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Este número da Pulmão RJ - Sociedade de Pneumologia e ...

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<strong>Pulmão</strong> <strong>RJ</strong> vol.14(1) 2005<br />

<strong>de</strong> infecção respiratória alta e cefaléia, que po<strong>de</strong>m<br />

constituir uma limitação para seu uso.<br />

A diminuição do abandono do tratamento <strong>da</strong><br />

tuberculose é um importante passo para o controle <strong>da</strong><br />

doença. Sua prevalência em nosso meio ain<strong>da</strong> é<br />

eleva<strong>da</strong> e a “causa” <strong>de</strong>sta atitu<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> não totalmente<br />

conheci<strong>da</strong>. Certamente o abandono é multifatorial e<br />

possivelmente variável na <strong>de</strong>pendência <strong>da</strong> cultura social<br />

<strong>da</strong> população estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. Os autores do artigo original<br />

“Teria a confirmação diagnóstica algum efeito protetor<br />

no abandono do tratamento <strong>da</strong> tuberculose?” estu<strong>da</strong>m<br />

um <strong>de</strong>stes fatores, nem sempre avaliado por outros<br />

autores. Por questões <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z metodológica<br />

ten<strong>de</strong>mos a estu<strong>da</strong>r casos com o diagnóstico<br />

confirmado mas a não confirmação do caso po<strong>de</strong><br />

influenciar a credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do médico e do paciente<br />

no diagnóstico levando a dúvi<strong>da</strong>s com relação a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter o tratamento por tempo<br />

prolongado como recomen<strong>da</strong>do.<br />

Em outro artigo original os autores comentam os<br />

aspectos observados na “Tomografia computadoriza<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> alta resolução no estudo dos pacientes com sarcoma<br />

<strong>de</strong> Kaposi e SIDA”. Antes do surgimento <strong>da</strong> síndrome<br />

<strong>de</strong> imuno<strong>de</strong>ficiência adquiri<strong>da</strong> o sarcoma <strong>de</strong> Kaposi<br />

era visto mais raramente, especialmente em homens<br />

idosos do oeste <strong>da</strong> Europa e região mediterrânea<br />

(especialmente em italianos e ju<strong>de</strong>us) e, também,<br />

en<strong>de</strong>micamente na África equatorial. Antes do uso dos<br />

esquemas anti-retrovirais <strong>de</strong> alta potencia, cerca <strong>de</strong><br />

15% a 20% dos pacientes infectados pelo HIV<br />

apresentavam o sarcoma <strong>de</strong> Kaposi, que foi utilizado<br />

como critério <strong>de</strong>finidor <strong>da</strong> presença <strong>da</strong> síndrome <strong>de</strong><br />

imuno<strong>de</strong>ficiência adquiri<strong>da</strong>. Apesar <strong>de</strong> acometer mais<br />

freqüentemente a pele, o pulmão po<strong>de</strong> apresentar a<br />

lesão em cerca <strong>de</strong> 1/3 dos casos. Conhecer os aspectos<br />

tomográficos po<strong>de</strong> auxiliar no diagnóstico <strong>de</strong> certeza -<br />

feito por meio <strong>da</strong> broncoscopia, que mostra lesões<br />

típicas (lesões nodulares na submucosas com coloração<br />

<strong>de</strong> vermelha a púrpura).<br />

A Sarcoidose <strong>de</strong>scrita por Hutchinson, em 1877, é<br />

uma doença granulomatosa, multissistêmica, <strong>de</strong> etiologia<br />

ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>. O conhecimento sobre esta<br />

enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> tem crescido, mas ain<strong>da</strong> existem muitas<br />

controvérsias e enigmas a seu respeito. Sua manifestação<br />

mais comum é a pulmonar e ganglionar mas po<strong>de</strong>ndo<br />

se apresentar <strong>de</strong> diversas formas. Neste <strong>número</strong>, em<br />

“Avaliação <strong>da</strong> função pulmonar na sarcoidose”, os autores<br />

<strong>de</strong>screvem a freqüência e tipo <strong>de</strong> comprometimento<br />

funcional ventilatório, correlacionando estes achados<br />

com os <strong>da</strong> radiografia do tórax.<br />

Ca<strong>da</strong> vez mais a imunohistoquímica vem aju<strong>da</strong>ndo<br />

na i<strong>de</strong>ntificação e classificação <strong>de</strong> tumores. No artigo<br />

