOZ), na área 31 (CONSELHO) e na<br />

área 35 (SABEDORIA). Manchas psoricas (gemas) nas áreas 1 (CRIAÇÃO), na área 5<br />

(REPARTIR), na área 7 (PREOCUPAÇÃO), na área 9 (NASCER), na área 10 (COMUNICAÇÃO),<br />

na área 17 (CONFIANÇA), na área 27 (ÊXTASE), na área 41 (IDEAIS), na área 42<br />

(AUTORIDADE) e na área 45 (CORAÇÃO).<br />

Nem precisamos colocar aqui os sentimentos de Rebecca a respeito dstas áreas, pois, len<strong>do</strong> sua<br />

história chegaremos às origens de todas estas marcas iri<strong>do</strong>lógicas.<br />

CONCLUSÃO<br />

<strong>Este</strong> trabalho teve a intenção de trazer para cada um <strong>que</strong> tomou contato com ele, reflexões a<br />

respeito de suas próprias origens, a respeito das origens emocionais de suas família, das origens<br />

emocionais de um povo chama<strong>do</strong> “brasileiro”.<br />

Acreditamos <strong>que</strong> estas reflexões sejam verdadeiros bálsamos, <strong>que</strong> aliviam muita culpa, <strong>que</strong><br />

refrescam relacionamentos, <strong>que</strong> trazem o perdão para as almas e libertam o futuro.<br />

Através da consciência de nossas origens, chegamos a criar um referencial importante <strong>que</strong><br />

desperta a força vital de cada um. E através <strong>do</strong> amor deixamos o caminho mais ilumina<strong>do</strong> para a<br />

geração atual e futura.<br />

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