2 • PULMÃO <strong>RJ</strong> • Volume 14 • Nº 1 • Jan-Fev-Mar, 2005<br />

original “Diferenciação neuroendócrina dos<br />

mesoteliomas pleurais”, os autores avaliam o<br />

rendimento <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>stes marcadores, inclusive em<br />

associação, em 16 pacientes com tumor primário <strong>da</strong><br />

pleura. A presença do fenótipo neuroendócrino em<br />

<strong>de</strong>terminados tumores o torna mais respon<strong>de</strong>dor aos<br />

quimioterápicos, o que po<strong>de</strong> ser uma importante<br />

informação para se estabelecer a conduta do caso.<br />

No Como eu faço temos dois artigos, um sobre<br />

diagnóstico e outro sobre tratamento.<br />

Na apresentação sobre “Diagnóstico <strong>de</strong> falsos<br />

tumores <strong>de</strong> pulmão” os autores divi<strong>de</strong>m com os leitores<br />

suas experiências com o diagnóstico diferencial <strong>de</strong><br />

nódulos e massas pulmonares. A possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

câncer <strong>de</strong> pulmão <strong>de</strong>ve ser sempre pensa<strong>da</strong>, mas em<br />

muitas situações esta hipótese po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scarta<strong>da</strong> com<br />

maior ou menor grau <strong>de</strong> certeza frente a alguns aspectos<br />

<strong>da</strong> imagem no raio X simples ou na tomografia,<br />

associado a <strong>da</strong>dos clínicos e pós tratamento inicial<br />

evitando-se, assim, procedimentos invasivos com maior<br />

risco e estresse para o paciente e seu médico.<br />

No artigo “Como uso antileucotrienos no<br />

tratamento <strong>da</strong> asma” po<strong>de</strong>remos apreen<strong>de</strong>r a ação<br />

<strong>de</strong>stes medicamentos orais, eficazes na prevenção <strong>da</strong>s<br />

crises <strong>de</strong> asma e rinite <strong>de</strong>vido ao seu efeito antiinflamatório,<br />

contudo, <strong>de</strong> pouca utili<strong>da</strong><strong>de</strong> nos sintomas<br />

agudos pois seu efeito broncodilatador é mo<strong>de</strong>sto, lento<br />

e inferior ao obtido com os β 2 -agonistas, embora possa<br />

ser aditivo a estes. Um grupo <strong>da</strong> Cochrane <strong>de</strong> Vias<br />

Respiratórias avaliou 27 estudos sobre o <strong>de</strong>sempenho<br />

dos antileucotrienos em comparação com os<br />

corticosterói<strong>de</strong>s inalados na dose <strong>de</strong> 400mcg <strong>de</strong><br />

beclometasona ou equivalente no tratamento <strong>da</strong> asma.<br />

Observaram diferenças pequenas, porém significativas,<br />

favorecendo o uso dos corticosterói<strong>de</strong>s, e concluem que<br />

estes <strong>de</strong>vem permanecer como escolha <strong>de</strong> primeira linha<br />

como monoterapia para a asma persistente. No entanto,<br />

conforme <strong>de</strong>stacado pelo autor, em algumas situações<br />

os antileucotrienos po<strong>de</strong>m ser muito úteis, especialmente<br />

na asma induzi<strong>da</strong> pelo exercício e por aspirina e quando<br />

<strong>da</strong> concomitância <strong>de</strong> rinite alérgica. Os consensos<br />

recomen<strong>da</strong>m seu uso na fase 4, ou seja nos que persistem<br />

sintomáticos mesmo em uso regular do corticói<strong>de</strong> e β 2 -<br />

agonista <strong>de</strong> longa duração. No entanto, estudos recentes<br />

mostram sua utili<strong>da</strong><strong>de</strong> na fase 3 e estudos <strong>de</strong> longo prazo<br />

são necessários.<br />

Em ponto <strong>de</strong> vista trazemos um artigo sobre<br />

“Genes + fumo = DPOC”. <strong>Este</strong> é um tema atual e que<br />

ain<strong>da</strong> é pouco entendido pois só agora os estudos<br />

genéticos estão avançando mais rapi<strong>da</strong>mente. Parece<br />

ser necessária a predisposição genética para que o<br />

fumante <strong>de</strong>senvolva DPOC pois esta ocorre em torno

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